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Períodos e Orações na Língua Portuguesa

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Curso Regular Teórico 
Profª Claudia Kozlowski 
Profª Claudia Kozlowski www.pontodosconcursos.com.br - 1 - 
AULA 10 - PERÍODOS 
Oi, pessoal 
Tudo certinho? Estudando bastante? 
Vamos encerrar as buscas, iniciadas na aula 8, pelas letras de música 
que contenham o pronome CUJO. 
Destaco a seguinte canção de Geraldo Vandré e Theo de Barros 
(sempre digna de ser cantada): 
Prepare o seu coração 
Pras coisas que eu vou contar 
Eu venho lá do sertão 
Eu venho lá do sertão 
Eu venho lá do sertão 
E posso não lhe agradar 
Aprendi a dizer não 
Ver a morte sem chorar 
A morte, o destino tudo 
A morte, o destino tudo 
Estava fora de lugar 
Eu vivo pra consertar 
Na boiada já fui boi 
Mas um dia me montei 
Não por um motivo meu 
Ou de quem comigo houvesse 
Que qualquer querer tivesse 
Porém por necessidade 
Do dono de uma boiada 
Cujo vaqueiro morreu 
(...) 
Mais um trecho de um lindo poema de nosso maior POETA, que nos 
deixou há mais de 30 anos (nossa!!!)! 
“É aí que estou acorrentado por mim mesmo à terra que sou eu 
mesmo 
Pequeno ser imóvel a quem foi dado o desespero 
Vendo passar a imensa noite que traz o vento no seu seio 
Vendo passar o vento que entorna o orvalho que a aurora 
despeja na boca dos lírios 
Vendo passar os lírios cujo destino é entornar o orvalho na 
poeira da terra que o vento espalha 
Vendo passar a poeira da terra que o vento espalha e cujo
destino é o meu, o meu destino 
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Pequeno arbusto parado, poeira da terra preso à poeira da 
terra, pobre escravo dos príncipes loucos.” 
(O Escravo) 
Vamos analisar mais uma letra que nos foi trazida: 
Viagem - João de Aquino e Paulo César Pinheiro 
Ó, tristeza me desculpe, estou de malas prontas 
Hoje a poesia veio ao meu encontro, 
já raiou o dia, vamos viajar 
Vamos indo de carona 
Na garupa leve do vento macio 
Que vem caminhando desde muito longe, 
lá do fim do mar 
Vamos visitar a estrela da manhã raiada 
Que pensei perdida pela madrugada, 
mas que vai escondida querendo brincar 
Senta nessa nuvem clara, 
minha poesia ainda se prepara 
Traz uma cantiga,vamos espalhando música no ar 
Olha quantas aves brancas, minha poesia 
Dançam nossa valsa pelo céu que o dia 
fez todo bordado de raios de sol 
Ó, poesia, me ajude,vou colher avencas, 
lírios, rosas, dálias 
Pelos campos verdes que você batiza de jardins do céu 
Mas pode ficar tranquila, minha poesia 
Pois nós voltaremos numa estrela guia, 
num clarão de lua quando serenar 
Ou talvez até, quem sabe, 
nós só voltaremos no cavalo baio 
No alazão da noite, CUJO nome é raio, raio de luar 
Os dois últimos versos registram o emprego correto do pronome 
relativo CUJO. O nome do cavalo baio (castanho) é RAIO DE LUAR. A 
relação entre NOME e CAVALO/ALAZÃO justifica o emprego do 
pronome. 
Até agora, fizemos diversas análises em relação aos elementos que 
compõem uma oração – sintaxe de concordância: harmonia entre 
verbo e sujeito (concordância verbal) ou entre o nome e os elementos 
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a ele relacionados (concordância nominal); sintaxe de regência: 
relação entre o verbo (regência verbal) ou adjetivo, advérbio e 
substantivo (regência nominal) em função de seus complementos. 
Para isso, analisamos a estrutura interna da oração. Para essa análise 
sintática, lançamos mão, muitas vezes, de uma só oração. Isso 
significa que a análise se realizava em um período simples. 
A partir da aula de hoje, veremos que, algumas vezes, em vez de um 
substantivo, um adjetivo ou um advérbio, temos uma oração que 
representa esses nomes. Forma-se, assim, o período composto. 
A aula de hoje certamente lhe parecerá familiar. Muitos dos conceitos 
já foram apresentados em aulas anteriores. 
Vamos relembrar alguns deles: 
Período Simples - É enunciado que possui uma única oração, que se 
chama oração absoluta. 
Período Composto - É o período constituído de duas ou mais 
orações, sabendo-se que cada oração é, obrigatoriamente, estruturada 
em torno de um verbo. 
O período composto pode ser formado por COORDENAÇÃO (orações 
independentes) ou SUBORDINAÇÃO (orações dependentes). 
I - ORAÇÕES COORDENADAS 
As orações coordenadas são independentes sintaticamente. Não 
exercem nenhuma função sintática em relação a outra dentro do 
período. 
Quando não são introduzidas por conjunções (conectivos), são 
classificadas como assindéticas. 
Vim, vi, venci. 
Se introduzidas por conjunções (conectivo), classificam-se como 
sindéticas, recebendo o nome da conjunção que as introduzem. 
Lembre-se: não se deve classificar uma oração considerando apenas 
a conjunção que a introduz. Deve-se, sim, analisar o seu sentido na 
frase para, então, classificar a conjunção/oração. 
a) Aditivas (e, nem, mas também...) 
O ministro não pediu demissão e manteve sua posição anterior. 
b) Adversativa (mas, porém, todavia, contudo, entretanto) 
O ministro pediu demissão, mas o presidente não a aceitou. 
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c) Explicativas (que, porque, e a palavra pois antes do verbo) 
Peçam a demissão dos seus assessores, pois eles pouco fazem para o 
bem do povo. 
d) Conclusivas (logo, portanto, por conseguinte, por isso, de 
modo que e a palavra pois no meio ou fim da oração) 
Os assessores pouco fazem pelo povo; devem, pois, deixar seus 
cargos. 
e) Alternativas (ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer, seja ... 
seja, já ... já, talvez ... talvez) 
O Congresso deve ser soberano, ou perderá a legitimidade. 
Pode ocorrer coordenação entre orações que se subordinam à mesma 
oração principal. Veja o seguinte exemplo: 
Espero que passe no concurso e que seja o primeiro colocado. 
As orações “que passe no concurso” e “que seja o primeiro colocado” 
são orações subordinadas em relação à oração principal “Espero”. No 
entanto, entre si, são coordenadas, pois estão ligadas por uma 
conjunção coordenativa aditiva. Nesses casos, pode-se manter apenas 
a primeira conjunção integrante (Espero que passe no concurso e seja 
o primeiro colocado). 
ORAÇÕES INTERCALADAS – Sob essa denominação, incluem-se as 
orações que, apresentando informações adicionais, geralmente para 
esclarecimento, não são introduzidas por conjunções coordenativas. 
- Vá embora! – disse-me ela. 
Ele, que eu saiba, nunca estudou muito. 
Boaventura, permita-me o trocadilho, era sujeito de boa sorte. 
II - ORAÇÕES SUBORDINADAS 
São orações dependentes sintaticamente de outra. 
Exercem uma função sintática correspondente ao substantivo, 
adjetivo ou advérbio, ou seja, esse termo sintático (sujeito, objeto 
direto, objeto indireto etc.) assume a forma de uma oração. 
Por isso, há orações principais (em que estão presentes os termos 
regentes) e subordinadas (termos regidos). 
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Por exemplo: 
Os credores internacionais esperavam / que o Brasil suspendesse o 
pagamento dos juros. 
Nesse exemplo, a segunda oração está subordinada à primeira, pois 
exerce função sintática de objeto direto do verbo esperar (termo 
regente presente na oração principal): 
Os credores internacionais esperavam ISSO - o quê? 
Resposta: “que o Brasil suspendesse o pagamento dos juros” 
Essa é uma oração subordinada substantiva (está no lugar de um 
substantivo) que exerce, em relação à oração principal, a função 
sintática de objeto direto. 
Seu nome é oração subordinada substantiva objetiva direta. 
Meu primo que mora no Rio de Janeiro virá para a festa. 
Usamos um exemplo parecido com esse na aula passada.Eu pergunto: 
quantos primos eu tenho? 
Resposta: Com certeza, mais de um, pois a oração que se liga de 
forma adjetiva ao substantivo primo tem valor restritivo, ou seja, de 
todos os primos que eu tenho, aquele que mora no Rio de Janeiro virá 
para a festa. 
A oração subordinada adjetiva “que mora no Rio de Janeiro” exerce a 
função sintática de adjunto adnominal em relação à oração principal 
(limita o alcance do substantivo “primo”, designando-lhe uma 
característica própria: morador do Rio de Janeiro). 
É, portanto, uma oração subordinada adjetiva restritiva. 
Desde que você me ligou, não penso em outra coisa. 
A oração destacada indica o momento em que o fato expresso na 
oração principal teve início. 
Veja que a locução conjuntiva “desde que” apresenta valor temporal, 
atribuindo à outra oração uma circunstância (de tempo, momento). 
Essa é, logo, uma oração subordinada adverbial temporal. 
Veja, agora, uma curiosidade: a locução conjuntiva “desde que” 
poderia apresentar outro valor à estrutura. 
Desde que você devolva o que levou, não darei queixa na Delegacia. 
