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OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DE QUEIMADURA APÓS PROCEDIMENTO DE CRIOLIPÓLISE RELATO DE CASO

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ARTIGO ORIGINAL
ISSN: 2178-7514
Vol. 12| Nº. 3| Ano 2020
OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DE QUEIMADURA APÓS PROCEDIMENTO 
DE CRIOLIPÓLISE: RELATO DE CASO
Luana Caroline Pereira Rodrigues¹, Caroline Prudente Dias2, Aline Leal de Oliveira3, 
Rodrigo Santiago Barbosa Rocha4, Larissa Salgado de Oliveira Rocha5
RESUMO
Objetivo: Verificar a influência de um protocolo na otimização do processo de cicatrização de queimadura decorrente 
do uso da criolipólise. Métodos: Trata-se de um relato de caso descritivo, em um indivíduo do sexo feminino o qual 
se submeteu ao procedimento de criolipólise na região abdominal superior e inferior, sendo que após o procedimento 
a paciente foi acometida por queimadura grau 2 na região do abdômen superior. Foi aplicado protocolo de otimização 
do processo cicatricial com o uso do laser vermelho 660nm, carboxiterapia e fator de crescimento. Resultados: Após 
sete dias, a pele da região da queimadura apresentou-se com aspecto vermelho escuro no centro e nas bordas ainda 
com processo inflamatório, sem prurido e sem bolhas. No décimo quinto dia de tratamento, verificou-se delimitação 
da área dos piltiers e a pele com sinais de cicatrização, com a área de queimadura delimitada. No segundo mês, observa-
se processo de cicatrização das bolhas e com melhora da coloração e pigmentação. Posteriormente, com três meses de 
tratamento da queimadura, visualiza-se uma pele firme, lisa e sem cicatriz aparente demonstrando total recuperação 
do tecido. Conclusão: O protocolo demonstrou-se eficaz para a otimização de cicatrização da queimadura pela 
criolipólise, melhorando de maneira satisfatória a textura e pigmentação da pele, bem como o processo cicatricial, 
quando comparadas com o tecido não lesado pela queimadura.
Palavras-chave: Fator de crescimento; Laser Vermelho; Queimadura; Cicatrização
ABSTRACT
Objective: To verify the influence of a protocol in the optimization of the burn healing process resulting from the 
use of cryolipolysis. Methods: This is a descriptive case report, in a female individual who underwent a cryolipolysis 
procedure in the upper and lower abdominal region, and after the procedure the patient was affected by a grade 2 
burn in the abdomen region. higher. A protocol for the optimization of the healing process was applied with the use 
of the 660nm red laser, carboxytherapy and growth factor. Results: After seven days, the skin of the burn region was 
dark red in the center and on the edges, still with an inflammatory process, without itching and without bubbles. On 
the fifteenth day of treatment, there was delimitation of the area of the piltiers and the skin with signs of healing, 
with the area of burn delimited. In the second month, there is a healing process of the blisters and an improvement 
in color and pigmentation. Subsequently, with three months of treatment of the burn, a firm, smooth skin with no 
apparent scar is visible, showing total tissue recovery. Conclusion: The protocol proved to be effective for optimizing 
the healing of burns by cryolipolysis, satisfactorily improving the texture and pigmentation of the skin, as well as the 
healing process, when compared to the tissue not injured by the burn.
