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O enfrentamento do cuidador diante do mal de Alzheimer[1]

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O ENFRENTAMENTO DO CUIDADOR DIANTE DO MAL DE ALZHEIMER 
 
Juliane Guerra de Paiva 
Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada 
CEAFI PÓS-GRADUAÇÃO 
www.ceafi.com.br 
 
Orientadora: Profª. Ms. Thays Candida Flausino 
Mestre em Ciências Ambientais e Saúde, PUC-GO 
RESUMO 
 
O enfrentamento do cuidador diante do mal de Alzheimer 
 
Introdução: O envelhecimento da população mundial, inclusive da brasileira, decorre 
com maior incidência de doenças crônico degenerativas causadoras de demência, dentre 
elas a doença de Alzheimer (DA) que tem o cuidador como uma figura importante na 
vida deste portador. Objetivo: O objetivo deste estudo foi relatar quais são as possíveis 
alterações físicas e/ou psicológicas que o cuidador do portador de Alzheimer pode 
apresentar. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica no período entre 2002 
e 2012, existentes na base da BIREME, Literatura da América Latina e do Caribe em 
Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). 
Discussão: Alterações como sobrecargas físicas e psíquicas a que os cuidadores de 
idosos com diagnóstico de demências estão expostas, não raro, levam à má qualidade de 
vida desses indivíduos. Conclusão: Em meio a todas as dificuldades encontradas no ato 
de cuidar do outro, o cuidador abre mão da própria vida, do lazer, e algumas vezes da 
própria família e da saúde. A atenção aos cuidadores de pacientes demenciados é 
essencial, pois se reflete em uma melhor qualidade de vida não só para o cuidador, mas 
principalmente para o paciente. 
Palavras chave: Doença de Alzheimer, Cuidador, Demências. 
 
 
ABSTRACT 
 
Facing the caregiver before the evil of Alzheimer 
 
 
Introduction: The aging of the world population, including the Brazilian, due to higher 
incidence of chronic degenerative diseases that cause dementia, among them Alzheimer's 
disease (AD) that has the caregiver as an important figure in the life of this carrier. Objective: 
The aim of this study was to report the possible changes which are physical and / or 
psychological caregiver of patients with Alzheimer's can present. Methods: We performed a 
literature review between 2002 and 2012 in the base of BIREME Literature Latin American and 
Caribbean Health Sciences (LILACS) and Scientific Electronic Library Online (SciELO). 
Discussion: Changes to the physical and psychological burdens that caregivers of patients with 
diagnosed dementias are exposed, often lead to poor quality of life of these individuals. 
Conclusion: In the midst of all the difficulties encountered in the act of caring for others, the 
caregiver gives up his life of leisure, and sometimes their own family and health. The attention 
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to caregivers of dementia patients is essential, as is reflected in a better quality of life not only 
for the caregiver, but mainly for the patient. 
 
Key Words: Alzheimer's disease, Caregiver, Dementia. 
 
