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Projeto de Prática - Práticas de produção e releitura de textos no Ensino Fundamental final

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
PEDAGOGIA (LICENCIATURA) – CALENDÁRIO S
ANDRÉA AMARAL PERRONE BOLSARINI (RA 8042350)
PROJETO DE PRÁTICA
PRÁTICAS DE PRODUÇÃO E RELEITURA DE TEXTOS NO ENSINO FUNDAMENTAL
CAMPINAS
JUNHO 2020
CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO
PEDAGOGIA (LICENCIATURA) – CALENDÁRIO S
ANDRÉA AMARAL PERRONE BOLSARINI
PROJETO DE PRÁTICA:
PRÁTICAS DE PRODUÇÃO E RELEITURA DE TEXTOS NO ENSINO FUNDAMENTAL
Projeto de Prática apresentado como requisito de avaliação na Disciplina de Fundamentos e Métodos do Ensino de Língua Portuguesa e Matemática sob orientação da Professora Alessandra Correa Farago.
CAMPINAS
JUNHO 2020
SUMÁRIO
ATIVIDADE PROPOSTA	4
TEXTOS:	5
1ª ETAPA	8
2ª ETAPA	10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	11
ATIVIDADE PROPOSTA
Embora tenha o nome de projeto, a 1ª etapa da PRÁTICA consiste na construção de um comentário analisando as três versões de uma mesma fábula e na 2ª etapa a construção de um texto relacionando as 3 primeiras versões da fábula: “Menina do pote de leite” com o conto “Eu tropeço e não desisto”. 
Observe explicação detalhada: 
1ª ETAPA: 
Você lerá três versões de uma mesma fábula (apresentadas no PEGE) hoje conhecida como a “Menina do pote de leite”, apresentadas numa linha temporal: Calila e Dimna, do século 5º a.C., La Fontaine, do século 17, e Lobato, do século 20. 
Leia as três histórias e redija um comentário no qual destaque: as diferenças e semelhanças entre os textos quanto ao conteúdo ético (temática) e à linguagem (recursos expressivos), bem como ao endereçamento (a quem esses textos são dirigidos). 
2ª ETAPA: 
Leia o conto “Eu tropeço e não desisto” e redija um texto reflexivo, aproximadamente 20 linhas, no qual esclareça que procedimento(s) a autora Giselda Laporta Nicolelis utilizou para fazer uma releitura das versões da fábula A menina e o pote de leite (analisadas na 1ª etapa). Procure verificar no conto Eu tropeço e não desisto os processos estudados: carnavalização (inversão), paródia (mudança de contextos e caracterizações para reverência, brincadeira ou ironia), dialogismo (a inserção de elementos de outras obras tradicionais). Observe também a mudança de gênero (a transformação da fábula em um conto). 
Fundamente suas observações aplicando os aspectos teóricos estudados na unidade e comprove com fragmentos do conto. 
Vocês deverão postar a 1ª e a 2ª etapa no mesmo arquivo word.
1ª ETAPA
A fábula é um gênero textual curto, bastante conhecido e acessível, que relata situações do cotidiano humano, em linguagem simples, busca com sua narrativa transmitir um ensinamento, um conselho ou um alerta; apresentando em sua conclusão uma temática ética/moral, que leva seu leitor à reflexão ao relacioná-la ao contexto cultural em que vive. 
Observa-se nos três textos apresentados essa conclusão temática ética/moral (moral da história), pois em todas as narrativas o escritor buscou ensinar ao seu leitor que ele não pode contar com uma coisa que ainda não está concluída ou em suas mãos. Apesar de terem sido criadas em períodos distintos, o tema abordado permanece atual.
Para compreendermos a mensagem de um texto, precisamos estar a par do contexto no qual ele foi escrito, dessa forma observa-se que o texto 1, O eremita, a jarra de manteiga e mel de Al Mukafa, foi escrito em um contexto de fala para adultos, a esposa nesta fábula aconselha seu marido sobre situações de imprudência, ou que ele não tem como controlar. O texto, datado do século V a.C., utiliza linguagem culta é mais pragmático. Apresenta intertextualidade com outros textos, pois para se chegar à moral pretendida a esposa utiliza de outra história. Trata de uma situação de ordem prática (ter ou não um filho varão, agir imprudentemente e falar sobre o que não conhece) e não do sonhar (desejar/almejar uma vida melhor) presente nos textos seguintes com o personagem que sonha acordado.
