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Direitos Humanos na CF/88

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Sumário 
 
Direitos Humanos ..................................................................................................................................... 3 
Direitos Humanos Na Cf/88 ................................................................................................................... 3 
Plano Nacional De Direitos Humanos – Pndh-3 .............................................................................. 10 
 
 
 
 
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DIREITOS HUMANOS 
 
DIREITOS HUMANOS NA CF/88 
 
CF/88. Art. 5º. § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. 
 
CF/88. Art. 5º. § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime 
e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte. 
 
CF/88. Art. 5º. §3º. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em 
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído E.C nº 45, de 2004) 
 
CF/88. Art. 5º. § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha 
manifestado adesão. 
 
Tratados e Convenções Internacionais – Força de Emenda Constitucional 
* Tratar sobre Direitos humanos; 
* Ser aprovado, em dois turnos, em cada Casa do Congresso Nacional; 
* É necessário 3/5 dos votos dos respectivos membros de cada Casa do Congresso Nacional; 
 
Tratados e Convenções Internacionais 
Comuns Direitos Humanos 
Status de Lei Ordinária 
* Status de Emenda Constitucional, se aprovado 
pelo quórum qualificado (CF/88. Art. 5º. §3º). 
 
* Status de Norma Supralegal, se aprovado sem o 
quórum de Emenda. 
Atualmente, os Tratados e Convenções internacionais de direitos humanos incorporados no Brasil com status 
de emenda constitucional são: 
✓ Convenção da ONU sobre o Direito das Pessoa com Deficiência. 
 
✓ Protocolo adicional à Convenção da ONU sobre o Direito das Pessoa com Deficiência. 
 
✓ Tratado de Marraqueche (tem por objetivo de facilitar o acesso a obras publicadas às pessoas cegas, 
com deficiência visual ou com outras dificuldades para ter acesso ao texto impresso). 
 
✓ Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de 
Intolerância. 
OBS: A Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica) realizada em 1969 
para o STF (RE 466.343) possui o Status de Norma Supralegal. 
OBS: Os Tratados Internacionais de Direitos Humanos aprovados pelo rito comum possuem natureza 
supralegal, mas continuam sendo infraconstitucionais. 
 
Teoria do Duplo Estatuto 
Tratados de Direitos Humanos – Natureza 
Constitucional 
Tratados de Direitos Humanos – Natureza 
Supralegal 
Tratados e convenções internacionais sobre direitos 
humanos que forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por três 
quintos dos votos dos respectivos membros 
Tratados e convenções internacionais sobre direitos 
humanos, anteriores ou posteriores à emenda 
constitucional que estabeleceu o rito do art. 5°, § 3°, e 
que tenham sido aprovados pelo rito comum. 
 
Tratados e Convenções Internacionais - Procedimento 
Comuns Direitos Humanos 
1º Fase: Negociação do Tratado Internacional; 
 
CF/88. Art. 21. Compete à União: 
 
1º Fase: Negociação do Tratado Internacional; 
 
CF/88. Art. 21. Compete à União: 
 
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I - manter relações com Estados estrangeiros e 
participar de organizações internacionais; 
 
CF/88. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente 
da República: 
 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos 
internacionais, sujeitos a referendo do Congresso 
Nacional; 
 
2º Fase: Aprovação por Decreto Legislativo pelo 
Congresso Nacional (Referendo). 
CF/88. Art. 49. É da competência exclusiva do 
Congresso Nacional: 
 
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou 
atos internacionais que acarretem encargos ou 
compromissos gravosos ao patrimônio nacional; 
 
3º Fase: Ratificação pelo Presidente da República. 
Nessa fase, o Presidente tem a discricionariedade em 
decidir sobre a ratificação. Após decidido, o ato de 
retificação se torna irretratável. 
 
4º Fase: Promulgação e Publicação do Tratado. 
I - manter relações com Estados estrangeiros e 
participar de organizações internacionais; 
 
CF/88. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente 
da República: 
 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos 
internacionais, sujeitos a referendo do Congresso 
Nacional; 
 
2º Fase: Aprovação mediante Emenda 
Constitucional pelo Congresso Nacional 
(Referendo). 
 
CF/88. Art. 5º. §3º. Os tratados e convenções 
internacionais sobre direitos humanos que forem 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, 
em dois turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais. 
 
3º Fase: Ratificação pelo Presidente da República. 
 
