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Materia Prova Penal

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Questionamentos: 
1) A desistência voluntária do autor se estende ao partícipe? 
Resposta: 
Não. Caso a desistência parta do autor, ele responderá somente pelos atos já 
praticados, enquanto o partícipe será punido pela tentativa do crime inicialmente 
visado, pois este último não seria beneficiado pela desistência voluntária. 
 
2) A desistência voluntária do partícipe se estende ao autor? 
Resposta:Desde que o partícipe consiga impedir a conduta do autor. 
Não. o autor responderá pelo crime subsidiário e o partícipe pela tentativa do crime 
fim. Desde que o partícipe consiga impedir a conduta do autor. 
 
3) Cabe concurso de pessoas em crime omissivo? 
Resposta: 
O mero conhecimento de um fato criminoso não confere ao indivíduo a posição de 
partícipe por força de sua omissão, salvo se represente o dever de agir para evitar o 
resultado. 
Os crimes omissivos configuram-se quando o agente não faz o que pode e deve 
fazer. Portanto, consiste sempre na omissão de uma determinada ação que o sujeito 
tinha a obrigação de realizar e podia fazê-lo. São divididos em omissivos próprios ou 
impróprio 
 
4) Cabe concurso de pessoas em crimes culposos? 
Resposta: Só cabe com coautoria 
É incompatível com crimes culposos aja vista que nestes crimes o resultado 
naturalístico é involuntariamente produzido pelo agente, assim, impossível conceber o 
uso de uma pessoa como instrumento se não for de forma dolosa. 
 
5) Diferencie conivência de cumplicidade? 
Resposta:Conveniência é participação negativa. Não é concurso de pessoas. Só se 
fosse funcionário público. 
Cumplicidade → Prestar auxílio material no crime de outrem. 
O simples conhecimento da realização de uma infração penal ou mesmo a 
concordância psicológica caracterizam como “conivência” que não é punível, a título 
de participação, se não constituir, pelo menos, alguma forma de contribuição causal, 
ou, então, constituir, por si mesma, uma infração típica. 
 
Cúmplice é aquele que presta auxilio material ao crime exteriorizando a conduta 
através de um comportamento ativo, que pode se efetivar, por exemplo, através do 
empréstimo da arma para a prática do crime, do empréstimo de um veículo para 
facilitar a fuga do autor ou autores etc. 
 
6) O que se entende por executor de reserva? 
Resposta 
Executor de reserva é aquele que caso necessário também prática atos executórios, se 
não praticar é partícipe, mas se praticar é autor. 
Trata-se do agente que acompanha, presencialmente, a execução da conduta típica, 
ficando à disposição para, se necessário, nela intervir. 
Se intervier, será tratado como co-autor. Em caso de inação, será partícipe 
 
26/04/2018 
Prova: 
Concurso de pessoas 
Concurso de Crimes 
Teoria das margens do direito penal 
Casos concretos: 1, 2 e 3 
 
Autor (conduta principal) → Desistência 
Partícipe (conduta acessória) 
Teoria da acessoriedade: Tudo que acontece com o principal acontece com o acessório. 
 
A elementar do crime de peculato é o funcionário público 
Circunstâncias / condição do caráter: Pessoal / Subjetiva → Não se comunica 
 Pessoal / Objetiva → Se comunica 
 
Art. 312 CP / Art. 30 / Art. 31 / Art. 59 / Art. 69 / Art. 71 / Art. 129 / Art. 155 / Art. 157 
Lei 9.099/ 95- Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um 
ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá 
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja 
sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais 
requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal). 
 
Princípio da Consunção 
Súmula 17 do STJ: Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é 
por este absorvido. Princípio da Consunção segundo Fernando Capez: Conceito de consunção: 
 
“é o princípio segundo o qual um fato mais amplo e mais grave consome, isto é, absorve, 
outros fatos menos amplos e graves, que funcionam como fase normal de preparação ou 
execução ou como mero exaurimento. Costuma-se dizer: “o peixão (fato mais abrangente) 
engole os peixinhos (fatos que integram aquele como sua parte). “ 
 
 
 
 
 
Concurso de Pessoas (Agentes) 
Conceito - Número Plural de pessoas concorrendo para o mesmo evento (simultânea ou 
sucessivamente, desde que antes da consumação). O crime pertence, por inteiro, a todos e a 
cada um dos concorrentes. 
Classificação quanto ao concurso de pessoas 
1 – Crimes Monossubjetivos – Crimes que podem ser praticados por apenas uma pessoa ou um 
número plural de pessoas (concurso eventual, Exemplo: Crime de Homicídio, Art. 121, CP). 
2 – Crimes Plurisubjetivos – Crimes que só pode ser praticado por um número plural de 
pessoas (concurso necessário, Exemplo: Crime de Associação Criminosa, Art. 288, CP). 
 São três espécies: 
d) Crimes de condutas paralelas (-> ->)–condutas que se ajudam umas às outras. 
Exemplo: Associação Criminosa, Art. 288, CP 
e) Crimes de condutas contrapostas (<- ->) –condutas que se contrapõem. Exemplo: 
Crime de Rixa, Art. 137, CP (no crime de rixa não se sabe quem bate e quem apanha. 
Não existe crime de rixa com duas pessoas, nesse caso é duelo. 
f) Crimes de condutas convergentes (-><-) – o tipo nasce da convergência das condutas, 
ou seja, quando as condutas se encontram. Exemplo: Bigamia, Art, 235, CP. 1ª 
conduta, ser casado, 2ª conduta, casar novamente. A responsabilidade penal não deve 
ser confundida com o concurso de pessoas. Se a outra não sabe, não será 
responsabilizada, porém o crime de bigamia existiu. 
 
