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Trabalho de Penal parecer Contra (Recuperado)

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PARECER JURÍDICO
2. Endereçamento
Parecer solicitado por Carlos Horácio Rambusch G. Cens professores da faculdade Anhanguera ministrante do curso em direito penal I.
3. Ementa
Crime contra a vida matar alguém capoti do art.121 - Homicídio qualificado art.121, §2º, I, do Código Penal - I - Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe – Decreto Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Parecer não favorável ao réu. 
4. Relatório:
 ‘A’ contratou ‘B’ para realizar a conduta de matar sendo ‘C’ a pessoa que deveria ser eliminada. ‘B’ pediu ajuda a ‘D’, menor de idade, em 15.04.2013, na linha internacional no lado brasileiro da fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
 ‘B’ avistou ‘C’ empunhou sua arma de fogo e efetua um tiro por erro de pontaria, atingiu ‘C’ em seu braço esquerdo.
 O que fez ‘C’ sabendo que ia ser assassinado entra em fuga atravessar a fronteira para dentro do Paraguai, quando foi colhido em cheio por um automóvel paraguaio que o jogou ao solo, ocasionando sua morte instantânea.
É O RELATÓRIO
 
5. Fundamentação:
 Infelizmente, muita injustiça tem sido cometida contra as pessoas por motivos fúteis. ‘B’ deve ser responsabilizada pela morte de ‘C pois induziu que fez ‘C’ em fuga atravessar a fronteira para dentro do Paraguai, quando foi colhido em cheio por um automóvel paraguaio que o jogou ao solo, ocasionando sua morte instantânea. ‘B’ e culpado de Homicídio qualificado na morte de ‘C’ como previsto do art.121, §2º, I, do Código Penal. Já que ‘B’ foi contratado para matar ’C’ é responsável pela morte de ‘C’.
6. Conclusão:
‘ B’ vai ser culpado do crime de homicídio qualificado previsto no art.121, §2º, I, do Código Penal – Decreto Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. 
São José - sc, novembro de 2016. 
Acórdão 1
APELAÇÃO CRIME Nº 1.288.851-8, DO FORO REGIONAL DE CAMPINA GRANDE DO SUL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – VARA CRIMINAL. APELANTE: VAGNER LEANDRO RODRIGUES APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ RELATOR: NAOR R. DE MACEDO NETO HOMICÍDIO QUALIFICADO – VEREDICTO CONDENATÓRIO. I) PENA-BASE – CIRCUNSTÂNCIAS E CONSEQUÊNCIAS DO CRIME – VALORAÇÃO NEGATIVA – FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA – CONDUTA SOCIAL – SOPESAMENTO DESFAVORÁVEL EM RAZÃO DE INQUÉRITOS E AÇÕES PENAIS EM CURSO – IMPOSSIBILIDADE – EXEGESE DA SÚMULA Nº 444 DO STJ – REDUÇÃO DA REPRIMENDA. II) JUSTIÇA GRATUITA – VIA IMPRÓPRIA – NÃO CONHECIMENTO. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA EXTENSÃO, PARCIALMENTE PROVIDO. VISTOS, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO CRIME Nº 1.288.851-8, do FORO REGIONAL DE CAMPINA GRANDE DO SUL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA, VARA CRIMINAL, em que é apelante: VAGNER LEANDRO RODRIGUES e apelado: MINISTÉRIO PÚBLICO DO PARANÁ. 1. Cuida-se de apelação interposta por Vagner Leandro Rodrigues da decisão (f. 358/360) que estabeleceu em 18 anos e 9 meses de reclusão (em regime inicialmente fechado) a reprimenda decorrente do veredicto condenatório do homicídio qualificado de Igor de Almeida Corado, assim descrito na denúncia: Documento assinado digitalmente, conforme MP n.º 2.200-2/2001, Lei n.º 11.419/2006 e Resolução n.