Nessa fase, o Presidente tem a discricionariedade em 
decidir sobre a ratificação. Após decidido, o ato de 
retificação se torna irretratável. 
 
4º Fase: Inexigível a Promulgação e Publicação do 
Tratado. 
 
Tratado Internacional Comum - Procedimento 
 
 
Tratado Internacional de Direitos Humanos - Procedimento 
 
OBS: Parte da doutrina considera que para o Tratado Internacional de Direitos Humanos ser incorporado no 
ordenamento jurídico brasileiro é preciso ocorrer promulgação de decreto executivo do Presidente da 
República. 
 
STF/INF 109 – Tratado Internacional – Aplicação no Âmbito Interno 
Impõe-se, neste ponto, fazer uma observação necessária: a visão dualista, precisamente por enfatizar que a 
ordem internacional e o ordenamento interno qualificam-se como ordens normativas independentes, entende 
necessário que o conteúdo normativo do ato internacional - para revestir-se de aplicabilidade no plano 
interno - deve ser transformado, mediante formalidade estabelecida no sistema constitucional, em norma 
jurídica interna, não bastando, em consequência, na perspectiva do regime instituído na Carta Política do 
Brasil, a mera e só ratificação do tratado, consoante pretendem os adeptos da concepção monista. 
 
Não obstante tais considerações, impende destacar que o tema concernente à definição do momento a 
partir do qual as normas internacionais tornam-se vinculantes no plano interno excede, em nosso sistema 
jurídico, à mera discussão acadêmica em torno dos princípios que regem o monismo e o dualismo, pois cabe 
à Constituição da República - e a esta, somente - disciplinar a questão pertinente à vigência doméstica 
dos tratados internacionais. 
 
Negociação
(Assinatura)
Aprovação por 
Decreto Legislativo
(Referendo)
Ratificação do 
Presidente da 
República
Promulgação e 
Publicação
Negociação
(Assinatura)
Aprovação do D.L 
por quórum 
qualificado.
(Referendo)
Ratificação do 
Presidente da 
República
Não Precisa de 
Promulgação e 
Publicação
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Sob tal perspectiva, o sistema constitucional brasileiro - que não exige a edição de lei para efeito de 
incorporação do ato internacional ao direito interno (visão dualista extremada) - satisfaz-se, para efeito deexecutoriedade doméstica dos tratados internacionais, com a adoção de iter procedimental que compreende 
a aprovação congressional e a promulgação executiva do texto convencional (visão dualista moderada). 
 
Uma coisa, porém, é absolutamente inquestionável sob o nosso modelo constitucional: a ratificação - que se 
qualifica como típico ato de direito internacional público - não basta, por si só, para promover a automática 
incorporação do tratado ao sistema de direito positivo interno. É que, para esse específico efeito, impõe-se a 
coalescência das vontades autônomas do Congresso Nacional e do Presidente da República, cujas 
deliberações individuais - embora necessárias - não se revelam suficientes para, isoladamente, gerarem a 
integração do texto convencional à ordem interna, tal como adverte JOSÉ FRANCISCO REZEK (“Direito 
Internacional Público”, p. 69, item n. 34, 
5ª ed., 1995, Saraiva). 
 
Desse modo, e para além da controvérsia doutrinária que antagoniza monistas e dualistas, impõe-se 
reconhecer que, em nosso sistema normativo, é na Constituição da República que se deve buscar a solução 
normativa para a questão da incorporação dos atos internacionais ao ordenamento doméstico brasileiro. Para 
esse efeito, a Lei Fundamental da República qualifica-se como a sedes materiae, por excelência, essencial 
- a partir das prescrições que nela se acham consubstanciadas - à identificação do procedimento estatal 
concernente à definição do momento em que as normas constantes de tratados internacionais passam a 
vigorar, com força executória, no plano do sistema jurídico nacional. 
 
O exame da Carta Política promulgada em 1988 permite constatar que a execução dos tratados 
internacionais e a sua incorporação à ordem jurídica interna decorrem, no sistema adotado pelo Brasil, 
de um ato subjetivamente complexo, resultante da conjugação de duas vontades homogêneas: a do 
Congresso Nacional, que resolve, definitivamente, mediante decreto legislativo, sobre tratados, acordos 
ou atos internacionais (CF, art. 49, I) e a do Presidente da República, que, além de poder celebrar esses 
atos de direito internacional (CF, art. 84, VIII), também dispõe - enquanto Chefe de Estado que é - da 
competência para promulgá-los mediante decreto. 
 
