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PROJETO DE INTERVENÇÃO - COLEGIADOS DE GESTÃO E EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA

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PREFEITURA DA CIDADE DO RECIFE 
SECRETARIA DE SAÚDE DO RECIFE -SESAU 
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLEGIADOS DE GESTÃO E EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: 
PROJETO DE INTERVENÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2019 
MATHEUS JORGE BARROS DE GODOY 
THALITA CECILIA SALES DE ARAÚJO 
THAISY SANTANA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLEGIADOS DE GESTÃO E EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA: 
PROJETO DE INTERVENÇÃO 
 
 
 
 
Estudo dirigido apresentado à disciplina de Gestão e 
Planejamento em Saúde da Residência 
Multiprofissional em Saúde da Família da Secretaria de 
Saúde do Recife para fins de avaliação. 
Docente: Mauricéa Santana 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2019 
1. CONTEXTUALIZAÇÃO 
A gestão participativa da saúde é defendida desde os primeiros debates acerca da 
reforma sanitária da década de 1970 no Brasil. Com a criação do Sistema Único de Saúde, 
passa a ser um dos princípios organizativos a relação articulada entre os serviços de saúde 
e os usuários do sistema. A gestão democrática institucional é produto da produção 
coletiva e integrada dos modos de fazer, na ampliação do espaço tradicional da política, 
no sentido superação dos métodos tradicionais de gestão, propondo a reformulação dos 
papeis de micropoderes e colocando o poder em movimento. 
Os colegiados de gestão têm sido uma aposta de espaço de encontro e operação 
democrática em instituições de saúde, apostando na responsabilização dos diversos 
trabalhadores, em uma proposta de cogestão do trabalho cotidiano, visando facilitar e 
equacionar problemas e dificuldades de implementação de mudanças, apresentando, 
assim, possibilidades concretas de horizontalização das relações de poder instituídas na 
rede de saúde. 
A gestão colegiada propicia a construção de um ambiente organizacional que 
incentiva os todos os profissionais atores do SUS a agirem tecnicamente como 
facilitadores na criação de alternativas de ações inovadoras, visando a melhoria na 
qualidade do serviço prestado. Têm sido propostas a criação de colegiados em todos os 
níveis de gestão do sistema de saúde, por considerar a necessidade de um espaço de 
discussão permanente dos problemas de saúde, bem como da organização do processo de 
trabalho, buscando promover as mudanças necessárias à organização dos serviços. 
Entretanto, parece ser possível afirmar certa dificuldade em uma organização 
democrática plena, nas instituições de saúde, no sentido de uma concreta participação dos 
trabalhadores envolvidos. Muitas vezes as relações de poder entre categorias profissionais 
são transportadas para o interior dos espaços de colegiado. Outra questão é a baixa 
capacidade decisória dos colegiados em questões estruturais das instituições, o que acaba 
desmotivando a participação dos diversos atores em espaços colegiados. Além disso, faz-
se importante ressaltar a tradição política brasileira de processos autoritários, 
patrimonialistas e clientelistas. Desta forma, a simples proposição de espaços 
democráticos não garante a implantação de uma lógica democrática e horizontal de 
organização do trabalho. 
 
2. JUSTIFICATIVA DA INTERVENÇÃO 
A realização sistemática de reuniões é uma importante estratégia de integração 
para discussão conjunta sobre o planejamento, acompanhamento e avaliação das ações 
em saúde, considerando a equipe multiprofissional que envolve diferentes saberes e 
habilidades. O planejamento local em saúde é realizado a partir das demandas e 
necessidades trazidas pela população, mas também daquelas evidenciadas diretamente 
pelos profissionais de saúde. O planejamento, portanto, é um processo que depende 
fundamentalmente de conhecer intimamente a situação atual de um local e definir aquela 
situação a que se pretende chegar, buscando maneiras de alcançar os objetivos almejados. 
No entanto, na prática das Unidades de Saúde, é comum o esvaziamento desses espaços 
de gerência das equipes, bem como as mesmas se tornam pouco eficientes e resolutivas 
para os problemas da comunidade. 
Dentro da Rede de Atenção à Saúde (RAS) do município do Recife, outra 
estratégia utilizada pela Gestão Distrital como instrumento colegiado de gestão no nível 
da Atenção Primária é a Reunião Micro. As Microrregiões são as regiões que compõem 
um Distrito Sanitário, divididas e distribuídas por critérios socio-político-demográficos, 
a fim de se alcançar uma gerência do território mais próxima e organizada. Mensalmente, 
a gestão do Distrito promove um encontro entre as equipes que compõem o distrito, para 
que nesse espaço sejam discutidas e propostas ações de saúde para atuação em cada 
território. Contudo, sua formatação no presente momento, explicita uma prática 
centralizada e verticalizada de gestão, a medida em que ocorre por meio de “palestras” 
com temáticas decididas e executadas pela própria gestão, o que reduz o poder 
participativo e deliberativo desse espaço. 
 
