Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APOSTILA CONCURSO Prof. Dalmo Azevedo Legislação da Educação 1/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo CAPÍTULO 1 – EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1 – INTRODUÇÃO Para darmos um correto início ao estudo do assunto Legislação da Educação no Brasil, é importante observamos as regras gerais trazidas por nossa Constituição Federal de 1998 antes de adentrarmos nas leis específicas requeridas em nosso edital. Dentro da Constituição, encontramos essas regras pontuadas nos artigos 205 a 214 do Capítulo III. Sem enrolação, vamos iniciar nossos estudos. Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Para um entendimento pleno do disposto no artigo anterior, faz-se necessário complementarmos a norma com um artigo específico de nossa Lei de Diretrizes e Bases (LDB), a Lei 9.394/96. Art. 21. A educação escolar compõe-se de: I – educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II – educação superior Dos textos expostos, podemos identificar quais são as 3 FINALIDADES da educação no Brasil, sendo elas: O pleno desenvolvimento da pessoa: Entende-se como plenamente desenvolvido o educando que conclui um curso de educação superior completa em sua vida. Conforme notamos no artigo 21 da LDB, a educação se divide em BÁSICA E SUPERIOR. Para um definitivo esclarecimento dessa informação, se faz necessário estudar outro artigo de nossa Lei, o artigo 22. Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. A conclusão do ensino médio é considerada como um desenvolvimento incompleto do educando, por ter desenvolvido apenas o pensamento crítico. A conclusão do ensino superior, garante a aquisição do considerado pensamento reflexivo, este sim consagra o desenvolvimento pleno da pessoa. O preparo para o exercício da cidadania; Cidadania no Ordenamento Jurídico Brasileiro determina a possibilidade de gozo pleno de Direitos Políticos em território nacional. A qualificação para o trabalho. 2 – PRINCÍPIOS BÁSICOS Princípios são regras fundamentais que devem ser seguidos por todos os sistemas de ensino no Brasil. São encontrados no artigo 206 de nossa Carta Magna, que apresento a você em seguida. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade. VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Esse Princípio deve ser observado pela ótica do Princípio Constitucional da Isonomia, pois em muitas oportunidades a igualdade de condições será responsável por implicar uma desigualdade de direitos entre as pessoas. Liberdade aqui consagrada pelo princípio determina ATUAÇÃO LIVRE DENTRO DE LIMITES PRÉ- ESTABELECIDOS. Tais limites são consagrados nos Parâmetros Curriculares Nacionais, nas Diretrizes Curriculares Nacionais e na Lei de Diretrizes e Bases. Consagramos com esse princípio a necessidade da criação de cidadãos capazes de questionar ou dialogar sobre todas as ideias existentes em nosso cotidiano. Além disso, trazemos aqui a possibilidade da exploração da atividade da educação por entes privados em concomitância com os entes públicos, desde que respeitem requisitos legais estabelecidos na CF, na LDB e em leis específicas. Ensino ser público significa ser ACESSÍVEL a todos. No caso do princípio aqui firmado, o Ensino Público deve ser gratuito em todos os estabelecimentos públicos oficiais. Vale ressaltar que, no caso de Instituições Privadas, o ensino será oneroso, sem desrespeito ao princípio aqui estabelecido. Aqui temos a determinação de que o acesso ao trabalho de educação só ocorrerá mediante CONCURSO PÚBLICO, necessariamente de PROVAS E TÍTULOS, para qualquer esfera da rede pública nacional (Municipal, Estadual ou Federal). A titulação acadêmica mínima requerida para o docente da rede pública será o Ensino Médio na modalidade NORMAL. Determina a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar no cotidiano da escola e nas tomadas de decisão. A oferta do ensino público será sempre norteada por padrões de qualidade mínimos a serem observados por todas as instituições autorizadas a atuar nessa área. Legislação da Educação 2/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 3 – AUTONOMIA DAS UNIVERSIDADES Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. § 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) § 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 11, de 1996) 4 – DEVERES DO ESTADO Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: Vale ressaltar neste artigo o fato do termo em destaque ser Estado, e não Estados como costumamos observar. Isso significa que todos os deveres que aqui estudaremos serão da República Federativa do Brasil formada, segundo o artigo 1º da CF, pela União, pelos Estados-Membros, pelo Distrito Federal e pelos Municípios. I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009) IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII - atendimento ao educando,em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. 