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LETICIA LIMA BRANCO – MED2 SISTEMA ENDÓCRINO- Morfo 2 Epitálamo: acima do sulco hipotalâmico, já na transição com o mesencéfalo. - Seu elemento mais evidente é a glândula pineal→ A base do corpo pineal prende-se anteriormente a dois feixes transversais de fibras que cruzam o plano mediano, a comissura posterior e a comissura das habênulas. - A comissura posterior→ limite entre o mesencéfalo e diencéfalo. Tálamo: Os talamos são duas massas volumosas de substância cinzenta, de forma ovóide, dispostas uma de cada lado, na porção látero-dorsal do diencéfalo. Hipotálamo situada abaixo do tálamo. - Controle da atividade visceral. - Abaixo do sulco hipotalâmico - Possui: corpos mamilares, quiasma óptico, túber cinéreo (nele prende-se a hipófise por meio do infundíbulo) e o infundíbulo. - A extremidade superior do infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enquanto sua extremidade inferior continua com o processo infundibular, ou lobo nervoso da neuro-hipófise. Subtálamo: transição entre o diencéfalo e o tegmento do mesencéfalo. - O elemento mais é o núcleo subtalâmico. - Se localiza abaixo do tálamo. Limites da hipófise: Superior: - Sulco hipotalâmico Inferior: - Corpos mamilares - Tuber cinéreo - Infundíbulo - Eminência média Anterior: - Quiasma óptico - Lâmina terminal - Comissura anterior - Recesso supraquiasmático Posterior: - Comissura posterior - Epitálamo - Comissura das habênulas LETICIA LIMA BRANCO – MED2 LETICIA LIMA BRANCO – MED2 LETICIA LIMA BRANCO – MED2 Hipotálamo Mamilar: compreende os corpos mamilares com seus núcleos e as áreas das paredes do III ventrículo: - Núcleo mamilar - Núcleo posterior - Aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, dilata as pupilas e provoca outras respostas autônomas como parte da reação de "luta ou fuga". Tuberal: compreende o túber cinéreo (ao qual se liga o infundíbulo) e toda a área situada acima dele, nas paredes do III ventrículo: - Núcleo ventromedial - Núcleo dorsomedial - liga-se ao córtex da área pré-frontal ao hipotálamo e ao sistema límbico, a regulação do comportamento emocional decorre de suas conexões. - Núcleo arqueado Supra-óptico: compreende o quiasma óptico e toda a área situada acima dele nas paredes do III ventrículo: - Núcleo Supraquiasmático - importantes para a regulação dos ritmos biológicos; o principal marcapasso circadiano situa-se no núcleo supraquiasmático do hipotálamo, recebe informações sobre a luminosidade do ambiente através do trato retino-hipotalâmico, o que lhe permite sincronizar os ritmos circadianos com o ritmo de claro/escuro. - Núcleo supra-óptico - hormônio antidiurético é sintetizado pelos neurônios dos núcleos supra- óptico e paraventricular do hipotálamo e, a seguir, é transportado pelas fibras do trato hipotálamo, até a neurohipófise, onde é liberado. - Núcleo paraventricular LETICIA LIMA BRANCO – MED2 Origem - Localiza-se em uma cavidade do osso esfenoide - a sella túrcica. - A hipófise se liga ao hipotálamo, situado na base do cérebro, por um pedículo que é a ligação entre a hipófise e o sistema nervoso central. - Secreção de quase todos os hormônios produzidos pela hipófise é controlada por sinais hormonais ou nervosos vindos do hipotálamo. - Ela tem origem embriológica dupla: Nervosa → se desenvolve pelo crescimento do assoalho do diencéfalo em direção caudal. - A porção originada do diencéfalo mantém continuidade com o sistema nervoso, constituindo o pedículo da glândula. Ectodérmica → se desenvolve a partir de um trecho do ectoderma do teto da boca primitiva que cresce em direção cranial formando a bolsa de Rathke. - Hipófise e a neuro-hipófise unem-se e são envolvidas por uma cápsula formando uma glândula. - A hipófise está ligada ao encéfalo através de vias nervosas; além disso, ela tem uma vascularização abundante proveniente de vasos que irrigam o encéfalo. - Em razão de sua origem embriológica dupla, consiste em duas glândulas, unidas anatomicamente e tendo funções diferentes, porém inter-relacionadas: ▪ Neuro-hipófise: Porção de origem nervosa, consta de uma porção volumosa - a pars nervosa -, e do seu pedículo de fixação - o infundíbulo -, que se continua com o hipotálamo. ▪ Adeno-hipófise: não tem conexão anatômica com o sistema nervoso. - A glândula é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo. LETICIA LIMA BRANCO – MED2 ADENO HIPÓFISE a. Pars distalis (parte anterior) b. Pars intermedia c. Pars tuberalis ▪ Pars Distalis - Glândula Cordonal→ suas células se organizam formando placas de células. Estas placas têm formas diversas e são envolvidas por muitos capilares sanguíneos que recebem os produtos de secreção e os distribuem pelo corpo pela circulação sanguínea. - As células epiteliais encontram-se dispostas em cordões que circundam os capilares fenestrados que carregam sangue do hipotálamo. Os hormônios de secreção se difundem em uma rede de capilares, a qual drena para as veias hipofisárias e dali para os seios venosos - Está coberta por uma cápsula fibrosa e é constituída por cordões de células parenquimatosas envolvidas por fibras reticulares→ estas fibras também envolvem os grandes capilares sinusóides do plexo capilar secundário→ O revestimento endotelial dos sinusóides é fenestrado, o que facilita a difusão dos fatores de liberação para as células do parênquima e constitui os locais de entrada para as secreções liberadas. As células parenquimatosas da pars distalis: ❖ Cromófilas→ com afinidade por corantes, podem ser acidófilas (coram com corantes ácidos - laranja) e basófilas (coram com corantes básicos - azul) ▪ Acidófilas: células mais abundantes da pars distalis Somatotróficas→ têm um núcleo central, um complexo de Golgi moderado, pequenos mitocôndrios em bastonete, retículo endoplasmático granular (REG ) e numerosos grânulos de secreção - Secretam somatotrofina (hormônio do crescimento)→ portanto, elas são estimuladas pelo SRH e inibidas pela somatostatina. - Este hormônio também induz as células do fígado a produzirem somatomedinas (fatores de crescimento semelhantes à insulina I e II)→ que estimulam o ritmo de mitoses dos condrócitos do disco epifisário promovendo o alongamento dos ossos longos. Mamotróficas→ estão dispostas individualmente - Células acidófilas, pequenas e poligonais - Durante a lactação→ as organelas ficam maiores e o complexo de Golgi pode tornar-se do tamanho do núcleo. LETICIA LIMA BRANCO – MED2 - Grânulos de secreção grandes, formados pela fusão de grânulos menores, que são liberados pela rede trans do Golgi→ contêm o hormônio prolactina→ promove o desenvolvimento da glândula mamaria durante a gravidez, assim como a lactação após o nascimento. - Durante a gravidez, o estrógeno e a progesterona circulantes inibem a secreção de prolactina. - No nascimento, os níveis de estrógeno e progesterona caem. - A liberação de prolactina pelas células mamotróficas é estimulada pelo fator liberador (PRH) e pela oxitocina, especialmente quando está ocorrendo a amamentação, e é inibida pelo PIF. ▪ Basófilas: Corticotróficas→ são células redondas a ovóides , com um núcleo excêntrico e relativamente poucas organelas. - Secretam o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e o hormônio lipotrófico (LPH). - Sua secreção é estimulada por CRH . - O hormônio ACTH estimula as células do córtex da adrenal a liberarem seus produtos de secreção. Tireotróficas→ formam cordões de células parenquimatosas a uma certa distância dos sinusóides. - Podem ser distinguidas por seus pequenos grânulos de secreção, que contêm TSH →hormôniotireotrófico. - Sua secreção é estimulada pelo TRH e inibida pela presença de tiroxina (T4 ) e por triiodotironina (T3 ) (hormônios tireoidianos) no sangue. Gonadotróficas→ são células redondas com um complexo de Golgi bem desenvolvido e REG e mitocôndrios abundantes. - As gonadotróficas, situadas perto dos sinusóides, secretam FSH e LH ; as vezes o LH é denominado hormônio estimulante de células intersticiais (ICSH)→ pois estimula a produção de hormônios esteroides pelas células intersticiais do testículo. - A secreção é estimulada por GnRH (também denominado LHRH) e é inibida por vários hormônios produzidos pelos ovários e testículos. ❖ Cromófobas→ sem afinidade