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APOL ANÁLISE DE TEXTOS LITERÁRIOS

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APOL ANÁLISE DE TEXTOS LITERÁRIOS: PROSA E POESIA
Questão 1/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere o seguinte extrato de texto:
“[...] O que é um personagem? Um ser construído por meio de signos verbais, no caso do texto narrativo escrito, e de signos verbi-voco-visuais, no caso de textos de natureza híbrida como as peças de teatro, os filmes, as novelas de televisão etc. As personagens são, portanto, representações dos seres que movimentam a narrativa por meio de suas ações e/ou estados”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FRANCO JÚNIOR, Arnaldo. Operadores de leitura da narrativa. In: BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (Orgs.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 3. ed. Maringá: Eduem, 2009. p. 38.
Levando em conta o extrato de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a propagação do estudo da personagem, no Brasil, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que aponta corretamente a obra que, reunindo diversas reflexões sobre esse componente da ficção no final dos anos 60 do século XX, destaca-se por seu pioneirismo:
Nota: 10.0
	
	A
	A obra que primeiramente divulgou os estudos da personagem, no Brasil, tem como 
título justamente A personagem, de Beth Brait.
	
	B
	O livro A personagem de ficção, que traz os estudos de Antonio Candido e de outros
 autores sobre o tema, é também reconhecido por seu pioneirismo.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), pois: “A difusão do estudo da personagem,
 no Brasil, contou com iniciativa pioneira, no final dos anos 1960, resultado das atividades
 docentes de um grupo de professores ao longo daquela década. Data de 1968 o prefácio, 
assinado por Antonio Candido, para a coletânea que o teórico organizou sob o título A personagem 
de ficção [...]. Além do enfoque literário, destaca-se abordagem da personagem no teatro e 
da personagem cinematográfica, enriquecendo o painel com a possibilidade de paralelos. O
 ensaio dedicado à personagem romanesca traz notícia do estado da crítica sobre esse componente 
da ficção e reflexões sobre sua composição pertinentes ainda hoje” (livro-base, p. 72).
	
	C
	A obra As estruturas narrativas, de Tzvetan Todorov, foi a primeira a divulgar os estudos
 sobre a personagem de ficção em solo brasileiro.
	
	D
	No Brasil, o livro responsável pela difusão do estudo da personagem, chama-se Introdução
 à análise da narrativa, de Benjamin Abdala Júnior.
	
	E
	A formação da literatura brasileira, de Antonio Candido, foi o primeiro livro a divulgar
 um estudo sistemático sobre a personagem de ficção no Brasil.
Questão 2/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Examine o seguinte trecho de texto:
“A principal causa, porém, de alongamento da temporalidade do discurso narrativo em relação à temporalidade diegética consiste na possibilidade que o narrador detém de instaurar uma espécie de narrativa segunda que se vem enxertar na diegese primária – ou, talvez melhor, que nasce dessa diegese primária e que se desenvolve, por vezes, dentro dela como uma espécie de metástase diegética [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 758.
Tendo por referência o trecho de texto citado e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o procedimento no qual o narrador introduz comentários, fazendo com que o tempo da diegese pare e o tempo do discurso narrativo seja alongado, examine as opções e aponte a alternativa que nomeia corretamente tal procedimento:
Nota: 10.0
	
	A
	Flashback.
	
	B
	Fluxo de consciência.
	
	C
	Prolepses.
	
	D
	Sumário.
	
	E
	Digressão.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois: “Outro procedimento qualificado como ‘artifício
 de importância’ é o ‘longueur propositado’ [...], isto é, o desdobramento excessivo de um 
espaço temporal, que se estende para além do que seria sua extensão cronológica. Nessa
 altura aparece a referência à digressão, procedimento buscado nas narrativas antigas, junto
 com o ‘episódio inserido [...] é a fábula dentro da fábula’, não mais como elemento decorativo,
 ‘enfatizando a sua relação com a passagem do tempo ficcional’ [...]. As digressões de Machado
 de Assis não passam despercebidas nem ao leitor pouco atento, por vezes aparecendo em poucas 
palavras, por vezes ocupando todo um capítulo [...]” (livro-base, p. 177,178).
Questão 3/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para a citação:
“[...] o contrato da ficção não exige um corte radical e irreversível com o mundo real, podendo (devendo, até, de acordo com concepções teórico-epistemológicas de índole sociológica) o texto ficcional remeter ao mundo real, numa perspectiva de elucidação que pode chegar a traduzir-se num registro de natureza didática”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 154.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distinção entre narrativa ficcional e narrativa não ficcional, analise as assertivas que seguem e indique a alternativa que aponta corretamente uma das condições determinantes para tal distinção:
Nota: 10.0
	
	A
	O que determina a diferença entre os dois tipos de narrativa é a possibilidade de 
comprovação sobre a existência concreta de um determinado lugar.
	
	B
	Na prosa de ficção, as personagens são criadas pelo autor, isto é, não é possível encontrar
 registros documentais sobre elas fora do universo ficcional.
	
	C
	A intencionalidade do autor é determinante para a distinção entre a narrativa ficcional e
 a narrativa não ficcional.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está correta, tendo em vista que: “A primeira condição apontada 
como determinante da ficcionalidade é a intencionalidade. Algumas vezes, na prática analítica,
 dizemos que as intenções do autor pouco ou nada devem contar. Não é o caso quando se trata de
 qualificar uma obra como ficcional ou negar-lhe esse caráter: ‘entende-se que o fator primeiro da
 ficcionalidade é a colocação ilocutória do autor e o seu intuito de construir um texto na base de
 uma atitude de fingimento’ [...]. Mais uma vez, não podemos transportar o que é do cotidiano 
para a discussão sobre a criação artística. Nesse caso, não podemos transferir um juízo que é de 
um padrão de comportamento. Sempre nos ensinaram que o fingimento é uma atitude
 moralmente condenável, mas tal não vale para o ficcionista, que adota ou deve adotar
 deliberadamente o fingimento” (livro-base, p. 31). As demais alternativas estão incorretas, uma
 vez que tais assertivas não determinam o caráter ficcional ou não de uma narrativa.
	
	D
	A sequência cronológica dos fatos é determinante para que o leitor saiba se uma obra é 
ficcional ou não.
	
	E
	A biografia, bem como qualquer narrativa sobre uma ou mais personalidades históricas, 
não admite ficcionalidade, pois tratam de pessoas do mundo referencial que existiram em
 determinada época.
Questão 4/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Não têm sido poucas as tentativas de definir o que é poesia. Desde Platão e Aristóteles até os semânticos e concretistas modernos, insistem filósofos, críticos e mesmo os próprios poetas em dar uma definição da arte de se exprimir em versos, velha como a humanidade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MORAES, V. de. Sobre poesia. In: MORAES, V. de. Poesia completa e prosa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 96.
Considerando essas informações e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre as diferenças entre “poesia” e “poema”,assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	“Poesia” é a expressão em verso dos sentidos percebidos pelo poeta no mundo, nas 
coisas e nos seres.
	
	B
	“Poesia” e “poema” são conceitos similares, portanto, podem ser usados como sinônimos.
	
	C
	“Poesia” é um conceito abstrato e “poema” também, por configurar-se como expressão.
	
	D
	“Poesia” é a materialização do “poema”, pois se realiza enquanto texto formalizado por 
meio da linguagem.
	
	E
	“Poesia” é o elemento abstrato que pode ser indicado como percepção e como experiência
 no mundo, nas coisas e nos seres
Você acertou!
Comentário: “A poesia como elemento abstrato faz parte da percepção que podemos 
ter do mundo ao nosso redor” (livro-base, p. 45).
Questão 5/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Observe a passagem de texto:
“[...] no século XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa passou a dominar também a educação literária [...]. As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. Trad. de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Beca Produções Culturais Ltda., 1999. p. 84.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o gênero narrativo, sabe-se que, durante muito tempo, ele recebeu um tratamento diferenciado em relação aos chamados “gêneros clássicos”. Sendo assim, leia as afirmativas abaixo e sinalize a alternativa que aponta corretamente essa distinção:
Nota: 10.0
	
	A
	O romance foi considerado, desde a Antiguidade, um gênero nobre, diferentemente do
 gênero lírico, que passou a ser valorizado somente após a era vitoriana.
	
	B
	No século XVIII, as teorias sobre o gênero épico valorizaram qualitativamente o romance,
 já os estudos sobre os demais gêneros foram superiores em quantidade.
	
	C
	Na Grécia Antiga, o romance era considerado um gênero nobre, pois, além de ser 
produzido e consumido pela nobreza, apresentava reis e rainhas como protagonistas.
	