 
 
 
 
 
 
3. PROJETO DE INTERVENÇÃO 
O planejamento pode ser um dispositivo onde o mais importante é o processo, o 
caminho de sua produção, não o produto, plano ou projeto de ação, possibilitando uma 
nova subjetivação dos participantes, com suas potencialidades de estabelecer contratos e 
compromissos na seleção de prioridades em vista da consecução do fim visado. Nesse 
sentido, o planejamento segue a lógica da razão crítica e propositiva, constituída pela 
prática contínua da equipe a fim de construir, exigindo pensar a permanente interação 
entre gestão e processos de trabalho. 
Para esse processo, é importante levar em consideração as estruturas mentais da 
cultura organizacional dos ambientes de trabalho que influenciam as práticas rotineiras, 
e a possibilidade da construção de novas representações por meio da participação no 
processo comunicativo e da gestão por compromisso. Para isso, é essencial valorizar a 
reflexão para não cair numa padronização mecânica das práticas e distribuição 
fragmentada do poder, apontando para um modelo de gestão negociada. Nesse modelo, é 
indispensável estratégia de negociação cooperativa e competência para a liderança 
interativa. 
Uma das principais referências dessa tendência para a explicitação da proposta 
metodológica é a obra clássica de Matus sobre planejamento estratégico situacional. Para 
esse autor, o planejamento depende de uma gestão descentralizada, a definição de 
objetivos a partir de problemas e a análise da viabilidade e da estratégia de sua solução. 
Nessa perspectiva, foi desenvolvida uma matriz de intervenção para algumas USF’s do 
distrito sanitário VI, levando em consideração a realidade do território e os principais nós 
críticos das equipes, conforme observações dos residentes. 
 
 
 
4. MATRIZ DE PLANEJAMENTO 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO - COLEGIADOS DE GESTÃO E EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
SITUAÇÃO INICIAL SITUAÇÃO OBJETIVO OBSTÁCULO ESTRATÉGIAS DE ENFRENT. RECURSOS NECESSÁRIOS PRAZOS RESPONSÁVEL 
Reuniões de Micro 
(Regiões Distritais) 
com baixo impacto 
nos processos de 
trabalho e realidades 
locais 
Reuniões de Micro que 
considerem e discutam 
as realidades locais, 
propondo capacitações 
e atividades resolutivas. 
- Verticalização dos 
espaços, instrumentos e 
relações de gestão; 
Maior participação da gestão nas 
reuniões de equipe e no 
território; 
Espaços para 
reunião; Carros para 
participação de gestores 
em visitas e reuniões. 
Mensalmente 
Coordenador de Área; Gerente 
da Unidade; Equipes 
- Distanciamento das 
figuras da gestão das 
realidades dos territórios; 
Pactuação com as equipes na 
construção de pautas 
trimestrais/semestrais; 
Espaços para reunião; 
Recursos Multimídia; 
Trimestralmente/ 
Semestralmente 
Coordenador de Área; Gerente 
da Unidade; Equipes 
- Metodologia vertical e 
depositária de condução 
das reuniões; 
Utilização de metodologias ativas 
na condução das reuniões;Recursos Multimídia e de 
papelaria; 
Mensalmente Distrito Sanitário 
- Utilização de dados 
generalizados e 
reprodução de agendas 
Divulgação de experiências 
exitosas 
Material de Divulgação 
(pôsteres, panfletos); 
Semestralmente Distrito Sanitário 
Ênfase no apontamento 
de falhas e deficiências, 
desconsiderando os êxitos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Incentivo a participação do 
Controle Social 
Carro para conduzir os 
usuários ou custeio de 
locomoção. 
Mensalmente Distrito Sanitário 
SITUAÇÃO INICIAL SITUAÇÃO OBJETIVO OBSTÁCULO ESTRATÉGIAS DE ENFRENT. RECURSOS NECESSÁRIOS PRAZOS RESPONSÁVEL 
Desvalorização e 
ineficiência dos 
espaços de reunião de 
equipe 
Reuniões de equipe com 
a participação integral 
dos profissionais, bem 
como da gestão. 
Planejamento, 
proposição e 
acompanhamento de 
ações resolutivas 
Absenteísmo dos 
profissionais; 
Reforçar a necessidade da 
participação integral dos 
profissionais nas reuniões; 
Espaços para reunião Mensalmente 
Equipes De Saúde da Família / 
Gestão 
Falta de interesse na 
participação ativa; 
Realização de discussões, 
planejamento e 
acompanhamento de ações. 
Espaços para reunião; 
Recursos Multimídia; 
Semanalmente Equipes De Saúde da Família 
Pouca discussão dos 
casos, de questões 
epidemiológicas e sociais; 
Sensibilização dos profissionais, 
através de capacitações e 
reuniões estratégicas 
Espaço físico, recursos 
multimídia e de papelaria; 
Semestralmente 
Distrito Sanitário / 
Coordenadores de Área 
Pouca participação da 
gestão de forma 
frequente; 
Sistematizar a presença da gestão 
nos espaços de reunião. 
Espaços para reunião; 
Carros para participação 
de gestores em reuniões; 
Mensalmente 
Equipes De Saúde da Família / 
Distrito Sanitário / 
Coordenadores de Área 
 
Reformulação da metodologia de 
execução da reunião 
Espaço físico, recursos 
multimídia e de papelaria; 
Semestralmente Equipes De Saúde da Família 
REFERÊNCIAS 
 
MELO, Rafael Cerva. Gestão colegiada e a organização do trabalho em saúde em 
uma instituição hospitalar. (Monografia) Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa 
em Saúde – Escola GHC e Fundação Oswaldo Cruz. PORTO ALEGRE 2014. 43f. 
Colegiado gestor como estratégia de promover mudanças. Secretaria Municipal de 
Saúde de Belo Horizonte. Belo Horizonte. Ago., 2003. 
JUNGES, José Roque; BARBIANI, Rosangela; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos 
Pavone. Planejamento Estratégico como exigência ética para a equipe e a gestão 
local da Atenção Básica em Saúde. Interface (Botucatu), Botucatu , v. 19, n. 53, p. 
265-274, jun. 2015 . 
VOLTOLINI, Bruna Carla et al . Reuniões da estratégia saúde da família: um 
dispositivo indispensável para o planejamento local. Texto Contexto Enferm., 
Florianópolis , v. 28, 2019.

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