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E, agora? Qual é o valor da oração subordinada? Seu valor é 
CONDICIONAL (“Não darei queixa SE você devolver o que levou”). 
É por isso que, repito, só podemos classificar uma oração em função 
do valor que ela apresenta na estrutura. 
Vamos ver, agora, como classificar as orações subordinadas. 
1 - ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
São aquelas que exercem função sintática própria de um substantivo. 
SÃO INICIADAS POR CONJUNÇÃO INTEGRANTE. 
Na identificação dessas orações, apresentamos: 
- sua condição de subordinada; 
- sua classe gramatical (substantiva); 
- e a função sintática que exerce em relação à principal (sujeito, 
objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, 
predicativo do sujeito, aposto ou agente da passiva). 
Assim temos: 
a) Subjetiva – exerce a função de sujeito em relação ao verbo da 
principal. 
É importante / que tenhamos o equilíbrio da balança comercial. 
É importante ISSO. 
ISSO = que tenhamos o equilíbrio da balança comercial SUJEITO. 
Ainda se espera / que o governo mude as normas do imposto de 
renda. 
CUIDADO COM A VOZ PASSIVA O verbo ESPERAR é transitivo 
direto e está acompanhado de um pronome SE – APASSIVADOR – com 
ideia passiva = caso de voz passiva sintética. 
O que se espera (o que é esperado?)? 
Resposta: “que o governo mude...” SUJEITO 
Ainda era esperado / que a equipe palmeirense se reabilitasse. 
Agora, temos um caso de voz passiva analítica: 
Ainda era esperado ISSO. 
ISSO = que a equipe palmeirense se reabilitasse SUJEITO. 
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Consta / que haverá mudanças na equipe, caso o presidente seja 
reeleito. 
O verbo CONSTAR é um dos que, normalmente, apresenta um sujeito 
oracional. Como vimos, nos casos de sujeito sob a forma oracional, o 
verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do singular = CONSTA 
ISSO (= Isso consta). 
ISSO = que haverá mudanças na equipe SUJEITO. 
b) Objetiva direta - Função de objeto direto em relação ao verbo da 
principal. 
Os contribuintes esperam / que o governo altere as normas do 
imposto de renda. 
Os contribuintes esperam ISSO. 
ISSO = que o governo altere as normas do imposto de renda 
objeto direto do verbo esperar. 
c) Objetiva indireta - exerce a função de objeto indireto em 
relação ao verbo da principal. 
O país necessita de / que se faça uma melhor distribuição de renda. 
O país necessita dISSO (de + ISSO). 
ISSO = que se faça uma melhor distribuição de renda objeto 
indireto do verbo necessitar. 
Lembre-se da lição apresentada na aula sobre Regência!!! 
Quando um objeto indireto vem sob a forma oracional (oração 
subordinada substantiva objetiva indireta), a preposição pode ser 
omitida, sem prejuízo para o período. 
Vimos naquela oportunidade uma questão de prova que explorou 
exatamente esse conhecimento. 
Já em relação à oração que complementa um nome (oração 
subordinada substantiva completiva nominal – a próxima), não há 
consenso. Se em uma das opções tiver sido omitida a preposição antes 
da oração, analise as demais alternativas antes de definir como certo 
ou errado. 
d) Completiva nominal - exerce a função sintática de complemento 
nominal em relação a um substantivo, adjetivo ou advérbio da 
principal. 
O país tem necessidade de / que se faça uma reforma social. 
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O país tem necessidade dISSO (de + ISSO). 
ISSO = que se faça uma reforma social complemento nominal do 
substantivo necessidade. 
O governador era contrário a / que mudassem as regras do jogo. 
O governador era contrário a ISSO. 
ISSO = que se mudassem as regras do jogo complemento nominal 
do adjetivo contrário. 
Percebia-se / que agia favoravelmente a / que mudassem as regras do 
jogo. 
Este é um bom exemplo de período composto por três orações. 
Vejamos quais são elas: 
- oração principal: Percebia-se (ISSO) 
O verbo perceber é transitivo direto e está acompanhado de pronome 
apassivador. O que era percebido? A resposta a essa pergunta 
apresenta a segunda oração. 
Resposta: que agia favoravelmente a oração subordinada 
substantiva subjetiva (sujeito da voz passiva sob a forma oracional, o 
que justifica a flexão do verbo perceber na 3ª pessoa do singular – 
PERCEBIA-SE) 
Só que o complemento nominal ao advérbio favoravelmente está 
também sob a forma oracional – Agia favoravelmente a quê?
(Introduz-se, agora, a terceira oração do período composto) 
- que mudassem as regras do jogo oração subordinada substantiva 
completiva nominal (complemento nominal ao advérbio 
favoravelmente). 
Como a preposição é exigência do advérbio, ela pertence à segunda 
oração (oração em que o advérbio está presente). 
Agora, você percebeu como um período composto pode ser bem 
complexo, não é mesmo? 
e) Predicativa - exerce a função de predicativo do sujeito em 
relação à principal. 
O medo dos empresários era / que sobreviesse uma violenta recessão. 
O medo dos empresários era ISSO. 
ISSO = que sobreviesse uma violenta recessão predicativo do 
sujeito. 
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f) Apositiva - exerce a função de aposto em relação a um termo da 
principal. 
O receio dos jogadores era esse: / que o técnico não os ouvisse. 
O receio dos jogadores era esse: ISSO. 
ISSO = que o técnico não os ouvisse aposto. 
g) Agente da passiva - exerce a função de agente da passiva em 
relação à principal. 
O assunto era explicado por / quem o entendia profundamente. 
Essa é a única função em que o esquema do ISSO não funciona muito 
bem, porque, em vez de uma conjunção integrante, é empregado um 
pronome indefinido. 
Por isso, o substituímos por outro pronome substantivo – “alguém”. 
O assunto era explicado por ALGUÉM. 
ALGUÉM = quem o entendia profundamente agente da passiva. 
2 - ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
São aquelas que exercem função sintática própria de um adjetivo. 
SÃO INICIADAS POR PRONOMES RELATIVOS. 
Seu “nome e sobrenome” será, então: 
- sua condição de subordinada; 
- sua classe gramatical (adjetiva); 
- e o alcance desse adjetivo (restritiva ou explicativa). 
a) Restritivas - Restringem, limitam o sentido de um termo da oração 
principal. Não são isoladas por vírgulas. 
A doença que surgiu nestes últimos anos pode matar muita gente. 
b) Explicativas - Explicam, generalizam o sentido de um termo da 
oração principal. São isoladas por vírgulas. 
As doenças, que são um flagelo da humanidade, já matarammuita 
gente. 
Você notou, assim, que, em relação à pontuação, as orações 
subordinadas adjetivas podem apresentar dois 
comportamentos: 
- VÍRGULA PROIBIDA – ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA 
RESTRITIVA – Em função de seu caráter restritivo (assim como ocorre 
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com os adjetivos em geral: camisa vermelha, rapaz bonito), não 
pode haver pausa entre o termo regente e o termo regido. 
- VÍRGULA OBRIGATÓRIA – ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA 
EXPLICATIVA – Regra geral, os elementos de natureza explicativa se 
apresentam isolados por vírgulas, em função de seu caráter 
“acessório”, “dispensável”. 
Você leu aí em cima algum caso de “vírgula facultativa” em orações 
adjetivas? 
Certamente que não. 
Esse conceito é importantíssimo para a aula sobre PONTUAÇÃO, pois 
essa “casca de banana” é muito comum em provas de diversas 
bancas. 
2.1 - FUNÇÃO SINTÁTICA DO PRONOME RELATIVO NA ORAÇÃO 
ADJETIVA
As orações subordinadas adjetivas são introduzidas por pronomes 
relativos: que, quem, o qual, a qual, cujo, onde, como, quando etc. 
Enquanto as conjunções são elementos conectivos e, por isso, não 
exercem função sintática nas orações subordinadas, o mesmo não 
acontece com os pronomes relativos. Eles substituem um nome 
(substantivo ou pronome tido como referente). 
Assim, esses pronomes relativos poderão exercer, na oração 
subordinada adjetiva, as seguintes funções sintáticas: 
a) Sujeito 
Os trabalhadores exigiam aumento salarial. (PERÍODO SIMPLES = 
oração absoluta) 
Que trabalhadores eram esses que exigiam aumento salarial? 
Será formado, assim, um período composto, pois será necessário 
identificar esses trabalhadores. 
Os trabalhadores que fizeram greve exigiam aumento salarial. 
(= Os trabalhadores fizeram greve.) 
O pronome relativo que substitui, na oração adjetiva, o substantivo 
trabalhadores. O pronome exerce a função de sujeito dessa oração. 
CUIDADO: Se a banca perguntar quem é o sujeito da forma verbal 
fizeram, a sua resposta deverá ser: O PRONOME RELATIVO QUE. 
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Como o pronome se refere ao substantivo “trabalhadores”, muita 
gente acha, indevidamente, que o substantivo é o sujeito da forma 
verbal fizeram. ERRADO! 
São duas as orações: 
- oração principal: Os trabalhadores exigiam aumento salarial 
- oração subordinada adjetiva restritiva: que fizeram greve. 
Agora que sabemos o que é um período composto e como ele se 
divide, vemos mais claramente que “cada macaco está no seu galho”, 
ou seja, o substantivo da oração principal “Os trabalhadores exigiam 
aumento salarial” não poderia exercer função sintática em outra 
oração, no caso, a oração subordinada adjetiva “que fizeram greve”. 