A própria jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ao analisar a questão pertinente à inserção dos atos 
internacionais no âmbito do direito positivo interno brasileiro, destacou - na perspectiva da disciplina 
constitucional que rege esse processo de recepção - que, “Aprovada essa Convenção pelo Congresso 
Nacional, e regularmente promulgada, suas normas têm aplicação imediata, inclusive naquilo em que 
modificarem a legislação interna” (RTJ 58/70, Rel. Min. OSWALDO TRIGUEIRO). 
 
STF/RE 466.343 
Nesse sentido, é possível concluir que, diante da supremacia da Constituição sobre os atos normativos 
internacionais, a previsão constitucional da prisão civil do depositário infiel (art. 5º, inciso LXVII) não foi 
revogada pela ratificação do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (art. 11) e da Convenção 
Americana sobre Direitos Humanos – Pacto de San José da Costa Rica (art. 7º, 7), mas deixou de ter 
aplicabilidade diante do efeito paralisante desses tratados em relação à legislação infraconstitucional que 
disciplina a matéria, incluídos o art. 1.287 do Código Civil de 1916 e o DecretoLei n° 911, de 1º de outubro de 
1969. 
 
Tendo em vista o caráter supralegal desses diplomas normativos internacionais, a legislação 
infraconstitucional posterior que com eles seja conflitante também tem sua eficácia paralisada. É o que 
ocorre, por exemplo, com o art. 652 do Novo Código Civil (Lei n° 10.406/2002), que reproduz disposição 
idêntica ao art. 1.287 do Código Civil de 1916. 
 
Enfim, desde a ratificação pelo Brasil, no ano de 1992, do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos 
(art. 11) e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Pacto de San José da Costa Rica (art. 7º, 7), 
não há base legal para aplicação da parte final do art. 5º, inciso LXVII, da Constituição, ou seja, para a 
prisão civil do depositário infiel. 
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Supranacionalidade 
Ocorre quando normas internacionais passam a ter status superior ou de mesma hierarquia à Constituição de 
um determinado Estado, mitigando um pouco de sua soberania. 
CF/88. Art. 5º. §3º. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, 
em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos 
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
 
CF/88. Art. 5º. § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha 
manifestado adesão. 
 
 
Teoria da Margem de Apreciação 
Ocorre quando, em determinado assunto, as interpretações das jurisdições internacionais passam a ser 
subsidiárias, sendo priorizadas as interpretações de âmbito interno. 
Em certos casos polêmicos, deve-se aceitar a posição nacional sobre o tema, evitando impor soluções 
interpretativas às comunidades nacionais. 
Princípios de Interpretação dos Tratados sobre Direitos Humanos 
* Princípio da interpretação pro homine; 
* Princípio da máxima efetividade 
* Princípio da interpretação autônoma 
* Princípio da interpretação evolutiva das normas de direitos humanos 
* Princípio da primazia da norma mais favorável ao indivíduo. 
 
Princípio da Interpretação Pro Homine 
Ocorrendo um conflito de normas sobre um determinado direito, prevalece a norma que possui uma maior 
abrangência e eficácia em relação ao exercício desse direito, independentemente de sua origem. 
 
Princípio da Máxima Efetividade 
Busca assegurar eficácia plena das disposições convencionais, evitando-se que sejam consideradas 
meramente programáticas. 
 
Princípio da Interpretação Autônoma 
Estabelece que os conceitos e termos inseridos nos tratados de Direitos Humanos podem possuir sentidos 
próprios, distintos dos sentidos a eles atribuídos pelo Direito Interno. 
 
Princípio da Interpretação Evolutiva das Normas de Direitos Humanos 
Os tratados internacionais de Direitos Humanos estão sujeitos à interpretação de termos de conteúdo 
indeterminado, que pode variar de acordo com o contexto de cada época. 
 
Princípio da Primazia da Norma mais Favorável ao Indivíduo 
Estabelece que no caso de conflitos entre normas, prevalece aquela que traz mais benefícios ao indivíduo, 
não sendo aplicável aquela que procura limitar os direitos da pessoa. 
 
