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Classes Gramaticais em Português

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Aula 01
Português p/ Receita Federal (Auditor
Fiscal) Com Videoaulas - 2020
Autores:
Felipe Luccas, Equipe Felipe
Luccas
Aula 01
4 de Janeiro de 2020
15032766780 - estefani diana da rocha de almeida
 
 
 
 
 
 
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AULA 01 
EMPREGO DAS 
CLASSES I. 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ......................................................................................................................... 2 
SUBSTANTIVOS ........................................................................................................................................ 3 
ADJETIVO ............................................................................................................................................... 13 
ORDEM DA EXPRESSÃO NOMINAL (SUBST+ADJETIVO): MUDANÇA SEMÂNTICA E/OU MORFOLÓGICA .. 18 
ADVÉRBIO .............................................................................................................................................. 26 
ARTIGO .................................................................................................................................................. 35 
PREPOSIÇÕES ......................................................................................................................................... 37 
PRONOMES ............................................................................................................................................ 44 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL .................................................................................................................... 67 
NUMERAL .............................................................................................................................................. 72 
INTERJEIÇÃO .......................................................................................................................................... 74 
PALAVRAS ESPECIAIS .............................................................................................................................. 75 
QUESTÕES CESPE / FCC / FGV ................................................................................................................. 81 
LISTA DE QUESTÕES .............................................................................................................................. 117 
GABARITO ............................................................................................................................................. 147 
 
Felipe Luccas, Equipe Felipe Luccas
Aula 01
Português p/ Receita Federal (Auditor Fiscal) Com Videoaulas - 2020
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EMPREGO DAS CLASSES I 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Vamos lá pessoal. Não se assustem com o número de páginas!!! O espaçamento está farto e há muuuitas 
questões comentadas! Você não deve fazer essa aula de uma vez! Divida-a em duas, depois tire um 
momento só para fazer as questões que estão ao final! 
Essa aula é fundamental para entendermos análises sintáticas e semânticas mais elaboradas que virão. Se 
você não entende o uso das classes, fica muito mais difícil aprender sintaxe e interpretar textos. Aqui, 
estudaremos oito das dez classes de palavras existentes. Além disso, praticaremos muito! Vale a pena 
estudá-las numa mesma aula pois as classes trabalham juntas e precisamos ver esse assunto de forma 
sistemática, com diversos aspectos interligados, incluindo aspectos semânticos e sintáticos. 
Todos prontos? Olho no contracheque! 
Atualmente, as palavras da língua portuguesa são classificadas dentro de dez classes gramaticais, conforme 
reconhecidas pela maioria dos gramáticos: substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, conjunção, interjeição, 
preposição, artigo, numeral e pronome. 
Uma palavra é enquadrada numa classe pelas suas características, embora existam muitas palavras que 
não são enquadradas nas classes tradicionais, pois não funcionam exatamente como nenhuma delas. As 
palavras denotativas parecem advérbios, mas não fazem o que o advérbio faz, isto é, não modificam verbo, 
adjetivos ou outro advérbio. 
Algumas classes são variáveis, seguem regras de concordância, ou seja, flexionam-se em número e gênero, 
como o substantivo, o adjetivo, o pronome, o numeral, o verbo. Outras permanecem invariáveis, sem 
flexão, sem concordância, como advérbios, conjunções, preposições. Observe: “João é bonito, Joana é feia 
e seus filhos são medianos”; “João anda apressadamente e Joana, lentamente”. Na primeira sentença há 
concordância de gênero e número. Isso porque “bonito” é adjetivo, “seus” é pronome e “filhos” é 
substantivo, todas classes variáveis. No segundo, o termo “lentamente” não varia, porque é advérbio, uma 
classe invariável. 
Também veremos que há uma estreita relação entre a classe da palavra e sua função sintática. Por 
exemplo, a palavra “hoje” é um advérbio de tempo, da classe dos advérbios. Qual é sua função sintática? É 
expressão de uma circunstância de tempo, um adjunto adverbial de tempo. Já a palavra “ele” pertence à 
classe dos pronomes, mas pode ter várias funções sintáticas, dependendo do contexto. Na frase “ele é 
bonito”, “ele” é sujeito. Na Frase “Contei a ele”, tem função sintática de objeto indireto. Já na frase “ela na 
verdade é ele”, terá função sintática de predicativo do sujeito. Trarei detalhes sobre isso...=) 
Muitas vezes um conjunto de palavras equivale a uma classe gramatical, podendo substituir essa palavra 
sem prejuízo à correção ou ao sentido. Esses conjuntos são chamados de locuções e serão classificadas de 
acordo com a classe que substituem. Por exemplo, podemos ter uma pessoa “corajosa” (adjetivo) ou uma 
pessoa “com coragem” (locução adjetiva). Observe que um conjunto de duas palavras, usada para 
qualificar o substantivo, substituiu perfeitamente o adjetivo que realizaria essa função. 
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SUBSTANTIVOS 
O substantivo é a classe que dá nome a seres, coisas, sentimentos, qualidades, ações (homem, gato, carro, 
mesa, beleza, inteligência, estudo...). Em suma, é o nome das coisas em geral, é a palavra que nomeia tudo 
o que percebemos. É uma classe variável, pois se flexiona em gênero, número e grau: um gato, dois gatos, 
três gatas, quatro gatinhas, cinco gatonas... 
Classificação dos substantivos: 
Relembremos rapidamente as classificações dos substantivos. 
Primitivo: Dá origem a outros substantivos, não traz afixos -prefixo ou sufixo- (Ex: Pedra, Mulher, 
Felicidade) 
Derivado: Deriva de uma palavra primitiva, traz afixos (Ex: Pedreiro, Mulherão, Infelicidade) 
Simples: Tem um radical, uma palavra (Ex: Homem, Pombo, Arco) 
Composto: Tem mais de um radical, mais de uma palavra (Ex: Homem-bomba, Pombo-correio, Arco-
íris) 
Comum: Designa uma espécie ou um ser qualquer representativo de uma espécie (Ex: Mulher, Cidade, 
Cigarro) 
Próprio: Designa um indivíduo específico da espécie (Ex: Maria, Paris, Malboro) 
Concreto: Designa um ser que existe por si só, de existência autônoma e concreta, seja material, 
espiritual, real ou imaginário. (Ex: Pedra, Menino, Carro, Deus, Fada) 
Abstrato: Designa ação, estado, sentimento, qualidade, conceito. (Ex: Criação, Doença, Coragem, 
Liberalismo...) 
Coletivos: Designa uma pluralidade de seres da mesma espécie (Ex: povo, multidão, tropa (soldados), 
cardume (peixes), alcateia (lobos, animais ferozes), frota (veículos); panapaná (borboletas), 
esquadrilha (aviões), rebanho (animais), cáfila (camelos)) 
A classificação de um substantivo não é fixa e absoluta, depende do contexto. Observe: 
Ex: Judas foi um apóstolo (Próprio) x O amigo revelou-se um judas (Comum=traidor) 
Ex: A saída é o estudo (abstrato=solução) x A saída de incêndio é ali (Concreto=porta) 
Biformes: Os substantivosbiformes mudam de forma para indicar gêneros diferentes (Ex: lobo x loba; 
capitão x capitã; ateu x ateia; boi x vaca; oficial x oficiala). Os uniformes têm uma única forma para indicar 
ambos os gêneros. 
Uniformes: são os que possuem apenas uma forma para indicar ambos os gêneros. Subdividem-se em: 
Epicenos: referem-se a animais que só têm um gênero para designar tanto o masculino 
quanto o feminino: 
A águia, A cobra, O gavião. A variação de gênero se dá com acréscimo de “macho/fêmea”: 
a cobra macho, o gavião fêmea... 
Sobrecomuns: Referem-se a pessoas de ambos os sexos: 
A criança, O cônjuge, O carrasco, A pessoa, O monstro, O algoz, A vítima. 
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Comuns de dois gêneros: apresentam uma forma única para masculino e feminino e a 
distinção é feita pelo “artigo” (ou outro determinante, como pronome, numeral...): 
O chefe, A chefe, O cliente, A cliente, O suicida, A suicida. 
 