	D
	Ao contrário dos gêneros clássicos, lírico, épico e dramático, o gênero narrativo não 
foi objeto de reflexão teórica desde a Antiguidade.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (d) está certa, pois: “Voltemos à origem do gênero narrativo, que
 não é nobre, ao contrário dos gêneros clássicos, o lírico, o épico e o dramático, entendendo-se
 por nobreza, nesta passagem, o fato de ter sido produzido e ter sido objeto de reflexão teórica 
desde a Antiguidade” (livro-base, p. 38). Além disso, Wellek e Warren afirmam que: “‘A teoria 
e a crítica literárias concernentes ao romance são muito inferiores, tanto em quantidade como em
 qualidade, à teoria e à crítica sobre poesia’ [...]. Lembremos que essa afirmação é datada de pouco
 antes da metade do século passado” (livro-base, p. 39).
	
	E
	Até o classicismo, a teoria e crítica literárias sobre o romance eram superiores em
 quantidade e qualidade, se comparadas às que existiam sobre os demais gêneros.
Questão 6/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Leia os versos do poema a seguir:
A pequena praça
A minha vida tinha tomado a forma da pequena praça
Naquele outono em que a tua morte se organizava meticulosamente
Eu agarrava-me à praça porque tu amavas
A humanidade humilde e nostálgica das pequenas lojas
Onde os caixeiros dobram e desdobram fitas e fazendas [...].
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente o poema destacado, ele está disponível em:  Biblioteca Nacional de Portugal. A pequena praça. http://purl.pt/19841/1/galeria/poemas-de-amigos/poema12.html. Acesso em: 11 fev. 2017.
Considerando os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia, assinale a alternativa correta quanto ao tema central sobre o qual os versos do poema de Sophia de Mello Breyner Andresen se organizam.
Nota: 10.0
	
	A
	O amor é o tema central, pois o eu-lírico se declara apaixonado.
	
	B
	A morte de um ente amado é o tema que organiza o discurso do eu-lírico.
Você acertou!
Comentário: O eu-lírico declara que a iminência da morte de um ente amado o leva a tornar
 os espaços e gostos deste ente como definidores de sua existência. (livro-base, p. 201-203)
	
	C
	A desilusão amorosa é o tema central desenvolvido no poema.
	
	D
	A cidade como espaço de sofrimento é o tema do poema.
	
	E
	A fuga para o campo e a redescoberta da natureza é o tema do poema.
Questão 7/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere os versos do poema a seguir:
 "lá?
ah!
sabiá...
(…)
cá?
bah!”
Após esta avaliação, caso queira ler o poema integralmente, ele está disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/o-uso-parodias-suas-multiplas-formas-aplicacao.htm. Acesso em 20 maio 2018. 
Considerando os versos do poema acima e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia, assinale a alternativa que apresenta a figura de sonoridade marcada pela repetição da mesma vogal em diferentes versos de um mesmo poema.
Nota: 10.0
	
	A
	Onomatopeia.
	
	B
	Anáfora.
	
	C
	Aliteração.
	
	D
	Assonância.
Você acertou!
Comentário: Chama-se assonância a repetição da mesma vogal em diferentes posições em vários 
versos de um mesmo poema. (livro-base, p. 120)
	
	E
	Sinestesia.
Questão 8/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para os excertos do romance A última quimera:
“Quem um dia vivera perto de Augusto sofria sua falta. A Paraíba se tornou o fim do mundo após a partida de Augusto. Poucas semanas depois de me despedir dele no porto em Cabedelo, peguei o mesmo vapor e vim morar no Rio de Janeiro”.
“Nascemos na mesma região. Quando criança, eu ia passar férias no Engenho onde ele morava. Vivemos nossa juventude juntos, estudando na mesma escola e morando na mesma república. Ele era o meu maior amigo, talvez o único”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Ana. A última quimera. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 32 e 53.
Conforme os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os tipos de “ponto de vista” propostos por Norman Friedman, analise os fragmentos, extraídos do romance A última quimera, de Ana Miranda, e assinale a alternativa que corretamente aponta a modalidade empregada pela autora nessa obra em que ficcionaliza o poeta Augusto dos Anjos:
Nota: 10.0
	
	A
	Autor onisciente intruso.
	
	B
	Narrador onisciente neutro.
	
	C
	“Eu” como testemunha.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (c), pois: “Na categoria ‘‘Eu’ como testemunha’ o
 trabalho é entregue a outro, o narrador, desaparecendo completamente qualquer voz direta do autor.
 Ressaltamos que, já nessa altura, Friedman formula clara e inequivocamente: ‘Muito embora o 
narrador seja uma criação do autor’ [...]. E logo na sequência oferece denominação mais
 concisa e precisa, reunindo em um substantivo composto narrador e testemunha, ao mesmo 
tempo que lhe atribui estatuto de personagem: ‘O narrador-testemunha é um personagem em 
seu próprio direito dentro da estória, mais ou menos envolvido na ação, mais ou menos
 familiarizado com os personagens principais, que fala ao leitor na primeira pessoa’ [...]. 
Note que ‘mais ou menos’ pode significar medianamente, mas pode também significar muito 
ou pouco. A gradação conta com palheta extensa. Importa sublinharmos a fala em primeira
 pessoa, que não é a personagem principal. [...] É corrente que as cenas sejam ‘apresentadas de
 modo direto, como a testemunha as vê’ [...]” (livro-base, p. 131,132).
	
	D
	Onisciência seletiva múltipla.
	
	E
	Onisciência seletiva.
Questão 9/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para o seguinte fragmento de poema:
“Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor.
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão dasEstações
A seguir e a olhar”.
Após esta avaliação, caso queira ler o poema integralmente, ele está disponível em: CAEIRO, Alberto. I - Eu nunca guardei rebanhos. In: PESSOA, Fernando. Obra Poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 137.
Considerando os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia e partindo da compreensão de que o eu-lírico do poema apresentado como texto-base se vale da associação entre “rebanhos” e “pensamentos”, indique a alternativa que condiz com a figura de linguagem que está sendo utilizada na associação presente no poema:
Nota: 10.0
	
	A
	Antítese.
	
	B
	Metáfora.
Você acertou!
Comentário: Letra c: trata-se de uma metáfora, pois temos uma comparação indireta entre
 “rebanhos” e “pensamentos”. “De maneira simplificada, trata-se de uma comparação indireta. 
A metáfora tem um funcionamento semelhante ao da comparação, sem , no entanto, utilizar
 termos diretos de comparação” (livro-base, 125).
	
	C
	Eufemismo.
	
	D
	Metonímia.
	
	E
	Ironia.
Questão 10/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para o trecho de texto a seguir:
“Mesmo em maio - com manhãs secas e frias - sou tentado a mentir-me. E minto-me com demasiada convicção e sabedoria, sem duvidar das mentiras que invento pra mim. [...] contemplei a rua e sofri imprecisa saudade do mundo, confirmada pela crueldade do tempo.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. Antes do Depois. São Paulo: Editora Global, 2018, p. 14.
Considerando o trecho de texto acima e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia, assinale a alternativa que apresenta as características gerais da prosa poética:
Nota: 10.0
	
	A
	Mesmo sem o uso formal do verso, a prosa poética lança mão de figuras de linguagem e
 expressões próprias da poesia.
Você acertou!
Comentário: Mesmo sem a forma tradicional do verso, a prosa poética expressa conteúdo poético
 por meio da utilização da frase, ou seja, se utiliza da prosa, com destaque para os efeitos poéticos
 da linguagem (livro-base, p. 41-43).
	
	B
	Por meio do uso do verso, a prosa poética destaca figuras de linguagem e expressões
 próprias da poesia.
	
	C
	A poesia e a prosa poética se realizam pelo uso do verso, da métrica e da rima.
	
	D
	A poesia e a prosa poética se realizam por meio exclusivo do uso do verso metrificado 
e das rimas ricas.
	
	E
	Apesar de realizar-se nas fronteiras do discurso poético, a prosa poética necessita
 obrigatoriamente do uso do verso.
Questão 1/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Observe a passagem de texto:
“[...] no século XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa passou a dominar também a educação literária [...]. As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. Trad. de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Beca Produções Culturais Ltda., 1999. p. 84.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o gênero narrativo, sabe-se que, durante muito tempo, ele recebeu um tratamento diferenciado em relação aos chamados “gêneros clássicos”. Sendo assim, leia as afirmativas abaixo e sinalize a alternativa que aponta corretamente essa distinção:
Nota: 10.0
	
	A
	O romance foi considerado, desde a Antiguidade, um gênero nobre, diferentemente do
 gênero lírico, que passou a ser valorizado somente após a era vitoriana.
	