No lugar do nome, colocou-se o pronome relativo, que (ESTE SIM) 
exerce a função sintática de sujeito. 
Assim, quem é o sujeito da forma verbal fizeram? 
Resposta: O PRONOME RELATIVO QUE. 
Ficou claro? Essa é uma pegadinha muito comum em provas, 
especialmente as da ESAF e da CESPE UnB. Fique esperto(a)! 
b) Objeto direto 
As reivindicações que os trabalhadores faziam preocupavam os 
empresários. 
(= Os trabalhadores faziam as reivindicações.) 
O que os trabalhadores faziam? Pela lógica, iríamos responder: 
reivindicações. 
Vamos dividir o período em orações: 
- oração principal: As reivindicações preocupavam os empresários. 
- oração subordinada adjetiva restritiva: que os trabalhadores 
faziam 
Na oração subordinada adjetiva, no lugar desse substantivo, foi 
empregado o pronome relativo, que exerce, nessa oração, a função 
sintática de objeto direto. 
Então, quem exerce a função sintática de OBJETO DIRETO da forma 
verbal faziam? 
Resposta: O PRONOME RELATIVO QUE. 
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c) Objeto indireto 
O aumento de que todos necessitavam proveria o sustento da casa. 
(= Todos necessitavam do aumento.) 
Todos necessitavam de quê? Resposta lógica: De aumento. 
Na oração subordinada adjetiva, quem faz as vezes de objeto indireto 
do verbo necessitar é o pronome relativo. 
- oração principal : O aumento proveria o sustento da casa. 
- oração subordinada adjetiva restritiva: de que todos 
necessitavam 
Note, agora, que o elemento que exige a preposição “de” é o verbo 
necessitar, da oração adjetiva (Alguém necessita de alguma coisa). 
Por isso, a preposição pertence à oração subordinada adjetiva e está 
sublinhada. 
Muito cuidado na divisão do período em orações: A PREPOSIÇÃO 
FICA NA ORAÇÃO EM QUE ESTÁ PRESENTE O TERMO REGENTE. 
d) Complemento nominal 
O aumento de que todos tinham necessidade proveria o sustento da 
casa. 
(= Todos tinham necessidade do aumento.) 
De que todos tinham necessidade? Resposta lógica: do aumento. 
No lugar desse nome, foi colocado um pronome relativo, que exerce a 
função sintática de complemento nominal ao substantivo 
necessidade. 
- oração principal: O aumento proveria o sustento da casa 
- oração subordinada adjetiva restritiva: de que todos tinham 
necessidade 
Mais uma vez, quem exige a preposição é um elemento presente na 
oração subordinada adjetiva (o substantivo necessidade), motivo que 
nos levou a sublinhar também aquele vocábulo. 
e) Predicativo do sujeito 
O grande mestre que ele sempre foi agradava a todos. 
Ele sempre foi o grande mestre no lugar da expressão sublinhada, 
foi empregado um pronome relativo. 
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Dividindo o período: 
- oração principal: O grande mestre agradava a todos. 
- oração subordinada adjetiva restritiva: que ele sempre foi 
Então, quem exerce a função de predicativo do sujeito da forma verbal 
foi ? 
Resposta: O PRONOME RELATIVO QUE. 
f) Adjunto adnominal 
Os peregrinos de cujas contribuições a paróquia dependia
retornaram à sua cidade. 
(= A paróquia dependia das contribuições dos peregrinos.) 
Entre os substantivos peregrinos e contribuições, existe uma 
relação de subordinação, o que justifica o emprego do pronome 
relativo cujo. 
Essa é uma característica desse pronome relativo (CUJO e flexões). Ele 
sempre exerce a função sintática de adjunto adnominal, exatamente 
por estabelecer uma relação entre dois substantivos com ideia ativa 
(“os peregrinos contribuem” a contribuição dos peregrinos
adjunto adnominal). 
A diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal será 
assunto de nossa próxima aula – Termos da Oração. 
Vamos dividir o período: 
- oração principal – Os peregrinos retornaram à sua cidade. 
- oração subordinada adjetiva restritiva – de cujas contribuições a 
paróquia dependia
Vimos anteriormente que, caso um elemento da oração subordinada 
exija uma preposição, essa será colocada antes do pronome relativo. 
A paróquia dependia das contribuições dos peregrinos. 
Como o verbo depender exige a preposição “de”, esta foi empregada 
antes do pronome relativo “cujo”, que estabelece a relação entre 
“contribuições” e “peregrinos”. 
g) Adjunto adverbial 
Observem o jeitinho como ela se requebra. 
(= Ela se requebra com jeitinho.) 
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O pronome relativo como introduz a oração que indica o modo como 
ela se requebra – essa é uma circunstância (modo) e, portanto, o 
pronome relativo exerce a função sintática de adjunto adverbial. 
BIZU: Os pronomes relativos como e onde, por introduzirem 
elementos circunstanciais, sempre exercerão na oração adjetiva a 
função sintática de adjunto adverbial.Já o pronome cujo (e 
flexões), por estabelecer a ligação entre dois substantivos com ideia 
ativa, exercerá sempre na oração adjetiva a função de adjunto 
adnominal. 
3 - ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
São aquelas que exercem função sintática própria de advérbio, ou 
seja, adjunto adverbial em relação à principal. 
SÃO INICIADAS POR CONJUNÇÃO ADVERBIAL. 
Agora, toda a oração subordinada exerce, em relação à oração 
principal, a função sintática de adjunto adverbial. 
As circunstâncias apresentadas podem ser as seguintes: 
a) Causal 
Todos se opuseram a ele porque não concordavam com suas 
ideias. 
Apresenta-se, na oração subordinada adverbial causal, o motivo da 
oposição de todos (presente na oração principal). 
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: 
É importante destacar a diferença entre a oração subordinada 
adverbial causal e a oração coordenada sindética explicativa, 
pois muitas das conjunções empregadas em uma e em outra se 
assemelham. 
SUBORDINADA CAUSAL X COORDENADA EXPLICATIVA 
Em alguns momentos, as orações subordinadas adverbiais causais e as 
orações coordenadas explicativas apresentam semelhanças que podem 
dificultar sua análise. Porém, um pouco de atenção para os aspectos 
que vamos assinalar pode ser de grande utilidade. 
Na primeira, está presente a relação CAUSA x CONSEQUÊNCIA. 
Ele pegou a doença porque andava descalço. 
CAUSAL Causa: andava descalço Consequência: pegou a 
doença 
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Note, agora, a diferença para o seguinte exemplo: 
Não ande descalço, porque vai pegar uma doença. 
EXPLICATIVA Ordem: Não ande descalço Explicação: vai 
pegar uma doença 
Na aula passada, apresentamos uma série de elementos que 
possibilitam essa distinção. Alguns dão certo; outros, nem tanto. Para 
relembrar quais são eles, dê uma olhadinha no comentário à questão 
13. 
Adriano da Gama Kury (em Novas Lições de Análise Sintática) nos 
indica uma forma que, a princípio, parece ser a melhor de todas. 
Para que seja causal, a oração subordinada poderia, sem nenhum 
prejuízo para a coerência, ser trocada por outra oração reduzida de 
infinitivo e iniciada pela preposição por: 
Ele pegou a doença porque andava descalço 
 
Ele pegou a doença por andar descalço. 
Isso não seria possível em uma oração coordenada explicativa. 
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: 
b) Condicional 
Se houvesse opiniões contrárias, o acordo seria desfeito. 
Na oração subordinada adverbial condicional, foi estabelecida a 
condição para o desfazimento do acordo (oração principal). 
c) Temporal 
Assim que chegou a casa, resolveu os problemas. 
Indica-se, na oração subordinada adverbial temporal, o momento em 
que serão resolvidos os problemas (oração principal). 
d) Proporcional 
Quanto mais obstáculos surgiam, mais ele se superava. 
A ideia de proporção é apresentada na oração subordinada adverbial 
proporcional, em associação ao “mais” presente na oração principal. 
e) Final 
O pai sempre trabalhou para que os filhos estudassem. 
A finalidade do trabalho do pai (oração principal) está presente na 
oração subordinada adverbial final. 
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f) Conformativa 
Os jogadores procederam segundo o técnico lhes ordenara. 
Para introduzir a oração subordinada conformativa, poderiam ter sido 
empregadas as conjunções/locuções conjuntivas conforme, segundo, 
de acordo com, dentre outras. 
g) Consecutiva 
Suas dívidas eram tantas que vivia nervoso. 
Apesar de não ser uma regra, costumam ser associados à oração 
subordinada adverbial consecutiva os pronomes tão, tanto, tal, 
presentes na oração principal. 
h) Concessiva 
Embora enfrentasse dificuldades, procurava manter a calma. 
Na oração subordinada adverbial concessiva, apresenta-se um fato 
que, embora contrário ao apresentado na oração principal, não impede 
que este se realize. 
i) Comparativa 
Ele sempre se comportou tal qual um cavalheiro. 
Apresenta-se, na oração subordinada adverbial comparativa, o 
segundo elemento de uma comparação. 
Alguns autores acrescentam mais dois tipos de orações 
subordinadas adverbiais, não registrados pela Nomenclatura 
Gramatical Brasileira (NGB): 
j) Locativas 
Fique onde quiser. 