Incidente de Deslocamento de Competência 
CF/88. Art. 109. § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, 
com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos 
humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar (decisão discricionária), perante o Superior 
Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de 
competência para a Justiça Federal. 
Incidente de Deslocamento de Competência – Requisitos – STJ/IDC/PA 
A Terceira Seção deste Superior Tribunal explicitou que os requisitos do incidente de deslocamento de 
competência são três: 
 
a) grave violação de direitos humanos; 
 
b) necessidade de assegurar o cumprimento, pelo Brasil, de obrigações decorrentes de tratados 
internacionais; 
 
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c) incapacidade – oriunda de inércia, omissão, ineficácia, negligência, falta de vontade política, de condições 
pessoais e/ou materiais etc. – de o Estado-membro, por suas instituições e autoridades, levar a cabo, em 
toda a sua extensão,a persecução penal. 
O Superior Tribunal de Justiça concedeu a primeira federalização de grave violação de direitos humanos no 
caso do defensor de direitos humanos Manoel Mattos, assassinado após ter denunciado a atuação de grupos 
de extermínio nos Estados de Pernambuco e Paraíba. 
 
Dimensões dos Direitos Fundamentais – Paulo Bonavides 
Primeira Dimensão 
Princípio da Liberdade; 
Liberdades Negativas, Clássicas ou formais (Representam os Direitos Civis e Políticos); 
O Estado não intervém nos direitos de primeira dimensão; 
Caráter Negativo; 
Ex: Direito à vida; à liberdade; à propriedade, à liberdade de expressão; 
Segunda Dimensão 
Liberdades Positivas; 
Assegura a igualdade material entre o ser humano; (Representam os Direitos Sociais, Econômicos e 
Culturais); 
O Estado deve atuar adotando políticas públicas com a finalidade de beneficiar os interesses da 
coletividade. 
Caráter Positivo; 
Ex: Direito à saúde, educação, trabalho, habitação, previdência social, assistência social. 
Terceira Dimensão 
Princípio da solidariedade ou fraternidade; 
Refere-se aos direitos transindividuais. Materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos 
genericamente a todas as formações sociais; 
Possuem natureza indivisível; 
Protege interesses de titularidade coletiva ou difusa. 
Ex: Direito ao Meio ambiente, de Comunicação, autodeterminação dos povos. 
Quarta Dimensão 
Consiste no direito à democracia, informação e pluralismo de ideias, além da normatização do patrimônio 
genético. 
Consiste no respeito à cidadania, além de envolver a globalização política. 
Quinta Dimensão 
Direito à paz. 
OBS: A CESPE e a VUNESP já consideraram o Direito à paz como de Terceira Dimensão. Seguindo a 
doutrina de Norberto Bobbio. 
 
Características dos Direitos Fundamentais 
Universalidade 
Todos os indivíduos, sem distinção de raça, nacionalidade, religião, cor, 
entre outras divergências, podem usufruir dos direitos fundamentais. 
Indivisibilidade 
Os direitos fundamentais devem ser estudados de forma sistematizada, e 
não separadamente. A violação a um dos direitos fundamentais afeta os 
demais. 
Interdependência É a vinculação existente entre os direitos fundamentais. 
Imprescritibilidade 
Os direitos fundamentais poderão ser sempre exercidos, não perdendo o 
seu valor com o decorrer do tempo. 
Inalienabilidade 
Os direitos fundamentais são intransferíveis, indisponíveis e não podem 
ser negociados. 
Historicidade 
Os direitos fundamentais surgem com o desenrolar do tempo, estando em 
constante desenvolvimento. 
Irrenunciabilidade 
Em regra, os direitos fundamentais não podem ser renunciados por quem o 
exerce, no entanto, conforme o STF, excepcionalmente será possível. 
 
Ex: Relativização da intimidade e privacidade em reality shows. 
Vedação ao Retrocesso 
É inadmissível o retrocesso de um direito fundamental já concedido, sendo 
vedado revogar normas garantidoras de políticas públicas. 
Efetividade 
O Estado deve ser o mais efetivo possível na aplicação dos direitos 
fundamentais. 
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Relatividade/Limitabilidade 
Todos os direitos fundamentais são relativos, existindo a ponderação entre 
eles no caso de conflitos, não existindo direito fundamental absoluto. 
 
Direitos dos Homens x Direitos Fundamentais x Direitos Humanos 
Direitos dos Homens 
São direitos jusnaturalistas e universalistas, não possuindo positivação em 
nenhuma norma, mas aplicáveis a qualquer tempo para a proteção de todas as 
pessoas. 
Direitos Fundamentais 
São regras e princípios positivados (inseridos em norma constitucional – 
Âmbito Interno), que limitam o poder do Estado e asseguram benefícios e 
garantias às pessoas, sendo aplicados dentro de um determinado Estado 
(ambiente interno). 
Direitos Humanos 
Possui Duas Correntes: 
 
Jusnaturalista: Os direitos humanos possuem aplicabilidade imediata e, 
portanto, não dependem de regulamentação por lei para que sejam exigíveis. Tais 
direitos fundamentam-se em uma ordem superior, universal, imutável e 
inderrogável. 
 