1. (Fiscal de Tributos – 2017) Substantivo é toda palavra que usamos para identificar objetos, pessoas, 
coisas, sensações, sentimentos, acidentes geográficos. Enfim, tudo recebe um nome, que é sempre 
representado pelo substantivo. Os substantivos classificam-se em: comum, próprio, concreto, abstrato, 
primitivo, derivado, simples, composto e coletivo. 
Depois de lida tal nomenclatura, marque a alternativa incorreta. 
a) Substantivos primitivos: cabelo, pé, música. 
b) Substantivos derivados: pedal, dançarina, obra-prima. 
c) Substantivos Abstratos: vantagem, leitura, pressa. 
d) Substantivos concretos: dinheiro, livro, monte. 
Comentários: 
Pedal é substantivo derivado de “pe”; dançarina é derivado de “dançar”. Porém, “obra-prima” é 
substantivo composto, não é derivado. As demais classificações estão perfeitas. Gabarito letra B. 
2. (POLITEC–Papiloscopista – 2017) Algoz é um substantivo sobrecomum, pois não apresenta diferenças 
sintáticas ou morfológicas para designar masculino ou feminino. Assinale a alternativa que apresenta 
unicamente substantivos sobrecomuns. 
a) a testemunha, o monstro, a criatura 
b) o indivíduo, a intérprete, o jurista 
c) a doente, o artista, a vítima 
d) o ente, a colega, o gênio. 
Comentários: 
Testemunha, Monstro e Criatura são substantivos com forma única para ambos os gêneros. O mesmo vale 
para “indivíduo”, “gênio”, “ente” e “vítima”. 
Temos comuns de dois gêneros, que só variam pelo artigo: o/a artista; o/a intérprete; o/a jurista; o/a 
doente; o/a colega. Gabarito letra A. 
Formação de substantivos 
Para reconhecer um substantivo, ajuda muito saber como podem ser formados e quais são suas principais 
terminações. Quanto à sua formação, os substantivos podem ser classificados em primitivos e derivados. 
Os primitivos são a forma original daquele substantivo, sem afixos: pedra, fogo, terra, chuva. Os derivados 
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se originam dos primitivos, com acréscimo de afixos: pedreiro, fogareiro, terrestre, chuvisco. Esse processo 
é chamado de derivação sufixal e ocorre também com verbos que recebem sufixos substantivadores: 
 pescar>pescaria; 
filmar>filmagem; 
matar>matador; 
militar>militância; 
dissolver>dissolução; 
corromper>corrupção. 
Veja um quadro com as mais comuns terminações formadoras de substantivos. 
Faca>facada 
Sorvete>sorveteria 
Banco>bancário 
Contabilidade>contabilista 
Açougue>açougueiro 
Obra>operário 
Folha>folhagem 
Pena>penugem 
Advogado>advocacia 
Delegado>delegacia 
Apêndice>apendicite 
Brônquios>bronquite 
Dinheiro>dinheirama 
Negro>negrume 
Bom>bondade 
Velho>velhice 
Grato>gratidão 
Calvo>calvície 
Imundo>imundície 
Insensato>insensatez 
Belo>beleza 
Avaro>avareza 
Alto>altitude 
Jovem>juventude 
Eufórico>euforia 
Feio>feiura 
Alegre>alegria 
Amargo>Amargor 
Há também o processo inverso, chamado derivação regressiva, em que um substantivo abstrato indicativo 
de ação é formada por uma redução: 
Cantar>canto; Almoçar>almoço; Causar>causa... 
Além disso, destaco que substantivos podem surgir por processos de nominalização de outras classes. Os 
verbos têm formas nominais: Verbo Fazer: gerúndio (fazendo), infinitivo (fazer) e particípio (feito). 
Ex: Feito é melhor que perfeito. 
Ex: Mesmo não fazendo perfeito, o fazer é melhor que não o fazer. 
Note que o artigo tem o poder de substantivar qualquer classe. 
Ex: O fazer é melhor que o esperar. (verbo substantivado) 
Ex: O porém deve vir após a vírgula. (conjunção substantivada) 
Esse processo se chama “derivação imprópria” pois utiliza uma palavra de uma classe em outra classe, da 
qual não é “própria”, a qual não pertence. Conhecer esses mecanismos ajudam a ‘reconhecer’ os 
substantivos. 
 
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3. (COMPESA–Administrador – 2018) As opções a seguir mostram um verbo empregado nos textos 1 ou 2, 
acompanhado de um substantivo correspondente. 
Assinale a opção em que essa correspondência está errada. 
a) viralizar / visão. 
b) cruzar / cruzamento. 
c) comover / comoção. 
d) receber / recepção. 
e) enviar / envio. 
Comentários: 
Questão sobre processos de substantivação, observem que cada verbo recebeu um sufixo (terminação) 
formador de substantivo. A única incorreta é a letra A, pois “viralizar” viraria “viralização”, não “visão”. 
Gabarito letra A. 
4. (SEDF – 2017) Mesmo sem insistir em tal ou qual ação secundária das novas condições de vida física e 
social e de contato com os indígenas (e posteriormente com os africanos), é obvio que a língua popular 
brasileira tinha de diferençar-se inelutavelmente da de Portugal, e, com o correr dos tempos, desenvolver 
um coloquialismo. 
Os vocábulos “africanos” e “correr”, originalmente pertencentes à classe dos adjetivos e dos verbos, 
respectivamente, foram empregados como substantivos no texto. 
Comentários: 
Sim. O artigo é o substantivador por excelência. A palavra “africano” pode ser adjetivo, se estiver ligada a 
um substantivo. No entanto, foi usado como substantivo, como se comprova pela presença do artigo “os”. 
O verbo correr também foi substantivado pelo artigo, e, como substantivo, até recebeu uma locução 
adjetiva “dos tempos”. Questão correta. 
Flexão dos substantivos: 
Como vimos, o substantivo é palavra que se flexiona em gênero e número. Os substantivos podem ser 
simples, formados por apenas uma palavra, ou, mais tecnicamente, um só radical; ou compostos, formado 
por mais de uma palavra ou radical. 
Os substantivos simples normalmente têm seu plural formado com mero acréscimo da letra S – Carro(s), 
Menina(s), Pó(s)... Contudo, também podem ter outras terminações: 
Reitores, Males, Xadrezes, Caracteres, Cônsules, Reais, Animais, Faróis, Fuzis, Répteis, Projéteis. 
Palavras como “ônix” e “tórax” não vão ao plural. Outras palavras, por sua vez, só são usadas no plural: 
Anais, Fezes, Núpcias, Arredores, Pêsames, Férias... 
De modo geral, palavras terminadas em “ão” basicamente recebem o S de plural (mãos, irmãos, órgãos) ou 
fazem plural em “es” (capelães, capitães, escrivães, sacristães, tabeliães, catalães, alemães). 
Contudo, há palavras que admitem duas e até três formas de plural: 
Charlatão: charlatões — charlatães 
Corrimão: corrimãos — corrimões 
Vilão: vilãos — vilões — vilães 
Aldeão: aldeãos — aldeões — aldeães 
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Cortesão: cortesãos — cortesões 
Anão: anãos— anões 
Guardião: guardiões — guardiães 
Refrão: refrãos — refrães 
Sacristão: sacristãos — sacristães 
 Zangão: zangãos — zangões 
Ancião: anciãos — anciões — anciães 
Deão: deãos — deões — deães 
Ermitão: ermitãos — ermitões — ermitães 
Cirurgião: — cirurgiões— cirurgiães 
Vulcão: vulcãos — vulcões 
 
Plural dos substantivos compostos. 
A regra geral é “quem varia varia; quem não varia não varia”. O que isso significa na prática? 
Significa que se o termo é formado por classes variáveis, como substantivos, adjetivos, numerais e 
pronomes (exceto o verbo), ambos variam. 
Ex: Substantivo + Substantivo (Couve-flor>>>Couves-flores) 
Ex: Numeral + Substantivo (Quarta-feira>>> Quartas-feiras) 
Ex: Adjetivo + Substantivo (baixo-relevo>>>baixos-relevos) 
Por consequência, as classes invariáveis (e os verbos) não variam em número: 
Ex: Verbo + Substantivo (beija-flor>>> beija-flores) 
Ex: Advérbio + Adjetivo (alto-falante>>>alto-falantes) 
Ex: Interjeição + Substantivo (ave-maria>>>ave-marias) 
Obs: na composição de dois substantivos, se o segundo especificar o primeiro por uma relação de tipo, 
semelhança ou finalidade, é mais comum que o segundo termo, por ser delimitador, não varie, fique no 
singular. Contudo, é também correto flexionar os dois! 
Veja: Públicos-alvo(s); pombos-correio(s); banhos-maria(s); salários-família(s), Peixes-espada(s), Homens-
bomba(s), Papéis-moeda(s); Licenças-maternidade(s); Navios-escola(s). 
O “pombo” tem finalidade de ser correio, o “peixe” parece uma espada, assim por diante... 
Se a estrutura for “substantivo+preposição+substantivo”, apenas o primeiro item da composição se 
flexiona: 
Pé de moleque>>> Pés de moleque 
Mula sem cabeça>>> Mulas sem cabeça 
Mão de obra>>> Mãos de obra 
Obs: o plural de “pôr do sol” é “pores do sol”. Esse “pôr” é visto de forma substantivada, não como verbo. 
Por isso, é flexionado normalmente. Por razão semelhante, o plural de “mal-estar” é “mal-estareS”. Anote 
também que louva-a-deus não varia e o plural de “arco-íris” é “arcos-íris”. 
Atenção aqui: em palavras como Guarda-chuva, Guarda-roupa, somente o segundo item 
se flexiona, pois “guarda” é verbo e não varia: 2 Guarda-chuvaS e 2 Guarda-roupaS. 
Porém, não confunda essa regra geral com o caso de palavras como Guarda-noturno, 
Guarda-florestal, Guarda-civil. Nesse caso, o componente “guarda” em questão não é o 
verbo “guardar”, é o substantivo guarda”, o próprio sujeito, o próprio guarda, o homem! 
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Portanto, nesse caso, como temos substantivo+adjetivo, ambas classes variáveis, as 
duas metades da composição vão variar: guardaS-florestaiS, guardaS-civiS, guardaS-
florestaiS.... 
 
