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12 Fraudes, Escândalos, e Crises que moldaram a Governança Corporativa. Geysler de Oliveira Silva RA: A7252A-0 Luiz Fernando Veiga Augusto RA: B345HA-6 Humberto Andrade de Carvalho RA: B3055D-0 Gerson Tadeu Leme RA: B450IA-1 Diego Luiz de Sousa Silva RA: A 939FG-4 Carômetro Avalição Equipe Geysler de Oliveira Silva RA: A7252A-0 Participação 20% Luiz Fernando Veiga Augusto RA: B345HA-6 Participação 20% Humberto Andrade de Carvalho RA: B3055D-0 Participação 20% Gerson Tadeu Leme RA: B450IA-1 Participação 20% Diego Luiz de Sousa Silva RA: A 939FG-4 Participação 20% Resultando em um total de 100% de participação do grupo todo. Sumário Parte 1 5 Banco Panamericano 5 Grupo X 6 A Crise das Tulipas 7 O caso Parmalat 8 HSBC, o paraíso da fraude 8 Parte 2 10 Grupo X 10 Parte 1 Banco Panamericano O rombo no Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos, é o resultado de um acúmulo de irregularidades contábeis desde meados de 2006. O banco inflava seus balanços por meio do registro de carteiras de créditos que haviam sido vendidas a outras instituições como parte de seu patrimônio. A maquiagem permitiu que o valor da empresa fosse incrementado antes da abertura de seu capital, em novembro de 2007. Mas não pode blindá-lo contra a crise de crédito em 2008. No ano seguinte, o Panamericano teve 49% de seu capital votante comprado pela Caixa Econômica Federal. O que ainda não se sabe é como irregularidades tão grandes passaram pelo crivo de tantas instituições e por que só foram descobertas no ano de 2010 pelo Banco Central. 2006: O inicio A fraude nas contas do banco pan-americano teve inicio no ano de 2006. A instituição vendia carteiras de credito (contratos de cessão de credito, empréstimos e registros de bens executados por inadimplência), para outras instituições financeiras, como por exemplo, Itaú e Bradesco. As operações são corriqueiras e as instituições confirmam a compra. O erro partiu do banco Panamericano, que após a venda desses créditos, manteve como ativo em seu balanço. Além de contabilizar os créditos já vendidos, acredita-se que esses créditos tenham sido vendidos mais de uma vez, com isso, o balanço errava para cima o real valor dos ativos do banco. Ainda nessa época não se sabia quem era o responsável pela fraude. 2007: Estreia na bolsa de valores Em 19 de novembro o banco, lança ações na bolsa de valores de São Paulo (Bovespa). Com a fraude os resultados do banco foram inflados e isso fez com que sua entrada na bolsa de valores fosse considerada um sucesso. Cada papel de suas ações era vendido a R$10,00 reais, numero inferior aos seus concorrentes da época (ABC E PINE) com cotação de R$10,46 e R$14,95. No resultado final, o banco vendeu 67 milhões de ações, arrecadando um total de 679 milhões de reais. 2009: Acordo com a Caixa Em meados de novembro/2009, o banco Panamericano, anunciou que mantinha conversas com a Caixa econômica federal e sua e sua controladora Caixapar, no âmbito de viabilizar a aquisição de títulos do banco. No mês seguinte em 1° dezembro de 2009, se confirma o negocio, com a caixa passando a ter 49% de participação no capital votante e 20% não votante, resultando num capital social de 35%. A operação foi realizada através da aquisição da caixapar de 64.621.700 ações ordinárias e 24.712.286 ações preferenciais do Banco e do grupo Silvio Santos Participações. Foi vendida cada ação pelo valor de R$8,27, resultando em um total de 739.272 milhões de reais. De acordo com as duas instituições, o banco daria a oportunidade de a caixa realizar oferta de credito imobiliário, junto ao baixa renda, utilizando o relacionamento do banco com as classes C, D e E. A estimativa da caixa era que em 5 anos de parceria conseguisse consolidar uma carteira de credito imobiliario junto com o banco pan-americano de 5 bilhões de reais. Na transação a Caixapar foi assessorada pela KPMG, pelo Banco Fator, e pelo escritório de advocacia Bocater, Camargo, Costa e Silva, já o grupo Silvio Santos, foi assessorado pela Previplan, do ex-presidente do Banco Central Wadico Bucchi, e pelo escritório Mattos e Filhos. 