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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ Professora: Ana Laryssa Rocha Sabóia Eng. Civil/Segurança do Trabalho ana.saboia@estacio.br TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ARQUITETURA E URBANISMO PINTURA s.f. Ato ou efeito de pintar. Camada de recobrimento de uma superfície, com funções protetora e decorativa, obtida pela aplicação de tintas e vernizes, através de técnicas específicas. A pintura na construção civil é uma camada de acabamento na forma de uma película aderente, estratificada e de espessura total = 1,0 mm. Os múltiplos estratos resultam da aplicação de sucessivas demãos de tintas de fundo (primers), massas de nivelamento e tintas de acabamento. PINTURA PINTURA A pintura na construção civil é aplicada sobre os mais diversos substratos: •Peças de concreto •Revestimento de argamassas •Alvenarias aparentes •Componentes metálicos e de madeira (esquadrias, gradis, vigamentos, etc.) •Telhas •Pisos cimentícios e de madeira PINTURA Um sistema de pintura é um conjunto de tintas de fundo, massas de nivelamento e tintas de acabamento, formulados a partir de uma mesma resina. SISTEMAS DE PINTURA Os principais sistemas de pintura empregados na construção imobiliária são os baseados nas resinas PVA’s, acrílicas e alquídicas. SISTEMAS DE PINTURA SISTEMAS DE PINTURA SISTEMAS DE PINTURA PINTURA PROTEÇÃO DO SUBSTRATO Revestimentos de argamassa: • Protege contra esfarelamento e a ação da umidade • Reduz absorção de água e inibe o desenvolvimento de fungos e bolores Madeira: • Reduz a absorção de água e protege contra ação das intempéries, da água e do fogo Metais ferrosos: • Inibe a corrosão Alvenaria aparente: • Reduz a absorção de água PINTURA FUNÇÃO DECORATIVA OU ESTÉTICA Dar a aparência final da superfície aonde for aplicada através de cores, brilho, matizes e texturas. ENFIM... Proteger Embelezar A participação destas duas funções no uso da tinta influem diretamente em sua composição Exemplos: Cobertura de uma ponte Proteção Pintura interna de uma sala Beleza é mais importante PINTURA SISTEMAS DE PINTURA CONSTITUINTES Tinta de fundo (ou primer) • Substância líquida, constituída por resinas, solventes (ou água), pigmentos e aditivos, aplicado inicialmente (primeira demão) sobre um substrato. • Função de preparar a base para receber a massa e ou a tinta de acabamento. SISTEMAS DE PINTURA • CONSTITUINTES Fundo: funções •Diminuir e uniformizar a absorção • Isolar quimicamente a tinta do substrato •Melhorar a aderência •Diminuir o consumo da tinta de acabamento •Proteger quimicamente contra corrosão dos metais SISTEMAS DE PINTURA • CONSTITUINTES Massa de nivelamento: • Substância pastosa, constituída por resinas solventes (ou água) e cargas inertes, aplicado sobre a superfície já preparada com o fundo • Função de corrigir irregularidades e proporcionar superfície com textura lisa Massa (corrida) SISTEMAS DE PINTURA • CONSTITUINTES Tinta de acabamento: •Substância líquida, constituída de resinas, solventes (ou água), pigmentos e aditivos •Após ser aplicada e secar (ou curar) se converte em película sólida, aderente e flexível •Função de acabamento final da pintura SISTEMAS DE PINTURA • CONSTITUINTES Verniz: • Substância líquida, constituída por resinas, solventes e aditivos • Após aplicação, sofre um processo de cura • Se converte em uma película transparente, aderente e flexível SISTEMAS DE PINTURA • CONSTITUINTES TINTA x VERNIZ Tinta Material cuja finalidade é a de revestir uma dada superfície ou substrato para conferir beleza e proteção Verniz Consiste na tinta sem pigmentos Por ter pigmentos a tinta cobre o substrato, enquanto o verniz deixa transparente CONSTITUINTES DA TINTA Substâncias sólidas, insolúveis, orgânicas ou inorgânicas, e que dão ao