Buscar

Histologia do Hipotálamo e hipófise

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem e obstetrícia 
Angie Martinez 
 
Histologia 
• Ele consiste em um grupo de células secretoras, 
que podem se organizar em órgãos 
exclusivamente endócrinos chamados de 
glândulas, ou que podem se encontrar distribuídas 
ao longo da parede de órgãos do sistema 
digestório, respiratório etc. 
Glândulas endócrinas 
• As glândulas endócrinas são formadas por células 
especializadas na produção e secreção de 
moléculas biologicamente ativas, chamadas de 
hormônios. Esses são liberados na corrente 
sanguínea e dali são transportados para células-
alvo, onde uma vez ligados aos seus receptores 
celulares, vão ativar sinalização intracelular 
capaz de ativar fatores de transcrição, que por sua 
vez vão regular a síntese de proteínas, 
desempenhando então uma atividade específica. 
• Essas glândulas são: hipófise, glândula pineal, 
tireoide e para tireoides, suprarrenal e o pâncreas 
endócrino. 
Hipotálamo 
• O hipotálamo e a hipófise formam uma unidade, 
chamada de eixo hipotalâmico-hipofisário. Essa 
unidade vai controlar funções e várias glândulas 
endócrinas. 
Mas afinal, o que é o hipotálamo? 
• O hipotálamo é uma região do diencéfalo. Ele 
forma o assoalho do diencéfalo e faz parte das 
paredes do terceiro ventrículo. 
• Basicamente, ele consiste em aglomerados de 
neurônios, chamados de núcleos. Alguns desses 
núcleos secretam hormônios. 
• As células neuroendócrinas do hipotálamo 
exercem efeitos positivos e negativos sobre a 
hipófise, através de hormônios, também 
chamados de fatores de liberação e de inibição 
hipotalâmicos-hipofisiotróficos. 
 
• Essa imagem mostra a relação do hipotálamo com 
as estruturas vizinhas. 
• Encontra-se entre o cérebro e o tronco encefálico 
(como já mencionado anteriormente, no 
diencéfalo). 
• Formado pela glândula pineal, pelo tálamo, pelo 
epitálamo, hipotálamo e a hipófise. 
• Anatomicamente falando, ele limita frontalmente 
com o quiasma óptico, caudalmente com os 
corpos mamilares, ventralmente com a hipófise e 
dorso-lateralmente com o tálamo. 
Funções do hipotálamo 
• A função primária do hipotálamo é a manutenção 
da homeostase do organismo. 
• Como ele faz isso? Ele simplesmente integra 
sinais do ambiente externo através dos sistemas 
sensoriais, incluindo a visão, gosto, tato etc; bem 
como sinais provenientes do sistema nervoso 
central e das vísceras. Dessa maneira, ele fornece 
respostas neuroendócrinas. Essas respostas 
geralmente são mediadas principalmente pela 
glândula hipófise. 
Sistema endócrino 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem e obstetrícia 
Angie Martinez 
 
Histologia 
• A partir disso, o hipotálamo controla vários 
processos biológicos, incluindo: ingestão 
alimentar, gasto energético, peso corporal, 
ingestão e balanço de fluidos, pressão arterial, 
temperatura corporal, sono, reprodução, 
crescimento e desenvolvimento. 
Eminência Mediana 
• O hipotálamo mantém uma conexão com a 
hipófise através de uma região chamada de 
Eminência Mediana. 
• Essa eminência possui formato de funil, 
localizada entre o hipotálamo e a hipófise. Essa 
região é importantíssima, porque forma o local de 
secreção de hormônios hipotalâmicos 
hipofisiotróficos. 
• Ela é altamente vascularizada e é o local de 
origem do sistema porta-hipotalâmico-
hipofisário. 
• Permite o direcionamento dos hormônios tróficos 
para a hipófise, assim como também permite que 
os hormônios hipotalâmicos possam ser 
secretados em pequenas quantidades, garantindo 
uma ação hormonal com economia, além de 
evitar a degradação desses hormônios, os quais 
possuem tempo de vida muito breve. 
Hipófise 
• Glândula também chamada de glândula pituitária. 
Ela é conhecida como glândula mestra, porque 
regula a atividade de várias glândulas endócrinas. 
• Mede 1 cm. Apesar de ser tão pequena, é 
essencial na regulação dessas outras glândulas. 
• No homem, pesa em torno de 0.5 gramas. Nas 
mulheres multíparas, em torno de 1.5 gr. 
• Ela se localiza na base do cérebro, abaixo do 
hipotálamo e se liga a este pela haste hipofisária 
ou também conhecido como infundíbulo. 
 
