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Abordagem do RN com Sepse Neonatal Tardia Prof. Maria Fernanda A Branco Disciplina de Pediatria Neonatal UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO Escola Paulista de Medicina dpn@osite.com.br Sepse Bacteriana Neonatal PRECOCE:PRECOCE: << 48, 72 ou 96 horas de vida48, 72 ou 96 horas de vida TARDIA:TARDIA: > 48, 72 ou 96 horas de vida> 48, 72 ou 96 horas de vidaNNISS - CDC, 1994 VERMONT OXFORD NETWORKVERMONT OXFORD NETWORK 45.696 RN < 1500g em 2005 (> 600 UTI Neonatais – maioria nos EUA e inclui Canadá, Europa, Ásia, África e Oriente Médio) Sobreviventes > 72 h = 41.271 • Qualquer bactéria – 9.107 (22%) • S. Coag. Neg – 5.300 (10%) • Fungo – 2% NEONATAL RESEARCH NETWORKNEONATAL RESEARCH NETWORK 5.477 RN < 1500g em 1998-2000 15 UTI Neonatais Universitárias nos EUA 1.319 (24%) Sepse > 72 h com HC⊕ 251 óbitos (19%) Pseudomonas spp: 75%Stoll et al. Pediatrics 110:285-291, 2002 REDE BRASILEIRA DE PESQUISAS NEONATAIS IFF-RJ, PUC-HSL PA, UFRS-HC PA, UNESP-HC Botucatu, UNICAMP-CAISM, UNIFESP-HSP, USP-HC RP e USP-HC SP 8 UTI Neonatais Públicas Universitárias 1.413 RN com PN 500-1499g sem malformações Período: 1/Mar/98 a 31/Dez/99 Sepse: 605 (43%) Óbitos até 27d: 339 (24%) SEPSE: 15% DOS 243 ÓBITOS < 7 DIAS 92% DOS 96 ÓBITOS DE 7-27 D 579 RN com PN 400-1500g IG < 34 sem. s/ malformações Período: 1/Jun/04 a 31/Mai/05 Sepse precoce: 173 (30%) Sepse > 72h: 255 (43%) Óbitos intra-hosp. - 166 (29%) < 7 dias: 92 > 7 dias: 74 Sepse Tardia (> 48 horas) S. Coagulase negativo S. aureus K. pneumoniae P. aeruginosa Enterobacter sp. Candida sp. 177 ⊕⊕ de 359 hemoculturasNúmero de HC 60 50 40 30 20 10 0 UTI Neonatal do HSP – UNIFESP – Jan/1997 a Mar/2004 SEPSE NEONATAL TARDIASEPSE NEONATAL TARDIA 4 (9%)44765.77176474 2006 (outu- bro) 8 (14%)59987.3941056322005 13 (21%)611177.2261105632004 Óbitos por Sepse Sepse tardia IH tardia Pacientes -dia RN com IH RN sob risco UNIDADE NEONATAL - HSP - UNIFESP SEPSE NEONATAL TARDIASEPSE NEONATAL TARDIA - - - - 1 - 1 3 1 - 3 - - 1 - 2 Óbitos por agente 17 6 9 2 1 S. Coag. Neg. S. aureus K. Pneumoniae E. Coli P. aeruginosa 2006 (out) 15 6 10 5 4 S. Coag. Neg. S. aureus K. Pneumoniae P. aeruginosa E. Coli 2005 16 11 3 25 9 5 S. Coag. Neg. S. aureus Enterococcus sp. K. Pneumoniae P. aeruginosa Enterobacter sp. 2004 HemoculturaAgenteAno UNIDADE NEONATAL - HSP - UNIFESP Sepse Tardia (> 48 horas) 293 Hemoculturas ⊕⊕ % 18 Jan. a Dez. 2000 16 14 12 10 8 6 4 2 0 E. cloacae K. oxytoca E. coli S epidermidis P. cepacea Malveira. Unidade Neonatal Pública - Santa Casa de Belém do Pará, 2002 A ETIOLOGIA DA SEPSE NEONATAL A ETIOLOGIA DA SEPSE NEONATAL BACTERIANA VARIA:BACTERIANA VARIA: -- em cada paísem cada país -- em um mesmo país, em cada hospitalem um mesmo país, em cada hospital -- em um mesmo hospital, conforme a em um mesmo hospital, conforme a unidade de internaçãounidade de internação -- em uma mesma unidade, conforme o em uma mesma unidade, conforme o tempotempo Fatores de Risco Quadro Clínico DiagnósticoDiagnóstico