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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI UNIDADE CELSO CHARURI CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA Caio Rafael Ruzenente Cozer Larissa Camacho Martins Yasmin Karolyne Cordeiro Borges DE QUE FORMA A LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO PODE INFLUENCIAR A ROTEIRIZAÇÃO DE UMA MICROEMPRESA ATUANTE NO MERCADO DE HORTIFRUTI CURITIBA 2020 Caio Rafael Ruzenente Cozer Larissa Camacho Martins Yasmin Karolyne Cordeiro Borges DE QUE FORMA A LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO PODE INFLUENCIAR A ROTEIRIZAÇÃO DE UMA MICROEMPRESA ATUANTE NO MERCADO DE HORTIFRUTI Trabalho de conclusão de curso (TCC) apresentado ao Curso de Técnico em Logística, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Paraná na unidade do Celso Charuri, como requisito conclusão de curso. Orientador: Prof. Greycy Kelly Bornholdt CURITIBA 2020 TERMO DE VALIDAÇÃO Caio Rafael Ruzenente Cozer Larissa Camacho Martins Yasmin Karolyne Cordeiro Borges TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PARA OBTENÇÃO DE NOTA: de acordo com os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Técnico em Logística, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Paraná na unidade do Celso Charuri, como requisito parcial à obtenção de nota. ___________________________________________________ Prof. Luis Carlos Hoinski Junior Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, SENAI. ___________________________________________________ Blancaliz Higaskino de Lima Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, SENAI. ___________________________________________________ Richard Valandro Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, SENAI. ___________________________________________________ Prof. Greycy Kelly Bornholdt Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, SENAI. Curitiba, 10 de Dezembro de 2020 DEDICATÓRIA Material dedicado primeiramente à Deus, posteriormente a todos os docentes da instituição e familiares. AGRADECIMENTOS Em agradecimento a confecção desse trabalho de conclusão de curso, temos o prazer de agradecer a todos os docentes da instituição do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, SENAI, por nos apoiarem, instruírem e passarem o seu conhecimento de vida para a gente. Agradecemos também aos familiares que estavam ao nosso lado nessa batalha de estudos, sempre nos apoiando e dando forças para não desistir. “O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.” - José de Alencar. RESUMO Este projeto apresenta como tema central o estudo da empresa Souza Hortifrutigranjeiros e tem como objetivo geral a viabilidade propor ferramentas de organização do transporte acessíveis em uma pequena empresa. Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa exploratória, com pesquisa de campo e de natureza quantitativa. A coleta de dados foi realizada por meio de revistas e artigos científicos e, é claro, pelo dono da empresa em estudo. No referencial bibliográfico alguns dos temas seguintes foram abordados: logística de distribuição, roteirização e modal rodoviário. A apresentação de resultados foi realizada através de análise de conteúdo nos quais os resultados preliminares apontam uma grande viabilidade da implantação de um software roteirizador de boa qualidade e custo acessível. O resultado é que com o software e as ferramentas da organização, a empresa conseguirá atender um maior número dos clientes, com mais eficiência, e apesar do investimento, poderá aumentar seus lucros e melhorar seus processos. Palavras chaves: Roteirização. Pequenas empresas. Logística de distribuição. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 01 - Logo da empresa...........................................................................................16 Figura 02 - Fachada da empresa......................................................................................16 Figura 03 - Fluxo de materiais……….………………................................……………17 Figura 04 - Logística de Transporte………..………………………...............................19 Figura 05 - Logística de Distribuição……….……………………….............................20 Figura 06 - Gestão de Transporte………….…………………………...........................21 Figura 07 - Modal rodoviário…………….…………………………….........................22 Figura 08 - Roteirização………………….………………………………….................26 Figura 09 - Logomarca do RoutEasy……….………………………..............................27 Figura 10 - Layout do aplicativo RoutEasy….………………………………................27 Figura 11 - Ciclo do pedido……………..….…………………………..........................28 Figura 12 - Checklist.......................................................................................................29 Figura 13 - 5S..................................................................................................................31 Figura 14 - Imagem da empresa......................................................................................33 Figura 15 - Imagem da empresa......................................................................................34 Figura 16 - Fluxograma do ciclo do pedido.....................................................................37 Figura 17 - Fluxograma das compras de mercadorias......................................................37 Figura 18 - Foto do CEASA............................................................................................38 Figura 19 - Foto do CEASA............................................................................................39 Figura 20 - Processo de separação dos pedidos...............................................................39 Figura 21 - Fluxograma da armazenagem.......................................................................40 Figura 22 - Fluxograma da entrega aos clientes...............................................................41 Figura 23 - Nota de conserto do caminhão......................................................................42 Figura 24 - Carregamento do veículo para sair para entrega............................................42 Figura 25 - Planos Routeasy............................................................................................44 LISTA DE TABELAS Tabela 01 - Os termos do 5S e suas derivações................................................................30 Tabela 02 - Lista de clientes............................................................................................36 Tabela 03 - Cotação de mercado......................................................................................46 Tabela 04 - Checklist.......................................................................................................47 Tabela 05 - Fases da implantação....................................................................................48 Tabela 06 - Cronograma..................................................................................................52 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS Sigla 01 - PRV - Problemas de roteirização de veículos...................................................24 Sigla 02 - PCV - Problema do caixeiro viajante...............................................................24 Sigla 03 - ZMRC – Zona de máxima restrição de circulação...........................................45Sigla 04 - ERP - Sistema integrado de gestão empresarial...............................................45 Sigla 05 - TMS - Sistema de gerenciamento de transporte...............................................45 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13 1.1. PROBLEMATIZAÇÃO .......................................................................................... 13 1.2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 14 1.3. OBJETIVO .............................................................................................................. 14 1.3.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 14 1.3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 15 1.4. CARACTERÍSTICA DA EMPRESA ..................................................................... 15 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 17 2.1. LOGÍSTICA ............................................................................................................ 