º 09/2008, do TJPR/OE O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjpr.jus.br Página 2 de 5 APELAÇÃO CRIME Nº 1.288.851-8 2 “No dia 17 de maio de 2010, por volta das 21:45 horas, o denunciado Vagner Leandro Rodrigues dirigiu-se até a rua Mônica Lenira Corletto Coradin, próximo ao número 523, bairro Eugênia Maria, Campina Grande do Sul, neste Foro Regional e comarca, instante em que avistou a vítima Igor de Almeida Corado transitando pela mesma. Assim que o denunciado Vagner avistou a vítima Igor, agindo com dolo (intenção de matar), sem nada falar, sacou de sua arma de fogo e desferiu três tiros em direção da vítima, a qual tentou correr, mas logo parou, momento em que o denunciado, insistindo em sua ira assassina, desferiu mais dois tiros em direção a ela. Em virtude dos disparos de arma de fogo recebidos, a vítima Igor de Almeida Corado sofreu as lesões corporais descritas no laudo de exame de necropsia de fls. Conforme se apurou ao longo das investigações, o denunciado Vagner Leandro Rodrigues, agindo com dolo (intenção de matar), ao avistar a vítima Igor de Almeida Corado, sacou de sua arma de fogo e, sem nada falar, pegou-a de surpresa e desferiu vários tiros em sua direção, sendo que a vítima não teve nenhuma chance de reação. ” Insurgindo-se unicamente quanto à resposta penal, sustenta o Apelante que: (i) “inexiste qualquer parâmetro concreto” para avaliar negativamente sua conduta social ou personalidade; (ii) as consequências do crime apontadas na sentença (“atirou contra a vítima na presença de seis familiares”) são “inerentes ao tipo penal” e, por isso, não poderiam ser valoradas de modo desfavorável. Dizendo, mais, ser “primário e sem antecedentes”, alega que a pena foi fixada com “desproporcionalidade e ausência de razoabilidade”. Postula, afinal, a redução da reprimenda e a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita. Apresentadas contrarrazões (f. 381/387), o Procurador de Justiça CARLOS ALBERTO BAPTISTA, em parecer, opinou pelo parcial provimento do recurso “para expurgo do acréscimo da pena- Documento assinado digitalmente, conforme MP n.º 2.200-2/2001, Lei n.º 11.419/2006 e Resolução n.º 09/2008, do TJPR/OE O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjpr.jus.br Página 3 de 5 APELAÇÃO CRIME Nº 1.288.851-8 3 base do apelante em razão da circunstância judicial da ‘conduta social’” (f. 309/318). 2. Merece o apelo parcial acolhimento. Na espécie, reputou a Dr. ª Juíza como desfavoráveis ao Réu a conduta social, as circunstâncias e as consequências do crime (art. 59, CP) – equivalentes, cada qual, a um acréscimo de 2 anos e 3 meses na pena-base. Na análise das circunstâncias e consequências do crime, apresentou a Magistrada fundamentação idônea: “As circunstâncias são desfavoráveis porque atirou contra a vítima na presença de seus familiares, levando-a à morte nos braços de sua mãe. As consequências foram extremamente graves porque deixou na orfandade duas crianças, uma das quais ainda chora e pede pelo pai”. Com efeito, a conduta do Acusado, dentro do contexto revelado nos autos, reflete maior reprovabilidade, revelando, em especial, um modus operandi que extrapola a gravidade abstrata do crime, de maneira a respaldar a exasperação da resposta penal. Essa, a propósito, a jurisprudência do e. Superior Tribunal de Justiça: “HABEAS CORPUS. PENAL. HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. DOSIMETRIA DA PENA. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. MOTIVAÇÃO VÁLIDA. PROPORCIONALIDADE ENTRE OS FUNDAMENTOS JUDICIAIS E A EXASPERAÇÃO DA REPRIMENDA. (...) 