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Nome: Beatriz Martins Moraes 
Curso: Medicina Veterinária - 1° período 
Disciplina: Protejo Integrador de Meio Ambiente 
 
 
Resenha crítica sobre o artigo "Análise da percepção de estudantes 
e profissionais de Medicina Veterinária sobre sua atuação na área 
de Saúde Ambiental." 
 
 O exame de defesa "Análise da percepção de estudantes e profissionais 
de medicina veterinária sobre sua atuação na área de saúde ambiental" foi escrito 
pela médica veterinária Cláudia Scholten, que atualmente ocupa o cargo de 
Presidente da Comissão Nacional de Meio ambiente do Conselho Federal de 
Medicina Veterinária em Brasília. Cláudia se formou em Medicina Veterinária na 
Universidade de Franca, e a mesma graduação foi seguida de diversas realizações 
profissionais pelo caminho, como esse artigo que foi escrito para a defesa de uma 
tese de doutorado de Medicina Veterinária na UNESP. 
 Em uma primeira análise, a autora introduz e desenvolve em alguns tópicos 
toda a problemática por trás do estudo. Inicialmente, como dito na introdução, os 
obstáculos ambientais vêm crescendo cada vez mais na nossa sociedade, 
principalmente pela sustentabilidade ainda não ser a prioridade durante a produção. 
"A relação entre o homem e o meio ambiente provavelmente nunca esteve tão 
crítica. Vista como meio de se obter lucros, a natureza tem sido apropriada pelo 
capital" (ALBUQUERQUE, 2007). 
 Diante disso, busca-se profissionais multidiciplinares capacitados para 
lidar de forma adequada à procura de estratégias de melhorias. Contudo, os 
médicos veterinários ocupariam perfeitamente o cargo se não fosse o descaso da 
formação incompleta dos mesmos em relação ao meio ambiental, que é o principal 
ponto desse artigo. 
 Por gerações no Brasil, houve a exploração dos recursos naturais, 
sempre com a esperança de que um dia a natureza não cobrasse os danos 
antrópicos que teve. Desde que os portugueses pisaram no território brasileiro há 
exploração da natureza e da biodiversidade. Dentre os recursos, que não foram 
citados no texto, foram explorados a madeireira, exploração do solo para 
comércio de café, do ouro, além agropecuária para subsistência. (QUEIROZ, 
2017). A industrialização também causou impactos graves, tendo em vista a 
migração dos trabalhadores do campo para a cidade, e consequentemente mais 
fontes que desgastam o meio ambiente, além a poluição do ar, como a fumaça, que 
pode causar diversas doenças respiratórias (GANZALA, 2018). Com o tempo, as 
percepções das gerações mudaram e colocaram o assunto em pauta, com a 
importância que deveria ter tido antes, e como citou Cláudia, perceberam que os 
recursos podem acabar um dia, ou seja, não são infinitos. 
 A partir desse pensamento, volta-se em alta a sustentabilidade como 
maneira de desenvolver economicamente a sociedade visando não degradar a 
natureza. Contudo, para o desenvolvimento sustentável, deve-se conscientizar não 
só o corpo social como um todo, mas também aqueles que estão diretamente 
ligados com a prática, como pecuaristas e agricultores, e até mesmo as grandes 
empresas com a emissão de resíduos tóxicos. Mesmo que não seja tão visível para 
todos, a água é uma das principais preocupações de esgotamento, uma vez que é 
consumida 70% do total somente na agricultura e que poderia ser reduzida através 
das novas tecnologias que já são utilizadas em alguns países. 
 A Medicina Veterinária segundo a Lei nº 5517/1968, em seus artigos 
5º e 6º (BRASIL, 1968) possui diversas maneiras para exercer a profissão, porém 
nem todas as vertentes da Veterinária são valorizadas como deveriam, tendo em 
vista que normalmente só focam na área clínica e esquecem que o veterinário 
deveria ser capacitado também para trabalhar com o meio ambiente, tendo em vista 
que para ser um profissional completo deve estar por dentro de todos os 
acontecimentos da natureza. Como exemplo, podemos citar que antigamente a área 
da agropecuária que era voltada somente para criação de gados, e hoje em dia 
divide o espaço com fábricas que seus poluentes podem ser prejudiciais à saúde 
dos animais criados ali, e o médico veterinário tem o dever de não só fiscalizar mas 
como também manter um ambiente adequado. Além disso, para exploração 
consciente precisa-se de um profissional preparado e capacitado que se aproprie da 
Gestão Ambiental para o uso sustentável do recurso. 
