IMPLANTAÇÃO DE DRONES NOS SERVIÇOS DE ENTREGA DO BRASIL

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IMPLANTAÇÃO DE DRONES NOS SERVIÇOS DE ENTREGA DO 
BRASIL 
 
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO 
 
LUCAS MACHADO RAMOS - 5802866 
NATHALIA SOUSA DA SILVA - 5802860 
 
RESUMO: O presente artigo busca, através de uma perspectiva inovadora, mostrar como e o 
quanto a implementação de drones nos serviços de entrega do Brasil, mostrando que existem 
muito mais vantagens do que desvantagens. A grande maioria dos brasileiros reconhecem 
que o Brasil é um país que tem um péssimo serviço de entrega, que podem demorar semanas 
ou até meses. A proposta deste artigo é mostrar, mediante a estudos e exemplos já existentes 
em outros países, que a implementação dos drones nos serviços de entrega pode melhorar na 
economia da empresa, na velocidade de entrega e até mesmo na imagem da empresa. 
Palavras-chave: Drone. Entrega. Brasil. 
 
1. INTRODUÇÃO 
O mundo das empresas varejistas é extremamente competitivo, e ter um planejamento 
eficaz é sempre de muita importância, já que um planejamento ineficiente pode custar caro 
para toda a estratégia de uma corporação, maximizando os custos já orçados e acarretando 
atrasos na entrega do produto final ao cliente, o que contribui de forma negativa para a 
imagem da empresa. 
O objetivo deste artigo é mostrar o que pode ser melhorado no planejamento destas 
empresas para que o produto seja entregue dentro do prazo especificado e com o menor custo 
possível. A solução que será apresentada é a do uso de drones para encomendas de leves. 
Este estudo está sendo realizado para tentar solucionar os diversos transtornos 
causados a toda uma corporação devido a um planejamento deficiente em todas as etapas 
necessárias para a entrega do produto final ao cliente na data acordada. 
 
 
 
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2. DESCRIÇÃO DO PROBLEMA 
Realizar compras sem sair de casa, com valores mais em conta e em melhores 
condições de pagamento são alguns dos benefícios que fazem com que cada vez mais 
compradores escolham pelas lojas virtuais. O problema é que a distribuição e a entrega dos 
produtos não estão acompanhando o desenvolvimento deste mercado, o que gerou um 
verdadeiro congestionamento de produtos nas transportadoras, sobretudo no eixo Rio- São 
Paulo. 
Cerca de 30% dos pedidos de encomendas despachadas pelos Correios estão com 
algum atraso. Ou seja, a cada mil produtos, 300 chegam depois do tempo prometido ao 
consumidor, segundo estimativa da Synapcom, empresa de gestão de e-commerce, operando 
desde o planejamento à execução de vendas no meio online. O caso fez impulsionar o número 
de reclamações sobre o assunto. Somente no site Reclame Aqui, a quantidade de insatisfações 
cresceu 10%, entre 2016 e 2017, mudando de 270 mil para 297 mil. Nos primeiros 45 dias de 
2018, os relatos chegam a 56 mil. A organização logística está aquém do essencial. A 
quantidade de vendas é superior à capacidade de entrega 
Para reduzir os efeitos dos gargalos de logística e infraestrutura de transporte, as lojas 
online têm aplicado estratégias como o aumento no prazo para entrega de produtos, além de 
recorrer a transportadoras privadas. Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de 
Comércio Eletrônico (ABComm), Rodrigo Bandeira Santos, as lojas têm feito grandes 
esforços e investimentos para tentar driblar a crise na distribuição das mercadorias. De 
acordo com ele, no Rio, a falta de segurança tem acentuado ainda mais o problema, tornando 
o produto mais caro para o cliente por causa do aumento no valor do frete e do seguro. 
Atualmente, de 30 a 40% dos endereços da capital e Região Metropolitana estão com 
algum tipo de limitação de entrega por causa de roubos, nos Correios ou em empresas 
privadas. Além disso, os Correios sofrem com até 12 casos de assaltos por dia, no Rio. 
Tornou-se mais caro comprar e entregar aqui, por isso, o estado vem até perdendo 
participação em parte do destino de venda do e-commerce, diminuindo de 14% para 9,5%. 
Os Correios informaram que nos dias de hoje, cerca de 18% dos endereços do Rio 
estão enquadrados em regiões com restrição de entrega, mas não revela o percentual de 
pedidos com atraso. Segundo a organização, um dos maiores desafios hoje é o roubo de 
cargas, que gera perdas à empresa, ao remetente e ao destinatário, e sequelas ao empregado. O 
sindicato dos funcionários dos Correios diz que nos últimos 7 anos a empresa perdeu cerca de 
três mil trabalhadores, em planos de demissão voluntária e aposentadoria. 
“Falta funcionário. Estamos com um déficit que ocasiona a sobrecarga de trabalho, e 
isso faz cair a qualidade do serviço. Isso gera um problema de saúde para os trabalhadores” 
 
