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ENSINO SUPERIOR DE VITÓRIA S/S LTDA – AVIES INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO AVANÇADA DE VITÓRIA – IESFAVI EDLEUSA LIMA DE JESUS GEIZA CASTRO SILVA LEIA GONÇALVES MAZINI LUCIANA FERREIRA SAMPAIO ROSANA DE OLIVEIRA CORDEIRO VALDEMARA PEREIRA DA SILVA VICTÓRIA DE ALMEIDA CANCELIERI PAIXÃO FISIOTERAPIA NA ESTÉTICA MODERNA VITÓRIA 2020 ENSINO SUPERIOR DE VITÓRIA S/S LTDA – AVIES INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR E FORMAÇÃO AVANÇADA DE VITÓRIA – IESFAVI EDLEUSA LIMA DE JESUS GEIZA CASTRO SILVA LEIA GONÇALVES MAZINI LUCIANA FERREIRA SAMPAIO ROSANA DE OLIVEIRA CORDEIRO VALDEMARA PEREIRA DA SILVA VICTÓRIA DE ALMEIDA CANCELIERI PAIXÃO FISIOTERAPIA NA ESTÉTICA MODERNA Trabalho apresentado para a disciplina de Atividades Práticas Supervisionada para obtenção de nota pelo Curso de Fisioterapia do Instituto de Ensino Superior e Formação Avançada de Vitória, ministrada pela professora Virgínia Pianessolle Piassarolli. VITÓRIA 2020 Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4 2. DEFINIÇÕES .......................................................................................................................... 5 2.1 ENVELHECIMENTO CUTANEO ...................................................................................... 5 2.2 GORDURA LOCALIZADA .................................................................................................. 6 2.3 SÍNDROME DA DESARMONIA CORPORAL (SDC) X FIBROEDEMA GELOIDE (FEG) ............................................................................................................................................ 7 3. MICROAGULHAMENTO .................................................................................................... 10 4. CLASSIFICAÇÕES .............................................................................................................. 12 4.1 FASES DO TRATAMENTO ............................................................................................. 12 1 – Fase inflamatória (1 a 3 dias): ................................................................................. 12 2 – Fase proliferativa (3 a 5 dias): ................................................................................. 13 3 – Fase de remodelamento (28 dias a 2 anos): ......................................................... 13 4.2 TÉCNICA DE APLICAÇÃO .............................................................................................. 14 4.3 PASSO A PASSO .............................................................................................................. 15 4.4 CONTRA INDICAÇÕES DO MICROAGULHAMENTO ............................................... 15 4.5 VANTAGENS DO MICROAGULHAMENTO ................................................................. 16 4.6 DESVANTAGENS DO MICROAGULHAMENTO ......................................................... 16 5. ASSOCIAÇÃO TERAPÊUTICA ......................................................................................... 17 6. CRIOLIPÓLISE ..................................................................................................................... 18 7. ELETROLIPOFORESE ....................................................................................................... 20 7.1 Efeitos fisiológicos ............................................................................................................. 20 7.2 Freqüências em ordem decrescente. ............................................................................. 21 7.3 Contra-indicações .............................................................................................................. 22 8.ULTRA-SOM .......................................................................................................................... 22 8.1 Contra-indicações e precauções ..................................................................................... 24 9. VACUOTERAPIA ................................................................................................................. 24 9.1 Contra-indicações para Vacuoterapia ............................................................................ 25 10. DEPILAÇÃO A LASER ..................................................................................................... 25 10.1 USO DE LUZ INTENSA PULSADA .............................................................................. 29 11. USO DE COSMECÊUTICOS ........................................................................................ 30 12. CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 34 13. REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 34 1. INTRODUÇÃO Durante séculos a constante preocupação com a aparência, padrões de beleza impostos pela mídia, associada com o desejo da eterna juventude vem acompanhando gerações de homens e mulheres em busca de produtos e tratamentos estéticos. Antigamente as pessoas utilizavam sedimento do vinho, leite azedo, água de arroz, entre outros para tratar e embelezar sua pele. Com a evolução da tecnologia nos dias atuais os tratamentos podem ser feitos à base de cosméticos e ou mecânicos ácidos, peeling, eletroestimulação, ultrassom, ionização e laser e cada vez mais os resultados alcançados através desses tratamentos têm sido muito satisfatórios. Através desse trabalho podemos abordar os novos tratamentos que estão sendo oferecidos no ramo da beleza, os novos aparelhos que estão sendo utilizados e o quanto seus efeitos são benéficos e satisfatórios as clientes que optam por se cuidarem através deles. 