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EPIDEMIOLOGIA E SAÚDE BIOESTATÍSTICA 1 NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA PROFª. DRª. DIANA PAULA REGO CARVALHO NOÇÕES DE BIOESTATÍSTICA Definição Conceitos importantes Análise Construção de tabelas e gráficos BIOESTATÍSTICA “Estatística é a área do conhecimento que se encarrega, especificammente, da coleção ou da reunião de dados”. A Bioestatística é a aplicação da estatística nas ciências da vida. Como os objetos de estudo da biologia são muito variados, tais como a medicina, as ciências agropecuárias, entre outras, é que a Bioestatística ampliou seu campo para incluir qualquer modelo quantitativo, não apenas estatístico e que então pode ser empregado para responder às necessidades oportunas. A obtenção de conhecimento deixou de ser baseada apenas na sempre importante, mas limitada, experiência clínica, para ser adquirida por meio de metodologia científica. Esta envolve, de forma fundamental, o emprego de análise estatística. CONCEITOS IMPORTANTES POPULAÇÃO Totalidade dos elementos ou de um atributo dos elementos referentes a um conjunto determinado; AMOSTRA É uma parte tomada da população, ou um conjunto de elementos da população, selecionado segundo algum critério; POPULAÇÃO/AMOSTRA E AMOSTRAGEM PROBLEMAS USUAIS NA COLETA DE DADOS Representatividade é um fator associado à forma de amostragem. Para tanto, deve-se selecionar uma amostra que reproduza as características observáveis da população. Fidedignidade está relacionada com a precisão dos dados, ou sua qualidade. Fidedignidade Fator associado Estado Precisão Qualidade dos dados Instrumentos de aferição Corretamente calibrados Elevada Falhas nos instrumentos Reduzida Processo de aferição Competência técnica Elevada Falhas humanas Reduzida Questionários Bem elaborados Elevada Falhas nos questionários Reduzida CLASSIFICAÇÃO Estatística analítica Demonstrar associações ou relações entre as características observadas Fazer inferências Extrair consequências científicas Estatística descritiva Sintetizar e resumir a informação contida em uns dados Coletar Classificar Representar Resumir BIOESTATÍSTICA Descrever e sintetizar Analisar e inferir DESCRITIVA INFERENCIAL Índices estatísticos Métodos gráficos Contraste de hipóteses Intervalos de confiança RELAÇÕES ENTRE A BIOESTATÍSTICA E A EPIDEMIOLOGIA Dedução de consequências empiricamente contrastáveis frente a dados Plano de investigação Formulação de uma hipótese Desenho : estratégia de coleta dos dados Dados Tratamento estatístico : ajuste de modelos matemáticos Contraste de hipóteses: valor de p Estimação das medidas de efeito (com seu intervalo de confiança) Terreno teórico Epidemiologia Bioestatística Conclusões, generalização de resultados CONTROLE DE ERRO NOS DESENHOS Estatística Ferramentas para anular os erros sistemático e minimizar o erro aleatório Seleção da população Obtenção da amostra Alocação nos grupos Seguimento Coleta e análise dos dados Erro sistemático Validade interna Validade externa Erro aleatório Seleção da população Obtenção da amostra Precisão dos resultados A PRÁTICA DA INVESTIGAÇÃO Coleta de dados Matéria prima da Biostatística São resumidos mediante uma série de números que se calculam a partir dos dados iniciais Índices estatísticos VARIÁVEIS: São as qualidades ou quantidades coletadas de cada indivíduo. São assim denominadas, pois variam de um sujeito para o outro. NÍVEIS DE MENSURAÇÃO E VARIÁVEIS Medir uma grandeza Associar a essa magnitude um número real: Definição que VAI ser medido Definição de um critério para a medição, isto é, uma ESCALA Leitura Interpretação A MEDIDA é uma relação entre magnitude e critério. Gera, portanto, uma VARIÁVEL VARIÁVEIS CLASSIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS TIPO CLASSE SUB-CLASSE EXEMPLOS CATEGÓRICAS Nominal Exaustivas Gênero musical preferido