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Farmacocinética
Universidade do Estado de Santa Catarina
Centro de Ciências Agroveterinárias
Departamento de Medicina Veterinária
Disciplina de Farmacologia Geral
Profª Drª Amanda Leite Bastos-Pereira
Lages, junho de 2020
Revisão
Divisão didática → Processos simultâneos
Introdução
• Farmacocinética • Farmacodinâmica
.
.
.
.
.
FARMACOCINÉTICA 
Estuda o “movimento” das drogas no organismo.
1)Absorção
2) Distribuição
3) Biotransformação
4) Excreção
• Translocação das moléculas do fármaco
→ Transferência através de fluxo de massa
→ Transferência difusional
• Barreiras celulares
→ Barreira epitelial
→ Endotélio vascular 
Absorção
Transferência do fármaco do seu local de 
administração para o compartimento central 
(sangue, em geral)
https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/originals/49/67/51/4967511f5827dd83642578422da5a93c.gif
ABSORÇÃO
Maneiras pelas quais as moléculas atravessam as 
barreiras celulares
1) Difusão através de lipídios***
2) Combinação com proteína transportadora***
3) Difusão através de poros aquosos
4) Endocitose
Fatores que modificam a 
absorção
• PM e forma molecular
• Polaridade
• Grau de ionização – pKa
• Lipossolubilidade das formas ionizada e não ionizada
Dependendo da via de administração – mais fatores estarão envolvidos
pH e Ionização
· ácidos ou bases fracas
· equação de Handersen-Hasselbach
Para Bases→
Para Ácidos→
pKa = constante de dissociação ou pH onde há
1:1 na proporção de forma ionizada
e não ionizada
Espécies ionizadas são BH+ e A-
Ex: anestésicos locais e inflamação
pKa = pH + log [BH+]
[B]
pKa = pH + log [AH]
[A- ]
Fatores que modificam a absorção
Confinamento de íons
Fluidos corporais onde o pH é diferente do pH sangüíneo
poderão favorecer o confinamento de íons ou sua
reabsorção: 
✓ conteúdo gástrico
✓ intestino delgado
✓ leite (gls. mamárias) 
✓ humor aquoso
✓ secreções vaginais
✓ secreções prostáticas
✓rume e retículo
Fatores que modificam a absorção
Vias de 
Administração de 
Fármacos
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS
n Vias de administração ≈ absorção de drogas.
n Enteral x Parenteral
Administração enteral: vias oral e retal
Administração parenteral: vias injetáveis
❑ Vias tópicas: sublingual, mucosas em geral
A agência americana FDA reconhece 111 tipos 
diferentes de vias de administração. 
http://www.fda.gov/cder/dsm/DRG/drg00301.htm
Administração Oral versus Parenteral:
A ingestão oral é o método mais comum. É também o mais seguro, 
conveniente e econômico. Como desvantagens, podemos incluir a absorção 
limitada de algumas drogas, devido a suas características físicas, emese como 
irritação à mucosa gastrintestinal, destruição de algumas drogas por enzimas 
digestivas de baixo pH gástrico, irregularidades na absorção ou propulsão na 
presença de comida ou outras drogas. Também há a necessidade da 
cooperação por parte do paciente. Além disso, drogas no trato gastrintestinal 
podem ser metabolizadas por enzimas da flora intestinal, mucosa ou fígado, 
antes de terem acesso à circulação sistêmica.
A injeção parenteral, em algumas situações, é essencial para a droga 
ser liberada na sua forma ativa em seu sítio de ação, como no caso de 
anticorpos monoclonais usados no tratamento da artrite reumatoide. A 
disponibilidade geralmente é mais rápida, extensiva e previsível. A dose 
efetiva pode, dessa maneira, ser administrada com mais acurácia. Na terapia 
de emergência e quando o paciente está inconsciente, não-cooperativo, ou 
incapaz de reter alguma coisa dada pela boca. Como desvantagens principais, 
a exigência de técnica e manutenção de assepsia constante, além da dor que 
pode ser acompanhada da injeção. 
VIAS ENTERAIS
Via oral
• Facilidade para os 
proprietários
• Vantagens: simples, 
econômica, mais 
fácil de reverter em 
caso de 
sobredosagem
• Desvantagens: sofre 
muitas influências 
Via oral
• Depende:
• fluxo sangüíneo
• estado físico da droga
• motilidade GI e alimentos. Ex. tetraciclinas →
cálcio
• drogas ácidas ou básicas
Via oral - ruminantes
Diluição do fármaco
Período de latência
Inativação
Pka
Formas farmacêuticas
de uso oral 
V.O. e Efeito de Primeira Passagem
Termo usado para o metabolismo hepático de uma
droga que foi absorvida pelo intestino e levada ao
fígado pela circulação portal. Este efeito ocorre
principalmente quando uma droga é administrada por
via oral.