Equivalem a um adjunto adverbial de lugar. Apresentam-se 
desenvolvidas sem conjunção, introduzidas por advérbio de lugar 
onde (combinado ou não com preposição). 
 l) Modais 
Faça como quiser. 
Equivalem a um adjunto adverbial de modo. Expressam a maneira 
como será realizado o fato enunciado na oração principal. 
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III - ORAÇÕES REDUZIDAS 
Não são introduzidas por conjunção e possuem verbo em uma das 
formas nominais (infinitivo, particípio ou gerúndio). 
a) Infinitivo (pessoal ou impessoal) 
Exemplo 1.
Todos sabiam ser impossível a manutenção da política 
econômica. 
Todos sabiam ISSO 
ISSO = ser impossível a manutenção da política econômica. 
A oração reduzida de infinitivo está no lugar de um substantivo e 
exerce a função sintática de objeto direto do verbo saber (da oração 
principal). 
Por isso, chama-se: 
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA OBJETIVA DIRETA 
REDUZIDA DE INFINITIVO. 
Exemplo 2.
Seria bom manteres a calma nesse momento. 
Seria bom ISSO nesse momento. 
ISSO = manteres a calma 
A oração reduzida de infinitivo ocupa o lugar de um substantivo e 
exerce a função sintática de sujeito da oração principal (ISSO seria 
bom nesse momento). 
ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA SUBJETIVA 
REDUZIDA DE INFINITIVO. 
b) Gerúndio 
Exemplo 3.
Entrando na sala de aula, foi recebido com frieza. 
A oração reduzida de gerúndio apresenta o momento em que o sujeito 
da oração principal foi recebido com frieza. Assim, indica uma 
circunstância (tempo, momento). 
É chamada, portanto, de: 
ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL 
REDUZIDA DE GERÚNDIO. 
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Exemplo 4.
Vencendo seus adversários futuros, o clube ganhará o 
campeonato. 
Note o valor condicional da oração reduzida de gerúndio: Caso vença 
seus adversários futuros = Vencendo seus adversários futuros, o clube 
ganhará o campeonato. 
A oração subordinada recebe o nome de: 
ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL 
REDUZIDA DE GERÚNDIO. 
c) Particípio 
Exemplo 5.
Realizado o congresso internacional, percebeu-se a gravidade da 
moléstia. 
A oração reduzida de particípio pode atribuir um valor de momento à 
estrutura: a partir da realização do congresso internacional, percebeu-
se a gravidade da moléstia. 
ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL TEMPORAL 
REDUZIDA DE PARTICÍPIO. 
Exemplo 6.
Encontrado o autor dos assaltos, a população ficará aliviada. 
O tempo verbal da oração principal é decisivo para a identificação da 
circunstância apresentada pela oração subordinada. 
Nessa construção, o valor é condicional: Caso seja encontrado o autor 
dos assaltos, a população ficará aliviada. 
ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONDICIONAL 
REDUZIDA DE PARTICÍPIO. 
Veja, agora, como pode ser alterada a interpretação se o tempo do 
verbo da oração principal for também modificado: 
Exemplo 7.
Encontrado o autor dos assaltos, a população ficou aliviada. 
Agora, a oração subordinada atribui à estrutura um valor causal: 
Porque foi encontrado o autor dos assaltos, a população ficou 
aliviada. 
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Pornão apresentar uma conjunção, mais do que nunca é necessária a 
análise da circunstância apresentada pela oração ao período, para que 
seja realizada sua classificação. 
Para isso, na maioria das vezes, é necessário voltar ao texto. Não 
tenha preguiça na hora da prova – muita gente perde um ponto 
valioso por acreditar somente na memória ou no que a banca 
argumenta. Volte ao texto quantas vezes forem necessárias! 
Há pouco tempo, discutia-se muito a estrutura oracional da 
advertência veiculada pelo Ministério da Saúde nos comerciais de 
medicamentos. 
Vemos duas formas de apresentação: 
Ao persistirem os sintomas, procure um médico. 
A persistirem os sintomas, procure um médico. 
Afinal, existe diferença entre a primeira e a segunda construção? 
A resposta é SIM! 
Na primeira, o fato de persistirem os sintomas é “quase” certo – só 
não se sabe o momento em que isso ocorrerá. A oração reduzida de 
infinitivo, por ter sido iniciada por “ao”, equivale a: Quando persistirem 
os sintomas / Assim que persistirem os sintomas / Tão logo persistam 
os sintomas.... 
Veja como essa construção se assemelha a: Ao entrar em casa, 
deparou-se com o bandido. 
O valor temporal da oração subordinada adverbial é bem notório nesse 
último exemplo. 
Por isso, na primeira estrutura, a oração subordinada adverbial tem 
valor temporal. 
Já na segunda, há um valor condicional: Caso persistam os sintomas, 
procure um médico. 
E aí, como deveria, então, ser veiculada essa advertência: sob a forma 
temporal (fato futuro e certo) ou condicional (fato futuro e incerto)? 
Acredito que da segunda maneira, pois o remédio, em princípio, 
deveria eliminar os sintomas da enfermidade. 
Caso isso não ocorra, o médico deverá ser consultado – e a gramática 
também!!! 
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IV - CONCEITO DE ORAÇÃO PRINCIPAL E ORAÇÃO 
SUBORDINADA
Agora que estamos prestes a encerrar nossa aula sobre PERÍODOS, 
podemos perceber que essa denominação de “oração principal” é bem 
relativa. 
Em um período composto, pode haver diversas orações, que, como 
numa engrenagem, se ligam umas às outras. 
Assim, pode ser que uma oração subordinada a outra tenha uma 
terceira oração que se subordine a ela. Em relação a essa terceira, a 
oração subordinada (a segunda) será considerada uma oração 
principal. 
Complicou? Vamos desatar o nó a partir de um exemplo. 
O livro que me pediu será entregue a quem estiver disposto a recebê-
lo. 
1ª oração (principal): O livro será entregue a 
2ª oração (subordinada adjetiva restritiva em relação ao substantivo 
livro): que me pediu 
3ª oração (subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de 
infinitivo): quem estiver disposto a 
4ª oração (subordinada substantiva completiva nominal reduzida de 
infinitivo, em relação ao adjetiva disposto): recebê-lo. 
A 2ª oração é subordinada à primeira, ou seja, exerce a função 
sintática de adjunto adnominal ao substantivo presente na oração 
principal (livro). 
O mesmo ocorre com a 3ª oração, que é o objeto indireto do verbo 
da oração principal (entregar). 
Já a 4ª oração exerce uma função sintática em relação ao elemento 
presente na 3ª oração. Assim, a 3ª oração, que é subordinada em 
relação à primeira, é principal em relação à 4ª oração. 
A seguir, apresentaremos um esquema que resume os conceitos 
apresentados na aula de hoje. 
Bons estudos e até a próxima!
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PERÍODO COMPOSTO - CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES 
COORDENADAS 
- QUANTO AO CONECTIVO 
ASSINDÉTICAS 
SINDÉTICAS 
- QUANTO AO VALOR 
ADITIVAS 
ADVERSATIVAS 
ALTERNATIVAS 
CONCLUSIVAS 
EXPLICATIVAS 
SUBORDINADAS 
SUBSTANTIVAS 
SUBJETIVAS 
OBJETIVAS DIRETAS 
OBJETIVAS INDIRETAS 
PREDICATIVAS 
COMPLETIVAS NOMINAIS 
APOSITIVAS 
AGENTE DA PASSIVA 
ADJETIVAS 
RESTRITIVAS 
EXPLICATIVAS 
ADVERBIAIS 
CAUSAIS 
CONDICIONAIS 
TEMPORAIS 
PROPORCIONAIS 
FINAIS 
CONFORMATIVAS 
CONSECUTIVAS 
CONCESSIVAS 
COMPARATIVAS 
LOCATIVAS 
MODAIS 
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QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
1 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) 
Essa chave é o instrumento simbólico mais eficiente da ideologia 
dominante (que, como dizia Marx, é sempre a ideologia das classes 
dominantes): é ela que insiste em nos convencer que as desigualdades 
sociais são naturais, que não há alternativa para o capitalismo, que o 
socialismo já foi tentado e fracassou. 
A oração que não há alternativa para o capitalismo deve ser 
corretamente classificada como: 
(A) oração subordinada substantiva apositiva. 
(B) oração subordinada substantiva completiva nominal. 
(C) oração subordinada substantiva objetiva direta. 
(D) oração subordinada substantiva objetiva indireta. 
(E) oração subordinada substantiva subjetiva. 
2 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) 
Assinale a alternativa em que a oração sublinhada tenha sido 
CORRETAMENTE analisada. 
a) Parece que não haverá mudanças no Ministério da Economia. 
(oração subordinada substantiva subjetiva) 
b) Como disse o primeiro entrevistado, não há motivo para pânico. 
(oração subordinada adverbial comparativa) 
c) A atriz declarou que não sabia como tinha sido furtada. (oração 
subordinada adverbial comparativa) 
d) Lembrei-o de que não poderíamos nos atrasar mais. (oração 
subordinada substantiva objetiva direta) 
3 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) 
Assinale a alternativa que apresente análise INCORRETA da oração 
sublinhada. 
a) Encerrada a palestra, foram jantar. (oração subordinada adverbial 
temporal) 
b) Caso a febre persista, telefone-me. (oração subordinada adverbial 
condicional) 
c) Era verdade que tudo não passara de um engano. (oração principal) 
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d) Quem estuda passa. (oração subordinada adjetiva restritiva) 
4 - (FUNDAÇÃO JOÃO GOULART/ SMF – ANALISTA 
PLANEJAMENTO / 2005) 
“Outro estímulo para as empresas de ônibus adotarem o gás 
natural é a melhoria da rede de distribuição desse combustível no 
Brasil.” 