por corantes. - Geralmente, estas células têm menos citoplasma que as Cromófilas. - Podem representar células-tronco inespecíficas, ou células cromófilas parcialmente desgranuladas, pois algumas destas retêm grânulos secretores. - As células foliculoestreladas, não secretoras, constituem uma grande parte da população das células da pars distalis. Embora sua função não tenha sido esclarecida, elas têm prolongamentos citoplásmicos longos que formam junções comunicantes com os de outras células foliculoestreladas. ▪ Pars Intermedia - Caracteriza-se por possuir muitos cistos (cistos de Rathke) contendo colóide e revestidos por células cubóides. Eles são originários da bolsa de Rathke. - Algumas vezes contém cordões de células basófilas ao longo de redes de capilares. - Estas células basófilas sintetizam o pró-hormônio proopiomelanocortina (POMC), que passa por uma clivagem pós-tradução formando o hormônio amelanócito estimulante a -MSH, corticotrofina, b- lipotrofina e B-endorfina. - Entretanto, foi sugerido que o POMC é, na realidade, produzido pelas células corticotróficas do lobo anterior e que, no ser humano, o lobo (ou zona) intermédio é rudimentar. Apesar de o a-MSH estimular a produção de melanina nos animais inferiores, no ser humano ele pode estimular a liberação de prolactina e, por isso, é denominado fator liberador de prolactina. ▪ Pars Tuberalis - Abraça o infundíbulo. - Envolve a haste hipofisária e é constituída por células basófilas de cubóides a colunares baixas. - Altamente vascularizada por artérias e pelo sistema porta hipofisário. - O citoplasma destas células basófilas contém pequenos grânulos densos, gotículas de lipídios, gotículas de colóide entremeadas e glicogênio. - Não são conhecidos hormônios específicos que sejam secretados pela pars tuberalis. LETICIA LIMA BRANCO – MED2 - Intermediária entre a neuro-hipófise e a pars distalis, separada desta última pela fissura restante da cavidade da bolsa de Rathke. NEURO-HIPÓFISE (hipófise posterior) A. Eminência mediana B. Infundíbulo C. Pars nervosa ▪ Pars Nervosa - É formada por células neurogliais de sustentação -os pituicitos- cujos prolongamentos citoplasmáticos circundam as fibras nervosas amielínicas originadas de neurônios dos núcleos Paraventricular e supra-óptico, portanto de neurônios magnocelulares. - Essas fibras apresentam seus corpos celulares (seus núcleos) no hipotálamo. - Seu capilar fenestrado origina-se da artéria hipofisária inferior. - ADH→ ducto coletor→ células principais → Mecanismo por proteína Gs (aumento de AMPc) por estimulação do receptor V2 e aquaporinas na membrana luminal e basolateral. - Corpos de herring são dilatações que contêm grânulos de secreção e a neurofisina transportadora. - Axônios amielínicos de células neurossecretoras, cujos corpos celulares estão situados nos núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo, vão para a hipófise posterior terminando próximo dos capilares. - As células neurossecretoras dos núcleos supra-óptico e paraventricular sintetizam dois hormônios: vasopressina (hormônio antidiurético [ADH]) e oxitocina→ Uma proteína carregadora, a neurofisina, também é produzida pelas células destes núcleos. - As terminações distais dos axônios do trato hipotálamo- hipofisário terminam na pars nervosa e armazenam as neurossecreções produzidas por seus corpos celulares, localizados no hipotálamo. - O alvo da vasopressina (ADH ) são os dutos coletores dos rins onde ela modula a permeabilidade da membrana plasmática, diminuindo o volume da urina e aumentando sua concentração. - O alvo da oxitocina é o miométrio uterino onde é liberada nas fases finais da gravidez. Durante o trabalho de parto, acredita-se que a oxitocina desempenhe um papel no parto estimulando a contração da musculatura lisa do útero. - Além disso, a oxitocina age na ejeção de leite pela glândula mamaria estimulando a contração das células mioepiteliais que envolvem os alvéolos glandulares e os dutos da glândula mamaria. • Pituícitos - Semelhantes às células neurogliais e ajudam a sustentar os axônios da pars nervosa formando uma bainha em torno deles