da da SepseSepse NeonatalNeonatal Exames Específicos Exames Inespecíficos Imaturidade imunológica Deficiência quantitativa e qualitativa Sistema Imune Inespecífico Barreira epidérmica imatura Deficiência de PMN, macrófagos e monócitos Deficiência de complemento e fibronectina Sistema Imune Específico Células T e B: deficiência de Ac específicos Sepse Precoce e Tardia: Fatores de Risco Neonatais Sepse Tardia (> 72 h): Fatores de Risco Neonatais e Ambientais PN 401-1500g 1.319 RN com HC ⊕ e 4.158 sem sepse 15 UTIN - EUA Duração: ventilação mecânica cateter venoso central nutrição parenteral Dias até: iniciar enteral ganhar o PN enteral plena Peso ao nascer I. gestacional SDR ECN Instituição Stoll et al, Pediatr Res 2001; 49:228A SepseSepse >> 72 horas 72 horas -- PN 401PN 401--1500g1500g 1319 RN com HC ⊕ e 4158 sem sepse 15 UTIN - EUA 60,278,6Internação 5,57,3Início da alimentação enteral 16,533,1Nutrição parenteral 1,12,6Cateter arterial periférico 8,516,4Cateter venoso percutâneo 1,37,2Cateter venoso central 2,84,0Cateter venoso umbilical 3,74,9Cateter arterial umbilical 11,623,7Ventilação mecânica Sem sepseCom sepse MÉDIA (Dias) p<0,001 Stoll et al. Pediatrics 2002, 110:285-291 Medicamentos: indometacina, dexametasona, bloqueadores de H2 Contaminação de Nutrição Parenteral, Medicamentos, Derivados de Sangue, Fórmula Láctea e Leite Materno Área física inadequada RN / equipe assistencial inadequada Sepse Tardia: Fatores de Risco Ambientais Fatores de Risco Quadro Clínico DiagnósticoDiagnóstico da da SepseSepse TardiaTardia Exames Específicos Exames Inespecíficos Sepse Neonatal - Quadro Clínico 0 10 20 30 40 50 60 hip ert erm ia hip ote rm ia de sc . re sp . ap né ia cia no se he pa tom . ict erí cia vô mi to dis ten sã o % RN Klein & Marcy, 1995 455 RN Termo de 6 unidades Sepse Neonatal Tardia Quadro Clínico RN < 1500g 181 RN com 181 RN com sepsesepse por por GramGram ++ 77 RN com 77 RN com sepsesepse por por GramGram -- 0 20 40 60 80 A & B >O2 >IMV S. abd letargia temp <PA <pH % RN Fanaroff et al. Pediatr Infect Dis J 1998;17:593 Fatores de Risco Quadro Clínico Exames Específicos Exames Inespecíficos DiagnósticoDiagnóstico da da SepseSepse TardiaTardia EXAMES ESPECÍFICOS Técnicas Microbiológicas • Sangue • Líquor • Urina • Fluido peritonial, pleural, articular • Secreções Exames Específicos Local da coleta: periférica vs cateter * Número de coletas: única vs múltipla Volume de sangue: 0,5 mL vs 1 mL Tempo de incubação: 48 vs 72 vs 168 horas Hemocultura EGB Kurlat et al, 1989 1.248 amostras de sangue de RN 0,5 mL em meio aeróbio e 0,5 mL em meio anaeróbio - BACTEC NR660 Tempo de incubaçãoOrganismo 0 1 2 3 4 5 6 7 Patógenos (n=29) Streptococcus B 1 14 3 S. aureus 1 2 Streptococcus G 1 E. coli 3 K. pneumoniae 1 Enterobacter cloacae 1 Citrobacter diversus 1 1 Possíveis patógenos (n=52) Staph. coag. neg. 8 10 5 2 2 Streptococcus α - fem. 7 5 1 Streptococcus γ - fem. 3 Anaeróbios 1 3 1 3 Neisseria sp. 1 HEMOCULTURA NO RN CONTAMINAÇÃO - Número de colônias ? - tempo de crescimento > 48 horas - coleta por cateter ⊕ e veia periférica - - múltiplas espécies em 1 hemocultura - espécies ≠ em 2 hemoculturas - ausência de sinais clínicos com organismo de flora cutânea (S coag - ?) Klein, 2001 Bacteremia Neonatal Sonda de DNA x Detecção de CO2 • 3 UTI neonatais - Neonatal Research Network • Hemocultura por Bactec® x sonda de DNA • 1700 hemoculturas → 130 ⊕ – S. coag neg: 90 Bactec® x 26 (29%) DNA – Outras bactérias: 40 Bactec® x 31 (78%) DNA – Bactec®: 99% das bactérias em 48 horas Hertz et al - J Perinatol 19:290, 1999 A análise do LCR é mandatória em qualquer RN com suspeita clínica de sepse 25% dos RN com sepse comprovada têm meningite 20-50% dos RN com meningite têm HC negativa 15% dos RN com cultura de LCR⊕ têm HC negativa A cultura do LCR é obrigatória: SGB: 30% dos RN com leucócitos normais e 47% com proteína e glicose normais Gram negativos: 4% dos RN com leucócitos normais e 23% proteína normal e 15% glicose normal Wiswell et al, 1995 Meningite Neonatal em RN MBP 15 UTIN - EUA • 9.641 RN • PN 401-1500g > 72 horas • 2.877 (30%) com coleta > LCR • 6.056 (63%) com coleta > HC Meningite – Cultura LCR + (5% dos LCR colhidos) 134 (1,4%) com meningite - 45 (1/3) com HC negativa Stoll et al. Pediatics 2004: 113, 1181-6 VALORES NORMAIS DE LCR EM RECÉM-NASCIDOS (Naidoo, 1968; Sarff et al, 1976; Bonadio et al, 1992; Ahmed et al, 1996; Rodriguez et al, 1990) > 30> 30> 30Glicose (mg/dL) < 150< 150< 200Proteína (mg/dL) < 20< 15< 15Leucócitos (/mm3) TERMOPT > 1000gPT < 1000g Obs: Glicose > 30 mg/dL desde que o RN esteja com glicemia normal e o LCR ficar estocado por pouco tempo. Caso contrário, considerar como valor normal 2/3 da glicemia do RN. Não fazer diagnóstico baseado apenas na glicorraquia. UNIFESP/EPM,Agosto de 2006 DiagnósticoDiagnóstico da da SepseSepse NeonatalNeonatal Fatores de Risco Quadro Clínico Exames Específicos Exames Inespecíficos Diagnóstico Inespecífico da Sepse Neonatal Leucograma com plaquetas Proteína C Reativa Citocinas Valores Normais de Neutrófilos (céls/mm3) em Recém-nascidos Horas de vida IG – 26 a 44 sem PN – 660-5000g Manroe et al - J Pediatr 95:89-98, 1979 Valores Anormais de Neutrófilos (céls/mm3) em RN com Peso ao Nascer > 1500g neutropenia neutrofilia ↑ imaturos ↑ imat/totais nascimento < 1800 > 5400 > 1120 > 0,16 12 hs < 7800 > 14400 > 1440 > 0,16 24 hs < 7200 > 12600 > 1280 > 0,16 48 hs < 4200 > 9000 > 800 > 0,13 > 72 hs até 28o dia < 1800 > 5400 > 500 > 0,12 Manroe et al, 1979 Valores Anormais de Neutrófilos (céls/mm3) em RN com Peso ao Nascer < 1500g neutropenia neutrofilia ↑ imaturos ↑ imat/totais nascimento < 500 > 6300 > 1100 > 0,16 12 hs < 1800 > 12400 > 1500 > 0,16 24 hs < 2200 > 14000 > 1280 > 0,16 48 hs < 1100 > 9000 > 850 > 0,13 > 72 hs até 28o dia < 1100 > 6000 > 500 > 0,12 Mouzinho et al, 1994 Exames Inespecíficos na Sepse Neonatal Sensibilidade % pacientes com infecção com teste alterado Especificidade % pacientes sem infecção com teste normal Valor Preditivo ⊕ Se teste alterado → % de pacientes com infecção Valor Preditivo negativo Se