Principais Teorias 
1 - Teoria Pluralista –A quantidade de pessoas envolvidas será necessariamente a quantidade 
de crimes realizados, ou seja, cada participante corresponde a uma conduta e um elemento 
psicológico próprios. 
2 – Teoria Dualista – Promove a distinção entre autores e partícipes, quanto ao conhecimento 
do crime, vale dizer, a quantidade de autores será a mesma quantidade de crimes, enquanto a 
quantidade de partícipes, será a mesma quantidade de crimes. 
3 – Teoria Monista (Unitária) – Fundamenta-se na unidade de crime, não importa a quantidade 
de autores e a distinção destes para os partícipes, existirá sempre um único crime (adotado 
pelo Brasil, mas de forma relativizada nos dois parágrafos: Teoria Monista Temperada) 
Autoria 
Deve-se identificar o autor, mas não existe na lei um conceito de autor, ficando essa tarefa 
para a doutrina. 
Tradicionalmente existem duas teorias mais uma terceira teoria surgida da evolução. Há quem 
considere que a terceira teoria seja um desdobramento da 2ª teoria. 
1 – Subjetiva ou Unitária –Autor é todo aquele que concorre para o crime, independentemente 
de ter praticado ou não o núcleo do tipo (praticar o verbo do crime: no caso de homicídio, 
matar).Todos são autores, não existe partícipe. 
Fundamentos: Teoria da equivalência dos antecedentes causais: Se a ação de um dos autores 
não ocorresse o crime não ocorreria como ocorreu. (Art. 349, CP) 
2 – Teoria Extensiva - A denominada teoria extensiva também se fundamenta na teoria da 
equivalência dos antecedentes causais, mas admite aumento / diminuição por estabelecer 
diversos graus de autoria.Todos são autores, não existe partícipe. Analisa graus de autoria. 
3 – Teoria Restritiva (Objetiva ou Dualista) - Diametralmente oposta às anteriores (subjetiva e 
extensiva), autor é somente aquele que praticou, ainda que em parte, o núcleo do tipo. Para 
ser autor tem que cometer o verbo. 
Problemas: Se o favorecimento à realização de uma ação típica tem que possuir distinção 
objetiva, deduz-se que autoria e participação também tem que se distinguir. Uma pessoa fura 
a outra com uma faca com um terceiro segurando / Uma pessoa puxa outra contra uma faca 
quando um terceiro segura a faca. Se uma pessoa entrega uma faca para um menor furar 
outra pessoa, o menor será julgado pelo ECA e quem entregou a faca não será autor. 
Por isso, o conceito de Autor restritivosegue atrelado a uma teoria objetiva, dividindo-se em: 
3.1 – Teoria Objetivo Formal (DOUTRINA) – Autor é quem realiza o núcleo do tipo penal. E 
partícipe é quem, de qualquer modo, concorre para o crime sem a prática do núcleo. Exemplo: 
quem dispara e quem empresta o revólver. Por essa teoria ficam de fora o autor intelectual e o 
autor mediato, que serão considerados partícipes. Autor Mediato é quem usa outro como 
instrumento para praticar o tipo penal. 
3.2 –Teoria Objetivo Material (JURISPRUDÊNCIA) –Busca suprimir os efeitos da teoria objetivo-
formal, dessa maneira, Autor é quem presta a contribuição objetiva mais importante* para a 
produção do resultado, e não necessariamente aquele que realiza o núcleo do tipo penal. 
* perspectiva de maior periculosidade, que deve caracterizar a contribuição do Autor em 
relação a do partícipe. 
4 –Teoria do Domínio do Fato (Prof. LuisGrecco) –Nasceu em 1939 na Alemanha para distinguir 
Autor de Partícipe no nacional socialismo alemão. 
Autor é quem tem o domínio do fato, quem tem o poder de decisão (com a sua ordem o tipo 
começa e se encerra); aquele que possui em suas mãos as rédeas, dominando o “Se” e o 
“Como” do delito. 
Autor 
Partícipe 
Estrutura básica: 
5) – Subjetiva ou Unitária – Autor é todo aquele que concorre para o crime, 
independentemente de ter praticado ou não o núcleo do tipo (praticar o verbo do 
crime: no caso de homicídio, matar). Todos são autores, não existe partícipe. 
Fundamentos: Teoria da equivalência dos antecedentes causais: Se a ação de um dos autores 
não ocorresse o crime não ocorreria como ocorreu. (Art. 349, CP) 
6) Extensiva → leva em consideração graus de autoria – princípio da causalidade 
 
7) Restritiva → (obje va ou dualista) → Obje vo formal / → Objetiva material 
→Reconhece a conduta do autor e do par cipe 
Objetivo material está ligada a lesão. Analisar a conduta do partícipe em relação ao 
autor. 
 
8) Domínio do Fato → (obje va – subjetiva) → É uma construção alemã. É o “Se” e o 
“Como” 
Autoria Mediata: (Teoria da Vontade) → Considera-se autor mediata aquele que, sem realizar 
diretamente a conduta descrita no tipo, comete o fato punível por meio de outra pessoa, 
usada como instrumento (o homem de trás). São as seguintes hipóteses no CP brasileiro: 
6) Erro determinado por terceiro (CP, art. 20, parágrafos 2º) → “Responde pelo crime o 
terceiro que determina o crime”. 
 