assim como de suas dilatações. - Contêm gotículas lipídicas, pigmento lipocromo e filamentos intermediários. - Têm numerosos prolongamentos citoplasmáticos que estabelecem contato e formam junções comunicantes uns com os outros. - Ainda não foram elucidadas outras funções além das de sustentação dos elementos nervosos da pars nervosa. LETICIA LIMA BRANCO – MED2 Resumo células Cromófilas acidófilas Somatotrofos→ GH ou Somatotrofina Lactotrofos→ Prolactina Cromófilas basófilas Gonadotrofos→ FSH/LH que são as gonadotrofinas Tireotrofos→ TSH ou tireotrofina Corticotrofos→ ACTH ou corticotrofina LETICIA LIMA BRANCO – MED2 Irrigação Sanguínea e Controle da Secreção - As artérias hipofisárias superiores irrigam a pars tuberalis e o infundíbulo. Elas também formam uma extensa rede capilar, o plexo capilar primário, na eminência mediana. - As artérias hipofisárias inferiores suprem primariamente o lobo posterior, apesar de também enviarem alguns ramos para o lobo anterior→ formando um plexo capilar, o qual coleta a vasopressina (ou hormônio antidiurético) e a ocitocina produzidas pelas células neuroendócrinas dos núcleos supra-ópticos e paraventriculares, respectivamente. - As artérias hipofisárias superior e inferior são conectadas pela artéria trabecular. - As veias porta hipofisárias drenam o plexo capilar primário da eminência mediana, que lança o sangue no plexo capilar secundário, localizado na pars distalis - Os capilares de ambos os plexos são fenestrados (Gartner). - Fenestrados: primário/ Sinusóides fenestrados: secundário (Ross). LETICIA LIMA BRANCO – MED2 Sistema porta-hipofisário - O hormônio neurossecretor hipotalâmico (produzido no hipotálamo e armazenado na eminência mediana)→ vai para o plexo capilar primário e é drenado pelas veias porta hipofisárias, que passam pelo infundíbulo e ligam-se ao plexo capilar secundário do lobo anterior→ Aí, os hormônios neurossecretores saem dos vasos e estimulam ou inibem as células do parênquima. - Axônios de neurônios originários de várias partes do hipotálamo terminam em torno destes plexos capilares→ As terminações destes axônios diferem das de outros axônios do corpo, pois, em vez de mandarem um sinal para outra célula, elas liberam hormônios (fatores), liberadores ou inibidores, diretamente no plexo capilar primário. - Estes hormônios são captados pelo sistema porta hipofisário e levados para o plexo capilar secundário (com o qual as células cromófilas basófilas e acidófilas se associam) da pars distalis, onde regulam a secreção dos vários hormônios da hipófise anterior. Os principais hormônios (fatores) liberadores e inibidores são: 1- H. liberador do hormônio estimulador da tireoide (TRH): estimula a liberação de TSH. 2- H. liberador de corticotrofina (CRH) estimula a liberação da adrenocorticotrofina. 3- H. liberador de somatotrofina (SRH) ouhormônio do crescimento (GH). 4- H. liberador de gonadotrofinas (GnRH) estimula a liberação do hormônio luteinizante (LH) e FSH. 5- H. liberador de prolactina (PRH) estimula a liberação de prolactina. 6- Fator inibidor de prolactina (PIF) inibe a secreção de prolactina. LETICIA LIMA BRANCO – MED2 Neurônios Parvocelulares: neurônios pequenos e curtos - Promovem a ligação neurovascular entre o hipotálamo e o lobo anterior (pars distalis) da pituitária. Os neurônios neurossecretores "hipofisiotróficos " parvicelulares situados no interior de vários núcleos hipotalâmicos projetam axônios para a eminência média, onde secretam hormônios liberadores (RHs). Os RHs descem pelos vasos porta hipotalâmico-hipofisários da haste pituitária até a pituitária anterior. Os RHs (e os hormônios inibidores da liberação) regulam a secreção dos hormônios tróficos oriundos dos cinco tipos celulares da pituitária anterior Magnocelulares: neurônios grandes e longos - Os neurônios magnocelulares do hipotálamo (núcleos supraópticos e paraventriculares) projetam seus axônios para baixo, pelo processo infundibular, e terminam na pars nervosa (lobo posterior), onde liberam seus hormônios (ADH ou oxitocina) para o interior do leito capilar.
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