2. DEFINIÇÕES 2.1 ENVELHECIMENTO CUTANEO De acordo com Castro (2013), o envelhecimento cutâneo consiste em uma série de modificações celulares que levam às alterações estruturais do tecido e conseqüentemente uma redução de funções metabólicas e biológicas. (GUIRRO&GUIRRO, 2004; SOUZA et al, 2007). Para Santos (2013) e Silva (2014), os fatores que influenciam ao envelhecimento cutâneo são dois: o intrínseco que envolve o fator cronológico e são inevitáveis, por envolver genética e alterações hormonais; e o extrínseco que diz respeito aos fatores externos as quais somos submetidos ao logo dos anos como fatores ambientais, exposição excessiva as espécies reativas de oxigênio, hábitos alimentares, tabagismo e estilo de vida. Fernandes (2011) afirma que estes fatores extrínsecos podem causar a morte celular e acelerar o tempo de vida do indivíduo. Apesar da existência de vários tratamentos para o rejuvenescimento facial, o mais promissor deles é a prevenção através da proteção. O envelhecimento intrínseco não pode ser evitado, mas o extrínseco pode ser retardado, principalmente através do uso contínuo de foto protetor. Os filtros solares são substâncias químicas de uso tópico que têm a capacidade de refletir ou de absorver as radiações ultravioletas que atingem a pele, minimizando desta forma os efeitos deletérios dessas radiações (COSTA E OLIVEIRA, 2004). A derme é composta de duas camadas de tecido conjuntivo: a derme papilar, camada mais externa, é composta de fibras de colágeno e fibras reticulares que são importantes no processo de cicatrização das lesões. Os capilares da derme papilar trazem a nutrição necessária para a atividade metabólica (AZEVEDO, 2005). http://www.peleemdia.com.br/wp- content/uploads/2012/11/camadas.png.https://www.tribunaribeirao.com.br/29de janeiro de 2018 O colágeno é a principal proteína da matriz extracelular. Sua estrutura rígida e helicoidal tripla de cadeialonga se assemelha a uma corda. Durante o processo de maturação, ela pode crescer de maneira desordenada, criando a cicatriz. A perfuração ordenada do roller, no entanto, faz a orientação cicatricial de forma saudável. Esse processo pode levar até 2 anos, mas a recuperação da força de tração original na área lesionada pode chegar a 80% (SETTERFIELD, 2010). A degeneração senil ocorre de preferência sobre regiões do tegumento que se acham expostas às intempéries (face, pescoço, dorso das mãos e antebraços), provocando o agravamento ou exagero dos sulcos e pregas naturais das regiões comprometidas (GUIRRO; GUIRRO, 2002). 2.2 GORDURA LOCALIZADA A gordura localizada e o acúmulo de tecido adiposo, em excesso, em determinadas regiões do corpo está relacionada a inúmeros fatores desencadeantes. Nas mulheres o acúmulo de gordura é mais comum nas regiões de flancos, culote, coxas e glúteos, porém também há uma grande incidência deste acúmulo na região abdominal, o que tornam as mulheres bastante insatisfeitas com seu corpo (GUIRRO; GUIRRO, 2004). A distribuição de tecido adiposo pode variar de acordo com o sexo, genética e tipo físico do http://www.peleemdia.com.br/wp-content/uploads/2012/11/camadas.png http://www.peleemdia.com.br/wp-content/uploads/2012/11/camadas.png https://www.tribunaribeirao.com.br/29de indivíduo. Por exemplo, as mulheres tendem a armazenar maior quantidade de gordura nas regiões próximas ao quadril e glúteos (tipo físico ginóide), já os homens tendem a acumular maior quantidade de gordura na região central do abdome (tipo físico andróide) (GUIRRO; GUIRRO, 2004). A perda do contorno corporal devido às disfunções estéticas está cada vez mais gerando a insatisfação com o corpo na maioria das mulheres. Essa perda de contorno corporal gera um aspecto irregular e não estético e está diretamente relacionado com o acúmulo de gordura localizada e com a flacidez, seja ela cutânea ou muscular (AGNE, 2016). 2.3 SÍNDROME DA DESARMONIA CORPORAL (SDC) X FIBROEDEMA GELOIDE (FEG) É dado o nome de Síndrome da Desarmonia Corporal (SDC) o conjunto de alguns problemas corporais, isso inclui a presença do fibroedema geloide ou FEG, da adiposidade localizada do aumento da gordura corporal total e da flacidez muscular que freqüentemente estão associados e, por isso os tratamentos estéticos não pode deixar passar despercebido. A síndrome da desarmonia corporal (SDC) inclui a presença de Fibroedema Geloide (FEG), adiposidade localizada, aumento de gordura corporal total e flacidez muscular, freqüentemente associados e esses distúrbios estéticos representam uma ameaça à integridade emocional do indivíduo, sendo uma variedade de terapias propostas para o seu tratamento. Fisioterapia em Movimento (2011). O FEG foi diagnosticado por diversos exames, porém o mais simples é o “teste em casca de laranja”, que consiste em pressionar o tecido adiposo entre os dedos polegar e indicador ou entre as palmas das mãos, a pele se parecerá com aspecto de uma casca de laranja, com aparência rugosa. Existem ainda exames complementares como, termografia, xerografia, ecografia bidimensional e exame anatômico patológico. (GUIRRO, GUIRRO, 2002; PINTO, 1998; ARIZA, A. R. M. et al., 2005). https://www.metropoles.com/vida-e-estilo/bem-estar O Fibroedema Gelóide (FEG) é igualmente definido por Lipodistrogia Ginóide, Hidrolipodistrofia Ginóide, Paniculopatia Edemato Fibroesclerótica, Adiposidade Edematosa, Dermatopaniculose Deformante (GODOY, et al 2012). De acordo com Guirro e Guirro (2002), os aspectos clínicos e fisiopatológicos da FEG pode ser classificada em quatro estágios ou graus, as quais: 1º Grau: a celulite só é visível através da compressão do tecido entre os dedos ou da contração muscular voluntária; 2º Grau: as depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos tecidos; 3º Grau: o acometimento tecidual pode ser observado quando o indivíduo estiverem qualquer posição; 4º Grau: tem as mesmas características do grau 3 com nódulos mais palpáveis,visíveis e dolorosos, aderência nos níveis profundos e aparecimento de um ondulado óbvio na superfície da pele. https://blogfisioterapia.com.br Em complemento Borges (2006) aponta ainda quatro outras formas clínicas presentes na fibroedema gelóide a qual se aplica por meio de perfis específicos dos pacientes: 1. Dura: Afeta paciente jovens que realizam atividades físicas regular e que apresentam tecidos com boa tonicidade; 2. Flácida: Acomete pessoas sedentárias ou com antecedentes desportivos, acometendo comumente mulheres inativas que perderam peso rapidamente; 3. Edematosa: Ocorre em mulheres jovens que tomam ++-anticoncepcionais, é considerada a mais grave, porém a menos freqüente; 4. Mista: Determinada quando a celulite se manifesta de forma dura nas coxas e flácidas no abdômen, ou até mesmo muito dura na coxa na parte lateral, seguida de muito flácida, medialmente. TÉCNICAS E TRATAMENTOS 3. MICROAGULHAMENTO Essa técnica foi apresentada por Orentreich, início na década de 90, com a finalidade de induzir a produção de colágeno no tratamento de cicatrizes cutâneas e rugas.Foi denominada como TIC – Terapia de Indução de Colágeno (CIT – Colagen Induction Therapy). Devido causar um desenvolvimento de lesão. Congresso Internacional de Cirurgia Plástica e Estética em Paris, na