•eliminação pré-sistêmica (E.P.S.) ou efeito de primeira passagem
→Drogas que sofrem E.P.S.: aspirina, morfina, propranolol, 
salbutamol…
Exige maior dose por via oral que por outra via
V.O. –Modo de administração
Espécie animal Líquidos Pastosos Sólidos
Equídeos e 
bovinos
• Beberagem ou 
água de bebida
• Não forçar –
falsa via
• Gargalo da 
garrafa na 
comissura 
labial
• Espátula
• Porção 
posterior da 
língua
• Puxar a língua
e colocar na 
boca
• Largar 
rapidamente 
para estimular 
o reflexo de 
deglutição
Suínos • Pistola lança-
doses
• Ração ou água • Ração ou água
Ovinos e 
caprinos
• Pistola lança-
doses
• Água
• Ração ou água • Ração ou água
Canídeos e 
Felinos
• Seringa ou 
colher
• Aplicador • Abrindo a boca
• Reflexo de 
deglutição
http://www.horsechannel.com/images/horse-news-article-images/bute-paste_800.jpg
http://www.thepigsite.com/articles/contents/11-02BpexVetMeds1.jpg
http://www.gatosmania.com/Uploads/gatosmania.com/ImagensGrandes/gatos-que-se-lambem- demasi ado.jpg
https://www.agrosolo.com.br/uploads/produtos/bbbf88d2-c86b-4f2b-915b-ddd8a1ac0378_snack-equi.-comp.jpg
Via sublingual
Via enteral ou 
não?
• Uso limitado em Medicina 
Veterinária
• Medicina humana – nitratos 
para portadores de angina
http://www.positivehealth.com/img//img/images-
original/dbimg/lee13a.jpg
• usada em pacientes inconscientes, com emese,
colite ulcerativa ou status epilepticus, e enema
• sofre menor E.P.S.→ parte vai à veia cava inferior e 
parte à veia porta
• absorção irregular
Via retal
http://pad2.whstatic.com/images/thumb/5/5e/Give-a-Cat-an-Enema-at-Home-Step-9-Version-2.jpg/670px-
Give-a-Cat-an-Enema-at-Home-Step-9-Version-2.jpg
Via intrarruminal
• Vermífugos – sistema rume-retículo
• Fossa paralombar esquerda
VIAS PARENTERAIS
Usadas agulhas, seringas e medicamentos esterilizados, seguindo
técnicas padronizadas
– agulhas comprimentos e calibres adequados
ex: 30 x 7 
– 30 = 30 milímetros - comprimento
– 7 = 0,7 milímetro - largura
– seringas de 1 a 20 mililitros
– técnicas apropriadas para não contaminar medicamentos
• Absorção depende da concentração e da 
solubilidade em água
• Em geral – efeito imediato
• Superdosagem relativa
• Aceita drogas irritantes
• Infusões
• Exige mais habilidade
• Injetar lentamente
• Não permite drogas hemolíticas ou 
oleosas
• Há exceção para emulsões (Ex: 
propofol)
• Risco de embolias
Via intravenosa
• fluxo sanguíneo 
• aceita algumas drogas irritantes
• suspensões e soluções oleosas
• exige técnica e provoca dor muscular
• Via muito utilizada, devido absorção rápida
• Músculo escolhido
– deve ser bem desenvolvido
– ter facilidade de acesso
– não possuir vasos de grande calibre
– não ter nervos superficiais no seu trajeto
• Volume injetado - depende da estrutura muscular
Via intramuscular
• não permite drogas irritantes
• absorção  constante → difusão
• suspensões, pellets → vias de depósito
Via subcutânea
http://player.slideplayer.com.br/1/85218/data/images/img2.jpg
http://player.slideplayer.com.br/1/85218/data/images/img4.jpg
· barreira hematoencefálica (BHE) e liquor: 
barreiras naturais
· usada para anestesia regional, para o 
tratamento de meningites e contraste 
radiográfico
• SUBARACNOIDEA
• Delimitada pela aracnoide e pia-máter
• EPIDURAL
• Entre a dura-máter e a parede do canal 