 Muitos desses erros se dão no início da formação desses estudantes como 
profissionais, já que as faculdades associam o médico veterinário somente à área 
clínica, a matriz curricular de grande parte das instituições tem sua carga horária 
voltada para a clínica veterinária, zootecnia etc., deixando sempre em menor escala 
as matérias ambientais. Entre as poucas faculdade que entregam aos alunos uma 
formação completa de profissional capacitado, foram citadas a Universidade 
Federal Rural do Rio de Janeiro, Universidade de Franca e Universidade de 
Marilia, que são cursos superiores com disciplinas voltadas para a percepção 
ambiental. O erro não está somente nas instituições e nos professores, que 
deveriam propor teoria e prática ambiental, mas também na falta de interesse dos 
alunos, que deveriam querer estar por dentro de todas as capacitações que a 
graduação exige na Lei nº 5517/1968. 
 Baseado em todos os fatos abordados acima, foi feita uma pesquisa com 
os estudantes e profissionais do curso de todas as regiões do Brasil, com o objetivo 
de reformar a matriz curricular, já que foi fundamentado no artigo da autora que 
houve falha na formação dos médicos veterinários, a partir do estudo de 
Yamamoto que pergunta: “O que você entende por sustentabilidade rural?” e 
obteve como resultado obstáculos para a resposta dos entrevistados, onde muitos 
até que tiveram que pesquisar termos na internet. 
 As pesquisas foram feitas no intervalo de setembro de 2010 e setembro 
de 2011, em 22 estados, onde foi feita uma avaliação de todos os participantes 
através de um questionário semiestruturado, que contou com 263 estudantes e 430 
profissionais já formados, e contou com três blocos. A identificação dos 
participantes era opcional. 
 Primeiramente, resumiremos sobre a análise dos estudantes, que tem 
como objetivo fornecer da maneira apropriada sobre a relação do médico com o 
meio ambiente nas faculdades, com a mudança do conteúdo progamático. Foi 
apontado que os alunos que participaram estavam no último ou penúltimo ano da 
graduação, ou seja, próximos a entrarem no mercado de trabalho. Nas regiões 
Norte, Nordeste e Sul foi apontado que a maioria dos estudantes sabiam o papel do 
médico veterinário no ambiente, porém os do Sudeste e Centro-Oeste, a maioria 
não sabia. Os estudantes do Sudeste e Sul dizem que os médicos estão preparados 
para lidar com a saúde ambiental, as demais regiões dizem o contrário, assim como 
também na questão da constância que as disciplinas do meio ambiental apareceram 
de maneira adequada durante o curso. Já outro exemplo do estudo sobre práticas de 
biogás, esterqueiras e reuso de água na agroecologia na produção agropecuária a 
resposta da grande maioria (Região Centro-Oeste, Norte e Nordeste) não tinham 
elementos suficientes para responder a perguntas. A partir dos exemplos utiliizados 
nos questionários, sabe-se que os fatos variam muito de uma região para outra e 
isso se deve ao fato das matrizes curriculares serem diferentes, principalmente no 
Sul e Sudeste, que possuem mais matérias relacionadas ao meio ambiente do que 
as outras regiões. 
