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Minorias Psicológicas

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MINORIAS PSICOLOGICAS
Dinâmica e Gênese dos Grupos
Capítulo Terceiro: As Minorias Psicológicas
Kurt Lewin
- Inicia seus estudos com seu próprio grupo étnico (grupo judeu);
- Estuda a psicologia dos grupos minoritários;
- Dedica-se à teoria da dinâmica dos grupos.
DEMOGRAFIA E PSICOLOGIA
Demografia – quantidade de pessoas
Menos de 50% - minoria
Mais de 50% - Maioria
Psicologia – não é a quantidade de pessoas que está no foco da análise.
Em Psicologia, um grupo é considerado maioria psicológica quando:
- DISPÕE DE ESTRUTURAS
- DE UM ESTATUTO 
- DE DIREITOS
- AUTODETERMINAR-SE NO PLANO DO SEU FUTURO COLETIVO
Poder
Autonomia
MINORIAS PSICOLÓGICAS:
- Seu destino coletivo depende da boa vontade de um outro grupo.
- Mais ou menos percebe-se como menor, isto é, como não possuindo direitos totais ou um estatuto completo que lhe permitam optar ou orientar-se nos sentidos mais favoráveis a seu futuro.
- Estado de tutela.
Um grupo de maioria demográfica (quantidade grande de pessoas) pode ser um grupo de minoria psicológica.
Entre os grupos de minoria psicológica:
- Populações indígenas
- Populações quilombolas
- Populações ribeirinhas
- Populações LGBTI
- Pessoas com deficiência
- Pessoas em sofrimento psíquico/pessoas que recorrem aos cuidados da saúde mental
- Mulheres
- Pretos e pardos
MINORIA DISCRIMINADA: Toda minoria psicológica é sempre considerada como uma minoria discriminada ou suscetível a sê-la pelo fato de sua sorte e seu destino estarem na dependência do grupo majoritário.
MINORIA PRIVILEGIADA (maioria psicológica): Toda maioria psicológica tende a tornar-se, mais ou menos rapidamente, um grupo privilegiado. Frequentemente, as maiorias psicológicas estratificam-se. 
Dentro das maiorias psicológicas, uma minoria (demográfica/quantidade) vai constituir-se em oligarquia e atribuir-se ou reservar-se privilégios exclusivos.
HOMEM, BRANCO, HETEROSSEXUAL, CRISTÃO, JOVEM, SAUDÁVEL, PRODUTIVO, RICO.
Sugestão de leitura: O Poder (Naomi Alderman)
A minoria privilegiada é, portanto, uma minoria demográfica (pequena quantidade de pessoas) no seio de uma maioria psicológica que ela CONTROLA e MANIPULA a seu favor.
AS MINORIAS JUDIAS
4 estudos sobre a Psicologia dos judeus.
1. Problemas psicossociais de grupo minoritário (1935)
2. Quando enfrentando o perigo (1939)
3. Educando crianças judias (1940)
4. Ódio de si entre judeus (1941)
1. When facing danger (2)
a. Das possibilidades de sobrevivência das minorias judias no Ocidente.
b. Como pode sobreviver uma minoria em um contexto de perseguição como o vivido pelos judeus?
c. Os direitos dos judeus são inseparáveis de uma filosofia da igualdade dos homens. Os regimes políticos que perseguiram os judeus nestes últimos tempos tentaram sempre fazer prevalecer a teoria da inferioridade de certas raças e a superioridade da sua.
d. O problema judeu não é um problema individual e sim um problema essencialmente social. Um caso de minoria discriminada. O que caracteriza os grupos não privilegiados é que em todos os casos eles têm algo em comum: não existem senão porque são tolerados.
e. O problema das minorias psicológicas é um problema social. O anti-semitismo tem por fundamento, cada vez que se manifesta, a necessidade para a maioria psicológica de um BODE EXPIATÓRIO. A minoria privilegiada (minoria demográfica dentro da maioria psicológica) consegue MOBILIZAR e MANIPULAR para seus fins uma massa ou multidão cuja agressão canaliza contra uma minoria discriminada (minoria rejeitada, minoria psicológica).
f. Na medida em que os judeus se sobressaem, arriscam-se a ser perseguidos.
