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Modernismo Resumo

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MODERNISMO 
Primeira Geração 
1922-1930 
A primeira geração do modernismo 
vem em oposição ao parnasianismo, o 
movimento poético da “arte pela arte” em que 
a forma do poema é o principal e o conteúdo é 
um mero detalhe. Seus textos ​privilegiavam o 
coloquialismo, a gíria, o verso livre, o erro 
gramatical como exemplo de usos típicos 
brasileiros. 
O uso do ​poema-relâmpago (textos 
curtíssimos, à moda cubista ou dadaísta) e do 
poema-piada (com muito escracho e bom 
humor) foram as descobertas dos modernistas 
que mais irritavam os acadêmicos e 
conservadores. 
Os temas, sempre extraídos do 
cotidiano, eram tratados com irreverência, 
num processo constante de paródia à cultura, à 
arte e à literatura de épocas anteriores, 
destruindo, não somente os valores artísticos 
do passado, mas também os valores 
ideológicos, sociais e históricos que haviam 
formado o patriotismo brasileiro. 
 
-reconstrução da cultura brasileira 
-revisão crítica do passado histórico e das 
questões culturais 
-abolição da visão de colonizados 
-nacionalismo crítico 
-ironia 
-linguagem coloquial 
-crítica social 
 
MANUEL BANDEIRA 
O escritor começou na poesia 
parnasiana, mas ficou marcado na literatura 
pela atuação no modernismo. O autor busca 
uma escrita direta e simples, apesar de 
conhecer e utilizar muitas vezes as formas 
clássicas de estruturação de poemas. Bandeira 
atuou como professor de literatura, então, 
possuía muito conhecimento sobre o tema, 
fazendo uso das métricas usuais das poesias 
rígidas. 
Doente, Bandeira tinha medo de 
morrer e colocava essa angústia em suas obras. 
Outros poemas apresentam a busca pela 
alegria da vida, apesar dos problemas. O 
cotidiano também é muito presente em sua 
obra, assim como uma certa nostalgia, 
lembrança dos tempos de infância. 
Com extensa obra literária, é possível 
perceber o tradicionalismo e a liberdade em 
diferentes poemas. A morte, o amor, a solidão 
estão presentes na sua poesia, da mesma forma 
que o erotismo e a infância. 
Vou-me embora pra Pasárgada 
“...​E quando eu estiver mais triste 
Mas triste de não ter jeito 
Quando de noite me der 
Vontade de me matar 
-Lá sou amigo do rei- 
Terei a mulher que eu quero 
Na cama que escolherei 
Vou-me embora pra Pasárgada.” 
 
MÁRIO DE ANDRADE 
Nas primeiras obras de Andrade é 
possível perceber a influência do que acontecia 
na Europa, como o futurismo, o dadaísmo e o 
expressionismo 
Além disso, algumas apresentam 
características mais calmas e intimistas, 
enquanto outras trazem a política e as críticas 
para o debate. É importante ainda, perceber o 
uso do coloquialismo na linguagem, em 
oposição a um formalismo mais acentuado do 
parnasianismo. 
Ode ao burguês 
“Morte à gordura! 
Morte às adiposidades cerebrais! 
Morte ao burguês-mensal! 
Ao burguês-cinema! Ao burguês-tiburi! 
Padaria Suíssa! Morte viva ao Adriano! 
“— Ai, filha, que te darei pelos teus anos? 
— Um colar… — Conto e quinhentos!!! 
Más nós morremos de fome!” 
 
 
OSWALD DE ANDRADE 
Sua obra foi a única que englobou 
todas as características modernistas, pois ele 
conseguiu com sua arte, transgredir, 
polemizar, quebrar parâmetros 
preestabelecidos por outros movimentos 
literários. Foi autor também de poesias, peças 
teatrais e crítico literário. 
Dentre o seu espírito inovador, estava 
a capacidade de transformar textos da época 
colonial em poemas críticos e irônicos, 
justamente para denunciar o repúdio aos 
portugueses, como forma de negação ao 
passado, retratando desta forma o lado “social” 
que se encontrava o país daquela época. 
Erro de português 
Quando o português chegou 
Debaixo de uma bruta chuva 
Vestiu o índio 
Que pena! 
Fosse uma manhã de sol 
O índio tinha despido 
O português. 
 