	B
	No século XVIII, as teorias sobre o gênero épico valorizaram qualitativamente o romance,
 já os estudos sobre os demais gêneros foram superiores em quantidade.
	
	C
	Na Grécia Antiga, o romance era considerado um gênero nobre, pois, além de ser produzido e consumido pela nobreza, apresentava reis e rainhas como protagonistas.
	
	D
	Ao contrário dos gêneros clássicos, lírico, épico e dramático, o gênero narrativo não foi
 objeto de reflexão teórica desde a Antiguidade.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (d) está certa, pois: “Voltemos à origem do gênero narrativo, que 
não é nobre, ao contrário dos gêneros clássicos, o lírico, o épico e o dramático, entendendo-se
 por nobreza, nesta passagem, o fato de ter sido produzido e ter sido objeto de reflexão teórica
 desde a Antiguidade” (livro-base, p. 38). Além disso, Wellek e Warren afirmam que: “‘A
 teoria e a crítica literárias concernentes ao romance são muito inferiores, tanto em quantidade
 como em qualidade, à teoria e à crítica sobre poesia’ [...]. Lembremos que essa afirmação é
 datada de pouco antes da metade do século passado” (livro-base, p. 39).
	
	E
	Até o classicismo, a teoria e crítica literárias sobre o romance eram superiores em
 quantidade e qualidade, se comparadas às que existiam sobre os demais gêneros.
Questão 2/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere o extrato de texto:
“[...] o romancista pode acompanhar as personagens desde o seu nascimento até a morte, detendo-se nos aspectos que julgar relevantes para a história que conta; pode abranger 8 ou 80 anos da vida de suas personagens, sem outra restrição que aquela imposta pela coerência interna da obra”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A criação literária: introdução à problemática da literatura. 3. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1970. p. 178.
Levando em conta o extrato de texto e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a abordagem da instância temporal feita por Jean Pouillon em O tempo do romance, sabe-se que o crítico propõe uma classificação em dois tipos. Sendo assim, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que apresenta corretamente tal classificação:
Nota: 10.0
	
	A
	romances psicológicos e romances urbanos.
	
	B
	romances de duração e romances de destino.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), tendo em vista que: “[...] aparece O tempo 
no romance (1948, com tradução brasileira em 1974), de Jean Pouillon [...]. Para chegar à 
‘Expressão do tempo’, título da referida segunda parte, em que propõe classificação em dois
 tipos – ‘romances de duração’ e ‘romances de destino’ – divisão decorrente da forma como
 o tempo é apresentado na narrativa, o autor parte do procedimento que denomina ‘compreensão 
dos personagens’. No primeiro grupo estão os romances ‘que se propõem apenas a descrever a
 evolução de um personagem, talvez sem pretender insistir sobre a sua contingência, mas, 
em todo caso, sem nela querer ver a todo custo a marca de uma fatalidade’ [...]. No 
segundo grupo estão os romances que ‘se empenham em desvendar o que presidiria 
necessariamente a [...] evolução [da personagem]’ [...]” (livro-base, p. 168).
	
	C
	romances de ficção científica e romances policiais.
	
	D
	romances regionalistas e romances históricos.
	
	E
	romances sentimentais e romances de aventura.
Questão 3/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Examine o seguinte trecho de texto:
“A principal causa, porém, de alongamento da temporalidade do discurso narrativo em relação à temporalidade diegética consiste na possibilidade que o narrador detém de instaurar uma espécie de narrativa segunda que se vem enxertar na diegese primária – ou, talvez melhor, que nasce dessa diegese primária e que se desenvolve, por vezes, dentro dela como uma espécie de metástase diegética [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 758.
Tendo por referência o trecho de texto citado e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o procedimento no qual o narrador introduz comentários, fazendo com que o tempoda diegese pare e o tempo do discurso narrativo seja alongado, examine as opções e aponte a alternativa que nomeia corretamente tal procedimento:
Nota: 10.0
	
	A
	Flashback.
	
	B
	Fluxo de consciência.
	
	C
	Prolepses.
	
	D
	Sumário.
	
	E
	Digressão.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois: “Outro procedimento qualificado como ‘artifício 
de importância’ é o ‘longueur propositado’ [...], isto é, o desdobramento excessivo de um espaço
 temporal, que se estende para além do que seria sua extensão cronológica. Nessa altura aparece a
 referência à digressão, procedimento buscado nas narrativas antigas, junto com o ‘episódio
 inserido [...] é a fábula dentro da fábula’, não mais como elemento decorativo, ‘enfatizando a
 sua relação com a passagem do tempo ficcional’ [...]. As digressões de Machado de Assis não
 passam despercebidas nem ao leitor pouco atento, por vezes aparecendo em poucas palavras,
 por vezes ocupando todo um capítulo [...]” (livro-base, p. 177,178).
Questão 4/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere a estrofe a seguir:
 
“Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim”. 
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente o texto em que se encontra o fragmento destacado, ele está disponível em CARNEIRO, Mário de Sá. Dispersão. In: MOISÉS, Massaud. A Literatura portuguesa através dos textos. São Paulo: Editora Cultrix. 1997. p. 407.
Tendo em vista as estratégias de figuração utilizadas na construção do poema e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre as figuras de linguagem, assinale a alternativa correta quanto à figura utilizada no segundo verso da estrofe destacada acima:
Nota: 10.0
	
	A
	Gênero.
	
	B
	Alegoria.
	
	C
	Metalinguagem.
	
	D
	Contradição.
	
	E
	Metáfora.
Você acertou!
Quando afirma “[...] eu era labirinto”, o poeta faz uma comparação indireta, isto é, uma metáfora, 
de modo a compor a relação subjetiva entre o eu e o sentido figurado da palavra labirinto, como
 um espaço em que é possível perder-se para sempre (livro-base, p. 125).
Questão 5/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para a seguinte afirmação:
“Para compreender em que sentido é tomada a palavra formação, e por que se qualificam de decisivos os momentos estudados, convém principiar distinguindo manifestações literárias, de literatura propriamente dita, considerada aqui um sistema de obras ligadas por denominadores comuns, que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase. Estes denominadores são, além das características internas, (língua, temas, imagens), certos elementos de natureza social e psíquica, embora literariamente organizados, que se manifestam historicamente e fazem da literatura aspecto orgânico da civilização”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 6. ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981. p. 23.
Conforme a afirmação e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o “sistema literário brasileiro”, o qual é consolidado, segundo Antonio Candido, por Machado de Assis, sabe-se que tal sistema é constituído por uma tríade. Sendo assim, analise as assertivas e indique a alternativa que apresenta corretamente os elementos dessa tríade:
Nota: 10.0
	
	A
	Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar e Machado de Assis.
	
	B
	Obras de ficção, teoria literária e crítica literária.
	
	C
	Autor, obra e público.
Você acertou!
Comentário: A alternativa certa é a letra (c), uma vez que: “Para o crítico literário Antonio 
Candido, que trabalha com a noção de sistema literário, é com Machado que o sistema se consolida 
definitivamente. É com sua obra que se verifica o amadurecimento da literatura brasileira e nela
 a conjunção de universalidade que, inclusive, projeta nossa literatura à cena da literatura 
mundial. [...] Para Candido, o sistema literário é constituído pela tríade formada por autor, obra
 e público [...]” (livro-base, p. 213).
	
	D
	Narrador, narrativa e narratário.
	
	E
	Romance, conto e novela.
Questão 6/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Leia o texto a seguir:
A interpretação do texto poético leva em consideração a articulação da dimensão formal com a dimensão de conteúdo. Isso significa dizer que o analista do texto poético atribui sentidos a ele na medida em que é capaz de vincular elementos como “verso”, “rima”, “sílabas poéticas”, entre outros, ao conteúdo expresso pelo discurso poético construído.
Fonte: Texto elaborado pela autora da questão.
Tendo em vista o texto acima e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre o poema e sua forma, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A dimensão formal e a dimensão de conteúdo não se articulam na análise literária.
	
	B
	A análise literária prescinde da articulação entre forma e conteúdo.
	
	C
	A articulação entre forma e conteúdo é imprescindível para a análise literária.
Você acertou!
Comentário: Os elementos formais do texto poético estão diretamente relacionados ao conteúdo 
veiculado pela dimensão expressiva do texto (livro-base, p. 72).
	
	D
	Forma e conteúdo são dimensões autônomas do discurso literário.
	