7) Coação moral irresistível (CP, art.22) “Se o fato é cometido sob coação irresistível ou 
sem estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só 
é punível o autor da coação ou da ordem”. 
 
8) Obediência hierárquica (CP, art.22) “Se o fato é cometido sob coação irresistível ou sem 
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é 
punível o autor da coação ou da ordem”. 
 
9) Instrumento impunível (agente que se vale de um incapaz) (CP, art. 62, inciso III) “ A 
pena será ainda agravada em relação ao agente que: III – Instiga ou determina a 
cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não punível em virtude de 
condição ou qualidade pessoal”. 
 
10) ClausRoxin (chefe de um aparato organizado de poder) 
Autoria de escritório –Autoria intelectual 
Autoria Mediata:(em crimes culposos, próprios e mãos próprias) 
Autoria mediata é incompatível com crimes culpososaja vista que nestes crimes o resultado 
naturalístico é involuntariamente produzido pelo agente, assim, impossível conceber o uso de 
uma pessoa como instrumento se não for de forma dolosa. 
Entende-se de admissibilidade de autoria mediata em crimes próprios, desde que o autor 
mediato detenha todas as qualidades ou condições especiais reclamadas pelo tipo penal. 
No que se refere à possibilidade de autoria mediata em crimes de mãos próprias, esta não é 
admissível pela doutrina, porque a conduta somente pode ser praticada pela pessoa 
diretamente indicada no tipo penal, não podendo a sua execução ser delegada a outrem. 
Rogério Greco sustenta como exceção aquele que coage uma testemunha a prestar um 
depoimento falso para beneficiar o autor da coação. 
Autoria de Determinação: 
Autor de determinação é aquele que se vale de outro, que não realiza conduta punível, por 
ausência de dolo, em um crime de mãos própria, ou ainda o sujeito que não reúne as 
condições legalmente exigidas para a prática de um crime próprio, quando se utiliza de quem 
possui tais qualidades e se comporta de forma atípica. Deverá ser imputado o resultado de 
acordo com o art. 29 do CP. 
Autoria Intelectual: CP, art. 62, inciso I 
Referência: O “homem inteligente” do grupo; o que traça o plano criminoso em todos os seus 
detalhes, o crime é o produto de sua criatividade. 
Obs.: há hipótese de agravante. Jamais poderá ser considerado partícipe. 
Participação: 
Entende-se por partícipe o coadjuvante do crime (fato determinado praticado por agente 
conhecido e individualizado), contribuição dolosa ao crime alheio. 
Duas espécies: 
3) Participação Moral: 
• Induzimento (faz nascer a ideia) 
• instigação (reforça uma ideia já existente) 
4) Participação material → Prestação de auxílio. 
 
Adequação Típica de Subordinação Imediata 
Precisa de norma de extensão 
4) Norma de extensão temporal – CP, art. 14, II 
“Diz-se do crime: Tentativa: Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por 
circunstâncias alheias à vontade do agente”. 
5) Norma de extensão pessoal – CP, art. 29 
“Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas e este cominadas, 
na sua medida de sua culpabilidade”. 
 
6) Norma de extensão – CP, art. 13, parágrafo 2º (Agente garantidor). 
 
 
 
 
 
 
O 
Brasil adotou a teoria da acessoriedade média 
Requisitos do concurso de pessoas 
5) Pluralidade de agentes 
 
6) Relevância causal entre as condutas (Nexo de causalidade) 
 
7) Liame subjetivo entre os agentes (nexo psicológico) 
 
→ Deve o concorrente estar animado de consciência que coopera e colabora para o 
ilícito, convergindo sua vontade ao ponto comum da vontade dos demais 
participantes. 
Caso o ausente o liame subjetivo desaparece o concurso de pessoas, podendo existir: 
 
c) Autoria colateral: Quando dois agentes, embora convergindo suas condutas para a 
prática de um mesmo fato não atuam pelo liame subjetivo. 
Punibilidade do Partícipe 
 
 Fato 
Típico 
Ilícito Culpável Punível 
Acessoriedade mínima → 1) X 
Acessoriedade média (limitada) → 2) X X 
Acessoriedade máxima → 3) X X X 
Hiperacessoriedade → 4) X X X X 
Exemplo: João e José atiram ao mesmo tempo contra Maria; verifica-se que Maria 
morreu em decorrência do tiro de João, tendo José atingido a sua perna. João 
responde por homicídio consumado e José responde por homicídio tentado. 
 
d) Autoria incerta: É uma espécie de autoria colateral, porém não se consegue 
determinar qual dos comportamentos produziu o resultado. 
Exemplo: João e José atiram ao mesmo tempo contra Maria; considerando que 
não houve possibilidade de se saber qual dos dois produziu o resultado, haverá 
harmonia ao princípio do In Dubio Pro Reo, ficando os dois autores na modalidade 
tentada. 
 
Autoria incerta se sabe quem são os autores, mas não tem precisão de quem 
cometeu o ato final, diferente de autoria desconhecida, onde não tem nenhuma 
informação de quem é o autor. 
 
8) Identidade de infração – Art. 29, CP. 
 