INTRODUÇÃO 
O envelhecimento populacional é uma realidade amplamente conhecida nos 
países desenvolvidos e se encontra como demanda latente nos países em 
desenvolvimento. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a 
expectativa de vida no Brasil aumentou cerca de três anos em uma década, passando a 
ser de 73,1 anos (IBGE, 2010). 
O envelhecimento da população mundial, inclusive da brasileira, decorre em 
maior incidência de doenças crônico-degenerativas causadoras de demência, entre as 
quais se destaca a Doença de Alzheimer (DA) (JORM, 1998 apud VILELA, 2006). 
Dentre as doenças demências, a DA é a mais prevalente em todos os continentes, 
podendo se destacar o resultado sul americano, onde se situa o Brasil, que apresenta 
uma razão duas a três vezes maiores em relação às outras doenças demências 
(BOTTINO et al., 2006). 
Estudos relatam que oito milhões de pessoas serão acometidas por essa doença 
no ano 2040, o que trará um impacto econômico consideravelmente elevado 
(KWENTUS, 2002 apud FREITAS et al., 2008). 
 As demências são atualmente as doenças neurodegenerativas mais impactantes na 
população acima de 65 anos (PAULA et al., 2008); sendo a DA responsável por 
aproximadamente 55% dos casos(FALCÂO et al., 2009; PAVARINI et al., 2008). 
A DA tem curso lentamente progressivo, com duração média de oito anos, entre 
o início dos sintomas e o óbito (VILELA et al., 2006). 
Além da idade, existem possíveis fatores de risco para a DA que incluem 
história familiar, mal de Parkinson, Síndrome de Down, idade terna acima de 40 anos, 
sexo feminino, doença da tireóide, hipotitreoidismo, baixa formação educacional, 
traumatismo craniano, depressão de início tardio. (VILELA et al., 2006). 
O quadro clínico desta demência é caracterizado por alterações comportamentais 
e cognitivas, incluindo o comprometimento da memória, do pensamento e do raciocínio. 
O sintoma mais evidente no início da doença é o comprometimento da memória recente 
(CARAMELLI, 2002). A evolução é de caráter descendente e o nível de gravidade é 
comumente dividido em três estágios: leve, moderado e grave (ABREU et al., 2005). 
Em cada uma das fases observa-se uma gradativa perda da autonomia e o 
consequente aumento das necessidades de cuidados e supervisão de terceiros para os 
portadores da doença (ABREU et al., 2005). 
Paralelamente às alterações cognitivas características da doença, transtornos de 
comportamento são comuns, sobretudo nas fases mais avançadas, representando 
significativo fator de estresse para os familiares e cuidadores (CHAVES, 2000 apud 
VILELA, 2006). 
Os transtornos de comportamento são comuns, o idoso pode apresentar sinais de 
agressividade, sobretudo nas fases mais avançadas da patologia, representando 
significativo fator de estresse para os familiares que muitas vezes são responsáveis pelos 
cuidados desses idosos, desempenhando um papel essencial na vida diária do portador 
de DA. O cuidador pode apresentar um alto nível de ansiedade, tanto pelo sentimento de 
sobrecarga, quanto por constatar que a sua estrutura familiar está alterada. 
(ENGELHARDT et al., 2005 apud CRUZ, 2008). 
No Brasil, o número de idosos com demência tem crescido rapidamente, mas há 
carência de dados empíricos sobre o impacto em cuidadores informais (GARRIDO et 
al., 2004). 
Buscou-se por meio de essa revisão bibliográfica relatar quais são as possíveis 
alterações físicas e/ou psicológicas do cuidador de pacientes com DA, demonstrando 
assim a importância da qualidade de vida do cuidador refletindo no seu bem estar e 
consequentemente no portador de demência. 
 
METODOLOGIA 
Trata-se de uma revisão bibliográfica, com limitação temporal de 2002 a 2012. 
A busca foi realizada, tendo como critérios de inclusão os seguintes descritores, 
existentes na base da BIREME: Alzheimer/ Alzheimer, Cuidador/ Caregiver, 
Demências/dementias, Família/ family, Convivendo/ living. A busca também foi 
realizada na Biblioteca Virtual em Saúde – BVS, utilizando-se as bases de dados da 
Literatura da América Latina e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Literatura 
Internacional em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online 
(SciELO). 
 
DISCUSSÃO 
 Embora a Doença de Alzheimer seja o tipo mais comum de demência, 
aumentando evidências de longo prazo de observação e autópsia, estudos indicam que 
muitas pessoas com demência têm no cérebro anormalidades associadas com mais de 
um tipo de demência (VISWANATHAN et al., 2009; JELLINGER, 2007). 
Entre os problemas de saúde que acometem as pessoas idosas, as síndromes demenciais 
estão entre o grupo de afecções que vem causando forte impacto na estrutura familiar e 
na sociedade. (ARRUDA, 2008). 
Esta doença pode ser entendida como uma afecção neurodegenerativa 
progressiva e irreversível de aparecimento insidioso, caracterizada por perda de 
memória e diversos distúrbios cognitivos (SMITH, 1999 apud FONSECA, 2007). 
A DA caracteriza-se, histopatologicamente,pela maciça degeneração sináptica e 
morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções cognitivas 
(SELKOE, 2001 apud SERENIKIet al., 2008). (Fig.1). Segundo FONSECA, (2007) 
ocorre também a deposição de placas senis no córtex cerebral, assim como a formação 
de emaranhados neurofibrilares. 
 
