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Seção 2 SUA PETIÇÃO DIREITO CIVIL Seja bem-vindo novamente! Vamos dar continuidade e aprender, cada vez mais, sobre as possíveis peças processuais a serem utilizadas na seara do Direito Civil. Nesta seção, analisaremos a questão sob a perspectiva de Julião e Ruth, que são os réus na ação de usucapião ajuizada por João. Naquele caso, você agiu como advogado de João, e nesse caso atual, você estará ao lado de Julião e Ruth, que receberam a citação, por correio, em 1º/7/2019 (segunda-feira), e o AR (aviso de recebimento) foi juntado aos autos em 4/7/2019 (quinta-feira). Aponte-se, de antemão, que na petição inicial a parte autora requereu a citação das partes requeridas e já havia se manifestado pelo desinteresse na autocomposição, conforme permite o art. 334, § 5º, do CPC/15; e no caso atual, como advogado de Julião e Ruth, você protocolizou avulsamente, concordando com o autor no desinteresse de autocomposição e pedindo o cancelamento da audiência (na linha do art. 335, II, CPC/15), em 5/7/2019 (sexta-feira). Quanto ao mérito (ou seja, aos fatos, propriamente ditos), Julião e Ruth disseram a você que são proprietários do imóvel e que teriam feito um contrato verbal de locação com João e Marcos (locatários), por prazo indeterminado, fixando o valor mensal do aluguel em R$ 300,00, que nunca foi pago. Também, que ficou acordado que os locatários pagariam todos os impostos e as contas de água e luz. Julião e Ruth espantaram-se com o fato de que João, locatário, busque a usucapião do imóvel locado. Julião e Ruth disseram, também, que nunca buscaram na Justiça os valores devidos porque sabiam das dificuldades financeiras de João e Marcos, mas que, agora, desejam que lhes sejam pagos todos os aluguéis devidos e, ainda, pretendem o despejo dos inquilinos. Você, como já dito, atuará na condição de advogado do casal de proprietários do imóvel, Julião e Ruth. Assim, após ler a exordial, você percebeu que apenas João consta como autor, e que, suponha, está ausente qualquer tipo de consentimento de Marcos na petição inicial ou nos documentos, no sentido de assentimento ao ajuizamento da ação de usucapião – estamos supondo, até mesmo porque, na seção anterior, você se lembrou muito bem de fazer constar o consentimento de Marcos, Seção 2 DIREITO CIVIL Sua causa! tendo protocolizado a petição inicial de usucapião utilizando-se de todos os fundamentos e documentos de maneira completa. Por derradeiro, com relação ao caso de Julião e Ruth, você ainda notou que, na procuração apresentada, consta apenas a digital de João sob a rubrica “analfabeto”. Diante da versão apresentada por Julião e Ruth e de sua análise aos autos do processo, atue como advogado das partes requeridas e apresente a peça processual cabível perante o Juízo competente. Na seção anterior, tratamos da diferença entre posse e propriedade, inclusive, mencionamos que, quando um imóvel está alugado, a propriedade é de uma pessoa, mas a posse está com outra. Também, falamos que um dos requisitos para a usucapião é a posse qualificada (ad usucapionem) e que quem está no imóvel sem animus domini (ânimo de dono) – como no caso do locatário e do comodatário, por exemplo – é mero detentor, nos termos do art. 1.208, do CC. Além disso, aprendemos também que o art. 73, caput, do CPC/15, exige que o cônjuge (e também o companheiro) necessita do consentimento do outro para propor ações que versem sobre direito real imobiliário, como ocorre na ação de usucapião (a não ser que os dois figurem como autores da ação, evidentemente). Essas singelas questões acima pontuadas são de suma importância para que você venha a formular a defesa no processo de usucapião – lembre-se do caso em que estamos trabalhando nesta seção, no qual os proprietários alegam ter alugado o imóvel – já que a mera alegação de propriedade não é capaz de afastar a usucapião. Noutras palavras, não seria insuficiente alegar que se é proprietário para afastar a pretensão da outra parte de usucapir determinado imóvel. Quanto à locação, esclareça-se que esta consiste na cessão temporária de um bem, mediante pagamento de uma remuneração, normalmente