	E
	A articulação entre forma e conteúdo não se relaciona à análise literária.
Questão 7/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere o seguinte extrato de texto:
“[...] O que é um personagem? Um ser construído por meio de signos verbais, no caso do texto narrativo escrito, e de signos verbi-voco-visuais, no caso de textos de natureza híbrida como as peças de teatro, os filmes, as novelas de televisão etc. As personagens são, portanto, representações dos seres que movimentam a narrativa por meio de suas ações e/ou estados”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FRANCO JÚNIOR, Arnaldo. Operadores de leitura da narrativa. In: BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (Orgs.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 3. ed. Maringá: Eduem, 2009. p. 38.
Levando em conta o extrato de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a propagação do estudo da personagem, no Brasil, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que aponta corretamente a obra que, reunindo diversas reflexões sobre esse componente da ficção no final dos anos 60 do século XX, destaca-se por seu pioneirismo:
Nota: 10.0
	
	A
	A obra que primeiramente divulgou os estudos da personagem, no Brasil, tem como 
título justamente A personagem, de Beth Brait.
	
	B
	O livro A personagem de ficção, que traz os estudos de Antonio Candido e de outros
 autores sobre o tema, é também reconhecido por seu pioneirismo.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), pois: “A difusão do estudo da personagem,
 no Brasil, contou com iniciativa pioneira, no final dos anos 1960, resultado das atividades
 docentes de um grupo de professores ao longo daquela década. Data de 1968 o prefácio,
 assinado por Antonio Candido, para a coletânea que o teórico organizou sob o título
 A personagem de ficção [...]. Além do enfoque literário, destaca-se abordagem da
 personagem no teatro e da personagem cinematográfica, enriquecendo o painel com
 a possibilidade de paralelos. O ensaio dedicado à personagem romanesca traz notícia do 
estado da crítica sobre esse componente da ficção e reflexões sobre sua composição pertinentes
 ainda hoje” (livro-base, p. 72).
	
	C
	A obra As estruturas narrativas, de Tzvetan Todorov, foi a primeira a divulgar os
 estudos sobre a personagem de ficção em solo brasileiro.
	
	D
	No Brasil, o livro responsável pela difusão do estudo da personagem, chama-se
 Introdução à análise da narrativa, de Benjamin Abdala Júnior.
	
	E
	A formação da literatura brasileira, de Antonio Candido, foi o primeiro livro a 
divulgar um estudo sistemático sobre a personagemde ficção no Brasil.
Questão 8/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para a citação:
“Do italiano novella, que significa notícia nova, novidade, passou a indicar um fato ou um incidente chocante que dá a impressão de um evento realmente acontecido. As primeiras formas literárias que receberam o nome de novela estão relacionadas com a instituição medieval da cavalaria: as canções de gesta, na medida em que eram prosificadas, deixaram o domínio da poesia épica e adentraram o campo da novela de cavalaria”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 118.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre as novelas de cavalaria, sabe-se que elas são constituídas exclusivamente por um determinado tipo de personagem. Sendo assim, analise as afirmativas e sinalize a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As novelas de cavalaria, pelo fato de pretenderem destacar a bravura dos cavaleiros, 
apresentam exclusivamente personagens heróis.
	
	B
	Por serem obras que pretendem provocar questionamentos, as novelas de cavalaria
 são constituídas exclusivamente por personagens redondas.
	
	C
	Sem a pretensão de mudar estruturas ou alterar padrões de comportamento, as novelas 
de cavalaria são constituídas exclusivamente por personagens planas.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a (c), tendo em vista que “há narrativas povoadas 
exclusivamente por personagens planas. É o caso das novelas de cavalaria, de muitos
 romances de aventuras, das narrativas seriadas, em que a cada episódio os fatos variam, 
enquanto as personagens mantêm sua caracterização de tal forma que o leitor se sentirá
 traído se houver um desvio do comportamento esperado. São obras que não pretendem
 provocar questionamentos, mudar estruturas ou alterar padrões de comportamento”
 (livro-base, p. 79).
	
	D
	As personagens da novela de cavalaria lutam contra os poderes constituídos e,
 por esse motivo, os textos são constituídos exclusivamente por antagonistas.
	
	E
	As novelas de cavalaria, antecipando os romances de aventura, são constituídas 
exclusivamente por personagens planas e redondas.
Questão 9/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere a citação:
“Nesse método [preconizado por Henry James] como explica W. Y. Tindall, o autor tem uma função bem específica, e extremamente discreta: ‘não o que ele observa, mas o observador observando é o assunto, e a mente deste o nosso teatro’. Para indicar esse personagem central, em cuja mente se apresentam os acontecimentos, Henry James se vale de diversos termos. Ora o chama de ‘center’, ‘register’ ou ‘reflector’ ora de ‘sentient subject’, ou ainda ‘perceiver’, ‘vessel of consciousness’, mirror’, ‘center light’”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 24.
Tendo em conta a citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o entendimento de Henry James a respeito do narrador do romance, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	De acordo com Henry James, o narrador deve intervir e fazer digressões, a fim de 
desviar o foco do leitor da personagem central da história.
	
	B
	Para Henry James, sem fazer interferências nem digressões que desviem a atenção
 da história, o narrador deve parecer impessoal.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), tendo em vista que: “Na opinião de James,
 o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que desviem
 a atenção da história. Ligia Chiappini Moraes Leite [...] afirma que o ideal, para ele, e para 
muitos teóricos que o sucedem, ‘é a presença discreta de um narrador que [...] possa dar a
 impressão ao leitor que a história se conta a si própria, de preferência, alojando-se na mente
 de uma personagem que faça o papel de Refletor de suas ideias’. A pesquisadora nota que
 assim se dá ‘o desaparecimento estratégico do Narrador, disfarçado numa terceira pessoa que
 se confunde com a primeira’ [...]” (livro-base, p. 112, 113). As demais alternativas estão
 incorretas, pois afirmam exatamente o contrário do entendimento de Henry James sobre o
 narrador do romance.
	
	C
	Para Henry James, a interferência do autor no romance é bem-vinda, sobretudo quando 
ela se faz de maneira direta, alterando os rumos da narrativa.
	
	D
	No que se refere ao romance, Henry James defende a narrativa em primeira pessoa, 
por considerá-la desfavorável à dispersão.
	
	E
	Henry James é favorável à aproximação da ficção ao drama. A seu ver, o ideal é uma 
alternância de narrativa e diálogo, sem descrição alguma.
Questão 10/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Leia os versos do poema a seguir:
A pequena praça
A minha vida tinha tomado a forma da pequena praça
Naquele outono em que a tua morte se organizava meticulosamente
Eu agarrava-me à praça porque tu amavas
A humanidade humilde e nostálgica das pequenas lojas
Onde os caixeiros dobram e desdobram fitas e fazendas [...].
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente o poema destacado, ele está disponível em:  Biblioteca Nacional de Portugal. A pequena praça. http://purl.pt/19841/1/galeria/poemas-de-amigos/poema12.html. Acesso em: 11 fev. 2017.
Considerando os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia, assinale a alternativa correta quanto ao tema central sobre o qual os versos do poema de Sophia de Mello Breyner Andresen se organizam.
Nota: 10.0
	
	A
	O amor é o tema central, pois o eu-lírico se declara apaixonado.
	
	B
	A morte de um ente amado é o tema que organiza o discurso do eu-lírico.
Você acertou!
Comentário: O eu-lírico declara que a iminência da morte de um ente amado o leva a tornar 
os espaços e gostos deste ente como definidores de sua existência. (livro-base, p. 201-203)
	
	C
	A desilusão amorosa é o tema central desenvolvido no poema.
	
	D
	A cidade como espaço de sofrimento é o tema do poema.
	
	E
	A fuga para o campo e a redescoberta da natureza é o tema do poema.
Questão 1/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Examine o seguinte trecho de texto:
“A principal causa, porém, de alongamento da temporalidade do discurso narrativo em relação à temporalidade diegética consiste na possibilidade que o narrador detém de instaurar uma espécie de narrativa segunda que se vem enxertar na diegese primária – ou, talvez melhor, que nasce dessa diegese primária e que se desenvolve, por vezes, dentro dela como uma espécie de metástase diegética [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 758.
Tendo por referência o trecho de texto citado e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o procedimento no qual o narrador introduz comentários, fazendo com que o tempo da diegese pare e o tempo do discurso narrativo seja alongado, examine as opções e aponte a alternativa que nomeia corretamente tal procedimento:
Nota: 10.0
	
	A
	Flashback.
	
	B
	Fluxo de consciência.
	
	C
	Prolepses.
	
	D
	Sumário.
	