teste normal → % de pacientes sem infecção Leucograma na Sepse Neonatal 10010010042↑ Neutrófilos imaturos 77989587↑ ou ↓ de neutrófilos 53-9826-4731-7867-90Bastões/Neutrófilos > 0,2 87417758Imaturos/Totais > 0,2 54-9640-5486-8817-58GB < 5000 ou > 20000 VPN (%)VPP(%)E(%)S (%) Manroe et al 1977; Philip & Hewitt 1980; Philip 1982 e Chadna et al 1988 Escore hematológico de Rodwell et al, 1988 1ponto GB <5.000 ou >25.000/µL ao nascimento ou >30.000/µL de 12-24hs ou >21.000/µL > 2d 1 ponto ↑ ou ↓ neutrófilos totais * 1 ponto ↑ neutrófilos imaturos * 1 ponto ↑ neutrófilos imaturos/totais * 1 ponto Neutrófilos imaturos / segmentados >0,3 1 ponto Alterações degenerativas nos neutrófilos 1 ponto plaquetas <150.000/µL * Manroe et al, 1979 Escore > 3: Sensibilidade 96% e Especificidade 78% Escore 0, 1 ou 2: VP Negativo = 99% Proteína C Reativa em Sepse Neonatal Precoce e Tardia 121 episódios de sepse PN – 1.165g (490-4510) IG - 28 semanas (24-42) 39% Sepse < 7 dias PCR seriada - 1 a 4 dias PCR * - mg/dL S. aureus – 5,8 (4,5-7,0) EGB – 5,1 (2,6-7,2) E. coli – 5,6 (3,2-7,6) ECN – 1,8 (1,4-3,2) Ronnestad et al., APMIS 107: 593, 1999 * PCR quantitativa: valor normal < 1,0 mg/dL RN com Suspeita de Sepse Precoce ou Tardia UNIFESP/EPM - HSP PCR ao início, 36-48h e 72h pós-tratamento • 25 episódios com HC + SH > 3 na suspeita - 72% 1a PCR normal - 3 (12%) 3 PCR > 10mg/L - 84% 1 PCR > 10mg/L - 16% Abt mantido - 100% • 46 episódios com HC – SH > 3 na suspeita - 52% 1a PCR normal - 26 (56%) 3 PCR nls – 16 (35%) e suspensão ATB em 9 RN 3 PCR alteradas – 20 (43%) • N = 36 PN – 1543g (605-3.865) IG – 32 semanas (27-41) AIG – 83% Cesárea – 92% • 71 episódios 82% após 48h de vida Suspeita clínica - média de 14 dias PROTEÍNA C REATIVA A dosagem quantitativa seriada pode auxiliar na exclusão do diagnóstico de infecção sistêmica após 1 a 3 dias de evolução clínica: - sensibilidade 75-98% - especificidade 90% - VPP 99% Diagnóstico da Sepse Neonatal Citocinas e PCR 2 5 7 2 5 5 No de estudos 63-80%93-97%PCR e IL-8 63-90%51-100%PCR e IL-6 96-100%28-63%PCR 76-85%83-84%IL-8 70-90%30-97%IL-6 43-84%73-88%FNT α Espec (%)Sens (%) Mehr & Doyle - Pediatric Infect Dis J 2000;19:879 As citocinas são marcadores de aplicação promissora para o diagnóstico de sepse neonatal. Entretanto, os dados são ainda muito limitados para implementar o seu uso na prática clínica. Mehr & Doyle - Pediatric Infect Dis J 2000, 19: 879 Diagnóstico da Sepse Neonatal Até o momento não existem exames laboratoriais inespecíficos com sensibilidade e valor preditivo negativo de 100% Sepse Neonatal: Tratamento Fatores de Risco + Quadro Clínico Hemocultura, Hematológico, PCR e Líquor Medidas Gerais + Antibioticoterapia Sepse Tardia (> 48 horas) 293 Hemoculturas ? EXAMES ESPECÍFICOS Bacteremia NeonatalSonda de DNA x Detecção de CO2 Valores Anormais de Neutrófilos (céls/mm3) em RN com Peso ao Nascer > 1500g Valores Anormais de Neutrófilos (céls/mm3) em RN com Peso ao Nascer < 1500g Sepse Neonatal: Tratamento
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