filme seco as propriedades de cor, cobertura, resistência aos agentes químicos e à corrosão. (NBR 12554 – Tintas para edificações não industriais - Terminologia) PIGMENTOS PROPRIEDADES Opacidade Poder corante Estabilidade à luz Estabilidade ao calor Estabilidade aos agentes de corrosão ou propriedades anti-corrosivas O pigmento, além destas propriedades, também é responsável, pelas propriedades mecânicas, de brilho, de resistência aos produtos químicos e ao envelhecimento PIGMENTOS CLASSIFICAÇÃO DOS PIGMENTOS Orgânicos Inorgânicos Produtos vegetais e animais Terras coloridas QUANTO À NATUREZA QUÍMICA Metálicos • Pós metálicos • Alumínio, cobre, zinco, ligas de cobre e zinco e bronze Inorgânicos • Geralmente incombustíveis e insensíveis ao calor • Dióxido de titânico e óxido de zinco Orgânicos • Possuem tomos de C e H • Sensíveis à temperatura e combustíveis • Vermelho de totuídina e amarelo de benzidina QUANTO AO PROCESSO DE OBTENÇÃO Naturais •Obtidos a partir de produtos naturais por processos de moagem e peneiração • Terras, metais, dióxido metálico Sintéticos • Preparados por reação química a partir de compostos orgânicos e inorgânicos • Ftalocianina de cobre Cor Pigmento Branco • Óxido de titânio • Litopone (ZnS + BaSO4) • Óxido de zinco Amarelo e laranja • Cromato de chumbo • Óxido de ferro amarelo • Amarelo de cádmio Azuis • Azul da Prússia • Azul de ftalocianina PIGMENTOS MAIS COMUNS Verde • Óxido de cromo verde • Misturas de amarelo e azul Vermelho • Vermelho de cloroparanitroanilina • Vermelho de toluidina • Litol rubine Castanho • Óxido de ferro marrom Preto • Negro de fumo • Óxido de ferro preto Volátil •Solventes e diluentes Não Volátil •Óleos e resinas VEÍCULOS VOLÁTIL Evapora durante o processo de secagem Reduzir a viscosidade e facilitar a aplicação Homogeneidade à película Melhorar a adesão à base e atuar sobre a secagem NÃO VOLÁTIL Permitem a formação da película sólida É responsável pela adesão e secagem, durabilidade e resistência química e mecânica da pintura São líquidos voláteis, que permitem dissolver a resina possibilitando a obtenção do veículo. • São responsáveis pelo aspecto líquido da tinta. • Líquidos adicionados aos solventes com o objetivo de melhorar as características de aplicação. S o lv e n te s D il u e n te s SOLVENTES E DILUENTES MAIS USADOS Água Hidrocarbonetos (alifáticos, aromáticos, naftalénicos) Solventes oxigenados (álcoóis, cetonas éter, esteres) Solventes clorados (cloreto de metileno, tetracloreto, etc.) Thinner Ó le o s • Substância líquida, de aspecto viscoso R e si n a s • Substância termo- plástica e termo- endurecível, • Má condutora de eletricidade • Insolúvel em água • Podem ser naturais, artificiais e sintéticas Substâncias eventualmente incorporadas, em pequena percentagem, nas tintas e vernizes e produtos similares, com o fim de lhes alterar acentuadamente determinadas características. ADITIVOS ADITIVOS ADITIVOS Tipo Características Uso Látex (PVA) • Tinta à base de água • Não lavável • Secagem rápida • Média cobertura Alvenarias: • Interiores Acrílica • Tinta à base de água • Excelente lavabilidade e cobertura Alvenarias • Exteriores • Interiores • Tinta à base de solventes Esmaltes Sintéticos • Ótimo acabamento • Resistência a intempéries • Bom alastramento • Ótima resistência ao mofo Superfícies internas e externas de: • Madeiras • Metais Texturas • Tinta à base de água • Efeito de textura em alto relevo • Ação hidrorrepelente Superfícies • Internas • Externas PRINCIPAIS TIPOS DE TINTAS Tipo Características Uso Tinta à óleo • Ótima resistência à intempéries • Fácil aplicação • Boa cobertura e flexibilidade Excelente aderência em vários tipos de superfícies Usada para a pintura de meio fio, muros,A base de Cal • Mais econômica • Superfície fosca e lisa • Mistura-se a