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Apostila Legislação da Educação (2)

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APOSTILA CONCURSO 
 
Prof. Dalmo Azevedo 
 
Legislação da Educação 1/73 www.profdalmoazevedo.com.br 
profdalmoazevedo@gmail.com 
www.facebook.com/dalmo.azevedo 
www.youtube.com/c/professordalmoazevedo 
CAPÍTULO 1 – EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
 Para darmos um correto início ao estudo do assunto 
Legislação da Educação no Brasil, é importante observamos as 
regras gerais trazidas por nossa Constituição Federal de 1998 antes 
de adentrarmos nas leis específicas requeridas em nosso edital. 
Dentro da Constituição, encontramos essas regras pontuadas nos 
artigos 205 a 214 do Capítulo III. Sem enrolação, vamos iniciar 
nossos estudos. 
 
 Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da 
família, será promovida e incentivada com a colaboração da 
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o 
trabalho. 
 
 Para um entendimento pleno do disposto no artigo 
anterior, faz-se necessário complementarmos a norma com um 
artigo específico de nossa Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a Lei 
9.394/96. 
 
Art. 21. A educação escolar compõe-se de: 
I – educação básica, formada pela educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio; 
II – educação superior 
 
 Dos textos expostos, podemos identificar quais são as 3 
FINALIDADES da educação no Brasil, sendo elas: 
 
 O pleno desenvolvimento da pessoa: Entende-se como 
plenamente desenvolvido o educando que conclui um 
curso de educação superior completa em sua vida. 
Conforme notamos no artigo 21 da LDB, a educação se 
divide em BÁSICA E SUPERIOR. Para um definitivo 
esclarecimento dessa informação, se faz necessário 
estudar outro artigo de nossa Lei, o artigo 22. 
 
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o 
educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o 
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no 
trabalho e em estudos posteriores. 
 
 A conclusão do ensino médio é considerada como um 
desenvolvimento incompleto do educando, por ter desenvolvido 
apenas o pensamento crítico. A conclusão do ensino superior, 
garante a aquisição do considerado pensamento reflexivo, este sim 
consagra o desenvolvimento pleno da pessoa. 
 
 O preparo para o exercício da cidadania; 
 
Cidadania no Ordenamento Jurídico Brasileiro determina a 
possibilidade de gozo pleno de Direitos Políticos em território 
nacional. 
 
 A qualificação para o trabalho. 
 
2 – PRINCÍPIOS BÁSICOS 
 
 Princípios são regras fundamentais que devem ser 
seguidos por todos os sistemas de ensino no Brasil. São 
encontrados no artigo 206 de nossa Carta Magna, que apresento a 
você em seguida. 
 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o 
pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e 
coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, 
na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente 
por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
 
VII - garantia de padrão de qualidade. 
 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da 
educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
Esse Princípio deve ser observado pela ótica do Princípio 
Constitucional da Isonomia, pois em muitas 
oportunidades a igualdade de condições será responsável 
por implicar uma desigualdade de direitos entre as pessoas. 
Liberdade aqui consagrada pelo princípio determina 
ATUAÇÃO LIVRE DENTRO DE LIMITES PRÉ-
ESTABELECIDOS. Tais limites são consagrados nos 
Parâmetros Curriculares Nacionais, nas Diretrizes 
Curriculares Nacionais e na Lei de Diretrizes e Bases. 
Consagramos com esse princípio a necessidade da criação 
de cidadãos capazes de questionar ou dialogar sobre todas 
as ideias existentes em nosso cotidiano. Além disso, 
trazemos aqui a possibilidade da exploração da atividade 
da educação por entes privados em concomitância com os 
entes públicos, desde que respeitem requisitos legais 
estabelecidos na CF, na LDB e em leis específicas. 
Ensino ser público significa ser ACESSÍVEL a todos. No 
caso do princípio aqui firmado, o Ensino Público deve ser 
gratuito em todos os estabelecimentos públicos oficiais. 
Vale ressaltar que, no caso de Instituições Privadas, o 
ensino será oneroso, sem desrespeito ao princípio aqui 
estabelecido. 
Aqui temos a determinação de que o acesso ao trabalho de 
educação só ocorrerá mediante CONCURSO PÚBLICO, 
necessariamente de PROVAS E TÍTULOS, para qualquer 
esfera da rede pública nacional (Municipal, Estadual ou 
Federal). A titulação acadêmica mínima requerida para o 
docente da rede pública será o Ensino Médio na 
modalidade NORMAL. 
Determina a participação efetiva de todos os segmentos da 
comunidade escolar no cotidiano da escola e nas tomadas 
de decisão. 
A oferta do ensino público será sempre norteada por 
padrões de qualidade mínimos a serem observados por 
todas as instituições autorizadas a atuar nessa área. 
 
Legislação da Educação 
 
2/73 www.profdalmoazevedo.com.br 
profdalmoazevedo@gmail.com 
www.facebook.com/dalmo.azevedo 
www.youtube.com/c/professordalmoazevedo 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de 
trabalhadores considerados profissionais da educação básica e 
sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus 
planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 53, de 2006) 
 
3 – AUTONOMIA DAS UNIVERSIDADES 
 
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, 
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão 
ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e 
extensão. 
 
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 11, de 1996) 
 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa 
científica e tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
11, de 1996) 
 
4 – DEVERES DO ESTADO 
 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado 
mediante a garantia de: 
 
Vale ressaltar neste artigo o fato do termo em destaque ser Estado, 
e não Estados como costumamos observar. Isso significa que todos 
os deveres que aqui estudaremos serão da República Federativa do 
Brasil formada, segundo o artigo 1º da CF, pela União, pelos 
Estados-Membros, pelo Distrito Federal e pelos Municípios. 
 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 
(dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita 
para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide 
Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
 
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 
(cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 53, de 2006) 
 
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de 
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; 
 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da 
criação artística, segundo a capacidade de cada um; 
 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do 
educando; 
 
VII - atendimento ao educando,em todas as etapas da educação 
básica, por meio de programas suplementares de material didático 
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
 
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público 
subjetivo. 
 