17 2.1.2. LOGÍSTICA DE TRANSPORTE ........................................................................ 18 2.1.3. LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO ..................................................................... 19 2.2. GESTÃO DE TRANSPORTE ................................................................................ 20 2.3. MODAL RODOVIÁRIO ........................................................................................ 21 2.4. ROTEIRIZAÇÃO .................................................................................................... 22 2.5 FERRAMENTA DE ROTEIRIZAÇÃO .................................................................. 26 2.6. CICLO DO PEDIDO ............................................................................................... 27 2.7. CHECKLIST ........................................................................................................... 28 2.8. FERRAMENTA DE QUALIDADE “5S” .............................................................. 29 3. METODOLOGIA ....................................................................................................... 32 4. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS ................................................................... 33 4.1 SITUAÇÃO ATUAL ............................................................................................... 33 4.1.1. CLIENTES ........................................................................................................... 34 4.1.2. PROCESSOS DA EMPRESA ............................................................................. 36 4.1.2.1. CICLO DO PEDIDO ......................................................................................... 36 4.1.2.2. COMPRAS DE MERCADORIAS .................................................................... 37 4.1.3. SEPARAÇÃO DE PEDIDOS .............................................................................. 39 4.1.4. ARMAZENAGEM ............................................................................................... 40 4.1.5. ENTREGA AOS CLIENTES ............................................................................... 40 4.1.6. O PROCESSO QUE NECESSITA MELHORIA ................................................ 41 4.2. SITUAÇÃO IDEAL ................................................................................................ 42 4.2.1. SOFTWARE ROTEIRIZADOR – ROUTEASY ................................................. 43 4.2.1.1. CUSTO BENEFICIO DA FERRAMENTA SUGERIDA ................................ 44 4.2.1.2 COTAÇÃO DE OUTROS SOFTWARES ROTEIRIZADORES ..................... 46 4.2.2. CHECKLIST ........................................................................................................ 46 4.2.3. FERRAMENTA 5S .............................................................................................. 47 5. ANÁLISE CRÍTICA .................................................................................................. 50 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 51 7. CRONOGRAMA ....................................................................................................... 52 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 54 13 1. INTRODUÇÃO A roteirização é uma ferramenta complementar voltada para o gerenciamento das atividades logísticas que atua mediante a otimização dos tempos e distâncias da programação da rota de um ou mais veículos determinando o sequenciamento de paradas dos mesmos. O transporte tem sido o nome da atividade de deslocamento para o trabalho, escola, para atividades de lazer, compras, de encomendas e cargas diversas e outras diversas atividades. No ramo de uma Microempresa distribuidora de Hortifruti, sabe-se da necessidade de um bom atendimento e rapidez do processo. Isso torna o transporte um item de importância crucial para boa entrega e satisfação do cliente já que a má administração desse item reflete em todos os processos de uma empresa. Portanto a roteirização junto ao transporte qualificado permitiria um ganho de tempo e produtividade significativos e, acredita-se, qualidade da entrega. Sabendo também da tendência a adaptação da tecnologia no meio empreendedor e a importância da qualidade em todos os produtos e processos fica os seguintes questionamentos: como podemos adaptar uma pequena empresa a tecnologia dos roteirizadores e as ferramentas da qualidade? E quais delas são mais acessíveis na empresa em estudo? Esse trabalho, portanto, orientar-se-á na fundamentação de definir a roteirização e a ferramenta 5s distinguindo-as, por meio de pesquisa exploratória e pesquisa de campo, enquanto fenômeno, e dos demais eventos e fatos que formam a realidade da empresa escolhida. Foi realizada análise da microempresa e chegado na sugestão da implementação das ferramentas 5s, checklist e routeasy que trará de melhoria um ganho de qualidade e tempo. 1.1. PROBLEMATIZAÇÃO O termo Roteirização vem sendo usado para designar o processo de determinação de uma ou mais sequências de paradas a serem feitas de um veículo de frota. 14 Segundo Durão (2013) o transporte é o item responsável pelo maior peso do Custo logístico. Dado este fato é evidente o acréscimo que a Roteirização pode fazer dentro da empresa. Além disso um estudo feito por Luís Felipe Trombini Villela para o instituto DEP, mostrou que cerca de 60% das empresas entrevistadas utilizam o software de roteirizadores. Entende-se então que há relevância em estudarmos a importância da implantação de um roteirizador no processo de distribuição de uma microempresa atuante no mercado de hortifruti na cidade de Curitiba estado do Paraná – bem como melhorar o processo que a empresa está realizando ao entregar seus produtos. 1.2. JUSTIFICATIVA A abordagem do tema é de total interesse para todas as empresas que necessitam fazer entregas de mercadorias. Possibilitando que haja menos danos a esses produtos. De acordo com dados de 2010 do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC) da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), no país é existente perto de 150 mil empresas de transporte rodoviário de carga sendo que até 2005 o número de microempresas do ramo correspondia a 92%. Contudo, sabendo que o transporte de carga, segundo o IBGE, tem crescido consistentemente nos últimos anos, tanto em volume de cargas quanto em faturamento das empresas. E Esse bom desempenho se explica pela recenteexpansão da safra agrícola e do crescimento do mercado varejista. Segundo o G1 no dia 18 de agosto de 2020, um autônomo encomendou um aparelho para dar de presente à esposa, ao abrir embalagem, a caixa estava violada e tinha um tubérculo. Com o investimento em roteirizadores, essa taxa de perda e eventos assim podem cair muito, se tornando um alívio para todos da cadeia de suprimentos. 1.3. OBJETIVO Neste tópico serão apresentados o objetivo geral do projeto e os objetivos específicos. 1.3.1. OBJETIVO GERAL 15 Estudar e propor ferramentas que organizam o transporte de uma pequena empresa que atua no ramo de hortifruti. 1.3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Estudar definição de logística e logística de transporte; ● Estudar a gestão de transporte; ● Estudar a utilização do modal rodoviário; ● Entender a importância da roteirização; ● Entender a viabilidade da contratação de um serviço de roteirização; ● Estudar sobre ciclo do pedido e ferramentas que auxiliam no mesmo como o Checklist; ● Estudar a viabilidade de aplicação da Ferramenta 5S. 1.4. CARACTERÍSTICA DA EMPRESA A empresa Souza Hortifrutigranjeiros (Gustavo Mincewicz Rodrigues Eireli) é uma microempresa de ramo familiar atuante pelo simples nacional que nasceu há oito anos com o objetivo de abastecer todo comércio alimentício com produtos das linhas de verduras, frutas e legumes. A mesma é administrada com o auxílio do sistema Tag comércio, porém boa parte dos serviços tem a ação humana. Nas mídias sociais a empresa atua através da utilização de aplicativos como o Facebook e o Instagram, com o objetivo de que seus clientes ou até o consumidor final de seus clientes saibam a origem dos produtos e conheçam os mesmos, afinal a frase sempre dita aos clientes é “Produtos fresquinhos direto do produtor todo dia para a melhor parte do seu dia, a refeição". A Souza atende cerca de 40 comércios totais, sendo em média 30 entregas por dia, levando em consideração que não é sempre que os clientes fazem pedidos em dias consecutivos. Dentre seus maiores clientes temos a rede de Pizzarias Baggio, que possui filiais tanto em Curitiba Centro quanto em regiões metropolitanas como Pinhais, Santa Felicidade, São José dos Pinhais, entre outras localidades. A rede de restaurantes Aroma`s, os quais são localizados em alguns shoppings centers da cidade. E o restaurante Bellaggio o qual está localizado na região do Batel. 