Juspositivista: Os direitos humanos para serem aplicáveis dependem de leis 
que os regulamentem e tornem possível sua exigibilidade. São direitos 
fundamentais positivados em âmbito internacional e aplicáveis a todos os 
Estados que visam assegurar benefícios e garantias às pessoas, limitando o 
poder dos Estados. 
 
Direitos Humanos – Pontos Importantes (Afirmativas das Bancas) 
O núcleo do conceito de Direitos Humanos se encontra no reconhecimento da dignidade da pessoa humana. 
Essa dignidade expressa num sistema de valores, exerce uma função orientadora sobre a ordem jurídica 
porquanto estabelece “o bom e o justo” para o homem. 
Os direitos humanos representam reivindicações universalmente válidas, independentemente do fato de 
serem reconhecidas ou não pelas leis. 
Direitos humanos são os direitos básicos de todos os seres humanos. 
É evidente a importância dos Direitos Humanos para a construção de um Estado democrático de direito, onde 
as instituições públicas, em particular a polícia, exercem suas atividades com base nos princípios de respeito 
à dignidade humana. 
Os Direitos Humanos são um conjunto de valores que admite interpretações e conotações diversas. Englobam 
uma gama ilimitada de direitos e deveres do homem para com o homem e por extensão para com a natureza, 
pois dela depende a humanidade para sua sobrevivência. 
O movimento contemporâneo pelos direitos humanos teve origem na reconstrução da sociedade ocidental ao 
final da segunda guerra mundial. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 representa uma resposta civilizatória em face das 
atrocidades que ocorreram durante a segunda guerra mundial. 
O Brasil não participou, durante o regime militar, de forma intensa em organismos internacionais focados nos 
direitos humanos. Inclusive, durante o período militar, o país foi chamado à responder, diversas vezes pela 
ONU, por infrações graves aos direitos humanos. 
Os direitos humanos, caracterizados como direitos essenciais e indispensáveis à vida digna, variam em 
decorrência da transformação das necessidades humanas e de acordo com o contexto histórico. 
Direitos Humanos é uma expressão moderna, mas o princípio que invoca é tão antigo quanto a própria 
humanidade. É que determinados direitos e liberdades são fundamentais para a existência humana. 
Historicamente, diversos sistemas jurídicos expressaram respeito a valores relacionados aos direitos 
humanos, como se pode comprovar, por exemplo, na Antiguidade, com o Código de Hammurabi; na Idade 
Média, por meio da Magna Carta Inglesa, de 1215; e, na Idade Moderna, mediante a Declaração Inglesa de 
Direitos, de 1689. 
Embora contivesse a Lei de Talião, que instituía a vingança como forma de justiça, o Código de Hammurabi, 
primeiro conjunto de leis escritas do qual há registro histórico, trazia algumas noções elementares do que 
atualmente se considera direitos humanos. 
Os direitos humanos são voltados para questões estritamente políticas e sociais, assim como, para a esfera 
econômica. 
 
 
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Magna Carta x Declaração Universal dos Direitos Humanos x Petition of Rights 
Magna Carta 
Outorgado pelo Rei João Sem Terra, no século XII, como resultado, sobretudo, da 
pressão exercida pelo clero e pelos barões descontentes com os constantes 
aumentos de impostos, reconhece a liberdade da igreja, limita os poderes do rei, 
impedindo o exercício do poder de modo absoluto, e reconhece a necessidade da 
concordância dos contribuintes para a instituição de tributos. 
Declaração Universal 
dos Direitos HumanosIdealizado e redigido por representantes de diversas origens e culturas jurídicas 
provenientes de todas as regiões do mundo, inspirou as constituições de vários 
Estados modernos, tornando-se a mais relevante declaração de Direitos Humanos 
em nível internacional. 
Petition of Rights 
Datada de 1628 e baseada em cartas e estatutos anteriores, a Declaração constitui 
um marco no desenvolvimento dos Direitos Humanos, tendo previsto que ninguém 
precisaria pagar tributos sem o consentimento de todos representado pela 
aprovação do parlamento. Previa também, entre outros direitos, que ninguém 
poderia ser preso sem justa-causa. 
 