denominada de aluguel. A locação de imóveis urbanos é regulamentada pela Lei nº 8.245/1991 (conhecida por Lei do Inquilinato). O que caracteriza um imóvel como urbano é a sua destinação (por exemplo: moradia, comércio, indústria, educação, saúde, cultura, lazer, esporte ou outra atividade, exceto aquelas de cunho agrícola), e não a sua localização física (urbana ou rural). Ainda, a destinação do imóvel para locação urbana pode ser para uso residencial (arts. 46 e 47, da Lei nº 8.245/1991), para temporada (arts. 48 a 50, da Lei nº 8.245/1991) ou para uso comercial (arts. 51 a 57, da Lei nº 8.245/1991). É importante notar o disposto no art. 4º, da Lei nº 8.245/1991, o qual estabelece que, durante o prazo estipulado para a duração do contrato de locação, não poderá o locador reaver o imóvel alugado. Essa regra se aplica aos contratos firmados por escrito e por prazo certo e comporta algumas exceções, nas quais o locador poderá requerer a rescisão do contrato antes do prazo: I – prática de Fundamentando! infração legal ou contratual; II – falta de pagamento; III – alienação do imóvel (art. 8º); IV – realização de reparos urgentes determinados pelo Poder Público (art. 9º, IV). Já quanto ao locatário, este poderá devolver o imóvel antes do término do prazo avençado no contrato, desde que pague uma multa, que deve ser proporcional ao período que falta para o cumprimento do contrato, ou, na sua falta, a que for judicialmente estipulada (art. 4º, caput, da Lei nº 8.245/1991). O locatário ficará dispensado da multa, ainda, se a devolução do imóvel decorrer de transferência de local ordenada pelo seu empregador, devendo o locatário retirante notificar por escrito o locador com, no mínimo, trinta dias de antecedência (art. 4º, parágrafo único, da Lei nº 8.245/1991). Os contratos de locação, consigne-se, podem ser formulados nas formas escrita ou verbal. Já no que se refere ao tempo, podem ser estipulados por prazo determinado ou indeterminado. É importante saber que passa a ser considerada locação por prazo indeterminado aquela cujo prazo estipulado estiver vencido, situação na qual o contrato por escrito será prorrogado automaticamente (arts. 46, § 1º, 47 e 56, da Lei nº 8.245/1991). Ainda, será considerado por prazo indeterminado o contrato de locação firmado de forma verbal. Na locação por prazo indeterminado, o locatário poderá requerer a rescisão do contrato mediante aviso por escrito ao outro, com antecedência mínima de trinta dias. Na ausência do aviso, o locador não alertado poderá exigir quantia correspondente a um mês de aluguel (art. 6º, da Lei nº 8.245/1991). Trata-se da hipótese mais comum em contratos de locação, não é mesmo? Normalmente, as partes alugam um imóvel por certo prazo, e vencido este, o contrato passa a ser considerado por prazo indeterminado, e a partir de então alguma das partes busca a rescisão. Nesse caso, quanto ao locatário, é necessário que este dê o aviso prévio ao locador sobre sua saída do imóvel, sob pena de lhe ser imposta a multa correspondente a um mês de aluguel. Ademais, a locação, seja por prazo certo ou indeterminado, também poderá ser forçosamente desfeita em alguns casos, conforme dispõem os incisos do art. 9º, da Lei nº 8.245/1991: I – por mútuo acordo; II – em decorrência da prática de infração legal ou contratual; III – em decorrência da falta de pagamento do aluguel e demais encargos; IV – para a realização de reparações urgentes determinadas pelo Poder Público, que não possam ser normalmente executadas com a permanência do locatário no imóvel ou, podendo, ele se recuse a consenti-las. (BRASIL, 1991, [s.p.]) Especificando-se ainda mais o tema referente à locação,esclareça-se que, nas locações residenciais ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses, o contrato acaba com o fim do prazo da locação, sem que seja necessário notificar a outra parte (art. 46, caput, da Lei nº 8.245/1991). Mas, se o locatário permanecer no imóvel mesmo após o término do prazo constante no contrato e por mais trinta dias sem que o locador manifeste interesse em reaver a posse do imóvel (oposição do locador), o contrato de locação é prorrogado, mas agora por prazo