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— MARTINS, Ronaldo Ferreira, presidente do sindicato dos Correios do Rio. 
Em entrevista ao jornal Extra, Fernando Gobbi, gerente da Synapcom, afirmou que no 
Rio de Janeiro, metade dos pedidos são entregues fora do prazo. 
No Rio de Janeiro, devido à situação da segurança as transportadoras, ou até mesmo 
dos Correios, estão deixando de entregar metade das encomendas no tempo determinado. No 
caso do interior, a entrega deveria ser em até 5 dias uteis, hoje em dia, está ocorrendo atraso 
de dois a três dias. 
Atualmente, os Correios são indispensáveis pro e-commerce no Brasil por ser a única 
transportadora que contempla 100% o território nacional, porém a qualidade de serviço e 
informação da encomenda são péssimos. 
 
2.1 MAPA MENTAL 
 
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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Santos et al. (2017) afirmam que um engenheiro é, antes de mais nada, um ―resolvedor 
de problemas‖. Ele tem a capacidade de compreender as condições de contorno de uma 
situação problemática e, a partir daí, propor soluções que agreguem valor não só para a 
organização da qual faz parte, mas também para a sociedade como um todo. 
 
 
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3.1 PLANEJAMENTO 
A falta de planejamento como item básico para se obtiver resultados satisfatórios irá 
trazer resultados indesejados para a empresa e seus clientes, principalmente o atraso na 
entrega de um produto final. Antigamente quando se fazia um bom planejamento e o segue 
até o fim não havia problemas. Mas com a globalização é necessário que se tenha um 
planejamento dinâmico para que o projeto seja viável. 
Hoje, com o nível e a rapidez das mudanças, não é mais possível planejar antes do 
início do ano e depois rever o planejamento somente no final do outro ano. O processo de 
planejamento é dinâmico, obviamente dentro de um equilíbrio, observando-se que no nível 
executivo devemos trabalhar com o mínimo de incertezas, ou seja, as decisões e orientações 
devem estar claras no nível de execução. (Rodriguez, Martius Vicente Rodriguez y - Gestão 
empresarial em organizações aprendizes: a arte de gerir mudanças – Rio de Janeiro: 
Qualitymark, 2007 – p. 289 / Rodrigues, Martius Vicente Rodriguez y - Gestão Empresarial 
– Organizações que Aprendem. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002) 
―Quando penso sobre isso, vejo que a mudança realmente pode levá-lo a um lugar 
novo e melhor, embora no momento que ocorre você ache que não.‖ (Spencer Johnson, M. D. 
- Quem mexeu no meu queijo? - 4ª tiragem – Rio de Janeiro: Record, 2000. – p. 33) 
(...) eu achei que o meu trabalho se resumia em resolver os problemas diários que 
surgiam, quando devia ter olhado adiante e prestado atenção aonde estávamos indo. (Spencer 
Johnson, M. D. - Quem mexeu no meu queijo? - 4ª tiragem – Rio de Janeiro: Record, 2000. – 
p. 31) 
Sem um planejamento adequado as chances de se entregar um produto ao cliente no 
prazo estimado são reduzidas consideravelmente, isso quando não são nulas. Com atrasos 
contínuos o cliente só permanece com aquele fornecedor caso não haja outra opção, pois se 
tiver ele acaba migrando para outros fornecedores que lhe ofereçam serviços melhores. 
A nossa capacidade de ver o que está na nossa frente parece-se a de uma toupeira. 
Estamos reagindo em vez de planejar. (...) 
Tenho a sensação de estar guiando e olhando apenaspara o espelho retrovisor e, então, 
quando é quase tarde demais, fazemos algumas correções de curso de última hora. Isso não é 
o suficiente. Sem dúvida nenhuma, isso não é o suficiente. (Elitahu M. Goldratt e Jeff Cox - A 
Meta: Um processo de melhoria contínua - São Paulo: Nobel, 2002- p.340) 
 