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Plano Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3 
 
PNDH – 3 – Principais Pontos 
Galera! O Decreto 7.037/09 que trata do PNDH-3 é muito extenso. Quando estudamos para concurso temos 
de ser direto e objetivo. Quando o PNDH-3 é cobrado, normalmente, cai de 01 a 02 questões relacionadas ao 
Eixo Orientador, Diretrizes e Objetivos Estratégicos. Raramente, caem ações afirmativas. Sendo assim, decidi 
priorizar apenas os três primeiros tópicos para você utilizar o seu tempo nas demais matérias. 
 
Plano Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3 
Histórico 
O PNDH foi criado a partir da recomendação apresentada pela Conferência Mundial de Direitos Humanos de 
Viena. Essa conferência, que ocorreu em 1993, foi realizada pela ONU. 
 
A Conferência de Viena teve como objetivo frisar a responsabilidade dos Estados na promoção e proteção dos 
direitos humanos e liberdades fundamentais em relação a todas as pessoas, independentemente de raça, cor, 
sexo, político, religião e nacionalidade. 
No Brasil, já foram aprovados três Programas Nacionais de Direitos Humanos, sendo: 
* PNDH-1, no governo Fernando Henrique Cardoso; (1996) 
 
* PNDH-2, no Primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva; (2002) 
 
* PNDH-3, no Segundo governo Luiz Inácio Lula da Silva. (2009) 
OBS: Os PNDHs não possuem força normativa. 
 
Plano Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3 
Estrutura 
* 06 eixos orientadores 
 
* 25 diretrizes transversais 
 
* 81 objetos estratégicos 
 
* 519 ações programáticas 
Eixos Orientadores 
I. Interação Democrática entre Estado e Sociedade Civil; 
II. Desenvolvimento e Direitos Humanos; 
III. Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades; 
IV. Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência; 
V. Educação e Cultura em Direitos Humanos e 
VI. Direito à Memória e à Verdade 
 
Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e sociedade civil 
Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade civil como instrumento de fortalecimento da 
democracia participativa. 
Objetivo estratégico I: Garantia da participação e do controle social das políticas públicas em Direitos 
Humanos, em diálogo plural e transversal entre os vários atores sociais. 
Objetivo estratégico II: Ampliação do controle externo dos órgãos públicos. 
Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de 
interação democrática. 
Objetivo estratégico I: Promoção dos Direitos Humanos como princípios orientadores das políticas públicas 
e das relações internacionais. 
Objetivo estratégico II: Fortalecimento dos instrumentos de interação democrática para a promoção dos 
Direitos Humanos. 
Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de informação em Direitos Humanos e construção de 
mecanismos de avaliação e monitoramento de sua efetivação. 
Objetivo estratégico I: Desenvolvimento de mecanismos de controle social das políticas públicas de Direitos 
Humanos, garantindo o monitoramento e a transparência das ações governamentais. 
Objetivo estratégico II: Monitoramento dos compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro 
em matéria de Direitos Humanos. 
 
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Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos 
Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica, 
ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso, participativo e 
não discriminatório. 
 
Objetivo estratégico I: Implementação de políticas públicas de desenvolvimento com inclusão social. 
 
Objetivo estratégico II: Fortalecimento de modelos de agricultura familiar e agroecológica. 
 
Objetivo estratégico III: Fomento à pesquisa e à implementação de políticas para o desenvolvimento de 
tecnologias socialmente inclusivas, emancipatórias e ambientalmente sustentáveis. 
 
Objetivo estratégico IV: Garantia do direito a cidades inclusivas e sustentáveis. 
 
Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento. 
 
Objetivo estratégico I: Garantia da participação e do controle social nas políticas públicas de desenvolvimento 
com grande impacto socioambiental. 
 
Objetivo estratégico II: Afirmação dos princípios da dignidade humana e da equidade como fundamentos do 
processo de desenvolvimento nacional. 
 
Objetivo estratégico III: Fortalecimento dos direitos econômicos por meio de políticas públicas de defesa da 
concorrência e de proteção do consumidor. 
 
Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras 
como sujeitos de direitos. 
 
Objetivo estratégico I: Afirmação dos direitos ambientais como Direitos Humanos. 
 
Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desigualdades 
Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a 
cidadania plena. 
 
Objetivo estratégico I: Universalização do registro civil de nascimento e ampliação do acesso à 
documentação básica. 
 