água• Tem qualidade inferior • Pouco aderente a madeira e metais calçadas e postes A base de Epóxi • Alta resistência a abrasão e a agentes químicos • Suscetível a raios UV Ambientes quimicamente agressivos como o revestimento de banheiro e balcões PRINCIPAIS TIPOS DE TINTAS PINTURA PINTURA EM AMBIENTE INTERNO PINTURA – TECNOLOGIA AIRLESS CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS AS PINTURAS Facilidade na aplicação Rápida secagem Boa aderência Resistência e durabilidade depois de seca Proteção duradoura do substrato Fácil aplicação Fraca toxidade Secagem rápida Boa resistência à lavagem Aspecto decorativo agradável à vista CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS AS PINTURAS PINTURA DE PAREDES EXTERIORES Boa resistência à intempérie Boa aderência à base Estabilidade da cor Neutralidade química em relação à base e vice-versa Aspecto decorativo pretendido PINTURA DE PAREDES INTERIORES Boa aderência ao suporte Estabilidade da cor Neutralidade química em relação ao suporte Aspecto decorativo pretendido Boa resistência aos agentes agressivos Boa resistência ao choque TINTAS PARA ESTRUTURAS METÁLICAS Boa aderência Boa proteção anticorrosiva Durabilidade elevada Resistência a ácidos e ao calor O que exigir de uma tinta? CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS RENDIMENTO (m2 por galão) PODER DE COBERTURA PINTABILIDADE = (ferramenta) ESTABILIDADE TEMPO DE SECAGEM = coerente CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O SUBSTRATO Sobre bases porosas: • Alvenaria • Concreto • Revestimentos de argamassas e de gesso Sobre madeira (e derivados de madeira) Sobre materiais metálicos: • Ferrosos e não ferrosos TIPOS DE PINTURA PINTURAS PARA ALVENARIA, CONCRETO, ARGAMASSAS E GESSO Pinturas permeáveis ao vapor d’água •Emulsões à base de resinas pva, acrílicas ou estireno- acrílicas •Tintas à base de cimento ou de cal (caiação) Pinturas impermeáveis ao vapor d’água • Alquídicas (esmaltes sintéticos) • Epóxi, borracha clorada, ... • Vernizes alquídicos, acrílicos ou poliuretânicos “Pinturas” hidrofugantes (não há a formação da película) • Emulsões e soluções de silicones • Soluções de silano-siloxano PINTURA PARA MADEIRA Tintas alquídicas • Esmalte a óleo, esmalte sintético Esmaltes acrílicos (base água) Vernizes • Alquídicos, poliuretânicos PINTURA PARA METAIS Alquídicas (esmaltes sintéticos) Epoxidícas, de borracha clorada, de poliester PINTURAS E ACABAMENTOS TEXTURIZADOS PINTURA (TIPO) TEXTURA •Espessura < 1,0 mm (determinação obtida pelo consumo por m² (<1 kg/m²) •Aplicada a rolo ou com desempenadeira, mas o efeito texturado é realizado com rolo •Aplicada com o objetivo de dar textura rugosa para disfarçar pequenas imperfeições da base PINTURAS E ACABAMENTOS TEXTURIZADOS ACABAMENTO (REVESTIMENTO) TEXTURIZADO • 1 mm < Espessura < 3 mm (geralmente 2 a 3 mm consumo de 2 a 5 kg/m²) • Aplicado com revólver e desempenadeira ACABAMENTOS TEXTURIZADOS ACABAMENTOS TEXTURIZADOS CUIDADOS PARA SE GARANTIR O DESEMPENHO DA PINTURA Respeitar a idade da base (cura- vide tabela) Cuidado com umidade excessiva do ar (acima de 80%) Cuidado com temperatura excessiva do ar (acima de 35ºC) Cuidado com vento e poeira Cuidado com emendas de faixas CURA TIPO DE BASE TIPO DE TINTA INTERVALO MÍNIMO Concreto, Alvenaria, Argamassas, Mistas PVA ou acrílica 30 dias Cimento ou cal 1 semana Esmaltes ou Vernizes 60 dias Epóxi ou Borracha Clorada Base seca (Avaliar) Argamassas de cal PVA ou acrílica 60 dias Madeira Esmaltes ou Vernizes Base seca (Avaliar) PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI A tinta epóxi É um tipo de pintura que apresenta alta qualidade e espessura em comparação aos outros tipos de tinta. Seu uso não está restrito somente ao piso podendo ser utilizada em paredes e outros tipos de superfícies. É um tipo de tinta de aplicação simples e prática, seu tempo de cura é muito rápido e sua utilização no piso proporciona alta resistência suportando um tráfico intenso e variações de temperatura. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI A tinta epóxi Outras atribuições da tinta epóxi é a impermeabilidade, um acabamento liso, brilho intenso (existem outros tipos de acabamentos) e facilidade de limpeza e manutenção da superfície. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI O revestimento epóxi É o resultado da mistura de um plástico termofixo que ao receber a adição de um agente catalizador ou endurecedor - a resina epóxi - se auto nivela sobre o piso e enrijece. O tempo de cura do revestimento epóxi é mais demorado e sua aplicação resulta em uma superfície completamente nivelada, lisa, brilhante (existem outros tipos de acabamentos), sem rejuntes, impermeável, altamente resistente, de fácil limpeza e manutenção. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI O revestimento epóxi Sua aplicação poder ser realizada sobre outros tipos de revestimentos e esta restrita somente aos pisos não sendo apta para paredes. É um material que pode ser utilizado em todos os ambientes internos da casa, até mesmo em áreas molhadas como o banheiro. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI Onde está a diferença A principal diferença entre a tinta epóxi e o revestimento epóxi esta na composição e espessura dos materiais. Apesar de ambos produtos serem a base de resina epóxi a pintura apresenta uma espessura muito mais fina e a aplicação de duas ou três demãos do material irá atingir a espessura máxima de 0,3 mm. Essa cobertura leve fornece um bom acabamento mas não é capaz de nivelar o piso e cobrir as imperfeições fazendo com que qualquer relevo ou depressão continue aparente sob a camada de pintura. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI Onde está a diferença Já o revestimento epóxi é aplicado através de camadas - pimer, selador, capa de regularização, produto, acabamento - e sua espessura pode chegar a alcançar até 5 mm, nivelando o piso, corrigindo defeitos e ondulações e conferindo ao ambiente uma superfície totalmente lisa e nivelada. O revestimento epóxi é muito mais caro do que a pintura epóxi. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI Quando utilizar a tinta epóxi A pintura epóxi é uma tinta propriamente dito e ira conferir ao piso uma boa cobertura, não sendo obrigatoriamente necessário nivelar o piso antes da aplicação, como os rejuntes do revestimento cerâmico por exemplo. Claro que, com esse recurso é importante ter em conta que as imperfeições, relevos e sulcos da superfície ficarão aparentes - e ainda mais evidentes se a tinta utilizada tiver um acabamento brilhante. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI Quando utilizar a tinta epóxi A tinta epóxi se apresenta como uma ótima alternativa, barata e simples, para pintar azulejos e pisos cerâmicos do banheiro e cozinha, devido a sua resistência a umidade, e também assoalhos de madeira assim como podemos ver no exemplo acima. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI Quando utilizar o revestimento epóxi Ao optar pelo revestimento epóxi tenha em conta que você estará aplicando um novo piso no ambiente e não uma simples pintura por isso o processo de preparação e aplicação do produto é muito mais primoroso tanto em questão de mão de obra quanto tempo de secagem e cura do produto que é de 2 dias para a secagem e 7 dia para receber o peso dos móveis. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI Revestimento epóxi O porcelanato líquido pode ser aplicado com uma grande variedade de cores e acabamentos. Além das cores é possível escolher desenhos e padrões 3D para estampar o piso e também optar por um acabamento com auto brilho, mate ou fosco. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI Revestimento epóxi Irá criar uma nova aparência e cobertura sobre o piso, elevando seu volume em até 5 mm, e dessa forma nivelando o piso. Está apto para ser utilizado em todos os cômodos da sua casa sem apresentar nenhum tipo de problemas. PINTURA EPÓXIX REVESTIMENTO EPÓXI Revestimento epóxi O porcelanato líquido pode ser aplicado sobre uma grande quantidade de materiais como cerâmica, porcelanato, ardósia, pedras naturais, contrapiso e cimento. É importante que a superfície esteja limpa e livre de imperfeições. Não há necessidade de emassar o rejunte do piso anterior já que, por ser um piso autonivelante esse pequeno desnível será compensado com o próprio produto. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI Revestimento epóxi A aplicação do porcelanato líquido sobre pisos de madeira não é recomendada. O material deve ser aplicado somente em áreas internas e protegidas da incidência do sol e intempéries. A resina epóxi não é resistente aos raios UV e a exposição ao sol pode fazer com que o piso perca sua cor e brilho. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI Revestimento epóxi O porcelanato é um revestimento que não possui juntas de dilatação o que confere um visual mais bonito e contínuo, fato esse que também facilita a limpeza dos ambientes. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI Revestimento epóxi O porcelanato líquido é um material extremamente resistente que dificilmente irá riscar se você tomar alguns cuidados especiais. Caminhar sobre ele não causará dano algum mas evite arrastar cadeiras ou móveis pesados sem proteções de feltro na base. Se a intenção é aplicar o revestimento em áreas úmidas é importante certificar-se de que será utilizada a técnica correta que torna o piso antideslizante. PINTURA EPÓXI X REVESTIMENTO EPÓXI Revestimento epóxi A aplicação em superfícies verticais ou no teto não seria possível pois o material escorreria e o nivelamento seria impossível. O porcelanato líquido é um revestimento e não um impermeabilizante. Sua aplicação deve ser feita em superfícies livres de imperfeições e umidade. SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO Conjunto de produtos e serviços destinados a conferir estanqueidade a partes de uma construção. NBR 9575:2003 ESTANQUEIDADE Propriedade de um elemento (ou de um conjunto de componentes) de impedir a penetração ou passagem de fluídos através de si A sua determinação está associada a uma pressão limite de utilização (a que se relaciona com as condições de exposição do elemento) NBR 9575:2003 IMPERMEABILIDADE Propriedade de um produto de ser impermeável. A sua determinação está associada a uma pressão limite convencionada em ensaios específicos IMPERMEÁVEL – Produto (material ou componente) impenetrável por fluídos NBR 9575:2003 IMPERMEABILIZAÇÃO Conjunto de operações e técnicas construtivas (serviços) que objetivam proteger as construções contra a ação deletéria de fluídos, vapores e umidade. O produto (conjunto de componentes ou o elemento) resultante destes serviços. Geralmente a impermeabilização é composta de um conjunto de camadas com funções específicas. NBR 9575/2003 O PRINCIPAL FLUÍDO ATUANTE É A ÁGUA, CUJA SOLICITAÇÃO PODE SE DAR DE FORMAS DISTINTAS: COMO PROTEGER???? Evitar contato com o elemento Permitir o contato, impedindo a penetração da água SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO REGULARIZAÇÃO DAS SUPERFÍCIES Caimentos devem ser de no mínimo 1% (NBR 9574) Nos rodapés, muros e paredes a regularização deve subir de 30 a 40 cm do piso acabado SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO BASE Responsabilidade na definição de algumas das exigências do sistema de impermeabilização, em