→ Trata-se da regra do art. 29 do CP que trouxe a teoria unitária ou monista 
(pluralidade de agentes respondendo pela mesma infração penal, na medida de suas 
culpabilidades) 
Na perspectiva da teoria da pluralidade de agentes, estes respondem por infrações 
diferentes (exceção pluralista a teoria monista). São 5 exceções: 
 
6) Abroto consentido (art. 124 – CP) e aborto praticado com o 
consentimento da gestante (art. 126 – CP); 
7) Corrupção passiva (art. 317 – CP e corrupção ativa (art. 333 – CP); 
8) Favorecimento ao contrabando e descaminho (art.318 – CP) e 
descaminho (art. 334 – CP)ou contrabando (art. 334-A – CP); 
9) Testemunha que mente mediante suborno (art. 342 ᵴ 1º - CP) e quem 
suborna (art. 343 – CP) e 
10) Bígamo (art. 235 – CP) e cônjuge consciente da bigamia (art. 235 ᵴ 1º CP). 
 
Art. 29 – CP quando se trata de participação: 
ᵴ 1º: refere-se à participação de menor importância (peso distinto para 
participação, para coautoria não). Não existe coautoria de menor 
importância. 
ᵴ 2º: Cooperação dolosamente distinta ou desvio subjetivo → Teoria 
monista temperada. 
 
Teoria Monista: havendo pluralidade de agentes e convergência de vontades para a prática 
da mesma infração penal, todos aqueles que contribuem para o crime incidem nas penas a 
ele cominadas. 
Coautoria 
Forma de concurso de pessoas 
→ Quando o núcleo do po penal é executado por duas ou mais pessoas, podendo ser: 
c) Coautoria Parcial ou Funcional: 
→ Diversos autores pra cam atos de execução diversos. Exemplo: uma segura e outro 
esfaqueia. 
 