2010: A Descoberta da Fraude No inicio de setembro/2010 o Banco Central identifica um rombo enorme nos resultados contábeis do Panamericano. Os dados divergentes foram localizados quando o banco central comparou os créditos cedidos pelo banco Panamericano com outros bancos brasileiros. O então presidente Roberto Palladino, é chamado para prestar esclarecimentos sobre as irregularidades. A partir dai ele informa o problema ao grupo Silvio Santos e ao apresentador de TV, a presidente da Caixa Econômica Federal também foi avisada. No final de setembro, por solicitação do Banco Central, o comitê de auditoria é reunido para examinar o balanço do banco Panamericano, enquanto isso o diretor do Grupo Silvio Santos e o próprio Silvio Santos, engatam uma reunião com o fundo garantidor de credito. No dia 11 de novembro, o presidente do Banco central informa em audiência publica no congresso que a unidade de cartões de credito também registrou inconsistência e foi responsável por um rombo de 400 milhões de reais. Um Rombo de 2,5 Bilhões de Reais Uma das perguntas sem resposta sobre a fraude é como tantas auditorias internas e externas como, Conselho fiscal, conselho de administração, auditores internos, diretoria, Delloite, KPMG, Caixa Econômica Federal, além do Banco central, não conseguiram descobrir a fraude durante quatro anos. Fontes: http://queroficarrico.com/blog/2010/11/11/entenda-o-caso-banco-panamericano/ http://veja.abril.com.br/infograficos/fraude-banco-panamericano/ Grupo X A história de Eike Batista jamais passará despercebido na historia da economia mundial, seja pela ascensão ou pela queda brusca de suas ações no mercado, culminando com o aparecimento de fraude e escândalos. Em 2010 Eike revela que vai ser o homem mais rico do mundo, marketing ou não, ele chegou ao 8° lugar no ranking da revista Forbes. A empresa OGX, do grupo de Eike, deixou de cumprir cronogramas e de atingir metas. A falta de resultados e o pessimismo em relação ao futuro do grupo preocupavam investidores e as ações passaram a cair na Bolsa. Podemos notar que o jogo especulativo criado por Eike não atraíram seus investidores como antigamente, mas mesmo assim ele tenta uma ultima saída com a ilusão que seria possível retirar petróleo do pré-sal. No começo de 2013, o empresário é alvo de denúncias de crimes contra o mercado financeiro, por uso de informação privilegiada e obter vantagens a partir de informações que conseguiu por causa de seu cargo na empresa, desrespeitando a Lei 6404/76. Os acionistas pediram explicação a Eike, pois as falsas informações não passavam de especulação de mercado e os prejudicados são os mesmos, principalmente os minoritários que por sua vez também movem uma ação contra ele. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) decidiu investigar se houve falhas na divulgação de informações ao mercado. A OGX quebra na bolsa de valores. Eike até hoje responde processos contra crimes no mercado financeiro. Fontes: http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/ogx-faz-o-maior-ipo-da-historia-da-bolsa-brasileira-m0161973 http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/09/segunda-quebra-da-ogx-petroleira-de-eike-batista.html http://veja.abril.com.br/noticia/economia/eike-sabia-que-ogx-nao-tinha-o-oleo-prometido-mostra-livro/ A Crise das Tulipas A tulipa é uma flor de origem asiática, e foi introduzida na Europa no século 16. Seu cultivo tomou grande força na Europa principalmente na Holanda. As tulipas eram muito procuradas na Holanda, e sua procura em muitas vezes superou suas ofertas, aumentando seu preço. Com o aumento no preço, vários empresários foram atraídos para participar do negócio das tulipas. O mercado das tulipas tomou grande proporção e logo as tulipas se tornaram símbolo de status, e a mentalidade calvinista ajudou muito nisso. A competição pelas espécies bonitas gerou especulação, e logo se vendia promessas, apenas com as sementes nas mãosjá se vendia as tulipas, e não se vendia apenas as flores mais sim a esperança de uma ótima flor, a mais bela entre outras características. Logo as empresas que vendiam as tulipas, cresceram e começaram a gerar grandes lucros, com isso muitos investiram nessas empresas. Mas