 
Figura 1: O tecido com Alzheimer possui um número bem menor de células nervosas e de 
sinapses do que um cérebro saudável. 
 
Fonte: Alzheimer'sAssociation, 2008. 
 
O processo degenerativo da DA afeta a atividade dos neurônios e reduz os níveis 
das substâncias que afetam a ligação química entre os neurônios, os neurotransmissores. 
Este quadro é geralmente crônico e progressivo que interfere diretamente na vida do 
indivíduo. A perda de células cerebrais é um processo natural, mas em doenças que 
conduzem à demência isso ocorre a um ritmo acelerado e faz com que o cérebro da 
pessoa não funcione de uma forma normal (RIBEIRO, 2008). 
A DA pode ser divida em três fases – leve, moderada e grave – de acordo com o 
nível de comprometimento cognitivo e o grau de dependência do indivíduo. Na fase 
leve da doença, o paciente mostra queda significativa no desempenho de tarefas 
instrumentais da vida diária, mas ainda é capaz de executar as atividades básicas do dia 
a dia, mantendo-se independente. Na fase moderada, o comprometimento intelectual é 
maior e o paciente passa a necessitar de assistência para realizar tanto as atividades 
instrumentais como as atividades básicas do dia a dia. Na fase grave, o paciente 
geralmente fica acamado, necessitando de assistência integral. Nessa fase, o paciente 
pode apresentar dificuldades de deglutição, sinais neurológicos, como, por exemplo, as 
mioclonias e crises convulsivas. Pode apresentar também incontinência urinária e fecal 
(BOTTINO et al., 2002). 
Esses sintomas são frequentemente acompanhados por distúrbios 
comportamentais como agressividade, alucinações, hiperatividade, irritabilidade e 
depressão. Transtornos do humor afetam uma porcentagem considerável de indivíduos 
que desenvolvem Doença de Alzheimer, em algum ponto da evolução da síndrome 
demencial. Sintomas depressivos são observados em até 40-50% dos pacientes, 
enquanto transtornos depressivos acometem em torno de 10-20% dos casos. Outros 
sintomas, como a apatia, a lentificação (da marcha ou do discurso), a dificuldade de 
concentração, a perda de peso, a insônia e a agitação podem ocorrer como parte da 
síndrome demencial. (WRAGG, 1989; RASKIND, 1995; EASTWOOD apud 
SERENIKI et al., 2008). 
Nos critérios anteriores, a DA somente era diagnosticada quando havia demência 
enquanto na nova proposta a DA pode ser diagnosticada em três fases ou estágios: DA 
pré-clínica, comprometimento cognitivo leve(CCL) devido a DA e demência, sendo que 
o diagnóstico da fase pré-clínica deve ser restrito á pesquisa (FROTA et al., 2011). 
O momento no qual é feito o diagnóstico da Doença de Alzheimer representa um 
marco para os familiares, pois a partir daí veem-se tomados por diferentes sentimentos: 
a esperança na cura; a eleição do cuidador; a questão financeira ao considerar o alto 
custo do tratamento medicamentoso; a busca por autoajuda. (COELHO, 2004). 
Com a progressão da doença, surge à demanda por cuidados especiais, função 
importante desempenhada pelos cuidadores. (HALEY, 1997 apud CRUZ, 2008). 
No cenário domiciliar, estudos mostram que a esposa é, com frequência, a 
cuidadora primária de idosos, seguida da filha. E que o ato de cuidar, dentro de sua 
complexidade, gera sentimentos diversos, como: medo, angústia, cansaço, tristeza e 
choro (NASCIMENTO et al., 2008). 
Os familiares cuidados também apresentam alterações de humor e têm, algumas 
vezes, reações intempestivas, violentas/agressivas, atirando objetos, batendo no 
cuidador, gritando ou xingando (KARCALDAS, 2003 apud SILVEIRA et al., 2006). 
O cuidador é uma importante fonte de apoio para o enfrentamento de 
dependência imposta pela demência, sendo assim, o estímulo e o fortalecimento de 
parcerias entre cuidadores familiares e profissionais pode minimizar as dificuldades 
vivenciadas (PAULA et al., 2008). 
O primeiro fator a ser considerado em relação ao impacto ao cuidador é o 
posicionamento da família diante da doença. Assim como a doença passa por vários 
estágios, a família passa por diferentes etapas. A princípio, a família não sabe o que está 