Keywords: Growth Factor; Red Laser; Burn; Healing
Autor de correspondência
Luana Caroline Pereira Rodrigues
E-mail: carollynne_0000@hotmail.com
1 Pós graduanda em Fisioterapia Dermatofuncional Internacional na Faculdade Inspirar (INSPIRAR)
2 Graduanda do Curso de Fisioterapia da Universidade do Estado do Pará (UEPA)
3Pós graduada em Fisioterapia Dermatofuncional (UNISANTANA) e Fisioterapia Estética (IBRAPE)
4Doutor e docente do curso de graduação em Fisioterapia da Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
5 Doutora em Ciências do Movimento Humano pela Universidade Metodista de Piracicaba 
(UNIMEP). Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
e da Pós graduação da Faculdade Inspirar
Optimization of burn healing procedure after criolipolysis procedure: case report
DOI: doi.org/10.36692/v12n3-14
https://doi.org/10.36692/v12n3-14
Otimização do processo de cicatrização
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.12| Nº. 3| Ano 2020| p. 2
 INTRODUÇÃO
 Os aspectos socioculturais e mídias 
sociais tem influenciado em parte a população 
na busca do corpo magro e belo. Assim, dietas, 
exercícios e procedimentos estéticos são 
modalidades bastante procuradas. A criolipólise 
por ser uma forma segura e não invasiva de 
esculpir o corpo e reduzir a gordura localizada, 
é um dos tratamentos mais procurados (1).
 Com isso, a maioria da população 
do gênero feminino que busca pelo “corpo 
perfeito”, procura centros, clínicas e consultórios 
estéticos que oferecem procedimentos como 
a criolipólise, sendo as regiões que geram 
mais incômodos são o abdômen superior e 
inferior, flancos e região dorsal, no entanto 
se faz imprescindível a avaliação global e 
criteriosa para o desenvolvimento do plano de 
tratamento(2). 
 Desenvolvida por pesquisadores em 
Harvard nos Estados Unidos, a criolipólise 
é considerada uma técnica não invasiva, com 
eficácia comprovada em estudo piloto, em uma 
espécie de suíno submetido ao frio extremo e 
após três meses da exposição foi mensurado 
redução do tecido, sem danos locais (1,2).
 A técnica mais utilizada é a acoplação da 
manopla na superfície da pele, com resfriamento 
controlado e localizado na região adipocitária, 
por um período de 40 a 60 minutos(3). Devido 
à prolongada exposição ao frio, é utilizada uma 
manta de proteção com agentes anticongelantes 
sobre a pele antes da acoplação da ponteira. 
Ela deve estar esticada cobrindo toda a região 
tratada e placas com a pele da paciente, sendo 
essencial para a proteção, diminuindo o risco 
de queimaduras (1,2).
 Apesar de todos os cuidados e 
orientações podem ocorrer queimaduras 
quando não se utiliza a manta anticongelante 
ou quando é reutilizada, ou quando a máquina 
de criolipólise está descalibrada ou sem a 
devida manutenção, que se dá quando os 
piltiers que ficam dentro das placas oscilam 
não mantendo a temperatura que está descrita 
no aparelho, fazendo com que não resfrie as 
placas ou congele muito ao ponto lesar a pele 
por congelamento (4). 
 Ademais, as queimaduras podem ser 
visualizadas mais comumente em pessoas com 
pouco tecido adiposo as quais são submetidas 
ao procedimento, por isso é de suma 
importância durante a avaliação para verificar 
a espessura da camada adiposa, e os fatores 
relacionados a circulação, para evitar qualquer 
intercorrência. Além disso, pode influenciar 
também no processo de queimadura, se o 
aparelho estiver com a pressão muito forte ou 
quando a máquina de criolipólise estiver sem a 
manutenção adequada (5).
 Desta forma, considerando as lesões 
desencadeadas pelo frio destacam-se quatro 
fases, a primeira é a pré-congelamento que 
ocorre o processo de resfriamento da pele 
levando a alterações de vasoplasticidade 
e filtração plasmática, quando o tecido é 
Otimização do processo de cicatrização
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.12| Nº. 3| Ano 2020| p. 3
submetido a temperaturas de 3 a 10ºC. A segunda 
é a fase de congelamento, onde a pele atinge 
-4ºC, a propriocepção já está abolida e não há 
circulação sanguínea e a partir dessa fase há a 
cristalização, em que a temperatura dos tecidos 
cai num intervalo de 0,5ºC/min (6). A fase três é 
a de estase vascular, na qual já há alteração dos 
vasos sanguíneos desencadeando espasticidade, 
consequentemente extravasamento do plasma 
caracterizando a estase celular. A isquemia é a 
última fase, tendo como resultado trombose, 
disfunções autonômicas, gangrenas e 
isquemias(6).