O segmento em destaque nessa frase não é adequadamente 
substituído na seguinte alternativa: 
A) Outro estímulo para que as empresas de ônibus adotem o gás 
natural é a melhoria da rede de distribuição desse combustível no 
Brasil. 
B) Outro estímulo que incentiva as empresas de ônibus a adotar o gás 
natural é a melhoria da rede de distribuição desse combustível no 
Brasil. 
C) Outro estímulo de as empresas de ônibus adotarem o gás natural é 
a melhoria da rede de distribuição desse combustível no Brasil. 
D) Outro estímulo para a adoção do gás natural pelas empresas de 
ônibus é a melhoria da rede de distribuição desse combustível no 
Brasil. 
5 - (FUNDAÇÃO JOÃO GOULART / PGM RJ / 2005) 
“Quando os filhos saem de casa e entram na universidade ou no 
trabalho, a interferência dos pais começa a enfraquecer.” 
Nessa frase do texto, as orações coordenadas mantêm com a principal 
as seguintes relações semânticas: 
A) Condição e causalidade. 
B) Conformidade e condição. 
C) Temporalidade e causalidade. 
D) Temporalidade e conformidade. 
6 - (FUNDEC / TRT 1ª.Região / 2003) 
Dentre as mudanças feitas abaixo na oração sublinhada no período “A 
análise da genealogia das famílias dos cortadores de cana, 
considerando pelo menos três a quatro gerações, demonstra que a 
reprodução social deste segmento da força de trabalho se orienta por 
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três perspectivas” (linhas 1-5), aquela em que se alterouo seu sentido 
original é: 
A) consideradas pelo menos três a quatro gerações; 
B) desde que se considerem pelo menos três a quatro gerações; 
C) quando se consideram pelo menos três a quatro gerações; 
D) caso sejam consideradas pelo menos três a quatro gerações; 
E) por serem consideradas pelo menos três a quatro gerações. 
7 - (FUNDAÇÃO JOÃO GOULART/ SMF – ANALISTA 
PLANEJAMENTO / 2005) 
“Além disso, o Brasil firmou um acordo no qual se compromete a 
comprar parte da produção da Bolívia, aumentando ainda mais a 
oferta de gás no mercado interno.” 
Nesse trecho, a oração iniciada no gerúndio expressa valor semântico 
de: 
A) conformidade. 
B) conseqüência. 
C) condição. 
D) causa. 
8 - (NCE UFRJ / Guarda Municipal /2002) 
“Polícia” 
Vigilância exercida pela autoridade competente para manter a ordem e 
o bem-estar públicos em todos os ramos dos serviços do Estado e em 
todas as partes ou localidades; corporação que engloba os órgãos e 
instituições incumbidos de fazer respeitar essas leis ou regras e de 
reprimir e perseguir o crime”. 
(Pequeno dicionário jurídico) 
“...para manter a ordem e o bem-estar públicos...”; se esta oração 
reduzida adotasse a forma desenvolvida, sua forma correta seria: 
a) para que se mantesse a ordem e o bem-estar públicos; 
b) para que se mantessem a ordem e o bem-estar públicos; 
c) afim de que se mantenham a ordem e o bem-estar públicos; 
d) afim de que se mantivessem a ordem e o bem-estar públicos; 
e) para que se mantivesse a ordem e o bem-estar públicos. 
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9 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judiciário / 2001) 
Mas, desculpe minha infinita ignorância, por que enviar à forca uma 
mulher que no julgamento perdoou ao frio assassino do filho? 
O número de orações neste período do texto é: 
a) uma; 
b) duas, 
c) três; 
d) quatro; 
e) cinco. 
10 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) 
Mas ainda não há um programa alternativo maduro que se 
contraponha à euforia do programa conservador, aplicado por gente 
que foi de esquerda e aplaudido pela direita. 
Quantos verbos há no trecho acima? 
(A) seis 
(B) cinco 
(C) quatro 
(D) três 
(E) dois 
11 - (CESPE UnB / MPU/ 1996) 
Maria Berlini não mentira quando dissera que não trabalhava, nem 
estudava. 
Mas trabalhara pouco depois de chegada ao Rio, com minguados 
recursos, que se evaporaram como por encanto. A tentativa de entrar 
para o teatro fracassara. Havia só promessas. Não era fácil como 
pensara. Mesmo não tinha a menor experiência. Fora estrela estudantil 
em Guará. Isso, porém, era menos que nada! Acabado o dinheiro, não 
podia viver de brisa! Em oito meses, fora sucessivamente chapeleira, 
caixeira de perfumaria, manicura, para se sustentar. Como chapeleira, 
não agüentara dois meses, que era duro!, das oito da manhã às oito 
da noite, e quantas vezes mais, sem tirar a cacunda da labuta. Não 
era possível! As ambições teatrais não haviam esmorecido, e cadê 
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tempo? Conseguira o lugar de balconista numa perfumaria com 
ordenado e comissão. Tinha jeito para vender, sabia empurrar 
mercadoria no freguês. Os cobres melhoravam satisfatoriamente. Mas 
também lá passara pouco tempo. O horário era praticamente o 
mesmo, e o trabalho bem mais suave - nunca imaginara que houvesse 
tantos perfumes e sabonetes neste mundo! Contudo continuava numa 
prisão. Não nascera para prisões. Mesmo como seria possível se 
encarreirar no teatro, amarrada num balcão todo o santo dia? 
Precisava dar um jeito. Arranjou vaga de manicura numa barbearia, 
cujo dono ia muito à perfumaria fazer compras e que se engraçara 
com ela. Dava conta do recado mal e porcamente, mas os homens não 
são exigentes com um palmo de cara bonita. Funcionava bastante, 
ganhava gorjetas, conhecera uma matula de gente, era muito 
convidada para almoços, jantares, danças e passeios, e tinha folgas - 
uf , tinha folgas! Quando cismava, nem aparecia na barbearia, ia 
passear, tomar banho de mar, fazer compras, ficava dormindo... 
O primeiro período do texto é constituído por 
(A) duas orações coordenadas. somente. 
(B) duas orações subordinadas, somente. 
(C) três orações, sendo duas subordinadas e uma coordenada. 
(D) três orações, sendo duas coordenadas e uma subordinada. 
(E) quatro orações; entre elas, duas subordinadas e uma coordenada e 
subordinada, ao mesmo tempo. 
12 – Agora vamos treinar. Divida os períodos e classifique as 
orações subordinadas substantivas: 
a) Aprendi que devemos falar a verdade. 
b) Falta resolver as últimas questões. 
c) Tenho receio de que fales a verdade. 
d) Ignoro quem fez a pergunta. 
e) Convém que tomes alguma atitude. 
f) A verdade é que ninguém a deseja. 
g) Avisei-o de que havíamos chegado. 
h) Alguém deve saber quando ela viaja. 
i) Este trabalho foi feito por quem entende do assunto. 
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13 - (FUNRIO/SEJUS RO/2008) 
Na frase “As imagens de satélite revelam que quase 40% dessa 
devastação foi realizada nos últimos vinte anos”, a oração sublinhada 
pode ser classificada como oração 
A) coordenada explicativa. 
B) subordinada adjetiva explicativa. 
C) subordinada adjetiva restritiva. 
D) subordinada substantiva objetiva direta. 
E) subordinada substantiva completiva nominal. 
14 - (FUNRIO/PREF.NITERÓI – Nível Médio/2008) 
 “Telefone celular deixou de ser novidade. Deixou de ser luxo. Deixou 
de ser sonho.” 
No trecho acima destacado há: 
A) duas orações absolutas 
B) três orações coordenadas sindéticas 
C) duas orações sem paralelismo semântico 
D) um período composto por coordenação 
E) três períodos sintaticamente paralelos 
15 - (FUNRIO/PREF.MARICÁ – ANALISTA SISTEMAS/2007) 
“Se, em vez de atender prontamente à solicitação, o negociante 
começar a gaguejar, demonstrar impaciência, o cliente, que já não 
estava muito inclinado a ceder, termina por não assinar o contrato 
(...)”. A classificação da oração em destaque está CORRETA na opção: 
A) oração subordinada substantiva predicativa 
B) oração subordinada adjetiva restritiva 
C) oração subordinada substantiva objetiva direta 
D) oração subordinada adjetiva explicativa 
E) oração coordenada sindética explicativa 
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16 - (CESGRANRIO/ANALISTA BACEN/2009) 
 “Vemos incontáveis estrelas, emitindo sua radiação eletromagnética, 
perfeitamente indiferentes às atribulações humanas.” (l. 14-16) 
No período acima, encontram-se uma oração 
(A) principal e outra subordinada reduzida de infinitivo. 
(B) principal e outra subordinada adjetiva reduzida de gerúndio. 
(C) principal e outra subordinada adjetiva reduzida de particípio. 
(D) coordenada e outra subordinada adjetiva restritiva. 
(E) coordenada e outra subordinada reduzida de gerúndio. 