1. As instâncias ordinárias estabeleceram a pena-base acima do mínimo legal levando em consideração dois argumentos concretos, a saber, a maior perigosidade na ação do agente, a denotar imprudência que extrapola o tipo penal (circunstâncias do crime); e o fato de que a morte da Documento assinado digitalmente, conforme MP n.º 2.200-2/2001, Lei n.º 11.419/2006 e Resolução n.º 09/2008, do TJPR/OE O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjpr.jus.br Página 4 de 5 APELAÇÃO CRIME Nº 1.288.851-8 4 vítima, em idade produtiva, deixou órfãos dois filhos (consequências do crime).”1 “Inexiste constrangimento ilegal a ser sanado pela via do Habeas Corpus, se a majoração da pena-base acima do mínimo legal restou devidamente motivada pelo Julgador, na forma do art. 59 do CPB, em vista do reconhecimento de circunstâncias judiciais desfavoráveis do paciente. (...) Destaca-se, no ponto, a acentuada culpabilidade do paciente, que teria não só premeditado o crime, como, executou as três vítimas na presença de familiares, inclusive crianças.”2 Todavia, no que toca à avaliação da conduta social, verifica-seque os argumentos alinhavados na sentença (“Conduta social desregrada, respondendo a outras ações penais e inquéritos policiais, que demonstra desajuste social e dificuldade de adaptação ao meio em que vive, estando foragido há mais de três anos, em desprezo às regras de convivência social e em especial à Lei Penal”) não respaldam incremento da pena-base, tendo em vista a orientação da Súmula nº 444 do STJ: “É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base”. Imperiosa, portanto, a redução da pena-base em 2 anos e 3 meses (em razão do afastamento da circunstância relativa à conduta social), restando definitiva – ausentes causas de aumento ou diminuição – em 16 anos e 6 meses de reclusão, mantido o regime de cumprimento fixado na sentença. 3. Por fim, não comporta apreciação o pedido de concessão do benefício da assistência judiciária gratuita, pois a fase própria para se avaliar a “miserabilidade jurídica do sentenciado, examinando as condições socioeconômicas para o pagamento da multa e custas processuais sem prejuízo para seu sustento e de sua -- 1 HC nº 199.426/MG, 5ª Turma, Relatora: Min.ª LAURITA VAZ, DJe 02.10.2013. 2 HC nº 134.075/PE, 5ª Turma, Relator: Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, DJe 03.11.2009. Documento assinado digitalmente, conforme MP n. º 2.200-2/2001, Lei n. º 11.419/2006 e Resolução n. º 09/2008, do TJPR/OE O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tjpr.jus.br Página 5 de 5 APELAÇÃO CRIME Nº 1.288.851-8 5 famílias” 3 é a execução da pena, conforme tem decidido esta c. Câmara: “incumbe ao Juízo da Execução a análise do pedido de concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, razão pela qual, neste ponto, o recurso não deve ser conhecido” 4. ANTE O EXPOSTO: ACORDAM os integrantes da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em CONHECER PARCIALMENTE do apelo e, nessa extensão, DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO a fim de reduzir a pena para 16 anos e 6 meses de reclusão. Presidiu o julgamento o Senhor Desembargador TELMO CHEREM (sem voto) e dele participaram os Senhores Desembargadores CAMPOS MARQUES e MIGUEL KFOURI NETO. Curitiba, 26 de fevereiro de 2015. NAOR R. DE MACEDO NETO Relator Convocado 3 STJ: Resp. nº 748.664/RS, 5ª Turma, Relatora: Min. LAURITA VAZ, DJU 06.08.2007. 4 AC nº 549.234-4, Relator: Des. MACEDO PACHECO, DJe 29.01.2010.