 
 
§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder 
Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da 
autoridade competente. 
 
§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino 
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou 
responsáveis, pela frequência à escola. 
 
5 – O ENSINO NA INICIATIVA PRIVADA 
 
Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as 
seguintes condições: 
 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; 
 
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
 
 A iniciativa privada poderá explorar a atividade de 
serviço de educação de forma livre, desde que atenda a exigências 
legais estabelecidas em dispositivos específicos, como a CF, LDB, 
PCN, DCN, normas do Conselho Nacional de Educação, e normas 
dos conselhos Estaduais e Municipais de Educação. 
 
6 – CONTEÚDOS CURRICULARES 
 
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino 
fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e 
respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. 
 
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá 
disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino 
fundamental. 
 
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua 
portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a 
utilização de suas línguas maternas e processos próprios de 
aprendizagem. 
 
7 – ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS EDUCACIONAIS 
 
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. 
 
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos 
Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e 
exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e 
supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades 
educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante 
assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, 
de 1996) 
 
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 14, de 1996) 
 
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no 
ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 14, de 1996) 
 
Inciso importantíssimo por ter modificado um padrão 
antigo de forma profunda. Até 2009, a gratuidade só era 
oferecida para o ensino fundamental. Agora, TODA A 
EDUCAÇÃO BÁSICA (exceto creche) deverá ser 
gratuita até os 17 anos de idade. 
Creche: 0 a 3 anos de idade; 
Pré-Escola: 4 a 5 anos de idade. 
Direito Público Subjetivo: Importa a possibilidade de 
exigência do cumprimento de forma integral de um 
direito, mediante ação judicial ou extrajudicial. 
 
 
Legislação da Educação 
 
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§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de 
colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino 
obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 
2009) 
 
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao 
ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 
2006) 
 
7 – DESTINAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS 
 
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por 
cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino. 
 
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos 
Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito 
do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a 
transferir. 
 
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste 
artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual 
e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213. 
 
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao 
atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se 
refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e 
equidade, nos termos do plano nacional de educação. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
 
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à 
saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos 
provenientes de contribuições sociais e outros recursos 
orçamentários. 
 
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de 
financiamento a contribuição social do salário-educação, 
recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
 
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da 
contribuição social do salário-educação serão distribuídas 
proporcionalmente ao número de alunos matriculados na 
educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
 
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas 
públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, 
confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: 
 
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes 
financeiros em educação; 
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola 
comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no 
caso de encerramento de suas atividades. 
§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados 
a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma 
da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, 
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública 
na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público 
obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na 
localidade. 
 
§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento 
à inovação realizadas por universidades e/ou por instituições de 
educação profissional e tecnológica poderão receber apoio 
financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 85, de 2015) 
 
8 – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO 
 
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de 
duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional 
de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, 
objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a 
manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos 
níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos 
poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam 
a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
 
I - erradicação do analfabetismo; 
 
II - universalização do atendimento escolar; 
 
III - melhoria da qualidade do ensino; 
 
IV - formação para o trabalho; 
 
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. 
 
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em 
educação como proporção do produto interno bruto. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
 
CAPÍTULO 2 – LEI 8.112/90 
(REGIME JURÍDICO ÚNICO) 
 
 Importante capítulo, em que trabalharemos um assunto 
muito abordado em MUITOS concursos no Brasil. 
 
1 – REGIME JURÍDICO ÚNICO 
 
 Todo servidor público terá sua função regida por um 
Estatuo. No caso dos FEDERAIS, a Lei 8.112/90 será a 
responsávelpor esse controle. 
 Antes de mais nada, se faz necessário entender o termo 
REGIME JURÍDICO ÚNICO. 
Uma breve história: Com a promulgação da 
Constituição Federal de 1988, através do art. 39, ficou 
estabelecido que União, Estados, Distrito Federal e Municípios 
deveriam adotar um regime jurídico único, ou seja, determinar 
a regência de seus servidores (abrangidos por sua jurisdição) 
através da regime de Direito Público ou de Direito Privado. 
 Em 1990, com a edição da Lei 8.112, a União se 
decidiu pelo regime estatutário. Porém, alguns servidores da 
União naquele momento eram regidos pela CLT. Para resolver 
esse conflito, a Lei 8.112 trouxe em seu art. 243 §1º a conversão 
Importantíssimo observar que os valores percentuais 
mínimos exigidos a serem destinados ao mantimento da 
Educação pelos membros da Federação estão atrelados 
aos montantes adquiridos mediante IMPOSTOS pagos 
pela população, E NÃO PELA INTEGRALIDADE DE 
RECURSOS EMANADOS DAS MAIS DIVERSAS 
FONTES DE ARRECADAÇÃO. 
 
Salário-Educação é uma contribuição social paga pelas 
empresas anualmente em função do número de 
empregados contratados com carteira de trabalho 
assinada. 
Instituições Privadas de ensino (exceção das particulares) 
poderão receber dinheiro público para custear suas 
despesas, desde que atendam às exigências previstas no 
incisos desse artigo. 
 
 
Legislação da Educação 
 
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destes para servidores públicos. 
 Art. 243. § 1o Os empregos ocupados pelos servidores 
incluídos no regime instituído por esta Lei ficam transformados em 
cargos, na data de sua publicação. 
 Porém, com a Emenda Constitucional 19 de 1998, o 
caput do artigo 39 foi alterado, extinguindo assim o Regime 
Jurídico Único. Surgiu a possibilidade de seleção entre os 
regimes de trabalho. Para não “enrolar” demais a situação, foi 
editada a Lei 9.962/00 pela União, regendo a situação dos 
CELETISTAS que trabalhavam para a União. 
 Bagunça armada, bagunça resolvida. Em 2007, o STF 
decidiu pela perda da eficácia do artigo 39 da CF, retomando a 
interpretação do artigo primitivo como atual. Pronto, voltamos 
a viver sobre a chancela do Estatuto. 
 Coisa de maluco né, mas determinante para começarmos 
nosso trabalho. 
 