França, aceitaram e aderiram à técnica. (Revista Saúde em Foco – Edição nº 10 – Ano: 2018). Com objetivo de camuflar com tatuagem a cicatriz, com pigmentos da cor da pele, o cirurgião plástico Camirand (1997), descreveu resultados em punturações feitas com uma pistola de tatuagem em duas pacientes que apresentavam cicatrizes faciais hipercrômicas. No entanto notou-se que a lesão causada pelas finas agulhas, desencadearam uma nova síntese de colágeno saudável.Foi criado o Dermaroller, marca registrada e mais conhecida nos tratamentos de microagulhamento, apropriado para a indução de colágeno, permitindo trabalhar em áreas maiores e com profundidades diferenciadas para cada região. (Revista Saúde em Foco – Edição nº 10 – Ano: 2018). A injúria provocada pelo microagulhamento, desencadeia através da perda da integridade do tecido, uma nova produção de fibras colágenas a fim de reparar as fibras danificadas, a dissociação dos queratinócitos, a liberação de citosinas ativadas pelo sistema imune, geram uma vasodilatação no local, da injúria, fazendo com que queratinócitos migrem para a região e reestabeleçam o tecido lesionado.Além da resposta fisiológica, as micropunturas facilitam a permeação de ativos no tecido (LIMA et al, 2013; DALBONE et al, 2014). Exemplos de variação de instrumentos de perfuração Aparelho para realização do Microagulhamento Dermorroler e suas diferentes profundidades de penetração na pele humana. Fonte:https://www.ebay.com/itm/Titanium-540-0-25mm-2-5mm-Microneedle-Derma-Roller-Dermaroller-Micro-Needle- /281794295249. Aparelho de microagulhamento ou micropuntura, conhecido como Dermapen. https://http2.mlstatic.com/dermapen-caneta-025-a-25-mm-3-cartuchos. Estas funcionam com refis descartáveis, sua regulagem manual permite realizar microagulhamento de 0,25mm até 2,00mm. Mesmo em aparelhos elétricos, onde não será necessária a pressão manual, o controle e direcionamento do agulhamento é feito pelo profissional. A caneta permite uma aplicação pontual, sendo ideal para pequenas áreas, áreas de difícil acesso e região capilar (ARORA, S.; GUPTA, B.P.,2012). 4. CLASSIFICAÇÕES 1: Classificação da intensidade da injúria provocada pelo microagulhamento. Característica do estímulo Comprimento da agulha -Injúria leve 0,25 e 0,5mm -Injúria moderada 1,0 e 1,5mm -Injúria profunda 2,0 e 2,5mm 2: Classificação da intensidade da injúria provocada pelo microagulhamento.Característica Comprimento da agulha do estímulo -Injúria leve Entrega de drogas; Rugas finas; Melhoria de brilho e textura -Injúria moderada Flacidez cutânea; Rugas médias; Rejuvenescimento global -Injúria profunda Cicatrizes deprimidas distensíveis; Estrias; Cicatrizes onduladas e retráteis 4.1 FASES DO TRATAMENTO Segundo Oliveira (2012) e Lima et al (2013), após a lesão, inicia-se a fase mais importante do tratamento, a cicatrização, que pode ser dividida em três fases: 1 – Fase inflamatória (1 a 3 dias): Ocorre imediatamente após a lesão, formando coágulos para proteger de contaminação, liberando histamina e serotonina, promovendo a vasodilatação e fazendo a quimiotaxia de neutrófilos e monócitos, responsáveis pela liberação de queratinócitos. O novo tecido depende de fatores de crescimento (MDGF – Fatores de Crescimento Derivados de Macrófagos), que incluem os fatores derivados de plaquetas (PDGF), os fatores transformadores alfa, beta, os interleucina-1 e fator de necrose tumoral. Após 72 horas, os linfócitos T liberal a interleucina -1, reguladora da colagenase e as linfocinas. Estas são responsáveis pela resposta imunológica (SETTERFIELD, 2010). 2 – Fase proliferativa (3 a 5 dias): A ferida é fechada pelos processos de epitelização, angiogênese, fibroplasia e depósito de colágeno. Nestas etapas, a membrana da camada basal restaura os tecidos, a angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos) promove nutrição e oxigênio, a fibroplasia se inicia de 3 a 5 dias após a lesão e pode perdurar por 14 dias, ativando os fibroblastos e a produção de colágeno tipo I e formação de matriz extracelular (CAMPOS et al, 2007). Segundo Setterfield (2010), o aumento de queratinócitos na presença dos fatores de crescimento epidérmicos é 8 vezes maior. Daí a importância de se fazer associação de ativos durante o tratamento com microagulhamento. Até o 20º dia do procedimento, a inflamação tende a diminuir para permitir a formação de um novo tecido. 3 – Fase de remodelamento (28 dias a 2 anos): Nesta fase há o aumento da resistência tecidual. Tazima et al, (2008), afirma que nesta fase de remodelamento o colágeno tipo I passa para o tipo III, aumentando a força tensora do tecido em até 80%. O colágeno é a principal proteína da matriz extracelular. Sua estrutura rígida e helicoidal tripla de cadeia longa se assemelha a uma corda. Durante o processo de maturação, ela pode crescer de maneira desordenada, criando a cicatriz. A perfuração ordenada do roller no entanto, faz a orientação cicatricial de forma saudável. Esse processo pode levar até 2 anos (Tabela 1), mas a recuperação da força de tração original na área lesionada pode chegar a 80% (SETTERFIELD, 2010). Representação esquemática do aumento na produção de colágeno decorrente do Microagulhamento no tecido cutâneo. http://clinicalegerrj.com.br/images/dermaroller-cicatriz.jpg 4.2 TÉCNICA DE APLICAÇÃO Lima, Lima e Takano (2013) recomendam que seja feito o teste ou prova do toque com o anestésico que será utilizado, pois não é pouco comum as reações alérgicas ou irritativas em pessoas expostas a tais substâncias. O ideal é realizar o teste cerca de 30 minutos antes do procedimento, e observar se há sinais de vermelhidão, irritação, prurido, inchaço, etc. Segundo Negrão (2015) a aplicação do microagulhamento poderá ser feito com o sem anestésico. O que determinará o uso será o tamanho da agulha e também a sensibilidade de cada pessoa. Ele ainda afirma que a periodicidade também será proporcional ao tamanho das agulhas escolhidas para o procedimento, ou seja, quanto maior a agulha, maior será o espaço entre uma aplicação e outra. http://clinicalegerrj.com.br/images/dermaroller-cicatriz.jpg Antes de iniciar o procedimento, é necessário observar se todo o material está ao alcance das mãos. Durante o procedimento recomenda-se não manipular outros objetos a fim de evitar possíveis contaminações. Todo o campo de trabalho deve ser estéril, é indispensável o uso de EPI’s, luva estéril, anestésico (quando necessário), solução antisséptica, gaze estéril, touca para o cliente, soro fisiológico, o roller , os ativos que serão utilizados e o que mais se julgar necessário para realizar o procedimento. Setterfield (2010) recomenda que a aplicação seja rápida, com movimentos curtos, nos sentidos horizontais, verticais e diagonais. Ainda segundo Setterfield (2010), tanto o roller quanto a caneta jamais devem ser arrastados sobre a pele, ou seja, entre um movimento e outro, o equipamento deve ser levantado. A pressão deve ser moderada, sem forçar uma penetração além do tamanho programado. 