acontecendo diante das manifestações de déficit do paciente, gerando sentimentos de 
hostilidade e irritação. Do outro lado, o paciente pode perceber as próprias deficiências, 
correndo o risco de deprimir-se. À medida que a doença vai evoluindo, ocorre a busca 
por um diagnóstico, porém, nem sempre os familiares o aceitam rapidamente, podendo 
negá-lo, na tentativa de recuperar a “pessoa de antes”. Após a aceitação do diagnóstico, 
pode haver uma sensação de catástrofe. 
As famílias reagirão de maneiras diferentes, dependendo das próprias 
características (GOLDFARB, 1996 apud CRUZ, 2008). 
A qualidade dos cuidados se dá, em geral, em decorrência das limitações 
econômicas multigeracionais e das limitações educacionais dos cuidadores (RAMOS, 
2002). 
Os cuidadores se deparam com numerosos fatores, que incluem a aceitação do 
diagnóstico, lidar com um stress cada vez maior, administrar o conflito dentro da 
família e planejar o futuro. Com isso, o cuidador ficará vulnerável a doenças físicas, 
depressão, perda de peso, insônia, e abusar física e verbalmente do paciente, de álcool e 
de medicamentos psicotrópicos (CALDEIRA; RIBEIRO, 2004). 
Assim, o cotidiano do núcleo familiar tem uma profunda mudança nos hábitos, 
pois acompanhar a progressiva involução (intelectual, afetiva e mais tarde física) de 
uma pessoa que se conviveu por vários anos e que se tem algum afeto é, muitas vezes, 
permeado por sentimentos diversos, oriundos de quem acompanha o processo, dentre 
eles pode-se citar o abatimento, desespero, depressão, pena, sobrecarga física e 
emocional, dentre tantos outros (FREITAS et al., 2008). 
Em média, os cuidadores despedem, em média, 60 horas por semana em 
responsabilidades de cuidador (MOHIDE, 1993; HALEY, 1997 apud CRUZ, 2008). O 
cuidador geralmente é escolhido dentro do círculo familiar e, muitas vezes, a tarefa é 
assumida de maneira inesperada, sendo ele conduzido a uma sobrecarga emocional 
(TAUB et al., 2004). 
A qualidade de vida de pacientes com demência depende, primordialmente, 
daqueles que são responsáveis por seu cuidado (BOTTINO et al.,2002). 
Conforme ocorre à mudança das fases da doença, as perdas vão se tornando cada 
vez mais reais e palpáveis ocorrendo uma inversão de papéis, isto é, o familiar cuidador 
passa a viver a vida do portador, sobrevindo com isso sentimentos de raiva, tristeza, 
angústia, medo, culpa e depressão. Isso ocorre, mesmo diante dos esclarecimentos sobre 
as mudanças decorrentes da doença (LUDERS, 2002 apud FREITAS et al., 2008). 
Uma pesquisa recente avaliou o significado de qualidade de vida na visão do 
cuidador de portadores de demência de Alzheimer e procurou identificar fatores que 
alterassem a sua qualidade e vida, para melhor ou pior. Neste estudo os cuidadores 
associaram boa qualidade de vida ao bem estar psicológico, serenidade, bem estar geral, 
estabilidade financeira, liberdade e tranquilidade; já em relação ao idoso cuidado, esses 
cuidadores informais referiram que fatores como boa saúde e maior independência do 
idoso, associado a presença de alguém que prestasse auxilio aos cuidadores, 
melhorariam a sua qualidade de vida (PAULA et al., 2008). 
Além da privação do convívio social e do acometimento físico e mental, o 
cuidador frequentemente não possui tempo para lazer ou mesmo para si próprio, tendo, 
muitas vezes, que abdicar de seus ideais e ambições para dedicar-se ao paciente. O fato 
de não participar de atividades sociais e o distanciamento dos amigos pode desencadear 
o sentimento deabandono e isolamento por parte do familiar (GWYTHER, 1998 apud 
LAWAL, 2008). 
Com isso, segundo FREYNE et al., 2009, os cuidadores de pacientes dementes 
apresentam níveis mais elevados de estresse e morbidade em comparação com 
cuidadores de indivíduos idosos não dementes. O grau desta estirpe é referido como 
sobrecarga do cuidador, que é mais elevado no inicio da demência. 
Aproximadamente 22% dos cuidadores de demência experimentam um 