2. Bringing up the jewish child 
a. Trata da educação que deveria receber o jovem judeu para evoluir normalmente. 
b. O grupo ao qual um indivíduo pertence pode comparar-se ao terreno sobre o qual ele se mantém e que lhe dá ou nega, segundo o caso, seu status social.
c. Na medida em que o grupo lhe dá um status social, o indivíduo se sente em segurança; ao contrário, se o grupo não lhe concede nenhum status social, torna-se fonte de insegurança para o indivíduo.
d. Esta segurança ou insegurança relaciona-se com a solidez ou fluidez do terreno sobre o qual o indivíduo se mantém, uma vez que ele pode ou não identificar-se com seu grupo.
e. A estabilidade ou instabilidade do meio familiar determina a estabilidade ou instabilidade emotiva da criança. 
f. Grupo ser uma fonte de proteção e de segurança, todo grupo desenvolve suas leis, seus tabus, suas proibições coletivas. 
g. Conforme seja largo ou restrito o espaço de movimento livre dentro dos grupos, o indivíduo terá maior ou menor facilidade de se adaptar à vida social. 
h. Não é o fato de pertencer a vários grupos que constitui a origem dos conflitos, mas a incerteza sobre sua própria participação num grupo determinado. 
i. A criança do grupo minoritário se beneficia ao conhecer o mais cedo possível sua condição, desde que possa assimilar emotivamente, o fato de seu grupo ser alvo de discriminações. 
j. Sensibilizar o jovem do grupo minoritário que a questão da discriminação é uma questão social (e não individual).
k. É necessário libertar a criança judia do mito de que será facilmente aceita pelos não-judeus se se sobressair.
l. O que constitui essencialmente um grupo e dele faz um todo dinâmico é a interdependência da sorte de seus membros.
3. Self hatred among jews
a. Trata dos mecanismos de auto-depreciação que Kurt Lewin observara repetidas vezes em seu próprio grupo.
b. Ódio de si (fenômeno individual, de grupo e social).
c. Ódio de si afeta as relações intragrupais no interior da grande família judia.
d. Ódio de si se manifesta abertamente, mas é camuflado por racionalizações de toda espécie.
e. Não obstante os diversos graus em que se manifesta o ódio de si, depende muito mais das atitudes que cada indivíduo adota em relação ao problema das minorias do que das estruturas mentais ou emotivas de sua personalidade (inerentemente social ao ódio de si).
f. Este ódio de si é observado em todas as minorias discriminadas.
g. Este ódio de si não pode ser diagnosticado como do domínio da psicopatologia. 
h. Quando os membros do grupo minoritário sentem atração e coesão pela causa de seu grupo, esse ódio tende a diminuir.
MINORIAS E MINORITÁRIOS
1. Origem das minorias
A própria existência de toda minoria só é possível, em última análise, graças à tolerância da maioria no meio da qual ela se insere.
Lewin acrescenta que a maioria psicológica tem sempre interesse em privar as minorias psicológicas de todo direito e de todo privilégio. 
Mas, é sobretudo em período de tensão e de perigo coletivo que a maioria tende a exercer represálias contra as minorias (bode expiatório).
2. Constituintes das minorias
Aparecem constituídas de várias camadas. 
No centro encontram-se as camadas mais solidificadas. Membros que aderem com a maior boa vontade às instituições, aos costumes, às tradições e aos sistemas de valores que distinguem seu grupo dos outros grupos.
Nas camadas periféricas, longe de serem solidificadas como as primeiras, são móveis e fluídas. São compostas por membros que experimentam uma AMBIVALÊNCIA marcante em relação a tudo que distingue e por isto isola seu grupo da maioria (psicológica).
É nas zonas periféricas que se situam os minoritários de maior sucesso, aqueles que conseguiram sobressair-se em seu trabalho ou profissão, e em consequência sentem maior atração pela maioria.
DINÂMICA DE GRUPO
2 campos de força operando nessas camadas.
1. Uma influência integrante de coesão – FORÇA CENTRÍPETA
2. Uma influência dissolvente – FORÇA CENTRÍFUGA
O FUTURO DAS MINORIAS
1. ASSIMILAÇÃO - Não sobrevive
2. Integração – Ilusão (buscam comparar sua própria cultura com a cultura maioritária, buscando semelhanças) Sincretismo religioso
3. Independência (destaque daquilo que diferencia a cultura minoritária). 
957191834

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