4.3 PASSO A PASSO 1- Higienização da área a ser tratada com sabonete antisséptico; 2- Higienização com álcool 70% ou clorexidina a 4%; 3- Esfoliação (física, biológica ou mecânica); 4- Analgesia tópica (ação de 30 minutos), remover completamente todo o produto com água filtrada; 5- Agulhamento em todas as direções; 6- Aplicação de ativos (pode-se associar ativos); 7- Hidratação com soro fisiológico em temperatura ambiente. 4.4 CONTRA INDICAÇÕES DO MICROAGULHAMENTO Deve-se evitar o microagulhamento em pacientes que estejam: · Com lesões ou feridas expostas; · Com a pele bronzeada e/ou queimada devido à exposição solar; · Com pústulas e nódulos actínios; · Com herpes ativa; · Com histórico de má cicatrização e queloides; · Fazendo uso de Roacutan, antiinflamatórios e anticoagulantes; · Gestantes e lactantes; · Neoplásicos (em qualquer fase); · Com rosácea ativa; · Apresentem algum tipo de alergia aos ativos. 4.5 VANTAGENS DO MICROAGULHAMENTO • O procedimento permite estímulo na produção de colágeno sem remover a epiderme; • O tempo de cicatrização é mais curto, e o risco de efeitos colaterais é reduzido em comparação ao de técnicas ablativas; • A pele se torna mais resistente e espessa, divergindo de técnicas ablativas, em que o tecido cicatricial resultante está mais sujeito ao fotodano; • Tem sua indicação ampliada a todos os tipos e cores de pele, bem como pode ser utilizada também em áreas de menor concentração de glândulas sebáceas; • Baixo custo quando comparado ao de procedimentos que exigem tecnologias com alto investimento. 4.6 DESVANTAGENS DO MICROAGULHAMENTO • É procedimento técnico-dependente e exige treinamento; • Exige tempo de recuperação caso seja indicada injúria moderada a profunda; • Exige do médico avaliação criteriosa do paciente e proposta terapêutica compatível com os resultados possíveis de serem alcançados, evitando falsas expectativas. 5. ASSOCIAÇÃO TERAPÊUTICA As associações são necessárias para promover uma resposta rápida ao tratamento. Em geral são feitas nos intervalos de aplicação do microagulhamento, porém podem ter indicação pré ou pós início do tratamento. Das mais utilizadas, lista-se: • Peeling químico – técnica consiste em promover a descamação da camada córnea da pele. Usa-se ácidos de acordo com a necessidade, ou seja, para hipercromias (ac. Lático, salicílico, etc.), para acne (ac. Mandélico), para fotoenvelhecimento (ac. Glicólico), e assim por diante; • Luz intensa pulsada (LIP) – utilizada nos intervalos de tratamento de fotoenvelhecimento e hiperpigmentação; • Radiofrequência (RF) e Carboxiterapia – com o objetivo de estimular a produção de colágeno, sugere-se o uso pré tratamento com microagulhamento; • Vacuoterapia – associada ao tratamento de celulite, pode ser utilizada pré ou durante o tratamento. A injúria provocada pelas microagulhas força uma resposta celular na derme, que pode ser muito benéfica ou não. Tudo dependerá do estímulo feito, dos cuidados pré e pós procedimentos, das associações cosméticas e sobretudo da análise da pele feita pelo profissional. Conhecer a anatomia da pele, a cascatainflamatória, a atuação dos ativos, melanogênese, e síntese de colágeno e elastina, é fundamental para que se tenha resultados satisfatórios e duradouros. 6. CRIOLIPÓLISE A Criolipólise é um método não invasivo de eliminação da gordura localizada e de remodelagem corporal. A técnica foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos que utilizaram as baixas temperaturas a fim de promover a morte das células adiposas (BORGES; SCORZA, 2016).O resfriamento controlado age danificando seletivamente os adipócitos uma vez que, os tecidos ricos em lipídeos apresentaram-se mais suscetíveis ao frio do que os tecidos ricos em água. Dessa forma mostrou-se possível danificar o tecido adiposo sem danificar as demais estruturas adjacentes e sem danificar os demais tecidos (BORGES; SCORZA, 2014). Zelickson et al. (2009),verificou se o frio não invasivo poderia induzir a danos na gordura subcutânea sem lesionar a pele e sem causar aumento prejudicial nos níveis lipídicos. Concluiu que a inflamação precedeu a perda da gordura, e pode iniciar-se, de 24 há até 72 horas após a aplicação, e perdurar por até 30 dias. Coleman et al. (2009), verificou se a redução de gordura por meio da exposição ao frio estaria associada com alterações da função sensorial ou nas fibras nervosas locais. Observou que houve redução transitória da função sensorial em parte dos indivíduos (avaliação neurológica), restabelecida em menos de 4 semanas. Não houve nenhuma alteração na estrutura de fibras nervosas e nem danos na pele. Como Dobke et al. (2012) mencionam, a resposta a esse insulto, seja ele pelo frio ou pelo calor gera um processo que chamamos de reparo tecidual. Nesse processo vários eventos acontecem, dentre eles a liberação de fatores de crescimento que irão favorecer a neocolagenese e a neoangiogenese, melhorando assim o aspecto e a tonicidade da pele. A Criolipólise vem se tornando um dos recursos mais eficazes para o tratamento de gordura subcutânea localizada em vários países.Criada em 2005 pela Zeltiq Aesthetics, Inc. (Pleasanton,CA). Manstein et al. (2008) teve o objetivo de verificar se danos seletivos a gordura subcutânea poderia ser obtida por aplicação de frio sobre a pele.O frio resultou em inflamação, morte adipocitária por apoptose, redução de 40% (em média) da camada de gordura e, por fim, a fagocitose do adipócito. Mencionaram também a morte adipocitária por reperfusão. No comércio de estética em geral, a criolipólise vem se tornando um dos recursos mais procurados para o tratamento de gordura localizada, tanto por profissionais quanto por clientes, induzidos por uma forte propaganda relacionada à eficácia, segurança e satisfação daqueles que se submeteram a técnica. Um dos grandes diferenciais da criolipólise é