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Micoses superficiais: Fungos filamentosos Hifas multicelulares Pitiríase Versicolor: “Pano branco” Malassezia furfur Levedura lipofílica Encontrada como saprobiota da pele em 90 % das pessoas. Predomina em áreas ricas em glândulas sebáceas (couro cabeludo, face, tronco superior) pois utilizam ácido graxo para nutrição. Em grande quantidade, estão associadas a hifas rudimentares, ou pseudo-hifas. Inibe ácido azelaico, que é usado para formação da melanina, podendo ter lesão de várias cores. Epidemiologia: é universal, mas predomina em locais quentes e úmidos. Acomete mais após puberdade, pois glândulas sebáceas estarão mais desenvolvidas Pode ter predisposição genética à infecção. Clínica: Costuma ser lesões assintomáticas, caracterizadas por manchas ou maculas confluentes, de cor variável (por inibir ácido azelaico). Pode ser hipocrômica (em paciente com pele pigmentada), eritemtosas ou hipercromicas acastanhadas (pacientes brancos). Apresenta uma descamação fina (furfurácea) ao raspar a pele com a unha (sinal da unha ou Bernier) ou ao esticar a pele (sinal de Zileri). Acomete áreas sebáceas, como facie, tronco, couro cabeludo (fonte principal do fungo) e membros na parte proximal. Couro cabeludo costuma ser afetado, mas normalmente lesão é imperceptível. A hipocromia da pitiriase é explicada não só pela barreira aos raios U, mas também pela produção de ácidos dicarboxilicos (cido azelaico) pelo fungo, que inibe a tionidase (enzima responsável pela formação da melanina) Diagnostico: suspeita clinica pelo exame de luz de Wood (fluorescência rósea-dourada característica). Confirmado pelo micológico direto, pelo raspado das lesões (elementos leveduriformes e hifas curtas e largas, observados após preparação com KOH 10%) Tratamento: geralmente tópico, tratando o couro cabeludo, por ser a principal fonte do fungo, e lesões cutâneas. Sulfeto de selênio a 2,5% sob forma de xampu (enxaguar após 15 min) e nas lesos por 4 semanas. Outras opções são: antifúngicos imidazólicos tópicos, como o tioconazol 1% loção, ou isoconazol 1% loção, ou o cetoconazol 2% creme. Em casos mais extensos ou resistentes, usa-se antifúngico sistêmico, como Cetoconazol 200 mg/dia VO por 10 dias, ou itraconazol 200 mg/dia por 5 dias, ou fluconazol 150 mg/semana por 3 dias. Avaliar função hepática antes de iniciar VO e interações medicamentosas. Piedra Negra: Piedraia hortai Comum na amazonia Acomete couro cabeludo e barba Envolve todo o fio do cabelo Tratamento: corte de cabelo e antifúngico tópico Piedra Branca: Trichosporum beigeli Acomete couro cabeludo, barba, axial e genital Envolve todo o fio do cabelo Fica aderida ao cabelo, se puxar, quebra o fio, mas não sai. Tratamento: corte de cabelo e antifúngicos tópicos Dermatofitoses (tineas) Acomete camada externa da pele, cabelos e unhas Diagnostico: clinica + Lampada de wood (terá cor esverdeada) + Micológico direto (com KOH 10%) Ao micológico direto, conseguimos diferenciar a partir do conidióforo, os tipos de Tineas: Microsporum sp.; Trichophyton sp.; Epidermophyton sp. Tinea Captis: Acomete couro cabeludo, fazendo alopecia focal Acomete mais crianças. Microscópica: área de alopecia única e grande Kerium: placa mais infiltrada, com algumas pústulas, dolorosas. Tricofitica: pequenas áreas de alopecia múltiplas Tinea Favosa: forma-se crostas em formato de cratena (depressão central) Alopecia será permanente se não tratado precocemente. Tratamento: antifúngicos sistêmicos, com Grisefulvina ou Terbinafina. Tinea Corporis: “Impingem” Formato anular, eritematoso, pode ter descamação e vesícula, bastante pruriginosa Tinea Cruris: Em região inguinocrural Bastante pruriginosa Diagnostico diferencial com candidíase Não acomete região escrotal Tratamento: antifúngico tópico se pequena. Sistêmico se acometimento maior. Tinea Pedis (intertrigo): Pode acometer a planta do pé, terá descamação. Pode acometer região interdigital, onde terá maceração, fissuras (pé de atleta). Serve de porta de entrada para infecções bacterianas. Tratamento: antifúngicos tópicos Tinea ungueum (onicomicose): Acometimento das unhas. Lâmina ungueal, ficando mais espessa, amarelada, podendo soltar, fica mais