RELATORIO DE MICROBIOLOGIA- MESOFILOS

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FACULDADE JUAZEIRO DO NORTE - FJN
CURSO: NUTRIÇÃO
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA, HIGIENE E LEGISLAÇÃO DOS ALIMENTOS
PROFª: EDNA MORI
ALUNOS: FERNANDA DAMASCENO RODRIGUES, LIVIA LOUHANNE DOS SANTOS LOPES, MILENA RILLARY DA SILVA BASTOS, YNGRID DA SILVA PAIXÃO
CONTAGEM GLOBAL DE MESÓFILOS
JUAZEIRO DO NORTE
ABRIL/ 2020
1 INTRODUÇÃO
As bactérias são seres unicelulares e procariontes, o que significa que são organismos constituídos de apenas uma célula, e não possuem membrana envolvendo o material genético e separando-o do restante da célula. (CARVALHO E GUIMARÃES, 2011). Existe apenas um único compartimento, o citoplasma. O seu material hereditário é composto por uma longa molécula de DNA, está enovelada na região central, sem a separação do resto do conteúdo citoplasmático, contém também o polissacarídeo complexo peptideoglicano. Sua divisão binária, faz com que o DNA é duplicado e a célula se divide em duas. A parede celular e a membrana citoplasmática são comuns a todas as células bacterianas.
Podem ser apresentar de várias formas, tais como: bacilos, cocos e os espirilos que são as mais comuns. Também, podem apresentar forma de estrela ou quadrada. Podem formar pares, cadeias, grupos ou apresentar outros agrupamentos (TORTORA, FUNKE, CASE, 2012). Os bastonetes ou bacilos, são longos ou curtos com extremidade reta ou curvos em forma de vírgula. Os espirilos possuem forma de hélice. Os cocos podem ser esféricos, e podem formar diferentes arranjos, de acordo com a sua divisão celular.
As bactérias que conseguem produzir o seu próprio alimento são autótrofas, e as que dependem de retirar o seu alimento do meio são chamadas de heterótrofas.
As bactérias mesófilas são assim denominadas devido a faixa temperatura em que crescem melhor, de 25°C a 40°C. São de importância clinica pois é nesse grupo que se encontram as bactérias patógenas já que esta temperatura corresponde com a do corpo humano.
Os alimentos servem de transporte e/ou substrato para a crescimento de vários microrganismos, inclusive patogênicos, os quais são capazes de produzir toxinas, conseguindo, assim, causar danos à saúde do indivíduo quando ingeridos (GONÇALVES, 1998).
Um dos maiores desafios enfrentados pela indústria e unidades de alimentação e nutrição (UAN) é produzir alimentos que sejam de qualidade, seguros para o consumidor e tenham vida de prateleira longa. Para isso é imprescindível conhecer os agentes deteriorantes e patogênicos que possam contaminar o alimento, os meios que possam contaminar o alimento e executar procedimentos que preservem as características nutricionais e organolépticas do produto por mais tempo sem que possibilite riscos à saúde do indivíduo (GERMANO; GERMANO, 2001 apud ALMEIDA, 2017). A presença de microrganismos em alimentos pode ser responsável por desencadear processos de intoxicação e infecção alimentar (PELCZAR JR. et al, 1997 apud SILVA, 2002).
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
	Realizar método de contagem, em placas, de bactérias aeróbias mesófilas.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Estabelecer a contagem de bactérias mesófilas em amostra de queijo utilizado o meio de cultura Plate Count Agar (PCA).
· Observa o índice de bactérias mesófilas na amostra.
· Verifica se houve manipulação inadequada e condições higiênicas indesejáveis que possam causa contaminação excessiva na amostra. 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
Primeiramente foram pesados 10g da amostra de queijo que em seguida foram diluídas em 90ml de água peptonada (AP), com as pipetas graduadas foram retiradas 3ml da amostra diluída, onde 1ml foi adicionado ao tudo de diluição com 9ml de AP e em duas placas de petri foram pipetados os 2ml restantes. Após isso retirou-se 3ml do tubo de diluição, adicionado 1ml ao outro tubo diluído e em seguida pipetou-se os 2ml restantes nas placas de petri, repetiu-se om procedimento com o ultimo tubo de diluição e as últimas placas de petri. Após essa realização adicionou-se em cada placa de petri 15 a 20ml de PCA previamente fundido e homogeneizou-se com movimentos suaves em ¨oito, por 10 vezes, deixou se solidificar a temperatura ambiente e em seguida as placas invertidas foram embaladas e incubadas a 35-37°C. 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao realizar a contagem de bactérias nas superfícies, das placas 10-1,10-2 e 10-3, verificou-se um total de 251,3 colônias. 