• Na imagem é possível observar que a glândula, a 
partir de uma visão externa, está à altura dos 
olhos. 
• A partir de uma visão interna, está localizada em 
uma depressão do osso esfenoide, o qual compõe 
a base do crânio. Essa depressão recebe o nome 
de sela turca ou túrcica. 
• Observa-se sua conexão com o hipotálamo 
através do infundíbulo, o que forma a haste 
hipofisária. 
Divisão anatômica da hipófise 
• Ela apresenta dois componentes principais, os 
quais lembram muito à dupla origem embrionária 
da glândula. Esses componentes são a Adeno-
hipófise, de origem ectodérmica e a Neuro-
hipófise, de origem neural. 
 
• A adeno-hipófise possui uma organização 
epitelial, enquanto a neuro-hipófise tem uma 
organização neural. 
• A adeno-hipófise pode ser dividida em três 
partes, a pars tuberalis, a pars intermedia e a pars 
distalis. Essa última porção é a mais 
desenvolvida, representando em torno de 80% da 
população celular total da adeno-hipófise. 
• Já a neuro-hipófise, apresenta duas subdivisões: o 
infundíbulo, formado pela eminência mediana e 
pelo processo infundibular; e a porção mais 
dilatada, chamada de pars nervosa ou lobo neural, 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem e obstetrícia 
Angie Martinez 
 
Histologia 
também conhecida como lobo posterior da 
hipófise. 
 
• Neste esquema podemos observar um corte 
holóptico, completo, onde podem ser 
visualizados os dois componentes da glândula. 
• O epitelial, a parte mais intensamente corada 
(adeno-hipófise), e o componente neural (neuro-
hipófise) incluindo parte do infundíbulo. 
• A parte mais distal desse representaria a pars 
nervosa.Encima o infundífulo. 
• A pars distalis, a intermédia ( que mesmo fazendo 
parte da Adeno-hipófise, encontra-se justaposta à 
neuro-hipófise) e a pars tuberalis. 
 
• Nesse esquema podemos ver que a pars tuberalis 
forma um colar incompleto em torno do 
infundíbulo. 
Relações funcionais e anatômicas entre a hipófise e o 
hipotálamo 
• Os núcleos hipotalâmicos paraventricular e 
supraóptico, são formados por neurônios do 
sistema magnocelular e que possuem corpos 
neuronais grandes, volumosos, os quais vão 
produzir dois hormônios. 
• O núcleo paraventricular produz ocitocina e o 
supraóptico produz ADH/vasopressina. 
• Os corpos neuronais desses núcleos permanecem 
sempre na mesma localização e os axônios 
descem, atravessam o infundíbulo e terminam na 
pars nervosa, formando-a. Então, vemos que o 
contato entre o hipotálamo e a pars nervosa é um 
contato físico. Então essa pars nervosa não 
funciona como tecido secretor, ela simplesmente 
age como um local de armazenamento da 
ocitocina e do ADH. 
• No caso do hipotálamo posterior, encontram-se 
os núcleos do sistema parvocelular, menores. 
Esses neurônios vão produzir aqueles fatores 
liberadores e inibidores hipotalâmicos-
hipofisiotróficos. Seus axônios, por serem curtos, 
terminam no infundíbulo, mais especificamente 
na eminência mediana. Esses fatores são 
liberados na eminência e serão transportados por 
vasos sanguíneos até a pars distalis. 
Irrigação da hipófise e sua importância funcional 
 
• A hipófise recebe suprimento sanguíneo a partir 
das artérias hipofisárias superiores e artérias 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem e obstetrícia 
Angie Martinez 
 
