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1 Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense Curso de Licenciatura em Letras – UFF / CEDERJ Disciplina: Português III Coordenadora: EDILA VIANNA DA SILVA AD1 – 2020.2 Aluno: Tatiane Maria da Silva Cardoso Matrícula: 16113120119 Polo: Paracambi 1. (2,0) De acordo com Duarte (2007, p. 205), “a subordinação é uma forma de organização sintática segundo a qual um termo exerce função no outro”. Com base na conceituação de Duarte, dê exemplos de subordinação (um para cada item abaixo) -: a) em uma oração Eles pediram [a atenção]. b) em um período. Eles pediram [que todos ouvissem]. 2. (2,0) Para Mattoso Camara, “coordenação é o mecanismo por meio do qual elementos de mesmo nível se associam formando uma sequência”. Apoiando-se nas palavras desse linguista, dê exemplos de coordenação (um para cada item abaixo) entre constituintes de: a) uma oração [A primeira] e [a última questão] são fáceis. b) um período. Esta questão é difícil, [mas também é prazerosa]. 3. (2,0) Rocha Lima (1996) adota um critério sintático, ao caracterizar a coordenação como uma “sucessão de orações gramaticalmente independentes” (p. 260) e a subordinação como “uma oração principal que traz presa a si, como dependente outra ou outras. Dependentes, porque cada uma tem seu papel como um dos termos da oração principal” (p. 261). 2 Com base no fragmento de texto de R. Lima, a) explique a relação de independência e de dependência a que se refere o autor. A independência se dá quando articulamos as estruturas (termos) da oração ou orações pelo sentido, porém sintaticamente independentes entre si, isto é, uma não é constituinte da outra, uma vez que cada uma delas contém os componentes necessários para a transmissão da mensagem; já na relação de dependência entre os termos da oração ou orações utilizamos mecanismo de criação de sintagmas, de tal modo que os termos ou orações apresentam uma relação de dependência entre si, ou seja, um passa a funcionar como membro (termo) do outro. b) elabore períodos (um para cada mecanismo sintático) que exemplifiquem a sua explicação. A relação de independência entre orações pode ser exemplificada pelo período a seguir: [A aluna estudou] e [realizou uma ótima avaliação]. Ambas as orações do período acima estabelecem uma relação de independência porque uma não é sujeito,complemento ou adjunto da outra, contudo elas se ligam pelo sentido geral do período, estando no exemplo unidas pela conjunção coordenativa “e”. A oração a seguir demonstra a relação de dependência entre orações: [O mestre espera] [que seus discípulos superem suas expectativas]. A segunda oração completa a primeira, uma vez que, se tomarmos a primeira oração isoladamente, o verbo “espera” pede complemento (o mestre espera o quê?), que é representado pela segunda oração, fazendo desta um membro da primeira, isto é, ele funciona como objeto direto da forma verbal “espera”. 4. (2,0) Justifique a afirmativa em itálico. Os adjuntos adverbiais sublinhados nas frases seguintes indicam circunstância de lugar, mas exercem papéis sintáticos diferenciados em relação aos verbos que modificam. 4.1. Em função da pandemia tive de voltar de Friburgo antes do previsto. Na oração acima, o adjunto adverbial “de Friburgo” completa o sentido da forma verbal “voltar” na função de objeto indireto, ou seja, quem volta, volta de algum lugar. Logo, o termo realçado funciona como um constituinte obrigatório de “voltar”. 4.2. Antes do retorno jantei em um restaurante famoso na região. Na oração, a forma verbal “jantei” possui sentido completo, não estabelecendo transitividade verbal com o adjunto adverbial destacado para que complete seu significado, ou seja, há uma certa 3 independência sintática de [Antes do retorno jantei] em relação ao termo [em um restaurante famoso da região], que tem a função de apenas contribuir para o enriquecimento semântico- discursivo da oração, não para a compreensão da mesma. 5. (2,0) A NGB classifica as orações adverbiais como subordinadas. Para os teóricos funcionalistas, essas orações são, na verdade, hipotáticas. Apresente os argumentos dos funcionalistas para justificar tal classificação e ilustre seus comentários com exemplificação (pelo menos dois períodos) De acordo com os funcionalistas, “as orações hipotáticas adverbiais mantêm uma relação de dependência com a oração principal, indicando as circunstâncias da causa, comparação, conformidade, concessão, tempo, finalidade, condição, proporção e modo” (Silva, E. V., Rosário, I. C. e Dias, N. B. Português III v. 1. Fundação CECIERJ. Rio de Janeiro, 2014 – p. 20), porém não têm o mesmo nível de integração das demais orações subordinadas, ou seja, não têm a função de constituinte obrigatório da oração principal, porém apresentam dependência semântica da mesma, uma vez que a oração adverbial é utilizada pelo falante para enriquecer, elaborar a informação da oração principal. Exemplos: [Se os alunos entregarem as avaliações antes do prazo estipulado], então o sistema do CEDERJ não terá problemas de congestionamento no processamento dos arquivos. No período acima, tanto a oração hipotática condicional [Se os alunos entregarem as avaliações antes do prazo estipulado] quanto a oração principal [então o sistema do CEDERJ não terá problemas de congestionamento no processamento dos arquivos] possuem todos os constituintes de que precisam para terem independência sintática, contudo a oração hipotática apresenta dependência semântica em relação à oração principal através do valor de condicionalidade “se” e do tempo verbal “entregarem”. [Quando o imperador D. Pedro I outorgou a primeira Constituição do Brasil], as mulheres não tinham voz na política da nação. No período acima, a oração hipotática temporal [Quando o imperador D. Pedro I outorgou a primeira Constituição do Brasil] guarda certa independência da oração principal [as mulheres não tinham voz na política da nação], já que a negação da forma verbal “tinham” não seleciona a oração hipotática como seu constituinte obrigatório, porém as informações desta última são importantes para compreensão das circunstâncias temporais envolvidas na informação de que as mulheres não tinham voz política, através da conjunção subordinativa “quando”.
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