16 Na parte de transportes, não é feita nenhuma administração de fluxos ou de manutenção de veículos com auxílio de softwares onde as dificuldades mais enfrentadas são extravios de carga, atrasos com os clientes, gastos excessivos com combustível e mal cuidado com os veículos que resultam em vários estragos e manutenções durante o mês. Logo da empresa em estudo Figura 01 - fonte: próprio autor, ano 2020. Fachada da empresa em estudo Figura 02 - Fonte: próprio autor, ano 2020. 17 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Neste tópico serão apresentadas as referências bibliográficas que foram utilizadas para a confecção do projeto. 2.1. LOGÍSTICA A logística é uma operação que está diretamente ligada ao produto. Na nova conceituação da cadeia varejista, todo o processo logístico, que vai da matéria prima até o consumidor final, é considerado um processo único e sistemático, em que cada parte do sistema depende das demais e deve ser ajustada levando em consideração o todo. Segundo o Concil of Logistics Management (1996), a logística pode ser definida como o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo e o armazenamento, eficiente e capaz em termos de custos, de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e as informações correlatas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de obedecer às exigências dos clientes. Todos esses elementos do processo logístico devem ser enfocados com um objetivo fundamental: satisfazer as necessidades e preferências dos consumidores finais. No entanto, cada elemento da cadeia logística é também cliente de seus fornecedores. Fluxo de materiais Figura 03 - Fonte: Repositório digital, ano 2019. 18 É existente uma cadeia de fluxos de materiais onde envolvem a armazenagem de matéria-prima, dos materiais em processamento e dos produtos acabados, percorrem todo o processo, indo desde os fornecedores, passando pela fabricação, seguindo desta ao varejista, para atingir finalmente o consumidor final, a razão principal de toda a cadeia de suprimento. Inclusive Ballou (2007), diz que essas atividades englobam também atividades de comunicação, transporte e estoques. Deixando claro o que empresa precisa, portanto, focalizar o controle e a coordenação coletivos das atividades logísticas para alcançar ganhos potenciais. 2.1.2. LOGÍSTICA DE TRANSPORTE Segundo Ballou, 2007 e Rodrigues 2006, O Transporte é a capacidade de movimentação inclui carga e pessoas existente desde o princípio da humanidade, além da distribuição de outros sistemas intangíveis, como comunicações telefônicas, energia elétrica e serviços médicos, tendo como propósito ser a ligação entre os centros consumidores e fornecedores com o menor custo e tempo possível. O transporte é uma atividade muito importante para a satisfação dos clientes, visto que fornece a criação das utilidades de tempo e de lugar. (Lambert, 2007). Sendo assim administração de transportes é o braço operacional da função de movimentação que é realizada pela atividade logística cujo objetivo é assegurar que o serviço de transporte seja realizado de modo eficiente e eficaz. Onde o papel da logística de transporte é definir como será o modo que o produto chegará ao cliente final, sabendo que a maior parte da movimentação de carga é realizada através de cinco modos básicos de transportes, quais sejam: ferrovia, rodovia, hidrovia, dutos e aerovias (BALLOU, 2007). Rodrigues (2006, p. 26) teoriza que “um sistema de transportes é constituído pelo modo (via de transporte), pela forma (relacionamento entre os vários modos de transporte), pelo meio (elemento transportador) e pelas instalações complementares (terminais de carga)”. 19 Logística de transporte Figura 04 - Fonte: Brazmix, ano 2020. 2.1.3. LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO A logística de distribuição, como Novaes (2007) cita, é uma parte importante da logística como um geral, por seu cunho estratégico e pela importância econômica dada pelos governantes e empresários quando da instalação de novas unidades organizacionais. Nogueira (2012), Bowersox e Closs (2010) e Novaes (2007) concordam que a distribuição tem a função de criar valor aos clientes, ajudar na criação de receita e na redução de custos, disponibilizando os produtos e serviços aos consumidores ou usuários, de forma correta, no local correto e no tempo adequado, através de um nível de serviço superior. A distribuição física é considerada por Nogueira (2012) o produto do processo logístico. A essência do negócio, as características do produto e o mercado a que se destina, determinam o plano da distribuição. A competitividade e credibilidade são fatores essenciais em uma economia globalizada e cada vez mais disputada. Para que a empresa não os perca, Nogueira (2012) menciona que é necessário disponibilizar produtos e serviços no local desejado pelo cliente, cumprir os prazos assumidos, assegurar a qualidade na entrega, além de assumir todas as possíveis eventualidades, obter flexibilidade dos processos, oferecer um nível de atendimento elevado, bem como manter o controle das variáveis que afetam o serviço ao cliente. Considerando a distribuição física como parte final do processo e seu impacto na 20 administração de movimentação de materiais, ela deve ser analisada para que a teoria dos fluxos logísticos possa ser implantada.Logística de Distribuição Figura 05 - Fonte: Armazéns Gerais Trianon, ano 2019. 2.2. GESTÃO DE TRANSPORTE Gestão de Transportes é o controle da movimentação física de uma carga entre um ponto e outro. A gestão de transportes, quando aliada a um sistema eficaz, gera economia em inúmeros quesitos, pois controla todos os gastos que envolvem tanto o veículo quanto o transporte que é realizado por ele. Segundo Chowdhury (2003), é a gestão da movimentação física de pessoas e bens entre pontos diferentes. A gestão de transporte utiliza sistemas avançados de comunicação e informação, o que permite a recolha de dados que servem para melhorar as operações de veículos e instalações. Outras atividades importantes, relacionadas com a gestão de transporte, são o planejamento e calendarização do transporte e a gestão do pessoal. Um sistema de gestão de transportes possibilita controlar despesas como: abastecimentos, manutenções preventivas, manutenções periódicas, desgaste de pneus, etc., tanto do veículo principal quanto de seus vinculados, fazendo com que gastos desnecessários sejam previamente verificados, e assim, investidos em outros setores para um melhor aproveitamento. 21 Gestão de Transporte Figura 06 - Fonte: IB Software, ano 2018. 