função de: • Grau de fissuração • Deformabilidade em função das cargas • Movimentação térmica • Geometria SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO CAMADA DE REGULARIZAÇÃO Tem a função de regularizar o substrato (base), proporcionando uma superfície uniforme de apoio adequado a camada impermeável. Deve possuir uma certa declividade (mínimo 1%) quando for necessário. NBR 9575/2003 Tem a função de promover a barreira contra a passagem da água SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO CAMADA IMPERMEÁVEL NBR 9575/2003 SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO Argamassa de cimento e areia PROTEÇÃO MECÂNICA Função de absorver e dissipar esforços atuantes por sobre a camada impermeável, de modo a protegê-la contra a ação deletéria destes esforços NBR 9575/2003 SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO PROTEÇÃO TÉRMICA Função de reduzir o gradiente térmico atuante sobre a camada impermeável Aumenta a vida útil da camada impermeável SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO PROTEÇÃO TÉRMICA Recomendável em áreas sob ação intensiva das intempéries (sol, chuva, neve, geada, ...) Argamassas com pérolas de isopor ou vermiculita, chapas de poliestireno expandido Função de apoio e proteção da camada impermeável contra agressões provenientes do substrato SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO CAMADA DE BERÇO Mesma função da camada de proteção mecânica (pelo lado de baixo), mas utilizada em conjunto com a camada de berço SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO CAMADA DE AMORTECIMENTO CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO Rígidos: • Baixa capacidade de absorver deformações da base (principalmente deformações concentradas como fissuras e trincas) Flexíveis: • Suportam deformações da base com amplitudes variáveis (em função do sistema de impermeabilização), inclusive fissuras e trincas. • Sem reforços; • Reforçados (com materiais resistentes à tração) CLASSIFICAÇÃO • RÍGIDOS Concreto “impermeável” Argamassa “impermeável” • Com aditivos “impermeabilizantes” • Sem aditivos • Argamassa com hidrofugantes (repele a água) • Argamassas poliméricas (aditivadas com polímeros) • Cimentos impermeabilizantes e polímeros • Cimentos impermeabilizantes e líquidos seladores • Bloqueadores hidráulicos Cimentos poliméricos e cristalizantes Cimentos cristalizantes Argamassas poliméricas CLASSIFICAÇÃO • RÍGIDOS Selam os poros do concreto Revestimento impermeável Nas impermeabilizações RÍGIDAS a camada estanque é aplicada diretamente sobre a base e geralmente sem outras camadas complementares CLASSIFICAÇÃO • RÍGIDOS • Asfálticas • Poliméricas • Elastoméricas (Neoprene, Hypalon) • Acrílicas Membranas (moldadas no local) CLASSIFICAÇÃO • FLEXÍVEIS • Asfálticas • Poliméricas • Elastoméricas (butílicas, EPDM) • Plásticas (PVC, PEAD) Mantas (pré-formadas) CLASSIFICAÇÃO FLEXÍVEIS - MEMBRANAS Asfálticas • A quente (asfalto oxidado fundido) • A frio (emulsão asfáltica) • Solução asfáltica modificada com polímeros (geralmente a frio) Acrílicas • Sem adição de cimento • Com adição de cimento Elastoméricas • Neoprene, Hypalon CLASSIFICAÇÃO FLEXÍVEIS - MANTAS Asfálticas • Estruturadas • Não estruturadas Poliméricas • PVC • PEAD Elastoméricas (borrachas) • Butílicas • Hypalon • EPDM CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO Pré-fabricadas Moldadas no Local Espessura definida e controlada Espessura variável Aplicação normalmente em única camada Aplicação em camadas superpostas Maior velocidade de aplicação e maior rendimento de mão de obra Menor velocidade de aplicação e maior custo de mão de obra Maior facilidade de controle de aplicação Maior dificuldade Maior dificuldade em áreas com muitas interferências Maior facilidade de aplicação em