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Algumas informações são essenciais para o planejamento de um jardim, entre elas o fim a que se destina e a mensagem a ser transmitida. “Às vezes, um jardim está cheio de plantas com flores e outros elementos decorativos, mas não chega a agradar as pessoas. [...] A mensagem diz respeito às emoções que se procura transmitir: paz, amor, relaxamento, descanso etc.” (LIRA FILHO, 2002, p. 145). Ritmo, equilíbrio e simetria são princípios estéticos que orientam a composição no jardinismo e auxiliam na comunicação entre autor e observador (usuário). Descreva-os e exemplifique como podem ser utilizados na escolha e arranjo dos tipos de plantas e demais elementos de projeto, para que o jardim interno possa ser considerado uma verdadeira obra de arte. LIRA FILHO, J. A. de. Paisagismo: elementos de composição e estética. Viçosa, MG: Aprenda Fácil, 2002. UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI Ana Maria Depintor Jardinismo de Interiores Bloco 1 – Atividade 1 São Paulo, 2020 “Nos dias de hoje o paisagismo virou sinônimo de qualidade de vida“ Benedito Abbud EQUILÍBRIO O equilíbrio de uma composição é definido pela graduação e distribuição dos pesos visuais dos elementos. O modo como é estabelecido o equilíbrio, interfere muito no dinamismo visual . Intimamente ligado a proporção, o equilíbrio consiste na combinação dos elementos do jardim de maneira a oferecer estabilidade. Vale lembrar que a interação entre princípios: cor, dimensões, texturas, formas, etc. entra em jogo para a busca do equilíbrio. O peso, neste contexto, é a atratividade visual dos elementos e composições. A simetria induz a sensações como severidade, grandiosidade, poder, luxo. – composições assimétricas ou dinâmicas são mais cheias de contrastes, mais vivas, quentes. Neste, o eixo de simetria não é nitidamente perceptível. Fazendo uma analogia a balança de pratos, é como equilibrá-la usando de um lado um objeto e do outro uma série de objetos diferentes, cujo somatório de pesos seja igual ao do primeiro. Ex.: Uso de plantas de porte mais alto de um lado do jardim pode ser equilibrado pelo uso de plantas mais volumosas do outro. Construções mais altas, exigem plantas de porte mais elevado para `equilibrar ´e ao mesmo tempo fazer a transição para plantas de menor porte. O equilíbrio é obtido também, além da variação do tamanho, entre as massas, pela distância que separa uma das outras e a tonalidade. O equilíbrio é dinâmico pois varia de acordo com o ponto de vista do observador. Em composições livres ou assimétricas, o equilíbrio é proporcionado por elementos de dimensões diferenciadas em proporções adequadas. Jardim interno apresentando equilíbrio assimétrico. Nas bordas, pedras, em seguida arbustos mais baixo, seguindo de arbustos mais altos e terminando numa linda árvore. Outra composição assimétrica onde vemos a árvore com galhos finos e alta fazendo um contraponto com uma pedra larga e baixa. - composições simétricas ou estáticas são mais cheias de semelhanças, frias, relaxantes. O equilíbrio é dado pela simetria dos elementos, ele resulta da disposição em torno de um eixo vertical ou longitudinal de simetria na composição. É como se um lado de um eixo representasse a imagem especular do outro lado. Invertendo os componentes em relação ao eixo, a composição resultante seria idêntica a primeira. É como o equilíbrio de uma balança de pratos iguais e em mesmo número de cada lado. Responsável pela sensação de estabilidade oferecida por uma composição presente no campo visual. Toma-se como base uma linha vertical central ao campo a ser trabalhado, que funcionará como eixo. Podem ser também estudadas a linha horizontal que divida o campo em metades iguais, ou linhas radiais que divida o campo em setores. Na imagem deste jardim interno observamos uma simetria proposital. Um caminho divide os dois grupos em eixos iguais Jardim Interno com simetria na composição da vegetação RITMO Este princípio refere-se à sucessão dos elementos no jardim, conduzindo inteligentemente a vista do observador para certos pontos que são os centros de atenção. A repetição de formas e cores em intervalos regulares pode levar a vista do observador a percorrer o campo visual sequencialmente de um centro de atenção para o seguinte. Entretanto, deve-se ter a precaução para evitar a monotonia, o cansaço visual ou a irritação por excesso de repetições. A repetição sistemática dos elementos é o ritmo, e deve produzir variedade e unidade. Em uma composição formal, o ritmo pode ser observado pelo plantio de árvores de uma mesma espécie alinhadas, em espaçamentos iguais. No caso de duas espécies diferentes, intercaladas, o ritmo seria diferente. Ritmo com repetição simples Ritmo com repetição de grupo Para se dar ritmo na paisagem basta repetir elementos iguais ou parecidos. Esse ritmo pode variar desde uma simples e simétrica alameda até um conjunto de árvores livremente espacejadas, de espécies diferentes, mas com características comuns (na cor da floração, no tipo de folha etc.). Basta observar com um pouquinho de atenção para perceber que o ritmo, na própria natureza, não se mantém em padrões rígidos (uma praia nunca é igual à outra, por exemplo). E para que não se incorra em monotonia na repetição de elementos, sugere-se que em certos pontos da sequência se faça uma mudança na continuidade. Referências José Augusto de Lira Filho. PAISAGISMO: ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO E ESTÉTICA – Volume 2. Viçosa-MG.pág 129 Paiva.P.D.O, PAISAGISMO: CONCEITOS E APLICAÇÕES. www.docsity.com/pt/estudos-para-projetos-em-paisagismo-affonso-henrique-lima-zuin-1-pd-muito-bom-livro/4742418/
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