5. (TJ-SP–Enfermeiro Judiciário – 2019) Assinale a alternativa que traz, respectivamente, um substantivo 
cujo plural se faz a exemplo de “bem-estar”; e outro substantivo, destacado em expressão do texto, com 
sentido de coletivo. 
Alto-falante / “Quase metade da população mundial não tem acesso...” 
Saca-rolha / “... a base da assistência universal.” 
Bomba-relógio / “... o progresso em saúde tem sido desigual...” 
Louva-a-deus / “... em detrimento da prevenção de doenças...” 
Arco-íris / “... e participação das pessoas e da comunidade...” 
Comentários: 
O plural de “bem-estar” é “bem-estares”, o “bem” não varia, pois é advérbio (palavra invariável). O plural 
de “alto-falante” é “alto-falantes”, pois “alto” é advérbio (falar alto) e não varia, de forma que ambos os 
substantivos compostos fazem o plural da mesma forma. O substantivo com sentido coletivo é 
“população”, pois representa o coletivo de “pessoas”. 
Vejamos os demais plurais: 
Saca-rolhas: o verbo não varia na composição, então apenas o substantivo “rolhas” vai ao plural. 
Bombas-relógio(s): Pela regra geral, os dois componentes são substantivos e vão ao plural. Pela regra 
específica, que também é considerada válida, o segundo substantivo determina o primeiro por relação de 
semelhança/finalidade, então apenas o primeiro vai ao plural. Ambas são formas corretas, embora haja 
certa preferência pela regra específica. 
Louva-a-deus e arco-íris: usamos apenas os “louva-a-deus” e os “arco-íris”, o composto inteiro é invariável. 
Trata-se de casos excepcionais da língua. Gabarito letra A. 
6. (TRF 1ª REGIÃO – 2017) Haveria prejuízo gramatical para o texto caso a palavra “procedimentos-padrão” 
fosse alterada para procedimentos-padrões. 
Comentários: 
Não haveria prejuízo para o texto caso se efetuasse a referida troca, pois há duas regras válidas: flexionar 
os dois substantivos pela regra geral, ou flexionar somente o primeiro pela regra específica de delimitação 
por tipo/finalidade/semelhança. Questão incorreta. 
7. (SECULT-CE–Analista de Cultura / Letras – 2018) Assinale a opção em que o nome apresenta formação 
do plural igual a de “cidadão”. 
a) licitação 
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b) transação 
c) chão 
d) corrupção 
Comentários: 
“Cidadãos” e “chãos”, ambos terminados em “ãos”. As demais palavras farão plural em “ões”: licitações, 
transações, corrupções. Infelizmente, não há uma regra geral para isso, as palavras vão sendo aprendidas 
pelo contato constante com a língua. Gabarito letra C. 
8. (CÂMARA DE PORTO VELHO–Analista de TI – 2018) O plural das palavras terminadas em “ão” sofre 
variações. Normalmente se faz em “ões”, como em vulcões, que aparece no texto. Por vezes, contudo, 
aceita-se mais de uma forma. 
É o que ocorre com: 
a) tufão 
b) tostão 
c) vilão 
d) cidadão 
e) alemão 
Comentários: 
Mais uma questão de decoreba: há três plurais—vilãos, vilões, vilães, sendo o “vilões” o mais comum. 
Os demais plurais são: “tufões”, “tostões”, “cidadãos” e “alemães”. Gabarito letra C. 
Grau do Substantivo 
O substantivo também pode variar em grau, aumentativo e diminutivo. Nos importa aqui lembrar que o 
diminutivo/aumentativo pode ter valores discursivos de afetividade e de depreciação irônica. 
Ex: Olha o cachorrinho que eu trouxe para você. (afetividade) 
Ex: Que sujeitinho descarado esse! (pejorativo; depreciativo; irônico) 
Ex: Queridinho, devolva o que roubou. (depreciativo; irônico) 
Há diversos outros sufixos de grau do substantivo. Vejamos também seus valores no discurso: 
Ex: Então... O sabichão aí se enganou de novo? (ironia) 
Ex: Não trabalho tanto para dar dinheiro àquele padreco! (depreciação) 
Ex: O Porsche é um carrão! (admiração) 
Ex: Achei que aquilo era uma pousada, mas era um casebre! (depreciação) 
Ex: Titanic não é um filminho qualquer, é um filmaço. (depreciação/apreciação) 
Ex: Kiko, não se misture com essa gentalha! (desprezo) 
O plural do diminutivo se faz apenas com o acréscimo de ZINHOS ou ZITOS ao plural da palavra, cortanto-se 
o S. Assim: 
animalzinho = animais + zinhos > animaizinhos 
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coraçãozinho = corações + zinhos > coraçõezinhos 
florzinha = flores + zinhas > florezinhas 
papelzinho = papéis + zinhos > papeizinhos 
pazinha = pás + zinhas > pazinhas 
pazinha = pazes + inhas > pazezinhas 
OBS: Estão igualmente corretas palavras como colherzinha ou colherinha, florzinha ou florinha, pastorzinho 
ou pastorinho. 
 
9. (BANESTES – 2018) “Se no Brasil a ética chegou a esse ponto, imagine a etiqueta, que é a pequenaética”. A autora da frase, Danuza Leão, se refere à forma (etiqueta) que perdeu o valor diminutivo e passou 
a designar uma outra realidade. 
A frase abaixo em que o vocábulo sublinhado conservou o valor diminutivo é: 
a) Ao ser perguntado sobre em que dia da semana estava, teve que consultar a folhinha na parede da sala; 
b) Saía sempre às sextas para tomar uma cervejinha com os amigos; 
c) A propaganda aconselhava o uso de camisinha; 
d) Alguns espectadores visitam os atores no camarim; 
e) Após a chuva, havia gotículas de água no vidro dos carros. 
Comentários: 
A questão pede o caso em que o diminutivo ainda tem de fato relação com o tamanho, visto que muitas 
vezes a forma diminutiva é uma palavra completamente diferente: 
Folhinha=calendário 
Cervejinha=tem valor afetivo, não relação com o tamanho da cerveja. 
Camisinha=é o preservativo, um substantivo agora totalmente diferente de “camisa pequena”. 
Camarim= é o diminutivo de “câmara”, que agora representa o lugar onde ficam os artistas antes e depois 
de suas apresentações. 
Já em “gotícula”, o sufixo “ícula” realmente representa uma gota muito pequena. Gabarito letra E. 
 
 
 
 
 
 
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10. (SEDF – 2017) 
 
O emprego do diminutivo no texto está relacionado à expressão de afeto e ao gênero textual: carta 
familiar. 
Comentários: 
O diminutivo, aqui formado pelo sufixo “-inha”, pode ter valor afetivo, subjetivo, carinhoso. Esse uso é 
perfeitamente coerente com a linguagem familiar e cheia de afeto usada pela avó para falar com seu neto 
numa carta. Questão correta! 
Papel Sintático do Substantivo 
A partir deste momento, a “classe” da palavra e “função sintática” começam a se comunicar, pois são 
indissociáveis. Será necessário fazer referência a algumas funções sintáticas. Se você por acaso não 
recordar em absoluto dessas funções, não se preocupe: aprofundaremos esse ponto em “Sintaxe”. 
Vejamos... 
Para identificar o substantivo, devemos saber: quando tivermos uma função sintática nominal (centrada 
em um nome), como sujeito, objeto, adjunto adnominal, complemento nominal, o substantivo será 
normalmente o núcleo desta função, o elemento central e principal, e será modificado por termos 
“satélites” (orbitam, ficam “em volta”), como artigos, numerais, adjetivos e pronomes. 
Ficou gramatiqueiro? Vamos ver isso num exemplo: 
 
 
Os seus cinco patinhos amarelos nadam na lagoa 
 Sujeito Adj. Adv. 
Vejamos as classes das palavras: 
Os: Artigo, variável, se refere ao substantivo patinhos e concorda com ele em gênero masculino e número 
plural. 
Seus: pronome possessivo, variável, se refere ao substantivo patinhos e concorda com ele em gênero 
masculino e número plural. 
Cinco: Numeral adjetivo, variável, também se refere se refere ao substantivo patinhos. 
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Patinhos: Substantivo, núcleo da função sintática sujeito, “puxa” a concordância das classes que se 
referem a ele. 
Amarelos: Adjetivo, variável, se refere ao substantivo patinhos e concorda com ele em gênero masculino e 
número plural. 
Nadam: Verbo, variável, se refere ao substantivo patinhos e concorda com ele em terceira pessoa (eles) e 
número plural. 
Na lagoa: Locução adverbial de lugar. Exprime circunstância e equivale a um advérbio (classe), que é 
invariável e tem função sintática de adj. adverbial de lugar. 
Agora no exemplo “O1 meu2 violão3 novo4 quebrou”. Qual termo dá nome ao objeto? 
A resposta deverá ser: Violão. 
Se eu perguntar: “o que quebrou?”, a resposta será O1 meu2 violão3 novo4. Dessa expressão inteira, a 
palavra central é “violão”, que é especificada por termos acessórios (o, meu, novo). Por isso, “violão” é o 
núcleo do sujeito. 
REPETINDO: o substantivo é classe nominal variável e ocupa sempre o núcleo de qualquer função sintática 
nominal. Na expressão: “tenho medo de bruxas”, o complemento nominal “de bruxas” tem como núcleo o 
substantivo “bruxas” e completa o sentido vago da palavra “medo”. 
Se o substantivo é “núcleo”, há classes que são “satélites” e “orbitam” em volta dele e concordam com ele. 
Essas classes que se referem ao substantivo são o artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome (veremos essas 
classes adiante). 
Então, já podemos perceber que o “substantivo” é o núcleo dos termos sintáticos sublinhados nos 
exemplos abaixo: 
1As meninas ricas do Leblon compraram 2muitos vestidos. 
O muro 3de concreto é resistente. 
Eles têm consciência 4de meus defeitos 
Em 1, “meninas” é o núcleo do sujeito, que está sublinhado. Em 2, “vestidos” é núcleo do objeto de 
“compraram”, complemento desse verbo (Quem compra compra alguma coisa, nesse caso, compra 
“muitos vestidos”. Em 3, o termo “de concreto” qualifica o substantivo “muro” e está “junto” a ele. Então, 
temos uma função chamada “adjunto adnominal” e seu núcleo é justamente o substantivo “muro”. Em 4, o 
termo “de meus defeitos” complementa o nome “consciência”, porque quem tem consciência tem 
consciência de alguma coisa. No caso, consciência “de meus defeitos”. Observe novamente como o núcleo 
é um substantivo. 
Tranquilo? Não se preocupe, aprofundaremos tais funções futuramente. Mas já fica registrada a relação 
básica entre a classe e a função sintática. 
 