 Alguns recursos 
eletrotermofototerapêuticos podem ser 
utilizados para a otimização do processo 
de cicatrização da queimadura como a alta 
frequência que auxilia notratamento de 
lesões cutâneas, pelo efeito cicatrizante, 
analgésico, anti-inflamatório, ação bactericida e 
antisséptico (7). Durante a cicatrização, favorece 
no processo de neoformação, com aceleração 
dos fibroblastos e organização do colágeno (8), 
bem como a Carboxiterapia, para melhora da 
cicatrização e aumento do fluxo sanguíneo (9).
 A fotobiomodulação é uma modalidade 
não invasiva, com efeito cicatricial, anti-
inflamatório e bioestimulador (10), a luz 
retarda o crescimento de bactérias, melhora 
a circulação local, oxigenação, vasodilatação 
e angiogênese (11). Estudos apontam que os 
fatores de crescimento, quando associados 
adequadamente, obtêm-se resultados no 
estimulo e reparo tecidual mais rápidos e eficazes. 
O Fator de Crescimento Epidérmico (EGF), 
é um peptídeo que produz uma variedade de 
respostas biológicas, contribui para a proteção 
epitelial contra agressões, reparo na mucosa pós 
lesão, além de estar envolvido na regulação da 
replicação, movimento e sobrevivência celular, 
sendo fundamental no processo cicatricial (12).
 Diante disso, há necessidade de 
conhecer os malefícios que o procedimento 
causa quando sua aplicabilidade ocorre de 
forma incorreta e por isso este estudo teve 
por objetivo demonstrar os efeitos de um 
protocolo de tratamento fisioterapêutico para 
um caso de queimadura com criolipolise na 
região de abdomem superior.
 MÉTODOS
 O presente estudo refere-se a um 
estudo de caso que teve caráter descritivo e 
retrospectivo, o qual foi desenvolvido em uma 
Clínica de Fisioterapia em Estética Avançada 
no Estado do Pará, após assinatura do Termo 
de Consentimento Livre e Esclarecido – 
TCLE, Termo de Autorização de Fotografias e 
Filmagens.
 Neste estudo, participou uma paciente 
do sexo feminino, de 31 anos de idade, 
brasileira, a qual se submeteu ao procedimento 
de criolipólise na região abdominal superior e 
inferior, acometida por queimadura em grau 2 
na região de abdômen superior.
A voluntária procurou o atendimento estético 
por queixas de incômodo de gordura localizada 
na região abdominal, não havendo realizado 
Otimização do processo de cicatrização
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.12| Nº. 3| Ano 2020| p. 4
nenhum tipo de tratamento estético na região 
anteriormente. 
 Na avaliação, foi observada gordura 
adiposa densa e localizada, identificados 
pela adipometria tendo como referência dois 
centímetros à direita da cicatriz umbilical, 
paralelamente ao eixo longitudinal e perimetria 
da região abdominal superior, umbilical e 
inferior, além de fotos da região tratada em 
vista de perfil, anterior e posterior. Durante 
todos os procedimentos avaliativos a paciente 
estava em posição ortostática.
 Após processo avaliativo antes da 
ocorrência da queimadura foi traçado como 
tratamento, duas sessões de criolipólise e 10 
sessões de pós criolipólise, que corresponderiam 
a procedimentos utilizando ultrassom 3MHz, 
massagem modeladora e carboxiterapia, 
procedimentos estes que auxiliariam na perda 
da circunferência abdominal.