quebradiça. Tratamento: antifúngico tópico (esmalte) + antifúngicos sistêmico por > 4 meses. Tratamento por tempo prolongado Candidiase: Candida albicans em 80% dos casos É um comensal, e quando um fator predisponente (quebra de barreiras e imunossupressão), causa infecção oportunista Formas de apresentação: · Forma oral: facilmente removível com espátula · Forma intertriginosa: pode acometer axilar, inframamárias, ou região inguinal. · Forma genital: corrimento esbranquiçado, prurido intenso. Diagnostico: clinica + micológico direto com KOH 10% Tratamento: antifúngico tópico ou sistêmico. Micoses Subcutâneas: Mais infiltrado. Esporotricose: Sporotrix schenckii Principalmente por arranhadura ou mordedura de gatos. Formas: · Forma cutaneolinfática: mais comum, 80% dos casos. Segue os trajetos da corrente linfática (linfofangite em rosário), forma gomas, podendo fistulizar. · Forma extracutânea (ossos): por aspiração ou ingestão dos fungos Diagnostico: micológico direto + cultura + biopsia Na biopsia: corpos asteroides Micológico direto: esporo em formato de charutos ou redondos Tratamento: antifúngicos sistêmicos Cromoblastomicose / cromomicose: Brasil é o pais que mais tem número de casos Inoculação traumática direta Fonsecae pedroso Produz pigmento acastanhado Clinica: placas verrugosas com pontos pretos Diagnostico: Micologico direto + cultura + biopsia No micológico direto: corpos moriformes (formato de amora) Tratamento: antifúngicos sistêmicos + cirurgia para retirada Lobomicose: Brasil é o pais que mas tem números de casos Inoculação traumática direta Loboa loboi “doença de Jorge lobo” Clinica: nódulos queloidianos Acomete mais lobos auriculares e extremidade Diagnostico: micológico direto + biopsia Não cresce em meio de cultura No micológico direto: dupla parede; de mesmo tamanho; e tem disposição em cadeia Tratamento: cirurgia. Micetoma: Acontece mais em zonas tropicais e subtropicais Inoculação traumática direta Clinica: lesões infiltrativas, pouco dolorosas . Aumento do volume; fistulas; e eliminação de grãos. Dependendo da coloração dos grãos, vamos suspeitar dos agentes Se branco/amarelo: infecção bacteriana Vermelho: infecção fúngica Preto: infecção fúngica Tratamento: Se infecção bacteriana: antibiótico sistêmico por até 1 ano Se infecção por fungos: antifúngico sistêmico por 6 meses Micose profunda: Paracoccidioidomicose: Também conhecida como Blastomicose sul-americana Aquisição é por via inalatória No tecido, terá processo granulomatoso crônico. Etiologia: Fungo dimórfico Duas principais espécies no Brasil é o P. brasiliensis e p P. lutzii Fator de risco: Profissões ou atividades relacionadas ao manejo do solo contaminado com o fungo, como atividade agrícolas Fisiopatogenia: Conídios entram por via inalatória Posso resolver a infecção fazendo um granuloma, persistindo assintomático. Depois de um longo tempo, pode reativar, acometendo trato respiratório e outros órgãos Reativação da doença, fazendo doença disseminada, podendo ter ou não trato respiratório. Pode ter disseminação linfo-hematogenica Fatores de risco para reativação da doença: · Tabagismo · Etilismo · Sexo masculino Apresentações clinicas: Forma aguda/juvenil: · Quadro grave ou moderado. · Acometimento entre homens e mulheres é igual · Acontece em < 30 anos · Ativação recente · Adenomegalias · Hepatoesplenomegalia · Vários acometimentos ganglionares · Pode ter acometimento ósseo · Adenomegalia que fistuliza Forma crônica/adulto: · Unifocal ou multifocal · Mais em homem que mulher · Relacionado a tabagismo e etilismo · Reativação depois de anos · Acometimento mais em pulmão: acometimento intersticial, bilateral, em área de borboleta, pode ter lesão cavitada. · Diagnostico diferencial com tuberculose. · Estomatite moriforme (lesão em amora na cavidade oral) · Pode ter neuroparacoccidioidomicos Diagnostico: Pesquisa dieta em escarro ou biopsia: · Leveduras multibrotantes · Forma de Mickey mouse Também manda para cultura Também sorologia: importante para diagnostico e acompanhamento. Tratamento: Intraconazol Pode usar Anfotericina B em formas graves Pode usar Sulfadiazina Pode usar Cotrimoxazol Tempo prolongado, de 1 a 2 anos
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