2.3. MODAL RODOVIÁRIO O modal de transporte rodoviário é aquele em que consiste o transporte através de ruas, estradas e rodovias, podendo ser pavimentadas ou não, onde se utiliza os automóveis, os ônibus e os caminhões para a locomoção de produtos e pessoas. No Brasil o transporte rodoviário é o mais utilizado, tanto para locomover produtos, quanto pessoas. No país há 1,7 milhão de km de estradas, o que amplia a utilização desse transporte. Dentre as estradas que o país possui, 12,9% são pavimentadas e 79,5% não são pavimentadas e 7,5% são estradas planejadas. Entre as rodovias, 14,8% são de rodovias estaduais, 78,1% são rodovias municipais e 7% são rodovias federais. Dentre essas rodovias podem ser encontradas as rodovias simples e as duplicadas. No país quem coordena o transporte rodoviário é o Departamento Nacional de Transportes Terrestres (DNIT), que está vinculado ao Ministério dos Transportes. Com a implantação da indústria automobilística na década de 1950 e a pavimentação das principais rodovias, o modal rodoviário se expandiu de tal forma 22 que hoje domina amplamente o transporte de mercadorias no país”. (CASTIGLIONI, 2007, p. 114) O transporte rodoviário é o modal que prevalece no Brasil devido à agilidade e a característica “door to door” (de porta em porta), possibilitando entregas tanto para curtas como longas distâncias. Além disso, a frequência de cargas fracionadas é relevante, chegando a 60% do que é distribuído e quando se busca um modal são avaliadas características como carga, volume e roteiro (PARAGUASSU, 2012). O Transporte rodoviário apresenta a flexibilidade enquanto seu principal benefício. Efetivamente, os camiões podem operar em todos os tipos de estrada, fornecer qualquer tipo de combinação entre o ponto de origem e de destino, movimentar produtos de variados tamanhos e pesos, bem como as várias distâncias, proporcionando, de igual modo, velocidades em percursos de curta distância. Contudo, a principal desvantagem deste meio de transporte reside na inferior capacidade de cargas, tal como na ineficiência apresentada em trajetos de longa distância (apresenta um elevado custo variável) (Bowersox & Closs, 2007). Modal rodoviário Figura 07 - Fonte: Toda matéria, ano 2019. 2.4. ROTEIRIZAÇÃO Desde meados do século XX, abordagens matemáticas para os problemas persistentes da roteirização vêm sendo desenvolvidas. Uma das primordiais consistia em 23 buscar um roteiro que cobrisse um número determinado de pontos com a menor distância possível e sem repetir nenhum dos pontos anteriormente visitados. Esta abordagem foi denominada de “Problema do Caixeiro Viajante”. Já no século XXI podemos contar com a existência dos Roteirizadores. O processo de roteirização pode ser definido como ferramenta complementar para o gerenciamento das atividades logísticas, que procura, mediante a otimização dos tempos, distâncias e recursos, minimizar os custos totais de uma empresa e a roteirização em si pode ser entendida como otimização da programação operacional de um ou mais veículos. (BALLOU,2006) Esse processamento se aplica tanto a rotas urbanas como rodoviárias, e o resultado consiste na alocação racional de serviços de transporte (coleta ou entrega) à frota e a definição dos itinerários (roteiros), com a consequente ordem de atendimentos a serem realizados. Para Cunha (2000), é a roteirização que determina o roteiro, bem como o sequenciamento dos pontos de paradas dispersos geograficamente que um veículo deve seguir com o papel de minimizar os custos totais de atendimento, os sistemas são computacionais que através de algoritmos e uma apropriada base de dados, são capazes de obter soluções para os problemas de roteirização e programação de veículos com resultados satisfatórios, consumindo tempo e esforço de processamento menores (MELO e FILHO, 2001). Respeitando demandas e capacidades definidas previamente (LAPORTE ET AL, 2000) Além disso, são dotados de muitos recursos de visualização gráficos e relatórios que auxiliam o usuário na tomada de decisão (MELO e FILHO, 2001). A roteirização pode ser caracterizada por x clientes (representados numa rede de transportes por nós ou arcos) que deverão ser servidos por uma frota de veículos, sem apresentarem restrições ou a ordem em que deverão ser atendidos e representa uma configuração espacial do movimento do veículo em uma rede (ENOMOTO; LIMA, 2007, p. 96). De acordo com Novaes (2004), a roteirização de veículos se desenvolveu com a necessidade de aprimoramento do setor operacional das empresas, no que se refere à distribuição, coleta e entrega de mercadorias de maneira eficiente. Sua correta aplicação permite ao setor mencionado a realização de operações menos custosas, pois minimiza 24 distâncias percorridas entre pontos de atendimento, maximiza a utilização de equipamentos, auxilia na tomada de decisões logísticas, reduz gastos com pneus, combustível, manutenção, horas extras, aditivos, entre outras coisas. Hoje se dispõe, no mercado, de um número razoável de software de roteirização, que ajudam as empresas a planejarem e programar os serviços de distribuição física. No momento em que a instituição decide adquirir um sistema roteirizador, alguns pontos importantes devem ser considerados na tomada de decisão sobre qual optar. Assim devem ser considerados dois pontos de vista para a implantação de um software: 1) a necessidade e as características da empresa que irá adquirir a ferramenta. 2) uma avaliação dos softwares, fazendo uma análise geral da estrutura e identificando alguns requisitos básicos necessários. (Ravagnolli (2006) Novaes (2004) Deixa evidente a ligação da quantidade de clientes com a maior dificuldade de se alcançar uma boa roteirização. Segundo o autor, quanto menor o número de pontos a serem atendidos, mais facilmente uma boa rota é definida. Entretanto, caso esse número seja grande, o nível de dificuldade aumenta, exigindo grande esforço computacional. O uso racional da frota, a redução do número de veículos que a compõe e a necessidade de atender a demanda de um conjunto de clientes são considerados por Ballou (2009) como problemas de roteirização de veículos (PRV). De modo geral, esses problemas são derivações ou evoluções de fenômeno abordado por diferentes autores e conhecido como Problema do Caixeiro Viajante (PCV). Segundo Ballou (2006, p. 149) “a movimentação de cargas absorve de um a dois terços dos custos logísticos totais”, então se faz necessário um sistema de transporte eficiente e que não tenha um elevadocusto para que não influencie na competitividade da empresa. Sendo assim, pode-se observar que a roteirização é um processo fundamental para o transporte eficiente e satisfazer as necessidades do consumidor. De acordo com Lopes e Melo (2003), a roteirização é uma ferramenta que organiza as possibilidades entre diversos destinos, do ponto de origem, armazéns ou centros de distribuição até o ponto de recebimento, que pode ser os clientes, pontos de coleta, lojas ou fábricas. 25 Já Rago (2002), afirma que roteirização, consiste em planejar as melhores rotas, focando no acondicionamento máximo do veículo utilizado na entrega e cumprindo com os prazos de entrega. Para Ballou (2001), a roteirização é a atividade que tem por fim buscar os melhores trajetos que um veículo deve fazer através de um planejamento. Esta busca, que geralmente tem como objetivo minimizar o tempo ou a distância, é uma decisão frequente na logística empresarial. Através da roteirização, é possível reduzir custos operacionais, aumentar os ganhos, calcular as melhores rotas, reduzir manutenções da frota, diminuir o tempo de entrega das mercadorias, atender um maior número de clientes, minimizando o tempo e distância entre eles. Nessa perspectiva, segundo Rossetto (2009), a roteirização pode ser descrita como uma otimização do planejamento operacional de um ou mais veículos. Sendo em rotas urbanas ou rodoviárias, alocando os serviços de transporte, definindo itinerários (roteiros) com ordem atendimentos a serem realizados. A Roteirização é de essencial importância visto que permite ganhos significativos, tanto relacionados aos custos operacionais quanto, e principalmente, com relação à qualidade do serviço ofertado, proporcionando à empresa auferir vantagem competitiva em relação às outras que se encontram no mercado. (MELO; FILHO, 2000) Segundo Cunha (2000), a roteirização é o processo que determina um ou mais roteiros ou sequência de paradas que devem ser cumpridos pelos veículos de uma frota com o objetivo de utilizar um conjunto de pontos geograficamente dispersos em locais pré-determinados que necessitem de atendimento. Roteirização Figura 08 - Fonte: Blog Texaco Lubrificantes, ano 2020. 