17 - (UnB CESPE/ MRE - Assistente de Chancelaria/2008) 
1 O Brasil só conseguiu passar da condição de país 
temerário para a aplicação de recursos, em uma época de 
prosperidade mundial, para a de mercado preferencial dos 
4 investidores, justamente no auge de um período de 
turbulência financeira nos mercados internacionais, porque 
está colhendo agora os resultados de uma política econômica 
7 ortodoxa. A preservação dessas conquistas e o seu 
aprofundamento dependem da capacidade e da disposição 
dos políticos em aprovar reformas como a tributária, que 
10 precisará concentrar as atenções do Congresso neste ano. 
Certamente, o recorde de atração de investimentos 
externos confirmado agora tem relação direta com o fato13 de o país ter-se transformado de devedor em credor 
internacional. Ao assegurar um volume de reservas cambiais 
superior ao necessário para garantir o pagamento da dívida 
16 externa, o Brasil tranqüilizou os credores sobre a sua 
possibilidade de honrar os compromissos. Com isso, 
transferiu para o passado o clima de instabilidade permanente 
19 dos tempos recentes, em que ainda se mostrava 
excessivamente vulnerável. 
Zero Hora (RS), 26/2/2008 (com adaptações). 
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Com referência às idéias do texto acima e às estruturas lingüísticas 
nele empregadas, julgue o próximo item. 
- A substituição de “Ao assegurar” (R.14) por Quando assegurou
prejudica a correção gramatical do período e altera as suas 
informações originais. 
18 – (FEPESE/AFRE SC/2010 – com adaptações) 
Julgue a afirmação abaixo (certo / errado). 
- Em “Muita gente acha que as pessoas nascem com limitações 
inatas”, a oração sublinhada é uma oração substantiva objetiva direta 
que complementa o verbo “achar”. 
19 - (FGV/BADESC – Nível Superior/2010) 
Jeitinho 
O jeitinho não se relaciona com um sentimento revolucionário, pois 
aqui não há o ânimo de se mudar o status quo. O que se busca é obter 
um rápido favor para si, às escondidas e sem chamar a atenção; por 
isso, o jeitinho pode ser também definido como "molejo", "jogo de 
cintura", habilidade de se "dar bem" em uma situação "apertada". 
Em sua obra O Que Faz o Brasil, Brasil?, o antropólogo Roberto 
DaMatta compara a postura dos norte-americanos e a dos brasileiros 
em relação às leis. Explica que a atitude formalista, respeitadora e 
zelosa dos norte-americanos causa admiração e espanto aos 
brasileiros, acostumados a violar e a ver violadas as próprias 
instituições; no entanto, afirma que é ingênuo creditar a postura 
brasileira apenas à ausência de educação adequada. 
O antropólogo prossegue explicando que, diferente das norte-
americanas, as instituições brasileiras foram desenhadas para coagir e 
desarticular o indivíduo. A natureza do Estado é naturalmente 
coercitiva; porém, no caso brasileiro, é inadequada à realidade 
individual. Um curioso termo – Belíndia – define precisamente esta 
situação: leis e impostos da Bélgica, realidade social da Índia. 
Ora, incapacitado pelas leis, descaracterizado por uma realidade 
opressora, o brasileiro buscará utilizar recursos que vençam a dureza 
da formalidade se quiser obter o que muitas vezes será necessário à 
sua sobrevivência. Diante de uma autoridade, utilizará termos 
emocionais, tentará descobrir alguma coisa que possuam em comum - 
um conhecido, uma cidade da qual gostam, a “terrinha” natal onde 
passaram a infância – e apelará para um discurso emocional, com a 
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certeza de que a autoridade, sendo exercida por um brasileiro, poderá 
muito bem se sentir tocada por esse discurso. E muitas vezes 
conseguirá o que precisa. 
Nos Estados Unidos da América, as leis não admitem permissividade 
alguma e possuem franca influência na esfera dos costumes e da vida 
privada. Em termos mais populares, diz-se que, lá, ou “pode” ou “não 
pode”. No Brasil, descobre-se que é possível um “pode-e-não-pode”. É 
uma contradição simples: acredita-se que a exceção a ser aberta em 
nome da cordialidade não constituiria pretexto para outras exceções. 
Portanto, o jeitinho jamais gera formalidade, e essa jamais sairá ferida 
após o uso desse atalho. 
Ainda de acordo com DaMatta, a informalidade é também exercida por 
esferas de influência superiores. Quando uma autoridade "maior" vê-
se coagida por uma "menor", imediatamente ameaça fazer uso de sua 
influência; dessa forma, buscará dissuadir a autoridade "menor" de 
aplicar-lhe uma sanção. 
A fórmula típica de tal atitude está contida no golpe conhecido por 
"carteirada", que se vale da célebre frase "você sabe com quem está 
falando?". Num exemplo clássico, um promotor público que vê seu 
carro sendo multado por uma autoridade de trânsito imediatamente 
fará uso (no caso, abusivo) de sua autoridade: "Você sabe com quem 
está falando? Eu sou o promotor público!". No entendimento de 
Roberto DaMatta, de qualquer forma, um "jeitinho" foi dado. 
(In: www.wikipedia.org - com adaptações.) 
A natureza do Estado é naturalmente coercitiva; porém, no caso 
brasileiro, é inadequada à realidade individual. 
A respeito do uso do vocábulo porém no fragmento acima, é correto 
afirmar que se trata de uma conjunção: 
(A) subordinativa que estabelece conexão entre a oração principal e a 
adverbial concessiva. 
(B) integrante que estabelece conexão entre períodos coordenados 
com valor de consequência. 
(C) coordenativa que estabelece conexão entre as orações 
introduzindo oração de valor adversativo. 
(D) integrante que estabelece conexão entre a oração principal e a 
oração objetiva direta. 
(E) coordenativa que estabelece conexão entre as orações 
introduzindo oração com valor explicativo. 
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20 - (FGV/PREF.ANGRA DOS REIS – Auditor / 2010) 
Da mesma forma, diarreias epidêmicas, parasitoses intestinais e 
outras enfermidades transmissíveis por meio da água contaminada 
têm sua incidência aumentada, tanto por causa das dificuldades de 
saneamento nas secas, quanto por contaminação com esgotos, lixo e 
dejetos de animais durante as enchentes. (L.78-84) 
O período acima 
(A) é composto por coordenação. 
(B) é composto por subordinação. 
(C) é composto por coordenação e subordinação. 
(D) é simples. 
(E) apresenta orações reduzidas. 
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GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
1 – D 
Olhe aí o que comentamos a respeito da omissão de preposição antes 
de orações que exercem função sintática de objeto indireto!!! 
Vamos ter um certo trabalhinho, mas, para compreensão, teremos de 
dividir o período composto em orações. Vamos lá! 
é ela que insiste em nos convencer que as desigualdades sociais são 
naturais, que não há alternativa para o capitalismo, que o socialismo 
já foi tentado e fracassou. 
Para começar, notamos a expressão de realce “é que” em “é ela que
insiste...”. Vamos eliminá-la: 
Ela insiste em nos convencer... 
Já no início, temos duas orações: 
- Ela insiste em (oração principal) 
Ela insiste nISSO. 
ISSO = nos convencer (oração subordinada substantiva objetiva 
indireta reduzida de infinitivo – Virgem Maria, isso é um 
palavrão!!!) 
Vamos, agora, analisar a segunda oração (que é subordinada em 
relação à primeira – Ela insiste em – e principal em relação às 
orações que se seguem). 
Bem, alguém convence outra pessoa (objeto direto) de alguma coisa 
(objeto indireto). 
O complemento indireto do verbo convencer, nessa construção, rege 
a preposição de. 
Como esse complemento vem sob a forma oracional, a preposição 
pode ser omitida, e assim o foi: 
Ela insiste em nos convencer (de): 
1 - que as desigualdades são naturais 
2 – que não há alternativa para o capitalismo 
3 – que o socialismo já foi tentado e fracassou 
Como complemento indireto do verbo convencer, há três orações 
indicadas acima. 
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Elas, em relação à sua oração principal (nos convencer), são 
subordinadas e recebem o nome de oração subordinada 
substantiva objetiva indireta. 
Entre si, são orações coordenadas assindéticas, ou seja, sem 
conjunção coordenativa. 
Estruturas como essa, em que os períodossão ligados tanto por 
coordenação (entre si) e por subordinação (em relação à principal), 
recebem a designação de período misto, ou seja, composto 
simultaneamente por coordenação e subordinação. 
Note que, na terceira oração subordinada substantiva objetiva 
indireta (ufa!!!), há duas outras orações coordenadas: o socialismo já 
foi tentado e (o socialismo) fracassou. 
Ótimo esse treino, não é mesmo?!?!? 
Felizmente, a escassez de questões pôde ser compensada pela 
qualidade das que encontramos. 
2 – A 
Tradicionalmente, o verbo parecer vem acompanhado de sujeito 
oracional. Nesse caso, como já vimos por diversas vezes, o verbo fica 
na 3ª pessoa do singular. 
Fazendo a análise, poderíamos trocar toda a oração pelo pronome 
substantivo demonstrativo ISSO: Parece ISSO. 
ISSO = “que não haverá mudanças no Ministério da Economia”. 
Pois essa oração exerce a função sintática de sujeito do verbo 
parecer. 
Está correta a análise da opção a. 
Em relação às demais opções, cabe-nos comentar: 
b) Como disse o primeiro entrevistado, não há motivo para pânico. 
A oração em destaque é, sim, uma oração subordinada adverbial. 