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3.2 DRONES 
O Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), conhecido popularmente como drone, teve os 
primeiros registros em 1709 quando um padre brasileiro construiu um balão de ar quente e o 
demonstrou para o rei de Portugal em Lisboa. Alguns registros relatam também que em 1849 
os austríacos teriam usado balões não tripulados para o transporte de bombas temporizadas à 
cidade de Veneza na Itália. As primeiras aerofotografias de que se tem registro foram obtidas 
em 1888, na França, com uma câmera fotográfica acoplada em uma pipa. (LONGHITANO, 
2010) 
Os maiores avanços dos Vants, bem como da aerofotogrametria e do sensoriamento 
remoto, foram dominados e motivados pela área militar, que tinha o objetivo de obter 
informações privilegiadas de forma rápida e discreta do território inimigo. (LONGHITANO, 
2010) 
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foi criada em 2005 para regular e 
fiscalizar as atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária no 
Brasil. Pelo regulamento da Anac, Aeromodelos são as aeronaves não tripuladas remotamente 
pilotadas usadas para recreação e lazer e as Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA) são as 
aeronaves não tripuladas utilizadas para outros fins como experimentais, comerciais ou 
institucionais. (ANAC, 2017) 
 
4. PROPOSTA DE SOLUÇÃO 
A proposta deste artigo é melhorar os serviços de entrega do Brasil, principalmente 
nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo que são os que mais sofrem com atrasos e extravios 
de mercadorias, implementando entregas de mercadorias com drones. 
A entrega de encomendas feita por drones tem sido pensada há algum tempo. Em 2013 
a Amazon publicou um vídeo em que pacotes eram entregues nas residências dos clientes 
utilizando esse equipamento. Os testes feitos são tão esperançosos, que a empresa já patenteou 
parte desse sistema e bem como o de abastecimento, popularmente denominado de colmeias, 
e que se baseiam em uma torre cilíndrica onde os dispositivos voadores são abastecidos e 
partem para executar o transporte dos pacotes. Para Jeff Bezos, CEO da grande norte-
americana, em um futuro próximo, será ―tão comum ver drones do Prime Air no céu como ver 
 
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caminhões dos correios nas ruas‖. 
Essa conquista é acompanhada de perto por outras principais representantes do ramo 
de logística como UPS e DHL. O que se tem analisado até o momento é que as entregas por 
drones são mais praticáveis do que muitos possam acreditar. 
Uma preocupação é quanto ao peso das entregas, já que cada drone pode levar 
aproximadamente cerca de 2,5 kg apenas. Contudo, vale lembrar que na Amazon, 8 em cada 
10 pedidos da empresa são precisamente dentro desse peso. Esse sistema não serviria somente 
pedidos maiores e de grande volume, como por exemplo, os atacadistas. 
4.1 NA PRÁTICA 
Não é somente o setor de entregas e, em consequência o de e-commerce, que se 
favorecem com implantação do uso dos drones. Órgãos como o Unicef têm feito a entrega de 
bolsas de sangue, amostras, medicamentos e até vacinas em regiões de difícil acesso na 
África, como Ruanda, por meio de drones. 
Na Suíça, hospitais também já desenvolvem o mesmo processo para carregamento de 
materiais urgentes, como bolsas de sangue. 
Uma rede de padarias expressas já está realizando testes com a entrega de pães no 
estado de São Paulo. A SMX, fundada pelo brasileiro Samuel Salomão, já realiza testes no 
transporte de cargas pelo ar preso em um drone. 
"A ideia inicial é que os nossos drones sirvam para atender a área da saúde. Nós 
queremos levar suprimentos hospitalares e remédios de uma forma mais ágil. No futuro, esse 
serviço pode ser usado para outros tipos de entrega", diz o fundador da empresa. 
 
5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
As entregas por drones afiguram-se algo do futuro: quadcopters não tripulados, 
entregando rapidamente pacotes nas portas dos compradores, eliminando o tempo de espera e 
o custo do trabalho humano. 
 