5 – O ENSINO NA INICIATIVA PRIVADA Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. A iniciativa privada poderá explorar a atividade de serviço de educação de forma livre, desde que atenda a exigências legais estabelecidas em dispositivos específicos, como a CF, LDB, PCN, DCN, normas do Conselho Nacional de Educação, e normas dos conselhos Estaduais e Municipais de Educação. 6 – CONTEÚDOS CURRICULARES Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais. § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. § 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. 7 – ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS EDUCACIONAIS Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. § 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) Inciso importantíssimo por ter modificado um padrão antigo de forma profunda. Até 2009, a gratuidade só era oferecida para o ensino fundamental. Agora, TODA A EDUCAÇÃO BÁSICA (exceto creche) deverá ser gratuita até os 17 anos de idade. Creche: 0 a 3 anos de idade; Pré-Escola: 4 a 5 anos de idade. Direito Público Subjetivo: Importa a possibilidade de exigência do cumprimento de forma integral de um direito, mediante ação judicial ou extrajudicial. Legislação da Educação 3/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) § 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 7 – DESTINAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. § 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. § 2º Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213. § 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) § 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamentários. § 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) § 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respectivas redes públicas de ensino. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que: I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação; II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades. § 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade. § 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 8 – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - melhoria da qualidade do ensino; IV - formação para o trabalho; V - promoção humanística, científica e tecnológica do País. VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) CAPÍTULO 2 – LEI 8.112/90 (REGIME JURÍDICO ÚNICO) Importante capítulo, em que trabalharemos um assunto muito abordado em MUITOS concursos no Brasil. 1 – REGIME JURÍDICO ÚNICO Todo servidor público terá sua função regida por um Estatuo. No caso dos FEDERAIS, a Lei 8.112/90 será a responsávelpor esse controle. Antes de mais nada, se faz necessário entender o termo REGIME JURÍDICO ÚNICO. Uma breve história: Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, através do art. 39, ficou estabelecido que União, Estados, Distrito Federal e Municípios deveriam adotar um regime jurídico único, ou seja, determinar a regência de seus servidores (abrangidos por sua jurisdição) através da regime de Direito Público ou de Direito Privado. Em 1990, com a edição da Lei 8.112, a União se decidiu pelo regime estatutário. Porém, alguns servidores da União naquele momento eram regidos pela CLT. Para resolver esse conflito, a Lei 8.112 trouxe em seu art. 243 §1º a conversão Importantíssimo observar que os valores percentuais mínimos exigidos a serem destinados ao mantimento da Educação pelos membros da Federação estão atrelados aos montantes adquiridos mediante IMPOSTOS pagos pela população, E NÃO PELA INTEGRALIDADE DE RECURSOS EMANADOS DAS MAIS DIVERSAS FONTES DE ARRECADAÇÃO. Salário-Educação é uma contribuição social paga pelas empresas anualmente em função do número de empregados contratados com carteira de trabalho assinada. Instituições Privadas de ensino (exceção das particulares) poderão receber dinheiro público para custear suas despesas, desde que atendam às exigências previstas no incisos desse artigo. Legislação da Educação 4/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo destes para servidores públicos. Art. 243. § 1o Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime instituído por esta Lei ficam transformados em cargos, na data de sua publicação. Porém, com a Emenda Constitucional 19 de 1998, o caput do artigo 39 foi alterado, extinguindo assim o Regime Jurídico Único. Surgiu a possibilidade de seleção entre os regimes de trabalho. Para não “enrolar” demais a situação, foi editada a Lei 9.962/00 pela União, regendo a situação dos CELETISTAS que trabalhavam para a União. Bagunça armada, bagunça resolvida. Em 2007, o STF decidiu pela perda da eficácia do artigo 39 da CF, retomando a interpretação do artigo primitivo como atual. Pronto, voltamos a viver sobre a chancela do Estatuto. Coisa de maluco né, mas determinante para começarmos nosso trabalho. 