Segundo a ICMSF (1984) o número de microrganismos aeróbios mesófilos (contagem em placa) encontrado em um alimento tem sido um dos indicadores microbiológicos da qualidade dos alimentos mais comumente utilizados, indicando se a limpeza, a desinfecção e o controle da temperatura durante os processos de tratamento industrial, transporte e armazenamento foram realizados de forma adequada. Esta determinação permite também obter informação sobre a alteração incipiente dos alimentos, sua provável vida útil, a falta de controle no descongelamento dos alimentos ou desvios na temperatura de refrigeração estabelecida.
O resultado microbiológico obtido na presente pesquisa foi quando possível, comparado com padrões legais (federais e estaduais) estabelecidos. Para os alimentos que não contêm padrões estabelecidos para contagem microbiana total, sabe-se que alimentos destinados ao consumo humano com populações microbianas da ordem de 106 UFC/g ou ml devem ser considerados no mínimo suspeitos, pois aumenta a possibilidade de estarem presentes deterioradores e/ou patógenos, podem ocorrer descaracterizações organolépticas, perdas do valor nutricional e da atratividade do alimento. No entanto, tais considerações não são válidas quando o alimento é obtido pela ação microbiana (crescimento/fermentação). Franco & Landgraf (1996) relatam que quando ocorrem alterações detectáveis a maioria dos alimentos apresenta números superiores a 106 UFC/g ou ml do alimento.
A amostra utilizada para realização da pesquisa foi a amostra de queijo, que é um produto obtido pela ação fermentativa de bactérias. Onde a contagem total de microrganismos não expressa a qualidade microbiológica do alimento.
Utilizado o método pelo PCA houve detecção de crescimento de microrganismos mesófilos aeróbios em níveis de 10-1,10-2 e 10-3.
Na contagem total de mesófilos, no alimento que possuem padrões estabelecidos, o mesmo se encontrara abaixo dos limites máximos permitidos.
5 CONCLUSÃO
Ao observar os aspectos analisados, conclui-se que o houve um baixo crescimento das colônias nas placas queijo não está adequado para submeter ao mercado, visto que, houve um aumento perigoso de crescimento em bactérias afetará a qualidade do produto e pode pôr em risco a saúde do público que consumirá este produto. Ao serem analisados esses resultados, infere-se que há necessidade de um processo de boas práticas de manipulação e higienização mais eficaz, visto que são contribuintes para que o crescimento aconteça. As informações dadas aos funcionários precisam ser, frequentemente, relembradas a partir de capacitações para que o cuidado na manipulação e higienização pessoal estejam corretas, bem como o recebimento e armazenamento uma vez que colaboram no resultado processo de manipulação dos alimentos.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, E. M. V. Análise da presença de microrganismos mesófilos e Listeria monocytogenes em superfícies de equipamentos e bancadas de uma indústria de alimentos no município de Patrocinio-MG. Disponível em: <http://www.unicerp.edu.br/ensino/cursos/biologicas/monografias/20172/ANALISEDAPRESENCA.pdf> Acesso em: 28 março 2020
CARVALHO, A.C.F.B; et al. Presença de microrganismos mesófilos, psicrotróficos e coliformes em diferentes amostras de produtos avícolas. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.72, n.3, p.303-307, jul. /set., 2005.
CARVALHO.R.I. Análise das considerações microbiológicas de queijos minas Frescal vendidos em João Pessoa-PB. Universidade de Paraíba. Centro da Ciência da Saúde, p.11-45.2014
SANTOS, N. Q. A resistência bacteriana no contexto da infecção hospitalar. Texto Contexto Enferm. v. 13. (n. esp) p.64-70, 2004.
SILVA, M. C. Avaliação da qualidade microbiológicade alimentos com a utilização de metodologias convencionais e do sistema simplate. Disponível em:<https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-29102002-161542/publico/maria.pdf>. Acesso em: 28 março 2020
TEVA, A. et al. Conceitos e métodos para a formação de profissionais em laboratórios de saúde. EPSJV. v. 4, p. 221-265.