Mutuamente Exclusivas Sexo, Cor dos Olhos, Etnia Ordinal Escolaridade QUANTITATIVAS Contínua Intervalar Temperatura Racional Idade, Peso, Altura Discreta N úmero de Dentes Cariados, Perdidos e Obturado (CPO-d) CLASSIFICAÇÃO DAS VARIÁVEIS QUALITATIVAS NOMINAIS para sua medição usamos escalas nominais, onde os valores são identificados como palavras (dicotômicas ou binárias e policotômicas) QUALITATIVAS ORDINAIS o tipo de escala utilizado para medi-las é a escala ordinal QUANTITATIVAS DISCRETAS Somente assumem valores isolados. Seus valores são finitos e coincidem com números inteiros QUANTITATIVAS CONTÍNUAS São numéricas e, além disso, podem, teoricamente, assumir qualquer valor com um número de decimais que tende ao infinito. Tipo de variável Utilidade – serve para Qualitativa nominal Classificar Qualitativa ordinal Hierarquizar Quantitativa discreta Contar Quantitativa contínua Medir Algumas confusões Variável IDADE Qualitativa ordinal Criança Adulto Qualitativa discreta ... 21 Qualitativa contínua 1 2 Adolescente Idoso 22 23 24 25 ... 3 ... Hoje 19 anos 21/03/96 Algumas confusões TUDO DEPENDE DE COMO COLETAMOS E TRABALHAMOS A VARIÁVEL O mais interessante seria pedir a data de nascimento, pois assim poderia trabalhar da forma que achar melhor durante a análise. Categorias com números: Algumas confusões OS NÚMEROS SÃO CATEGORIAS VARIÁVEL QUALITATIVA ORDINAL Frequência TAMANHO GRANDEZA PORÇÃO PARCELA DO TOTAL IMPORTÂNCIA DE SE COMPREENDER AS FREQUÊNCIAS Número de pessoas com hipertensão em uma comunidade! MEDIDAS DE POSIÇÃO E DISPERSÃO OBS: Para fazer a análise da variável quantitativa é preciso descrever a distribuição da variável. Medidas de posição Média Medidas de posição Mediana Medidas de posição Moda Medidas de dispersão Amplitude – SE O GRUPO É MUITO CONCENTRADO, ELA É PEQUENA, SE O GRUPO É MUITO DISPERSO, ELA SERÁ GRANDE Medidas de dispersão Variância: o quão disperso é o grupo em relação a sua média; Medidas de dispersão Raiz quadrada da variância = Desvio Padrão – indicador de dispersão IMPORTANTE A MEDIANA pode ser utilizada em qualquer situação, mas sua maior utilidade é quando sua distribuição é assimétrica Muitas vezes é utilizada com quartis. Diana Rego Carvalho (DRC) - importante A MODA é um bom indicador quando o grupo tem uma distribuição assimétrica Também pode ser utilizada em variáveis categóricas IMPORTANTE A MÉDIA deve ser sempre acompanhada do DESVIO PADRÃO (DP) em grupos com distribuições normais Distribuição normal ou simétrica A faixa há um desvio padrão de desvio da média sempre tem probabilidade de 68% Distribuição normal ou simétrica Distribuição normal? Teste de hipótese: SHAPIRO-WILK SIM NÃO Quando se sabe que o grupo segue a distribuição normal é possível qualquer faixa de resultados. Mas como ter certeza que segue uma distribuição normal? Cálculo amostral Cálculo amostral Cálculo de amostra GRÁFICOS EXERCÍCIOS Numa comunidade 450 diabéticos são acompanhados pelos enfermeiros de cinco Equipes Saúde da Família. Suspeita-se que um dos diagnósticos de enfermagem considerado prioritário para esta população é “Controle Ineficaz do regime terapêutico”. Dados registrados na unidade mostram que a prevalência deste diagnóstico em diabéticos é de 35%. Por outro lado, existe pouca informação sobre os fatores que influenciam a ocorrência deste diagnóstico na população em questão. Com base nisto, você decide desenvolver um estudo transversal considerando um coeficiente de confiança de 95% (1,96) e um erro aleatório de 5%. Calcule o tamanho da amostra necessário para desenvolver tal estudo. EXERCÍCIOS 1.2.) Considerando os dados da questão anterior e o valor calculado da amostra, faça uma amostragem estratificada considerando a distribuição dos diabéticos conforme a tabela a seguir: Equipe No. de diabéticos 1 80 2 90 3 150 4 60 5 70
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