a segurança do método, em relação a outros recursos terapêuticos no tratamento da gordura localizada. O estudo realizado no período de 2010 a 2013, nas cidades de Vancouver, no Canadá, e Marina Del Rey, nos Estados Unidos, que analisou fotografias pré e pós tratamento com criolipólise para a avaliação clínica, a paciente submetida ao procedimento de Criolipólise obteve diminuição da gordura localizada abdominal e melhora na flacidez tissular apresentada, após 2 sessões no abdômen inferior e 2 sessões na parte superior do abdômen. A figura (A) refere-se ao pré tratamento e a figura (B) 4 meses após o tratamento. Figura (A) – Pré-tratamento Figura (B) – 4 meses após tratamento com Criolipólise Fonte: Carruthers et al. (2014) 7. ELETROLIPOFORESE A eletrolipoforese, chamada também de eletrolipólise, é uma técnica que se destina ao tratamento ao acumulo de ácidos graxos localizados e ao tratamento de adiposidade. Segundo Soriano (2000) caracteriza-se pela aplicação de microcorrentes especificas de baixa frequência (ao redor de 25HZ) atuando diretamente ao nível de adipócitos e dos lipídios acumulados, produzindo sua destruição e favorecendo sua posterior eliminação. A estimulação elétrica subcutânea abdominal (eletrolipoforese) é um procedimento freqüentemente utilizado em clínicas de Fisioterapia Dermato funcional para redução do perímetro abdominal. A literatura com abordagem científica é escassa com relação ao procedimento e sobre os mecanismos fisiológicos associados ao processo. 7.1 Efeitos fisiológicos • Efeito Joule: Trata-se de uma corrente elétrica com intensidade muito pequena, porém suficiente para contribuir para uma instalação de vasodilatação com aumento de fluxo sanguíneo local. • Efeito Eletrolítico: O campo elétrico gerado por essa corrente na eletropólise induz o movimento iônico que traz consigo movimentações na polaridade da membrana celular. • Efeito de Estimulo circulatório: A corrente atua com estimulo direto nas inervações promovendo uma ativação na microcirculação. É mais indicada para tratar alterações circulatórias e congestivas, sendo na frequência de 25 HZ. • Efeito neuro-Hormonal: Produz uma estimulação artificial do sistema nervoso simpático e o aumento da hidrolise e dos triglicerídeos, ocorre o aumento do catabolismo local, que se traduz clinicamente em uma redução do panículo adiposo, desde a primeira sessão (BORGES, 2006). 7.2 Freqüências em ordem decrescente. 1) 50 e 40 Hz Atinge as primeiras camadas da pele, a fim de diminuir sua resistência; 2) 40 e 30 Hz Promove vasodilatação artificial, melhorando a circulação sanguínea no local, beneficiando o intercambio metabólico celular; 3) 30 e 15 Hz São as que proporcionam a eletropólise, a estimulação termina em uma frequência de Hz (AGNE, 2009). Deve-se respeitar a faixa preferencial de cada tecido a ser estimulado https://fortissima.com.br/2014/08/24 carreirabeauty.com/fotos/esteticista Estudos histopatológicos vêem de mostrando o efeito desse tipo de tratamento sobre adipócitos (diminuição do tamanho, alterações na forma na forma e mudanças estruturais) que indicam a existência de uma base orgânica para os efeitos clínicos constatados. (BORGES, 2006). Pode-se utilizar o eletrolipoforese para diminuição do perímetro do Abdome, coxa e quadril. 7.3 Contra-indicações 1. Pacientes que apresentem transtorno cardíacos; 2. Portadores de Marca-passo; 3. Cardiopatias Congestivas; 4. Gravidez (Qualquer idade gestacional); 5. Trombose Venosa profunda; 6. Estado Venoso catastrófico; 7. Neoplasia (em área Tumoral). Freitas et al (2006) salienta que toda mulher Climatérica, com ou sem terapia hormonal, deve ser orientada a exercer uma atividade física associada a uma dieta adequada para atingir e também manter o peso ideal, isto pode ser associado a tratamento como a eletropoliforese para obter maior resultados. 8.ULTRA-SOM O ultra-som é uma modalidade de penetração profunda, capaz de produzir alterações nos tecidos, por mecanismos térmicos e não-térmicos. Desta forma, existem dois regimes de pulso comumente empregados na prática clínica do ultra-som terapêutico, o contínuo e o pulsado. (STARKEY, 2001; GUIRRO, GUIRRO, 2002) O modo contínuo se caracteriza por ondas sônicas contínuas, sem modulação, com efeitos térmicos, alteração da pressão e micromassagem. Já o modo pulsado apresenta características como ondas sônicas pulsadas, modulação em amplitude com freqüências de 16 Hz a 100 Hz, efeitos térmicos minimizados e alteração da pressão, deste modo, uma ação analgésica, anti- inflamatória e anti-edematosa. (FUIRINI, LONGO; 1996). Existe uma gama muito ampla de indicações do ultra-som, sendo que, seu uso em estética está crescendo pela obtenção de excelentes resultados conseguidos em determinadas patologias, tais como, o fibro edema gelóide e em tecido cicatricial. (GUIRRO, GUIRRO, 2004). (PATRICK, 1978; CONTI, PEREIRA, 2003). Tendo como agente de acoplamento, o gel queé o meio que melhor transmite a onda ultra-sônica, sendo, portanto, o mais indicado. https://luizadermatofuncional.com.br/ A utilização do ultra-som pode ser incluída no tratamento em dias alternados, de 2 a 3 vezes na semana. Deve-se aplicar, no máximo, 20 sessões. E após o término destas deve-se aguardar 1 a 2 meses para então reiniciar o tratamento. (ROSSI, 2001). O ultra-som possui também duas freqüências, de 1 MHz e de 3 MHz, porém o tratamento com ultra-som de 3,0 MHz é indicado para tecidos superficiais, enquanto que o tratamento com ultra-som de 1 MHz é indicado para tecidos mais profundos. O ultra-som de 3 MHz é o mais indicado para o tratamento dessas patologias. (BIOSET, 2001)O ultra-som é uma terapia efetiva, ou um risco potencial, dependendo de como é aplicada esta modalidade. (YOUNG, 1998; STARKEY, 2001; FUIRINI, LONGO 1996; LOW, REED, 2001; GUIRRO, GUIRRO, 2002). 8.1 Contra-indicações e precauções -Áreas isquêmicas; -Tromboflebite e varizes; -Diretamente sobre endopróteses e implantes metálicos; -Sobre útero gravídico; -Tumores cancerígenos; -Sistema nervoso; -Áreas anestesiadas, infecção ativa; -Gônadas, área cardíaca, olhos; -Hemofílicos não tratados e placas epifisárias. 