2 – FORMAS DE PROVIMENTO DE CARGO PÚBLICO Para ocupação de um cargo público, tal cargo deve ser provido a alguém. Para isso, o Estatuto do Servidor determinou, de forma TAXATTIVA, as formas de acesso ao cargo. Vamos a elas. Art. 8o São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; II - promoção; V - readaptação; VI - reversão; VII - aproveitamento; VIII - reintegração; IX - recondução. Tais formas de provimento seguem uma classificação bem simples. Provimento Originário e Provimento Derivado, sendo a NOMEAÇÃO a única forma reconhecida como de provimento originário. Necessário se faz estabelecer aqui uma interessante distinção entre as situações de acesso ao cargo público. Os cargos podem ser de natureza: Art. 37 II CF - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; Efetiva Comissionada Acesso ao cargo somente mediante Concurso Público Acesso mediante livre nomeação e livre exoneração. Garante Estabilidade ao Servidor após aprovação em Estágio Probatório Não existirá estabilidade nem análise de desempenho através de Estágio. 2.1 – NOMEAÇÃO Ato administrativo de convocação de um aprovado em concurso anterior para assunção de cargo público. A nomeação é apenas um chamamento ao acesso ao cargo. Para efetivo acesso, deve-se observar a seguinte sequência. NOMEAÇÃO POSSE EXERCÍCIO IPC!!!! Da data da nomeação até a posse, o prazo será de 30 dias. Caso não seja respeitado esse prazo, o ato de nomeação se tornará sem efeito. IPC2!!! Da data da posse para o exercício efetivo do cargo, o prazo será de 15 dias. Caso não seja respeitado esse prazo, o servidor será exonerado do cargo. Requisitos para posse: Declaração de Bens e Valores; Atestado Médico oficial; Caso seja necessário, a posse pode ser feita mediante Procuração Específica. No caso de exercício, só poderá ser realizado pelo próprio servidor, por ser um instituto personalíssimo. 2.1.1 – ESTÁGIO PROBATÓRIO E ESTABILIDADE Após o início do exercício do serviço público, o servidor deverá provar, durante 3 anos, sua real condição de atuação naquele cargo específico através de avaliações de desempenho. É o chamado ESTÁGIO PROBATÓRIO. Comprovada sua capacidade de atuação, o servidor estará apto a receber da Administração a condição de SERVIDOR ESTÁVEL. Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: (vide EMC nº 19) I - assiduidade; II - disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade; V- responsabilidade. Art. 41 - São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 2.2 – PROMOÇÃO Não está regulada, apesar de prevista, pela Lei 8.112. Sua definição é doutrinária. Promoção é a troca de nível ou classe DENTRO DO MESMO CARGO. De acordo com a lei que cria o cargo dentro da Instituição, fica estabelecida a progressão funcional dentro da carreira. Aí entra a promoção. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 Legislação da Educação 5/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo IPC!!! Readaptação produz mudança de FUNÇÃO, e não de CARGO. Mudança de cargo foi (acesso ou ascensão) foi considerada INCONSTITUCIONAL. IPC2!!! Promoção e Readaptação são considerada formas híbridas, pois tanto funcionam como PROVIMENTO como funcionam como VACÂNCIA de cargo. Art. 37 XVI CF - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001) 2.3 - READAPTAÇÃO Ocorre quando o servidor sofre uma limitação, temporária ou definitiva, em suas faculdades físicas ou mentais. Após o período de licença para tratamento médico (de no máximo 24 meses), o servidor deverá retornar ao serviço. Dependendo do grau da lesão sofrida, o servidor poderá ser aposentado por invalidez ou readaptado em outra função de remuneração e requisitos compatíveis com a original. 2.4 - REVERSÃO Reversão é o retorno do servidor APOSENTADO ao ordenamento administrativo. 2.5 – REINTEGRAÇÃO É o retorno do servidor estável através da anulação de uma demissão injusta por via judicial. IPC!!! No caso de imputação de infração que gere ações tanto na esfera administrativa quanto na criminal, caso o servidor seja ABSOLVIDO naesfera criminal por NEGATIVA DE AUTORIA ou INEXISTÊNCIA DE FATO a demissão gerada pelo PAD será automaticamente anulada, obrigando a reintegração do servidor. Caso seja absolvido por FALTA DE PROVAS, não existirá a reintegração. Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 2.6 - APROVEITAMENTO É o retorno do servidor posto em disponibilidade, que é uma forma de inatividade gerada quando um cargo é extinto ou sua continuidade é declarada desnecessária. Importante salientar que o servidor posto em disponibilidade não perceberá remuneração integral, e sim proporcional ao tempo de serviço. 2.7 - RECONDUÇÃO Forma de provimento que recai sobre o servidor estável. Por conta de uma situação o servidor é retirado de sua atual situação com a Administração Pública. Quando estável em outro cargo anterior, este será reconduzido ao cargo antigo. Caso não possua cargo estável anterior, ocorrerá a exoneração. Pode ocorrer em duas situações: inabilitação em estágio probatório ou por conta do retorno do reintegrado. 