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11. (SEASTER-PA–Téc. em Enfermagem – 2019) Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na 
oração “A abordagem social constitui-se em um processo de trabalho planejado de aproximação”, o 
vocábulo sublinhado classifica-se como substantivo. 
Comentários: 
Sim. Trata-se de substantivo abstrato derivado de ação. Observe que nomeia a ação de trabalhar e tem 
função de núcleo de um termo sintático: de trabalho. Questão correta. 
ADJETIVO 
O adjetivo é a classe variável que se refere ao substantivo ou termo de valor substantivo (como pronomes), 
para atribuir a ele alguma qualificação, condição ou estado, restringindo ou especificando seu sentido. Ex: 
homem mau, mulher simples, céu azul, casa arruinada. 
Como vimos, é classe variável, que “orbita” em torno do substantivo e concorda com ele em gênero e 
número. Ex: homens maus, mulheres simples, céus azuis, casas arruinadas. 
O adjetivo pode também ser substantivado: “Céu azul” vira “O azul do céu”. É comum também substituir o 
adjetivo por “locução” ou “oração” adjetiva: “Cidadão inglês”x “Cidadão da Inglaterra” x “Cidadão que é 
nativo da Inglaterra”. 
Classificação dos adjetivos: 
Simples: Possui apenas um radical (Ex: estilo literário) 
Composto: Possui mais de um radical (Ex: estilo lítero-musical) 
Primitivo: forma original, não derivado de outra palavra. (Ex: bom) 
Derivado: é formado a partir de outra palavra (Ex: bondoso) 
Explicativo: indica característica inerente e geral do ser (Ex: homem mortal) 
Restritivo: indica característica que não é própria do ser (Ex: homem valente) 
Gentílico: relativos a povos e raças. (Ex: Israelita) 
Pátrio: relativos a cidades, estados, países e continentes (Ex: Israelense) 
Vejamos alguns exemplos de adjetivos pátrios, atenção à formação. Vou destacar as terminações típicas 
dos adjetivos que indicam origem. 
português, inglês, francês, camaronês, norueguês 
goiano, americano, africano, angolano, mexicano 
estadunidense, fluminense, amazonense 
afegão, alemão, catalão, brasileiro, mineiro 
espanhol, mongol, lisboeta,vietnamita 
argentino londrino, europeu, judeu, asiático 
panamenho, costa-riquenho, porto-riquenho 
Cuidado: esses adjetivos são grafados com letras minúsculas. 
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Flexão dos adjetivos: 
O plural dos adjetivos simples seguem basicamente as mesmas regras dos substantivos. 
No plural dos adjetivos compostos, como luso-americanos, afro-brasileiras, obras político-sociais, a 
primeira parte do composto é reduzida e somente o segundo item da composição vai para o plural. Essa é a 
regra para o plural dos adjetivos compostos em geral. 
Se houver um substantivo na composição do adjetivo composto, nenhuma das partes vai variar: camisas 
amarelo-ouro, saias verde-oliva, gravatas vermelho-sangue... 
Obs: Alguns adjetivos, no entanto, são sempre invariáveis: azul-marinho, azul-celeste, furta-cor, 
ultravioleta, sem-sal, sem-terra, verde-musgo, cor-de-rosa, zero-quilômetro 
Os adjetivos chamados de “uniformes” têm uma só forma para masculino ou feminino. Normalmente são 
os terminados em (-a, -e, -ar, -or, s, z ou m): hipócrita, homicida, asteca, agrícola, cosmopolita, árabe, 
breve, doce, constante, pedinte, cearense, superior, exemplar, cordial, amável, ágil, ímpar, simples, reles, 
feliz, feroz, ruim, comum. 
 
12. (CORE-SP–Ass. Administrativo – 2019) Palavras do nosso idioma estranhas e desconhecidas tornam 
incompreensíveis... 
Julgue o item a seguir. 
As palavras “idioma” e “estranhas” são respectivamente: substantivo e adjetivo. 
Comentários: 
“Idioma” é um substantivo, pois recebeu um determinante “nosso”, o que prova sua função de “núcleo”. 
“Estranhas” é adjetivo porque modifica um substantivo (palavras), dando a ele uma caracterização. 
Questão correta. 
13. (DETRAN-PA–Ag. de Fiscalização De Tran. – 2019) A classe gramatical do termo grifado está 
corretamente indicada em: 
Convém esclarecer que a ideia atual de meio ambiente não se restringe à antiga concepção comum de 
natureza – advérbio. 
Comentários: 
“Atual” é adjetivo, pois modifica o substantivo “ideia”. Questão incorreta. 
14. (SAP-SP–Analista Admnistrativo – 2018) Assinale a alternativa incorreta sobre a formação do adjetivo 
grifado. 
a) A capa do caderno era azul. (Adjetivo primitivo) 
b) Meu gato é muito preguiçoso. (Adjetivo derivado) 
c) As águas claras do rio cortavam as montanhas. (Adjetivo simples) 
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d) Os cabelos castanho-escuros ressaltavam os olhos azuis da menina. (Adjetivo simples) 
e) As cidades seriam mais limpas se os cestos de lixo fossem utilizados. (Locução adjetiva) 
Comentários: 
“Castanho-escuros” é um adjetivo composto, pois é formado por mais de uma palavra, mais de um radical. 
As demais classificações estão perfeitas. 
“Azul” é primitivo porque não deriva de outro adjetivo. “Azulado”, por exemplo, seria um adjetivo 
composto, derivado de “Azul”. 
“Preguiçoso” é derivado porque deriva de “preguiça”, tendo recebido a terminação “-oso”, que forma 
adjetivos: gostoso, saboroso, rancoroso etc. 
“Claras” é um adjetivo simples porque só possui um radical. Gabarito letra D. 
15. (SAP-SP–Of. Administrativo – 2018) De acordo com a norma padrão, atribua C (certo) ou E (errado) aos 
itens sobre o plural dos adjetivos compostos e assinale a alternativa correta. 
( ) Vi um menino com cabelos castanho-escuros e olhos verde-claros. 
( ) Os soldados vestiam fardas verdes-olivas. 
( ) O inglês e o alemão são línguas anglos-germânicas. 
( ) Os políticos precisam buscar soluções para os problemas econômicos-financeiros. 
a) C – E – E – E. 
b) E – C – C – C. 
c) C – E – C – E. 
d) C – C – E – C. 
e) C – C – C – C. 
Comentários: 
( ) Vi um menino com cabelos castanho-escuros e olhos verde-claros. 
Estão corretos, pois a regra geral é apenas o segundo elemento variar. 
( ) Os soldados vestiam fardas verdes-olivas. 
“oliva” é substantivo, então o adjetivo composto fica invariável: verdes-oliva. 
( ) O inglês e o alemão são línguas anglos-germânicas. 
Apenas o segundo elemento deve variar no adjetivo composto: “anglo-germânicas”. 
( ) Os políticos precisam buscar soluções para os problemas econômicos-financeiros. 
Apenas o segundo elemento deve variar no adjetivo composto: “econômico-financeiros”. 
Gabarito letra A. 
Valor objetivo (fato) x Valor subjetivo (opinião) 
Os adjetivos podem ter valor subjetivo, quando expressam opinião; ou podem ter valor objetivo, quando 
atestam qualidade que é fato e não depende de interpretação. Os adjetivos opinativos, por serem marca 
de especialização de uma opinião, são acessórios, podem ser retirados, sem prejuízo gramatical. Veja: 
carro preto (objetivo). Carro bonito (subjetivo). Turista japonês (objetivo). Turista animado (subjetivo). 
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Os adjetivos chamados “de relação” são objetivos e, por isso, não aceitam variação de grau. Além disso, 
não podem ser deslocados livremente, posicionando-se normalmente após o substantivo. São derivados de 
substantivos e estabelecem com o substantivo uma relação de tempo, espaço, matéria, finalidade, 
propriedade, procedência etc. Tais adjetivos indicam uma categorização “técnica”, “objetiva” e tornam 
mais preciso o conceito expresso pelo substantivo, restringindo seu significado. Celso Cunha dá os 
seguintes exemplos: 
Nota mensal (nota relativa ao mês) 
Movimento estudantil (movimento feito por estudantes) 
Casa paterna (casa onde habitam os pais) 
Vinho português (vinho proveniente de Portugal) 
Observe que não podemos escrever “português vinho” nem “vinho muito português”. Ser “português” é 
uma categorização objetiva do vinho, não expressa opinião. 
Essas características vão nos ajudar em questões sobre a inversão da ordem “substantivo+adjetivo”. 
 