9. VACUOTERAPIA Segundo Guirro e Guirro (2004) a Vacuoterapia é um procedimento a qual utiliza a pressão negativa e a sucção para massagem, ocasionando uma mobilização do tecido cutâneo. Carnaval et al (2014) aponta que para que o objetivo seja alcançado, devem ser executadas manobras no sentido das linhas de tensão da pele. Podendo ela ser utilizada em todos os graus do FEG, principalmente no 2º e 3º, a qual pode não ser a melhor escolha para o tipo clínico flácido. Este procedimento constitui de uma “prega móvel” na pele, com tamanhos variados de acordo com a regulagem da pressão negativa do vácuo, produzindo-se assim uma mobilização profunda na pele e tecido subcutâneo (FILIPPO, SALOMÃO, 2012). http://intiestetica.com.br https://www.tuasaude.com/ 9.1 Contra-indicações para Vacuoterapia • Hipertensão arterial não controlada; • Diabéticos com tendência a formação de equimose ou hematomas; • Alterações cutâneas, como erupções e dermatites; • Alterações vasculares, como flebites e varizes calibrosas (nas quais o tratamento não deve ser aplicado diretamente); • Distúrbios de coagulação. 10. DEPILAÇÃO A LASER Sinônimo de vaidade e bem-estar, de acordo com Oliveira et al. (2018), a depilação tem sido um dos métodos mais procurados pela população brasileira atualmente, considerando que os pelos podem ocasionar um desconforto estético. Além disso, os pacientes procuram por técnicas rápidas para a eliminação dos pelos e de forma definitiva e o laser tem sido bastante procurado, pois ele apresenta resultados satisfatórios e permanentes conforme sua forma de ação. Chiaradia e Silva (2019), registram que o laser para depilação é um ótimo método de tratamento dos pelos indesejáveis, possibilitando uma importante melhora na qualidade de vida dos pacientes, pois concede uma resposta mais rápida, permanente e menos dolorosa que os técnicas convencionais, podendo http://intiestetica.com.br/ https://www.tuasaude.com/ inclusive tratar pelos de pacientes com fototipos mais altos, porém sendo avaliado e indicado por profissionais da área da estética habilitados. Conforme descrito por Oliveira et al. (2018) “Laser” é um acrônimo de “Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation”. Na prática, são instrumentos que produzem radiação electromagnética (REM) por um procedimento denominado “emissão estimulada”. O mecanismo de ação do laser tem como objeto a melanina e a fototermólise seletiva. A melanina é encontrada somente no bulbo piloso, na fase anágena e a depilação com o laser será efetiva quando o laser atingir o bulbo a um determinado parâmetro de potência e se atingir uma temperatura média de 60°C, o que permite a fototermólise seletiva, ocasionando a eliminação completa do pelo (OLIVEIRA et al., 2018). Conforme descrevem Chiaradia e Silva (2019), o comprimento de onda utilizado em cada tratamento tem impacto direto na correta aplicação e uso do laser em cada tratamento. A utilização de comprimento específico (880 nm) atinge uma maior profundidade tecidual, sendo eficiente na remoção do folículo piloso sem lesões ao tecido. Oliveira et al. (2018), descrevem os tipos de laser, sendo: • Softlight laser é um laser que baseia-se na ação em cromóforos exógenos na pele, seu comprimento de onda é de 1064 nm, baixa influência de energia (2j/cm² a 3j/cm²), com duração de pulso de 12 a 18 nanosegundos e spotsize de 7 mm. • O Rubi laser possui comprimento de onda é 694 m, com fluência de 5j/cm² a 40j cm², spotsize de 4 mm a 6 mm, disparos de 0,5 a 1,2 milisegundos. • O Alexandrite laser possui comprimento de onda de 755 nm, sua fluência é de 10j/cm², spotsize de 3 mm a 10 mm, disparos de 1,5 milisegundos. • O Diodo laser com comprimento de onda de 800 nm, sua fluência é de 10j/cm² a 100j/cm², spotsize de 10 mm, disparos de 10 ms a 100 ms. • O laser Neodimio-yag laser possui comprimento de onda de 1064 nm, sua fluência é de 10j/cm² a 50j/cm², spotsize de 3 nm a 5 nm, disparos de 10 segundos. • O IPL- luz intensa pulsada possui comprimento de onda de 560 mnm a 1200 nm, limitados por fibras seletivas. O laser de diodo de 880 nm pode ser utilizado em qualquer parte do corpo e trata todos os fototipos de pele, como peles bronzeadas e negras, pois atua diretamente no pigmento (melanina) do pelo, dessa forma, quanto mais escuro for o pelo, mais eficiente será os resultados dos tratamentos. Seus benefícios são a diminuição permanente de pelos incômodos e o tratamento definitivo da foliculite (CHIARADIA E SILVA, 2019). De acordo com Chiaradia e Silva (2019), para determinar o número de sessões devem ser considerados fatores tais como: tipo de pele, do pelo, a fase em que o pelo se encontra, sexo, região tratada e fluência utilizada do laser. Em média, são cinco sessões, exceto os pelos finos da face, que necessitam de mais tempo. Durante a utilização da técnica, o alvo é o pigmento de melanina presente nos bulbos pilosos. O laser age ocasionando a destruição do bulbo o que acarreta a epilação definitiva, sendo possível a destruição dos bulbos apenas na fase anagénica. Os pêlos brancos não reagem ao laser e quanto mais escuro e mais espesso o pelo, maior resultado na depilação. Para que suceda uma fototermólise seletiva do folículo piloso a radiação deve penetrar pelo menos 3 mm. Nos fototipos elevados IV a VI é indicado os lasers díodo 800nm e o Nd:YAG 1.064 nm. Nas peles com fototipos I,II e III o laser de alexandrite é o mais eficiente, seguido do laser de díodo e por último o Nd:YAG (OLIVEIRA et al., 2018). Quanto aos comprimentos de onda, os mais longos lidam com as alterações com relação ao tecido conjuntivo e os menores são satisfatórios na remoção de lesões vasculares e pigmentadas e (OLIVEIRA et al., 2018). De acordo com Oliveira et al. (2018), o protocolo de aplicação do laser é realizado da seguinte forma: após a anamnese do paciente, será efetuada uma configuração no aparelho, determinando os parâmetros corretos para utilização do laser. Logo após, os pelos deverão ser cortados com lâmina de barbear; em seqüência será aplicado um anestésico local; deve ser realizado um resfriamento no local com spray ou gel gelado; será retirado todo produto sobre a pele; durante o tratamento o paciente deve evitar o uso de ceras depilatórias, clareamento dos pelos e somente é permitido usar lâmina e tesoura. Será necessário delimitar a área e a configuração da potência do aparelho; evitar sobrepor os disparos no mesmo ponto, evitando superaquecimento; a reação esperada é o aparecimento de uma leve hiperemia e edema peribulbar.Após a sessão, deve-se colocar compressas geladas sobre o local e um creme a base de corticóide, possibilitando a diminuição de respostas inflamatórias. É importante, usar protetor solar para evitar a