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Teoria Clássica da Administração

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Instituto Brasileiro de Formação - IBF
Nome: Jéssica de Albuquerque Varella
Curso: MBA em Gerenciamento de Recursos Financeiros
Disciplina: Teorias da Administração
O presente trabalho discorre sobre a Teoria Clássica da Administração com base no aprendizado adquirido ao longo do curso da disciplina de Teorias da Administração. 
A abordagem Clássica da Administração é composta por duas frentes: a Teoria da Administração Científica e a Teoria Clássica da Administração, sendo essa segunda o tópico principal desse trabalho.
A Teoria Clássica foi criada na França pelo engenheiro Henri Fayol e tinha o seu foco direcionado para a estrutura das organizações. A teoria surgiu no mesmo período em que a Teoria da Administração Científica – criada por Frederick Taylor devido a sua grande preocupação de buscar melhores níveis de produtividade para as empresas – ganhava cada vez mais espaço nos Estados Unidos. Enquanto a Teoria Científica está direcionada para as tarefas, a Teoria Clássica está direcionada para a estrutura. Além da questão estrutural, a Teoria Clássica também se caracteriza por destacar a visão do homem econômico e a busca da máxima eficiência.
Segundo Fayol, as organizações possuem as seguintes funções básicas: técnicas (produção de bens e serviços), comerciais (compra, venda e permutação), financeiras (procura e gerenciamento de capitais), de segurança (proteção e preservação dos bens e das pessoas), contábeis (balanços, custos...) e administrativas (integração das outras 5 funções). Essas funções colaboram para o alcance em potencial da ideia de administração que, de acordo com ele, consiste em prever, organizar, comandar, controlar e coordenar.
Fayol também relacionou 14 princípios básicos da administração, são eles:
1. Divisão do trabalho: especialização das pessoas e das tarefas para o aumento da eficiência.
2. Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de orientar e receber um retorno obediente. Já a responsabilidade é o dever de prestar contas. É uma consequência da autoridade. 
3. Disciplina: obediência e respeito aos acordos estabelecidos.
4. Unidade de comando: cada funcionário deve receber ordens somente de um único chefe.
5. Unidade de direção: um plano para cada grupo de atividades com o mesmo objetivo.
6. Subordinação dos interesses individuais aos gerais: os interesses da empresa sobrepõem os interesses pessoais de seus funcionários.
7. Remuneração do pessoal: remuneração justa que garanta a satisfação do pessoal.
8. Centralização: concentração da autoridade superior da hierarquia da organização.
9. Cadeia escalar: respeito à estrutura hierárquica.
10. Ordem: um lugar para cada objeto e pessoa, e cada objeto e pessoa em seu devido lugar.
11. Equidade: justiça e gentileza para conquistar a lealdade do pessoal.
12. Estabilidade do pessoal: a alta rotatividade é prejudicial para a eficiência da organização, ou seja, quanto mais tempo o funcionário permanecer nela, melhor será.
13. Iniciativa: capacidade de idealizar um plano e possibilitar o seu sucesso.
14. Espírito de equipe: a harmonia entre as pessoas é a grande força das organizações.
Assim como Taylor, em sua teoria Fayol deu ênfase ao estudo científico, substituindo a ideia de que o conhecimento vem apenas da experiência sensorial (empirismo). Desta forma, Taylor e Fayol contribuem fortemente para que a administração pudesse ser considerada uma ciência.
Outro aspecto da Teoria Clássica é a divisão e especialização do trabalho, que pode ocorrer de duas formas: vertical, por meio de uma hierarquia, e horizontal, por meio da divisão em departamentos.
Fayol também dava preferência a organização linear que consiste em uma forma de organização piramidal baseada em quatro princípios da Teoria Clássica: unidade de comando, unidade de direção, centralização de autoridade e cadeia escalar. 
A teoria de Fayol trouxe uma visão mais simplificada e ordenada da organização, mesmo assim recebeu diversas críticas de autores, principalmente por essa simplificação, mas também por outros pontos que não agradaram:
1. Abordagem muito simplificada: seu conteúdo não abordou questões humanas, sociais e psicológicas. Focou apenas na questão lógica, formal.
2. Ausência de experimentos: apesar da ênfase dada ao estudo científico, a Teoria Clássica teve seus conceitos fundamentados por meio da observação e do senso comum, enquanto a Administração Científica – que também deu ênfase ao estudo científico – fez o uso de variados experimentos.
3. Extremo racionalismo: esse exagero prejudicou a clareza dos conceitos da teoria. Todo esse formalismo não foi bem visto devido a falta de realismo gerada pela realização de análises vagas.
4. Teoria da máquina: a Teoria Clássica acabou ficando conhecida por esse outro nome por, mais uma vez, não considerar o fator humano. O foco no comportamento mecânico não foi bem visto e foi um ponto muito criticado por muitos autores.
5. Abordagem incompleta e fechada: assim como a teoria de Taylor, a de Fayol também recebeu duras críticas quanto ao conteúdo abordado. Mais especificamente a Teoria Clássica não introduziu o lado informal, social das organizações; se limitou apenas a organização formal e tratou a organização como um sistema fechado, com variáveis previsíveis. Com isso, os críticos concluíram que os princípios da teoria são manipuláveis, prejudicando a autenticidade dos dados.
Apesar das críticas, a Teoria Clássica teve um papel muito importante para o desenvolvimento da administração. Se hoje as empresas possuem uma estrutura organizacional é porque há muitos anos Taylor criou essa teoria que proporcionou novos métodos e conhecimentos que ainda podem ser observados nas organizações.

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