raquidiano
Via intra-raquidiana
Epidural
Raqui
• capilares mesenteriais
• grandes volumes
• usada em laboratório, para diálise peritoneal e 
quimioterapia (tumor de ovário)
• riscos: peritonitee aderência
Via intraperitoneal
Via intra-óssea
(intramedular)
• Ossos longos
• Soluções para 
fluidoterapia
• velocidade
• Risco de 
osteomielite e 
abscessos
Via intra-arterial
• Principalmente para fins diagnósticos
• Contrastes
• Radioisótopos
• Agentes antineoplásicos
• Tende a reduzir efeitos sistêmicos
Via intracardíaca
• Emergências
• Eutanásia
• Animal anestesiado ou comatoso
• Cães e gatos – 4º espaço intercostal esquerdo
• Equídeos e bovinos – 3º e 4º espaço intercostal esquerdo
http://image.slidesharecdn.com/mice-110601114940-phpapp01/95/camundongos-41-
728.jpg?cb=1318761003
Via intrapleural
• Toracocenteses
• 6º espaço intercostal direito ou 7º-8º espaço 
intercostal esquerdo
Via intra-articular
• Efeito localizado
• Tratamento local de artrites e artroses
http://www.damascusequine.com/Client%20Services/IA2.jpg
0 1 2 3 4 5 6 7
Tempo para início de ação: Oral>>>Injetáveis
Concentração máxima: IV>>>IM>>SC>oral
Tempo para concentração máxima: Oral>>>SC>>IM>>IV
VIAS TÓPICAS/ DE MUCOSAS
✓orofaringeana, conjuntival, nasofaringeana, vaginal, uretral
✓absorção rápida → ação local
Ex.: efedrina como descongestionante nasal
→ ação sistêmica
Ex.: ocitocina para induzir contrações uterinas e ejeção de
leite
Via das mucosas
VIA DAS MUCOSAS
✓Conjuntival: depende da 
integridade da córnea
Uso tópico atinge: pálpebras, 
superfície ocular (córnea e 
conjuntiva) e segmento anterior
Fonte: Prof. Montiani, UFPR
VIA DAS MUCOSAS
→ via pulmonar
· alvéolos: grande superfície de absorção para gases, 
drogas voláteis e aerossóis
· maior dificuldade para regular a dose
· via para drogas de abuso (Ex.: cocaína → nasal)
· reações alérgicas (locais ou sistêmicas)
via usada para inalação de broncodilatadores
1. Gases, agentes voláteis e aerossóis
2. Rápido início de ação devido ao rápido acesso à 
circulação
a. grande superfície 
b. finas membranas separam alvéolos da 
circulação 
c. alto fluxo sangüíneo
Partículas maiores que 20 m impactam na boca e 
traquéia
Partículas menores que 0,5 m não são retidas
Inalação
✓absorção proporcional à área e à lipossolubilidade
✓pele íntegra x pele lesada
✓hidratação: deixa a pele mais permeável
✓substâncias lipossolúveis passam mais facilmente.
✓ Ex: organofosforados e hormônios (reposição estrogênica)
Via cutânea
VIAS DE USO EXCLUSIVO EM MED. VETERINÁRIA
- pour on / spot on: uso tópico, para drogas parasiticidas
Via intra-mamária
• Mastites em vacas leiteiras
• Tratamento local
• Confinamento de íons
• Intravenosa→ 30-60 seg
• Intraóssea→30-60 seg
• Endotraqueal→ 2-3 min
• Inalação→ 2-3 min
• Sublingual → 3-5 min
• Intramuscular → 10-20 min
• Subcutânea→ 15-30 min
• Retal → 5-30 min
• Ingestão→ 30-90 min
• Transdermal→ variável (min a horas)
Tempo para o Efeito
Mais Rápidas → Inalação, 
Intravenosa
Medianas → IM, SC, Nasal
Lenta → VO
Vias de administração e principais formas 
farmacêuticas
Vias de administração e principais formas 
farmacêuticas
Distribuição
• Fenômeno em que 
uma droga, após a 
absorção, sai da 
corrente sangüínea e 
dirige-se ao seu local 
de ação.
Após a absorção, o fármaco pode...