26 2.5 FERRAMENTA DE ROTEIRIZAÇÃO O RoutEasy é uma ferramenta online que tem como maior objetivo roteirizar caminhos com maior eficiência, seja em menores custos ou caminhos, maximizando o número de entregas possíveis e eliminando trajetórias inconvenientes. Aplicando os estudos de Baldwin e Venables (2013) a situação de análise, podemos concluir que o sistema de otimização de rotas e gestão de entregas se tornou ferramenta crucial, possibilitando a redução dos custos de transporte, assim aumentando a capacidade produtiva de todos os envolvidos no processo de análise, gerando eficiência quanto a gestão operacional. Conforme Neves, et. al. (2018). O RoutEasy é um software destinado a multi- roteirizações de diversos trechos, o qual possibilita a criação de rotas de acordo com diversas necessidades do usuário, sendo a prioridade escolhida o ponto principal do processo, com opções desde otimização do consumo de combustível a redução da quilometragem total gasta entre percursos, uma ferramenta completa e totalmente funcional para o presente estudo. Utilizando a ferramenta nos processos logísticos de uma empresa, a mesma pode encontrar os trajetos mais eficientes, os quais podem realizar as viagens de acordo com a principal finalidade objetivada por ela, sendo uma menor quilometragem, ou um menor consumo de combustível. Fator que consequentemente, minimiza os custos logísticos que impactam de forma abrangente a mesma. Logomarca do RoutEasy Figura 09 - Fonte: RoutEasy, ano 2020. 27 Layout do aplicativo RoutEasy Figura 10 - fonte: Tecnologística, ano 2020. 2.6. CICLO DO PEDIDO O ciclo do pedido e o sistema de processamento de pedidos, é examinar os fluxos de informações e materiais, ou seja, as atividades que ocorrem desde o instante em que o cliente decide considerar a possibilidade de efetuar um pedido, até o momento em que recebe este pedido e efetua o pagamento. Todo o ciclo do pedido se inicia quando o cliente realiza um pedido a uma organização, e o final do ciclo é marcado pela entrega desta mercadoria/serviço a este cliente. Segundo Ballou (2005, p.122) o Processamento de Pedidos é representado por uma variedade de atividades incluídas no ciclo de pedido do cliente. Lambert (1998, p.518) diz que o ciclo do pedido é composto pelas seguintes etapas: preparação e transmissão do pedido, recebimento e entrada do pedido, processamento do pedido, resgate no estoque e embalagem, expedição do pedido e entrega e descarregamento no cliente. Porém é importante ressaltar que cada organização possui seu próprio método de transmissão de pedidos que basicamente são manuais ou eletrônicos. (FLEURY, 2006) 28 Clico do pedido Figura 11 - Fonte: Youtube- Canal Dia da Logística, ano 2019. 2.7. CHECKLIST Checklist seria o nome em inglês para “lista de verificação”, essa lista é um auxílio de trabalho usado para reduzir a falha compensando os limites potenciais de memória e atenção humana. Isso ajuda a garantir a consistência e integridade na execução de uma tarefa. As listas de verificação são uma ferramenta de trabalho bastante utilizada que destacam pontos necessários para perfeita consecução do trabalho. O uso de listas de verificação tem as seguintes vantagens: reúnem o conhecimento histórico de muitas pessoas envolvendo o tópico em questão e são bastante completas; forçam o seu usuário a olhar a cada aspecto, independentemente de seu conhecimento prévio ou consciência do “problema”; e padronizam a metodologia facilitando comparações posteriores. Como desvantagens: não medem a subjetividade da informação; o usuário tem de seguir a lista à risca, perdendo-se flexibilidade; e o seu uso não estimula a criatividade de seus usuários. Tendo em vista as palavras de Hair Jr. et al (2005) “Quando uma lista inicial de questões de pesquisa é desenvolvida, essas questões devem ser avaliadas para determinar se as respostas oferecerão as informações necessárias para a tomada de decisão, para a compreensão de um problema ou para testar uma teoria” (2005, p.215). 29 Checklist Figura 12 - Fonte: Ectual, ano 2019. 2.8. FERRAMENTA DE QUALIDADE “5S” O programa 5S é uma metodologia criada e idealizada no Japão, nos anos 60, visando à melhoria do ambiente das empresas, que eram muito sujas e desorganizadas, e ainda, acabar com o desperdício, diminuir o número de acidentes pessoais e impessoais e melhorar a produtividade das empresas (FILHO, 2003). O programa objetiva: melhorar o ambiente de trabalho, reduzir o desperdício, evitar acidentes de trabalho, aperfeiçoar os processos, melhorar a moral dos funcionários e incentivar a criatividade e poderá se constituir em um instrumento técnico de suporte dos programas de gestão de qualidade, e se fundamenta nos conceitos: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke (ZANELLA, 2009). Seu nome provém de palavras que, em japonês, iniciam com S. Na tradução para o português, foram interpretados como Sensos, não somente para manter o nome 5S, mas porque refletem melhor o significado das palavras em japonês (UDESC, 1996). 30 Japonês Inglês Português 1ºS Seiri Sorting Senso de Utilização Arrumação Organização Seleção 2ºS Seiton Systematyzing Senso de Ordenação Sistematização Classificação 3ºS Seiton Sweeping Senso de Limpeza Zelo 4ºS Seiketsu Sanitizing Senso de Asseio Higiene Saúde Integridade 5ºS Shitsuke Self-disciplining Senso de Autodisciplina Educação Compromisso Tabela 01. Os termos do 5S e suas derivações - Fonte:Lapa,1998 – Programa de Qualidade 5S. Neste sentido, adotou-se: • Seiri: O senso de organização ou utilização consiste em analisar os locais de trabalho e classificar os objetos segundo sua utilidade ou frequência de uso e retirar do ambiente tudo o que não necessita estar neste local (UDESC, 1996). • Seiton: Senso de Arrumação ou Ordem onde senso efetua-se a arrumação dos objetos, materiais e informações úteis, de forma funcional, possibilitando o acesso rápido e fácil (UDESC, 1996). • Seiso: Senso de Limpeza que para Udesc (1996), significa demonstrar que está limpo e que cada pessoa deve ter o compromisso de manter limpo seu local de trabalho antes, durante a após a jornada diária. • Seiketsu: Senso de Padronização ou Saúde refere-se à manutenção das condições de trabalho físicas e mentais adequadas a boa saúde. (FILHO, 2003). 31 • Shitsuke: Senso de Disciplina Significa a observância da rotina, da busca constante de melhorias e reeducação de hábitos e atitudes (ZANELLA, 2009). É o último S e refere-se à manutenção de todos os outros quatro já implantados, pois se está bom, pode ficar melhor ainda (FILHO, 2003). 5S Figura 13 - Fonte: Corporativa Brasil, ano 2019. 32 3. METODOLOGIA Método científico pode ser definido como um conjunto de etapas e instrumentos pelo qual o pesquisador científico, direciona seu projeto de trabalho com critérios de caráter científico para alcançar dados que suportam ou não sua teoria inicial (CIRIBELLI, 2003). A Metodologia é o estudo dos métodos. Ou então as etapas a seguir num determinado processo que tem como finalidade captar e analisar as características dos vários métodos indispensáveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização. Pesquisar é o ato que tem como objetivo a descoberta de novos conhecimentos, ela exige organização, dedicação, disposição, disciplina, tempo e estudo. Pesquisa é um conjunto de atividades, tais como buscar informações, explorar, inquirir, investigar, indagar, argumentar e contra-argumentar.” (PESCUMA, p. 12, 2005). A pesquisa exploratória, usada no presente trabalho, segundo Malhotra (2001), é usada em casos nos quais é necessário definir o problema com maior precisão. O seu objetivo é prover critérios e compreensão. Tem as seguintes características: informações definidas ao acaso e o processo de pesquisa flexível e não-estruturado. A amostra é pequena e não-representativa e a análise dos dados é qualitativa. As constatações são experimentais e o resultado, geralmente, seguido por outras pesquisas exploratórias ou conclusivas. São exemplos da pesquisa exploratória os estudos de caso e as pesquisas bibliográficas. A fonte de pesquisa usada foi secundária chamada também de pesquisa documental, onde é feito uma síntese de dados e informações coletadas de outras fontes como por exemplo: artigos científicos, revistas, estatísticas governamentais entre outros. 33 4. APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS A seguir os resultados da pesquisa em questão serão apresentados a partir de: Situação atual dos processos da empresa; situação ideal onde as ferramentas serão sugeridas para melhoria do processo e analise critica onde os autores colocam possíveis empecilhos e problemas da implantação. 4.1 SITUAÇÃO ATUAL A empresa Souza que está há oito anos atuando no mercado de hortifruti pelo simples nacional tem como objetivo satisfazer a demanda de produtos da terra em restaurantes, bares e lanchonetes. É uma microempresa de ramo familiar, utilizadora do software Tag Comércio para as tarefas administradoras e que conta com o auxílio de quatro colaboradores. Imagem da empresa Figura 14 - Fonte: próprio autor, ano 2020. 