 A paciente se submeteu ao 
procedimento onde foi acoplado duas 
manoplas no abdômen (superior e inferior) 
uma de cada vez. Após quatro minutos do 
início da acoplação da criolipólise com aparelho 
Coolshuping®, a voluntária relatou dor na 
Escala Visual Analógica (EVA) em grau 9, no 
entanto, não foi retirado a manopla pois no 
ato da acoplação, ocorre dor devido a pressão 
sucção da manopla e esse desconforto dura em 
torno de 3 a 4 minutos até a analgesia causada 
pelo frio. Após percorrido quatro minutos do 
início da acoplação a mesma ainda relatava dor 
EVA em grau 9, então a manopla e a manta 
anticongelante foram retiradas. 
 Quando retirada a manta anticongelante 
foi avaliado que na região de abdômen superior 
havia ocorrido uma queimadura grau 2, pois a 
pele se apresentava com o aspecto liso, brilhante, 
com hipóxia, além da formação de flictenas. 
A coleta foi iniciada imediatamente após ter 
ocorrido a queimadura por criolipólise, com 
isso, houve uma conversa com a paciente onde 
foram explicados e esclarecidos o protocolo 
proposto e os objetivos. 
 O protocolo seguido após a constatação 
da queimadura de criolipólise foi: massagem 
local com as falanges médias e distais dos dedos 
com a glicerina da manta anticongelante, para a 
melhora da circulação e para que não haja um 
dano celular local¹. A massagem foi realizada 
por um tempo médio de dois minutos, até ser 
desfeito totalmente o gelo seguida da aplicação 
da Carboxiterapia com o aparelho ARES-
IBRAMED® com fluxo de 200ml por minuto, 
agulha (13/3) com ângulo de 15º, circundando 
toda a região lesionada com intuito de oxigenar 
e melhorar a circulação local, sendo o tempo 
total de uso da carboxiterapia foram de dois 
minutos, sendo infundido 400ml de gás. 
Nesse caso a quantidade de gás injetada não 
é relevante, pois o intuito não é lipólise e sim 
apenas a oxigenação local. 
 Posteriormente, o Laser da marca DMC 
foi aplicado na região para cicatrização e reparo 
tecidual e para acalmar e evitar proliferação de 
bactérias, com a dosimetria de 9 Joules, e caneta 
de 660nm pontualmente. A corrente de alta 
frequência da marca HTM Beauty Face, com 
aplicação direta/efluviação, através do eletrodo 
de vidro plano, ou seja, eletrodo do tipo cebola 
no tempo de dois minutos foi utilizado para 
Otimização do processo de cicatrização
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.12| Nº. 3| Ano 2020| p. 5
finalizar o protocolo de eletroterapia. Ao 
final dos procedimentos, foi realizado curativo 
local sendo aplicado Nebacetin (Sulfato de 
Neomicina), orientado pela fisioterapeuta 
Dermatofuncional e médica dermatologista 
da clínica, com gases secas e micropore, para 
evitar riscos de qualquer contaminação.
 Foi realizada a captação de imagens nos 
primeiros dias pós queimadura, compreendendo 
o período de 7, 15 dias e depois aos 30 e 90 
dias, sendo o protocolo realizado durante três 
meses. 
 O primeiro mês foi dividido em duas 
etapas. A primeira etapa ocorreu nos primeiros 
15 dias, onde foram realizados todos os dias a 
alta frequência e a laserterapia, e na segunda 
etapa, ou seja, outros 15 dias, a voluntária 
tinha a frequência de quatro vezes na semana 
e nesses dias era realizado laser vermelho da 
marca DMC® 9J com a caneta 990nm e alta 
frequência com aplicação direta na região. 
No segundo mês, a voluntária passou a ir 
duas vezes por semana, sendo utilizado 
somente a laserterapia em seu tratamento, para 
potencializar o processo de cicatrização, quanto 
ao uso do Cicaplast, foi mantido durante todo 
o segundo mês. 