d) Coautoria direta ou material: 
→ Todos os autores efetuam igual conduta criminosa. Exemplo: A e B efetuam disparo 
de arma de fogo em C. 
Coautoria em crime próprio / Coautoria em crime de mãos própria. 
Art. 312 
Art. 30 
Crime misto → Alterna vo (ação múltipla e conteúdo variado) 
 → Cumula vo 
•Concurso de Crimes 
Uma ou mais pessoas cometem dois ou mais crimes. No concurso de agentes duas ou mais 
pessoas cometem um crime. 
Quando se estuda concurso de crimes a pergunta que se faz é o que deve ser feito com a pena 
da pessoa, e a resposta é que o que se vai fazer depende do sistema a ser adotado. 
Existem 4 sistemas adotados para fixação de pena. 
1º sistema – cúmulo material: as penas encontradas em cada crime são somadas 
2º sistema – exasperação: depois de juntar as penas de cada crime se forem idênticas pega 
uma só, ou a maior. Em cima dessa única pena haverá um aumento (1/6, 1/2, etc, previsto no 
Código) – nasceu para ser mais benéfica, mas às vezes a matemática atrapalha. 
3º sistema: absorção: depois de juntar as penas de cada crime se forem idênticas pega uma só, 
ou a maior. A que foi pega absolve as demais 
4º sistema: cúmulo Jurídico: pega cada pena, aplica e soma, desde que o produto não seja 
igual a soma das três, desde que o resultado não seja igual ou maior ao resultado do cúmulo 
material 
O Brasil adota o sistema do cúmulo material e o sistema da exasperação. 
O concurso de crime está detalhado em 3 artigos no CP: 
Art. 69 – Concurso material (ou real) 
Art. 70 – Concurso formal (ou ideal) 
Art. 71 – Crime continuado (ou continuidade delitiva) 
No concurso aparente de normas, quando se tem a Absorção, o crime fim absolve o crime 
meio, logo, não existe mais de um crime, e não há concurso de crime. 
Art. 69 – Concurso material (ou real) 
Requisitos: 
3. Pluralidade de condutas (Tem que ser mediante mais de uma ação); 
4. Pluralidade de crime (leia-se infração penal) 
Espécies: 
3. Homogêneo (crimes idênticos: que tem a mesma capitulação penal – mesmo tipo 
penal, não importando se há derivação ou não, por exemplo: homicídio tentado e 
qualificado) 
4. Heterogêneo (crimes não idênticos) 
Nota: É possível concurso de crimes com um culposo e um doloso. Por exemplo: homicídio 
doloso após homicídio culposo no volante. 
Consequência (Fixação da Pena) 
 1º sistema – cúmulo material: as penas encontradas em cada crime são somadas 
Pela doutrina majoritária no Brasil os crimes não precisam estar no mesmo contexto fático. 
Mas considerando ou não concurso material o efeito final é o mesmo, porém no caso de não 
considerar chama-se unificação de pena (ao invés de soma). 
Conceito de ação: 
1 Causal (naturalista) –Conduta humana voluntária que produz uma modificação no mundo 
exterior (processo mecânico de resultado naturalístico / Perceptível pelos sentidos). 
2 Final (finalista) – É o exercício de uma atividade final (movimento do corpo dirigido a uma 
finalidade). 
3 Social – Conduta socialmente relevante dominável ou dominada pela vontade humana que 
repercute em terceiros no meio social. 
Art. 69, 2ª parte: No caso de... 
Penas de natureza iguais soma, mas quando as naturezas não distintas (laranja com banana) a 
parte final do art. 69, parágrafos 1º e 2º 
 Reclusão (vem primeiro) – Crimes apenados com reclusão 
 Detenção – Crimes apenados com detenção 
Tipos de pena (são de naturezas distintas) 
Pena Privativa de Liberdade - PPL (sempre existente com exceção do Art. 28 – usuário de 
droga, onde existe PRD); 
Pena Restritiva de Direito - PRD (é uma pena substutiva, no ato da sentença. Pode haver 
conversão para PPL em caso de descumprimento de PRD); Pena de Multa 
Detenção e Reclusão só existe em PPL. 
Regime de Cumprimento só existe em PPL (Fechado, Semi-Aberto, Aberto. Progressão de 
regime de fechado para semi-aberto e de semi-aberto para aberto. Em caso de movimento de 
volta: aberto para semi-aberto e de semi-aberto para fechado chama-se regressão). 
PRD para PPL: Conversão 
PPL para PRD: Substituição 
Regressão é de Regime 
Crime apenado com Reclusão o regime inicial pode ser Fechado, Semi-aberto ou aberto 
Crime apenado por detenção o regime inicial só pode ser Semi-aberto ou aberto. Fechado em 
detenção só se for por regressão. 
Art. 70 – Concurso formal (ou ideal) 
Requisitos: 
3. Unidade de conduta (Tem que ser mediante única ação); 
4. Pluralidade de crime (leia-se infração penal) 
Espécies: 
3. Homogêneo (crimes idênticos: que tem a mesma capitulação penal – mesmo tipo 
penal, não importando se há derivação ou não, por exemplo: homicídio tentado e 
qualificado) 
4. Heterogêneo (crimes não idênticos) 
Consequência (Fixação da Pena) 
 1º sistema – cúmulo material: as penas encontradas em cada crime são somadas 
2º sistema – exasperação: depois de juntar as penas de cada crime se forem idênticas 
pega uma só, ou a maior. Em cima dessa única pena haverá um aumento (1/6, 1/2, etc, 
previsto no Código) 
Divisão do Concurso Formal 
1 - Concurso Formal Próprio (ou Perfeito) 
Sistema da Exasperação (Precisa confirmar ser mais benéfica para o Réu, se não for 
mais benéfica usa-se o Cúmulo Material –Chama-se Concurso Material Benéfico – Art. 
70 parágrafo único) 
 Pelo menos um crime deve ser culposo 
Culpa é previsibilidade 
2 – Concurso Formal Impróprio (ou Imperfeito) - Cúmulo Material 
Todos os Crimes devem ser dolosos (pode ser até dolo eventual) 
Dolo é consciência e vontade de praticar o fato previsto no tipo penal 
Desígnios autônomos (plano, ideação – ideia) 
Nota:Previsibilidade (culpa) – a sociedade define, não o agente, pode ser: 
com previsão (visão anterior do agente) - culpa consciente: o agente tem previsão do que pode 
acontecer e continua a conduta porque confia em suas habilidades (lançador de faca, 
motorista embriagado). Ou confia que o resultado não vai ocorrer ou confia em suas 
habilidades. A diferença para o dolo eventual é que no dolo eventual não existe confiança na 
habilidade, mas sim o agente não está nem aí. 
 sem previsão – quando a culpa é objetiva: não há previsão, por parte do agente. 
Art. 71 – Crime continuado (ou continuidade delitiva) 
Nasceu para trazer uma proporcionalidade na aplicação das penas. 
Não nasceu para proteger a reiteração criminosa, mas sim o criminoso ocasional. 
Alfredo quando roubou as dez peças do ferrorama, na verdade queria roubar apenas uma só. 
Natureza Jurídica – Teorias que nasceram para justificar o instituto do crime continuado 
1ª Teoria – Teoria da Unidade Real: Dado da realidade, projeto único (ferrorama), as 
várias condutas que já se caracterizam como crime são consideradas crime único. 
2ª Teoria – Teoria da Ficção Jurídica: As várias condutas que já se caracterizam como 
crime, são reunidas fictamente e consideradas como crime único.Adotado pelo Brasil. 
 3ª Teoria–Teoria Mista: Reconhece como um terceiro crime o crime continuado. 
Tratamento (reconhecimento) do crime continuado 
 1ª Teoria (italiana) – Teoria Objetivo-Subjetiva: Há de ter a presença dos elementosobjetivos assim como a unidade de desígnio entre as ações criminosas (unidade real: 
critério subjetivo).Corrente majoritária. 
2ª Teoria (alemã) – Teoria Puramente Objetiva: Para o reconhecimento do crime 
continuado basta a presença dos critérios objetivos. 
Critérios objetivos 
 Condição de tempo 
 Condição de lugar 
 Maneira de Execução 
Critérios subjetivos (unidade de desígnios) 
 Crimes subsequentes havidos como continuação do primeiro 
Nota: analisar problema na comida afetando 40 pessoas. O que ocorre se for por dolo do 
cozinheiro ou culpa, para cada uma das teorias. 
Requisitos: 
1 - Pluralidade de conduta (Tem que ser mediante mais de uma ação); 
2 - Pluralidade de crimes da mesma espécie: 
1ª corrente: mesmo tipo penal (majoritária) 
2ª corrente: mesmo bem jurídico tutelado (minoritária e do STF) 
 