Acórdão 2
Ementa e Acórdão 19/03/2013 PRIMEIRA TURMA A G .REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.553 BAHIA RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.( S ) : PAULO ERNESTO RIBEIRO DA SILVA ADV.( A / S ) : FABIANA ALVES MUELLER E OUTRO ( A / S ) AGDO.( A / S ) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA PROC.( A / S)(ES ) : PROCURADOR -GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA INTDO.( A / S ) : PAULO SÉRGIO MENDES LIMA INTDO.( A / S ) : MARIA JOSÉ FERREIRA SOUZA INTDO.( A / S ) : WALDEMIR BATISTA DE OLIVEIRA INTDO.( A / S ) : ANTONIO DE OLIVEIRA SANTOS EMENTA : AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CRIMINAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO. ARTIGOS 121, § 2º, I E II, C/C 29 E 62, I, TODOS DO CÓDIGO PENAL. COMPROVAÇÃO DE AUTORIA E MATERIALIDADE. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis : O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – Agr., Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582433. Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Ementa e Acórdão AI 856553 A GR / BA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. O momento processual oportuno para a demonstração das questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos das partes é em tópico exclusivo, devidamente fundamentado, no recurso extraordinário, e não nas razões do agravo regimental, como deseja a recorrente. Incide, aqui, o óbice da preclusão consumativa. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou: “RECURSO CRIMINAL EM SENTIDO ESTRITO. PRONÚNCIA. PRELIMINARES. Preliminar de inépcia da denúncia insubsistente, porque nela arrolada as infrações penais, com a indicação dos fatos pertinentes. Preliminar de nulidade absoluta decorrente de dispensa de testemunha sem anuência da defesa. Inteligência do artigo 404 do CPP: “As partes poderão desistir do depoimento de qualquer das testemunhas arroladas, ou deixar de arrolá-las, se considerarem suficientes as provas que possam ser ou tenham sido produzidas, ressalvado o disposto no art. 209. Nulidade das provas colhidas pelo Ministério Público. O Ministério Público, conforme preceitua o artigo 129, IX, da Constituição Federal, e as Leis números 75/90 e 8625/03, tem legitimidade para promover investigações visando à formação da “opinião delicti”. Preliminar de cerceamento de defesa. Inocorrência. Inteligência do artigo 407 do Código de Processo Penal: “Decorridos os prazos de que trata o artigo anterior, os autos serão enviados, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao presidente do Tribunal do Júri, que poderá ordenar as diligências necessárias para sanar qualquer inquirição de testemunhas (Art. 209), e proferirá sentença, na forma dos artigos seguintes”. Não há nulidade por cerceamento de2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582433. Supremo Tribunal Federal AI 856553 A GR / BA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. O momento processual oportuno para a demonstração das questões relevantes do ponto de vista econômico, político,social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos das partes é em tópico exclusivo, devidamente fundamentado, no recurso extraordinário, e não nas razões do agravo regimental, como deseja a recorrente. Incide, aqui, o óbice da preclusão consumativa. 4. In caso, o acórdão recorrido assentou: “RECURSO CRIMINAL EM SENTIDO ESTRITO. PRONÚNCIA. PRELIMINARES. Preliminar de inépcia da denúncia insubsistente, porque nela arrolada as infrações penais, com a indicação dos fatos pertinentes. Preliminar de nulidade absoluta decorrente de dispensa de testemunha sem anuência da defesa. Inteligência do artigo 404 do CPP: “As partes poderão desistir do depoimento de qualquer das testemunhas arroladas, ou deixar de arrolá-las, se considerarem suficientes as provas que possam ser ou tenham sido produzidas, ressalvado o disposto no art. 209. Nulidade das provas colhidas pelo Ministério Público. O Ministério Público, conforme preceitua o artigo 129, IX, da Constituição Federal, e as Leis números 75/90 e 8625/03, tem legitimidade para promover investigações visando à formação da “opinio delicti”. Preliminar de cerceamento de defesa. Inocorrência. Inteligência do artigo 407 do Código de Processo Penal: “Decorridos os prazos de que trata o artigo anterior, os autos serão enviados, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao presidente do Tribunal do Júri, que poderá ordenar as diligências necessárias para sanar qualquer inquirição de testemunhas (Art. 209), e proferirá sentença, na forma dos artigos seguintes”. Não há nulidade por cerceamento de2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582433. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Ementa e Acórdão AI 856553 A GR / BA defesa, quando o Magistrado, ao formar sua convicção quanto à materialidade do fato e autoria do delito, considera suficientes as provas colhidas durante a instrução. PRELIMINARES REJEITADAS. 