Histologia 
hipofisárias inferiores. Essas artérias são ramos 
das artérias carótidas internas. 
• A artéria hipofisária superior mantém uma 
conexão com a artéria hipofisária inferior através 
das chamadas artérias trabeculares. 
• Essa a h. superior penetra a eminência mediana, o 
processo infundibular e a pars tuberalis. Nessaregião ela entra, se capilariza e forma o chamado 
plexo capilar primário. A partir desse plexo 
surgem as veias portais. 
• Essas veias portais atravessam o infundíbulo e 
chegam à pars distalis. Na pars distalis formam o 
plexo capilar secundário. 
• Então, o sistema porta é um tipo de 
vascularização onde há dois plexos: um plexo 
capilar primário e um plexo capilar secundário, 
conectados pelas chamadas veias porta-
hipofisárias. 
• Os neurônios do sistema parvo-celular, 
localizados no hipotálamo posterior, são os que 
vão produzir e secretar os fatores liberadores e 
inibidores hipofisio-tróficos. Seus axônios 
chegam na eminência e liberam esses fatores no 
plexo capilar primário e as veias portais 
transportam esses hormônios para o plexo capilar 
secundário. Esse plexo capilar secundário banha 
as células secretoras da pars distalis. 
• Posteriormente, temos as veias hipofisárias, as 
quais terminam nos seios cavernosos da dura-
máter e são drenadas pelas veias jugulares. 
• No caso específico do lobo neural, ele é irrigado 
principalmente pela artéria hipofisária inferior. 
Essa artéria se ramifica, forma um plexo, 
independente do plexo porta-hipofisário, e 
recolhe os axônios amielínicos dos núcleos 
supraóptico e paraventricular, os quais se 
extendem até esses vasos e liberam a ocitocina e 
o ADH. 
• É basicamente assim que se mantem a relação 
anatómica e funcional entre o hipotálamo e a 
hipófise. 
• Se por um lado há uma conexão física, onde os 
axônios amielínicos dos núcleos paraventricular e 
supraóptico chegam ao lobo neural, por outro 
lado há uma conexão vascular entre o hipotálamo 
e a pars distalis, graças ao sistema porta 
hipotalâmico-hipofisário. 
Controle da secreção hipotalâmica e adenohipofisária 
• O controle da secreção é feito através e uma 
retroalimentação negativa, onde o hormônio do 
órgão-alvo, ao alcançar níveis altos, estimula o 
hipotálamo a inibir a produção dos seus 
hormônios percussores hipotalâmicas, além de 
atuar na própria glândula hipófise, inibindo a sua 
própria produção. 
• Nesse controle os hormônios são capazes de 
regular a produção a nível hipotalâmico e a nível 
hipofisário. 
Estrutura histológica da adeno-hipófise 
Histologia da pars distalis 
• Sua estrutura histológica é simples. 
• Como já mencionado, corresponde a 80% da 
população celular da adeno-hipófise. 
• Encontram-se três componentes histológicos: 
- Cordões de células epiteliais, que formam o parênquima 
da glândula, ou seja, a parte funcional dela. 
- Estroma, o qual forma o tecido de sustentação para essas 
células epiteliais, composto por um tecido conjuntivo 
frouxo entremeado com os cordões celulares. 
- Capilares fenestrados, os quais pertencem o plexo 
capilar secundário do sistema porta-hipofisário. 
Como são formados os cordões de células epiteliais que 
realizam as funções da glândula? 
• Histológicamente, consistem em células epiteliais 
apoiadas sobre uma membrana basal. 
• De acordo com a afinidade pelos corantes, tais 
cordões são formados por 2 tipos celulares: 
células cromófobas, que se coram pouco com os 
corantes de rotina; e as células cromófilas, que 
possuem maior afinidade com esses corantes e 
ficam mais coloridos. 
• Já as células cromófilas, podem ser classificadas 
pela sua afinidade tintorial, em células cromófilas 
acidófilas (quando coradas, seu citoplasma fica 
rosado/alaranjado) e células cromófilas basófilas, 
que tem maior afinidade pelos corantes básicos 
(e, quando coradas, ficam azuladas). 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem e obstetrícia 
Angie Martinez 
 
Histologia 
 
• Cor azul: estruturas fibrosas, representando o 
estroma (tecido conjuntivo e fibras de colágeno). 
Nesse estroma encontram-se vasos sanguíneos 
com hemácias (cor amarela). 
• Cada estrutura circundada pelo estroma 
representa um cordão celular. 
• Pela coloração avermelhada do citoplasma, dá 
para perceber que na imagem a maioria das 
células são cromófilas acidófilas. Já as basófilas, 
possuem o citoplasma de uma cor mais roxa, 
• As células cromófobas tem o citoplasma pouco 
corado. Inclusive, fala-se que essas são células 
secretoras que já eliminaram seus grânulos de 
secreção. 
• A coloração não permite observar a membrana 
basal. 
 