2 – FORMAS DE PROVIMENTO DE CARGO PÚBLICO 
 
 Para ocupação de um cargo público, tal cargo deve ser 
provido a alguém. Para isso, o Estatuto do Servidor determinou, de 
forma TAXATTIVA, as formas de acesso ao cargo. Vamos a elas. 
 
 Art. 8o São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
 
 Tais formas de provimento seguem uma classificação 
bem simples. Provimento Originário e Provimento Derivado, 
sendo a NOMEAÇÃO a única forma reconhecida como de 
provimento originário. 
 Necessário se faz estabelecer aqui uma interessante 
distinção entre as situações de acesso ao cargo público. Os cargos 
podem ser de natureza: 
 
Art. 37 II CF - a investidura em cargo ou emprego público 
depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de 
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do 
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração; 
 
Efetiva Comissionada 
Acesso ao cargo somente 
mediante Concurso Público 
Acesso mediante livre 
nomeação e livre exoneração. 
Garante Estabilidade ao 
Servidor após aprovação em 
Estágio Probatório 
Não existirá estabilidade nem 
análise de desempenho através 
de Estágio. 
 
2.1 – NOMEAÇÃO 
 
 Ato administrativo de convocação de um aprovado em 
concurso anterior para assunção de cargo público. A nomeação é 
apenas um chamamento ao acesso ao cargo. Para efetivo acesso, 
deve-se observar a seguinte sequência. 
 
 
 
 
 
 
NOMEAÇÃO 
 
 
 
 
 
POSSE 
 
 
 
 
EXERCÍCIO 
 
IPC!!!! Da data da nomeação até a posse, o prazo será de 30 
dias. Caso não seja respeitado esse prazo, o ato de nomeação se 
tornará sem efeito. 
IPC2!!! Da data da posse para o exercício efetivo do cargo, o 
prazo será de 15 dias. Caso não seja respeitado esse prazo, o 
servidor será exonerado do cargo. 
 
Requisitos para posse: 
 
 Declaração de Bens e Valores; 
 Atestado Médico oficial; 
 Caso seja necessário, a posse pode ser feita mediante 
Procuração Específica. 
 
No caso de exercício, só poderá ser realizado pelo 
próprio servidor, por ser um instituto personalíssimo. 
 
2.1.1 – ESTÁGIO PROBATÓRIO E ESTABILIDADE 
 
 Após o início do exercício do serviço público, o servidor 
deverá provar, durante 3 anos, sua real condição de atuação 
naquele cargo específico através de avaliações de desempenho. É o 
chamado ESTÁGIO PROBATÓRIO. Comprovada sua capacidade 
de atuação, o servidor estará apto a receber da Administração a 
condição de SERVIDOR ESTÁVEL. 
 
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo 
de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por 
período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão 
e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do 
cargo, observados os seguinte fatores: (vide EMC nº 19) 
I - assiduidade; 
II - disciplina; 
III - capacidade de iniciativa; 
IV - produtividade; 
V- responsabilidade. 
 
Art. 41 - São estáveis após três anos de efetivo exercício os 
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude 
de concurso público. 
 
2.2 – PROMOÇÃO 
 
 Não está regulada, apesar de prevista, pela Lei 8.112. Sua 
definição é doutrinária. 
 Promoção é a troca de nível ou classe DENTRO DO 
MESMO CARGO. De acordo com a lei que cria o cargo dentro da 
Instituição, fica estabelecida a progressão funcional dentro da 
carreira. Aí entra a promoção. 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
 
Legislação da Educação 
 
5/73 www.profdalmoazevedo.com.br 
profdalmoazevedo@gmail.com 
www.facebook.com/dalmo.azevedo 
www.youtube.com/c/professordalmoazevedo 
IPC!!! Readaptação produz mudança de FUNÇÃO, e não 
de CARGO. Mudança de cargo foi (acesso ou ascensão) foi 
considerada INCONSTITUCIONAL. 
IPC2!!! Promoção e Readaptação são considerada formas 
híbridas, pois tanto funcionam como PROVIMENTO como 
funcionam como VACÂNCIA de cargo. 
 
 
Art. 37 XVI CF - é vedada a acumulação remunerada de 
cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de 
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso 
XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou 
científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, 
de 1998) 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de 
saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 34, de 2001) 
 
2.3 - READAPTAÇÃO 
 
 Ocorre quando o servidor sofre uma limitação, 
temporária ou definitiva, em suas faculdades físicas ou mentais. 
Após o período de licença para tratamento médico (de no máximo 
24 meses), o servidor deverá retornar ao serviço. Dependendo do 
grau da lesão sofrida, o servidor poderá ser aposentado por 
invalidez ou readaptado em outra função de remuneração e 
requisitos compatíveis com a original. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4 - REVERSÃO 
 
Reversão é o retorno do servidor APOSENTADO ao 
ordenamento administrativo. 
 
2.5 – REINTEGRAÇÃO 
 
 É o retorno do servidor estável através da anulação de 
uma demissão injusta por via judicial. 
 
IPC!!! No caso de imputação de infração que gere ações tanto 
na esfera administrativa quanto na criminal, caso o servidor 
seja ABSOLVIDO naesfera criminal por NEGATIVA DE 
AUTORIA ou INEXISTÊNCIA DE FATO a demissão gerada 
pelo PAD será automaticamente anulada, obrigando a 
reintegração do servidor. Caso seja absolvido por FALTA DE 
PROVAS, não existirá a reintegração. 
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será 
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência 
do fato ou sua autoria. 
 
