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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO 
 
 LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Factores da evolução da natalidade e mortalidade em Moçambique 
 
 
 
 
Regina Chavane Chibaela 
 
 
 
 
Maxixe, Maio de 2020 
 
 
 
 
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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO 
 
 LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA 
 
 
 
 
 
Factores da evolução da natalidade e mortalidade em Moçambique 
 
 
 
 
 
O/a Tutor/(a) 
 __________________________ 
 
 
 
 
Maxixe, Agosto de 2020 
 
 
 
Trabalho do Campo da Cadeira de Geografia 
da População entregue ao tutor do 
departamento de Ciências de Educação, 
como requisito de avaliação. 
2 
 
Índice 
Conteúdo Página 
1.Introdução .................................................................................................................. 3 
1.1.Objectivos ............................................................................................................... 3 
1.2.Metodologia ............................................................................................................ 3 
2.1.1.Taxa de natalidade nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos ......................... 4 
2.2.Taxa de mortalidade ................................................................................................ 4 
2.2.1.Taxa de mortalidade nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos ....................... 5 
2.3.Taxas de natalidade e mortalidade em Moçambique ................................................ 5 
2.4.Factores de evolução das taxas de natalidade em Moçambique ................................ 6 
2.5.Factores da evolução das taxas de mortalidade em Moçambique ...........................................6 
3.0.Considerações finais ................................................................................................ 8 
4.0.Referências bibliográficas ....................................................................................... 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.Introdução 
Taxa de natalidade e taxa de mortalidade são importantes indicadores estatísticos do crescimento 
demográfico. O estudo dos dados fornecidos por esses indicadores ajuda a compreender a 
dinâmica populacional e a entender sua relação com variáveis que influenciam o 
desenvolvimento, como migrações, qualidade de vida, factores socioeconómicos e localização. 
Neste contexto o presente trabalho inserido na cadeira de geografia da população em vista 
analisar os factores da evolução da taxa de natalidade e mortalidade de Moçambique. 
Em termos estruturais o trabalho foi organizado da seguinte forma: introdução, objectivos, 
metodologia, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas. 
1.1.Objectivos 
Geral 
 Analisar factores da evolução da natalidade mortalidade em Moçambique 
Específicos 
 Explicar os conceitos taxa de natalidade e taxa de mortalidade 
 Descrever factores da evolução da natalidade e mortalidade em Moçambique; 
 Propor possíveis soluções para reduzir a taxa de mortalidade em Moçambique 
1.2.Metodologia 
O trabalho é fruto de pesquisas bibliográficas devidamente citadas no texto e nas referências 
bibliográficas, análise de informações consultadas tendo culminado com a compilação e 
produção do trabalho. 
 
 
 