Caso 1 
Homicídio simples consumado (art. 121, CP): bem jurídico tutelado: vida 
Homicídio na forma tentada (art. 121, CP): bem jurídico tutelado: vida 
Caso 2 
Roubo (art. 157, CP): bem jurídico tutelado: patrimônio 
Latrocínio (Art. 157, CP): bem jurídico tutelado: patrimônio e vida 
No caso 1 para as duas correntes são mesma espécie, No caso 2, para o STF não é. 
3 - Elo de Continuidade – entre as ações e não entre os motivos! Ou seja, a 
continuidade é devido ao modus Operandi–Precisa ter os quatro critérios abaixo: 
Condição de tempo: entre o primeiro e o último crime não pode passar um 
tempo de 30 dias – exemplo de interpretação baseada na jurisprudência 
consolidada (que pode ser vacilante - variar), com exceção dos crimes de 
ordem tributária, onde não pode passar um tempo de 3 anos, para ser possível 
apurar se houve ou não) - OBJETIVO 
Lugar: mesma comarca ou comarcas vizinhas(jurisprudência) - OBJETIVO 
Maneira de execução: semelhança do modo ou forma de praticar o crime 
(exemplos: mesma artimanha; mesmo documento falso) – OBJETIVO 
Unidade de desígnios: mesmo plano, ideação – SUBJETIVO 
Consequência (Fixação da Pena) 
2º sistema – exasperação: depois de juntar as penas de cada crime se forem idênticas 
pega uma só, ou a maior. Em cima dessa única pena haverá um aumento previsto no 
Código. 
Para Nelson Hungria, é inconcebível crime continuado em crime contra a vida, pois não 
temos como conceber que a retirada de uma vida é continuidade da vida de outro. 
Súmula 605, STF – Não se admite continuidade delitiva nos crimes contra a vida. 
Com a reforma da parte geral do CP em 1984, introduziu-se o parágrafo único que 
contraria a Súmula 605, que perdeu seu efeito. Na chacina da Candelária foi 
reconhecido crime continuado. 
Parágrafo único – crime continuado qualificado, os requisitos aplicáveis: 
Tempo; Lugar e Execução; 
Crimes dolosos 
Vítimas diferentes 
Violência / Grave Ameaça 
Crimes Aberrantes: 
Concurso Formal e Erro de Tipo Acidental 
Erro significa dizer falsa noção da realidade. O erro de tipo pode ser essencial ou acidental 
Erro de tipo essencial recai sobre a essência, ou elementar do tipo. Ex. Art. 12, CP – Matar 
Alguém. Matar é uma elementar do tipo de homicídio; Alguém é uma elementar do tipo de 
homicídio. É possível haver erro sobre alguém, existindo erro essencial. Erro essencial e dolo 
são como água e azeite, não se misturam. Assim erro de tipo não pode ser doloso. Ex. Caçador 
atira supostamente em animal na moita e atinge uma pessoa. Erro sobre Alguém, portanto 
erro de tipo essencial e não pode ser doloso. 
Erro acidental não exclui o dolo. Recai sobre dados periféricos. Por exemplo: marca de celular 
diferente. 
Art. 20, Parágrafo 3º, CP: Responde pelo crime de quem queria matar, ou seja, um só. 
Crimes aberrantes vem de aberração no meio. 
Art. 73, CP – Aberratio Ictus: erro de pessoa - pessoa, ou seja,quer acertar o alvo e acerta o 
azarado): aplica Art. 20, parágrafo 3º, CP. 
Se acerta os dois, aplica-se o Art. 70, CP (concurso de crime) 
Art. 74, CP –Aberratio Criminis (resultado diverso do pretendido): 
pessoa – coisa: Está querendo acertar uma pessoa (resultado pretendido, erra por aberração e 
acerta uma janela (resultado diverso do pretendido). 
coisa – pessoa: Está querendo acertar uma janela (resultado pretendido), erra por aberração e 
acerta uma pessoa (resultado diverso do pretendido) 
Se acertar os dois tem concurso. 
Crimes aberrante de regra não são concurso, mas eventualmente podem ser, quando os dois 
forem atingidos, pois aí não tem aberração. 
Circunstância do Crime → Só o que está a volta que muda, o núcleo é o mesmo. O núcleo é o 
crime, ou seja, só altera a pena. 
CP, Art. 155 – Pena de 1 a 4 anos, além de multa 
Pena em abstrato na escala penal para qualquer um que cometeu o crime de furto. 
Para sair da pena em abstrato e chegar a pena em concreto tem que passar por 3 fases. 
Pena em concreto é a pena que foi dada pelo juiz ao condenado. 
Sistema trifásico: Aplicação da pena criminal (teoria das margens do direito penal) e a 
aplicação da pena criminal pelo juiz. 
Jurisdicional / Discricionária / Vinculada 
Teoria das margens do direito Penal 
 
Circunstância →Judicial → Art. 59 CP (O juiz que vai dar a pena) 
 
Circunstância → Legal (porque deriva da lei) 
 
→ Legal Geral → Geral porque está na parte geral do CP 
 Aumento / diminuição de pena 
 Agravante / atenuante 
 (gerencias porque estão apenas na parte geral) 
 
→ Legal Especial → Porque está na parte especial do CP. 
Pena – base – Art. 59 
Aumento / diminuição 
 
