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DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADS NUTRICIONAIS DAS DOENÇAS NEUROLÓGICAS As alterações nutricionais são frequentes em pacientes com qualquer tipo de doença neurológica. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a terceira maior causa de morte natural na população adulta e a primeira no Brasil. O número de vítimas fatais por AVC chega a quase 100 mil pessoas: passou de 84.713, em 2000, para 99.726, em 2010, e muitos dos fatores de risco são componentes nutricionalmente modificáveis. DOENÇAS NEUROLÓGICAS Impossibilidade de procurar alimentos e preparar refeições: envolvimento de família, amigos ou apoio profissional; Incapacidade depende da região do SNC afetada; Perda de independência; Considerar capacidade de ingestão-deglutição: disfagia; Risco de desnutrição: disfunção cognitiva e em deglutição; Deve-se enfatizar a normalização de mastigação e deglutição em adição às condutas tradicionais IMPLICAÇÕES NUTRICIONAIS Aquisição de alimentos? Preparo de refeições? Ingestão? Deglutição? Líquidos? Texturas? Suporte Nutricional? Administração nutricional em pacientes neurológicos é complexa: Comprometimento da capacidade neurológica e cognitiva do indivíduo – disfagia e outras condições que envolvem o ato de se alimentar. Pacientes neurológicos estão em risco de subnutrição/desnutrição. Identificação precoce dos sinais e sintomas → plano apropriado para cumprir os requerimentos nutricionais do indivíduo e orientação a família A terapia nutricional é fundamental nas doenças neurológicas de desordens degenerativas, pois todos estes pacientes apresentam risco nutriciona A avaliação nutricional é um passo importante e obrigatório. As necessidades nutricionais devem ser estimadas de acordo com as manifestações clínicas AVALIAÇÃO CLÍNICA HISTÓRIA DIETÉTICA INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS INDICADORES BIOQUÍMICOS AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL AVALIAÇÃO NUTRICIONAL História alimentar detalhada: útil para avaliar mastigação, deglutição e taxa de ingestão normais; Medida e história de alteração de peso: estabelecem um peso base -> perda > 10% = risco nutricional; Intervenção Nutricional: deve ser individualizada de acordo com o tipo e extensão da disfunção; Suplementação de Vitaminas e Minerais: pode ser necessária AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Dificuldade para aferir medidas antropométricas Paciente acamado • CB, AJ, CP • Peso e altura estimados Paciente hospitalizado • Triagem nutricional e avaliação até 48h após admissão, reavaliações periódicas, monitoramento diário . Paciente deambula • Peso, estatura, CB, CP NECESSIDADES NUTRICIONAIS PACIENTE AGUDO PACIENTE CRÔNICO Necessidades aumentadas em determinados casos Ex.: TCE Normometabólico Necessidades de acordo com a faixa etária e doenças associadas Situações Individuais Convulsões de repetição, coreatetose e descerebração AUMENTO DO CONSUMO ENERGÉTICO Catabolismo prolongado DIMINUIÇÃO DA MASSA MAGRA, RESOSTA IMUNE E CICATRIZAÇÃO Pacientes acamados AUMENTO DE ÚLCERAS POR PRESSÃO E INFECCÇÕES DIVERSAS •Impossibilidade de ingesta VO TGI funcionante Doença de base Disfagia • Déficit motor que comprometa a alimentação VO Maioria dos pacientes • Comprometimento funcional – progressão da doença Bom prognóstico – evitar desnutrição (ex.: TCE, AVC, Guillain-Barré, miastenia gravis VIA DE ACESSO Risco de aspiração? Período do SN? SIM NÃO >8 semanas <8 semanas Presença de disfagia Déficit motor que comprometa a alimentação, mas não a deglutição Os pacientes desnutridos e acometidos por doença neurológica evoluem com algumas complicações que podem comprometer ou retardar a reabilitação, além de prolongar o tempo de internação hospitalar e de aumentar o risco de morbidade e mortalidade. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 75% das necessidades energéticas /dia Depende do estado nutricional do paciente. Carboidratos e Lipídeos Depende do quadro clínico e outras patologias associadas. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PROTEÍNAS – 1 a 1,5 g /Kg / dia Elevadas ou reduzidas dependendo do quadro clínico. CONSUMO HÍDRICO 65 ml /Kg/ Pideal /dia ( crianças). 75 a 80% -> recomendado ( avaliar edemas). 20 a 30 ml /Kg/ Peso. Não apresenta edemas ou retenção. BALANÇO NITROGENADO Equilíbrio = 0 >0 Anabolismo <0 Catabolismo DOENÇA AGUDA DOENÇA CRÔNICA ESPECIFICIDADES PARALESIA CEREBRAL ANEURISMA RESTRIÇÃO DE LÍQUIDOS HIPOTONIA MUSCULAR CONSTIPAÇÃO ( ANEURISMA) COMA , TCE TRM PREVENÇÃO DE BRONCOASPIRAÇÃO CONTROLE GLICÊMICO CONVULSÕES DIETA CETOGÊNICA DISFAGIA Dificuldade em deglutição; Fases: início é voluntário (fase oral); a continuação é reflexiva (fase faríngea); fase final (esofágica) é totalmente involuntária ; Eventos envolvidos: movimentos linguais enfraquecidos ou não coordenados; Músculos labiais enfraquecidos (beber) - constrangimento por babar; Obstrução, engasgamento, regurgitação... DISFAGIA DISFAGIA MAL CONDUZIDA: ↑ ↑ Risco de pneumonia aspirativa; desidratação, desnutrição. DISFAGIA : SINAIS Secreções excessivas em boca; Movimentos excessivos da língua - alimentos caem da boca; Controle pobre da língua; músculos faciais enfraquecidos; “Empacotamento” de alimentos na bochecha, embaixo da língua, no palato; Fala “enrolada”, engasgamento, regurgitação pelo nariz; Constante “limpeza” da garganta; Alimentos ficam presos na garganta; Pomo de Adão não se eleva ao deglutir; Pneumonia recorrente; Tempo longo de mastigação; Relutância em ingerir certos alimentos ou recusa em se alimentar. DISFAGIA Líquidos: exigem mais controle e coordenação de deglutição (risco de aspiração – pneumonia); Engrossar fluidos: Leite em pó, amido, flocos de batata ou frutas e módulos de CH (engrossantes comerciais); Água (atenção para risco de desidratação); Consistência de líquidos: Fluidos: sem modificação; Tipo néctar: difícil pela colher e pode ser bebido no copo; Tipo mel: poder ser tomado pela colher, mas não mantem forma; Para colher. Padronização das preparações INTERAÇÃOES MEDICAMENTOSAS E NUTRIENTES Evento que ocorre quando é produzido um desequilíbrio de nutrientes por ação de uma droga; Evento que ocorre quando o efeito farmacológico é alterado pela ingestão de determinado nutriente ou pelo estado nutricional do paciente; Evento que ocorre quando alguma reação adversa é produzida pela ingestão concomitante de algum componente do alimento com o fármaco. Podem ocorrer interação droga- nutriente Competição pelas proteínas plasmáticas
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