indeterminado, mantidas as demais cláusulas e condições do contrato (art. 46, § 1º, da Lei nº 8.245/1991). Já nas locações residenciais ajustadas por escrito com prazo inferior a trinta meses ou nas locações firmadas verbalmente, findo o prazo estabelecido no contrato, a locação prorroga-se automaticamente, também por prazo indeterminado, independentemente de ficar o locatário por mais trinta dias no imóvel ou da ausência de oposição pelo locador – sendo esses dois requisitos desnecessários, portanto, no contrato de locação na forma verbal (art. 47, da Lei nº 8.245/1991). Aliás, seja qual for o fundamento do término da locação, a ação do locador para reaver o imóvel é a de despejo (art. 5º, da Lei nº 8.245/1991). Essa ação de despejo tem como objetivos a rescisão do contrato de locação e a retomada da posse do imóvel alugado pelo proprietário. Nas ações de despejo baseadas no não pagamento dos valores do aluguel (ou aluguéis), o pedido de rescisão do contrato de locação poderá ser cumulado com o pedido de cobrança dos aluguéis e ainda outros acessórios da locação (art. 62, da Lei nº 8.245/1991). Nesta hipótese, caso haja fiador no contrato, ele deverá figurar no polo passivo (réu ou demandado) e será citado para responder ao pedido de cobrança, devendo ser apresentado, já com a petição inicial, o cálculo discriminado do valor do débito. Morrendo o locador, a locação transmite-se aos herdeiros (art. 10, da Lei nº 8.245/1991). Em casos de separação de fato, separação judicial, divórcio ou dissolução da união estável, a locação residencial prosseguirá automaticamente com o cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel (art. 12, da Lei nº 8.245/1991). PONTO DE ATENÇÃO A concessão de liminar na ação de despejo exige caução de três meses de aluguel (art. 59, I, da Lei nº 8.245/1991), que deve ser feita por depósito judicial do valor. Nesse sentido, quando o locador manifestar intenção de que o locatário saia com urgência do imóvel, deverá depositar judicialmente essa caução (forma de garantia) no valor correspondente a três meses do aluguel pactuado. Sobre o rito a ser observado nas ações de despejo, preconiza o art. 59, da Lei nº 8.245/1991, que será utilizado o rito comum ordinário, hoje tido simplesmente por procedimento comum, conforme previsto no CPC/2015. Assim, quanto ao prazo para apresentação da contestação, deve-se atentar para a situação na qual a parte autora, já na petição inicial, informa que não pretende a realização dessa audiência, e a parte citada (réu) concorda com a não realização dessa audiência. Nessa situação, o prazo para apresentação de contestação será de 15 dias (art. 335, CPC), contados da data do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação apresentado pelo réu, conforme dispõe o art. 335, II, interpretado em conjunto com o art. 334, § 4º, I, ambos do CPC. No caso de ser julgada procedente a ação de despejo, o juiz determinará a expedição do mandado de despejo, a ser cumprido em 30 dias – prazo que podemos chamar de período para desocupação voluntária. Porém, esse prazo pode ser reduzido para 15 dias se entre a citação e a sentença de primeira instância transcorrerem mais de quatro meses (art. 63, da Lei nº 8.245/1991). Ou seja, normalmente, o prazo para desocupação voluntária será de trinta dias, com exceção do caso em que o processo demorar mais de quatro meses, contada essa “demora” do processo da citação à sentença de primeira instância; nesse caso, por já ter aguardado demais, o locador aguardará por apenas mais 15 dias (e não 30) para que ocorra o despejo. O inciso II do art. 62 da Lei nº 8.245/1991 permite que, no caso de despejo por falta de pagamento, o locatário ou seu fiador efetuem o pagamento do valor cobrado na ação (aluguéis devidos, além de multa e honorários), no prazo de 15 dias contados da citação. Mas, preste atenção no parágrafo único do art. 62, pois este preconiza que o locatário só pode emendar a mora (pagar os atrasados) se não se utilizou dessa possibilidade nos últimos 24 meses. Não se esqueça, aliás, do prazo prescricional de três anos para cobrança de valores de aluguel, conforme previsto no art. 206, § 3º, I, do Código