 Ademais, falando agora sobre os profissionais, que o estudo tem o intuito 
de avaliar os conhecimentos sobre o campo sustentável, onde a maioria dos 
participantes são considerados entre jovens e maduros pois possuem menos de 15 
anos de formação. Como primeira observação, aborda que em todas as regiões, 
comexcessão do Norte, os profissionais alegam que já trabalharam ou trabalham 
com atividades do meio ambiente. Quando a pergunta foi relacionada sobre a 
frequência da abordagem do tema durante a graduação, todas as regiões teve a 
maioria de que "raramente" ocorre essa abordagem, sendo somente pequenos 
percentuais que obtiverem a resposta como "frequentemente". E por último, 
podemos exemplificar com a pergunta feita de quais seriam os responsáveis danos 
ambientais na percepção dos profissionais, e a maioria das respostas em todas as 
regiões foram a sociedade em geral e as indústrias. 
 Portanto, após todos os fatos postos em pauta durante o estudo, pode-se 
concluir que os profissionais de medicina veterinária devem ser preparados melhor 
para exercer a profissão e para entrar no mercado de trabalho. Além disso, torna-se 
evidente salientar a importância da formação completa e adequada desse 
profissional para ele próprio saber quais são seus deveres no cargo, além do que é 
ensinado nas IES, e de que maneira seus conhecimentos que devem ser adquiridos 
durante a graduação podem contribuir para projetos ambientalistas e sustentáveis. 
Com isso, é essencial para que ocorra reais transformações, mudanças nas matrizes 
curriculares das instituições, onde podem ser inseridas juntamente ciências básicas, 
as ciências ambientais, a ecologia, a biologia e o saneamento ambiental e as 
matérias clássicas da Medicina Veterinária, onde poderia haver uma disciplina que 
puxaria diversas questões ambientais. E para os profissionais, expõe-se a 
necessidade de maior acessibilidade para àqueles que querem entrar nessa área 
agora e precisam de uma adequação, como a autora citou. Dessa forma, poderá ser 
formada uma sociedade composta de médicos veterinários preparados para 
qualquer tipo de desafio que a profissão pode exigir. 
 Nesse contexto, considero que a percepção dos estudantes e 
profissionais, por mais que em uma primeira vista pareça diferente, quando 
analisada com dados e estudos aprofundados, observamos que tem pontos muito 
semelhantes, como a falta de conhecimento do próprio curso sobre seu leque de 
competências exigidas pela profissão, dado também pelo mesmo motivo, que é a 
ausência de uma graduação completa pertinente a lei, devido a carência de 
disciplinas que lidassem com o meio ambiente para o veterinário, fato que 
atrapalhou na formação de um médico completo e pronto para todos os tipos de 
situações. Porém, mesmo com pontos semelhantes de percepção, os estudantes 
pareciam mais empenhados na pesquisa e no assunto, visto que para eles agora é 
mais fácil e mais confortável aprender e mudar o rumo da sua carreira, do que 
profissionais formados que já estão na área há uns anos. 
 Por fim, considero que o artigo foi muito bem fundamentado pela autora, 
com diversas referências que agregam muito à compreensão e facilidade do 
assunto. Os dois artigos, ou seja, "A participação do Médico Veterinário nas 
questões ambientais" e "Análise da percepção de estudantes e profissionaus da 
Medicina Veterinária sobre sua atuação na área de saúde ambiental" se 
complementam perfeitamente, e após a leitura formei uma visão mais madura e 
vasta sobre as aptidões dos médicos veterinários, tanto que procurei um estágio a 
partir do interesse nos artigos e fui aceita. Os dois artigos foram muito completo e 
fundamentais para o melhor entendimento da profissão, principalmente de quem 
está começando agora já saindo da bolha que é formada pela sociedade. 
 
 
 
REFERÊNCIAS DE ESTUDO 
ALBUQUERQUE, Bruno Pinto de. As relações entre o homem e a natureza e a 
crise sócio-ambiental. Brasil- RJ - Rio de Janeiro - Dezembro – 2007, Fundação 
Oswaldo Cruz. 
QUEIROZ, Neucy Teixeira. O conhecimento histórico para compreensão dos 
problemas ambienatais da atualidade. EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM AÇÃO 
, v. 59, p. 2645, 2017. 
GANZALA, Gabryelly Godois. A industrialização, impactos ambientais e a 
necessidade de desenvolvimento de políticas ambientais sustentáveis no século 
XXI. UNINTER, 2018.