 
2.6 - APROVEITAMENTO 
 
 É o retorno do servidor posto em disponibilidade, que é 
uma forma de inatividade gerada quando um cargo é extinto ou sua 
continuidade é declarada desnecessária. Importante salientar que o 
servidor posto em disponibilidade não perceberá remuneração 
integral, e sim proporcional ao tempo de serviço. 
 
2.7 - RECONDUÇÃO 
 
 Forma de provimento que recai sobre o servidor estável. 
Por conta de uma situação o servidor é retirado de sua atual 
situação com a Administração Pública. Quando estável em outro 
cargo anterior, este será reconduzido ao cargo antigo. Caso não 
possua cargo estável anterior, ocorrerá a exoneração. 
Pode ocorrer em duas situações: inabilitação em estágio 
probatório ou por conta do retorno do reintegrado. 
 
3 – FORMAS DE VACÂNCIA DE CARGO PÚBLICO 
 
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: 
I – exoneração; 
II – demissão; 
III – promoção; 
VI – readaptação; 
VII – aposentadoria; 
VIII – posse em outro cargo inacumulável; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IX – falecimento. 
 
4 – FORMAS DE DESLOCAMENTO DE CARGO 
PÚBLICO 
 
 São formas de movimentação de servidor que não geram 
nem provimento nem vacância de cargo público. 
 
4.1 – REMOÇÃO 
 
Art. 36. Lei 8.112 Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido 
ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de 
sede. 
 
 Remoção pode ocorrer, como estabelecido na lei: 
 
 De Ofício: O servidor é removido por ordem da 
Administração. Servidor removido receberá ajuda de 
custo, que poderá atingir até 3 vezes a remuneração 
normal. Além disso, o servidor terá no mínimo 10 e no 
máximo 30 dias para entrar em serviço na nova sede. 
 A Pedido: Ocorre no interesse da administração, para 
acompanhar cônjuge ou companheiro, saúde do servidor 
– cônjuge – companheiro ou dependente que viva as suas 
expensas e no caso de concurso de remoção. 
 
4.2 - REDISTRIBUIÇÃO 
 
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento 
efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, 
para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia 
apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes 
preceitos: 
I - interesse da administração; 
II - equivalência de vencimentos; 
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; 
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade 
das atividades; 
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação 
profissional; 
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades 
institucionais do órgão ou entidade. 
 
4.3 – SUBSTITUIÇÃO 
 
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou 
chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão 
substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, 
previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou 
entidade. 
§ 1.º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem 
prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de 
direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, 
impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do 
cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc34.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc34.htm#art1
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deles durante o respectivo período. 
§ 2.º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo 
ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza 
Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do 
titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção 
dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido 
período. 
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de 
unidades administrativas organizadas em nível de assessoria. 
 
5 – SISTEMA REMUNERATÓRIO 
 
5.1 – REMUNERAÇÃO (ART. 41 LEI 8.112/90) 
 
 É o somatório do vencimento básico com as vantagens 
percebidas pelo servidor quando em cargo público. Vencimento é 
o valor básico percebido por servidor por conta do cargo público e 
vantagem é o direito adicional percebido por um servidor por 
conta de sua situação específica. 
 
5.2 – PROVENTO 
 
 Valor percebido por servidor que se encontra em 
INATIVIDADE. 
5.3 – SUBSÍDIO 
 
 Parcela única percebida pelo servidor em conta de seu 
cargo. Pode ser percebido de forma obrigatória (carreira pré-
determinada na Constituição Federal) e facultativo (cargos 
instituídos em carreira). 
 
Art. 39 § 4º CF - O membro de Poder, o detentor de mandato 
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e 
Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado 
em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, 
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie 
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no Art. 
37, X e XI. 
 
5.4 – VANTAGENS 
 
 Valores percebidos pela PESSOA provida em cargo 
público. Podem ser: 
 
Art. 49 Lei 8.112. Além do vencimento, poderão ser pagas ao 
servidor as seguintes vantagens: 
I - indenizações; 
II - gratificações; 
III - adicionais. 
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou 
provento para qualquer efeito. 
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao 
vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei. 
 
Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem 
acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros 
acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico 
fundamento. 
 
5.4.1 – INDENIZAÇÕES 
 
Art. 51. Constituem indenizações ao servidor: 
I - ajuda de custo; 
II - diárias; 
III - transporte. 
IV - auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) 
 
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de 
instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter 
exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter 
permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a 
qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que 
detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na 
mesma sede. 
 
 Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter 
eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou 
para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a 
indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, 
alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em 
regulamento. 
 
Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que 
realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção 
para a execução de serviços externos, por força das atribuições 
próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento. 
 
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das 
despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel 
de moradia ou com meio de hospedagem administrado por 
empresa hoteleira, no prazo de um mêsapós a comprovação da 
despesa pelo servidor. 
 
Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo 
superior a 8 (oito) anos dentro de cada período de 12 (doze) anos. 
5.4.2 – GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS 
 
 Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, 
serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, 
gratificações e adicionais: 
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e 
assessoramento; 
 II - gratificação natalina; 
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou 
penosas; 
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; 
VI - adicional noturno; 
VII - adicional de férias; 
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho. 
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. 
 
Gratificação Adicionais 
 
Função de Confiança 
Periculosidade, Insalubridade, 
Atividades Penosas 
Natalina Adicional Noturno 
Certificação por Encargos de 
Cursos e Concursos 
 
Férias 
 
6 – LICENÇAS 
 
6.1 – TRATAMENTO DE SAÚDE EM PESSOA DA 
FAMÍLIA 
 
 Prazo de 30 + 30 com remuneração, + 90 dias sem 
remuneração, totalizando 150 dias; 
 Deve ser precedido de exame médico por junta. 
 