34 Imagem da empresa Figura 15 - Fonte: próprio autor, ano 2020. 4.1.1. CLIENTES A Souza distribui para cerca de 40 comércios espalhados por Curitiba e regiões metropolitanas, algumas no horário da manhã entre às oito e nove horas, e outras na parte da tarde a partir das quatorze horas. Todos os seus clientes são de suma importância, porém os clientes que mais agregam na empresa são respectivamente: Restaurante Mar e Terra, Restaurante Bellagio, Pizzaria Juvevê e Pizzaria Água Verde, esses juntos compõem cerca de 40% do valor de vendas por mês. Lista de clientes Cliente ENDEREÇO Restaurante Belaggio Av. Sete de Setembro 6787, Curitiba, PR, 80240-001 Pizzaria Baggio Água Verde Rua Salustiano Cordeiro, 14, Água Verde, Curitiba, PR Pizzaria Baggio Bacacheri Rua Álvaro Botelho, 125 – Curitiba/PR Pizzaria Baggio Champagnat Al. Princesa Izabel, 1934 – Curitiba/PR Pizzaria Baggio Ecoville R. Hildebrando Cordeiro, 250 Curitiba – PR Pizzaria Baggio Jardim Das Américas R. Carlos Prado, 163 – Curitiba/PR Pizzaria Baggio Juvevê R. Rocha Pombo, 380 – Curitiba/PR Pizzaria Baggio São José Dos Pinhais R. Visc. do Rio Branco, 2189 – São José dos Pinhais/PR Pizzaria Baggio Santa Felicidade Av. Toaldo Tulio, 1718 – Loja 01 35 Pizzaria Baggio Xaxim R. Francisco Derosso, 1683 – Curitiba/PR Pizzaria Baggio Osório Praça Osório, 495 – Sala 01 – Curitiba/PR Pizzaria Baggio Pinhais Rua Edinei de Lima Godoy 75, Pinhais, PR, 83320-590 Restaurante Gourmeteria Kennedy Av. Pres. Kennedy 0 1966, PR, 80610-010 Restaurante Dom Viggie Av. Sete de Setembro 6797, Curitiba, PR, 80240-00 Garbanzo Café Rua Alberto Bolliger 543, Curitiba, PR, 80030-280 Restaurante Colher De Pau Rua Goias 1125, Curitiba, PR, 80630-030 Lá Piazza Pizzaria Rua Chile 2258, Curitiba, PR, 80215-170 Restaurante Lá Pasta Barigui Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza 600 (Piso Gourmet Loja 301), Curitiba, PR, 81200-100 Restaurante Lá Pasta Batel Av. do Batel 1868, PR, 80420-090 Restaurante Liguiria Rua Santa Catarina 1575, Curitiba, PR, 80630-120 Pegue Pronto Restaurante/Pizzaria Rua Pedro Gusso 200, Curitiba, PR, 81050-200 Restaurante Mar e Terra Av. Monteiro Tourinho 141, Curitiba, PR, 82600-000 Restaurante Kanavial Rua Castro 731, Curitiba, PR, 80620-300 Restaurante Casa da Sú Rua Amazonas 261, Curitiba, PR, 81610-030 Restaurante Ladrilhos Rua XV de Novembro 2821, Curitiba, PR, 80045-340 Restaurante Buffett Curitibano Rua Joao Bettega 1555, Curitiba, PR, 81070-001 Restaurante Sushi Arte Av. dos Estados 95, Curitiba, PR, 80610-040 Lanchonete Chealsea Rua Castro, 500 – Água Verde, Curitiba Restaurante Master Cheff Av. Pres. Affonso Camargo 330, lj. 28, Curitiba, PR, 80060-090 Pizzaria Mercatu Juvevê Rua Alberto Bolliger 288, Curitiba, PR, 80030-280 Mr. Jardim das Américas Av. Nossa Senhora De Lourdes, 426 Restaurante Carnivore Av. Iguaçu, 4399 Lanchonete Sunset Rua XV de Novembro 2822, Curitiba, PR, 80045-340 Bar Biers Clubs Rua Chile Curitiba, PR, 80215-170 Restaurante Mangolia Av. Iguaçu, 4399 Lanchonete Tucanos Rua XV de Novembro 1155, Curitiba, PR, 80060-000 Pizzaria Carmela Rua Santa Catarina 180, Prox. a Maternidade Sta. Brígida Lanchonete Villa Bistro Rua Paraiba 3703, Curitiba, PR, 80610-190 Pizzaria Mascara Bairro Alto Rua Alberico Flores Bueno, 1805 Pizzaria Mascara Pinhais Avenida Ayrton Senna da Silva, 1158 36 Restaurante Bella Itália Av. Iguaçu, 4399 Armazém do Pão RUA OMILIO MONTEIRO SOARES,402,- FANNY/CURITIBA Mediterranio Frutos do Mar Av. Iguaçu, 4399 Restaurante Kiriki R PAULO GORJK,861,-CENTRO/CURITIBA Restaurante Aroma Jardim das Américas Av. Nossa Sra. de Lourdes, 63 - Jardim das Américas, Curitiba - PR, 81530-020 Restaurante Aroma Jockey R. Konrad Adenauer, 370 - Tarumã, Curitiba - PR, 82821- 020 Restaurante Aroma Mueller Av. Cândido de Abreu, 127 - Centro Cívico, Curitiba - PR, 80530-900 Restaurante Aroma Pollo R. Camões, 601 -Alto da XV, Curitiba - PR, 80040-180 Tabela 02 - Lista de clientes - Fonte: próprio autor, ano 2020. 4.1.2. PROCESSOS DA EMPRESA Neste tópico serão apresentados os processos detalhados atuais da empresa. 4.1.2.1. CICLO DO PEDIDO O ciclo do pedido começa às três horas da tarde do dia anterior a entrega do mesmo, onde pelo WhatsApp os clientes fazem o pedido de todos os produtos que irão utilizar. Após feito esse pedido os itens passam por uma lista de contagem no Excel para que seja feita uma cotação do quanto precisa ser comprado no CEASA (centrais de abastecimento do Paraná). Quando a compra na central é feita, todos os itens são levados ao armazém onde os mesmos são separados de acordo com o pedido do cliente. Logo mais todos os pedidos são carregados para serem entregues aos clientes. A separação de rotas acontece de forma que as lojas mais próximas umas das outras sejam entregues pelo mesmo veículo. O veículo de entrega ao cliente é de modal rodoviário e os automóveis utilizados são dois caminhões de cargas leves (HR) e dois automóveis comerciais (fiorinos). 37 Fluxograma do ciclo do pedido Figura 16 – Fonte: próprio autor, ano 2020. 4.1.2.2. COMPRAS DE MERCADORIAS Fluxograma das compras de mercadorias Figura 17 - Fonte: próprio autor, ano 2020. Para iniciar esse processo o Sr. Gustavo (dono da empresa) juntamente com dois colaboradores sai do armazém por volta das quatro e meia da manhã para irem ao CEASA, onde cada um dos indivíduos fica responsável por uma das seguintes tarefas: 1. Recebimentos de produtos com fornecedores fixos: Quando o produto é de um fornecedor fixo geralmente dos produtos que são comprados todos os dias e em grande quantidade, morango, cebola batata por exemplo, O fornecedor já recebeu o pedido antes de abrir o CEASA, e então a função do colaborador que está exercendo essa 38 tarefa, é receber o produto do fornecedor, fazer a conferência quantitativa e qualitativa e assinar a nota. 2. Compra de produtos na pedra: A pedra, como é chamada, é o centro de vendas de produtores que não possuem lugar fixo no Ceasa, é onde acontece a barganha, quando um produto está muito caro com fornecedores fixos. A função de quem está exercendo essa tarefa é comprar os itens que não foram comprados com fornecedores fixos. 3. Carregamento dos caminhões: Onde o responsável por essa tarefa carrega dos produtos nos caminhões organizando e cuidando das mercadorias para que não ocorram extravios. Foto do CEASA Figura 18 - Fonte: próprio autor, 2020. 39 Foto do CEASA Figura 19 - Fonte: próprio autor, 2020. 4.1.3. SEPARAÇÃO DE PEDIDOS Esse processo inicia assim que todos os colaboradores chegam para o início do expediente no armazém as três horas da manhã, todos os colaboradores desenvolvem a função até chegar o horário de sair para fazer a compra dos produtos. Logo depois ficam no armazém somente dois colaboradores completando a tarefa, seguindo sempre o mesmo padrão de utilizar os produtos que já tem em estoque para depois utilizar os que chegam novos. Processo de separação dos pedidos Figura 20 - Fonte: próprio autor, ano 2020. 40 4.1.4. ARMAZENAGEM Após os entregadores saírem para as entregas da parte da manhã, no armazém começa o processo de separação das entregas da tarde e contagem dos itens que sobraram para serem armazenados. Itens mais perecíveis que necessitam de resfriamento, morango, uva e brócolis por exemplo, são organizados em uma geladeira/ expositor comercial e uma geladeira simples. Os itens que não necessitam de resfriamento de um dia para outro como tomate, cenoura e batata, são organizados em caixas plásticas e colocados em palhetes. As folhas como alfaces, escarola, são postos em caixas de isopor com água para que permaneçam vivas. Lembrando que os produtos permanecem no armazém por no máximo vinte e quatro horas, pois por serem de fácil perecimento a rotação acontece todos os dias. Fluxograma da armazenagem Figura 21 - Fonte: próprio autor, ano 2020. 4.1.5. ENTREGA AOS CLIENTES Depois de todos os pedidos estarem completos, o os automóveis são carregados com os pedidos de forma que a primeira entrega fique a porta do caminhão. E assim contanto com dois caminhões e duas fiorinos, as rotas são distribuídas por proximidade das lojas. Esse processo acontece duas vezes no dia, na parte da manhã e na parte da tarde, isso quando não ocorre algum imprevisto e tenha que ocorrer mais vezes. 