transtorno depressivo, e o risco de um cuidador experimentar um este transtorno é de 
aproximadamente 3-38 vezes maior do que a de não cuidadores (MAUSBACH, 2008). 
Os cuidadores relatam cansaço, desgaste, revolta, depressão e somatizações. 
Embora cuidar possa ser sofrido, a evolução da doença e a aceitação da nova realidade 
podem conduzir a mudanças. Alguns cuidadores relatam que passaram por várias etapas 
e que hoje são outras pessoas. Essas mudanças apontam para a legitimidade do suporte 
grupal para cuidadores de pessoas idosas com alto nível de dependência. A dor, a 
dificuldade, as preocupações referentes ao ato de cuidar conduzem à busca de um 
significado para esse ato. É importante significar o sofrimento para aprender e crescer 
do ponto de vista existencial (SILVEIRA et al., 2006). 
Estudos têm mostrado que os transtornos psíquicos do paciente possuem ligação 
direta com os índices de depressão desenvolvida pelos cuidadores (KARSH, 2003 apud 
ALMEIDA, 2009). Além disso, os autores mencionam que grande parte dos cuidadores 
utiliza alguma medicação psicotrópica, que lhes auxiliam no enfrentamento da situação 
que estão vivenciando (ALMEIDA, 2009). 
Os cuidadores ao se perceberem sobrecarregados, tendem a sentir maiores níveis 
de tensão e, consequentemente, a desempenharem suas funções aquém de suas 
capacidades, o que resulta numa situação de cuidado desequilibrada, normalmente 
acompanhada por resultados insatisfatórios (FERNANDES et al., 2009). 
O sentimento de solidão experimentado pelos cuidadores parece estar ligado ao 
fato de eles acharem que não devem pedir ajuda, mesmo quando estão assoberbados 
com as tarefas (SILVEIRA et al., 2006). 
A ligação entre o cuidador e seu familiar com Doença de Alzheimer acontece em 
um movimento ininterrupto entre o sensível e o objetivo, o impessoal e o pessoal, a 
intuição e a linguagem, em fim, o mundo perceptivo e o mundo cultural ou humano 
(SENA, 2008). 
Tanto o estresse crônico quanto a depressão podem produzir efeitos sobre a 
saúde mental e física dos cuidadores, que incluem desde menores níveis de bem-estar 
subjetivo e diminuídos índices de qualidade de vida até a potencialização de doenças 
(VITALINO et al., 1993, 2002; PINQUART, 2003; THOMAS, 2006 apud BALARDIN 
et al., 2007). 
Sommerhalder (2001) apud Resende et al., (2008) afirma que é importante 
ressaltar que a relação cuidador-cuidado não é somente fonte de experiências negativas 
na dimensão física e emocional do cuidador. É importante destacar que nenhuma 
condição é boa ou má em si mesma e consiste numa variedade de circunstâncias, de 
capacidades para lidar com as demandas do idoso e com os próprios sentimentos e de 
uma multiplicidade de elementos individuais, sociais, psicológicos, históricos e 
situacionais, que variam entre os diferentes cuidadores e no mesmo cuidador ao longo 
do tempo. 
A atenção aos cuidadores de pacientes demenciados é essencial, pois se reflete 
em uma melhor qualidade de vida não só para o cuidador, mas principalmente para o 
paciente (CRUZ, 2008). 
Para o idoso, morar com o cuidador traz benefícios, uma vez que sua demanda 
de cuidado tem maior possibilidade de ser atendido de forma imediata e ininterrupta dia 
após dia. Em contrapartida, para os cuidadores, aumenta a exposição aos efeitos 
negativos dessa atividade e, consequentemente, eleva seus níveis de tensão 
(FERNANDES, 2003 apud SANTOS et al., 2007) 
Apesar da vasta literatura sobre as alterações físicas e psicossociais associadas à 
função de cuidar, o funcionamento cognitivo dos indivíduos que exercem essa função é 
pouco explorado (BARLADIN, 2007). 
Restrições no funcionamento cognitivo dos cuidadores podem comprometer sua 
habilidade de cuidar, tanto do paciente incapacitado como de si mesmos, dificultando a 
implementação de comportamentos saudáveis (BARLADIN, 2007). 
Em assumindo o papel de cuidar, o cuidador retoma a sua história e vivência 
nesse sentido, em seu presente no cotidiano do cuidar, estão co-presentes os eventos que 
marcaram sua vida e também o seu horizonte de futuro. Neste ponto, notamos que o 