áreas com muitas interferências CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO De acordo com a aderência ao substrato • aderido ao substrato • parcialmente aderido • não aderido COMO ESCOLHER O SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO? REQUISITOS E CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO Complexidade da superfície Inclinação da superfície Interferência com instalações Pressão hidrostática Frequência da umidade Exposição ao sol Exposição a cargas Movimentação da Base Fissuração da base Extensão da aplicação Custos Durabilidade Espessura Confiabilidade CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS Custo inicial Vida útil e garantias Resistência mecânica Resistência à intempéries Flexibilidade (capacidadede absorver deformações) Forma de aplicação Possibilidade de reparo PRINCIPAIS SITUAÇÕES QUE EXIGEM IMPERMEABILIZAÇÃO EM EDIFICAÇÕES PRINCIPAIS APLICAÇÕES FUNDAÇÕES E CORTINAS • Membranas e mantas asfálticas • Membranas poliméricas • Impermeabilizações rígidas PRINCIPAIS APLICAÇÕES CAIXAS D’ÁGUA E PISCINAS • Impermeabilizações rígidas (exceto caixas d’água elevadas) • Membranas poliméricas • Mantas poliméricas • Mantas asfálticas (exceto para caixas d’água potáveis) PRINCIPAIS APLICAÇÕES COBERTURAS E ÁREAS EXTERNAS • Mantas e membranas asfálticas • Mantas e membranas poliméricas PRINCIPAIS APLICAÇÕES ÁREAS INTERNAS DE EDIFÍCIOS • Membranas poliméricas e asfálticas • Mantas asfálticas • Argamassas poliméricas PRINCIPAIS APLICAÇÕES ARGAMASSAS E CIMENTOS POLIMÉRICOS Para solicitações de água de percolação: Uso em banheiros, cozinhas e varandas de edifícios PRINCIPAIS APLICAÇÕES ARGAMASSAS E CIMENTOS POLIMÉRICOS PRINCIPAIS APLICAÇÕES MANTAS PRÉ-MOLDADAS ASFÁLTICAS Manta PP Camadas: Polietileno Asfalto oxidado estruturado com fibras Polietileno Soldagem com maçarico a gás Manta AA Camadas: Partículas de areia Asfalto oxidado estruturado com fibras Partículas de areia Soldagem com asfalto fundido a quente Manta PP Manta AA MANTA ASFÁLTICA PP – SUPERFÍCIES COM POLIETILENO Antes da aplicação da manta aplica-se uma demão de primer de emulsão asfáltica (a frio) MANTA ASFÁLTICA PP – SUPERFÍCIES COM POLIETILENO Sobre o primer, com o maçarico, vai se desenrolando a manta MANTA ASFÁLTICA PP – SUPERFÍCIES COM POLIETILENO Depois da aplicação da manta, antes da camada de proteção mecânica, deve-se testar a estanqueidade do sistema As emendas das mantas, com sobreposição de 10cm, são aderidas pela fusão do asfalto com o maçarico MANTA ASFÁLTICA PP – SUPERFÍCIES COM POLIETILENO As mantas devem subir 30 a 40 cm nos planos verticais e devem ser arrematadas de forma correta. MANTA ASFÁLTICA AA – ASFALTO FUNDIDO A QUENTE AA - Areia em ambas as faces, para colagem com asfalto oxidado elastomérico Bobinas com 1m de largura e 10m de comprimento MANTA ASFÁLTICA AA – ASFALTO FUNDIDO A QUENTE Sobre a regularização aplica-se uma demão de primer (emulsão asfáltica) MANTA ASFÁLTICA AA – ASFALTO FUNDIDO A QUENTE A manta é aderida ao substrato através de uma camada de asfalto fundido a quente. MANTA ASFÁLTICA AA – ASFALTO FUNDIDO A QUENTE Aplica-se 1 demão de asfalto com 2 mm de espessura, simultaneamente desenrola- se a manta sobre a superfície do asfalto. MANTA ASFÁLTICA AA – ASFALTO FUNDIDO A QUENTE As emendas das mantas, com sobreposição de 10cm, recebem um banho de asfalto modificado para obter perfeita vedação. MANTA ASFÁLTICA AA – ASFALTO FUNDIDO A QUENTE Depois da aplicação da manta, antes da camada de proteção mecânica, deve-se testar a estanqueidade do sistema. https://www.youtube.com/watch?v=hJ8uONzVBXU MANTAS PRÉ-MOLDADAS PVC Para impermeabilizações de alto desempenho Fabricadas de compostos de PVC com aditivos plastificantes, estabilizadores, etc Flexibilidade, resistência química e resistência aos