6.2 – TRATAMENTO DA PRÓPRIA SAÚDE 
 
 Prazo máximo de 24 meses; 
 Após, ou o servidor será aposentado por invalidez ou 
readaptado; 
 O período de 24 meses será remunerado e contará 
como tempo de serviço. 
 
6.3 – POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CONJUGE 
OU COMPANHEIRO 
 
 Sem remuneração; 
 Não conta como efetivo exercício; 
 Prazo indeterminado. 
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IPC!!! Não confundir licença para capacitação com 
afastamento para participação em curso de formação. 
 
Art. 37 § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de 
direito privado prestadoras de serviços públicos responderão 
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
6.4 – PARA SERVIÇO MILITAR 
 
 Conta como efetivo exercício; 
 Prazo determinado; 
 Quando desconvocado, 30 dias para retornar ao 
serviço. 
 
6.5 – PARA CAPACITAÇÃO 
 
 Servidor deve ser estável; 
 Se dá a cada 5 anos de efetivo exercício; 
 Até 3 meses de licença com remuneração; 
 Não ocorre em estágio probatório; 
 Inacumulável. 
 
 
 
 
 
6.6 – TRATAMENTO DE ASSUNTOS PARTICULARES 
 
 Até 3 anos, prorrogável por igual período; 
 Critério de discricionariedade; 
 Não conta como efetivo exercício; 
 Não pode estar em estágio probatório. 
 
6.7 – POR ACIDENTE EM SERVIÇO 
 
 Licença remunerada; 
 Conta como efetivo exercício. 
 
6.8 – PATERNIDADE, GESTANTE E ADOTANTE 
 
 Gestante – 120 dias; 
 Paternidade – 5 dias para registrar; 
 Adotante – Maior de 1 ano (30 dias), Menor de 1 ano 
(90 dias); 
 Natimorto: 30 dias após o parto, deve ocorrer 
inspeção médica; 
 Aborto espontâneo: 30 dias de repouso remunerado 
 
7 – CONCESSÕES 
 
 1 dia doação de sangue; 
 2 dia para alistamento eleitoral; 
 8 dias para casamento; 
 8 dias para caso luto. 
 
8 – RESPONSABILIDADE DO SERVIÇO 
 
 O servidor público sempre terá sua responsabilidade 
analisada de forma SUBJETIVA, determinando dolo ou culpa de 
seus atos. Assim, o servidor em atuação poderá responder não 
somente na esfera administrativa mas, de acordo com os resultados 
de seu ato, responderá também nas esferas cível e criminal. 
 
 
 
 
 
 
 
Lei 8.112/90 
Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente 
pelo exercício irregular de suas atribuições. 
 
Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou 
comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário 
ou a terceiros. 
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e 
contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
 
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato 
omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou 
função. 
 
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão 
cumular-se, sendo independentes entre si. 
 
 No caso de ato que cause prejuízo ao erário, o servidor 
terá um prazo de 30 dias para ressarcir os cofres públicos, podendo 
em negociação parcelar a devolução, com valor da parcela no 
mínimo de 10% do valor da remuneração, do provento ou da 
pensão do servidor. No caso de recebimento de pagamento 
indevido, paga-se em uma única parcela. Se o servidor estiver em 
débito no momento da demissão, terá um prazo de 60 dias para 
pagar a dívida. Caso não pague, entrará na dívida ativa. 
 
8.1 – DEVERES E PROIBIÇÕES DO SERVIDOR 
 
Art. 116. São deveres do servidor: 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente 
ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, 
ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do 
cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver 
suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra 
autoridade competente para apuração; 
VII - zelar pela economia do material e a conservação do 
patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será 
encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade 
superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao 
representando ampla defesa. 
 
 Art. 117. Ao servidor é proibido: 
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia 
autorização do chefe imediato; 
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, 
qualquer documento ou objeto da repartição; 
III - recusar fé a documentos públicos; 
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e 
processo ou execução de serviço; 
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da 
repartição; 
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos 
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade ou de seu subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a 
associação profissional ou sindical, ou a partido político; 
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de 
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau 
civil; 
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, 
em detrimento da dignidade da função pública; 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
 
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qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou 
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro; 
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de 
qualquer espécie, em razão de suas atribuições; 
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
XV - proceder de forma desidiosa; 
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em 
serviços ou atividades particulares; 
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo 
que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; 
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com 
o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; 
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando 
solicitado. 
 
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: 
I - crime contra a administração pública; 
II - abandono de cargo; 
III - inassiduidade habitual; 
IV - improbidade administrativa; 
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
VI - insubordinação grave em serviço; 
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em 
legítima defesa própria ou de outrem; 
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do 
cargo; 
X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio 
nacional; 
XI - corrupção; 
XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
 
9 – PENALIDADES 
 
 Art. 127. São penalidades disciplinares: 
I - advertência; 
 
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de 
violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e 
XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, 
regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição 
de penalidade mais grave. 
 
II - suspensão; 
 
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das 
faltas punidas com advertência e de violação das demais 
proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de 
demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. 
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o 
servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a 
inspeção médica determinada pela autoridade competente, 
cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a 
determinação. 
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade 
de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% 
(cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, 
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. 
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão 
seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 
(cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor 
não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. 
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá 
efeitos retroativos. 
 
III - demissão; 
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
 
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do 
inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a 
demissão. 
 
V - destituição de cargo em comissão; 
VI - destituição de função comissionada. 
 
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não 
ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração 
sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. 
 Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, 
por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o 
ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo 
prazo de 5 (cinco) anos. 
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal 
o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão 
por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. 
 
9.1 – PRESCRIÇÃO DAS PENALIDADES 
 
Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: 
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com 
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e 
destituição de cargo em comissão; 
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. 
§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato 
se tornou conhecido. 
§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às 
infrações disciplinares capituladas também como crime. 
§ 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo 
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida 
por autoridade competente. 
§ 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a 
correr a partir do dia em que cessar a interrupção. 
 
