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Controle de Pragas

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Controle de Pragas, Doenças e Plantas Invasoras
O mosaico é uma doença de importância oscilante, variando com a estirpe do vírus predominante, suscetibilidade das variedades e da proximidade dos canaviais de plantas hospedeiras, dos pulgões transmissores e dos vírus. Como já descrevemos anteriormente, a doença assumiu forma epifitótica desastrosa quando se cultivavam as canas nobres (Saccharum officinarum), decrescendo em sua importância, quando estas foram substituídas pelas variedades POJ, que também não eram resistentes, mas, eram tolerantes à doença e produziam satisfatoriamente. Em nossos dias, é preocupação dos melhoristas, que uma variedade seja resistente à infecção das estirpes do vírus predominante e não apenas tolerante a doença, pois, variedades tolerantes aumentam a fonte de inoculo e facilitam a variabilidade dos vírus que poderá provocar futuras epidemias. 
Controle – A maioria das medidas de controle para o mosaico baseia-se na utilização de variedades resistentes. Sendo uma doença sistêmica e de transmissão por insetos vetores, ela deve ser combatida no campo pela erradicação das touceiras doentes. Esta medida é normalmente executada durante a formação dos viveiros de mudas e recebe o nome de “roguing”, que significa eliminação de plantas que estão fora do padrão. Esta eliminação poderá ser feita com enchadão ou herbicida, eliminando-se a touceira toda. No caso da eliminação por herbicida usa-se uma solução de glifosato a 3% com 0,02% de um inseticida sistêmico em água, pulverizando uma pequena quantidade desta solução na região do “cartucho” das plantas que devem ser eliminadas. Na eliminação por enxadão, deve-se posteriormente retirar as plantas eliminadas do interior do canavial para evitar sua rebrota ou que os pulgões que nela estiverem saiam para sugar outras plantas. Outra medida de controle é também evitar o plantio dos viveiros de mudas próximos de áreas plantadas com milho ou sorgo, pois como dissemos anteriormente estas plantas são hospedeiras do vírus e dos pulgões, servindo como fontes disseminadoras da doenças.
CARVÃO- É uma das doenças da cana considerada de grande capacidade de disseminação e com enormes tendências de assumir um estado epifitótico quando abusamos da utilização de variedades com resistência intermediária ou variedades suscetíveis. A distribuição e multiplicação de uma variedade, sem o prévio conhecimento da sua reação para o carvão, ou mesmo a negligência no plantio e no uso de materiais sabidamente suscetíveis ou com qualidade fitossanitaria duvidosa, poderá acarretar sérias consequências. 
Controle – As medidas de controle para o carvão estão resumidas ao cultivo de variedades resistentes e a utilização de mudas produzidas através do tratamento térmico e conduzidas no campo com inspeções de “roguing”.
RAQUITISMO DA SOQUEIRA- É a doença da cana mais disseminada pelos canaviais do mundo e por não possuir uma sintomatologia típica, ela é muitas vezes negligenciada e pode provocar grandes perdas na produção. 
Controle – O tratamento térmico em água a 52°C por 30 minutos ou 50,5°C por 120 minutos são os meios mais eficientes de controle da doença, uma vez que, não se conhece até o momento, uma fonte de resistência genética que possa ser usada na obtenção de variedades tolerância à bactéria, ou seja, não apresentam diferenças significativas na produção, quando se comparam variedades tratadas termicamente e variedades inoculadas com a bactéria. A utilização da amônia quaternária na desinfecção de facões e máquinas agrícolas é hoje o método mais eficiente de se evitar a disseminação da doença dentro dos canaviais. Uma solução de amônia quaternária a 0,2% em água, partindo de uma amônia quaternária a 30%, apresenta os resultados esperados.
FERRUGEM-A ferrugem da cana-de-açúcar é a doença de mais rápida disseminação. Relatada pela primeira vez sobre canaviais comerciais em 1940, na África do Sul, sobre a variedade Co301. Dispersou-se rapidamente por todo o continente Africano. No continente Americano, a ferrugem foi relatada em 1978 na Republica Dominicana, sobre a variedade B4362.Em 1980, todos os países que cultivavam a variedade B4362 nas Américas Central, do Norte e do Sul, apresentavam problemas com a ferrugem, onde a doença causou sérios prejuízos. Em 1986 a ferrugem foi encontrada no Brasil sobre a variedade SP71-799 no município de Capivari do estado de São Paulo e em poucos meses, já era descrita em vários outros estados.
Controle – Devido ao seu poder de disseminação, é praticamente impossível deter o avanço da ferrugem após constatados os primeiros focos. O uso de fungicidas é hoje inviável economicamente. O uso de variedades resistentes é sem dúvida o método mais eficiente e viável de se controlar a doença. Quase todos os programas de melhoramentos de variedades possuem como preocupação que suas variedades melhoradas sejam resistentes à ferrugem.
SINDROME DO AMARELECIMENTO FOLIAR (AMARELINHO)- Reportada pela primeira vez no Brasil no inicio da década de 1990, sobre a variedade SP71-6163, que representava quase 30% dos canaviais do Estado de São Paulo, provocou grandes prejuízos pela necessidade da rápida substituição desta variedade, como também pela rápida queda de produção destes canaviais.
Controle – O uso de variedades resistentes e mudas com qualidade parecem ser o melhor método. O tratamento térmico para o controle do raquitismo da soqueira não tem ação sobre o vírus do Amarelinho.