3. MATERIALIDADE DO FATO COMPROVADA. INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. A pronúncia é juízo de admissibilidade acusatório, logo, após a instrução penal criminal, se existirem elementos, mesmo indiciários, a apontar a autoria, provada substancialmente a existência do crime, cabe ao Juiz remeter a acusação a exame dos Jurados. PRONÚNCIA MANTIDA. 5. RECURSO IMPROVIDO. ” 5. Agravo regimental não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 19 de março de 2013. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582433. Supremo Tribunal Federal AI 856553 A GR / BA defesa, quando o Magistrado, ao formar sua convicção quanto à materialidade do fato e autoria do delito, considera suficientes as provas colhidas durante a instrução. PRELIMINARES REJEITADAS. 3. MATERIALIDADE DO FATO COMPROVADA. INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. A pronúncia é juízo de admissibilidade acusatório, logo, após a instrução penal criminal, se existirem elementos, mesmo indiciários, a apontar a autoria, provada substancialmente a existência do crime, cabe ao Juiz remeter a acusação a exame dos Jurados. PRONÚNCIA MANTIDA. 5. RECURSO IMPROVIDO. ” 5. Agravo regimental não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 19 de março de 2013. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582433. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório 19/03/2013 PRIMEIRA TURMA A G .REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.553 BAHIA RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.( S ) : PAULO ERNESTO RIBEIRO DA SILVA ADV.( A / S ) : FABIANA ALVES MUELLER E OUTRO ( A / S ) AGDO.( A / S ) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA PROC.( A / S)(ES ) : PROCURADOR -GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA INTDO.( A / S ) : PAULO SÉRGIO MENDES LIMA INTDO.( A / S ) : MARIA JOSÉ FERREIRA SOUZA INTDO.( A / S ) : WALDEMIR BATISTA DE OLIVEIRA INTDO.( A / S ) : ANTONIO DE OLIVEIRA SANTOS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR ) : Trata-se de agravo regimental interposto por PAULO ERNESTO RIBEIRO DA SILVA contra a decisão que prolatei, assim ementada, verbis : AGRAVO DE INSTRUMENTO. CRIMINAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO. ARTIGOS 121, § 2º, I E II, C/C 29 E 62, I, TODOS DO CÓDIGO PENAL. COMPROVAÇÃO DE AUTORIA E MATERIALIDADE. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582454. Supremo Tribunal Federal 19/03/2013 PRIMEIRA TURMA A G .REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.553 BAHIA RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.( S ) : PAULO ERNESTO RIBEIRO DA SILVA ADV.( A / S ) : FABIANA ALVES MUELLER E OUTRO ( A / S ) AGDO.( A / S ) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA PROC.( A / S)(ES ) : PROCURADOR -GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA INTDO.( A / S ) : PAULO SÉRGIO MENDES LIMA INTDO.( A / S ) : MARIA JOSÉ FERREIRA SOUZA INTDO.( A / S ) : WALDEMIR BATISTA DE OLIVEIRA INTDO.( A / S ) : ANTONIO DE OLIVEIRA SANTOS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR ) : Trata-se de agravo regimental interposto por PAULO ERNESTO RIBEIRO DA SILVA contra a decisão que prolatei, assim ementada, verbis : AGRAVO DE INSTRUMENTO. CRIMINAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO. ARTIGOS 121, § 2º, I E II, C/C 29 E 62, I, TODOS DO CÓDIGO PENAL. COMPROVAÇÃO DE AUTORIA E MATERIALIDADE. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência Supremo Tribunal FederalDocumento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582454. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Relatório AI 856553 A GR / BA de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – Agr., Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. Deveras, o recorrente limitou-se a afirmar que “no presente caso, salta aos olhos a repercussão dos temas versados, dada a relevância para um Estado Democrático de Direito dos princípios do contraditório, ampla defesa, comunhão das provas, bem como da inadmissibilidade das provas obtidas ilicitamente”. Por essa razão, o requisito constitucional de admissibilidade recursal não restou atendido. 4. In caso, o acórdão recorrido assentou: “RECURSO CRIMINAL EM SENTIDO ESTRITO. PRONÚNCIA. PRELIMINARES. Preliminar de inépcia da denúncia insubsistente, porque nela arrolada as infrações penais, com a indicação dos fatos pertinentes. Preliminar de nulidade absoluta decorrente de dispensa de testemunha sem anuência da defesa. Inteligência do artigo 404 do CPP: “As partes poderão desistir do depoimento de qualquer das testemunhas2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582454. Supremo Tribunal Federal AI 856553 A GR / BA de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. Deveras, o recorrente limitou-se a afirmar que “no presente caso, salta aos olhos a repercussão dos temas versados, dada a relevância para um Estado Democrático de Direito dos princípios do contraditório, ampla defesa, comunhão das provas, bem como da inadmissibilidade das provas obtidas ilicitamente”. Por essa razão, o requisito constitucional de admissibilidade recursal não restou atendido. 