(pars distalis corada com HE) 
• Com o HE fica mais difícil delimitar os cordões 
celulares, porque as fibras de colágeno não são 
tão coradas. 
• Todas as áreas avermelhadas são hemáceas, 
dentro dos capilares fenestrados, distribuidos no 
estroma. 
• Células com citoplasma rosa: células cromófilas 
acidófilas, que tem maior afinidade com a eosina. 
• Células com citoplasma roxo: células cromófilas 
basófilas. 
• Células com citoplasma lilás claro: células 
cromófobas. 
Quando são utilizados anticorpos específicos contra os 
hormônios produzidos na pars distailis, podem-se 
identificar 5 tipos de células funcionalmente diferentes. 
Elas serão nomeadas de acordo com a produto que 
elaboram: 
• Somatotrofos: são um tipo de célula cromófila 
acidófila, secretoras da somatotrofina, também 
conhecida como hormônio do crescimento (GH), 
hormônio protéico. Elas representam em torno de 
40 a 50% da população celular da parte distal da 
adeno-hipófise. 
• Mamotrofos ou lactotrofos: células cromófilas 
acidófilas, secretoras de prolactina, hormônio 
proteico. Representam em torno de a 20% da 
população celular da parte distal da adeno-
hipófise. 
• Corticotrofos: células cromófilas basófilas, 
secretoras do hormônio adrenocorticotrófico 
(ACTH), hormônio polipeptídico. 
• Gonadotrofos: células cromófilas basófilas, 
secretoras de gonadotrofinas: hormônio 
foliculoestimulntes (FSH) e o hormônio 
luteinizante (LH). Por serem hormônios 
glicoprotéicos, são PAS positivos, ou seja, 
reagem com essa coloração utilizada para 
reconhecer açúcares. 
• Tireotrofos: células tireotróficas, encarregadas de 
produzir e secretar o TSH. Elas representam em 
torno de 5% da população celular total da parte 
distal da adeno-hipófise. São células PAS 
positivas, porque o hormônio é uma 
glicoproteína. 
Cromófobas 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem e obstetrícia 
Angie Martinez 
 
Histologia 
 
É importante observar que o controle do hipotálamo 
sobre a síntese da prolactina é dado pela dopamina, que 
inibe a produção e secreção desse hormônio nos 
mamotrofos. Suspeita-se que existe o fator liberador de 
prolactina, mas ainda não foi comprovado. 
Por outro lado, fala-se que o TRH além de estimular a 
produção e secreção de TSH, também estimula a 
produção de prolactina. 
 
Há um hormônio liberador do GH, produzido pelo 
hipotálamo, que chega na pars distalis através do sistema 
porta-hipofisário e vai estimular a produção e secreção do 
GH. Além disso, o hipotálamo também produz um fator 
inibidor, que seria a somatostatina. 
Esse GH promove o crescimento dos tecidos ósseos, 
tecidos moles, mas não age diretamente neles. Ele faz 
essa regulação através do fígado, onde estimula a 
liberação dos IGFs, chamados de fatores de crescimento 
semelhantes à insulina. 
Pars intermédia 
• Localizada entre a pars distalis e a pars nervosa; 
• Formada por uma série de pequenas cavidades 
císticas, chamadas de folículos, que representa, a 
luz residual da bolsa de Rathke. 
A bolsa de Rathke é uma evaginação que o epitélio do 
teto da cavidade bucal primitiva, chamado de estomodeu 
sofre, em direção a outra evaginação do encéfalo, para 
formar a hipófise. 
• Em humanos, essa porção é um pouco 
rudimentar. 
• A função de suas células ainda não foi esclarecida 
em humanos. Em outras espécies, já foi visto que 
as células basófilas contêm vesículas dispersas 
ricas em alfa ou beta-endorfina, composto 
relacionado com a morfina. Em anfíbios, elas 
produzem um hormônio estimulante dos 
melanócitos (MSH), que estimula a dispersãode 
pigmentos nos melanócitos e nos melanóforos. 
 
• Pega parte da pars distalis, parte da pars nervosa; 
• A pars ditalis mais epitelial e mais celular. 
• A pars nervosa com um aspecto mais filamentar, 
lembrando que ela é formada basicamente por 
axônios amielínicos provenientes dos núcleos 
supraóptico e paraventricular do hipotálamo. 
• Entre essas duas estruturas, está uma delgada 
faixa que corresónde à pars intermédia. 
• A pars intemédia é rudimentar e formada pelos 
folículos (FC). No interior desses, encontra-se 
substância colóide. Dispersas entre esses 
folículos, podemos observar as células 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem e obstetrícia 
Angie Martinez 
 
Histologia 
cromófobas e basófilas. Além da presença de 
vasos sanguíneos (amarelo). 
A pars intermédia é mais desenvolvida nos ratos. 
 