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Mas, do ponto de vista financeiro, é fácil ver como esta categoria tecnológica pode 
mostrar algumas limitações. Isso porque a economia da entrega nesta modalidade, está na 
última milha que é instigada por dois fatores: a densidade de rota e o ―Drop size‖ (tamanho da 
entrega). 
Se você fizer muitas entregas durante um curto período de tempo ou distância, o custo 
por entrega será pequeno. Da mesma forma, se você realizar diversas entregas no mesmo 
local. 
Nesta situação, os drones não funcionam muito bem. Os protótipos com as 
experiências atuais que as empresas apresentam normalmente trazem apenas um pacote, e 
depois que o drone conclui a sua entrega, ele precisa que voar todo o caminho de volta para 
sua base para recarregar suas baterias e pegar o próximo pacote. 
Elaborando um comparativo nos EUA: um caminhão de entrega da UPS realiza uma 
média de 120 paradas por dia, para entregar centenas ou milhares de pacotes. Confrontando 
friamente, não parece mais adequado do que o utilizar os drones que levam apenas 1 pacote 
por viagem? 
Em registros oficiais, a Amazon apontou que 86% dos seus pacotes pesam menos de 5 
libras (aproximadamente 2,3 Kg) Em relação à distância, o Walmart constatou que 70% dos 
americanos vivem a 5 milhas (aproximadamente 8,05 Km) de um Walmart. Isso é excelente 
para a perspectiva de entregas por drones. Porém, os centros de atendimento da Amazon não 
são tão onipresentes, mas a empresa mostrou determinação para mover seus produtos e 
armazéns para que fiquem mais próximos do consumidor. Se os produtos ficam mais 
próximos dos clientes, os drones podem entregá-los em 30 minutos, mesmo que custe mais do 
que um caminhão. 
Este exemplo da utilização dos drones pela Amazon é a forma de entrega chamada 
Amazon Prime Air, que mostra que o essencial desse método é a entrega super rápida, que por 
mais que seja um pouco mais cara para o cliente, é inteiramente mais confortável e prazeroso 
ter o seu pedido de algum medicamento ou até mesmo de alguns livros em menos de 30 
minutos. 
 
6. RESULTADOS ESPERADOS 
Os resultados esperados são basicamente a redução drástica de tempo na hora da 
 
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entrega dos produtos de peso moderado usando os drones de entrega como os da Amazon e da 
DHL. 
No Brasil, os drones chegam para atender a demanda de territórios como São Paulo e 
Rio de Janeiro em menor tempo e com um custo mais econômico. Nas experiências já feitas 
nos Estados Unidos, os clientes receberam seus pedidos em até 30 minutos. Além disso, cada 
drone é capaz de realizar 30 entregas por dia a um custo de US$ 1 a US$ 3 dólares, enquanto 
as entregas para áreas suburbanas, via FEDEX, por exemplo, variam de US$ 10 a US$ 15. 
Para o e-commerce, isso abre a possibilidade de diminuir e até eliminar um de seus 
maiores motivos de desistência de compra: o custo do frete de regiões suburbanas e as 
diversas reclamações por atraso na entrega. 
Compras de produtos de valor médio / baixo, acabam tendo um frete quase igual – 
quando não maior – ao dos produtos, o que em muitas ocorrências faz com que o consumidor 
deixe de comprar. Com a possibilidade de atender as entregas nessas áreas a um custo mais 
baixo utilizando os drones de entrega, as empresas ganham mais força para suas vendas. 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
É preciso entender que os avanços tecnológicos não servem de nada se não forem para 
trazer maior comodidade e facilitar o dia a dia das pessoas. Entregas dentro do prazo fazem 
parte da qualidade do produto/serviço, isso muitas vezes pode se o diferencial escolhido pelo 
cliente final. Estar aberto a mudanças é necessário, precisamos fazer da inovação nossa maioraliada, pois nesse mundo globalizado e competitivo só os com a capacidade de se reinventar 
sobreviverão. 
―A inovação é o que distingue um líder de um seguidor‖. (Steve Jobs) 
 
8. REFERÊNCIAS 
CAZANOVA, Mônica Aparecida; O IMPACTO DA FALTA DE PLANEJAMENTO NA 
ENTREGA DO PRODUTO AO CLIENTE 
 
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BRÊTAS, Pollyanna e MARTINS, Gabriel; ATRASOS ATINGEM CERCA DE 30% DAS 
ENTREGAS DE PRODUTOS EM TODO BRASIL 
INTELIPOST; A ECONOMIA DAS ENTREGAS POR DRONES 
SCHOPPEN, Kai; DRONES: ENTREGANDO O FUTURO NA PORTA DA SUA CASA