	E
	Digressão.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois: “Outro procedimento qualificado como ‘artifício 
de importância’ é o ‘longueur propositado’ [...], isto é, o desdobramento excessivo de um espaço
 temporal, que se estende para além do que seria sua extensão cronológica. Nessa altura aparece a
 referência à digressão, procedimento buscado nas narrativas antigas, junto com o ‘episódio 
inserido [...] é a fábula dentro da fábula’, não mais como elemento decorativo, ‘enfatizando a sua 
relação com a passagem do tempo ficcional’[...]. As digressões de Machado de Assis não
 passam despercebidas nem ao leitor pouco atento, por vezes aparecendo em poucas palavras,
 por vezes ocupando todo um capítulo [...]” (livro-base, p. 177,178).
Questão 2/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Examine o trecho de texto:
“A teoria da narrativa (‘narratologia’) é um ramo ativo da teoria literária e o estudo literário se apoia em teorias da estrutura narrativa: em noções de enredo, de diferentes tipos de narradores, de técnicas narrativas. A poética da narrativa, como poderíamos chamá-la, tanto tenta compreender os componentes na narrativa quanto analisa como narrativas obtêm seus efeitos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. Trad. de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Beca Produções Culturais Ltda., 1999. p. 86.
Partindo do trecho textual citado e dos conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre as categorias constitutivas da narrativa de ficção ou, mais especificamente, sobre o objeto de estudo da narratologia, considere as proposições e assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O objeto de estudo da narratologia são: personagem, autor, enredo e espaço.
	
	B
	As categorias constitutivas da narrativa ficcional são apenas: o tempo e o espaço.
	
	C
	O objeto de estudo da narratologia está centrado na relação entre autor e leitor.
	
	D
	As categorias que constituem a narrativa ficcional são: o enredo, o narrador e as
 personagens.
	
	E
	As categorias que constituem a narrativa ficcional são: personagem, narrador, tempo
 e espaço.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (e), pois: “[...] na prosa de ficção o acontecimento não
 é a questão central. É o modo com se dá a tessitura da intriga que garante o sucesso ou o fracasso
 da obra. A percepção desse modo de produzir os efeitos esperados de uma narrativa de ficção
 [...] provocou a especialização de uma vertente da teoria literária que se denomina 
narratologia – definida como o estudo das categorias constitutivas da narrativa, a saber,
 personagem, narrador, tempo e espaço – cujo desenvolvimento se deu sobremaneira na
 segunda metade do século XX” (livro-base, p.).
Questão 3/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para a citação:
“Do italiano novella, que significa notícia nova, novidade, passou a indicar um fato ou um incidente chocante que dá a impressão de um evento realmente acontecido. As primeiras formas literárias que receberam o nome de novela estão relacionadas com a instituição medieval da cavalaria: as canções de gesta, na medida em que eram prosificadas, deixaram o domínio da poesia épica e adentraram o campo da novela de cavalaria”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 118.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre as novelas de cavalaria, sabe-se que elas são constituídas exclusivamente por um determinado tipo de personagem. Sendo assim, analise as afirmativas e sinalize a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As novelas de cavalaria, pelo fato de pretenderem destacar a bravura dos cavaleiros, 
apresentam exclusivamente personagens heróis.
	
	B
	Por serem obras que pretendem provocar questionamentos, as novelas de cavalaria são
 constituídas exclusivamente por personagens redondas.
	
	C
	Sem a pretensão de mudar estruturas ou alterar padrões de comportamento, as novelas
 de cavalaria são constituídas exclusivamente por personagens planas.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a (c), tendo em vista que “há narrativas povoadas 
exclusivamente por personagens planas. É o caso das novelas de cavalaria, de muitos
 romances de aventuras, das narrativas seriadas, em que a cada episódio os fatos variam,
 enquanto as personagens mantêm sua caracterização de tal forma que o leitor se sentirá
 traído se houver um desvio do comportamento esperado. São obras que não pretendem 
provocar questionamentos, mudar estruturas ou alterar padrões de comportamento” 
(livro-base, p. 79).
	
	D
	As personagens da novela de cavalaria lutam contra os poderes constituídos e,
 por esse motivo, os textos são constituídos exclusivamente por antagonistas.
	
	E
	As novelas de cavalaria, antecipando os romances de aventura, são constituídas
 exclusivamente por personagens planas e redondas.
Questão 4/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para os excertos do romance A última quimera:
“Quem um dia vivera perto de Augusto sofria sua falta. A Paraíba se tornou o fim do mundo após a partida de Augusto. Poucas semanas depois de me despedir dele no porto em Cabedelo, peguei o mesmo vapor e vim morar no Rio de Janeiro”.
“Nascemos na mesma região. Quando criança, eu ia passar férias no Engenho onde ele morava. Vivemos nossa juventude juntos, estudando na mesma escola e morando na mesma república. Ele era o meu maior amigo, talvez o único”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Ana. A última quimera. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 32 e 53.
Conforme os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os tipos de “ponto de vista” propostos por Norman Friedman, analise os fragmentos, extraídos do romance A última quimera, de Ana Miranda, e assinale a alternativa que corretamente aponta a modalidade empregada pela autora nessa obra em que ficcionaliza o poeta Augusto dos Anjos:
Nota: 10.0
	
	A
	Autor onisciente intruso.
	
	B
	Narrador onisciente neutro.
	
	C
	“Eu” como testemunha.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (c), pois: “Na categoria ‘‘Eu’ como testemunha’ 
o trabalho é entregue a outro, o narrador, desaparecendo completamente qualquer voz direta do 
autor. Ressaltamos que, já nessa altura, Friedman formula clara e inequivocamente: ‘Muito
 embora o narrador seja uma criação do autor’ [...]. E logo na sequência oferece denominação 
mais concisa e precisa, reunindo em um substantivo composto narrador e testemunha, ao 
mesmo tempo que lhe atribui estatuto de personagem: ‘O narrador-testemunha é um personagem 
em seu próprio direito dentro da estória, mais ou menos envolvido na ação, mais ou menos
 familiarizado com os personagens principais, que fala ao leitor na primeira pessoa’ [...].
 Note que ‘mais ou menos’ pode significar medianamente, mas pode também significar 
muito ou pouco. A gradação conta com palheta extensa. Importa sublinharmos a fala
 em primeira pessoa, que não é a personagem principal. [...] É corrente que as cenas 
sejam ‘apresentadas de modo direto, como a testemunha as vê’ [...]” (livro-base, p. 131,132).
	
	D
	Onisciência seletiva múltipla.
	
	E
	Onisciência seletiva.
Questão 5/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para a seguinte afirmação:
“O conto foi, em sua primitiva forma, uma narrativa oral, frequentando as noites de lua em que antigos povos se reuniam e, para matar o tempo, narravam ingênuas estórias de bichos. Reminiscências desse tempo são as figuras, ainda próximas de nós, de Tio Remus, recriada em filme por Walt Disney, Pai João, dos serões coloniais, ou Dona Benta, registrada por Monteiro Lobato”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Luzia de Maria R. O que é conto. São Paulo: Editora Brasiliense, 1984. p. 8.
Conforme essa afirmação e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a gênese do conto, analise as assertivas e indique a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O conto surgiu no século X, a partir das sucessivas narrativas de Sherazade, em
 As mil e uma noites.
	
	B
	O surgimento do conto ocorre em 1353, com a publicação da obra Decameron, de
 Giovanni Boccaccio.C
	A origem do conto é desconhecida, mas sabe-se que ele já existia centenas de anos
 antes de Cristo.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está correta, uma vez que: “Massaud Moises, no Dicionário 
de termos literários [...], apresenta longo percurso dessa forma, iniciando por apontar-lhe
 a ‘gênese desconhecida’. O autor afirma que ‘exemplares podem ser localizados centenas
 de anos antes do nascimento de Cristo’ e se detém no cultivo do conto nos ‘últimos séculos 
da era medieval’ [...], considerando que o estado desse período perdurou até o século XVIII. 
Nesse momento, o pesquisador situa a autonomização em relação ao romance e à novela e
 localiza ‘época de esplendor’ no século XIX [...]” (livro-base, p. 48).
	
	D
	O conto surgiu com as grandes navegações do século XVI, quando os marinheiros 
retornavam cheios de histórias para contar.
	
	E
	Os primeiros contos surgiram na Idade Média, com a publicação de uma coletânea 
de histórias curtas de autoria desconhecida.
Questão 6/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para o seguinte fragmento de poema:
“Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor.
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar”.
Após esta avaliação, caso queira ler o poema integralmente, ele está disponível em: CAEIRO, Alberto. I - Eu nunca guardei rebanhos. In: PESSOA, Fernando. Obra Poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 137.
Considerando os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia e partindo da compreensão de que o eu-lírico do poema apresentado como texto-base se vale da associação entre “rebanhos” e “pensamentos”, indique a alternativa que condiz com a figura de pensamento que está sendo utilizada na associação presente no poema:
Nota: 10.0
	
	A
	Antítese.
	
	B
	Eufemismo.
	