9.2 – COMPETÊNCIA PARA APLICAÇÃO DAS 
PENALIDADES 
 
Penalidade Competente 
 
 
 
Demissão 
Presidente da República 
Presidente das Casas 
Legislativas 
Presidente dos Tribunais 
Federais 
Procurador Geral da 
República 
Suspensão mais de 30 dias Autoridades inferiores das 
acima 
 
Suspensão até 30 dias 
Chefe da repartição e 
outras, na forma do 
regulamento ou regimento 
 
 
Destituição de cargo 
Chefe da repartição e 
outras, na forma do 
regulamento ou regimento 
Autoridade que realizou a 
nomeação 
 
10 – PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR 
GENÉRICO 
 
 Divide-se em: 
 
 Sindicância: Aplica-se em situações de advertência ou 
suspensão de até 30 dias. Prazo: 30 + 30. Pode resultar 
arquivamento, indicação de aplicação da pena e 
 
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instauração do PAD. 
 Processo Administrativo Disciplinar: Aplica-se em 
situações de suspensão por mais de 30 dias ou demissão. 
Prazo: 60 + 60. 
 Processo Sumário: Casos de demissão por abandono de 
cargo, inassiduidade habitual e acumulação ilegal. Prazo: 
30 + 15. 
10.1 – FASES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 
DISCIPLINAR 
 
 Instauração: Estabelecimento do processo. 
 Inquérito: Instrução, Defesa e Relatório. 
 Julgamento: Decisão Final. 
 
CAPÍTULO 3 – DECRETO 1.171/94 
(CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL) 
 
1 – REGRAS DEONTOLÓGICAS 
 
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos 
princípios morais são primados maiores que devem nortear o 
servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora 
dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder 
estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados 
para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. 
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento 
ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o 
legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o 
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente 
entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 
37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. 
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à 
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de 
que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e 
a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá 
consolidar a moralidade do ato administrativo. 
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos 
pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por 
isso se exige, como contrapartida, que a moralidade 
administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável 
de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como 
conseqüência, em fator de legalidade. 
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a 
comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio 
bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito 
desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. 
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, 
portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. 
Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua 
vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na 
vida funcional. 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigaçõespoliciais 
ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a 
serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, 
nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo 
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua 
omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a 
quem a negar. 
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode 
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria 
pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado 
pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito 
do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até 
mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. 
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao 
serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal 
uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente 
significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a 
qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, 
por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao 
equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens 
de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas 
esperanças e seus esforços para construí-los. 
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução 
que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a 
formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na 
prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética 
ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral 
aos usuários dos serviços públicos. 
XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de 
seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, 
assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o 
descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de 
corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da 
função pública. 
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de 
trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase 
sempre conduz à desordem nas relações humanas. 
XIII - 0 servidor que trabalha em harmonia com a estrutura 
organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, 
colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade 
pública é a grande oportunidade para o crescimento e o 
engrandecimento da Nação. 
 
2 – DEVERES DO SERVIDOR 
 
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou 
emprego público de que seja titular; 
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, 
pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações 
procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer 
outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em 
que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao 
usuário; 
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do 
seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas 
opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; 
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição 
essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a 
seu cargo; 
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o 
processo de comunicação e contato com o público; 
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios 
éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços 
públicos; 
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, 
respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os 
usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito 
ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, 
cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de 
causar-lhes dano moral; 
h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de 
representar contra qualquer comprometimento indevido da 
estrutura em que se funda o Poder Estatal; 
i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de 
contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer 
favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações 
imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las; 
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências 
específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; 
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua 
ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo 
negativamente em todo o sistema; 
m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato 
ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências 
cabíveis; 
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo 
os métodos mais adequados à sua organização e distribuição; 
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a 
melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a 
realização do bem comum; 
 
Legislação da Educação 
 
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p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao 
exercício da função; 
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e 
a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; 
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções 
superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto 
possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre 
em boa ordem. 
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de 
direito; 
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que 
lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos 
legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos 
jurisdicionados administrativos; 
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou 
autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo 
que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer 
violação expressa à lei; 
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a 
existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral 
cumprimento. 
 
3 – VEDAÇÕES AO SERVIDOR 
 
XV - E vedado ao servidor público; 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição 
e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para 
outrem; 
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou 
de cidadãos que deles dependam; 
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com 
erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de 
sua profissão; 
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício 
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral 
ou material; 
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu 
alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; 
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, 
paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o 
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas 
hierarquicamente superiores ou inferiores; 
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de 
ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou 
vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer 
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar 
outro servidor para o mesmo fim; 
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar 
para providências; 
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do 
atendimento em serviços públicos; 
j) desviar servidor público para atendimento a interesse 
particular; 
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, 
qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio 
público; 
m) fazer uso de informações privilegiadasobtidas no âmbito 
interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de 
amigos ou de terceiros; 
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele 
habitualmente; 
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a 
moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; 
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a 
empreendimentos de cunho duvidoso. 
 
4 – COMISSÕES DE ÉTICA 
 
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública 
Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer 
órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder 
público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada 
de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no 
tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, 
competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de 
procedimento susceptível de censura. 
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos 
encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, 
os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e 
fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos 
próprios da carreira do servidor público. 
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de 
Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo 
parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do 
faltoso. 
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-
se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato 
ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza 
permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição 
financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer 
órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações 
públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde 
prevaleça o interesse do Estado. 
 
CAPÍTULO 4 – LEI 9.394 /96 
(LEI DE DIRETRIZES E BASES) 
 
1 – CONCEITOS E PRINCÍPIOS 
 
TÍTULO I 
DA EDUCAÇÃO 
 
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se 
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no 
trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos 
sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações 
culturais. 
 