Segunda Geração 
1930-1945 
A segunda fase do modernismo foi um 
momento rico na produção poética e também 
na prosa. A poesia na segunda fase do 
modernismo voltava-se para o ​sentimento 
humano​, levantando o questionamento sobre a 
existência humana e a compreensão do local 
do mundo e do local que o ser humano tem 
neste mundo repleto de conflitos. 
A prosa neste período volta-se para a 
crítica social, levando em consideração os 
retratos de várias regiões do país 
(​regionalismo​) como forma de denúncia dos 
problemas sociais de cada região e com uma 
reflexão sobre a solução do problema. 
A literatura de 30 é mais madura. Não 
traz a descontração e a irreverência da fase 
anterior. No entanto, apresenta reflexões sobre 
a realidade do povo brasileiro, trazendo à tona 
o nacional através desta reflexão, com textos 
de linguagem mais próxima do popular. 
 
-interesse por temas nacionalistas 
-romance focado diretamente nos fatos 
-romance de caráter documental 
-Na poesia: pessimismo, individualismo, 
isolamento 
 
CECÍLIA MEIRELES 
Sua obra apresenta influências 
simbolistas, românticas e parnasianas. É 
possível perceber a musicalidade nos escritos 
de Cecília. A escritora utiliza técnicas 
literárias tradicionais para compor seus versos, 
a estruturação do soneto é um exemplo. Ainda 
é importante lembrar que são temas 
constantemente retratados em seus poemas a 
morte, o amor, o eterno e o efêmero. A morte 
se fez presente muito cedo na vida da autora, 
que perdeu a mãe com apenas três anos de 
idade. Assim, é perceptível o quanto a vida 
pessoal se insere na obra literária de Meireles. 
Herança 
Eu vim de infinitos caminhos, 
e os meus sonhos choveram lúcido pranto 
pelo chão. 
Quando é que frutifica, nos caminhos infinitos, 
essa vida, que era tão viva, tão fecunda, 
porque vinha de um coração? 
E os que vierem depois, pelos caminhos 
infinitos, 
do pranto que caiu dos meus olhos passados, 
que experiência, ou consolo, ou prêmio 
alcançarão? 
 
VINICIUS DE MORAES 
Os temas desse poeta lírico são, por 
excelência, agora concretos e do cotidiano; 
canta a mulher, o amor, o dia-a-dia e a 
valorização do momento, ao mesmo tempo em 
que busca algo mais perene, o que revela 
maturidade e matizes mais pessoais de 
inspiração. O eixo temático de sua obra se 
desloca para a intimidade dos afetos e para um 
sensualismo erótico, contrastivo com sua 
educação religiosa; o poeta está sempre 
hesitando entre os prazeres da carne e as 
angústias do pecador. 
Sua linguagem se transforma: é direta 
e ardente, usando palavras realistas e ao 
mesmo tempo muito líricas para descrever a 
confidência, a ternura física e a plenitude dos 
sentidos. Os sonetos são considerados a parte 
mais importante de sua obra. Com toques de 
erotismo e competência, ele revigorou essa 
forma de composição, ignorada pelos 
modernistas da primeira fase, produzindo, 
assim, alguns dos mais belos sonetos de nossa 
língua. 
Soneto de contrição 
Eu te amo, Maria, eu te amo tanto 
Que o meu peito me dói como em doença 
E quanto mais me seja a dor intensa 
Mais cresce na minha alma teu encanto. 
Como a criança que vagueia o canto 
Ante o mistério da amplidão suspensa 
Meu coração é um vago de acalanto 
Berçando versos de saudade imensa.

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