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2.0.Taxa de natalidade e taxa de mortalidade 
Segundo Matuda, (2009), taxas de natalidade e de mortalidade são indicadores de 
desenvolvimento humano. Ambas representam a quantificação e o estudo da população. 
Taxa de natalidade e taxa de mortalidade são importantes indicadores estatísticos do crescimento 
demográfico. O estudo dos dados fornecidos por esses indicadores ajuda a compreender a 
dinâmica populacional e a entender sua relação com variáveis que influenciam o 
desenvolvimento, como migrações, qualidade de vida, factores socioeconómicos e localização. 
2.1.Taxa de natalidade 
Esse indicador representa o número de nascidos vivos no período de um ano, excluindo o 
número de crianças que nasceram mortas ou que morreram logo após o nascimento. Representa a 
relação entre os nascimentos em um ano e o número total da população (José, 1999, p.65). 
Essa taxa é calculada a cada mil habitantes, e seu resultado é apresentado em permilagem 
(número por mil). 
2.1.1.Taxa de natalidade nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos 
Segundo Matuda (2009, p.56), países subdesenvolvidos apresentam elevadas taxas de natalidade 
em decorrência da ineficácia das políticas públicas relacionadas à saúde, à educação e ao 
mercado de trabalho. Boa parte da população enfrenta condições de vida miseráveis e falta de 
acesso a recursos básicos. 
Já nos países desenvolvidos, é comum que essa taxa apresente-se em declínio ou reduzida. 
Nesses países, as políticas públicas normalmente atendem com eficiência à população: há 
planificação familiar, o número de mulheres inseridas no mercado de trabalho é maior e o acesso 
à saúde e a métodos contraceptivos faz parte da realidade da maioria das famílias. 
2.2.Taxa de mortalidade 
Segundo José (1994, p.43), esse indicador representa o número de óbitos ocorridos no período de 
um ano. Essa taxa é calculada a cada mil habitantes e reflecte a relação entre o número de mortos 
anuais e a população total de um determinado lugar. Esse resultado é dado em permilagem. 
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2.2.1.Taxa de mortalidade nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos 
Segundo Matuda (2009, p.32), os países subdesenvolvidos, geralmente, apresentam essa taxa 
elevada, visto que a população carece de políticas públicas eficientes que garantam uma boa 
qualidade de vida, educação e inserção no mercado de trabalho. 
Já nos países desenvolvidos, essa taxa apresenta-se reduzida, já que nesses países o acesso às 
políticas públicas, à saúde, ao saneamento básico e à educação é eficaz, possibilitando uma boa 
qualidade de vida à maioria da população 
2.3.Taxas de natalidade e mortalidade em Moçambique 
De acordo com a contagem, realizada pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), as mulheres 
constituem a maioria da população residente em Moçambique, totalizando 14.561.352, o que 
equivale a 52% do total. Os homens perfazem 13.348.446, 48% e, em termos proporcionais, por 
cada 100 mulheres há 93,3 homens. 
O censo mostra que 99,5% da população residente no país são moçambicanos face a uma minoria 
de apenas 0,5%de estrangeiros. A taxa de natalidade reduziu-se para 38 mil nascimentos em cada 
mil habitantes em 2017, face às 42,2 mil crianças em cada mil habitantes em 2007. 
Cada mulher residente em Moçambique tem em média 5,2 filhos, um ligeiro decréscimo de 0,5 
filhos quando comparado com 2007, quando cada mulher tinha em média 5,7 filhos. 
A província de Nampula, norte de Moçambique, é a mais populosa do país, com 5.758.920 
habitantes, o correspondente a 20,6%, seguida de Zambézia, centro, com 5.164.732 (18,5%), e 
Tete, centro, com 2.648.941 (9,5%). A cidade de Maputo tem o menor número de população, 
1.120.867 (4,0%), seguida de Gaza, 1.422.460 (5,1%). 
A média de esperança de vida em Moçambique subiu de 50,9 em 2007 para 53,7 em 2017, sendo 
que as mulheres vivem mais do que os homens, ao chegarem aos 56,5 anos contra 51,0 anos dos 
homens. 
Em termos de taxa bruta de mortalidade, o número de mortes reduziu-se de 13,8 em cada mil 
habitantes em 2007 para 11,8 em 2017. Em cada 100 mil nados vivos, morriam 452 mulheres em 
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2017, o que mostra uma diminuição em relação 2007, quando morriam 500 mulheres em cada mil 
nados vivos. 
A taxa de mortalidade infantil em 2017 era de 67,3 mortes de crianças com idade até aos cinco 
anos em mil face a 93,6 em cada mil nados vivos em 2007. A percentagem da população residente 
em Moçambique com idade até 16 anos que não sabia ler nem escrever atingia 39% em 2017, 
sendo a maioria mulheres, 49,4%, contra 27,2% de homens. 