com o passar do tempo as tulipas começaram a se tornar algo comum, e seu status não era mais relevante, fazendo assim com que as empresas e os investidores perdessem muito. Fontes: http://jornalggn.com.br/noticia/a-historia-da-bolha-financeira-das-tulipas-na-holanda http://dinheirama.com/blog/2010/04/07/a-mania-das-tulipas-da-holanda-medieval-e-suas-licoes/ O caso Parmalat Em dezembro de 2003 os investidores começaram a ficar preocupados, após a afirmação de que não seria possível liquidar um investimento de € 500 milhões em um fundo nas Ilhas Cayman. Depois de diversas dificuldades financeiras a Parmalat, informa ao mercado seu buraco financeiro. Após a confirmação das grandes dividas a Parmalat, perdeu seu valor de mercado. O grande problema da Parmalat, se dá ao ponto em que há a manipulação das informações contábeis, financeiras com o intuito de manipular, ou melhor enganar o mercado. Diversos executivos e auditores foram investigados, e a empresa viu sua credibilidade indo por agua abaixo. Fontes: http://www.diplomatique.org.br/acervo.php?id=1085 http://cosif.com.br/publica.asp?arquivo=20100517parmalat HSBC, o paraíso da fraude HSBC como muitas outras instituições financeiras também não estava livre de fraudes e como muitos outros escândalos só foram descobertos pela denúncia. Um ex-funcionário, Hervé Falciani em 2009 denuncio o esquema no banco inglês HSBC. Através de uma filial na suíça enviou informações do escândalo que ficou conhecido pelo mundo todo como Swissleaks. O esquema está sendo apurado agora em 2015 uma CPI iniciada para investigar a “provável evasão fiscal”. Estimasse que 784 milhões de reais circulou pela filial entre 2006 e 2007. O HSBC ensinava os clientes brasileiros como contornar as autoridades fiscais para se esquivar dos impostos o dinheiro circulava em malotes não rastreáveis e como isso esconderam milhões em ativos. Imagina-se também que essa quantia pode ter origem de lavagem de dinheiro da corrupção e das drogas. Fontes: http://www.cartacapital.com.br/revista/856/o-paraiso-da-fraude-3757.html http://mendes.ac/hsbc-o-paraiso-da-fraude/ Escolhendo a Parte 2 Acreditamos que o caso do grupo x, traz claramente questões de muita relevância para a governança coorporativa, e temos riqueza de detalhes sobre o assunto, além do claro interesse de todos os integrantes do grupo de conhecer mais sobre o assunto. Parte 2 Grupo X Vamos iniciar pela década de 80, data em que Eike Batista deu inicio aos seus investimentos, com US$ 500 mil emprestados monta a Autram Aurem de compra e venda de ouro, em 1983 associasse a canadense Treasure Valley, convertida depois em TVX Gold. Com essa empresa Eike iniciou seu relacionamento com o mercado de capitais mundial. Com a implantação de minas de ouro e prata no Brasil e no Canada, Eike criou cerca de US$ 20 bilhões em valor entre 1980 e 2000. No auge da trajetória de Eike com seu grupo X no Brasil, o ambiente global era favorável para aqueles que tinham um diferencial e eram ousados, principalmente nos mercados emergentes, levam vantagem. Em 2008 um estouro na bolsa Brasileira, a OGX empresa do grupo de Eike Batista, ou melhor, a principal empresa, apresenta em suas ações no primeiro dia de fechamento alta de 8,31% lembrando que as ações tiveram seu preço inicial já foi fixado no teto da faixa prevista pelo banco UBS Pactual, coordenador da operação. A OGX petrolífera chega revolucionando o mercado com a ideia do pré-sal com a possibilidade de extração de petróleo no Brasil, tal atividade é feita basicamente pela a grande estatal Petrobrás, mas as informações que a própria empresa passa pelo mercado é que o monopólio acabou, a OGX veio para revolucionar. Tudo foi favorável para o cenário otimista sobre a OGX, o preço recorde do petróleo no mercado internacional, Eike vem de grandes vitorias e sucessos no mercado, logo todos acreditam que o mesmo seja um grande gestor, e a descoberta pela Petrobrás de um novo campo de petróleo, deixa todos otimistas. A empresa de Eike seguiu com estratégias ousadas, buscou no mercado grandes profissionais como o ex-presidente da Petrobras, Francisco Gros, que foi membro do Conselho de Administração da OGX , e