Civil de 2002. PONTO DE ATENÇÃO Algumas outras importantes notas sobre a ação de despejo são necessárias. O art. 58, da Lei do Inquilinato, traz algumas questões importantes: I – os processos tramitam durante o recesso forense; II – é competente para conhecer e julgar a ação de despejo o foro do lugar da situação do imóvel, salvo se no contrato outro foro tiver sido eleito; III – o valor da causa corresponderá a doze meses de aluguel. (BRASIL, 1991, [s.p.]) Perceba que a ação de despejo pode ser feita tanto por uma petição inicial quanto por uma reconvenção, sendo esta última peça processual prevista no art. 343, do CPC/2015, que estabelece o seguinte: “Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa” (BRASIL, 2015, [s.p.]). Em outras palavras, a reconvenção é uma ação do réu contra o autor. Nela, o réu deixa de ficar numa posição de defesa para assumir uma posição ativa, pedindo que o autor pague, faça ou deixe de fazer alguma coisa. Assim, na própria peça processual de contestação poderá ser aberto um tópico que será intitulado reconvenção, no qual serão descritas as razões de fato e de direito que sustentarão algum pedido de procedência (por exemplo: em uma ação de cobrança, o réu pede, na reconvenção, indenização por danos morais, pois o autor efetuou dezenas de ligações para o celular do réu de madrugada para cobrar a dívida, atrapalhando o seu descanso). Com a reconvenção, o processo passará a ter duas ações: a do autor contra o réu (ação principal) e a do réu contra o autor (ação reconvencional). Como qualquer ação, na reconvenção, devem estar presentes as condições da ação: legitimidade das partes e interesse de agir, conforme dispõe o art. 17, do Código de Processo Civil atual. A legitimidade se divide em duas espécies: uma relacionada à legitimidade de ser parte na ação (legitimidade ad causam), e outra relacionada à capacidade de representar a parte no processo (legitimidade ad processum). Assim, quando você ingressa com uma ação em favor do seu cliente, ele possui a legitimidade ad causam, e você, por ser procurador dele, possui a legitimidade ad processum. Ainda, a título de curiosidade, caso o seu cliente seja analfabeto, o art. 595, do Código Civil de 2002, estabelece a necessidade de a procuração estar assinada por duas testemunhas. Caso contrário, estará configurada a ilegitimidade processual. PONTO DE ATENÇÃO Quanto à legitimidade, havendo mais de um autor, é possível que a reconvenção seja apresentada somente contra um deles, como também que ela traga ao processo uma parte que não figurava como autor ou réu na ação principal. O art. 343, § 3º, do CPC, estabelece que a reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro; já o art. 343, § 4º, do CPC, determina que a reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro que não constava como réu na ação principal. Quanto ao interesse de agir (que se divide em necessidade e adequação), estará presente essa condição da ação quando for necessáriaa tutela jurisdicional, para que seja respeitado o direito pretendido pela parte, assim como deverá ser a via eleita pela parte adequada ao fim buscado. Imagine-se uma situação na qual o locador, em vez de se utilizar da ação de despejo, conforme os ditames da Lei do Inquilinato, lançasse mão de um Mandado de Segurança, alegando ter direito líquido e certo para reaver a posse direta do imóvel. Certamente, tratar-se-ia de via inadequada e cairia por terra a adequação e, por conseguinte, o próprio interesse, enquanto condição da ação. Assim, atentando-nos ao art. 343, caput, do CPC, perceba que a reconvenção deve guardar conexão com a ação principal ou com os fundamentos de defesa. Não pode o reconvinte, simplesmente, iniciar uma reconvenção que não tenha qualquer elo com a questão tratada na ação originária. Vejamos um exemplo: apresentada uma ação condenatória em obrigação de não fazer, pretendendo o autor que o réu não construa um muro que prejudicará sua vista, não poderia o réu apresentar uma reconvenção cobrando uma dívida do autor por fato totalmente diverso. E para além disso, por certo, pode-se observar o mesmo rito procedimental, até mesmo porque, conforme prevê