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LITERATURA GÊNERO LÍRICO • Poesia (escrita em versos) • Subjetividade • Sentimentalidade, emotividade e afetividade • Metrificação e rima • Musicalidade MÉTRICA O/ poe/ ta é/ um/ fin/ gi/ dor - 7 Sílabas literárias O/ po/ e/ ta/ é/ um/ fin/ gi/ dor - 9 Sílabas gramaticais Fin/ ge/ tão/ com/ ple/ ta/ men/ te - 7 Sílabas literárias Fin/ ge/ tão/ com/ ple/ ta/ men/ te - 8 Sílabas gramaticais Quando os versos têm o mesmo número de sílabas poéticas, ou seja, são regulares, eles recebem o nome de isométricos. Por outro lado, quando os versos não apresentam regularidade, são chamados de heterométricos, bem como são chamados de versos livres aqueles que não obedecem qualquer forma. RIMA A Rima é um recurso estilístico muito utilizado nos textos poéticos, sobretudo na poesia, a qual proporciona sonoridade, ritmo e musicalidade. • Rima Alternada (ABAB): também chamada de rima cruzada esse tipo ocorre nas rimas produzidas entre versos pares e entre os versos ímpares, donde o primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo verso rima com o quarto. • Rima Intercalada (ABBA): também chamada também de rima interpolada ou rima oposta, nesse caso, o fenômeno da rima ocorre entre o primeiro e o quarto verso e, entre o segundo e o terceiro verso. • Rima Emparelhada (AABB): nesse caso, a rima é encontrada entre o primeiro e o segundo verso e, entre o terceiro e o quarto verso. • TROVADORISMO- Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. O Trovadorismo desenvolveu-se dentro do feudalismo, que era um sistema econômico onde praticamente não havia comércio ou uso de moeda. Existia o Senhor Feudal, ou suserano, que era dono de uma grande quantidade de terras, e então ele sedia alguns metros quadrados para homens que se tornavam seus servos, ou vassalos. Durante a Idade Média, tudo era baseado no teocentrismo, a teoria de que Deus é o centro de todas as coisas. Tendo isso em vista, tudo era controlado pela igreja católica, que detinha todo o poder tanto político, como econômico. Consequentemente, toda a cultura, literatura e arte foram influenciadas e inspiradas pela religião. Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não. Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos. Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido). Cantigas de Amigo: o eu-lírico é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado. As Novelas de Cavalaria, também chamadas de romances de cavalaria, foi um gênero literário escrito em prosa, típico da Idade Média. Foi na Espanha, Inglaterra, França, Itália e Portugal que as novelas de cavalaria tiveram grande êxito, tornando-se populares. O auge deste gênero literário foi entre o fim do século XV e começo do XVII, no contexto da fase inicial do Trovadorismo. As novelas de cavalaria mais conhecidas são as que retrataram a busca pelo Santo Graal na Idade Média, assim como as lendas do Rei Arthur. Características das novelas de cavalaria: - Relatavam grandes aventuras e atos de coragem dos cavaleiros medievais. - Os acontecimentos tinham mais importância do que os personagens. - Aventuras sem fim com várias possibilidades de continuação (sequências). - Amor idealizado do cavaleiro pela dama que amava (amor cortês). Este amor, quase sempre, era impossível. As histórias costumavam terminar de forma trágica, sem o final feliz. - Provação da honra, lealdade e coragem do cavaleiro em, aventuras, torneios e lutas contra monstros imaginários. - Alguns temas ligados às batalhas entre cristãos e muçulmanos durante as Cruzadas Medievais. - Glorificação da violência na Idade Média. HUMANISMO Ocorreu entre os séculos XIV e XV quando a Europa passava por profundas mudanças. O ser humano começava a se libertar do poder centralizador da Igreja o que abria brechas para o Antropocentrismo. -POESIA PALACIANA- A poesia palaciana foi desenvolvida a partir do século XV dentro do movimento literário denominado Humanismo. Recebeu esse nome pois ela era produzida nos palácios, destinado aos nobres. Ou seja, elas tinham o intuito de entreter os membros da Corte. Os principais temas explorados pela poesia palaciana eram: costumes da corte, temas religiosos, satíricos, líricos e heroicos. *Presença de redondilhas (5 ou 7 sílabas poéticas) -TEATRO DE GIL VICENTE- Como consequência da crise da Igreja as peças de teatro perdem o caráter necessariamente religioso e passaram a ser apresentadas também no Paço Real. Começaram a abordar temas mais variados e a atividade teatral se tornou mais intensa. *CRITICAVA CLASSES E NÃO PESSOAS*Em suas obras satirizou o povo, o clero e a nobreza, maiores alvos de suas críticas. Gil Vicente não temia em apontar o que de errado via na sociedade de sua época, acreditava que era necessário restabelecer a moral e a religiosidade. Devido a isso se tem a denominação dos “autos de moralidade”. Assim, suas obras faziam o entretenimento nos ambientes da corte. O teatro vicentino era simples no que tange à estrutura cênica, pois não havia preocupação com o cenário luxuoso, apenas utiliza-se de materiais simples para encenar suas peças. Suas obras sempre vinham carregadas de alegorias e se dividiam basicamente em três tipos: Autos pastoris ou Éclogas, Autos de moralidade e Farsas. Suas principais peças foram Auto da Barca do Inferno, A Farsa de Inês Pereira, O Juíz da Beira e Auto da Índia. CLASSICISMO É a face literária do Renascimento, movimento de renovação científica, artística e cultural que marca o fim da Idade Média e o nascimento da Idade Moderna na Europa. O Renascimento é fruto do crescimento gradativo da burguesia comercial e das atividades econômicas entre as cidades europeias. Camões Mais importante autor do período em Portugal, Luís de Camões apresenta uma biografia incerta e cheia de aventura. Uma das poucas certezas sobre sua vida é que foi soldado e perdeu o olho direito combatendo na África. Sua produção poética foi rica e variada, abrangendo poesia lírica e épica. Poesia épica- em 1572, Camões publica Os Lusíadas, poema que celebrava feitos marítimos e guerreiros recentes de Portugal. O livro também narra a história do país (de sua fundação mítica até o período histórico). Poesia lírica- Camões escreveu sua poesia lírica com versos na medida velha (versos redondilhos) e na medida nova (versos decassílabos). É no soneto, contudo, que a lírica camoniana alcança seu ponto mais alto: quer pela estrutura tipicamente silogística, quer pela constante dualidade entre o amor material e o amor idealizado (platônico).