melanogenese. Entre as sessões o pelo não deve ser arrancado, sendo que ao fim do tratamento, após 15 dias o pelo cai espontaneamente. É contra indicado o tratamento em mucosas e dos supracílios. Deve evitar-se a exposição solar um mês antes e um mês após o tratamento. Da mesma forma está contra indicada a terapêutica com fármacos tais como: betacarotenos e autobronzeadores, fotossensibilizantes, isotretinoína nos 6 meses anteriores. A gravidez é uma contra-indicação para o laser (OLIVEIRA et al., 2018). Figura 1 - Demonstração da aplicação de depilação a laser para remoção de pelos nas axilas Fonte: https://www.greenme.com.br/viver/saude-e-bem-estar/5069-depilacao-a-laser. Acesso em 06 de junho de 2020 Considerando o fato de ser o procedimento que mais chega perto da eliminação total de pelos, a depilação a laser é um técnica que vem ganhando cada vez mais espaço dentro da área da estética pois em cada aplicação a maioria dos folículos pilosos são destruídos não produzindo mais pelos, fazendo com que não seja necessária a prática freqüente de métodos depilatórios (OLIVEIRA et al., 2018). 10.1 USO DE LUZ INTENSA PULSADA De acordo com Patriota et al. (2011), a partir de experimentos com uso do laser, o sistema de luz intensa pulsada foi desenvolvido por Goldberg. A diferenciação neste processo é que a luz intensa pulsada representa uma luz não coerente, de amplo comprimento de onda, e que trata o alvo a partir de um feixe específico de luz, utiliza, para tanto, filtros de corte e regulagem do tempo de exposição do pulso de luz e o respectivo intervalo entre esses filtros (PATRIOTA et al., 2011). Um dos benefícios da luz intensa pulsada é o fotorrejuvenescimento, sendo este procedimento não-ablativo. Neste caso, a luz intensa pulsada funciona causando dano térmico reversível do colágeno pela penetração da luz na derme e aquecimento direto destas estruturas, poupando a epiderme. Desta forma, obtém-se a contração das fibras de colágeno e a remodelação propriamente dita das fibras após o período inflamatório (PATRIOTA et al., 2011). Patriota et al. (2011) concluíram por meio de estudo com pacientes, que a luz intensa pulsada constitui boa opção de tratamento para o fotoenvelhecimento cutâneo, sendo uma técnica não-ablativa, segura e eficaz, visto que a melhora clínica observada pelos pacientes encontra paralelo na análise histológica (após 6 meses de tratamento revelou aumento intenso e significante de 51,33% de fibras colágenas). Além disso, Vargas e Ribeiro (2018) registram que a fonte de luz intensa pulsada com as saídas corretas trata-se de uma ferramenta também eficaz para o tratamento e melhora das cicatrizes inflamadas, hipertróficas e coloidais.O resultado benéfico da luz intensa pulsada sobre as cicatrizes hipertróficas pode ser entendido tanto pela ação inibitória da luz intensa pulsada sobre os vasos sanguíneos como pela inibição das sínteses de colágenos tipo lll. Figura 1 - Demonstração da aplicação Luz Intensa Pulsada Fonte: https://clinicalidiagusmao.com.br/services/luz-intensa-pulsada/. Acesso em 07 de junho de 2020 “O tratamento de luz intensa pulsada se constitui em uma técnica não ablativa, relativamente mais rápida no que diz respeito às ações do que o emprego do laser, segura e eficaz, com complicações mínimas e transitória(VARGAS E RIBEIRO, 2018)” 11. USO DE COSMECÊUTICOS Considerando que cosméticos podem desempenhar uma série de efeitos, muitos produtos cosméticos contem ativos capazes de modificar de modo considerável a funcionalidade da pele, os quais são denominados cosmecêuticos, termo criado por Kligman há mais de 30 anos, e que origina na mistura das palavras cosmético e farmacêutico (cosme + cêutico). De uma forma geral, estes produtos veiculam ativos com mecanismo de ação conhecido, como são os fármacos, e, em função disso, possibilitam benefícios comprovados. Embora o termo não seja reconhecido pela ANVISA, é amplamente empregado pelo mercado de profissionais da área de cosmetologia (FURLANI et al., 2012). Furlani et al., 2012 registram que existe uma grande variedade de ativos enquadrados classificados como cosmocêuticos. Esses ativos podem ser didaticamente enquadrados em categorias tais como: agentes despigmentantes, retinóides, filtros solares, vitaminas, antioxidantes, minerais, hidroácidos, fatores de crescimento, proteínas extratos botânicos, entre outras. Moraes et al. (2019) desenvolveram um estudo com o objetivo de avaliar a associação da massagem mecânica motorizada com cosmecêuticos no tratamento da gordura localizada e da celulite, considerando que a cosmetologia é usada com princípios ativos que oferecem diversos benefícios tais como: melhora da nutrição, circulação, vascularização do tecido subcutâneo, controle da hipertrofia adipocitária, entre outros. De acordo com Moraes et al. (2019), participaram do estudo mulheres entre 18 e 55 anos, apresentando grau de celulite leve, moderado e severo de acordo com a Cellulite Severity Scale (CSS) em glúteos e posterior de coxa; gordura localizada em abdômen e flancos; todas com índice de massa corpórea (IMC) de até 29,9 kg/m2; não fumantes; sem doenças previas; sedentárias ou que praticassem atividade ao menos 3 vezes na semana. Quanto ao protocolo de tratamento, foram realizadas 10 sessões de terapia, duas vezes na semana com tempo tratamento total de 50 minutos. No início de toda sessão foi realizada a esfoliação corporal na área de tratamento com esfoliante físico. Em seguida foi aplicada a massagem mecânica motorizada com o equipamento Dermothonus Slim® (Ibramed- Industria Brasileira de Equipamentos Eletromédicos- EIRELI), modo continuo, vacum de pressão negativa de 550mmhg, 35 minutos de aplicação divididos nas áreas de abdome, flancos, glúteos e posterior de coxa, a técnica de aplicação seguida foi sugerida pelo fabricante. Para finalizar a terapia foi aplicado o cosmético Reduxcel Slim Lipo-Force (Adcos®) e Reduxcel Slim Creme de Massagem Redutor Plus (Adcos®) com deslizamento suave até completa absorção (MORAES et al., 2019). Em síntese, sobre os resultados obtidos pelos autores após o tratamento destacam-se: nas medidas adipométricas houve redução das medidas de abdome superior e abdome inferior.Na perimetria, houve redução das medidas de cintura e abdome inferior, já a medida de quadril e as medidas de perimetria das coxas não apresentaram alterações significativas. Além disso, ou autores observaram que independente da