41 Fluxograma da entrega aos clientes Figura 22 - Fonte: próprio autor, ano 2020. 4.1.6. O PROCESSO QUE NECESSITA MELHORIA O processo de entrega é um dos que mais importantes dentro da presente empresa, sendo ele responsável por garantir que o produto chegue em segurança às mãos dos clientes. Porém é ele também que por ser mal administrado gera aproximadamente dois mil reais de gastos não planejados por mês. Segundo Simone Cordeiro, chefe geral da empresa, o gasto de combustível para entregar itens que ficam nos caminhões ao final das entregas e acabam faltando para o cliente, o gasto com mercadorias que são compradas depois por falta de conferência antes de sair do armazém e gasto com quebra de veículos poderiam compor o salário de um funcionário. 42 Nota de conserto de caminhão Figura 23 – Fonte: próprio autor, ano 2020. Carregamento de veículo para sair para entrega Figura 24 - Fonte: próprio autor, ano 2020. 4.2. SITUAÇÃO IDEAL Neste tópico apresentaremos a situação a qual desejamos que a empresa realize a melhoria dos processos. 43 4.2.1. SOFTWARE ROTEIRIZADOR – ROUTEASY No Brasil, o modal rodoviário é o mais utilizado e com o passar dos anos, o trânsito vem se tornado cada vez mais turbulento. Para conseguir manter a qualidade dos serviços prestados sem atrasos, muitas empresas têm investido em roteirizadores, a fim de melhorar seus serviços e evitar ociosidades durante o processo de entrega ao consumidor. O termo “roteirização” não é encontrado no dicionário da língua portuguesa. Mas, ele vem sendo utilizado como equivalente ao termo inglês “routing”. Routing por sua definição, é o processo de determinação de um ou mais roteiros ou sequências de paradas a serem cumpridas por veículos, com o objetivo de visitar um conjunto de pontos geograficamente dispersos, em locais pré-determinados, que necessitam de atendimento A ferramenta de roteirização é o processo de planejamento de trajetos (rotas) para que as entregas ou coletas sejam realizadas e os serviços, prestados. O roteirizador é usado para reduzir custos operacionais logísticos ligados à rota, podendo ser atrelados a tempo, distância percorrida ou qualidade das vias. Com o roteirizador é possível identificar a rota mais benéfica em termos de economia de recursos, conservar e aumentar a vida útil da frota, entre outros benefícios. Existem diversos tipos de softwares roteirizadores, o escolhido para implantar na empresa Souza Hortifrutigranjeiros, é o Routeasy. Ele planeja as rotas com mais eficiência, reduzindo tempo e custo de transporte. • Redução de custos: Encontra as melhores rotas para reduzir os quilômetros rodados e consequentemente o custo com combustíveis e manutenção. • Aumento da eficiência operacional: A economia de tempo possibilita que os veículos realizem mais serviços no mesmo período de tempo, aumentando a eficiência da frota. • Personalize os objetivos de roteirização: 44 É possível otimizar as rotas para a menor distância percorrida ou para a menor quantidade de veículos utilizados. 4.2.1.1. CUSTO BENEFICIO DA FERRAMENTA SUGERIDA O software escolhido Routeasy, oferece três planos, sendo eles: ● Basic: R$ 99,00 por veículo/mês; ● Smart: R$ 109,00 por veículo/mês;● Enterprise: R$ 129,00 por veículo/mês. Na imagem a seguir, temos especificamente o que cada plano oferece à empresa. Planos Routeasy. Figura 25 - Fonte: cedida via e-mail pela própria Routeasy, ano 2020. Cada veículo contratado dará 500 créditos para utilização, sendo consumido 1 crédito por cada endereço roteirizado. Com contrato de 24 e 12 meses. Inicialmente também tem a taxa de Adesão (servidores em nuvem da Amazon) de R$120,00 anualmente, que poderá ser pago embutido na assinatura. E a taxa de Setup de Implantação (implantação, treinamento e suporte) é de R $400,00. 45 O plano escolhido para implantar na empresa seria o Smart, com o custo mensal de R$109,00 por veículo/mês. Nele estão inclusas as seguintes funções: ● Roteirização otimizada: são rotas simples (um veículo), rotas multiveículos, rotas D+1 ou com pernoites; ● Regras de atendimento aos clientes: multi janelas horárias, veículos permitidos e/ou proibidos, tempo de atendimento, prioridade, sequência; ● Regras de operação relacionadas à frota: número máximo de paradas, ocupação mínima, jornada máxima de trabalho, ZMRC, distância máxima, skills específicos (refrigerado, por exemplo); ● Preferências de otimização: reduzir veículos, reduzir distância, regras personalizadas, maximizar atendimento, combinar entregas e coletas; ● Relatórios e romaneios completos: custo de combustível e pedágio, km e tempo, horário previsto de chegada no cliente, outras informações; ● Integração via API ou Excel: envia as informações dos serviços diretamente do seu sistema ERP/TMS e também recebe as rotas planejadas após a otimização; ● Aplicativo para o motorista: recebe a rota planejada e registra os eventos durante a execução dos serviços, mesmo sem internet; ● Painel de Monitoramento: status de cada serviço em tempo real, identificando serviços realizados com sucesso ou com ocorrência relacionada; ● Comprovações: registro de fotos, assinatura do cliente e posição do local onde o serviço foi realizado; ● Rota planejada VS realizada: apresentação do mapa da rota planejada e realizada, com informações coletadas pelo aplicativo Routeasy; ● Monitoramento: posição do motorista em tempo real enquanto a rota estiver em execução, mesmo se o aplicativo for encerrado; ● Serviço urgente: modificar rotas e/ou incluir serviço de coleta em rotas que estão em operação. 46 4.2.1.2 COTAÇÃO DE OUTROS SOFTWARES ROTEIRIZADORES Além do Routeasy, foi realizado uma pesquisa no mercado e cotação de custo/benefício com outros softwares. Empresa de software Valor implantação Valor mensal AgileProcess R$ 8.600,00. R$ 1.100,00 Até 10 veículos. Way Data Solution R$ 1.500,00. R$ 210,00 por veículo. Routeasy R$ 520,00. R$ 109,00 por veículo. Tabela 03 - Cotação de mercado - Fonte: próprio autor, ano 2020. • Valor médio de implantação: R$ 3.540,00; • Valor médio mensal: R$ 143,00. O valor médio de implantação e mensal se apresentou elevado devido ao alto custo da empresa AgileProcess, o valor mais acessível do mercado encontrado foi o da empresa Routeasy. 4.2.2. CHECKLIST Checklist é uma palavra de origem norte-americana, traduzindo para o português seria como, “lista”, “lista de verificação”. A palavra foi gerada a partir da junção da palavra “check” (verificar) e “list” (lista). É uma ferramenta simples, não sendo necessário adquirir nenhum tipo de software ou algo do tipo, tornando possível qualquer empresa utilizar esse método. A empresa só precisa de um papel e uma caneta/lápis. 47 Para que seja elaborada uma “lista de verificação” é necessário que quem for confeccionar a mesma saiba quais são os processos ou itens que devem ser usados/seguidos em um processo. Na empresa Souza Hortifrutigranjeiros, se aderido o uso dessa ferramenta, podem ser evitadas perdas de produtos em entregas e coletas. Sendo necessário que o funcionário anote qual o pedido do cliente, anote em uma ordem de fragilidade, para que haja uma cautela maior com tais produtos e a quantidade que o cliente solicitou. Na hora de carregar o veículo para sair para entrega, o funcionário que estiver armazenando os produtos no automóvel deve ir marcando qual item já foi carregado, se a quantidade certa foi pega e se houve alguma perda. Na hora de entregar a encomenda para o cliente, o processo deve ser repetido. DATA: 00/00/0000 Cliente: Inserir nome do cliente... Motorista: Inserir nome do motorista que realizou a entrega... Recebido por: Assinatura de quem recebeu o pedido... Carregamento Entrega Produtos Quantidade Entregues Perda Status Produto A 2 2 0 OK Produto B 6 5 1 X Produto C 4 4 0 OK Produto ... ... ... ... ... Tabela 04 - Possível modelo de CheckList que pode ser implantado - Fonte: próprio autor. 4.2.3. FERRAMENTA 5S O programa 5S é um conjunto de cinco conceitos simples que, ao serem praticados e absorvidos, são capazes de modificar o humor, o ambiente de trabalho, a maneira de conduzir as atividades rotineiras e as atitudes. Em um contexto amplo, a qualidade de vida. A ferramenta surgiu no Japão que foi o grande disseminador da qualidade para o mundo. Uma ideologia baseada em uma tradição passada de pais para filhos como princípios educacionais que os acompanham até a fase adulta. É também entendida como uma filosofia de vida, um valor cultural. 