horizonte de futuro dos cuidadores parece tornar-se extremamente prejudicado. Muitos 
chegam a expressar e demonstrar, em sua gestualidade, uma falta de perspectivas de 
vida (SENA, 2008). 
O cuidador familiar, em virtude de sua exposição prolongada aos diferentes 
estressores presentes na situação de cuidado, está sob risco de apresentar problemas de 
saúde semelhantes aos evidenciados pela pessoa para qual ele provê cuidado, tai como 
artrite, hipertensão arterial, doenças coronarianas, processos dolorosos, alterações 
ponderais, modificações no sistema imunológicos, dispepsia, úlceras e outras 
(DOORNBOS, 2002). 
Cuidadores de DA que têm estresse crônico demonstra comprometimento 
endotelial, e têm sido associados com risco aumentado de eventos cardiovasculares 
(MAUSBACH, 2010). Somado a isso, o comportamento de pacientes com demência é 
um problema e a avaliação negativa por parte do cuidador que parece contribuir para o 
estado de baixo grau de hipercoagulabilidade em cuidadores de Alzheimer. Esta relação 
pode ajudar a explicar o maior risco de AVC nos cuidadores( VON KÄNEL, 2010). 
A extensão e a complexidade de patologias crônicas, progressivas e 
degenerativas com frequência repercutem negativamente sobre o cuidador, sendo esse, 
portanto, merecedor de atenção de profissionais e serviços de saúde, no que diz respeito 
à educação em saúde. Nesse sentido, o cuidador pode vir a apresentar elevado grau de 
ansiedade, tanto pela sobrecarga de cuidados quanto pelas modificações em sua 
estrutura familiar (LUZADO et al., 2006 apud ALMEIDA, 2009). 
Prestar cuidados a idosos fragilizados pode ser entendido pela maioria das 
pessoas como o despenho de um papel normativo da família em um dado momento de 
seu curso de vida, de acordo com seus padrões culturais e historicidade. Entretanto 
proporcionar cuidados ininterruptos ao idoso demenciados acarreta inúmeras demandas 
aos cuidadores representadas um ônus extraordinário que precisa ser compartilhado com 
outras pessoas (LUZADO, 2004). 
O alto custo emocional e físico da função de cuidar tem sido frequentemente 
citado pelos estudiosos que, entre outras coisas, o associam ao despreparo dos 
cuidadores informais. (MAFFIOLETTI, 2006.) 
Os aspectos relacionados com o cuidador, tais como percepção e avaliação do 
seu bem estar, parecem estar fortemente associados com a sobrecarga, o mesmo não se 
verificando com as características do doente. Constituindo predictores importantes a 
percepção da saúde física e psicossocial (SANTOS, 2004). 
O desequilíbrio entre atividade e repouso foi identificado nas cuidadoras através 
da investigação de fadiga, distúrbio do sono e déficit de lazer. No tocante à fadiga 28 
(93,3%) cuidadoras referiram indisposição para realizar as atividades cotidianas usuais, 
sendo 16 (53,3%) de modo frequente e 12 (40%) casualmente. Da mesma forma, 28 
(93,3%) cuidadoras relataram cansaço físico e mental como resultado da provisão de 
cuidado, sendo 18 (60%) frequentemente e 10 (33,3%) às vezes( FERNANDES et al., 
2009). 
Cuidadores capazes de manter atitudes positivas perante estresse crônico, como 
a manutenção de uma rede social ativa, parecem manifestar características de 
personalidade, como otimismo e resiliência, que os tornam capazes de ter pensamentos 
motivadores, apesar da sua rotina de cuidados (BARLADIN, 2007). 
Apesar da vasta literatura internacionalconsolidada sobre o tema, entende que 
os processos psicológicos e psicossociais envolvidos no ato de cuidar variam de acordo 
com o contexto cultural e social dos indivíduos envolvidos nesse papel (VALENTINI et 
al., 2010). 
Os efeitos psicossociais da doença fazem do cuidador alvo de investigações 
científicas acerca da Doença de Alzheimer e da consequente sobrecarga, termo 
traduzido da língua inglesa e conhecido internacionalmente como BURDEM: 
“Sentimento de sobrecarga experimentado pelo cuidador ao realizar uma gama de 
atividades potencialmente geradoras de estresse e efeitos negativos” (LUZARDO et al., 
2006). 
 