Pars tuberalis ou parte tuberal 
• Extensão do lobo anterior ao longo do 
infundíbulo, semelhante a um pedículo. Ela o 
rodeia como um colar incompleto. 
• É uma região altamente vascularizada, já que é 
onde se recebe o suprimento sanguíneo da artéria 
hipofisária superior, junto à eminência mediana e 
o infundíbulo. 
• Contém as veias do sistema hipotalâmico-
hipofisário, que saem do plexo capilar primário e 
se dirigem para a pars distais. 
• Formado por nichos de células pavimentosas e 
pequenos folículos revestidos por células cúbicas 
que se encontram dispersos na região. 
• Essas células frequentemente exibem 
imunorreatividade para ACTH, FSH e LH (logo, 
se diz que são células cromófilas basófilas). 
Estrutura histológica da neuro-hipófise 
• Componente neural da hipófise; 
• Definida como uma extensão do SNC. 
• Ela não é uma glândula endócrina, mas sim um 
local de armazenamento de neurossecreções dos 
neurônios dos núcleos supraóptico e 
paraventricular do hipotálamo (ambos produzem 
ocitocina e vasopressina, porém, em diferentes 
quantidades). 
• Consiste no infundíbulo (eminência mediana + 
processo infundibular) e o lobo posterior (pars 
nervosa). 
Histologia da pars nervosa 
• Formada por três componentes histológicos: 
- Axônios amielínicos, os quais provem dos neurônios do 
sistema magnocelulares, que formam os núcleos 
supraóptico e paraventricular do hipotálamo. 
- Pituícitos: células semelhantes aos astrócitos, 
consideradas células gliais, que dão sustentação aos 
axônios amielínicos. 
- Capilares fenestrados, vindos da artéria hipofisária 
inferior, formando um plexo. 
Apesar de ter origem neural, é importante saber que não 
há barreira hematoencefálica, porque seus capilares são 
fenestrados. 
 
• Aspecto filamentar, que lembra a substância 
branca do cérebro. 
• Presença de capilares. 
• Núcleos roxos: pertencem aos pituícitos. 
• As pequenas aglomerações são os corpor de 
Hering. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem e obstetrícia 
Angie Martinez 
 
Histologia 
 
• Os axônios amielínicos não são totalmente 
uniformes, apresentam diversas dilatações que se 
repetem em intervalos. As dilatações recebem o 
nome de corpos de Hering e contêm grânulos com 
neurofisina e hormônios (vasopressina ou 
ocitocina). 
• Em verde vemos os pituícitos associados a esse 
neurônio. 
• Quando os neurônios vão secretar os hormônios, 
os pituícitos recolhem seus prolongamentos para 
facilitar a secreção. 
 
• Observam-se os pituícitos; 
• Gotas de lipídeos 
• Célula endotelial frenestrada; 
• Vasos sanguíneos; 
• Poros; 
Glândula Pineal ou epífise 
• É um órgão endócrino formado por células com 
função neurossecretora. 
• Ecnontra-se ligada ao cérebro por um pedículo, 
mas não há conexões nervosas diretas entre a 
glândula e o cérebro. Esse pedículo é formado por 
fibras nervosas simpáticas pós-glanglionares, 
derivadas dos gânglios cervicais superiores que 
inervam a glândula e pelos prolongamentos das 
células intersticiais gliais. 
• Encontra-se recoberta pela pia-máter, que forma 
uma cápsula no seu entorno. 
Localização anatômica da glândula pineal 
• Está situada no teto do diencéfalo, entre os 
tubérculos quadrigêmeos craniais, numa pequena 
depressão chamada de fossa pineal. 
Histologia da glândula pineal 
• Divide-se em lóbulos, por um tecido conjuntivo 
vascular que contém células gliais. Essa divisão 
foi a que deu o nome de glândula pineal, porque 
para os anatomistas clássicos, lhes lembrava o 
fruto do pino. 
Células intersticiais 
• Dentre os componentes celulares que podem ser 
encontrados, estão as células intersticiais 
semelhantes à glia, chamadas de gastrócitos por 
muitos autores. Representam de 5 a 10% das 
células que parcialmente circundam e separam is 
pinealócitos ou pineócitos. Essas células também 
vão compor em parte o pedúnculo da pineal. 
Pinealócitos/Pineocitos 
• A maior parte da glândula encontra-se composta 
por células secretoras parenquimatosas: os 
pinealócitos. 
• Os pinealócitos são neurônios modificados que 
secretam melatonina, a qual possui um papel 
crucial no funcionamento do ciclo circadiano. 
• São uma forma especializada de neurônios 
relacionados aos fotorreceptoras retinianos. 
• Não possuem axônios, mas contêm no citoplasma 
numerosos grânulos secretórios e 
prolongamentos citoplasmáticos de 
comprimentos variados. 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem e obstetrícia 
Angie Martinez 
 