§ 1º Esta lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, 
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. 
 
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho 
e à prática social. 
 
TÍTULO II 
DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL 
 
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos 
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem 
por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios: 
 
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na 
escola; 
 
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, 
o pensamento, a arte e o saber; 
 
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
 
 
EDUCAÇÃO X ENSINO. Atualmente, consideramos 
como EDUCAÇÃO tudo aquilo que contribui para a 
formação da pessoa. Cultura, esporte, trabalho, instituições 
de ensino e outros. ENSINO por si só é o aprendizado 
adquirido dentro da instituição escolar. 
 
Legislação da Educação 
 
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IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
 
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
 
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
 
VII – valorização do profissional da educação escolar; 
 
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e 
da legislação dos sistemas de ensino; 
IX – garantia de padrão de qualidade; 
 
X – valorização da experiência extraescolar; 
 
XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas 
sociais. 
 
TÍTULO III 
DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR 
 
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será 
efetivado mediante a garantia de: 
 
I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os 
que a ele não tiveram acesso na idade própria; 
 
 
 
 
 
 
II – universalização do ensino médio gratuito; 
 
III – atendimento educacional especializado gratuito aos 
educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede 
regular de ensino; 
IV – atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de 
zero a seis anos de idade; 
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da 
criação artística, segundo a capacidade de cada um; 
 
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do 
educando; 
 
VII – oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, 
com características e modalidades adequadas às suas 
necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem 
trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola; 
 
VIII – atendimento ao educando, no ensino fundamental público, 
por meio de programas suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; 
 
IX – padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a 
variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos 
indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem; 
 
2 – NÍVEIS E MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E 
ENSINO 
 
Art. 21. A educação escolar compõe-se de: 
 
I – educação básica, formada pela educação infantil, ensino 
fundamental e ensino médio; 
 
II – educação superior 
 
 
2.1 – FINALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o 
educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o 
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no 
trabalho e em estudos posteriores. 
 
2.2 – ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, 
períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de 
estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência 
e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, 
sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o 
recomendar. 
 
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se 
tratar de transferências entre estabelecimentos situados no país e 
no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais. 
 
 
Séries Anuais: Modelo mais comum em nosso País. O 
aluno terá um ano letivo para atingir todos os objetivos 
estabelecidos naquele nível de educação. 
Períodos Semestrais: O aluno terá um semestre (seis 
meses) para atingir os objetivos estabelecidos. Muito 
comum no caso do EJA. 
Ciclos: O aluno terá um tempo maior para atingir os 
objetivos propostos para o seu nível, sendo mais do que 
apenas um ano, como no sistema de Séries Anuais. 
Grupos Não Seriados: Os alunos são organizados com 
base em critérios específicos, como idade, por exemplo. A 
intenção é agrupar alunos de interesses e mentalidade 
parecida em convívio comum. 
Alternância Regular de Períodos de Estudos: Muito 
comum na educação para a população da área rural, pois a 
distância do local de estudo e de sua residência é 
considerável. 
 
Por força do artigo 208, I da CF, consideramos esse inciso 
como REVOGADO TACITAMENTE. Logo, para questão de 
concurso, não possui validade. Devemos lembrar que, 
segundo a CF, a gratuidade e obrigatoriedade agora é 
estendida a toda educação básica, dos 4 aos 17 anos. 
 
Concepções Pedagógicas:. 
Pedagogia Liberal – Todos os alunos recebem as mesmas 
oportunidades, e a dificuldade de aprendizado é culpa da falta 
de esforço do indivíduo. Se divide em 4 tendências: 
TRADICIONAL, emque o professor é o centro do saber, 
RENOVADA PROGRESSIVISTA, que considera os 
interesses infantis na preparação da aula pelo professor, 
RENOVADA NÃO-DIRETIVA, que dá liberdade ao aluno 
para aprender, sendo o professor um mero facilitador da 
aprendizagem, e TECNICISTA, em que a importância é a 
preparação do educando para o mercado de trabalho. 
Pedagogia Progressista - Sustentam implicitamente as 
finalidades sociopolíticas da educação. Dividida em 3 
tendências: LIBERTADORA, determinando a importância de 
trazer o cotidiano do aluno para servirem de temas geradores 
da aula, LIBERTÁRIA, prega a importância da vivência em 
grupo na discussão das problemáticas sociais, e CRÍTICO 
SOCIAL DOS CONTEÚDOS, que valoriza a importância 
dos conteúdos escolares na formação do educando. 
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da 
gestão democrática do ensino público na educação básica, 
de acordo com as suas peculiaridades e conforme os 
seguintes princípios: 
 
I - participação dos profissionais da educação na 
elaboração do projeto pedagógico da escola; 
 
II - participação das comunidades escolar e local em 
conselhos escolares ou equivalentes. 
 
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§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades 
locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo 
sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas 
letivas previsto nesta lei. 
 
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os 
sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua 
adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, 
especialmente: 
 
I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais 
necessidades e interesses dos alunos da zona rural; 
 
II – organização escolar própria, incluindo adequação do 
calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições 
climáticas; 
 
III – adequação à natureza do trabalho na zona rural. 
 
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será 
organizada de acordo com as seguintes regras comuns: 
 
I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, 
distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho 
escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando 
houver; 
 
II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira 
do ensino fundamental, pode ser feita: 
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, 
a série ou fase anterior, na própria escola; 
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras 
escolas; 
c) independentemente de escolarização anterior, mediante 
avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento 
e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou 
etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema 
de ensino; 
 
III – nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por 
série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão 
parcial, desde que preservada a sequência do currículo, 
observadas as normas do respectivo sistema de ensino; 
 
IV – poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de 
séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na 
matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros 
componentes curriculares; 
 
V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes 
critérios: 
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com 
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos 
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas 
finais; 
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso 
escolar; 
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante 
verificação do aprendizado; 
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; 
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência 
paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento 
escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus 
regimentos; 
 
VI – o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o 
disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de 
ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento 
do total de horas letivas para aprovação; 
 
VII – cabe a cada instituição de ensino expedir históricos 
escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou 
certificados de conclusão de cursos, com as especificações 
cabíveis. 
 