	C
	Metáfora.
Você acertou!
Comentário: Letra c: trata-se de uma metáfora, pois temos uma comparação indireta entre
 “rebanhos” e “pensamentos”. “De maneira simplificada, trata-se de uma comparação indireta. 
A metáfora tem um funcionamento semelhante ao da comparação, sem , no entanto, utilizar 
termos diretos de comparação” (livro-base, 125).
	
	D
	Metonímia.
	
	E
	Ironia.
Questão 7/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere a citação:
“Nesse método [preconizado por Henry James] como explica W. Y. Tindall, o autor tem uma função bem específica, e extremamente discreta: ‘não o que ele observa, mas o observador observando é o assunto, e a mente deste o nosso teatro’. Para indicar esse personagem central, em cuja mente se apresentam os acontecimentos, Henry James se vale de diversos termos. Ora o chama de ‘center’, ‘register’ ou ‘reflector’ ora de ‘sentient subject’, ou ainda ‘perceiver’, ‘vessel of consciousness’, mirror’, ‘center light’”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 24.
Tendo em conta a citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o entendimento de Henry James a respeito do narrador do romance, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	De acordo com Henry James, o narrador deve intervir e fazer digressões, a fim de
 desviar o foco do leitor da personagem central da história.
	
	B
	Para Henry James, sem fazer interferências nem digressões que desviem a atenção 
da história, o narrador deve parecer impessoal.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), tendo em vista que: “Na opinião de James, 
o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que 
desviem a atenção da história. Ligia Chiappini Moraes Leite [...] afirma que o ideal, 
para ele, e para muitos teóricos que o sucedem, ‘é a presença discreta de um narrador 
que [...] possa dar a impressão ao leitor que a história se conta a si própria, de preferência, 
alojando-se na mente de uma personagem que faça o papel de Refletor de suas ideias’. 
A pesquisadora nota que assim se dá ‘o desaparecimento estratégico do Narrador,
 disfarçado numa terceira pessoa que se confunde com a primeira’ [...]” 
(livro-base, p. 112, 113). As demais alternativas estão incorretas, pois afirmam 
exatamente o contrário do entendimento de Henry James sobre o narrador do romance.
	
	C
	Para Henry James, a interferência do autor no romance é bem-vinda, sobretudo 
quando ela se faz de maneira direta, alterando os rumos da narrativa.
	
	D
	No que se refere ao romance, Henry James defende a narrativa em primeira pessoa,
 por considerá-la desfavorável à dispersão.
	
	E
	Henry James é favorável à aproximação da ficção ao drama. A seu ver, o ideal é
 uma alternância de narrativa e diálogo, sem descrição alguma.
Questão 8/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Leia o excerto de texto abaixo:
“Durante vários séculos, só os ricos se podiam oferecer livros; o público de leitores era limitado por salários que apenas permitiam uma estrita subsistência, pela ausência de lazeres das classes sociais mais numerosas, pela deficiência de luz à noite, pela impossibilidade de isolamento nas habitações superpovoadas, pela falta de bibliotecas de empréstimo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OULLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 9.
Segundo o excerto textual e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os fatores que contribuíram significativamente para incrementar a produção ficcional europeia ao longo da Idade Moderna, considere as proposições e assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A difusão da imprensa e a redução do analfabetismo.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), tendo em vista que: “Com a difusão da
 imprensa e a diminuição do número de analfabetos, fenômenos que ficam aqui registrados
 em uma linha, mas de fato se estendem por mais de século, a produção ficcional passou
 por significativo incremento [...]. ‘No meio do século XVII, um amante de ficção que
 vivesse na França, na Espanha ou na Inglaterra tinha à sua disposição um repertório de
 romances heroicos inspirados pelo romance helenístico [...]’” (livro-base, p. 43, 44).
	
	B
	A valorização da literatura nas Universidades e a criação de bibliotecas públicas.
	
	C
	O surgimento da tipografia e a profissionalização do ofício de escritor.
	
	D
	A publicação de obras populares e a luta dos intelectuais pelo fim da censura.
	
	E
	O aparecimento dos primeiros computadores e a redução no custo dos livros.
Questão 9/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para a seguinte afirmação:
“Para compreender em que sentido é tomada a palavra formação, e por que se qualificam de decisivos os momentos estudados, convém principiar distinguindo manifestações literárias, de literatura propriamente dita, considerada aqui um sistema de obras ligadas por denominadores comuns, que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase. Estes denominadores são, além das características internas, (língua, temas, imagens), certos elementos de natureza social e psíquica, embora literariamente organizados, que se manifestam historicamente e fazem da literatura aspecto orgânico da civilização”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 6. ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981. p. 23.
Conforme a afirmação e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o “sistema literário brasileiro”, o qual é consolidado, segundo Antonio Candido, por Machado de Assis, sabe-se que tal sistema é constituído por uma tríade. Sendo assim, analise as assertivas e indique a alternativa que apresenta corretamente os elementos dessatríade:
Nota: 10.0
	
	A
	Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar e Machado de Assis.
	
	B
	Obras de ficção, teoria literária e crítica literária.
	
	C
	Autor, obra e público.
Você acertou!
Comentário: A alternativa certa é a letra (c), uma vez que: “Para o crítico literário Antonio
 Candido, que trabalha com a noção de sistema literário, é com Machado que o sistema 
se consolida definitivamente. É com sua obra que se verifica o amadurecimento da literatura 
brasileira e nela a conjunção de universalidade que, inclusive, projeta nossa literatura à cena 
da literatura mundial. [...] Para Candido, o sistema literário é constituído pela tríade formada
 por autor, obra e público [...]” (livro-base, p. 213).
	
	D
	Narrador, narrativa e narratário.
	
	E
	Romance, conto e novela.
Questão 10/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere a citação:
“A nova concepção de personagem instaurada por Lukács, apesar de reavivar o diálogo a respeito da questão e de fugir às repetições do legado aristotélico e horaciano, submete a estrutura do romance, e consequentemente a personagem, à influência determinante das estruturas sociais. Com isso, apesar da nova ótica, a personagem continua sujeita ao modelo humano”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BRAIT, Beth. A personagem. 4. ed. São Paulo: Ática, 1990. p. 39.
Tendo em conta a citação e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre diversificadas classificações das personagens de ficção, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Personagem plana
2. Personagem redonda
3. Personagem antagonista
4. Personagem anti-herói
( ) É aquela apresentada como opositora do herói. Suas ações podem se restringir a um único indivíduo ou não, ou seja, tal personagem pode ser a coletividade.
( ) É aquela que se caracteriza pela opressão de forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes.
( ) É aquela que apresenta um alto grau de densidade psicológica e tanto o seu comportamento quanto os seus sentimentos são imprevisíveis.
( ) É aquela que apresenta baixo grau de densidade psicológica e é construída em torno de uma qualidade ou tendência, sem sofrer alterações.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 3 – 4
	
	B
	3 – 4 – 2 – 1
Você acertou!
Comentário: A alternativa (b) está certa, uma vez que a sequência 3 – 4 – 2 – 1 está 
correta: “[1] As personagens planas, sejam elas descritas logo no início, sejam mostradas
 em ação para que o leitor as perceba, são construídas em torno de uma única qualidade 
ou tendência, permanecendo inalteradas ao longo de toda a narrativa. São previsíveis, não 
comportam surpresas [...]. [2] As personagens redondas são aquelas cujas ações, reações e
 sentimentos não são previsíveis; seu percurso ao longo da narrativa as caracteriza como 
portadoras de várias qualidades, positivas ou negativas, inclusive contraditórias entre si, 
com a variedade de riqueza que é própria do ser humano” (livro-base, p. 79). Além desses, 
existem outros tipos: “Quando ao termo [herói] é agregado o prefixo anti-, não é usado
 para indicar o oponente do herói. [3] O opositor do herói é o antagonista, que pode ser 
um indivíduo, um grupo, uma coletividade. [4] A expressão anti-herói é usada para acentuar 
a condição do indivíduo oprimido pelas forças sociais ou ambientais, cujas reações são 
anuladas por outros poderes. Seu estatuto decorre da desmistificação do herói romântico. 
Ele é desqualificado, banalizado, mostrado em seus defeitos e limitações” (p. 83).
	
	C
	1 – 2 – 3 – 4
	
	D
	4 – 3 – 2 – 1
	
	E
	2 – 4 – 1 – 3
Questão 1/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para o seguinte fragmento de poema:
“Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor.
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar”.
Após esta avaliação, caso queira ler o poema integralmente, ele está disponível em: CAEIRO, Alberto. I - Eu nunca guardei rebanhos. In: PESSOA, Fernando. Obra Poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 137.
Considerando os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia e partindo da compreensão de que o eu-lírico do poema apresentado como texto-base se vale da associação entre “rebanhos” e “pensamentos”, indique a alternativa que condiz com a figura de linguagem que está sendo utilizada na associação presente no poema:
Nota: 10.0
	
	A
	Antítese.
	