16. (Aux. Administrativo – 2019) Aponte, dentre as alternativas abaixo o adjetivo de valor nitidamente 
subjetivo. 
a) imprensa brasileira 
b) proposta milionária 
c) incitamento racista 
d) jovem negro 
e) brilhante futuro 
Comentários: 
Ainda que fora de um contexto maior, percemos que “brilhante” é um elogio, é um adjetivo subjetivo, 
carregado de opinião pessoal. Os demais são objetivos: 
Brasileira: origem 
Milionária: acima de um milhão 
Racista: relativo a racismo 
Negro: descrição objetiva de cor/raça, como em “jovem branco”, “jovem cafuso”... Gabarito letra E. 
17. (TRE-TO–Analista – 2017) No início da Idade Média, as monarquias germânicas continuaram sendo 
teoricamente, e por vezes praticamente, eletivas, como a monarquia visigótica. 
Julgue o item: o adjetivo “germânicas” expressa um atributo negativo de “monarquias”. 
Comentários: 
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Adjetivo que indica origem é objetivo, não expressa opinião, negativa ou positiva. A Monarquia era 
germânica, em oposição a inglesa, americana, espanhola...Não é um atributo, é uma categoria objetiva, um 
fato. Questão incorreta. 
18. (MPE–Técnico – 2016) Segundo o gramático Celso Cunha, os adjetivos em língua portuguesa expressam 
qualificações, características, estados e relações; o adjetivo abaixo que expressa relação é: 
a) fácil entendimento; 
b) linguagem objetiva; 
c) profissionais qualificados; 
d) prática clínica; 
e) informação transparente.Comentários: 
O adjetivo “relacional” é aquele que expressa uma característica inerente, objetiva, indiscutível do nome. 
Por isso, não admite gradação nem deslocamento. 
O único adjetivo que tem valor relacional ou objetivo é “clínica”, pois é a característica inerente daquela 
prática, em oposição, por exemplo, a “prática forense”, “prática literária”. Não podemos ter um médico 
dizendo ao outro: “minha prática é mais clínica que a sua”. Também não podemos fazer o deslocamento: 
clínica prática, pois nesse caso, “clínica” deixaria de ser adjetivo, para ser substantivo. Aí a expressão seria 
outra totalmente diferente. 
Os adjetivos fácil, objetivo, qualificado e transparente expressam opiniões do autor, são subjetivos e 
graduáveis. Podemos ter: “mais fácil”, “facílimo”, “muito qualificado”... Portanto, nosso gabarito é letra D. 
OBS: A propósito, não seja muito rígido com esse critério de ‘subjetivo x objetivo’, pois a “objetividade” do 
adjetivo pode ser contextual, ou seja, um adjetivo que pareça subjetivo pode estar indicando uma 
característica objetiva, um aspecto visto como fato. 
Ex: Os países ricos do hemisfério norte investiram historicamente em tecnologia. 
Aqui, “rico” não é um adjetivo subjetivo só porque podemos pensar em “mais rico ou menos rico”. “Rico”, 
aqui, foi usado com sentido objetivo, de fato, referindo-se aos países que são em geral classificados como 
ricos (EUA, Alemanha, Inglaterra). 
 
Ser um adjetivo x ter “valor/papel adjetivo” 
Aqui, novamente a morfologia e a sintaxe se mostram indissociáveis. 
Por seu sentido “qualificador” e por se ligar a “substantivos”, o adjetivo pode ter duas funções sintáticas: 
predicativo (João é chato /Considerei o filme chato) e adjunto adnominal (O carro velho quebrou). 
Apesar de “adjetivo” ser uma classe própria, outras classes serão chamadas também de “adjetivas” se 
tiverem o papel que o adjetivo tem, ou seja, se referirem-se a substantivos para especificá-los. Então há 
diferença entre “ser um adjetivo” (classe) e ter “papel/função” adjetiva. 
Observe: 
“O1 meu2 violão novo3 quebrou” 
Os termos 1, 2 e 3 têm “papel” adjetivo. Pois se referem ao substantivo “violão”. Daí, também podemos 
dizer que tais termos são “adjuntos adnominais” de “violão”, palavra substantiva que tem função de 
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núcleo. Veja também que “papel” ou “função adjetiva” NÃO SIGNIFICA QUE A PALAVRA SEJA DA CLASSE 
DOS ADJETIVOS. Veja que os adjuntos aqui são, respectivamente, artigo, pronome possessivo e adjetivo. 
Somente “novo” é um adjetivo de fato. Saiba então que “papel adjetivo” está diretamente ligado a 
“adjunto adnominal”. 
Como decorrência, na sentença: Seus filhos são bonitos, o pronome “seus” é classificado como pronome 
possessivo “adjetivo”, porque se refere ao substantivo “filhos”, como um adjetivo faria. 
Por outro lado, algumas classes também podem vir classificadas como “substantivas” (função/papel de 
substantivo), se puderem substituir um nome, ou seja, se puderem vir no lugar de um substantivo, como 
“núcleo”. 
Ex: Minhas mãos estão limpas, lave as suas. 
 (mãos) 
Minhas é pronome possessivo adjetivo, pois se refere a substantivo; suas é pronome possessivo 
substantivo, pois substitui o substantivo “mãos”, que está implícito. O mesmo ocorre com os numerais: 
Ex: Dois irmãos estão doentes, ajudarei os dois. 
 (irmãos) 
Da mesma forma, o primeiro Dois é um numeral adjetivo (tem papel adjetivo), o segundo dois é numeral 
substantivo, pois substitui o substantivo “irmãos”. 
Em algumas questões, a banca pode pedir qual palavra tem “valor adjetivo” ou “exerce papel adjetivo”. 
Nesse caso, o aluno pode errar, pois fica limitado a procurar adjetivos propriamente ditos, quando a 
resposta pode estar em outra classe que modifique o substantivo, em função de adjunto adnominal. Esse 
tipo de análise também é fundamental para estudarmos a função sintática dos termos, já que uma mesma 
palavra pode ter diferentes funções sintáticas, dependendo do termo a que ela se refere ou de funcionar 
ou não como núcleo da expressão. Fique ligado! Veremos questões sobre isso. 
19. (TCE-PB–Agente Documentação – 2018) [...] Em primeiro lugar, deve-se ter em mente o aspecto que se 
está comparando e, em segundo, deve-se considerar que essa relação não é nem homogênea nem 
constante 
Julgue o item. O vocábulo “constante” foi empregado para qualificar o termo “aspecto”. 
Comentários: 
Aqui temos o adjetivo “constante” qualificando o substantivo “relação”, não aspecto. 
Questão incorreta. 
ORDEM DA EXPRESSÃO NOMINAL (SUBST+ADJETIVO): 
MUDANÇA SEMÂNTICA E/OU MORFOLÓGICA 
Agora veremos o efeito da troca de ordem em algumas palavras. Uma expressão formada por subst+adj é 
uma expressão nominal (ou sintagma nominal), porque o núcleo é um nome (substantivo). A ordem 
“natural” do sintagma é essa. Quando trocamos essa ordem, poderemos ter 3 casos: 
 
 
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1) Não muda nem a classe nem o sentido. 
Ex: Cão bom x Bom cão 
 Subst Adj Adj Subst 
 
2) Muda o sentido sem mudar as classes. 
Ex: Candidato pobre x Pobre candidato 
 Subst Adj Adj Subst 
O sentido mudou, pois pobre é um adjetivo objetivo relativo a recursos financeiros; na segunda expressão, 
pobre tem sentido de coitado, digno de pena. 
Vejam os pares principais que se encaixam nesse segundo caso. 
simples questão (mera questão) 
questão simples (não complexa) 
 
grande homem (grandeza moral) 
homem grande (grandeza física) 
 
novas roupas (roupas diferentes) 
roupas novas (roupas não usadas) 
 
nova mulher (outra mulher) 
mulher nova (mulher jovem) 
 
velho amigo (de longa data) 
amigo velho (idoso) 
único sabor (não há outro, só um) 
sabor único (sabor inigualável) 
 
alto funcionário (patente) 
funcionário alto (altura física) 
 
pobre homem (coitado) 
homem pobre (sem recursos) 
 
bravo soldado (valente) 
soldado bravo (irritado) 
 
falso médico (não é médico) 
médico falso (não é verdadeiro) 
3) Muda a classe, e muda necessariamente o sentido. 
Ex: alemão comunista x comunista alemão 
 Subst Adj Subst Adj 
Alemão, no segundo sintagma, se tornou característica, especificação, do substantivo comunista. No 
primeiro caso, temos um alemão que é comunista (em oposição, por exemplo, a um alemão guitarrista, 
turista, generoso, inteligente, feio, bonito, ou qualquer outra característica.). No segundo, um comunista 
nascido na Alemanha (em oposição, por exemplo, a um nazista brasileiro, turco, japonês, cubano...). 
Sempre que houver essa alteração morfológica, ou seja, troca de classes, haverá mudança de sentido, 
porque muda o foco, ainda que pareça coincidir bastante o sentido. Esse critério salva sua pele em 
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questões em que fica difícil enxergar a sutil mudança semântica que ocorre. Lembre-se da famosa frase de 
Machado de Assis: “não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor”. No primeiro caso, 
temos “um autor que veio a falecer”. No segundo, temos um “defunto que passou a escrever”. 
Vejamos agora alguns pares desse tipo, para você reconhecer na hora da prova: 
O presidente foi um preso político (substantivo + adjetivo) 
O presidente é um político preso. (substantivo+ adjetivo) 
Um amigo médico me disse que comer não é doença. (substantivo + adjetivo) 
Um médico amigo não supera um médico competente. (substantivo + adjetivo) 
O carioca fumante soprou fumaça nas crianças. (substantivo + adjetivo) 
O fumante carioca soprou fumaça nas crianças. (substantivo + adjetivo) 
Em alguns casos, pode ser difícil detectar quem é o substantivo (Ex: sábio religioso), então a gramática nos 
diz que a tendência lógica é considerar o primeiro termo substantivo e o segundo adjetivo. 
 