Art. 68 CP – Cálculo pena 
 
1ª fase → Pena base 
2ª fase → Agravante/ atenuante. (diz o quanto de pena) 
3º fase → Aumento / diminuição 
Art. 14, II – Tentativa é circunstância. 
Parágrafo único → Circunstância: aumento / diminuição – 3ª fase – Legal/Geral 
Art. 121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
Caso de diminuição de pena 
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou 
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode 
reduzir a pena de um sexto a um terço. 
→• A Diminuição da pena é uma circunstância Judicial. 
Aplicação da Pena Criminal 
- Dosimetria 
Art. 155 Caput – Furto - Pena mín. 1 ano – pena máx. 4 anos, além de multa = Escala penal = 
pena em abstrato 
A pena ao ser aplicada chama-se pena em Concreto. O juiz que aplica 
Para o juiz sair da pena em abstrato e chegar na pena em concreto precisa passar por 3 fases: 
Pena-base; pena intermediária e pena definitiva. 
• Pena-Base → Sai das circunstâncias Judiciais (Art. 59 – CP) 
• Pena Intermediária → Sai das circunstâncias agravantes ou atenuantes 
• Pena Definitiva → Sai das Circunstâncias de aumento ou diminuição de pena. 
Pena Base e Pena Intermediária estão subordinadas a pena estipulada para o ato ilícito. A Pena 
não pode ser aquém nem além da estipulada. 
A pena Definitiva não está subordinada. A pena pode ser alterada. 
Teoria das Margens do Direito Penal 
Observações: 
4) CP, Art. 59 - O juiz vai aplicar a pena conforme seja Necessário e Suficiente. 
CP, Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à 
personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como 
ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para 
reprovação e prevenção do crime: 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; 
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; 
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se 
cabível. 
 
Perdão Judicial 
 
Art. 121. Matar alguém: 
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
Pena - detenção, de um a três anos. 
Aumento de pena 
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as 
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção 
penal se torne desnecessária. 
Se ao caso concreto o juiz achar desnecessária a aplicaçãoda pena, o juiz poderá aplicar o 
perdão judicial? 
1ª Corrente: Pode aplicar o perdão judicial 
2º Corrente: Aplica-se o perdão judicial desde que aja previsão legal. Se não houver 
previsão legal, o juiz aplica a pena mínima. – CORRENTE UTILIZADA 
5) CP, Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à 
personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como 
ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para 
reprovação e prevenção do crime: 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos;-Teoria das margens 
do Direito Penal 
 
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; -PPL 
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, 
se cabível. – PPL por PRD. 
Rubrica marginal 
Preceito primário – Narrativa da conduta 
Preceito secundário – Aplicação da Pena 
Regime de pena dó PPL (reclusão, detenção ou prisão simples. Diferente de PRD 
 
6) Incidência 
CP, Art. 121 - Preceito Secundário - pena de 6 a 20 anos 
CP, Art. 121 ᵴ 2º - Qualificadora – Pena de 12 a 30 anos 
Homicídio torpe – Matar por dinheiro 
Homicídio Fútil -, crueldade, surpresa, feminicídio 
Incidência de mais de uma qualificadora 
1ª Corrente: 1ª qualificadora - motivo fútil - (pena-base) a pena começa com 12 anos, 
A segunda qualificadora – motivo surpresa – (pena-base) 14 anos (aumenta 1/6 a pena). 
2ª Corrente:MAJORITÁRIA- 1ª qualificadora – motivo surpresa – (pena-base) 12 anos 
 2ª qualificadora – motivo fútil – (agravantes) Art. 61 CP 
1ª fase (Circunstâncias Judicias) – CP, Art. 59 
Oito Circunstâncias: as oito tem o mesmo peso. 
4) Culpabilidade: Maior ou menor grau de exigência (reprovação) do agente, consiste no 
juízo de reprovabilidade e censura que recaí sobre o responsável de uma infração 
penal. 
Exemplo: Dolo direto e indireto; culpa consciente e inconsciente. 
5) Antecedentes: Vida pregressa do crime, dizem respeito a todos os fatos e 
acontecimentos que envolvem o passado criminal do agente (bons ou ruins) 
Maus antecedentes é tudo que não é reincidência. 
Súmula 444 STJ:É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para 
agravar a pena-base. 
Súmula 241 STJ: A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância 
agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. 
Reincidência não pode ser confundida com antecedentes. 
Reincidência só pode ser analisado na 2ª fase – Agravantes 
 
6) Reincidência pode ser: 
• Real 
• Ficta → Adotada pelo Brasil – Art. 63 CP 
 
• Geral → Adotada pelo Brasil -Art. 63 CP 
• Especial 
 
• Sistema de Perpetuidade 
• Sistema Temporariedade → Adotada pelo Brasil – Art. 64 CP 
Reincidência: Conceito → É a prova do fracasso do Estado na sua função ressocializadora. 
Reincidência → CP, Art. 63 → Crime Seguido de Crime 
Art. 64 → Ficta, Geral, Sistema temporariedade 
O Brasil considera reincidência depois do transito em julgado. 
LCP: Leis de Contravenções Penais 
Decreto Lei 3688/41 
Art. 7º - Crime seguido de Contravenção eContravenção seguida de contravenção – Verifica-se 
a reincidência quando o agente pratica uma contravenção depois de passar em julgado a sentença que o 
tenha condenado, no Brasil ou no estrangeiro, por qualquer crime, ou, no Brasil, por motivo de 
contravenção. 
Contravenção seguida de crime não é reincidência 
Se não for reincidência é Primário. 
A pessoa cometeu um furto 
Precisa saber a data do fato → 20/02/2002 
Precisa saber a data da sentença → 18/02/2003 
Precisa saber a data do TJ (transito em julgado) → 18/063/2004 
Na aplicação da pena, para saber se tem bons ou maus antecedentes → Na sentença a data do 
FATO 
18/03/2003 – Foi analisado reincidência 
Olhou para o passado, não tem transito em julgado, é primário de bons antecedentes. 
A pessoa cometeu um crime de roubo: - cometido pela mesma pessoa que cometeu o furto 
Data do Fato: 23/05/2001 
Data da sentença: 22/10/2003 
Data do transito em julgado: 24/01/2005 
Na sentença, na data do fato não existia T.J., Não tendo T.J. é primário de bons antecedentes. 
 