No segundo texto, A moça e o pote de leite, de La Fontaine observa-se elementos presentes no texto 1, entretanto utiliza de uma linguagem poética e não tão erudita quanto a primeira. A fala é direcionada tanto para adultos quanto para crianças e trata diretamente de sonhos e frustações provenientes de erros. Além disso a intertextualidade presente no texto vai além, pois incluí outras, como por exemplo, a história de Pirro (vitória a um alto custo), construir Castelos em Espanha (devaneios) ou destronar o Sofi etc., o que acaba por propiciar ao leitor novas significações.
No terceiro texto, A menina do leite, de Monteiro Lobato a temática central é a mesma presente no texto de La Fontaine. Lobato utiliza uma linguagem simples e moderna, voltada para o público infantil. Usa recursos de linguagem como a onomatopéia e adjetivação (presente no texto de La Fontaine) que é importante para a construção de sentido do texto, pois além de caracterizar os personagens, determinados o conflito e o desfecho da narrativa. A intertextualidade está presente quando os personagens do Sítio do Pica Pau Amarelo discutem a fábula depois de ouvi-la e questionando seu final, ao inserir no texto outros elementos de aprendizagem, como a esperteza de Laurinha ao não perder o leite por estar carregando-o em uma lata fechada, faz com que o leitor questione a “verdade absoluta” apresentada pelos textos anteriores. A moral a ser aprendida só fica explicitada na fala final de Dona Benta, apenas após o tema ser debatido por Emília e Narizinho.
2ª ETAPA
Analisando-se o texto Eu tropeço e não desisto, de Nicolelis e aplicando os aspectos teóricos estudados neste ciclo de aprendizagem, nota-se que a autora, por meio de procedimentos de absorção de um texto por outro, utiliza de três procedimentos de intertextualidade: 
O dialogismo (diálogo com os texto do passado): Ao transformar a fábula em um conto de fadas a autora insere elementos de fantasia e mesmo adaptando, acrescentando ou substituindo elementos, o texto clássico, apresentado nas fábulas da primeira etapa desta prática, é reconhecido e revelado na maneira em que um texto fala com o outro;
A carnavalização Há uma inversão de valores, uma subversão cultural. Se antes os personagens das fábulas da 1ª Etapa aceitavam a moral da história como uma verdade absoluta, neste, a menina ao internalizar o conselho da mulher mais velha (Persistir nos sonhos e aprender com os erros), muda seu destino ao questionar o que lhe foi reservado (continua a sonhar, aprende com seu erro, vende o leite, compra o vestido e se casa com o príncipe);
A paródia (sátira, ironia, fragmentação deliberada, alegorização). O texto tem um caráter mais leve do que daqueles apresentados na 1ª Etapa. A partir da queda do príncipe do cavalo deflagra-se uma série de acontecimentos lúdicos que dialogam e invertem ou ampliam a história original.
Observa-se que esses recursos foram utilizados de forma a adaptar a história para o imaginário infantil e às maneiras de perceber o mundo de acordo com contexto cultural na qual foi criada. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CHIACHIRI, M. A. F. et al. Fundamentos e Métodos do Ensino da Língua Portuguesa II. Batatais: Claretiano, 2013. Unidade 2, 3 e 4. 
CHIACHIRI, M. A. F. Metodologia do Ensino: produção de textos. Batatais: Claretiano, 2013. Unidade 2 
GAIA, C. Literatura Infanto‐Juvenil. Batatais: Claretiano, 2011. Unidades 4 e 6 
SANTOS, C. F.; ALBUQUERQUE, E. B. C. Alfabetizar letrando. In: SANTOS, C. F.; MENDONÇA, M. Alfabetização e letramento: conceitos e relações - Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 111‐132 
LEAL, T. F. Organização do trabalho escolar e letramento. In: SANTOS, C. F.; MENDONÇA. In: Alfabetização e letramento: conceitos e relações. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 73‐94

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