o art. 59, da Lei do Inquilinato, “as ações de despejo terão o rito ordinário” (BRASIL, 1991, [s.p.]), desde que observadas algumas alterações constantes em seus incisos, tais como a regra referente à purgação da mora (pagamento dos atrasados) e a necessidade de o locador prestar caução para requerer o despejo liminar (desocupação do imóvel em 15 dias). No CPC/1973, a reconvenção precisava ser proposta em uma petição separada da contestação; já no CPC/2015, existem duas formas de ingresso de reconvenção: como tópico da contestação, ou de forma autônoma, quando o réu não contesta e só apresenta a reconvenção (art. 343, § 6º, CPC). Em qualquer das duas hipóteses, deve haver a indicação do valor da causa e o recolhimento de custas (ou pedido de gratuidade de justiça). PONTO DE ATENÇÃO Apresentada a reconvenção, ela passa a ser autônoma relativamente à ação originária. Se qualquer uma delas for extinta sem resolução de mérito (por exemplo, quando houver desistência da parte autora), a outra seguirá normalmente (art. 343, § 2º, CPC). Com a apresentação da reconvenção (em peça separada ou como tópico da contestação), o autor da ação originária será intimado, na pessoa de seu advogado, para responder no prazo de 15 dias (art. 343, § 1º, CPC). A resposta mais comum será a contestação – e sua ausência gera o efeito da revelia, mas apenas da ação reconvencional –, mas nada impede que ela também seja uma reconvenção (reconvenção da reconvenção). Diante do caso concreto, realize uma primeira leitura e extraia a ideia geral da questão, fazendo a si mesmo as seguintes perguntas: se meus clientes foram citados e eu já protocolizei uma petição informando que eles não possuem interesse em conciliar, qual a peça processual adequada para defender os interesses deles? Mas, além de se defenderem, os meus clientes também desejam pedir que o autor saia do imóvel e lhes pague os aluguéis devidos. Como eu poderei, em uma única peça, fazer isso? Lembre-se de que nem sempre a petição inicial é o caminho adequado para realizar pedidos. Estruture essas respostas em três pontos essenciais: a) identifique quais são os seus pedidos; b) identifique quais argumentos fáticos e jurídicos você possui para resguardar esses direitos; c) identifique qual é a peça mais adequada para proteger os direitos dos seus clientes. Na segunda leitura, separe as informações que constam no enunciado e formule um esquema de como será a sua petição. E mais: mentalize que, em suas exposições, em peças processuais, os textos devem ter fatos, fundamentos jurídicos e pedidos (memorize: “FFP”), sobretudo, quando há pedidos a serem realizados. Por fim, lembre-se de identificar todos os envolvidos na questão processual. Em se tratando de uma peça de defesa, você, como advogado, deve desconstruir os argumentos expostos pela outra parte, não deixando de lado que nessa mesma peça deverá haver pedido, como se fosse uma petição inicial. Além disso, em todas as suas petições, aponte o local da residência de seu cliente, a data em que foi protocolizada a petição, seu nome completo seguido de seu número de inscrição na OAB e sua assinatura, que hoje em dia pode ser representada pela expressão assinado digitalmente. Referências BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2019]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 9 dez. 2019. Vamos peticionar! http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm BRASIL. Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991. Dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes. Brasília, DF: Presidência da República, [2019]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8245.htm. Acesso em: 9 dez. 2019. BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, DF: Presidência da República, [2019]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 9 dez. 2019. BRASIL. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília, DF: Presidência da República, [2019]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 9 dez. 2019. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8245.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
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