3 – REGRAS DE ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO 
BÁSICA 
 
 A partir de agora realizaremos um estudo mais 
aprofundado e objetivo em relação aos diferentes níveis de 
educação encontrados dentro da chamada Educação Básica. 
 
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será 
organizada de acordo com as seguintes regras comuns: 
 
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, 
distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho 
escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando 
houver; 
 
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira 
do ensino fundamental, pode ser feita: 
 
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, 
a série ou fase anterior, na própria escola; 
 
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras 
escolas; 
 
c) independentemente de escolarização anterior, mediante 
avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento 
e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou 
etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema 
de ensino; 
 
III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por 
série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão 
parcial, desde que preservada a seqüência do currículo, 
observadas as normas do respectivo sistema de ensino; 
 
IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de 
séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na 
matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros 
componentes curriculares; 
 
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes 
critérios: 
 
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com 
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos 
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas 
finais; 
 
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso 
escolar; 
 
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante 
verificação do aprendizado; 
 
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; 
 
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência 
paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento 
escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus 
regimentos; 
 
VI - o controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o 
disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de 
ensino, exigida a freqüência mínima de setenta e cinco por cento 
do total de horas letivas para aprovação; 
 
 
 
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VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos 
escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou 
certificados de conclusão de cursos, com as especificações 
cabíveis. 
 
3.1 – CURRÍCULOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino 
fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a 
ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada 
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida 
pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, 
da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, 
de 2013)§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, 
obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da 
matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da 
realidade social e política, especialmente do Brasil. 
 
§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões 
regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos 
diversos níveis da educação básica, de forma a promover o 
desenvolvimento cultural dos alunos. (Redação dada pela Lei nº 
12.287, de 2010) 
 
§ 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da 
escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, 
sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei 
nº 10.793, de 1º.12.2003) 
 
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis 
horas; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
 
II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, 
de 1º.12.2003) 
 
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em 
situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; 
(Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
 
IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 
1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
 
VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) 
 
§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as 
contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do 
povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e 
européia. 
 
§ 5º Na parte diversificada do currículo será incluído, 
obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo 
menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a 
cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da 
instituição. 
 
§ 6o A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não 
exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2o deste 
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.769, de 2008) 
 
§ 7o Os currículos do ensino fundamental e médio devem incluir 
os princípios da proteção e defesa civil e a educação ambiental de 
forma integrada aos conteúdos obrigatórios. (Incluído pela Lei 
nº 12.608, de 2012) 
 
§ 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá 
componente curricular complementar integrado à proposta 
pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no 
mínimo, 2 (duas) horas mensais. (Incluído pela Lei nº 13.006, de 
2014) 
§ 9o Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de 
todas as formas de violência contra a criança e o adolescente 
serão incluídos, como temas transversais, nos currículos escolares 
de que trata o caput deste artigo, tendo como diretriz a Lei no 
8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do 
Adolescente), observada a produção e distribuição de material 
didático adequado. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) 
 
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de 
ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo 
da história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada 
pela Lei nº 11.645, de 2008). 
 
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá 
diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a 
formação da população brasileira, a partir desses dois grupos 
étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a 
luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e 
indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade 
nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, 
econômica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação 
dada pela Lei nº 11.645, de 2008). 
 
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e 
dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de 
todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação 
artística e de literatura e história brasileiras. (Redação dada pela 
Lei nº 11.645, de 2008). 
 
Para uma visualização objetiva do exposto acima, vamos observar 
um quadro simples, que nos demonstra todo o estabelecimento do 
que é a base nacional comum e o que é a parte diversificada do 
currículo. 
 
 
BASE NACIONAL COMUM 
 
Língua Portuguesa e Literatura; 
 
Matemática; 
 
Conhecimento do Mundo Físico e Natural (Biologia, Química e 
Física) 
 
Conhecimento da Realidade Social e Política, especialmente do 
Brasil (História e Geografia) 
 
Arte 
 
Educação Física 
 
 
PARTE DIVERSIFICADA 
 
Entre outras disciplinas, a LDB obriga a inclusão do estudo de uma 
Língua Estrangeira moderna a partir da 5ª série (6º ano), escolha 
essa que ficará a cargo da comunidade escolar. 
 
3.1 – EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, 
tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 
5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e 
social, complementando a ação da família e da comunidade. 
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
 
Art. 30. A educação infantil será oferecida em: 
 
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três 
anos de idade; 
 
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II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de 
idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
 
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as 
seguintes regras comuns: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 
2013) 
 
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do 
desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, 
mesmo para o acesso ao ensino fundamental; (Incluído pela Lei 
nº 12.796, de 2013) 
 
II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, 
distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho 
educacional; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
 
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas 
diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada 
integral; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
 
IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-
escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) 
do total de horas; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
 
V - expedição de documentação que permita atestar os processos 
de desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Incluído pela Lei 
nº 12.796, de 2013) 
 
3.2 – ENSINO FUNDAMENTAL 
 
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 
(nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) 
anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, 
mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) 
 
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como 
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; 
 
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema 
político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se 
fundamenta a sociedade; 
 
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em 
vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de 
atitudes e valores; 
 
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de 
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta 
a vida social. 
 
§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino 
fundamental em ciclos. 
 
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por 
série podem adotar no ensino fundamental o regime de 
progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de 
ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo 
sistema de ensino. 
 
§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua 
portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de 
suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. 
 
§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a 
distância utilizado

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