20. (LIQUIGÁS–Direito – 2018) Velhas casas 
Tenho um amigo arquiteto que gosta de me falar de velhas casas brasileiras, da simplicidade e do gosto dos 
antigos mestres de obra, dos homens práticos que encheram o Brasil de casarões, de igrejas, de cidades. 
Julgue o item. 
Na primeira linha do texto, está empregada a expressão “velhas casas brasileiras”. Caso o redator tivesse 
escrito “casas velhas brasileiras”, o trecho passaria a indicar as casas como gastas pelo tempo. 
Comentários: 
Clássico par, anotem: casas velhas (decrépitas, acabadas) x velhas casas (antigas, de longa data, valor 
afetivo). Questão correta. 
21. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE ALAGOAS – 2018) “Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas...”; 
o segmento destacado mostra um vocábulo que, se trocado de posição, traz mudança de sentido e de 
classe gramatical. 
O mesmo pode ocorrer no seguinte segmento: 
a) pobre homem; 
b) barbeiro turco; 
c) grande sujeito; 
d) bom livro; 
e) variado cardápio 
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Comentários: 
Se invertermos “barbeiro (substantivo- pessoa) turco (adjetivo-origem)”, teremos “turco (pessoa) barbeiro 
(profissão)”, então as classes mudaram e o sentido também. Quando a classe muda, o sentido muda 
também. 
Em “homem pobre”, temos alguém sem dinheiro. Em “pobre homem”, temos sentido de “coitadinho”, de 
“vítima”. As classes não mudam, apenas o sentido. 
Em “sujeito grande”, temos sentido de tamanho. Em “grande sujeito”, temos valor afetivo, de qualidade 
pessoal ou moral. Apenas o sentido mudou. 
Em “bom livro” e “variado cardápio”, não há qualquer modificação em classe ou sentido com a inversão. 
Gabarito letra B. 
22. (MPE-SP–Oficial Promotoria – 2016) No trecho – Bombeiros mineiros deverão receber treinamento... –
, a expressão em destaque é formada por substantivo + adjetivo, nessa ordem. Essa relação também se 
verifica na expressão destacada em: 
a) Entrou silenciosamente, com um espanto indisfarçável. 
b) Estiveram presentes à festa meus estimados padrinhos. 
c) Trata-se de um lutador bastante forte e preparado. 
d) A imprudente atitude do advogado trouxe-me danos. 
e) Alguma pessoa teve acesso aos documentos da reunião? 
Comentários: 
Questão fácil; só para treinar a identificação do sintagma nominal, a banca pede exatamente a estrutura 
“substantivo+adjetivo”. 
a) (substantivo) espanto + indisfarçável (adjetivo). Questão correta. 
b) (adjetivo) estimados + padrinhos (substantivo). Questão incorreta. 
c) (substantivo) lutador + bastante (advérbio) forte (adjetivo) e preparado (adjetivo). Questão incorreta. 
d) (adjetivo) imprudente + atitude (substantivo). Questão incorreta. 
e) alguma (pronome) + pessoa (substantivo). Questão incorreta. Gabarito letra A. 
Locuções Adjetivas: 
Como mencionei, locuções são grupos de palavras que equivalem a uma só. As locuções adjetivas são 
formadas geralmente de preposição+substantivo e substituem um adjetivo. Essas locuções funcionam 
como um adjetivo, qualificam um substantivo, e desempenham normalmente uma função chamada 
adjunto adnominal. 
Ex: Homem covarde = Homem sem coragem 
Ex: Cara angelical = Cara de anjo 
Porém, algumas expressões semelhantes, também formadas de preposição + substantivo não podem ser 
vistas como um adjetivo, nem substituídas por adjetivo, pois serão um complemento nominal, um termo 
obrigatório que completa o sentido de uma palavra. 
Ex: Construção do muro = Ex: Construção*** múrica, murística, mural??? 
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Por que falaremos disso agora? Porque a banca explora essa diferença entre adjunto adnominal (equivale a 
adjetivo) e complemento nominal justamente perguntando ao combalido candidato qual é o termo que 
exerce ou não papel de adjetivo, ou seja, qual é adjunto adnominal (locução adjetiva) ou complemento 
nominal, respectivamente. 
Esse assunto será detalhado na aula de sintaxe. Contudo, vamos logo aproveitar o ensejo para ver a 
diferença entre os dois nesse contexto das locuções adjetivas. 
Seguem exemplos de locuções adjetivas, expressões preposicionadas que tem função de adjetivo (vêm 
adjuntas ao substantivo, com função de adjunto adnominal). 
Ex: A coluna tinha forma de ogiva x A coluna tinha forma ogival. 
Ex: Comi chocolates da Suiça x Comi chocolates suíços. 
Ex: Tenho hábitos de velho x Tenho hábitos senis 
As expressões preposicionadas acima são morfologicamente classificadas como locuções adjetivas (na 
função sintática de adjuntos adnominais), pois se referem a substantivo, podem normalmente ser 
substituídas por um adjetivo equivalente ou trazem uma relação de posse ou pertinência: A ogiva tem 
aquela forma, a Suíça tem aqueles chocolates e os hábitos são do velho. 
Alguns exemplos de outras locuções e seus adjetivos correspondentes: 
de irmão fraternal 
de paixão passional 
de trás traseiro 
de lago lacustre 
de lebre leporino 
de lobo lupino 
de lua lunar ou selênico 
de macaco simiesco, símio ou macacal 
de madeira lígneo 
de marfim ebúrneo ou ebóreo 
de mestre magistral 
de monge monacal 
de neve níveo ou nival 
de nuca occipital 
de orelha auricular 
de frente frontal 
de ouro áureo 
de ovelha ovino 
de paixão passional 
de porco suíno ou porcino 
de prata argênteo ou argírico 
de serpente viperino 
de sonho onírico 
de terra telúrico, terrestre ou terreno 
de velho senil 
de vento eólico 
de vidro vítreo ou hialino 
de leão leonino 
de aluno discente 
de visão óptico 
Cuidado: nem sempre teremos ou saberemos um adjetivo perfeito para substituir a expressão nominal. 
Por isso, atente-se à relação ativa ou de posse entre o termo preposicionado e o substantivo a que se 
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refere. 
Ex: As músicas do pianista são lindas. (não podemos substituir propriamente por um adjetivo, mas 
observamos que temos uma locução adjetiva pois temos termo com sentido ativo/de posse- o 
pianista toca/tem as músicas. Além disso, músicas não pede complemento obrigatório, o que é 
acrescentado é apenas qualificação, determinante de valor adjetivo. 
Em outros casos, teremos uma expressão que “parecerá” uma locução adjetiva, mas será um termo de 
valor substantivo, complementando o sentido de um substantivo abstrato derivado de ação (Complemento 
Nominal), em vez de apenas dar a ele uma qualificação/especificação. 
Ex: A invenção do carro mudou o mundo. (“do carro” não é uma qualidade, é um complemento 
necessário de “invenção”, pois ficaríamos nos perguntando: “invenção do quê?”. O carro foi 
inventado, então temos sentido passivo e uma complementação de sentido. Portanto, não temos 
locução adjetiva e o termo não funciona como adjetivo. 
Então, se o termo preposicionado tiver valor de agente ou de posse, teremos uma locução adjetiva e o 
termo funcionará sim como um adjetivo. 
Ex: O processamento do computador é muitorápido. (Aqui, novamente, temos sentido de 
posse/agente: o computador processa os dados, então aqui temos uma locução adjetiva, uma 
expressão que funciona como adjetivo. Essa distinção separa o Complemento Nominal 
(passivo/completa sentido) do Adjunto Adnominal (ativo/posse) 
Portanto, como dica geral, anote: com substantivo abstrato derivado de ação, o termo seguinte, iniciado 
pela preposição “de” e com sentido passivo, não será uma locução adjetiva, será um complemento 
nominal. 
 
23. (BANESTES – 2018) Na escrita, pode-se optar frequentemente entre uma construção de substantivo + 
locução adjetiva ou substantivo + adjetivo (coragem de herói = coragem heroica). 
O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído por um adjetivo é: 
a) A maior preocupação do homem é a morte; 
b) A criação do homem é ideia de Deus; 
c) A inteligência do homem é infinita; 
d) Os amores do homem são passageiros; 
e) É efêmera a memória do homem. 
Comentários: 
Apenas em “criação do homem” não temos valor adjetivo, pois o sentido é passivo: o homem é criado por 
Deus, não cria, não é agente, não é responsável, “dono” da criação. Quando temos termo iniciado pela 
preposição “de” relacionado a substantivo abstrado derivado de ação e o valor é passivo, temos um 
“complemento nominal” daquele substantivo, não temos uma expressão adjetiva ligada a ele (adjunto 
adnominal). 
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Nos demais casos, observem que podemos usar “humano(a)” como forma equivalente, pois temos 
locuções adjetivas: 
Preocupação humana, inteligência humana, amores humanos, memória humana. Gabarito letra B. 
24. (PF–Papiloscopista – 2018) A substituição do termo “do futuro”, em “modelos do futuro”, pelo adjetivo 
futuristas manteria os sentidos originais do texto. 
Comentários: 
Nem sempre é possível/adequado substituir uma locução adjetiva por um adjetivo, não há adjetivos 
perfeitos para todas as locuções. Modelo “do futuro” é o modelo que virá à frente no tempo. Modelo 
“futurista”, por outro lado, dá ideia de um modelo excêntrico, diferente, remoto para os padrões atuais; 
MODERNO. Não são exatamente sinônimos. Questão incorreta. 
Grau dos adjetivos 
Basicamente, qualidades podem ser comparadas e intensificadas pela via da flexão de grau comparativo 
(mais belo, menos belo ou tão belo quanto) e superlativo (muito belo, tão belo, belíssimo). 
Vejamos a divisão que cai em prova: 
Comparativo: 
O grau comparativo pode ser de superioridade, inferioridade ou igualdade. 
Ex: Sou mais/menos ágil (do) que você (grau comparativo de superioridade/inferioridade) 
Ex: Sou tão ágil quanto/como você (comparativo de igualdade) 
Perceba que o elemento (do) é facultativo nessas estruturas comparativas. 
Algumas palavras têm sua forma comparativa terminada em –or. No latim, essa terminação significava 
“mais”, por essa razão o “mais” não aparece nessas formas: “melhor”, “pior”, “maior”, “menor”, 
“superior”. Por suprimir essa palavra, a gramática o chama de comparativo sintético. 
Temos que conhecer também o grau superlativo, que expressa uma qualidade em grau muito elevado. Se 
divide em relativo e absoluto: 
Superlativo relativo: 
Ex: Sou o melhor do mundo. 
Ex.: Senna é o melhor do Brasil! 
Gradua uma qualidade/característica (“bom”) em relação a outros seres que também têm ou podem ter 
aquela qualidade, ou seja, em relação à totalidade (o mundo todo). 
Superlativo absoluto: 
Indica que um ser tem uma determinada qualidade em elevado grau. Não se relaciona ou compara a outro 
ser. Pode ocorrer com uso de advérbios de intensidade (absoluto analítico): “sou muito esforçado” e de 
sufixos (absoluto sintético): difícil>dificílimo; comum>comuníssimo; bom>ótimo; magro>macérrimo. 
Assim sendo, quando as bancas falam em variação do adjetivo em grau, querem dizer que o adjetivo está 
sofrendo algum processo de intensificação, ou seja, terá seu sentido intensificado, por um advérbio (tão 
bonito), por um sufixo (caríssimo), por um substantivo (enxaqueca monstro), por exemplo. 
OBS: Aprofundando um pouco mais, há outros “recursos de superlativação”, formas estilísticas que 
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também conferem a ideia de uma qualidade em alto grau. 
Maria é linda, linda, linda. (repetição) 
Maria é ultraexigente. (prefixos intensificadores) 
Ele é rapidinho/rapidão/rapidaço. (aumentativo ou diminutivo intensificador) 
Isso é claro como o dia. (comparação breve) 
João é feio como um cão. (comparação breve) 
O sociólogo é podre de rico. (certas expressões fixas, cristalizadas pelo uso) 
Esse é um pedreiro de mão cheia. (certas expressões fixas, cristalizadas pelo uso) 
Ele não é um médico qualquer, ele é o médico. (artigo definido indicativo de “notoriedade”). 
Para esquematizar, vejamos um quadro resumo: 
 