3 – FORMAS DE VACÂNCIA DE CARGO PÚBLICO Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: I – exoneração; II – demissão; III – promoção; VI – readaptação; VII – aposentadoria; VIII – posse em outro cargo inacumulável; IX – falecimento. 4 – FORMAS DE DESLOCAMENTO DE CARGO PÚBLICO São formas de movimentação de servidor que não geram nem provimento nem vacância de cargo público. 4.1 – REMOÇÃO Art. 36. Lei 8.112 Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Remoção pode ocorrer, como estabelecido na lei: De Ofício: O servidor é removido por ordem da Administração. Servidor removido receberá ajuda de custo, que poderá atingir até 3 vezes a remuneração normal. Além disso, o servidor terá no mínimo 10 e no máximo 30 dias para entrar em serviço na nova sede. A Pedido: Ocorre no interesse da administração, para acompanhar cônjuge ou companheiro, saúde do servidor – cônjuge – companheiro ou dependente que viva as suas expensas e no caso de concurso de remoção. 4.2 - REDISTRIBUIÇÃO Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos: I - interesse da administração; II - equivalência de vencimentos; III - manutenção da essência das atribuições do cargo; IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade. 4.3 – SUBSTITUIÇÃO Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. § 1.º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc34.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc34.htm#art1 http://linkconcursos.com.br/decorar-casos-vacancia-lei-8112-1990/ Legislação da Educação 6/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo deles durante o respectivo período. § 2.º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período. Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nível de assessoria. 5 – SISTEMA REMUNERATÓRIO 5.1 – REMUNERAÇÃO (ART. 41 LEI 8.112/90) É o somatório do vencimento básico com as vantagens percebidas pelo servidor quando em cargo público. Vencimento é o valor básico percebido por servidor por conta do cargo público e vantagem é o direito adicional percebido por um servidor por conta de sua situação específica. 5.2 – PROVENTO Valor percebido por servidor que se encontra em INATIVIDADE. 5.3 – SUBSÍDIO Parcela única percebida pelo servidor em conta de seu cargo. Pode ser percebido de forma obrigatória (carreira pré- determinada na Constituição Federal) e facultativo (cargos instituídos em carreira). Art. 39 § 4º CF - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no Art. 37, X e XI. 5.4 – VANTAGENS Valores percebidos pela PESSOA provida em cargo público. Podem ser: Art. 49 Lei 8.112. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizações; II - gratificações; III - adicionais. § 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. § 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei. Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. 5.4.1 – INDENIZAÇÕES Art. 51. Constituem indenizações ao servidor: I - ajuda de custo; II - diárias; III - transporte. IV - auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede. Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento. Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mêsapós a comprovação da despesa pelo servidor. Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a 8 (oito) anos dentro de cada período de 12 (doze) anos. 5.4.2 – GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais: I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; II - gratificação natalina; IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas; V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; VI - adicional noturno; VII - adicional de férias; VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho. IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. Gratificação Adicionais Função de Confiança Periculosidade, Insalubridade, Atividades Penosas Natalina Adicional Noturno Certificação por Encargos de Cursos e Concursos Férias 6 – LICENÇAS 6.1 – TRATAMENTO DE SAÚDE EM PESSOA DA FAMÍLIA Prazo de 30 + 30 com remuneração, + 90 dias sem remuneração, totalizando 150 dias; Deve ser precedido de exame médico por junta. 6.2 – TRATAMENTO DA PRÓPRIA SAÚDE Prazo máximo de 24 meses; Após, ou o servidor será aposentado por invalidez ou readaptado; O período de 24 meses será remunerado e contará como tempo de serviço. 6.3 – POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CONJUGE OU COMPANHEIRO Sem remuneração; Não conta como efetivo exercício; Prazo indeterminado. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11355.htm#art156 Legislação da Educação 7/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo IPC!!! Não confundir licença para capacitação com afastamento para participação em curso de formação. Art. 37 § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 6.4 – PARA SERVIÇO MILITAR Conta como efetivo exercício; Prazo determinado; Quando desconvocado, 30 dias para retornar ao serviço. 