4. In caso, o acórdão recorrido assentou: “RECURSO CRIMINAL EM SENTIDO ESTRITO. PRONÚNCIA. PRELIMINARES. Preliminar de inépcia da denúncia insubsistente, porque nela arrolada as infrações penais, com a indicação dos fatos pertinentes. Preliminar de nulidade absoluta decorrente de dispensa de testemunha sem anuência da defesa. Inteligência do artigo 404 do CPP: “As partes poderão desistir do depoimento de qualquer das testemunhas2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582454. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Relatório AI 856553 A GR / BA arroladas, ou deixar de arrolá-las, se considerarem suficientes as provas que possam ser ou tenham sido produzidas, ressalvado o disposto no art. 209. Nulidade das provas colhidas pelo Ministério Público. O Ministério Público, conforme preceitua o artigo 129, IX, da Constituição Federal, e as Leis números 75/90 e 8625/03, tem legitimidade para promover investigações visando à formação da “opinio delicti”. Preliminar de cerceamento de defesa. Inocorrência. Inteligência do artigo 407 do Código de Processo Penal: “Decorridos os prazos de que trata o artigo anterior, os autos serão enviados, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao presidente do Tribunal do Júri, que poderá ordenar as diligências necessárias para sanar qualquer inquirição de testemunhas (Art. 209), e proferirá sentença, na forma dos artigos seguintes”. Não há nulidade por cerceamento de defesa, quando o Magistrado, ao formar sua convicção quanto à materialidade do fato e autoria do delito, considera suficientes as provas colhidas durante a instrução. PRELIMINARES REJEITADAS. 3. MATERIALIDADE DO FATO COMPROVADA. INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. A pronúncia é juízo de admissibilidade acusatório, logo, após a instrução penal criminal, se existirem elementos, mesmo indiciários, a apontar a autoria, provada substancialmente a existência do crime, cabe ao Juiz remeter a acusação a exame dos Jurados. PRONÚNCIA MANTIDA. 5. RECURSO IMPROVIDO. ” 5. NEGO SEGUIMENTO ao agravo. Inconformado com a decisão supra, o agravante interpõe o recurso de fls. 251/255 alegando em síntese que: “nessa linha de intelecção, não prospera a alegação da Decisão ora recorrida de que o Agravante não demonstrou de que forma as questões debatidas têm repercussão geral. Diz-se isso porque durante toda a peça a que se negou provimento, nos inúmeros argumentos sublinhados pela Defesa do Agravante, restou evidente a relevância dos princípios do3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582454. Supremo Tribunal Federal AI 856553 A GR / BA arroladas, ou deixar de arrolá-las, se considerarem suficientes as provas que possam ser ou tenham sido produzidas, ressalvado o disposto no art. 209. Nulidade das provas colhidas pelo Ministério Público. O Ministério Público, conforme preceitua o artigo 129, IX, da Constituição Federal, e as Leis números 75/90 e 8625/03, tem legitimidade para promover investigações visando à formação da “opinio delicti”. Preliminar de cerceamento de defesa. Inocorrência. Inteligência do artigo 407 do Código de Processo Penal: “Decorridos os prazos de que trata o artigo anterior, os autos serão enviados, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao presidente do Tribunal do Júri, que poderá ordenar as diligências necessárias para sanar qualquer inquirição de testemunhas (Art. 209), e proferirá sentença, na forma dos artigos seguintes”. Não há nulidade por cerceamento de defesa, quando o Magistrado, ao formar sua convicção quanto à materialidade do fato e autoria do delito, considera suficientes as provas colhidasdurante a instrução. PRELIMINARES REJEITADAS. 3. MATERIALIDADE DO FATO COMPROVADA. INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. A pronúncia é juízo de admissibilidade acusatório, logo, após a instrução penal criminal, se existirem elementos, mesmo indiciários, a apontar a autoria, provada substancialmente a existência do crime, cabe ao Juiz remeter a acusação a exame dos Jurados. PRONÚNCIA MANTIDA. 5. RECURSO IMPROVIDO. ” 5. NEGO SEGUIMENTO ao agravo. Inconformado com a decisão supra, o agravante interpõe o recurso de fls. 251/255 alegando em síntese que: “nessa linha de intelecção, não prospera a alegação da Decisão ora recorrida de que o Agravante não demonstrou de que forma as questões debatidas têm repercussão geral. Diz-se isso porque durante toda a peça a que se negou provimento, nos inúmeros argumentos sublinhados pela Defesa do Agravante, restou evidente a relevância dos princípios do3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582454. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Relatório AI 856553 A GR / BA contraditório, ampla defesa, comunhão das provas, bem como da inadmissibilidade das provas obtidas ilicitamente”. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582454. Supremo Tribunal Federal AI 856553 A GR / BA contraditório, ampla defesa, comunhão das provas, bem como da inadmissibilidade das provas obtidas ilicitamente”. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582454. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX 19/03/2013 PRIMEIRA TURMA A G.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.553 BAHIA V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: Cuida-se de agravo de instrumento interposto por Paulo Ernesto Ribeiro da Silva, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 210/215 que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, ementado nos seguintes termos (fl. 82), verbis: RECURSO CRIMINAL EM SENTIDO ESTRITO. PRONÚNCIA. PRELIMINARES. Preliminar de inépcia da denúncia insubsistente, porque nela arrolada as infrações penais, com a indicação dos fatos pertinentes. Preliminar de nulidade absoluta decorrente de dispensa de testemunha sem anuência da defesa. Inteligência do artigo 404 do CPP: “As partes poderão desistir do depoimento de qualquer das testemunhas arroladas, ou deixar de arrolá-las, se considerarem suficientes as provas que possam ser ou tenham sido produzidas, ressalvado o disposto no art. 209. Nulidade das provas colhidas pelo Ministério Público. O Ministério Público, conforme preceitua o artigo 129, IX, da Constituição Federal, e as Leis números 75/90 e 8625/03, tem legitimidade para promover investigações visando à formação da “opinio delicti”. Preliminar de cerceamento de defesa. Inocorrência. Inteligência do artigo 407 do Código de Processo Penal: “Decorridos os prazos de que trata o artigo anterior, os autos serão enviados, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao presidente do Tribunal do Júri, que poderá ordenar as diligências necessárias para sanar qualquer inquirição de testemunhas (Art. 209), Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582455. Supremo Tribunal Federal 19/03/2013 PRIMEIRA TURMA A G.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.553 BAHIA V O T O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: Cuida-se de agravo de instrumento interposto por Paulo Ernesto Ribeiro da Silva, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 210/215 que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo constitucional contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, ementado nos seguintes termos (fl. 82), verbis: RECURSO CRIMINAL EM SENTIDO ESTRITO. PRONÚNCIA. PRELIMINARES. Preliminar de inépcia da denúncia insubsistente, porque nela arrolada as infrações penais, com a indicação dos fatos pertinentes. Preliminar de nulidade absoluta decorrente de dispensa de testemunha sem anuência da defesa. Inteligência do artigo 404 do CPP: “As partes poderão desistir do depoimento de qualquer das testemunhas arroladas, ou deixar de arrolá-las, se considerarem suficientes as provas que possam ser ou tenham sido produzidas, ressalvado o disposto no art. 209. Nulidade das provas colhidas pelo Ministério Público. O Ministério Público, conforme preceitua o artigo 129, IX, da Constituição Federal, e as Leis números 75/90 e 8625/03, tem legitimidade para promover investigações visando à formação da “opinio delicti”. Preliminar de cerceamento de defesa. Inocorrência. Inteligência do artigo 407 do Código de Processo Penal: “Decorridos os prazos de que trata o artigo anterior, os autos serão enviados, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao presidente do Tribunal do Júri, que poderá ordenar as diligências necessárias para sanar qualquer inquirição de testemunhas (Art. 209), Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582455. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX AI 856553 A GR / BA e proferirá sentença, na forma dos artigos seguintes”. Não há nulidade por cerceamento de defesa, quando o Magistrado, ao formar sua convicção quanto à materialidade do fato e autoria do delito, considera suficientes as provas colhidas durante a instrução. PRELIMINARES REJEITADAS. 3. MATERIALIDADE DO FATO COMPROVADA. INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. A pronúncia é juízo de admissibilidade acusatório, logo, após a instrução penal criminal, se existirem elementos, mesmo indiciários, a apontar a autoria, provada substancialmente a existência do crime, cabe ao Juiz remeter a acusação a exame dos Jurados. PRONÚNCIA MANTIDA. 5. RECURSO IMPROVIDO. Os embargos de declaração opostos restaram rejeitados. Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, alega violação aos artigos 5º, LIV e LV, 93, IX, e 129, VIII, da Constituição Federal. O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo sob o fundamento de que não apresentou preliminar de repercussão geral formal e fundamentada. É o relatório. DECIDO. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543- A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusivado Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582455. Supremo Tribunal Federal AI 856553 A GR / BA e proferirá sentença, na forma dos artigos seguintes”. Não há nulidade por cerceamento de defesa, quando o Magistrado, ao formar sua convicção quanto à materialidade do fato e autoria do delito, considera suficientes as provas colhidas durante a instrução. PRELIMINARES REJEITADAS. 3. MATERIALIDADE DO FATO COMPROVADA. INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA. A pronúncia é juízo de admissibilidade acusatório, logo, após a instrução penal criminal, se existirem elementos, mesmo indiciários, a apontar a autoria, provada substancialmente a existência do crime, cabe ao Juiz remeter a acusação a exame dos Jurados. PRONÚNCIA MANTIDA. 5. RECURSO IMPROVIDO. Os embargos de declaração opostos restaram rejeitados. Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, alega violação aos artigos 5º, LIV e LV, 93, IX, e 129, VIII, da Constituição Federal. O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo sob o fundamento de que não apresentou preliminar de repercussão geral formal e fundamentada. É o relatório. DECIDO. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543- A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582455. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX AI 856553 A GR / BA PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. In caso, o recorrente limitou-se a afirmar que “no presente caso, salta aos olhos a repercussão dos temas versados, dada a relevância para um Estado Democrático de Direito dos princípios do contraditório, ampla defesa, comunhão das provas, bem como da inadmissibilidade das provas obtidas ilicitamente”. Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF. Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Cabe salientar que o momento processual oportuno para a demonstração das questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos das partes é em tópico exclusivo, devidamente fundamentado, no recurso extraordinário, e não nas razões do agravo regimental, como deseja o recorrente. Incide, aqui, o óbice da preclusão consumativa. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582455. Supremo Tribunal Federal AI 856553 A GR / BA PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. In caso, o recorrente limitou-se a afirmar que “no presente caso, salta aos olhos a repercussão dos temas versados, dada a relevância para um Estado Democrático de Direito dos princípios do contraditório, ampla defesa, comunhão das provas, bem como da inadmissibilidade das provas obtidas ilicitamente”. Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo, com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF. Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Cabe salientar que o momento processual oportuno para a demonstração das questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos das partes é em tópico exclusivo, devidamente fundamentado, no recurso extraordinário, e não nas razões do agravo regimental, como deseja o recorrente. Incide, aqui, o óbice da preclusão consumativa. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3582455. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.553 PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : PAULO ERNESTO RIBEIRO DA SILVA ADV.(A/S) : FABIANA ALVES MUELLER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA INTDO.(A/S) : PAULO SÉRGIO MENDES LIMA INTDO.(A/S) : MARIA JOSÉ FERREIRA SOUZA INTDO.(A/S) : WALDEMIR BATISTA DE OLIVEIRA INTDO.(A/S) : ANTONIO DE OLIVEIRA SANTOS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux.1ª Turma, 19.3.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3604840 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.553 PROCED. : BAHIA RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : PAULO ERNESTO RIBEIRO DA SILVA ADV.(A/S) : FABIANA ALVES MUELLER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA INTDO.(A/S) : PAULO SÉRGIO MENDES LIMA INTDO.(A/S) : MARIA JOSÉ FERREIRA SOUZA INTDO.(A/S) : WALDEMIR BATISTA DE OLIVEIRA INTDO.(A/S) : ANTONIO DE OLIVEIRA SANTOS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. 1ª Turma, 19.3.2013. Presidência do Senhor Ministro Luiz Fux. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3604840 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
Bibliografia 
Capez, Fernando, Curso de Direito Penal: Parte Geral. 12ª edição, Ed Saraiva 2008, v.1.
http://www.jusbrasil.com.br/busca?q=Ementa+Homic%C3%ADdio+qualificado&c=
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3642486

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