 Terceiro mês de procedimento, a 
voluntária retornava a clínica para a realização 
do laser apenas uma vez na semana e o uso 
do Cicaplast foi suspenso, e foi indicado de 
acordo com orientação médica o fator de 
crescimento (EGF+ TGFmg/5ml + REV- 
FACE – 1Amp/5ml – Dmae 1.5% - Silício 
Orgânico 0.1% - Coenzima Q.10- 0,6% - 
Lidocaina 0.5%), em dias alternados.
 
 RESULTADOS 
 A figura 1 ilustra a paciente no dia da 
avaliação. Observa-se adiposidade localizada 
densa e espessa na região de abdômen superior, 
inferior, flancos direito e esquerdo. 
 Figura 1. Avaliação da paciente 
previamente ao procedimento de criolipólise.
Otimização do processo de cicatrização
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.12| Nº. 3| Ano 2020| p. 6
 A figura 2A, corresponde a sete dias 
após a queimadura, na qual esta região de 
abdômen superior apresenta-se com pele 
em aspecto vermelho escuro no centro e nas 
bordas ainda com processo inflamatório, 
sem prurido e sem bolhas. Na figura 2B, que 
demonstra 15 dias de tratamento, verifica-se 
que há a delimitação da área dos piltiers e a 
pele já apresenta sinais de cicatrização, com a 
área de queimadura delimitada. No segundo 
mês de tratamento (Figura 2C) observa-se 
um processo de cicatrização das bolhas e com 
melhora da coloraçãoe pigmentação.
 A figura 3, demonstra o resultado final 
de três meses de tratamento da queimadura por 
criolipólise, no qual visualiza-se uma pele firme, 
lisa e sem cicatriz aparente de queimadura 
demonstrando total recuperação do tecido.
Otimização do processo de cicatrização
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.12| Nº. 3| Ano 2020| p. 7
 DISCUSSÃO
 Queimaduras de grau II geralmente são 
queimaduras clínicas que acometem a camada 
epidérmica e uma parte parcial ou total da 
derme. Apesar de ser uma queimadura não 
letal e com tratamento, a sua cicatrização tem 
um processo dinâmico onde ocorrem vários 
eventos celulares e moleculares, com alto 
grau de sobreposição e interdependência e 
durante esse processo cicatricial pode ocorrer a 
formação de uma cicatriz hipertrófica, queloide 
entre outras afetando diretamente a autoestima 
dos pacientes (13). 
 No estudo em questão, a voluntária 
apresentou uma queimadura em grau II 
cujo agente causal foi o frio gerado pelo 
equipamento de Criolipólise, devido a este 
não estar possivelmente com a manutenção 
adequada, o que configurou este grau de 
queimadura tendo assim que iniciar os 
procedimentos imediatos com auxílio de uma 
médica dermatologista para reverter o quadro 
circulatório de isquemia causado pelo agente 
agressor em baixa temperatura. 
 O cuidado com a queimadura influencia 
diretamente no tempo de cicatrização, na 
qualidade e aparência ao longo prazo, além 
de minimizar o risco de infecção. O curativo 
pós queimadura também auxiliará no processo 
de cicatrização. O estudo de Wasiak et al (14), 
demonstrou que os curativos devem absorver 
o fluido e manter a umidade, o que é enfatizado 
no estudo, com o uso do micropore seco e 
Nebacetin para hidratar a pele. 
 A massagem manual local foi utilizada 
inicialmente, pois aumenta o fluxo sanguíneo 
local, o que cria o estresse de cisalhamento 
estimulando a produção endotelial de 
substâncias vasodilatadoras como o óxido 
nítrico, prostaglandina e histamina, que são 
induzidos pela hiperemia causada pela pressão 
mecânica das mãos, aumentando a taxa de 
fluxo sanguíneo (15).