Em termos de população estrangeira residente em Moçambique, Portugal tem a quarta maior 
comunidade, com 3,9%, mas o Maláui conta com uma maioria expressiva de expatriados, 45,9% 
de habitantes, seguida do Zimbabué, 10,6% e da África do Sul 10,3% 
2.4.Factores de evolução das taxas de natalidade em Moçambique 
Moçambique ‘e um pais com elevadas taxas de natalidade devido a vários factores que podem 
ser: 
Em Moçambique os filhos representam uma carga económica (gastos em educação, cuidados 
médicos, alimentação etc.) até idades elevadas. Os filhos trabalham desde cedo e, além disso, se 
encarregam de cuidar dos pais na velhice. 
Em muitas regiões de Moçambique particularmente nas zonas rurais os filhos são encarados e 
considerados como investimento ou fonte de receita, não estudando e ajudando nas tarefas 
domésticas, agricultara ou tendo um emprego. 
A poligamia é outro factor que ainda prevalece em Moçambique, sendo que em algumas 
comunidades os Homens ganham mais prestigio quando casam com varias mulheres originando 
desta forma o crescimento da dimensão familiar. 
A falta de escolas faz com que crianças não estudem e casem muito cedo aliado ao elevado 
analfabetismo e baixa cobertura de métodos anticonceptivos. 
2.5.Factores da evolução das taxas de mortalidade em Moçambique 
Segundo o UNICEF, “a taxa de mortalidade neonatal de Moçambique é estimada em 27 mortes 
de recém-nascidos por 1.000 nados-vivos, o que significa que 1 em 27 nados-vivos morre no 
período neonatal. 
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A alta mortalidade justificava em parte o fato das famílias terem muitos filhos. Assim, como já 
se sabe que a mortalidade é elevada, as famílias acabavam tendo mais filhos, pois principalmente 
em um contexto rural, a necessidade de mão-de-obra familiar é fundamental. 
A fraca rede sanitária em Moçambique é um factor determinante na elevação das taxas de 
mortalidade pois nas zonas rurais as populações caminham vários quilómetros para acesso a uma 
unidade sanitária acabando por perder a vida antes da chegada no hospital bem como o fracasso 
do próprio sistema que leva o país não ter condições para o tratamento de algumas doenças. 
A desnutrição pela falta de alimentação adequada também é um factor que contribui 
significativamente nas elevadas taxas de mortalidade em Moçambique pois verifica-se que 
muitas comunidades principalmente das zonas áridas como Mabote, fulnahlouro, Vilanculos, 
Chicualacuala, Phafuri entre outras sempre precisam de ajuda humanitária para sobreviver a crise 
alimentar ocasionada pelas secas cíclicas nestas regiões. 
Os acidentes de viação contribuem significativamente no aumento de mortes em Moçambique 
devido a ma qualidade de estradadas e a falta de manutenção adequada da rotina das estradas 
bem como a condução sob efeitos de álcool ligado a corrupção por parte doa agentes de transito. 
Algumas doenças como HIV/SIDA e malária são também factores que têm um diferencial 
elevado nas mortes em Moçambique particularmente nas zonas rurais devido a fraca cobertura 
médico hospitalar. 
MISAU (2019), explica que a tabulação das causas de morte em todos os grupos etários indica 
que a malária é a principal causa de morte em Moçambique (29%). A esta segue- -se o 
HIV/SIDA (27%), causas peri-natais (7%), doenças diarreicas (4%), pneumonia (4%), acidentes 
e causas externas (4%), tuberculose1 (3%), doenças do sistema circulatório (3%) e neoplasmas 
malignos (1%). 
 
 
 
 
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3.0.Considerações finais 
A elevada taxa de natalidade pode também estar ligada à pobreza. Quanto mais recursos 
financeiros uma família tem, mais alternativas de diversão e lazer ela terá...Quanto menos 
condição financeira uma família tem, menos opções de diversões ela possui, então ela vê a 
criação e fabricação de filhos, como algo divertido idem para um passatempo 
Dentre os factores que contribuem para a elevada taxa de mortalidade em Moçambique 
resumem-se no deficiente sistema nacional de saúde, acidentes de viação, doenças como HIV e 
malária, desnutrição e pouca educação medica sanitária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.0.Referências bibliográficas 
INE. Impacto Demográfico do HIV/SIDA em Moçambique: Actualização – Ronda de Vigilância 
Epidemiológica 2019. Maputo 
José, A. M (1994). Introdução a alguns conceitos básicos e medidas em demografia. Textos 
Didácticos ABEP, 2 a ed. São Paulo. 
Matuda, N.S. (2009) Introdução a Demografia – Notas de Aula. Depto de Estatística UFPR 
MISAU, Programa nacional de controlo da tuberculose, Balanço do Plano Económico e Social 
do Ano 2019, Maputo.

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