Objetivo estratégico II: Acesso à alimentação adequada por meio de políticas estruturantes. 
 
Objetivo estratégico III: Garantia do acesso à terra e à moradia para a população de baixa renda e grupos 
sociais vulnerabilizados. 
 
Objetivo estratégico IV: Ampliação do acesso universal a sistema de saúde de qualidade. 
 
Objetivo estratégico V: Acesso à educação de qualidade e garantia de permanência na escola. 
 
Objetivo estratégico VI: Garantia do trabalho decente, adequadamente remunerado, exercido em condições 
de equidade e segurança. 
 
Objetivo estratégico VII: Combate e prevenção ao trabalho escravo. 
 
Objetivo estratégico VIII: Promoção do direito à cultura, lazer e esporte como elementos formadores de 
cidadania. 
 
Objetivo estratégico IX: Garantia da participação igualitária e acessível na vida política. 
 
Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de forma 
não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e participação. 
 
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Objetivo estratégico I: Proteger e garantir os direitos de crianças e adolescentes por meio da consolidação 
das diretrizes nacionais do ECA, da Política Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos da Criança 
e do Adolescente e da Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU. 
 
Objetivo estratégico II: Consolidar o Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes, com o 
fortalecimento do papel dos Conselhos Tutelares e de Direitos. 
 
Objetivo estratégico III: Proteger e defender os direitos de crianças e adolescentes com maior 
vulnerabilidade. 
 
Objetivo estratégico IV: Enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. 
 
Objetivoestratégico V: Garantir o atendimento especializado a crianças e adolescentes em sofrimento 
psíquico e dependência química. 
 
Objetivo estratégico VI: Erradicação do trabalho infantil em todo o território nacional. 
 
Objetivo estratégico VII: Implementação do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). 
 
Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais. 
 
Objetivo estratégico I: Igualdade e proteção dos direitos das populações negras, historicamente afetadas 
pela discriminação e outras formas de intolerância. 
 
Objetivo estratégico II: Garantia aos povos indígenas da manutenção e resgate das condições de 
reprodução, assegurando seus modos de vida. 
 
Objetivo estratégico III: Garantia dos direitos das mulheres para o estabelecimento das condições 
necessárias para sua plena cidadania. 
 
Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade. 
 
Objetivo estratégico I: Afirmação da diversidade para construção de uma sociedade igualitária. 
 
Objetivo estratégico II: Proteção e promoção da diversidade das expressões culturais como Direito Humano. 
 
Objetivo estratégico III: Valorização da pessoa idosa e promoção de sua participação na sociedade. 
 
Objetivo estratégico IV: Promoção e proteção dos direitos das pessoas com deficiência e garantia da 
acessibilidade igualitária. 
 
Objetivo estratégico V: Garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero. 
 
Objetivo estratégico VI: Respeito às diferentes crenças, liberdade de culto e garantia da laicidade do Estado. 
 
Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência 
Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública. 
 
Objetivo estratégico I: Modernização do marco normativo do sistema de segurança pública. 
 
Objetivo estratégico II: Modernização da gestão do sistema de segurança pública. 
 
Objetivo estratégico III: Promoção dos Direitos Humanos dos profissionais do sistema de segurança pública, 
assegurando sua formação continuada e compatível com as atividades que exercem. 
 
Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal. 
 
Objetivo estratégico I: Publicação de dados do sistema federal de segurança pública. 
 
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Objetivo estratégico II: Consolidação de mecanismos de participação popular na elaboração das políticas 
públicas de segurança. 
 
Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e profissionalização da investigação de atos criminosos. 
 
Objetivo estratégico I: Ampliação do controle de armas de fogo em circulação no País. 
 
Objetivo estratégico II: Qualificação da investigação criminal. 
 
Objetivo estratégico III: Produção de prova pericial com celeridade e procedimento padronizado. 
 
Objetivo estratégico IV: Fortalecimento dos instrumentos de prevenção à violência. 
 
Objetivo estratégico V: Redução da violência motivada por diferenças de gênero, raça ou etnia, idade, 
orientação sexual e situação de vulnerabilidade. 
 
Objetivo estratégico VI: Enfrentamento ao tráfico de pessoas. 
 
Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade 
policial e carcerária. 
 
Objetivo estratégico I: Fortalecimento dos mecanismos de controle do sistema de segurança pública. 
 
Objetivo estratégico II: Padronização de procedimentos e equipamentos do sistema de segurança pública. 
 