Histologia 
• Organizam-se em cordões que repousam sobre 
uma membrana basal, sendo envolvidos por 
tecido conjuntivo frouxo, capilares fenestrados e 
nervos. 
• Possuem dois ou mais prolongamentos celulares 
que terminam em expansões bulbosas. Um dos 
prolongamentos vai terminar perto dos capilares. 
• No seu citoplasma podem ser encontradas 
mitocôndrias em abundância e distribuídas de 
forma aleatória. 
 
• As células têm formato poligonal e 
apresentam prolongamentos. 
 
• Na imagem podem se observar os 
prolongamentos dos pinealócitos que 
terminam na parede de pequenos vasos e 
possuem expansões em forma de bulbo. 
(chamadas de rosetas perivasculares, com 
aspecto de flor). 
 
• Com imunohitoquímica essas rosetas 
perivasculares podem ser mais bem 
observadas, já que o anticorpo destaca 
fortemente os prolongamentos dos pineócitos 
dirigidos a vasos e também as dilatações 
bulbosas. 
Concreções calcáreas ou corpora arenacea 
• Chamadas de areia cerebral. 
• É uma característica da glândula pineal e 
consiste na presença de áreas de calcificação 
definidas (Matriz extracelular na qual se 
depositam cristais de fosfato de cálcio). 
• Sua formação começa cedo na infância e se 
torna evidente a partir dos 20 anos, 
aumentando com a idade. 
• Os pinealócitos secretam essa MEC que 
receberá os cristais de fosfato de cálcio. 
• São um importante marcador radiográfico da 
linha média do cérebro. 
 
Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Campus Macaé 
Enfermagem e obstetrícia 
Angie Martinez 
 
Histologia 
 
• Em algumas ocasiões tem um aspecto 
bastante lamelar, com várias camadas. 
Função da glândula pineal 
• Ela produz e secreta melatonina, que é a 
principal substância biologicamente ativa, 
sintetizada a partir do triptofano, pelos 
pinealócitos. 
• A melatonina será liberada na circulação 
geral, para atuar sobre o hipotálamo e a 
hipófise. Em muitas espécies, atua na 
inibição da secreção de gonadotrofinas e do 
GH, e induzir sonolência (por exemplo, 
animais que hibernam no inverno). 
Melatonina 
• Conhecida como hormônio indutor do sono, 
produzido a partir da serotonina. Ele está 
relacionado com a regulação dos ciclos 
circadianos (vigia-sono). 
• Sua apresentação farmacêutica serve par 
contrarrestar os efeitos do Jet Lag. 
• A variação dos níveis de melatonina no sangue 
varia segundo o horário: durante a manhã, 10 a 30 
og/mL; durante a noite, 60 a 150 pg/mL. 
Por isso se recomenda que as crianças durmam cedo, já 
que a produçãodesse hormônio aumenta nas primeiras 
horas da noite. 
Como funciona o ciclo circadiano? 
• O ciclo circadiano é um relógio interno que 
controla os ritmos biológicos. 
• Esse relógio biológico circadiano regula os 
padrões de sono e de alimentação e está ligado ao 
ciclo de dia-noite ou ao ciclo de sono-vigília. 
• Durante a noite, há uma diminuição na produção 
de cortisol, que é o hormônio da vigia, e aumenta 
a produção de melatonina. 
• Durante a manhã, há um aumento de cortisol e 
diminuição n melatonina. 
Como isso funciona? 
• O trato retino-hipotalâmico conduz sinais 
luminosos para o núcleo supraquiasmático, esse 
núcleo está adjacente ao quiasma óptico. O 
núcleo está formado por uma rede de neurônios 
que opera como marca-passo endógeno que 
regula o ritmo diário. 
• Essa rede de neurônios são osciladores 
circadianos ligados às células ganglionares 
especializadas produtoras de melanopsina da 
retina. Logo, essas células ganglionares 
funcionam como detectores de luminosidade, que 
reajustam os osciladores circadianos. 
O Jet Lag é uma condição experimentada por muitos 
viajantes, provocada por mudanças de fuso horário que 
leva à interrupção do ritmo circadiano. Associada a fadiga, 
insônia e desorientação.

Continue navegando