Só que a circunstância que ela apresenta não é de comparação (não 
podemos decorar listas, lembra?), mas de conformidade. Troquemos, 
pois, por outra conjunção conformativa: 
Segundo disse o primeiro entrevistado / Conforme disse o primeiro 
entrevistado. 
Viu como fez sentido? Está, portanto, incorreta a análise. 
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c) A atriz declarou que não sabia como tinha sido furtada. 
Nesse período composto, temos três orações, a saber: 
Oração principal = A atriz declarou 
“A atriz declarou ISSO” 
ISSO = que não sabia (2ª oração) 
Como a oração pôde ser substituída pelo pronome ISSO, é uma 
oração subordinada substantiva (e não “adverbial”, como indica o 
examinador). 
O verbo declarar é transitivo direto. Seu complemento (objeto direto) 
está sob a forma oracional. Assim, a oração se chama: oração 
subordinada substantiva objetiva direta. 
“que não sabia ISSO” 
ISSO = como tinha sido furtada (3ª oração) 
Essa oração que complementa o verbo saber (verbo transitivo direto) 
também exerce a função sintática de objeto direto. A única diferença é 
que, em vez de uma conjunção integrante, a oração foi iniciada por 
um advérbio como. 
d) Lembrei-o de que não poderíamos nos atrasar mais. 
Quase que o examinador acerta essa... Lembra-se da aula sobre 
regência? O verbo LEMBRAR-SE (pronominal) é transitivo indireto e 
rege a preposição “de”. O mesmo acontece com o verbo ESQUECER-
SE. 
Essa mesma transitividade se aplica tanto com pronome reflexivo, 
quanto com complemento direto sob a forma de outra pessoa (lembrar 
alguém de alguma coisa), como apresentado na questão: (eu) lembrei 
alguém (representado pelo pronome oblíquo “o”) de alguma coisa.. 
Lembrei-o dISSO. 
ISSO = que não poderíamos nos atrasar mais (objeto indireto) 
Trata-se de uma oração subordinada substantiva objetiva indireta. 
Ainda que a preposição fosse omitida (“Lembrei-o que não poderíamos 
nos atrasar mais”), não haveria alteração na classificação dessa 
oração. 
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Só mais um detalhe: a preposição é exigida pelo verbo da oração 
principal (lembrei-o de ...). Por isso, não deveria ter sido sublinhada, 
pois não pertence à oração subordinada, e sim à principal. 
3 – D 
, foram jantar. Esse é um caso de a) Encerrada a palestra
oração reduzida. A oração reduzida de particípio indica o 
momento em que o fato expresso na oração principal ocorreu. É, 
portanto, uma oração subordinada adverbial temporal 
reduzida de particípio. Houve a omissão dessa última parte. 
Por isso, devemos analisar todas as opções para verificar a 
existência de um erro, e não de uma simples omissão como 
essa. 
b) Caso a febre persista, telefone-me. A oração subordinada 
indica uma condição para que o evento expresso na oração 
principal venha a se efetivar. É, portanto, uma oração 
subordinada adverbial condicional. Está correta a análise. 
c) Era verdade que tudo não passara de um engano. A oração 
em destaque é mesmo a principal do período composto. A outra 
oração, iniciada pela conjunção integrante, representa o sujeito 
dessa oração principal: “Era verdade ISSO” = que tudo não 
passara de um engano. 
d) Quem estuda passa. A oração sublinhada é o sujeito do verbo 
passar. Deveremos classificá-la, pois, como uma oração 
subordinada substantiva subjetiva. Em vez de uma conjunção, 
foi empregado um pronome indefinido. 
Por ser o sujeito da oração principal (representada somente pelo 
verbo: passa), a norma culta condena uma vírgula entre esses 
elementos. 
Podemos, também, analisar a oração subordinada substantiva 
subjetiva. O pronome indefinido “quem” atua como sujeito da 
forma verbal “estuda”. 
4 – C 
A oração em destaque tem valor de finalidade. 
As opções a, b e d apresentam formas em que esse valor não foi 
alterado: 
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a) “para que as empresas de ônibus adotem o gás natural” – houve 
apenas a alteração de oração reduzida de infinitivo para uma 
oração desenvolvida (com conjunção). 
b) “que incentiva as empresas de ônibus a adotar o gás natural” – 
a ideia de finalidade foi mantida. 
d) “para a adoção do gás natural pelas empresas de ônibus” – 
houve apenas uma troca do verbo pelo substantivo 
correspondente, mantendo-se o sentido – no lugar de “as 
empresas adotarem”, usou-se “a adoção pelas empresas”. 
Na opção c, a mudança da preposição alterou o valor da construção. 
Na nova estrutura, poderíamos entender que o estímulo partiu das 
empresas, e não do governo. 
A troca, portanto, não seria válida. 
5 – C 
Nessa construção, as duas orações subordinadas adverbiais estão 
coordenadas entre si. Elas apresentam à oração principal duas 
circunstâncias: tempo e causa. 
A partir do momento (temporalidade) em que os filhos saem de casa 
e entram na universidade ou no trabalho, e também em virtude 
disso (causalidade), a interferência dos pais começa a enfraquecer. 
Assim, são apresentadas, simultaneamente, as relações semânticas de 
tempo (momento) e causa (motivo). 
6 – E 
De acordo com o texto, realiza-se uma análise genealógica das 
famílias dos cortadores de cana, respeitada a condição de serem 
consideradas pelo menos três a quatro gerações. 
Por isso, estão corretas as estruturas que mantém o aspecto 
condicional dessa oração: consideradas (reduzida de particípio), 
desde que se considerem, quando se consideram, caso sejam 
consideradas (conjunções condicionais). 
Já em “por serem consideradas pelo menos três a quatro gerações”, 
alterou-se o valor de condicional para causal (“em virtude de terem 
sido consideradas...”). 
Houve, assim, alteração semântica na estrutura da opção e. 
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7 – B 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Registra-se, agora, “consequência”, em 
função da extinção do trema. 
O Brasil firmou um acordo em que se compromete a comprar parte da 
produção de gás da Bolívia. Esse fato levou a um aumento ainda maior 
na oferta de gás no mercado interno. 
Entre esses dois eventos, verifica-se uma relação de CAUSA e 
CONSEQUÊNCIA. No segundo período, apresenta-se o reflexo 
(aumento da oferta de gás no mercado interno) do fato descrito no 
primeiro (compromisso brasileiro em comprar parte da produção 
boliviana). 
Por isso, a oração reduzida de gerúndio, em destaque no enunciado, 
apresenta valor consecutivo (b – consequência). 
8 – E 
Serão analisados aspectos de concordânciaverbal e nominal, 
conjugação verbal e manutenção dos aspectos semânticos em função 
da troca de conjunção. 
Vamos verificar cada uma das opções: 
a) Em “para que se mantesse a ordem e o bem-estar públicos”, 
houve erro na conjugação do verbo manter, que segue a conjugação 
do verbo ter – “para que se tivesse / para que se mantivesse”. 
b) O mesmo se repetiu nessa opção: “para que se mantessem” 
deveria ser substituído por “para que se mantivessem”. 
c) e d) Acertaram na conjugação (as duas formas seriam válidas: a 
primeira situa o fato no condicional presente – mantenham – e a 
segunda, no condicional passado – mantivessem), mas erraram na 
indicação da locução conjuntiva. O vocábulo afim (juntinho) significa 
“o que apresenta afinidade” (pessoas afins, vocábulos afins). A locução 
deve ser escrita “a fim de que”, com o “a fim” separadinho. 
O sujeito composto do verbo manter está após o verbo. Mesmo sendo 
uma construção de voz passiva, é possível realizar a concordância 
somente com o primeiro elemento: a ordem – “para que se 
mantivesse a ordem e o bem-estar públicos”. Já o adjetivo “públicos”, 
ao se flexionar no plural, deixou clara sua referência aos dois 
elementos (ordem e bem-estar). 
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9 – C 
A palavra “Mas” que inicia o segmento não possui, na estrutura, 
função sintática nenhuma. É usado, principalmente na linguagem oral, 
para introduzir falas, apresentar argumentos, ligar ideias (Mas, o que 
você queria saber?). 
As orações são: 
1 – desculpe minha infinita ignorância – um bom exemplo de oração 
intercalada, em que o autor interrompe a linha de raciocínio principal 
para prestar algum esclarecimento ou fazer alguma observação. 
2 – por que enviar à forca uma mulher – oração interrogativa 
(principal) 
3 – que no julgamento perdoou ao frio assassino do filho – oração 
subordinada adjetiva restritiva (em relação ao substantivo 
“mulher”). 
São três as orações do período. 
10 – B 
Para a análise, vamos dividir o período em orações, destacando os 
verbos. 
O segmento já começa com uma conjunção adversativa: 
- Mas ainda não há um programa alternativo maduro – oração 
coordenada sindética adversativa 
Em seguida, tem início uma oração que restringe o conceito de 
“programa alternativo maduro”: 
- que se contraponha à euforia do programa conservador – oração 
subordinada adjetiva restritiva (em relação ao substantivo 
programa) 
Outras orações subordinadas adjetivas reduzidas de particípio se 
referem à expressão “programa conservador”: 
- aplicado por gente 
- aplaudido pela direita 
Ainda que se considerasse somente o valor adjetivo de tais 
expressões, não há dúvidas de que seriam adjetivos formados a partir 
da forma participial dos verbos aplicar e aplaudir, atendendo ao 
pedido do enunciado (“Quantos verbos há no trecho acima?”). 