6.5 – PARA CAPACITAÇÃO Servidor deve ser estável; Se dá a cada 5 anos de efetivo exercício; Até 3 meses de licença com remuneração; Não ocorre em estágio probatório; Inacumulável. 6.6 – TRATAMENTO DE ASSUNTOS PARTICULARES Até 3 anos, prorrogável por igual período; Critério de discricionariedade; Não conta como efetivo exercício; Não pode estar em estágio probatório. 6.7 – POR ACIDENTE EM SERVIÇO Licença remunerada; Conta como efetivo exercício. 6.8 – PATERNIDADE, GESTANTE E ADOTANTE Gestante – 120 dias; Paternidade – 5 dias para registrar; Adotante – Maior de 1 ano (30 dias), Menor de 1 ano (90 dias); Natimorto: 30 dias após o parto, deve ocorrer inspeção médica; Aborto espontâneo: 30 dias de repouso remunerado 7 – CONCESSÕES 1 dia doação de sangue; 2 dia para alistamento eleitoral; 8 dias para casamento; 8 dias para caso luto. 8 – RESPONSABILIDADE DO SERVIÇO O servidor público sempre terá sua responsabilidade analisada de forma SUBJETIVA, determinando dolo ou culpa de seus atos. Assim, o servidor em atuação poderá responder não somente na esfera administrativa mas, de acordo com os resultados de seu ato, responderá também nas esferas cível e criminal. Lei 8.112/90 Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. No caso de ato que cause prejuízo ao erário, o servidor terá um prazo de 30 dias para ressarcir os cofres públicos, podendo em negociação parcelar a devolução, com valor da parcela no mínimo de 10% do valor da remuneração, do provento ou da pensão do servidor. No caso de recebimento de pagamento indevido, paga-se em uma única parcela. Se o servidor estiver em débito no momento da demissão, terá um prazo de 60 dias para pagar a dívida. Caso não pague, entrará na dívida ativa. 8.1 – DEVERES E PROIBIÇÕES DO SERVIDOR Art. 116. São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração; VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa. Art. 117. Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na Legislação da Educação 8/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo qualidade de acionista, cotista ou comanditário; XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro; XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; XV - proceder de forma desidiosa; XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 9 – PENALIDADES Art. 127. São penalidades disciplinares: I - advertência; Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave. II - suspensão; Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. § 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. § 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos. III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. V - destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função comissionada. Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. 9.1 – PRESCRIÇÃO DAS PENALIDADES Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência. § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime. § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção. 9.2 – COMPETÊNCIA PARA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES Penalidade Competente Demissão Presidente da República Presidente das Casas Legislativas Presidente dos Tribunais Federais Procurador Geral da República Suspensão mais de 30 dias Autoridades inferiores das acima Suspensão até 30 dias Chefe da repartição e outras, na forma do regulamento ou regimento Destituição de cargo Chefe da repartição e outras, na forma do regulamento ou regimento Autoridade que realizou a nomeação 10 – PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR GENÉRICO Divide-se em: Sindicância: Aplica-se em situações de advertência ou suspensão de até 30 dias. Prazo: 30 + 30. Pode resultar arquivamento, indicação de aplicação da pena e Legislação da Educação 9/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo instauração do PAD. Processo Administrativo Disciplinar: Aplica-se em situações de suspensão por mais de 30 dias ou demissão. Prazo: 60 + 60. Processo Sumário: Casos de demissão por abandono de cargo, inassiduidade habitual e acumulação ilegal. Prazo: 30 + 15. 