 Quanto ao uso da carboxiterapia 
foi imprescindível pois, como o local da 
queimadura se encontrava com aporte 
sanguíneo insuficiente/abolido, o uso 
do dióxido de carbono (CO2) condições 
fisiológicas resultaram em aumento do 
metabolismo celular, atuando assim, na 
regulação da reperfusão tecidual. Devido o PH 
tornar-se alcalino quando em contato com o 
gás, produz um efeito anestésico e espamolítico, 
com aumento de temperatura cerca de 1ºC. O 
PH reduzido e a hiperoxidação contribuem 
para microcirculação de vasos, arteríolas e pré 
capilares, por tanto esse processo promove a 
liberação de fatores de crescimento locais o que 
inclui os endoteliais e vasculares, estimulando a 
angiogênese (10). 
 Quanto ao uso da fotobiomodulação 
refere-se ao uso de fótons com irradiação 
Otimização do processo de cicatrização
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.12| Nº. 3| Ano 2020| p. 8
não térmica com capacidade de alteração 
da atividade biológica. Sendo sua principal 
aplicação na redução da dor e inflamação, 
aumento do reparo tecidual e promoção e 
regeneração de diferentes tecidos (14).
 No estudo onde houve aplicação de 
laser 660nm 20 J/ cm2 em queimaduras de 
grau 2 em ratos, tanto o grupo laser inicial, 
onde houve a aplicação do laser logo após a 
queimadura, quanto o grupo laser tardio onde 
houve aplicação após 4 dias da lesão, os autores 
observaram a aceleração da reepitelização 
entre 14 e 21 dias o que pode configurar 
possivelmente o ciclo do colágeno apesar 
de que ocorre a diferença entre espécies se 
comparado ao presente estudo (16). 
 Esses dados corroboram com o estudo, 
que demostra que o laser tanto imediatamente 
quanto tardio, contribui para a reparação 
tecidual das queimaduras, além de sua ação ser 
fundamental durante a fase proliferativa e no 
final do processo de reparo (17). 
 No estudo de Jin et al.(18) a 
fotobiomodulação na crioterapia e na 
anticoagulação local precoce, foi utilizado o 
comprimento de onde de luz na faixa de 600 
a 700 nm, para induzir reações fotoquímicas 
locais e promover a proliferação celular e 
reduzir a necrose e apoptose, além de evitar 
o aumento da profundidade da queimadura. 
No presente estudo optou-se por aplicar o 
laser 660 nm, o que demonstrou a melhora nas 
respostas inflamatórias e promoveu a liberação 
de fatores de crescimento por meio das reações 
bioquímicas. 
 Em estudo com nove pacientes com 
queimaduras de segundo grau, a aplicação do 
laser 1 vez por dia durante uma semana, foi 
observada a cicatrização 50% mais rápida. 
O que corrobora com estudo, que logo após 
a queimadura foram realizados o laser nos 
primeiros 15 dias ininterruptamente associado 
a alta frequência para prevenir a proliferação 
de bactérias (14). 
 A alta frequência demonstrou o quão foi 
essencial no processo de reparação tecidual da 
queimadura, além de evitar quaisquer processos 
infecciosos, reafirmando a sua utilização todos 
os dias durante os primeiros 15 dias da lesão. 
A passagem da corrente pelo eletrodo de vidro 
promove a ionização das moléculas de gás, 
ocasionando faíscas, produzindo ozônio em 
torno da região aplicada. Por ser muito instável 
durante a aplicação o ozônio quando em 
contato com a pele e o oxigênio atmosférico, 
ele se decompõe facilmente em oxigênio (O2) 
e oxigênio atômico (O). Tal evento bioquímico 
promove aumento do metabolismo celular, 
reparação tecidual, efeitos antimicrobianos, 
bactericidas e fungicidas, além de desenvolver 
tecido de granulação, o que possivelmente 
favoreceu os resultados promissores no estudo 
Otimização do processo de cicatrização
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.12| Nº. 3| Ano 2020| p. 9
em questão (19). 