	B
	Metáfora.
Você acertou!
Comentário: Letra c: trata-se de uma metáfora, pois temos uma comparação indireta entre 
“rebanhos” e “pensamentos”. “De maneira simplificada, trata-se de uma comparação indireta. 
A metáfora tem um funcionamento semelhante ao da comparação, sem , no entanto, utilizar
 termos diretos de comparação” (livro-base, 125).
	
	C
	Eufemismo.
	
	D
	Metonímia.
	
	E
	Ironia.
Questão 2/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere a estrofe a seguir:
 
“Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim”. 
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente o texto em que se encontra o fragmento destacado, ele está disponível em CARNEIRO, Mário de Sá. Dispersão. In: MOISÉS, Massaud. A Literatura portuguesa através dos textos. São Paulo: Editora Cultrix. 1997. p. 407.
Tendo em vista as estratégias de figuração utilizadas na construção do poema e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre as figuras de linguagem, assinale a alternativa correta quanto à figura utilizada no segundo verso da estrofe destacada acima:
Nota: 10.0
	
	A
	Gênero.
	
	B
	Alegoria.
	
	C
	Metalinguagem.
	
	D
	Contradição.
	
	E
	Metáfora.
Você acertou!
Quando afirma “[...] eu era labirinto”, o poeta faz uma comparação indireta, isto é, 
uma metáfora, de modo a compor a relação subjetiva entre o eu e o sentido figurado
 da palavra labirinto, como um espaço em que é possível perder-se para sempre (livro-base, p. 125).
Questão 3/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para a seguinte afirmação:
“O conto foi, em sua primitiva forma, uma narrativa oral, frequentando as noites de lua em que antigos povos se reuniam e, para matar o tempo, narravam ingênuas estórias de bichos. Reminiscências desse tempo são as figuras, ainda próximas de nós, de Tio Remus, recriada em filme por Walt Disney, Pai João, dos serões coloniais, ou Dona Benta, registrada por Monteiro Lobato”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Luzia de Maria R. O que é conto. São Paulo: Editora Brasiliense, 1984. p. 8.
Conforme essa afirmação e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a gênese do conto, analise as assertivas e indique a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O conto surgiu no século X, a partir das sucessivas narrativas de Sherazade, em As
 mil e uma noites.
	
	B
	O surgimento do conto ocorre em 1353, com a publicação da obra Decameron, de 
Giovanni Boccaccio.
	
	C
	A origem do conto é desconhecida, mas sabe-se que ele já existia centenas de anos
 antes de Cristo.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está correta, uma vez que: “Massaud Moises, no Dicionário de
 termos literários [...], apresenta longo percurso dessa forma, iniciando por apontar-lhe a 
‘gênese desconhecida’. O autor afirma que ‘exemplares podem ser localizados centenas 
de anos antes do nascimento de Cristo’ e se detém no cultivo do conto nos ‘últimos séculos 
da era medieval’ [...], considerando que o estado desse período perdurou até o século
 XVIII. Nesse momento, o pesquisador situa a autonomização em relação ao romance 
e à novela e localiza ‘época de esplendor’ no século XIX [...]” (livro-base, p. 48).
	
	D
	O conto surgiu com as grandes navegações do século XVI, quando os marinheiros 
retornavam cheios de histórias para contar.
	
	E
	Os primeiros contos surgiram na Idade Média, com a publicaçãode uma coletânea
 de histórias curtas de autoria desconhecida.
Questão 4/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Examine o trecho de texto:
“A teoria da narrativa (‘narratologia’) é um ramo ativo da teoria literária e o estudo literário se apoia em teorias da estrutura narrativa: em noções de enredo, de diferentes tipos de narradores, de técnicas narrativas. A poética da narrativa, como poderíamos chamá-la, tanto tenta compreender os componentes na narrativa quanto analisa como narrativas obtêm seus efeitos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. Trad. de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Beca Produções Culturais Ltda., 1999. p. 86.
Partindo do trecho textual citado e dos conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre as categorias constitutivas da narrativa de ficção ou, mais especificamente, sobre o objeto de estudo da narratologia, considere as proposições e assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O objeto de estudo da narratologia são: personagem, autor, enredo e espaço.
	
	B
	As categorias constitutivas da narrativa ficcional são apenas: o tempo e o espaço.
	
	C
	O objeto de estudo da narratologia está centrado na relação entre autor e leitor.
	
	D
	As categorias que constituem a narrativa ficcional são: o enredo, o narrador e as 
personagens.
	
	E
	As categorias que constituem a narrativa ficcional são: personagem, narrador, tempo 
e espaço.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (e), pois: “[...] na prosa de ficção o acontecimento 
não é a questão central. É o modo com se dá a tessitura da intriga que garante o sucesso ou
 o fracasso da obra. A percepção desse modo de produzir os efeitos esperados de uma narrativa
 de ficção [...] provocou a especialização de uma vertente da teoria literária que se denomina 
narratologia – definida como o estudo das categorias constitutivas da narrativa, a saber, 
personagem, narrador, tempo e espaço – cujo desenvolvimento se deu sobremaneira na 
segunda metade do século XX” (livro-base, p.).
Questão 5/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para a citação:
“[...] o contrato da ficção não exige um corte radical e irreversível com o mundo real, podendo (devendo, até, de acordo com concepções teórico-epistemológicas de índole sociológica) o texto ficcional remeter ao mundo real, numa perspectiva de elucidação que pode chegar a traduzir-se num registro de natureza didática”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 154.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distinção entre narrativa ficcional e narrativa não ficcional, analise as assertivas que seguem e indique a alternativa que aponta corretamente uma das condições determinantes para tal distinção:
Nota: 10.0
	
	A
	O que determina a diferença entre os dois tipos de narrativa é a possibilidade de 
comprovação sobre a existência concreta de um determinado lugar.
	
	B
	Na prosa de ficção, as personagens são criadas pelo autor, isto é, não é possível
 encontrar registros documentais sobre elas fora do universo ficcional.
	
	C
	A intencionalidade do autor é determinante para a distinção entre a narrativa ficcional 
e a narrativa não ficcional.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está correta, tendo em vista que: “A primeira condição 
apontada como determinante da ficcionalidade é a intencionalidade. Algumas vezes,
 na prática analítica, dizemos que as intenções do autor pouco ou nada devem contar. Não é 
o caso quando se trata de qualificar uma obra como ficcional ou negar-lhe esse caráter:
 ‘entende-se que o fator primeiro da ficcionalidade é a colocação ilocutória do autor e o 
seu intuito de construir um texto na base de uma atitude de fingimento’ [...]. Mais uma 
vez, não podemos transportar o que é do cotidiano para a discussão sobre a criação artística. 
Nesse caso, não podemos transferir um juízo que é de um padrão de comportamento. 
Sempre nos ensinaram que o fingimento é uma atitude moralmente condenável, mas tal 
não vale para o ficcionista, que adota ou deve adotar deliberadamente o fingimento” 
(livro-base, p. 31). As demais alternativas estão incorretas, uma vez que tais assertivas
 não determinam o caráter ficcional ou não de uma narrativa.
	
	D
	A sequência cronológica dos fatos é determinante para que o leitor saiba se uma 
obra é ficcional ou não.
	
	E
	A biografia, bem como qualquer narrativa sobre uma ou mais personalidades
 históricas, não admite ficcionalidade, pois tratam de pessoas do mundo referencial 
que existiram em determinada época.
Questão 6/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Leia o texto a seguir:
A interpretação do texto poético leva em consideração a articulação da dimensão formal com a dimensão de conteúdo. Isso significa dizer que o analista do texto poético atribui sentidos a ele na medida em que é capaz de vincular elementos como “verso”, “rima”, “sílabas poéticas”, entre outros, ao conteúdo expresso pelo discurso poético construído.
Fonte: Texto elaborado pela autora da questão.
Tendo em vista o texto acima e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia sobre o poema e sua forma, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A dimensão formal e a dimensão de conteúdo não se articulam na análise literária.
	
	B
	A análise literária prescinde da articulação entre forma e conteúdo.
	
	C
	A articulação entre forma e conteúdo é imprescindível para a análise literária.
Você acertou!
Comentário: Os elementos formais do texto poético estão diretamente relacionados ao conteúdo
 veiculado pela dimensão expressiva do texto (livro-base, p. 72).
	
	D
	Forma e conteúdo são dimensões autônomas do discurso literário.
	