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O substantivo “gente” da oração “aplaudido por gente” foi 
acompanhado de uma oração subordinada adjetiva restritiva: 
- que foi de esquerda 
São, portanto, CINCO verbos: há, contraponha, aplicado, foi e
aplaudido. 
11 – E 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Registra-se, agora, “aguentara”, em 
função da extinção do trema. 
Não me diga que você leu esse texto todinho??? Pode me dizer por 
quê??? 
Nem sempre passa em um concurso o candidato que sabe mais – 
passa o que sabe resolver a prova com maior destreza e correção. 
Saber fazer prova é um dos fatores decisivos para a aprovação e o 
tempo é um dos inimigos do candidato. Por isso, em uma prova com 
textos longos (como esse), verifique, em primeiro lugar, se há 
questões de interpretação (que irão exigir uma leitura atenta). Caso 
contrário, ou seja, se houver somente questões (ou a maior parte 
delas) que explorem o aspecto gramatical, muitas vezes ler apenas um 
trecho ou um parágrafo pode ser suficiente. 
Primeira providência: identificar o primeiro período do texto. O período 
se encerra com uma pausa bem marcada (normalmente por um 
ponto). 
Assim, o primeiro período do texto é: 
Maria Berlini não mentira quando dissera que não trabalhava, nem 
estudava. 
Vamos “dissecar” esse período em orações: 
1ª oração: Maria Berlini não mentira 
2ª oração: quando dissera 
3ª oração: que não trabalhava 
4ª oração: nem estudava 
.......................................... 
1ª oração: oração principal. A ela irá ligar-se a segunda oração, que 
indica o momento em que tal fato (expresso na principal) ocorre. 
2ª oração: oração subordinada adverbial temporal 
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3ª oração: oração subordinada substantiva objetiva direta. Serve de 
complemento ao verbo dizer, presente na 2ª oração (que, em relação 
à 3ª, é considerada principal) – quando dissera ISSO. 
4ª oração: oração coordenada sindética aditiva. Esta oração se liga por 
coordenação à segunda. A conjunção nem tem valor aditivo, 
equivalendo a “e não”. Esta oração também complementa o sentido do 
verbo da 2ª oração = dissera: 1) que não trabalhava; 2) nem 
estudava (= e que não estudava). 
Por isso, está certíssima a afirmativa presente na opção e. 
No período, há duas orações subordinadas (2ª – oração subordinada 
adverbial temporal; e 3ª – oração subordinada substantiva objetiva 
direta) e uma coordenada (4ª = oração coordenada sindética aditiva) 
e, ao mesmo tempo, subordinada (à segunda oração, em que está 
presente a forma verbal disseram, cujo sentido complementa). 
Excelente questão de prova! Não é à toa que a banca da CESPE UnB é 
considerada uma das melhores do Brasil. 
12 - 
a) Aprendi / que devemos falar a verdade. 
Aprendi ISSO = que devemos falar a verdade (objeto direto) 
Oração subordinada substantiva objetiva direta. 
b) Falta / resolver as últimas questões. 
Falta ISSO = resolver as últimas questões (SUJEITO) 
Oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de 
infinitivo. 
c) Tenho receio de/ que fales a verdade 
Tenho receio d ISSO = que fales a verdade (COMPLEMENTO 
NOMINAL) 
Oração subordinada substantiva completiva nominal 
Obs: A preposição pertence à oração principal, por exigência do 
substantivo RECEIO. 
d) Ignoro / quem fez a pergunta 
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Ignoro ISSO = quem fez a pergunta (OBJETO DIRETO) 
Oração subordinada substantiva objetiva direta 
e) Convém / que tomes alguma atitude. 
Convém ISSO = que tomes alguma atitude (SUJEITO)
Oração subordinada substantiva subjetiva 
f) A verdade é / que ninguém a deseja. 
A verdade é ISSO = que ninguém a deseja (PREDICATIVO DO 
SUJEITO) 
Oração subordinada substantiva predicativa do sujeito 
g) Avise-o de / que havíamos chegado. 
Avise-o dISSO / que havíamos chegado (OBJETO INDIRETO) 
Oração subordinada substantiva objetiva indireta 
h) Alguém deve saber / quando ela viaja. 
Alguém deve saber ISSO = quando ela viaja. (OBJETO DIRETO)
Oração subordinada substantiva objetiva direta 
i) Este trabalho foi feito por / quem entende do assunto 
Oração subordinada substantiva agente da passiva 
13 – D 
A oração que quase 40% dessa devastação foi realizada nos últimos 
vinte anos age na função de OBJETO DIRETO do verbo REVELAR. 
Vamos fazer a troca da oração pelo ISSO: “As imagens de satélite 
revelam ISSO.”. 
Por isso, a oração é classificada como “oração subordinada substantiva 
objetiva direta”. 
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14 – E 
Note que os períodos são totalmente independentes, ainda que hajaa 
retomada do sujeito (“Telefone celular”), classificado como um sujeito 
oculto / elíptico / subentendido. 
Não são orações subordinadas (pois não há relação sintática entre 
elas), também não são coordenadas, pois há uma ruptura entre elas, 
representada pelo ponto. Por isso, a resposta correta é “três períodos 
[simples] sintaticamente paralelos. 
15 – D 
A oração foi iniciada pelo pronome relativo “que”, que retoma o 
antecedente “cliente”. Daí, já podemos identificar essa oração como 
uma oração subordinada adjetiva (já teríamos 50% de chances de 
acertar, já que somente duas proposições apontam nesse sentido). 
Como se encontra isolada por vírgulas (“... o cliente, que já não 
estava muito inclinado a ceder, termina...”) e apresenta valor 
complementar, explicativo, a resposta é a opção D: oração 
subordinada adjetiva explicativa. 
16 – B 
Para começar, vamos identificar quantas orações temos no período 
composto “Vemos incontáveis estrelas, emitindo sua radiação 
eletromagnética, perfeitamente indiferentes às atribulações 
humanas.”: 
1) “Vemos incontáveis estrelas, perfeitamente indiferentes às 
atribulações humanas” – ressalte-se que “indiferentes” é um adjetivo 
de dois gêneros e, por não ser originário de particípio verbal, não 
poderia dar início a uma oração subordinada adjetiva. Logo, temos 
apenas uma oração, que é a principal do período. 
2) “emitindo sua radiação eletromagnética” – para identificar o valor 
dessa oração reduzida de gerúndio, vamos “desenvolvê-la”, ou seja, 
incluir um conectivo “que”: “que emitem sua radiação 
eletromagnética” 
Nota-se que o conectivo “que” retoma o substantivo “estrelas”; trata-
se, pois, de um pronome relativo, que, como vimos, dá início a uma 
oração subordinada adjetiva. 
Assim, temos no período composto duas orações: uma principal e 
outra subordinada adjetiva reduzida de gerúndio. 
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17 – ITEM ERRADO 
O emprego da expressão “ao + particípio” denota uma relação 
temporal. 
Assim, a troca de “Ao assegurar” por “Quando assegurou”, por terem 
ambas as construções valor temporal, não prejudicaria o texto nem 
alteraria as relações de sentido originais. 
18 – ITEM CERTO 
O verbo ACHAR, na construção, significa “ter opinião / fazer certo 
julgamento”. Apresenta-se como transitivo direto e, portanto, a oração 
que se segue atua como objeto direto. Por isso, está correta a sua 
classificação como “oração substantiva objetiva direta”. 
19 - C 
Em regra, a conjunção “porém” é adversativa. Vejamos, então, a 
passagem em análise. 
“A natureza do Estado é naturalmente coercitiva; porém, no caso 
brasileiro, é inadequada à realidade individual.” 
No texto, o autor argumenta que, no Brasil, as instituições foram 
concebidas para coagir e desarticular o indivíduo, ao contrário do que 
ocorre nos Estados Unidos. A natureza do Estado é naturalmente 
coercitiva (é a chamada “mão forte do Estado/governo”), mas, em 
relação à realidade brasileira, inadequada, já que não há 
correspondência entre arrecadação e aplicação dos recursos. 
São, portanto, ideias em sentido contrário. 
Vamos, então, como na questão anterior, eliminar as opções que não 
têm relação com o trecho. 
a) A conjunção “porém” é coordenativa, e não subordinativa. 
b) Também não é uma conjunção integrante – são apenas duas: que / 
se. Além disso, quem estabelece relação de consequência é a 
conjunção subordinativa consecutiva (como em “Eu tenho tanto a te 
falar / que com palavras não sei dizer...”). 
c) É uma conjunção coordenativa que estabelece conexão entre as 
ideias com valor adversativo. É essa a resposta certa. 
d) Já vimos que não é uma conjunção integrante. 
e) É uma conjunção coordenativa, mas não com valor explicativo. 
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20 - D 
Por incrível que pareça, na questão em análise temos apenas UM 
PERÍODO, haja vista que existe apenas uma oração (chamada de 
“absoluta”), ainda que dela façam parte tantos elementos. 
Vejamos: 
- A expressão “Da mesma forma” serve de conexão com as ideias 
anteriormente apresentadas, mas não forma uma nova oração. É o 
que alguns autores chamam de “termos ou elementos de articulação 
textual”. 
- As causas do aumento da incidência de doenças transmissíveis pela 
água contaminada são apresentadas a partir da estrutura “tanto por 
causa... durante as enchentes”, que faz parte da mesma oração. 
Bons estudos e até a próxima!

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