 
25. (SAP-SP–Ana. Administrativo – 2018) Assinale a alternativa onde encontramos o grau superlativo 
absoluto. 
a) Pedro é tão amoroso quanto Margarete. 
GRAU DOS 
ADJETIVOS
Normal Alto
Comparativ
o
Superioridade Mais alto
Inferioridade Menos alto
Igualdade Tão alto quanto/como
Superlativo
Relativo
Superioridade
o mais alto
Inferioridade
o menos alto
Absoluto
Sintético
Altíssimo
Analítico
muito alto
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b) Lucas e André são altíssimos. 
c) Tiago é mais amoroso que educado. 
d) Mário é menos amoroso do que Lílian. 
e) Marcelo é o mais estudioso dos irmãos. 
Comentários: 
Vejamos os ‘graus’ utilizados: 
a) comparativo de igualdade 
b) superlativo absoluto, marcado pelo sufixo -íssimo. 
c) comparativo de superioridade, uma qualidade está em nível superior. 
d) comparativo de inferioridade, uma qualidade está em nível inferior. 
e) superlativo relativo: Marcelo, em relação aos irmãos, é o que mais estuda. Gabarito letra B. 
26. (COMVEST / UFAM – 2016) Assinale a alternativa na qual consta frase que tem um adjetivo expresso 
no grau superlativo absoluto sintético: 
a) Não visitar as cidades barrocas de Minas tornou a minha viagem paupérrima 
b) Devido à falta de leitura, a redação dos alunos que prestam vestibular é muito fraca 
c) O inverno deste ano foi mais rigoroso do que o do ano passado 
d) Eduardo é o aluno mais inteligente da classe 
e) Ganhei uma camisa amarelo-limão, cor da qual não gosto muito. 
Comentários: 
a) O Superlativo absoluto sintético (sem advérbio, menor) de superioridade se caracteriza pelo acréscimo 
do sufixo –érrimo. 
b) O Superlativo absoluto analítico se caracteriza pela intensificação por meio de acréscimo de advérbios. 
c) Trata-se de grau comparativo de superioridade (mais que) 
d) Trata-se de superlativo relativo de superioridade, caracterizado pela “relação” a um conjunto de seres. 
e) Trata-se de mero adjetivo, em grau normal. Gabarito letra A. 
ADVÉRBIO 
O advérbio é classe invariável que se refere essencialmente ao verbo, indicando a circunstância em que 
uma ação foi praticada, como “tempo, lugar, modo...” 
Porém, o advérbio também pode modificar adjetivos (você é muito linda), outros advérbios (você dança 
extremamente mal) e também orações inteiras (Infelizmente, o Brasil não vai bem). 
Quando modifica adjetivos e advérbios, o advérbio tem função de intensificar/acentuar o sentido. 
Quando se refere a uma oração inteira, normalmente indica uma opinião sobre o conteúdo daquela 
oração. 
Apesar de invariável, existe um advérbio que aceita variação,é o advérbio TODO: 
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 Ex: Chegou todo sujo e a esposa o recebeu toda paciente. 
Em suma, o advérbio é termo invariável que se refere a verbo, adjetivo e advérbio. Quando se refere a 
verbo, traz a “circunstância” daquela ação. Quando ligado a adjetivo e advérbio, funciona como 
intensificador. 
Usados em interrogativas, onde, como, quando, por que são advérbios interrogativos, justamente porque 
expressam circunstâncias como lugar, modo, tempo e causa, respectivamente. 
Vejamos esse uso nas interrogativas diretas (com ?) e indiretas (sem ?) 
Onde você mora? Ignoro onde você mora. 
Quando teremos prova? Não sei quando teremos prova. 
Como organizaram tudo? Perguntei-lhes como organizaram tudo. 
Por que tantos desistem? Não disseram por que tantos desistem. 
Rigorosamente, “por que” é considerada uma locução adverbial interrogativa de causa. 
 
27. (CÂMARA DE PARÁ DE MINAS–Agente Legislativo – 2018) Os termos destacados têm natureza 
adverbial, EXCETO: 
a) “Mudanças que antigamente levavam séculos para se efetivarem [...].” 
b) “O pensamento que se formula rapidinho não tende a ser sempre meio oco?” 
c) “Quando não em poucas semanas, ou até em poucos dias.” 
d) “Um dos expoentes do espírito pragmático da modernidade, o americano Benjamin Franklin, já ensinava 
no século XVIII [...].” 
Comentários: 
“Pragmático” é adjetivo, modifica o substantivo “espírito”, portanto não possui valor de advérbio como 
“antigamente”, “rapidinho” e “não”. A propósito, “rapidinho” não pode ser adjetivo, pois modifica um 
verbo: “formula rapidinho, rapidamente”. Gabarito letra D. 
28. (AL-RR–Taquígrafo – 2018) A professora acreana Mariusa Carvalho, de 72 anos, conheceu a taquigrafia 
ainda na adolescência. O estágio na Câmara Municipal de Rio Branco foi sua primeira experiência 
profissional na área. De lá pra cá, o rumo da sua vida mudou completamente. Na década de 70, após morar 
em outros estados e trabalhar em áreas diferentes, Carvalho voltou para o Acre. 
Em De lá pra cá, o rumo de sua vida mudou completamente., os advérbios em destaque assumem, no 
contexto do primeiro parágrafo do Texto II, um sentido. 
a) espacial. 
b) temporal. 
c) proporcional. 
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d) condicional. 
Comentários: 
Embora sejam orginalmente usados para indicar lugar, “lá” e “cá” foram empregados para retomar épocas: 
“lá” retoma o tempo de sua primeira experiência profissional; “cá” retoma o momento atual. Estes 
advérbios, por terem a função de retomar e substituir ideias/expressões do texto, como fazem os 
pronomes, são chamados de advérbios “pronominais”. Gabarito letra B. 
29. (SEDF – 2017) Ver você me deu muito prazer. 
A menina está muito engraçadinha. 
Como modificadora das palavras “prazer” e “engraçadinha”, a palavra “muito” que as acompanha é, do 
ponto de vista morfossintático, um advérbio. 
Comentários: 
Observe: “muito prazer”. Aqui “muito” se refere a substantivo, é pronome indefinido, indica quantidade 
vaga, imprecisa. Já em “muito engraçadinha”, “muito” se refere ao adjetivo “engraçadinha”. O advérbio é a 
única classe que modifica adjetivo. Portanto, somente nesta segunda ocorrência temos advérbio. Questão 
incorreta. 
30. (TJ-SP–Escrevente – 2017) Na passagem do 4° parágrafo – Não sabia como e por que mas agora se 
sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima – as expressões destacadas trazem ao contexto, 
correta e respectivamente, as ideias de 
a) modo, dúvida e lugar. 
b) comparação, causa e tempo. 
c) modo, causa e lugar. 
d) comparação, dúvida e tempo. 
e) modo, causa e intensidade. 
Comentários: 
“Como” e “Porque” são classificados como advérbios interrogativos justamente porque perguntam sobre 
circunstâncias de “modo” e de “causa”. “Mais” é um advérbio que intensifica outro advérbio: “perto”. 
Gabarito letra E. 
31. (COMPERVE–Guarda Legislativo – 2016) Primeiramente, porque tem um portfólio de produtos 
extremamente amplo, que deve ser integrado a diversas tecnologias de diferentes marcas e aspectos. 
A palavra extremamente 
a) reduz o sentido do substantivo “portfólio”. 
b) modifica o sentido do substantivo “produtos”. 
c) acentua o sentido do adjetivo “amplo”. 
d) completa o sentido da forma verbal “tem”. 
Comentários: 
Extremamente é um advérbio de modo. Os advérbios são palavras que têm o poder de modificar, intensificar o 
adjetivo; logo, podemos dizer que “extremamente” acentua o sentido de “amplo”. Gabarito letra C. 
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As circunstâncias adverbiais (valor semântico) 
Quando uma ação for praticada, ou melhor, quando um verbo for conjugado, podemos perguntar como, 
onde, quando, por que aquele verbo foi praticado. 
As respostas serão circunstâncias adverbiais, que podem ser expressas por advérbios, expressões com mais 
de uma palavra (as locuções adverbiais) e até orações (chamadas por isso de “orações adverbiais”). Veja: 
Estudo sempre (“advérbio” de tempo). 
Estudo a todo momento. (“locução adverbial” de tempo). 
Estudo sempre que posso. (“oração adverbial” de tempo). 
Vejamos como essas circunstâncias adicionam “sentidos” ao ato representado pelo verbo: 
 