48 Em Português são conhecidos como os Sensos de organização, Autodisciplina, Higiene, Limpeza e Senso de Utilização. Esses cinco Sensos, podem ser considerados como um princípio organizador, mobilizador e transformador de pessoas e organizações. Sensos Preparação Implantação Manutenção Utilização Identificar o que é necessário para execução das tarefas e por que necessitamos daquilo. Prover o que é necessário para execução das tarefas e descartar aquilo julgado desnecessário ou em excesso. Consolidar os ganhos obtidos na fase de implantação de forma a garantir que os avanços e ganhos serão mantidos. Padronizar as ações de bloqueio que se mostraram eficazes na eliminação das causas. Promover ações de bloqueio contra reincidência (mecanismo à prova de bobeiras). Ordenação Definir onde e como dispor os itens necessários para a execução das tarefas. Guardar, acondicionar e sinalizar de acordo com as definições feitas na fase anterior. Limpeza Identificar as fontes de sujeira, identificar causas, limpar e planejar a eliminação das fontes de sujeira. Eliminar as fontes de sujeira. Asseio Identificar os fatores higiênicos de risco nos locais de trabalho e planejar ações para eliminá-los. Eliminar os riscos do ambiente de trabalho ou atenuar seus efeitos. Autodisciplina Identificar não- conformidades com os padrões existentes e as oportunidades de melhorias para os outros sensos. Eliminar as não- conformidades encontradas na fase anterior. Tabela 05 - Fases da Implantação. Fonte: IFSC - Programa de Qualidade 5S Por só trazer benefícios o programa 5S pode ser implantado em qualquer organização independente do segmento ou tamanho, assim desenvolvendo o espírito de equipe, autoestima, tornando o ambiente organizado e facilitando a localização de objetos, otimizando recursos, eliminando desperdícios e conscientizando sobre o meio ambiente. 49 A Souza Hortifrutigranjeiros seria uma empresa mais produtiva prevenindo acidentes, eliminando os desperdícios, reduzindo os custos e melhorando o ambiente de trabalho. Por este motivo, é necessário ter a aplicação 5S. Devendo sempre lembrar que o 5S não se trata somente de um evento, e sim uma nova forma de conduzir o ambiente de trabalho. 50 5. ANÁLISE CRÍTICA Opresente trabalho realizado através do processo de pesquisa exploratória, não apresentou grandes dificuldades durante seu desenvolvimento. Entretanto, pela roteirização de softwares se tratar de um assunto relativamente atual, em alguns momentos tivemos dificuldade em encontrar informações a respeito do assunto. Pelo fato da empresa estudada neste trabalho pertencer a família de um dos integrantes da equipe, não encontramos dificuldades em colher informações da mesma. Os objetivos gerais e específicos deste trabalho foram cumpridos, entre eles o de entender a viabilidade de contratação de um roteirizador na empresa estudada. Entendemos que por estarmos em um ano de pandemia mundial devido ao COVID-19, onde as pessoas passam mais tempo em casa, consequentemente as entregas têm se intensificado e para que esse processo ocorra de forma eficiente, reconhecemos a necessidade de um roteirizador para atender a grande demanda. Acreditamos que a implantação de um roteirizador pode trazer benefícios financeiros através da economia de recursos e manutenções, tempo otimizado, entre outras vantagens. Além da roteirização, a implantação do 5S contribuiria com o aumento de qualidade e produtividade nos processos inicialmente de separação de pedidos e distribuição da empresa por meio da organização e planejamento destes. A longo prazo, o 5S deve se espalhar pela empresa, gerando assim uma cultura organizacional diferenciada, para que todos os processos sofram um impacto positivo com essas mudanças. Sendo assim, todos os processos da empresa, funcionários e atendimento ao cliente seriam beneficiados. Reconhecemos inicialmente, que a empresa estudada pode apresentar dificuldades durante o processo de implementação das ferramentas citadas neste projeto, principalmente no processo de adaptação dos funcionários e treinamento para o uso. Entretanto, a empresa terá que reeducar e reorganizar seus processos para que a utilização dessas ferramentas funcione não somente na teoria, mas também, na prática. A fim de buscar resultados positivos e que a longo prazo, apresentem lucros e melhora em todos os processos da empresa. 51 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento do presente estudo foi possível entendermos a importância de haver um bom gerenciamento nos sistemas de entregas, sendo também necessário implementar um software de roteirização em uma empresa. Após análise de todos os processos atuais na empresa, foi possível perceber que a empresa apresenta problemas básicos, que podem vir a serem solucionados facilmente. O maior problema está presente nas entregas, sendo possível visualizar um grande prejuízo nesse âmbito, devido ao baixo nível de gerenciamento das tarefas. Com a implementação de um software de roteirização e as demais ferramentas sugeridas no projeto, tais problemas serão sanados. Trazendo um certo lucro para a empresa a um médio/longo prazo. Por se tratar de uma microempresa, o roteirizador se tornará um diferencial, colocando a empresa um passo à frente do mercado. No início os funcionários terão um período de adaptação, após esse momento, a qualidade do serviço melhorará, atraindo cada vez mais clientes e se distanciando da concorrência. 52 7. CRONOGRAMA Atividades Data Responsáveis Definição do tema sexta-feira, 19 de junho de 2020 Todos Elaboração da problematização terça-feira, 23 de junho de 2020 Yasmin Produção da justificativa características da empresa terça-feira, 30 de junho de 2020 Caio e Yasmin Produção dos objetivos sexta-feira, 3 de julho de 2020 Larissa Levantamentos de dados para revisão bibliográfica sexta-feira, 3 de julho de 2020 Todos Agradecimentos, dedicatória e construção do sumário terça-feira, 7 de julho de 2020 Todos Apresentação e entrega do pré- projeto domingo, 9 de agosto de 2020 Todos Levantamento de clientes quarta-feira, 12 de agosto de 2020 Yasmin Mapeamento dos processos da empresa e produção de fluxogramas terça-feira, 18 de agosto de 2020 Yasmin Atualização da revisão, problematização, justificativa e objetivos terça-feira, 25 de agosto de 2020 Todos Reunião com representantes do software routeasy quarta-feira, 2 de setembro de 2020 Todos Início da construção da apresentação de resultados quinta-feira, 1 de outubro de 2020 Todos Início da produção da situação atual e situação ideal quarta-feira, 14 de outubro de 2020 Yasmin Construção das ferramentas quarta-feira, 4 de novembro de 2020 Todos Envio do trabalho para correção sexta-feira, 6 de novembro de 2020 Todos Correção de erros terça-feira, 10 de novembro de 2020 Todos Construção da metodologia quinta-feira, 12 de novembro de 2020 Yasmin Construção da análise crítica sexta-feira, 20 de novembro de 2020 Larissa 53 Tabela 06 - Cronograma. Fonte: próprio autor, 2020. Reunião com software Way data Solution quarta-feira, 25 de novembro de 2020 Todos Construção da introdução segunda-feira, 30 de novembro de 2020 Yasmin Construção da conclusão segunda-feira, 30 de novembro de 2020 Caio Reconstrução da justificativa terça-feira, 1 de dezembro de 2020 Caio Ajuste de formatações quarta-feira, 2 de dezembro de 2020 Caio Entrega do trabalho final sexta-feira, 4 de dezembro de 2020 Todos 54 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MAGALHÃES, Marcos Thadeu. Definição de transporte: uma reflexão sobre a natureza do fenômeno e objeto da pesquisa e ensino em transportes. Revista Transportes. v. 22, n. 3 (2014), p. 1–11. WITTIMANN, Mariane Beatriz. LOGÍSTICA DE TRANSPORTE: UMA ANÁLISE DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA ENTRE 2007 E 2016. Empreendedorismo, Gestão e Negócios. v. 7, n. 7, Mar. 2018, p. 430-450 ANAISCBC. O papel da roteirização na redução de custos logísticos e melhoria do nível de serviço em uma empresa do segmento alimentício no Ceará. 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