raios ultravioleta Sistema muito durável e de longa vida útil (2 vezes a das mantas asfálticas). MANTAS PRÉ-MOLDADAS PVC Podem ser aderidas ou não ao substrato Fornecidas em rolos de 1,40 a 2,20 m de largura Emendas por termofusão MANTAS PRÉ-MOLDADAS PEAD Laminadas flexíveis de Polietileno de Alta Densidade Possuem alta resistência à tração e química a ácidos, bases, sais e solventes orgânicos e inorgânicos Oferecem alto grau de segurança de impermeabilidade MANTAS PRÉ-MOLDADAS PEAD Lagoas de tratamento de efluentes líquidos Aterros sanitários Lagoas Canais e reservatórios para tratamento de água e esgotos Impermeabilização de reservatórios em concreto Impermeabilização de túneis MANTAS PRÉ-MOLDADAS EPDM São mantas de borracha (espessura 0,8mm) Muito duráveis, resistindo bem à umidade, álcalis aos ácidos e ao envelhecimento Suportam alongamentos de até 400% MANTAS PRÉ-MOLDADAS EPDM Aplicadas sobre um primer de emulsão asfáltica com borracha As juntas são coladas através de fita e colas Os encaixes para as tubulações emergentes e ralos podem ser de peças pré-fabricadas específicas MANTAS PRÉ-MOLDADAS EPDM Tem maior custo que as mantas asfálticas mas tem desempenho superior de durabilidade e eficiência Colagem de emendas com fitas Arremates préfabricados para ralos MANTAS PRÉ-MOLDADAS EPDM Camada de berço (placas de espuma de poliuretano) Manta de EPDM Contrapiso de regularização com “brita leve MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL ASFALTO ELASTOMÉRICO APLICADO A QUENTE O espalhamento do asfalto fundido sobre a superfície é feito com desempenadeira metálica ou esfregão MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL ASFALTO ELASTOMÉRICO APLICADO A QUENTE Após o esfriamento forma-se a membrana flexível e contínua de asfalto. Como reforço estruturante usa-se feltro asfáltico. MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL EMULSÃO ASFALTICA APLICADA A FRIO Asfalto diluído (com ou sem elastômeros) na forma de emulsão é aplicado sobre a superfície a ser impermeabilizada. MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL EMULSÃO ASFALTICA APLICADA A FRIO É necessária a aplicação de várias demãos (5 a 7) para se conseguir a espessura adequada. MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL EMULSÃO ASFALTICA APLICADA A FRIO Técnica usual para impermeabilização de baldrames e blocos de fundações. MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL ASFALTO ELASTOMÉRICO APLICADO A FRIO O asfalto diluído é aplicado em várias demãos, 3 ou 4, intercaladas com estruturantes colocados após a 2ª demão. MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL EMULSÕES ACRÍLICAS APLICADO A FRIO Emulsões acrílicas puras ou estirenadas estruturadas por tela de poliéster ou poliamida Tipos: • Sem adição de cimento (NBR 13321) • Com adição de cimento (MAI) MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL EMULSÕES ACRÍLICAS APLICADO A FRIO Forma de aplicação semelhante a das emulsões asfálticas Alcançam 1,5 mm de espessura com cerca de sete demãos MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL EMULSÕES ACRÍLICAS APLICADO A FRIO Tela de poliéster MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL EMULSÕES A BASE DE CIMENTO MAI Cimentos poliméricos e cristalizantes em conjunto com aditivos e agregados minerais, formam uma camada de revestimento semi-flexível e impermeável Banheiros MEMBRANAS MOLDADAS NO LOCAL EMULSÕES A BASE DE CIMENTO MAI Após a 3 demãos deve-se aguardar 72 h para cura do revestimento, antes do teste de estanqueidade Revestimentos cerâmicos podem ser aplicados diretamente sobre a impermeabilização, sem a necessidade de chapisco ou proteção mecânica https://www.youtube.com/watch?v=KHaNvY2swMw Até a próxima aula!
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