	E
	A articulação entre forma e conteúdo não se relaciona à análise literária.
Questão 7/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere os versos do poema a seguir:
Catar feijão se limita como escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar [...].
Após esta avaliação, caso queira ler integralmente o poema destacado, ele está disponível em:  ZILBERMANN, Regina. Poemas para ler na escola: João Cabral de Melo Neto. São Paulo: Objetiva, 2010, p. 49.
Considerando os versos acima e os conteúdos do livro-base Análise de textos literários: poesia, assinale a alternativa correta quanto ao modo de se compreender o exercício reflexivo em que a própria poesia se torna tema do poema.
Nota: 10.0
	
	A
	Interlocução com o leitor, num diálogo especulativo.
	
	B
	Digressão poética, com a finalidade de expandir o tema.
	
	C
	Metalinguagem, na comparação da escrita com o ato de catar feijão.
Você acertou!
Comentário: A metalinguagem está presente na comparação entre catar o feijão e escrever 
e se configura como uma reflexão sobre o exercício de escrita e de composição, configurando 
a metalinguagem como uma das estratégias mais recorrentes na poesia de João Cabral de Melo 
Neto (livro-base, p. 163).
	
	D
	Ironia, na comparação do feijão com o conteúdo poético na construção do poema.
	
	E
	Subjetivaçao do eu-lírico, no destaque para a terceira pessoa do discurso.
 
Questão 8/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para a citação:
“Do italiano novella, que significa notícia nova, novidade, passou a indicar um fato ou um incidente chocante que dá a impressão de um evento realmente acontecido. As primeiras formas literárias que receberam o nome de novela estão relacionadas com a instituição medieval da cavalaria: as canções de gesta, na medida em que eram prosificadas, deixaram o domínio da poesia épica e adentraram o campo da novela de cavalaria”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente,ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 118.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre as novelas de cavalaria, sabe-se que elas são constituídas exclusivamente por um determinado tipo de personagem. Sendo assim, analise as afirmativas e sinalize a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As novelas de cavalaria, pelo fato de pretenderem destacar a bravura dos cavaleiros,
 apresentam exclusivamente personagens heróis.
	
	B
	Por serem obras que pretendem provocar questionamentos, as novelas de cavalaria são
 constituídas exclusivamente por personagens redondas.
	
	C
	Sem a pretensão de mudar estruturas ou alterar padrões de comportamento, as novelas
 de cavalaria são constituídas exclusivamente por personagens planas.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a (c), tendo em vista que “há narrativas povoadas
 exclusivamente por personagens planas. É o caso das novelas de cavalaria, de muitos 
romances de aventuras, das narrativas seriadas, em que a cada episódio os fatos variam, 
enquanto as personagens mantêm sua caracterização de tal forma que o leitor se sentirá 
traído se houver um desvio do comportamento esperado. São obras que não pretendem 
provocar questionamentos, mudar estruturas ou alterar padrões de comportamento” 
(livro-base, p. 79).
	
	D
	As personagens da novela de cavalaria lutam contra os poderes constituídos e,
 por esse motivo, os textos são constituídos exclusivamente por antagonistas.
	
	E
	As novelas de cavalaria, antecipando os romances de aventura, são constituídas
 exclusivamente por personagens planas e redondas.
Questão 9/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Examine o seguinte trecho de texto:
“A principal causa, porém, de alongamento da temporalidade do discurso narrativo em relação à temporalidade diegética consiste na possibilidade que o narrador detém de instaurar uma espécie de narrativa segunda que se vem enxertar na diegese primária – ou, talvez melhor, que nasce dessa diegese primária e que se desenvolve, por vezes, dentro dela como uma espécie de metástase diegética [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 758.
Tendo por referência o trecho de texto citado e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o procedimento no qual o narrador introduz comentários, fazendo com que o tempo da diegese pare e o tempo do discurso narrativo seja alongado, examine as opções e aponte a alternativa que nomeia corretamente tal procedimento:
Nota: 10.0
	
	A
	Flashback.
	
	B
	Fluxo de consciência.
	
	C
	Prolepses.
	
	D
	Sumário.
	
	E
	Digressão.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois: “Outro procedimento qualificado como ‘artifício
 de importância’ é o ‘longueur propositado’ [...], isto é, o desdobramento excessivo de um 
espaço temporal, que se estende para além do que seria sua extensão cronológica. Nessa 
altura aparece a referência à digressão, procedimento buscado nas narrativas antigas, junto 
com o ‘episódio inserido [...] é a fábula dentro da fábula’, não mais como elemento decorativo,
 ‘enfatizando a sua relação com a passagem do tempo ficcional’ [...]. As digressões de
 Machado de Assis não passam despercebidas nem ao leitor pouco atento, por vezes 
aparecendo em poucas palavras, por vezes ocupando todo um capítulo [...]” 
(livro-base, p. 177,178).
Questão 10/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Atente para os excertos do romance A última quimera:
“Quem um dia vivera perto de Augusto sofria sua falta. A Paraíba se tornou o fim do mundo após a partida de Augusto. Poucas semanas depois de me despedir dele no porto em Cabedelo, peguei o mesmo vapor e vim morar no Rio de Janeiro”.
“Nascemos na mesma região. Quando criança, eu ia passar férias no Engenho onde ele morava. Vivemos nossa juventude juntos, estudando na mesma escola e morando na mesma república. Ele era o meu maior amigo, talvez o único”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MIRANDA, Ana. A última quimera. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 32 e 53.
Conforme os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os tipos de “ponto de vista” propostos por Norman Friedman, analise os fragmentos, extraídos do romance A última quimera, de Ana Miranda, e assinale a alternativa que corretamente aponta a modalidade empregada pela autora nessa obra em que ficcionaliza o poeta Augusto dos Anjos:
Nota: 10.0
	
	A
	Autor onisciente intruso.
	
	B
	Narrador onisciente neutro.
	
	C
	“Eu” como testemunha.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (c), pois: “Na categoria ‘‘Eu’ como testemunha’ 
o trabalho é entregue a outro, o narrador, desaparecendo completamente qualquer voz direta do
 autor. Ressaltamos que, já nessa altura, Friedman formula clara e inequivocamente: ‘Muito 
embora o narrador seja uma criação do autor’ [...]. E logo na sequência oferece denominação
 mais concisa e precisa, reunindo em um substantivo composto narrador e testemunha, ao
 mesmo tempo que lhe atribui estatuto de personagem: ‘O narrador-testemunha é um
 personagem em seu próprio direito dentro da estória, mais ou menos envolvido na 
ação, mais ou menos familiarizado com os personagens principais, que fala ao leitor na
 primeira pessoa’ [...]. Note que ‘mais ou menos’ pode significar medianamente, mas 
pode também significar muito ou pouco. A gradação conta com palheta extensa. 
Importa sublinharmos a fala em primeira pessoa, que não é a personagem principal.
 [...] É corrente que as cenas sejam ‘apresentadas de modo direto, como a testemunha 
as vê’ [...]” (livro-base, p. 131,132).
	
	D
	Onisciência seletiva múltipla.
	
	E
	Onisciência seletiva.
Questão 1/10 - Análise de Textos Literários: Prosa e Poesia
Considere a citação:
“Nesse método [preconizado por Henry James] como explica W. Y. Tindall, o autor tem uma função bem específica, e extremamente discreta: ‘não o que ele observa, mas o observador observando é o assunto, e a mente deste o nosso teatro’. Para indicar esse personagem central, em cuja mente se apresentam os acontecimentos, Henry James se vale de diversos termos. Ora o chama de ‘center’, ‘register’ ou ‘reflector’ ora de ‘sentient subject’, ou ainda ‘perceiver’, ‘vessel of consciousness’, mirror’, ‘center light’”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 24.
Tendo em conta a citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o entendimento de Henry James a respeito do narrador do romance, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	De acordo com Henry James, o narrador deve intervir e fazer digressões, a fim
 de desviar o foco do leitor da personagem central da história.
	
	B
	Para Henry James, sem fazer interferências nem digressões que desviem a atenção
 da história, o narrador deve parecer impessoal.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), tendo em vista que: “Na opinião de James, 
o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que desviem
 a atenção da história. Ligia Chiappini Moraes Leite [...] afirma que o ideal, para ele, e para
 muitos teóricos que o sucedem, ‘é a presença discreta de um narrador que [...] possa dar a
 impressão ao leitor que a história se conta a si própria, de preferência, alojando-se na mente 
de uma personagem que faça o papel de Refletor de suas ideias’. A pesquisadora nota que
 assim se dá ‘o desaparecimento estratégico do Narrador, disfarçado numa terceira pessoa 
que se confunde com

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