área de tratamento, todas as voluntárias mostraram redução na escala de CSS para o grau de severidade de celulite após o tratamento. As voluntárias classificadas com grau de celulite severo apresentaram redução para o grau moderado e as voluntárias classificados com o grau de moderado foram reclassificados com o grau de celulite leve. Ainda que não houve perda de peso pelas participantes física (MORAES et al., 2019). De acordo com Moraes et al. (2019), na análise do estudo fotográfico foi possível observar a melhora no contorno corporal e aparência da celulite com duas pacientes de 32 anos de idade (figura 1 e figura 2). Figura 1 - Análise fotográfica - Remodelamento corporal (flancos): Figura 2- Análise fotográfica - Melhora do aspecto da celulite: Antes Depois Antes Depois Moraes et al. (2019) observaram por meio dos resultados mapeados, que a técnica de massagem mecânica associada ao uso de cosmecêuticos podem ter promovido uma redistribuição e organização anatômica do tecido subcutâneo, considerando que até o presente momento não há estudos experimentais que afirmem que as associaçõesdas terapias são capazes de promover a lipólise da célula adipócitária. Foram utilizados produtos com princípios ativos a base de cafeína como Neurocafein®, antioxidantes como L-carnitina, castanha da índia e extrato de cavalinha que auxiliam na permeabilidade dos vasos sanguíneos com conseqüente aumento da microcirculação. Mediante os achados do presente estudo, Moraes et al. (2019) concluíram que o protocolo de tratamento com a associação da massagem mecânica motorizada associada ao uso de cosmecêuticos foram eficazes para a melhora do contorno corporal e a aparência da celulite, mesmo sem a perda de peso das participantes. Todavia, os autores sugeriram que para próximos estudos sejam realizados com um follow-up de 1 a 3 meses, para avaliação de manutenção de resultados e avaliação de uma possível melhora nas condições da pele. 12. CONCLUSÃO Abordamos neste trabalho técnicas de procedimentos estéticos, que tem se destacado no comércio em estética em geral, tanto por clientes como por profissionais. Percebemos que a estética vem crescendo cada vez mais, devido à insatisfação com o corpo, os procedimentos abordados se mostraram muito eficaz quando bem aplicado. Este trabalho foi muito importante para o nosso conhecimento, permitiu compreender cada procedimento e sua aplicação, devemos cuidar cada cliente de forma holística pois cada pessoa age de maneira deferente aos procedimentos sendo assim devemos observar cada detalhe e reação apresentada respeitando a sensibilidade de cada pessoa. Com base no que foi apresentado concluímos que os procedimentos estéticos foram eficazes, porém devemos ressaltar que uma alimentação balanceada combinada com atividade física torna o tratamento ainda melhor. 13. REFERÊNCIAS BORGES, F.S Dermato-Funcional: Modalidades terapêuticas nas Disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. CHIARADIA, Eunice Maria; SILVA, Débora Parreiras da. ATUAÇÃO DO LASER DE DIODO NA FOLICULITE. Revista Saúde em Foco, Itajubá, v. 1, n. 11, p. 1163-1174, jun. 2019. FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO: Análise dos efeitos do ultrassom terapêutico e da eletrolipoforese nas alterações decorrentes do fibroedema geloide. Curitiba: Http://dx.doi.org/10.1590/s0103-51502011000300012, v. 24, 11 set. 2011. Disponível em: scielo. Acesso em: 29 maio 2020. FURLANI, Daniela et al. Uso de cosméticos de Patches: artigo de revisão. 2012. 22 f. Monografia (Especialização) - Curso de Estética Facial e Corporal, Universidade do Vale do Itajaí, Florianópolis, 2012. LIMA, E. V. A.; M. A.; TAKANO, D. Microagulhamento: estudo experimental e classificação da injúria provocada. Surgical and Cosmetic Dermatology, v. 5, n. 2, 2013. MORAES, Gisele Campos et al. Eficácia da massagem mecânica motorizada associada a cosmecêuticos no remodelamento corporal e aspecto da celulite. Fisioterapia Brasil, [S.l.], v. 20, n. 4, p. 534-543, set. 2019. ISSN 2526-9747. Disponível em: <http://www.portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/view/2821> . Acesso em: 06 jun. 2020. doi:http://dx.doi.org/10.33233/fb.v20i4.2821. Microagulhamento: estudo experimentale classificação da injúria provocada Microneedling experimental study and classification of theresulting injury OLIVEIRA, M. et al. DEPILAÇÃO A LASER: revisão de literatura. Saúde em Foco, São Lourenço, v. 1, n. 10, p. 447-454, 23 jun. 2018. PATRIOTA, Régia Celli Ribeiro; et al. Luz intensa pulsada no fotoenvelhecimento: avaliação clínica, histopatológica e imuno-histoquímica. Anais Brasileiros de Dermatologia, São Paulo, v. 6, n. 86, p. 1129-1133, 25 nov. 2011. REVISTAINSPIRAR - Volume 1- Número 1 - Junho/julho – Ano: 2009 Ultra-som no Tratamento do Fibro Edema Gelóide http://www.portalatlanticaeditora.com.br/index.php/fisioterapiabrasil/article/view/2821 http://dx.doi.org/10.33233/fb.v20i4.2821 Revista Saúde em Foco – Edição nº 10 – Ano: 2018 atuação da endermoterapia/Vacuoterapia no tratamento do fibro edema gelóide – revisão de literatura SANTOS, ISABELA MARIA LIMA - Abordagem fisioterapêutica no envelhecimento facial - Faculdade Ávila, 2013 VARGAS, Cheila; RIBEIRO, Ivete Maria. TRATAMENTO DE CICATRIZ HIPERTRÓFICA COM O USO DE LUZ INTENSA PULSADA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. 2018. 13 f. TCC (Pós Graduação) - Curso de Estética e Bem Estar, Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, 2018. 1. INTRODUÇÃO 2. DEFINIÇÕES 2.1 ENVELHECIMENTO CUTANEO 2.2 GORDURA LOCALIZADA 2.3 SÍNDROME DA DESARMONIA CORPORAL (SDC) X FIBROEDEMA GELOIDE (FEG) 3. MICROAGULHAMENTO 4. CLASSIFICAÇÕES 4.1 FASES DO TRATAMENTO 1 – Fase inflamatória (1 a 3 dias): 2 – Fase proliferativa (3 a 5 dias): 3 – Fase de remodelamento (28 dias a 2 anos): 4.2 TÉCNICA DE APLICAÇÃO 4.3 PASSO A PASSO 4.4 CONTRA INDICAÇÕES DO MICROAGULHAMENTO 4.5 VANTAGENS DO MICROAGULHAMENTO 4.6 DESVANTAGENS DO MICROAGULHAMENTO 5. ASSOCIAÇÃO TERAPÊUTICA 6. CRIOLIPÓLISE 7. ELETROLIPOFORESE 7.1 Efeitos fisiológicos 7.2 Freqüências em ordem decrescente. 7.3 Contra-indicações 8.ULTRA-SOM 8.1 Contra-indicações e precauções 9. VACUOTERAPIA 9.1 Contra-indicações para Vacuoterapia 10. DEPILAÇÃO A LASER 10.1 USO DE LUZ INTENSA PULSADA Figura 1 - Demonstração da aplicação Luz Intensa Pulsada 11. USO DE COSMECÊUTICOS 12. CONCLUSÃO 13. REFERÊNCIAS
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