o ex-presidente da BR Distribuidora, Rodolfo Landim, nomes de peso que aumentaram ainda mais o otimismo do investidores. Mas nem tudo são flores, os cronogramas apresentados não são cumpridos, a promessa de extração de petróleo começa a virar lenda, e uma petrolífera sem petróleo não é nada. Podemos fazer uma pequena comparação do caso de Eike com uma crise conhecida, a crise das tulipas. Assim como as empresas de Eike, venderam promessas, a crise das tulipas se apresenta de forma semelhante. As tulipas eram muito procuradas na Holanda, e sua procura em muitas vezes superou suas ofertas, aumentando seu preço. Com o aumento no preço, vários empresários foram atraídos para participar do negócio das tulipas. O mercado das tulipas tomou grande proporção e logo as tulipas se tornaram símbolo de status, e a mentalidade calvinista ajudou muito nisso. A competição pelas espécies bonitas gerou especulação, e logo se vendia promessas, apenas com as sementes nas mãos já se vendia as tulipas, e não se vendia apenas a flor, mas sim a esperança de uma ótima flor, a mais bela entre outras características. Mais o mercado em ambas as situações não vive apenas de esperança e promessas, mas sim de fatos, fatos esses que não se concretizaram. O pior as informações e promessas otimistas passadas ao mercado, de que haveria petróleo eram falsas. Reportagens afirmam que ele sabia que não tinha o petróleo informado, e houve alertas pelas consultorias envolvidas, mas a decisão foi ignorar as informações e seguir com o projeto, que se tornou um fracasso. Citamos com mais clareza a OGX, mas essa situação de informações fraudulentas se aplica para as demais empresas do grupo, Eike é denunciado por crimes contra o mercado financeiro, é acusado de manipulação ao vender ações sem antes informar os investidores sobre a situação negativa das empresas. Assim, os compradores teriam adquirido papéis da OSX e da OGX acreditando que havia perspectiva de alta das ações, e em seguida assistiram à queda de seu valor. Tivemos grandes prejudicados nesse caso, os stakeholders investidores, clientes, funcionários foram grandes prejudicados. Investidores – acreditaram em informações falsas, e perderam muito dinheiro com isso, além é claro da omissão de informações. Clientes – Esses que colocaram suas esperanças em uma empresa falida, esperanças de adquirir um produto de qualidade e baixo custo, que mudaria o rumo do mercado. Funcionários – Esse é um grupo muito afetado, afinal precisamos do trabalho para nos fornecer recursos, recursos esses que serão utilizados para sanar nossas necessidades básicas. A esperança de milhares de trabalhadores estava em Eike, mas infelizmente as falcatruas, foram grandes e aqueles que tinham recurso, hoje já não o possuem mais. Informações privilegiadas, a falta de transparências nas informações, a omissão de resultados, vai totalmente contra ao código de ética do profissional contábil, e posso falar que tais violações vão contra todos os códigos de éticas. Afinal se vende falsas informações com a falta de transparência. Uma regra clara contida tanto na OCDE, SOX ou IBGC é a transparência, e tal regra, tal principio não foi cumprido de forma alguma por Eike, afinal se o mesmo, coloca as informações da maneira que a mesma deveria ser apresentada, os investidores teriam a visão mais clara dos riscos envolvidos nas transações, e talvez o grande sucesso inicial seria diminuído. Por casos como esses que leis são criadas, organizações são fundadas, com o intuito de coibir as ações de verdadeiros charlatões queenganam e literalmente roubam o dinheiro de investidores esperançosos, ou de funcionários dedicados que perdem o direito de trabalhar, afinal a empresa declinou devido a praticas totalmente erronias de governança corporativa. Fontes: http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/ogx-faz-o-maior-ipo-da-historia-da-bolsa-brasileira-m0161973 http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/09/segunda-quebra-da-ogx-petroleira-de-eike-batista.html http://veja.abril.com.br/noticia/economia/eike-sabia-que-ogx-nao-tinha-o-oleo-prometido-mostra-livro/
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