A pessoa cometeu crime estelionato – a mesma pessoa 
Data do fato: 22/02/2003 
Data da Sentença: 24/05/2006 
Data do T.J.: 27/02/2011 
Na sentença, na data do fato não existia T.J., Não tendo T.J. é primário de bons antecedentes. 
 
A pessoa cometeu crime de extorsão – a mesma pessoa 
Data do fato: 04/04/2017 
Data da Sentença: 04/12/2017 
Data do T.J.: 12/04/2018 
Na sentença, na data do fato existia T.J., Não tendo T.J. é primário de maus antecedentes. 
Na sentença analisa a data do fato. 
 
Súmula 241 STJ- A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, 
simultaneamente, como circunstância judicial. 
Maus Antecedentes: 
Única Fonte: 
Toda Condenação transitada em julgado é incapaz de gerar reincidência 
Se não tem maus antecedentes – Bons antecedentes 
Art 64 CP: Para efeito de reincidência: 
I - não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinção da pena 
e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, computado o 
período de prova da suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação; 
II - não se consideram os crimes militares próprios e políticos. 
 
Aplicação da pena Criminal 
1º fase (circunstâncias Judiciais) Pena-Base 
Oito circunstâncias: 
 
9) Culpabilidade 
10) Antecedentes: – Uma coisa é reincidência, outra maus antecedentes. Sé não é 
reincidência é maus antecedentes. 
A única fonte para maus antecedentes é o Tansitado em Julgado. 
11) Personalidade: 
• Qualidade morais e sociais do indivíduo (retrato psíquico do agente, ou seja, o perfil 
subjetivo do réu no aspecto moral e psicológico pelo qual se analisa se tem ou não 
caráter voltado à prática de infrações penais). Ex: infrações penais praticadas pelo réu 
na menor idade. 
12) Motivos do Crime: 
• Razões de prática da infração penal; natureza e qualidade imorais e antissociais, 
morais e sociais. Os motivos do crime são analisados na execução. 
13) Circunstâncias do Crime: 
• Maior ou menor gravidade espelhada pelo modo de execução, dados acidentais, 
secundários relativos a infração penal, mas que não integram a sua estrutura, tais 
como: Instrumentos empregados na prática do crime, condições de tempo, lugar e 
relacionamento entre agente e ofendido. 
14) Consequências do Crime: 
• Conjunto de efeitos danosos provocados pelo crime que recaem para a vítima, 
família ou sociedade. 
 
15) Comportamento da Vítima: 
•A vítima, por vezes, colabora com a ocorrência do crime (questão de vitimologia que 
consiste no estudo da participação da vítima e dos males a ela produzidos). Ex: 
provocação lasciva feita por uma mulher ao seu futuro estuprador. 
16) Conduta Social: 
•Colheita de todas as atitudes que réu tomou em sociedade, ou seja, estilo e vida do 
réu, correto ou inadequado. 
Após analisadas as 8 circunstâncias, chegamos a Pena-base 
Pena-base → 1ª fase (circunstâncias judiciais) 
Pena intermediária → 2ª fase 
Pena Definitiva (pode diminuir ou aumentar a condenação) 
CP, art. 121 parágrafo 2º Homicídio fútil(o motivo fútil é uma qualificadora- Qualifica o 
crime, aumenta a pena) 
2º fase – Pena Intermediária: 
 
Agravantes e Atenuantes (CP, Arts: 61 e 62 , 65 e 66) 
 
→Agravantes Sempre agravam a pena? 
Resposta: Sim, exceto: 
d) Quando não constituem ou qualificam o crime 
e) Quando a pena-base estiver fixada no máximo 
f) Quando a atenuante foi preponderante (art. 67 – CP) 
 
→Atenuantes sempre atenuam a pena? 
Resposta: Sim, exceto: 
d) Quando constituem ou privilegiam o crime 
e) Súmula 231 – A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução 
da pena abaixo do mínimo legal. STJ – Art. 65 
f) Quando a agravante for preponderante – Art. 67 – CP. 
 
Circunstâncias Preponderantes– CP, Art. 67 
→ São aquelas que devem ter o maior peso, mas sem que sejam eliminadas as demais. 
• Motivos determinantes do crime (natureza Subjetiva) 
• Personalidade do agente (natureza subjetiva) 
• Reincidência (natureza subjetiva) 
 
Circunstâncias de natureza subjetiva preponderam sobre circunstâncias de natureza objetiva. 
 
Reincidente X Confissão (personalidade regenerada) 
Todo aquele que confessa o crime tem a personalidade regenerada. 
 
→ Atenuantes → Podem ser aplicados para qualquer crime, tanto para crime doloso como 
para crime culposo. 
 
→ Agravantes → De regra só pode ser aplicada para crimes dolosos. 
Exceção: 
3) Reincidência → Pode ser aplicada para crimes dolosos e culposos. 
 
4) Torpe (doloso/culposo) 
 
Atenuante inominada (sem nome) Art. 66 CP) não prevista na lei não está no rol de 
atenuantes. 
Não existe no CP agravante inominada. Agravante é para prejudicar.

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