CONCLUSÃO 
É preciso repensar a concepção do que é velhice, do que é cuidar na velhice e os 
conceitos que orientam a preparação de cuidadores de idosos ou a formação de 
profissionais na área da saúde. O cuidar é concebido pelos cursos como um potencial do 
humano, referido a uma atitude diante da vida, diante do outro, do social. Atitude que 
depende de o indivíduo reconhecer a condição humana do outro; a importância do 
respeito ao próximo. 
A análise dos achados dos estudos revisados mostra que há presença de estresse 
físico e mental dos cuidadores. Apesar das distintas opiniões dos autores acerca da 
Doença de Alzheimer (DA) e dos seus cuidadores, todos convergem para o mesmo 
raciocínio, ressaltando a sobrecarga e os impactos na vida dos cuidadores. 
Concomitantemente, identifica-se que o contexto de vida do cuidador e os 
problemas por ele enfrentados em seu cotidiano, não adquiriram visibilidade social 
diante da sociedade e o real afastamento desta. 
Apesar, de ser uma realidade constantemente vivenciada por milhares de 
famílias e cuidadores, ainda sem solução, sugere-se para tal situação a necessidade de se 
instituir políticas públicas de saúde abrangendo os aspectos relativos à DA e seus 
cuidadores. 
 
AGRADECIMENTOS 
A Deus, por nunca me abandonar, pelo seu amor único e verdadeiro, por segurar 
em minhas mãos e me levantar nos momentos de dificuldades, em que chegamos ao 
ponto de pensar em desistir, Deus me sustentou e mostrou quem realmente tem sonhos 
nunca desisti. 
Aos meus pais, por acreditar em mim, e esta ao meu lado em todos os 
momentos, pelo amor e força que tem me dado. 
Ao CEAFI pós-graduação e a toda sua equipe, pelas experiências vividas e 
oportunidade como no Instituto Movimento, e pela colaboração em todo o processo que 
me fez uma pessoa e uma profissional melhor e realizada, e com certeza acrescentou 
com tudo que podia oferecer na minha vida. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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