 Em uma revisão sistemática no ano 
de 2016, analisaram a terapia com fatores de 
crescimento, fator de crescimento epidermal 
(EGF), Fator de Crescimento Fibroblastos 
(FGF) e Fator Estimulador de colônias de 
granulócitos e macrófagos (GM-CSF) com 
aplicação tópica, onde houve aumento da 
cicatrização e redução do seu tempo médio de 
cicatrização. Os fatores EGF e FGF quando em 
contato nas células endoteliais e fibroblastos 
dérmicos, aceleram a reepitelização, aumentam 
a proliferação e a resistência à tração da derme 
cicatrizada, pois cicatrizes tratadas com FGF 
apresentam melhor processo de remodelação 
da pele e podem evitar o desenvolvimento de 
distúrbios fibro-proliferativos e clareamento 
da região (13). 
 Desta forma, devido aos possíveis 
benefícios dos fatores de crescimento 
enfatizou-se o uso dos mesmos no presente 
estudo no ultimo mês de tratamento, como o 
fator de crescimento epidérmico (EGF) por ter 
ação reepitelizante, estimular a diferenciação 
de queratinócitos, proporcionar a substituição 
do tecido lesionado ou necrosado e acelerar 
a formação de tecido de granulação saudável, 
diminuindo a pigmentação da pele em 
decorrência de processo inflamatório. Já o 
TGF atua em sinergismo com o Fator de 
Crescimento Fibroblástico Básico no estímulo 
da produção de matriz extracelular servindo de 
principal sinalizador para fibroblasto na síntese 
e maturação de colágeno (12). 
 Outro recurso elencado no tratamento 
da paciente queimada do presente estudo foi 
o DMAE (Dimetilaminoetanol), caracterizado 
por uma substância precursora da acetilcolina, 
utilizada para combater a flacidez, promover 
efeito lifting e diminuir as rugas finas. Foi 
utilizado para obtenção do efeito lifting no 
tecido em cicatrização, evitando assim a 
formação de linhas ou marcas na região (20). 
Além disso, é considerado um modulador 
de citocinas e regulador da função celular, 
crescimento e diferenciação da pele (21).Já o silício orgânico por desempenhar 
o papel de síntese das fibras de colágeno e 
elastinas, sendo capaz de devolver até 40% da 
firmeza e tonicidade da pele, reduzir a flacidez, 
além de ajudar na cicatrização de feridas, 
queimadura, acnes, eczemas, entre outros (22). 
A coenzima Q10 tem capacidade antioxidante 
por fazer a remoção direta de radicais livres, ou 
indireta pela regeneração da vitamina E (23). 
 Sendo assim, para garantia do reparo 
tecidual no presente estudo foi necessário a 
associação de diversos recursos e trabalho 
em equipe multiprofissional do médico 
dermatologista e fisioterapeuta, o que 
gerou resultados promissores devido a ação 
destes recursos favoreceram todas as etapas 
Otimização do processo de cicatrização
Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol.12| Nº. 3| Ano 2020| p. 10
do processo de cicatrização estimulando 
a circulação sanguínea com consequente 
oxigenação do tecido, aumento da síntese de 
fibroblastos seguido da neocolagenogenese 
e neoelastogenese favorecidas por ação de 
fatores de crescimento e um ambiente propicio 
na matriz extracelular. 
 
 CONCLUSÃO
 Os resultados do presente estudo 
onde visava a otimização do processo de 
cicatrização de queimadura após procedimento 
de criolipólise, demonstrou-se eficaz e seguro, 
apesar de ser realizado apenas em um único 
voluntário, o processo cicatricial, a textura e 
a pigmentação ao final do tratamento foram 
consideradas satisfatórias, quando comparadas 
com o tecido sadio, não lesado pela queimadura. 
No entanto, há poucas evidências relacionadas 
a queimaduras por frio e/ou criolipólise, no 
que limitou a pesquisa. 
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OBSERVAÇÃO: Os autores declaram não 
existir conflitos de interesse de qualquer 
natureza.

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