10.1 – FASES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR Instauração: Estabelecimento do processo. Inquérito: Instrução, Defesa e Relatório. Julgamento: Decisão Final. CAPÍTULO 3 – DECRETO 1.171/94 (CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL) 1 – REGRAS DEONTOLÓGICAS I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de legalidade. V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigaçõespoliciais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los. X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. XIII - 0 servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação. 2 – DEVERES DO SERVIDOR XIV - São deveres fundamentais do servidor público: a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular; b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário; c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo; e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público; f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos; g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral; h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal; i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las; j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição; o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum; Legislação da Educação 10/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem. s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito; t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos; u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento. 3 – VEDAÇÕES AO SERVIDOR XV - E vedado ao servidor público; a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos; j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público; m) fazer uso de informações privilegiadasobtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. 4 – COMISSÕES DE ÉTICA XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura. XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público. XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende- se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. CAPÍTULO 4 – LEI 9.394 /96 (LEI DE DIRETRIZES E BASES) 1 – CONCEITOS E PRINCÍPIOS TÍTULO I DA EDUCAÇÃO Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1º Esta lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. § 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. TÍTULO II DOS PRINCÍPIOS E FINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; EDUCAÇÃO X ENSINO. Atualmente, consideramos como EDUCAÇÃO tudo aquilo que contribui para a formação da pessoa. Cultura, esporte, trabalho, instituições de ensino e outros. ENSINO por si só é o aprendizado adquirido dentro da instituição escolar. Legislação da Educação 11/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância; V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII – valorização do profissional da educação escolar; VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX – garantia de padrão de qualidade; X – valorização da experiência extraescolar; XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. TÍTULO III DO DIREITO À EDUCAÇÃO E DO DEVER DE EDUCAR Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II – universalização do ensino médio gratuito; III – atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino; IV – atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade; V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII – oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola; VIII – atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático- escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; IX – padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino- aprendizagem; 2 – NÍVEIS E MODALIDADES DE EDUCAÇÃO E ENSINO Art. 21. A educação escolar compõe-se de: I – educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio; II – educação superior 2.1 – FINALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. 2.2 – ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. § 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no país e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais. Séries Anuais: Modelo mais comum em nosso País. O aluno terá um ano letivo para atingir todos os objetivos estabelecidos naquele nível de educação. Períodos Semestrais: O aluno terá um semestre (seis meses) para atingir os objetivos estabelecidos. Muito comum no caso do EJA. Ciclos: O aluno terá um tempo maior para atingir os objetivos propostos para o seu nível, sendo mais do que apenas um ano, como no sistema de Séries Anuais. Grupos Não Seriados: Os alunos são organizados com base em critérios específicos, como idade, por exemplo. A intenção é agrupar alunos de interesses e mentalidade parecida em convívio comum. Alternância Regular de Períodos de Estudos: Muito comum na educação para a população da área rural, pois a distância do local de estudo e de sua residência é considerável. Por força do artigo 208, I da CF, consideramos esse inciso como REVOGADO TACITAMENTE. Logo, para questão de concurso, não possui validade. Devemos lembrar que, segundo a CF, a gratuidade e obrigatoriedade agora é estendida a toda educação básica, dos 4 aos 17 anos. Concepções Pedagógicas:. Pedagogia Liberal – Todos os alunos recebem as mesmas oportunidades, e a dificuldade de aprendizado é culpa da falta de esforço do indivíduo. Se divide em 4 tendências: TRADICIONAL, emque o professor é o centro do saber, RENOVADA PROGRESSIVISTA, que considera os interesses infantis na preparação da aula pelo professor, RENOVADA NÃO-DIRETIVA, que dá liberdade ao aluno para aprender, sendo o professor um mero facilitador da aprendizagem, e TECNICISTA, em que a importância é a preparação do educando para o mercado de trabalho. Pedagogia Progressista - Sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação. Dividida em 3 tendências: LIBERTADORA, determinando a importância de trazer o cotidiano do aluno para servirem de temas geradores da aula, LIBERTÁRIA, prega a importância da vivência em grupo na discussão das problemáticas sociais, e CRÍTICO SOCIAL DOS CONTEÚDOS, que valoriza a importância dos conteúdos escolares na formação do educando. Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Legislação da Educação 12/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo § 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta lei. Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, especialmente: I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural; II – organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas; III – adequação à natureza do trabalho na zona rural. Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino; III – nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a sequência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino; IV – poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares; V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; VI – o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação; VII – cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis. 3 – REGRAS DE ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA A partir de agora realizaremos um estudo mais aprofundado e objetivo em relação aos diferentes níveis de educação encontrados dentro da chamada Educação Básica. Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino; III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino; IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares; V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; VI - o controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação; Legislação da Educação 13/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis. 3.1 – CURRÍCULOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil. § 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (Redação dada pela Lei nº 12.287, de 2010) § 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) § 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia. § 5º Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição. § 6o A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular de que trata o § 2o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.769, de 2008) § 7o Os currículos do ensino fundamental e médio devem incluir os princípios da proteção e defesa civil e a educação ambiental de forma integrada aos conteúdos obrigatórios. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) § 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais. (Incluído pela Lei nº 13.006, de 2014) § 9o Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra a criança e o adolescente serão incluídos, como temas transversais, nos currículos escolares de que trata o caput deste artigo, tendo como diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), observada a produção e distribuição de material didático adequado. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). § 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). § 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). Para uma visualização objetiva do exposto acima, vamos observar um quadro simples, que nos demonstra todo o estabelecimento do que é a base nacional comum e o que é a parte diversificada do currículo. BASE NACIONAL COMUM Língua Portuguesa e Literatura; Matemática; Conhecimento do Mundo Físico e Natural (Biologia, Química e Física) Conhecimento da Realidade Social e Política, especialmente do Brasil (História e Geografia) Arte Educação Física PARTE DIVERSIFICADA Entre outras disciplinas, a LDB obriga a inclusão do estudo de uma Língua Estrangeira moderna a partir da 5ª série (6º ano), escolha essa que ficará a cargo da comunidade escolar. 3.1 – EDUCAÇÃO INFANTIL Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; Legislação da Educação 14/73 www.profdalmoazevedo.com.br profdalmoazevedo@gmail.com www.facebook.com/dalmo.azevedo www.youtube.com/c/professordalmoazevedo II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) IV - controle de frequência pela instituição de educação pré- escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) V - expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 3.2 – ENSINO FUNDAMENTAL Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. § 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em ciclos. § 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino. § 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. § 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado
Compartilhar