PODRIDÃO VERMELHA- É uma das doenças mais conhecidas da cana-de-açúcar por estar associada à broca da cana e pelos transtornos provocados na industria para a extração do açúcar.
Controle - A utilização de variedades resistentes e principalmente o controle da broca da cana, são os meios mais eficientes para minimizar os prejuízos causados.
ESTRIAS VERMELHAS - As estrias vermelhas são uma doença bacteriana, que atualmente possui importância secundária, mas, com a expansão dos canaviais para locais mais quentes e com épocas de alta umidade relativa, associada a uma melhoria da fertilidade do solo, podem causar sérios prejuízos, pois algumas variedades atualmente em uso não possuem resistência satisfatória.
Controle – A utilização de variedades resistentes e evitar o plantio de variedades suscetíveis, em locais de solo fértil ou muito fertilizado, em baixadas úmidas, são os meios de controle para esta doença.
PODRIDÃO ABACAXI - A Podridão Abacaxi é atualmente uma doença bastante associada ao plantio mecanizado, quando este é realizado em condições desfavoráveis para a brotação das gemas no solo, provocando grandes falhas nos canaviais plantados.
Controle - O plantio em época favorável para uma boa brotação, onde a temperatura e a umidade do solo favorecem a brotação da gema, evitam que medidas como a utilização de fungicidas, sejam a única capaz de combater o ataque do fungo. Fungicidas como o benomil e o triadimenol quando usados na concentração de 0,6g por litro de água, na imersão dos toletes por 10 a 15 minutos oferecem proteção aos toletes. Pulverizações destes fungicidas nos sulcos de plantio não apresentaram o efeito desejado.
POKKAH BOENG - Uma doença bastante comum em nossos canaviais no período em que as plantas estão em intensa vegetação. Pode provocar a morte de colmos em variedades suscetíveis ou deformações no colmo.
Controle – Normalmente não se adotam medidas de controle para esta doença, pois as variedades atualmente em uso, apesar de apresentarem os sintomas, possuem uma recuperação satisfatória dos sintomas.
As plantas daninhas podem ser eliminadas por três grandes grupos de controle: mecânico, químico e cultural. Estes controles apresentam vantagens e limitações e demandam o uso simultâneo de, no mínimo, duas práticas complementares.
Controle mecânico
Pode ser realizado manualmente, com a utilização de tração animal, ou através de tratores para o preparo do solo. Essa prática requer muito cuidado na escolha do implemento a ser utilizado, o qual deverá ser adequado ao tipo de cultivo e às plantas daninhas que deverão ser retiradas. A enxada é uma
boa opção para o controle de plantas daninhas após o plantio da cultura, sendo utilizada, principalmente, em pequenas áreas. Durante o uso da ferramenta, deve-se ficar atento à profundidade da capina, que deve ser superfícial para não atingir as raízes das plantas.
Controle químico
O controle químico é realizado com o uso de herbicidas que, aplicados em doses corretas, matam ou retardam o crescimento das plantas daninhas. As vantagens do controle químico são a economia de mão-de-obra e a rapidez da aplicação dos herbicidas.
Para que o resultado seja satisfatório, além de utilizar o herbicida mais apropriado às plantas daninhas (Tabela 1), antes da aplicação, o produtor deve se preocupar com outros detalhes, como: regular corretamente o aparelho de pulverização; não aplicar herbicidas pós-emergentes imediatamente após muita chuva; não aplicar herbicidas com ventos acima de oito quilômetros por hora nem mesmo com o uso de bicos específicos para a redução da deriva; aplicar o herbicida em ambiente com umidade relativa superior a 60%; não aplicar quando as plantas daninhas estiverem sob estresse hídrico e escolher o bico recomendado pelo fabricante do produto a ser aplicado.
  Tabela 1. Herbicidas utilizados para controlar as plantas daninhas da cana-de-açúcar, com o manejo tradicional de 
  queima da palhada. 
Desde a década de 1920, os produtores rurais utilizam os herbicidas. O seu uso em larga escala selecionou plantas daninhas mais resistentes, o que demandou a formulação de novos compostos químicos. Em função disso, surgiram diversos impactos ambientais. O modo de manuseio e o descarte das embalagens dos herbicidas também causam preocupação aos ambientalistas. Algumas precauções devem ser tomadas durante a aplicação do produto, como:
· Utilizar herbicidas devidamente registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e cadastrados na Secretaria de Agricultura do Estado. O número do registro deve constar no rótulo do produto;
· Usar equipamento de proteção individual (EPI) em todas etapas de manuseio do herbicida - abastecimento do pulverizador, aplicação e lavagem de equipamentos e embalagens;
· Não misturar herbicidas nos tanques. Esse procedimento é proibido por lei (Instrução Normativa do Mapa nº 47, de 07/2002). Somente é permitida a utilização de misturas formuladas;
· A aplicação de herbicidas de pós-emergência requer o cumprimento do período de carência do produto;
· O rótulo e a bula devem ser lidos com bastante atenção. As orientações para descarte das embalagens devem ser observadas;
· Após a tríplice lavagem das embalagens de produtos líquidos, deve-se entregá-las no posto de recebimento indicado na nota fiscal de compra em até um ano após a compra do produto, conforme prevê legislação do Mapa (Lei 9.974/2000 e Decreto 4.074/2002).

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