Objetivo estratégico III: Consolidação de política nacional visando à erradicação da tortura e de outros 
tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. 
 
Objetivo estratégico IV: Combate às execuções extrajudiciais realizadas por agentes do Estado. 
 
Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas. 
 
Objetivo estratégico I: Instituição de sistema federal que integre os programas de proteção. 
 
Objetivo estratégico II: Consolidação da política de assistência a vítimas e a testemunhas ameaçadas. 
 
Objetivo estratégico III: Garantia da proteção de crianças e adolescentes ameaçados de morte. 
 
Objetivo estratégico IV: Garantia de proteção dos defensores dos Direitos Humanos e de suas atividades. 
 
Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas 
alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário. 
 
Objetivo estratégico I: Reestruturação do sistema penitenciário. 
 
Objetivo estratégico II: Limitação do uso dos institutos de prisão cautelar. 
 
Objetivo estratégico III: Tratamento adequado de pessoas com transtornos mentais. 
 
Objetivo estratégico IV: Ampliação da aplicação de penas e medidas alternativas. 
 
Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e 
a defesa dos direitos. 
 
Objetivo estratégico I: Acesso da população à informação sobre seus direitos e sobre como garanti-los. 
 
Objetivo estratégico II: Garantia do aperfeiçoamento e monitoramento das normas jurídicas para proteção 
dos Direitos Humanos. 
 
Objetivo estratégico III: Utilização de modelos alternativos de solução de conflitos. 
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Objetivo estratégico IV: Garantia de acesso universal ao sistema judiciário. 
 
Objetivo estratégico V: Modernização da gestão e agilização do funcionamento do sistema de justiça. 
 
Objetivo estratégico VI: Acesso à Justiça no campo e na cidade. 
 
Eixo Orientador V: Educação e cultura em Direitos Humanos 
Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em Direitos Humanos 
para fortalecer cultura de direitos. 
 
Objetivo estratégico I: Implementação do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos – PNEDH. 
 
Objetivo Estratégico II: Ampliação de mecanismos e produção de materiais pedagógicos e didáticos para 
Educação em Direitos Humanos. 
 
Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sistemas de educação 
básica, nas instituições de ensino superior e outras instituições formadoras. 
 
Objetivo Estratégico I: Inclusão da temática de Educação e Cultura em Direitos Humanos nas escolas de 
educação básica e em outras instituições formadoras. 
 
Objetivo Estratégico II: Inclusão da temática da Educação em Direitos Humanos nos cursos das Instituições 
de Ensino Superior. 
 
Objetivo Estratégico III: Incentivo à transdisciplinariedade e transversalidade nas atividades acadêmicas em 
Direitos Humanos. 
 
Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção dos Direitos 
Humanos. 
 
Objetivo Estratégico I: Inclusão da temática da educação em Direitos Humanos na educação não formal. 
 
Objetivo estratégico II: Resgate da memória por meio da reconstrução da história dos movimentos sociais. 
Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público. 
 
Objetivo Estratégico I: Formação e capacitação continuada dos servidores públicos em Direitos Humanos, 
em todas as esferas de governo. 
 
Objetivo Estratégico II: Formação adequada e qualificada dos profissionais do sistema de segurança pública. 
 
Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para consolidação de 
uma cultura em Direitos Humanos. 
 
Objetivo Estratégico I: Promover o respeito aos Direitos Humanos nos meios de comunicação e o 
cumprimento de seu papel na promoção da cultura em Direitos Humanos. 
 
Objetivo Estratégico II: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação. 
 
Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade 
Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdadecomo Direito Humano da cidadania e dever do Estado. 
 
Objetivo Estratégico I: Promover a apuração e o esclarecimento público das violações de Direitos Humanos 
praticadas no contexto da repressão política ocorrida no Brasil no período fixado pelo art. 8o do ADCT da 
Constituição, a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional. 
 
Diretriz 24: Preservação da memória histórica e construção pública da verdade. 
 
Objetivo Estratégico I: Incentivar iniciativas de preservação da memória histórica e de construção pública da 
verdade sobre períodos autoritários. 
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Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com promoção do direito à memória e à verdade, 
fortalecendo a democracia. 
 
Objetivo Estratégico I: Suprimir do ordenamento jurídico brasileiro eventuais normas remanescentes de 
períodos de exceção que afrontem os compromissos internacionais e os preceitos constitucionais sobre 
Direitos Humanos. 
 
 
 
 
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