Viram como as expressões dão uma “circunstância” de como a ação é praticada? 
Vejamos mais algumas, muito cobradas: 
Dúvida: talvez, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, casualmente, mesmo; 
por certo. 
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, 
quão, tanto, assaz, que (= quão), tudo, nada, todo, quase, extremamente, intensamente, 
grandemente, bem... 
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de 
jeito nenhum. 
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, 
deveras, indubitavelmente, com certeza. 
Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, 
acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures (em algum lugar), defronte, 
nenhures (em nenhum lugar), adentro, afora, alhures (em outro lugar), embaixo, 
o 
corrupto 
morreu
•de fome: causa
•fuzilado: modo
•na cadeia: lugar
•com sócios: 
companhia 
o 
corrupto 
roubou
•demais: intensidade
•sempre: frequência
•hoje e ontem: tempo
• com fraudes: locução 
adverbial de 
meio/instrumento
o 
corrupto 
cairá 
•provavelmente: 
dúvida
•decerto: certeza
•pelo partido: locução 
adverbial de motivo
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externamente; a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à 
esquerda, ao lado, em volta. 
Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, 
antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, 
amiúde (frequentemente), breve, constantemente, entrementes, imediatamente, 
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente; às vezes, à tarde, à noite, de manhã, 
de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos 
em tempos, em breve, hoje em dia. 
Modo: bem, mal, assim, adrede (de propósito), melhor, pior, depressa, acinte (de 
propósito), debalde (em vão), devagar, calmamente, tristemente, propositadamente,pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, 
generosamente. 
às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, 
desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão... 
Essa lista é apenas ilustrativa, mas não há como decorar o valor de cada advérbio, pois só contexto dirá seu 
valor semântico. Na sentença “nunca mais quero ser eliminado”, o advérbio “mais” tem sentido de tempo. 
Já na sentença “cheguei mais rápido”, o advérbio traz ideia de intensidade/comparação. Não decore, 
busque o sentido global, no contexto!!! 
99% dos advérbios terminados em -mente são de modo, mas nem todos. “Atualmente”, por exemplo, é 
advérbio de “tempo”; “certamente” é de afirmação; “possivelmente” é de dúvida...Analise sempre o 
contexto. 
O advérbio também tem função coesiva, isto é, pode ligar partes do texto, fazendo referência a trechos do 
texto e também ao tempo/espaço. 
Ex: Embora não queira, ainda assim devo estudar. (assim remete a toda a oração sublinhada) 
Ex: Fui à Europa e lá percebi que somos felizes aqui. (lá retoma “Europa”) 
A terminação “mente” é típica dos advérbios de modo, contudo pode ser omitida na quando temos dois 
advérbios modificando o mesmo verbo: 
Ex: Ele fala rapidamente. Ele fala claramente > Ele fala rápida e claramente. 
Atenção. O “rápida” continua sendo advérbio. Não é adjetivo, pois não dá qualidade, mas sim modifica um 
verbo, dando a ele cincunstância ( de modo rápido). 
Advérbio com “aparência” de adjetivo. 
O adjetivo é classe variável, mas pode aparecer invariável se referindo a um verbo; nesse caso, dizemos 
que ele tem “valor ou função de advérbio”. 
Ex: A cerveja que desce redondo... 
Ex: Ele fala grosso. 
Para você ter certeza de que se trata de um advérbio, tente mudar o gênero ou número do substantivo 
para ver se atrai alguma concordância... 
Ex: As cervejas que descem redondo... 
Ex: Elas falam grosso 
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Confirmado, a palavra em negrito é um advérbio e, portanto, permanece invariável. 
 
32. (AL-RR–Taquígrafo – 2018) A professora acreana Mariusa Carvalho, de 72 anos, conheceu a taquigrafia 
ainda na adolescência. O estágio na Câmara Municipal de Rio Branco foi sua primeira experiência 
profissional na área. De lá pra cá, o rumo da sua vida mudou completamente. Na década de 70, após morar 
em outros estados e trabalhar em áreas diferentes, Carvalho voltou para o Acre. 
Em De lá pra cá, o rumo de sua vida mudou completamente., os advérbios em destaque assumem, no 
contexto do primeiro parágrafo do Texto II, um sentido. 
a) espacial. 
b) temporal. 
c) proporcional. 
d) condicional. 
Comentários: 
Embora sejam orginalmente usados para indicar lugar, “lá” e “cá” foram empregados para retomar épocas: 
“lá” retoma o tempo de sua primeira experiência profissional; “cá” retoma o momento atual. Estes 
advérbios, por terem a função de retomar e substituir ideias/expressões do texto, como fazem os 
pronomes, são chamados de advérbios “pronominais”. Gabarito letra B. 
33. (TCE-PB–Agente Documentação – 2018) Quando nos referimos à supremacia de um fenômeno sobre 
outro, temos logo a impressão de que se está falando em superioridade 
O vocábulo “logo” tem o sentido adverbial de imediatamente. 
Comentários: 
Exato. A impressão vem imediatamente após a referência à supremacia... Correta! 
34. (DPE-SC–Analista Técnico – 2018) No começo do século 19, alguém que passasse dos 35 anos já seria 
considerado sortudo. Em apenas 150 anos, a expectativa de vida no mundo quase dobrou, marcando 62 
anos em 1950. De lá para cá, o número cresce aceleradamente. 
Sobre a frase do texto: De lá para cá, o número cresce aceleradamente, julgue o item: O advérbio 
aceleradamente não pode ser suprimido, apesar de ser considerado um termo acessório, sob pena de 
alterar o sentido da frase. 
Comentários: 
O advérbio tem função de adjunto adverbial, termo não gramaticalmente obrigatório, mas necessário para 
manter o sentido pretendido pelo autor. Se o retirarmos, não causamos erro gramatical, mas perdemos a 
informação essencial de que o crescimento da expectativa de vida é acelerado. Questão correta. 
Observe também como os advérbios lá e cá retomam informação anterior: lá se refere ao século 19, cá se 
refere à época atual. 
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35. (UPE–Assistente – 2017) “isso ocorre pelo sentimento e pelo comportamento de superioridade dos 
grupos vistos como mais privilegiados, econômica e socialmente.” 
No trecho acima, os termos destacados cumprem diferentes funções: enquanto o primeiro qualifica 
(função adjetiva), o segundo indica um modo (função adverbial). 
Comentários: 
Ambos são advérbios, mas a primeira forma está reduzida, com a terminação -mente omitida. 
Questão incorreta. 
36. (MPE–GO–Secretário – 2017) As expressões sublinhadas correspondem a um adjetivo, exceto em: 
a) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo. 
b) Demorava-se de propósito naquele complicado banho. 
c) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira. 
d) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga sem fim. 
e) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça. 
Comentários: 
Observe que “de propósito” equivale ao advérbio “propositalmente”, ligado ao verbo ‘demorar’. Então, 
não temos função de adjetivo. Se fôssemos substituir por um adjetivo mais ou menos equivalente nas 
demais opções, teríamos: 
a) desanimado; c) terrestres; d) infinita; e) roceiro. Gabarito letra B. 
Palavras/expressões denotativas: 
São palavras/expressões que parecem advérbios, muitas vezes até são classificadas como tal, mas não o 
são exatamente, porque não se referem a verbo, advérbio ou adjetivo. 
Adianto que é uma polêmica gramatical, as listas variam entre as gramáticas, alguns listam certas palavras 
denotativas como advérbios....Porém, há algumas informações claras que precisamos saber e que caem em 
prova. O sentido é a parte mais importante! Vamos ver exemplos: 
Vamos ver exemplos: 
✓ Designação: eis 
Ex: Eis o filho do homem. 
✓ Explicação/Retificação: isto é, por exemplo, ou seja, a saber, qual seja, aliás, digo, ou antes, quer 
dizer etc. 
Ex: Comprei uma ferramenta, isto é, um martelo. 
Ex: Vire à direita, ou melhor, à esquerda, aliás, melhor ir reto mesmo. 
Ex: Os defeitos são dois; aliás, três. 
Essas expressões devem ser isoladas por vírgulas. 
✓ Expletiva ou de realce: é que (ser+que), cá, lá, não, mas, é porque, etc. (CAI DEMAIS!) 
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A característica principal das palavras denotativas expletivas é: podem ser retiradas, sem prejuízo sintático 
ou semântico. Sua função é apenas dar ênfase. 
Ex: São os pais que bancam sua faculdade, mas têm lá seus arrependimentos. 
Ex: Eu é que faço as regras. 
Ex: Sabe o que que é? É que eu tenho vergonha... 
Ex: Quase que eu caio da laje. 
Ex: Naturalmente que eu neguei a proposta indecente. 
Ex: Quanto não vale um diamante desses? 
Ex: Vão-se os anéis, ficam os dedos. 
Ex: O homem chega a rir-se da desgraça alheia. 
Ex: Ele riu-se e tremeu-se por dentro. 
Ex: Não me venha com historinhas! 
Reforço que a retiradas dessas expressões não altera o sentido nem causa erro gramatical, apenas há uma 
perda de realce/ênfase. 
✓ Situação: então, mas, se, agora, afinal, etc. 
São verdadeiros marcadores discursivos, expressões

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