Ficar sob a forma livre 
no sangue
Ligar-se a proteínas 
plasmáticas
Ser sequestrado para 
depósitos no 
organismo
A distribuição depende de:
*Débito cardíaco 
*Fluxo sangüíneo 
*Massa tecidual
*Ligação a proteínas plasmáticas
*Diferenças regionais de pH
*Mecanismos de transportadores disponíveis
*Permeabilidade da membrana (papel das barreiras epiteliais)
*Partição em lipídeos
Líquido extracelular Líquido intracelular Líquido transcelular
plasma sangüíneo
(4,5%)
líquido intersticial
(16%)
linfa (1,2%)
30 a 40% do líquido
corporal
líquidos cefalorraquidiano,
intra-ocular, peritoneal,
pleural e sinovial (2,5%)
Ligação a Proteínas Plasmáticas
•Complexo reversível
•Fração de reserva
•Proteínas: albumina, 
globulinas, 
hemoglobina e 
glicoproteína 
•Ação e efeito 
farmacológicos
•Representa 1% 
do fármaco
Droga livre Droga ligada
Corrente sangüínea
Barreiras
• Mucosa gastrintestinal
• Barreiras epiteliais da pele, córnea e bexiga
• Barreira hematoencefálica
• Barreira hematotesticular
• Barreira placentária
O tipo e o comportamento funcional da célula epitelial presente nessas 
membranas variam muito, e esse fato é responsável pelas diferenças 
observadas na velocidade, no volume e no tipo de substância absorvida 
pelas diferentes membranas epiteliais. 
Barreira hematoencefálica
(BHE)
http://www.guiasdeneuro.com/wp-content/uploads/2009/03/barrera.jpg
Regiões
desprovidas de 
BHE
• Pineal
• Pituitária
• Área prostrema
• Área pré-optica
do hipotálamo 
anterior
http://www.ugr.es/~ajerez/proyecto/imagenes/t3-12.jpg
- Redução de absorção
- Mecanismo de resistência à droga
em
tumores e bactérias
-Mecanismo de toxicidade SNC por
deficiência (ivermectina)
Glicoproteína-P
Placenta
• “Barreira”
• Íntimo contato entre feto e fêmea prenhe
• Troca intensa de nutrientes
• Difere entre espécies
Epiteliocorial
• Ruminantes, Suínos e Equinos
• Vilos coriônicos penetram no endométrio sem que 
ocorra destruição maior do tecido uterino materno
Endoteliocorial
• Carnívoros
• Epitélio junto às paredes vasculares da mucosa uterina
Hemocorial
• Primatas e roedores
• Epitélio coriônico mergulha em lagunas de sangue
Barreira Placentária
Gestação & fármacos
• absorção alterada por  motilidade, alteração do pH gástrico
• distribuição alterada por  volume sgneo (40%) e
•  volume aquoso total ( 5 a 8%) →  Vd
• redução de PP
• albumina fetal é menor do que a materna → + droga livre no feto
• Movimento de moléculas entre três compartimentos: sangue materno, 
citoplasma do sinciciotrofoblasto e sangue fetal.
• Mecanismos: difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo e endocitose.
BIOTRANSFORMAÇÃO
É a transformação química que as drogas sofrem no organismo, visando
favorecer sua eliminação, pois há formação de metabólitos mais polares e
menos lipossolúveis do que a molécula original.
Tornar as drogas:
+ polares 
- lipossoluveis
Metabólito: é o produto da reação de biotransformação de
um fármaco. Os metabólitos possuem propriedades
diferentes das drogas originais. Geralmente, apresentam
atividade farmacológica reduzida e são compostos mais
hidrofílicos, portanto, mais facilmente eliminados. Em alguns
casos, podem apresentar alta atividade biológica ou
propriedades tóxicas.
BIOTRANSFORMAÇÃO DE DROGAS
• Biotransformação de xenobióticos lipossolúvies
• Ocorre em vários órgãos : Fígado, rins, intestino, pulmões, plasma 
(hidrolases)
• Transformação química →metabólitos + polares e hidrossolúveis→
eliminação facilitada
• Sistemas enzimáticos hepáticos, plasmáticos, intestinais, 
pulmonares, renais
• Reações de Fase I → citocromo P450
• Reações de Fase II → enzimas de conjugação
Eliminação Pré-Sistêmica (EPS) ou Efeito de primeira
passagem: é o efeito que ocorre quando há
biotransformação do fármaco antes que este atinja o
local de ação. Pode ocorrer na parede do intestino, no
sangue mesentérico e, principalmente, no fígado.
Importância clinica:
Diminuição da biodisponibilidade;
Correção da dose
Drogas que sofrem significativo efeito de 1ª passagem:
-AAS
-Propranolol
-Levodopa
BIOTRANSFORMAÇÃO
REAÇÕES DE FASE I
• Metabolismo Microssomal Hepatico
Hepatócito – extensa rede de retículo endoplasmático liso -
rico em enzimas;
Principal grupo de enzimas envolvido nas reações de Fase 1:
Citocromo P450 (CYP450)
contém um grupo de isoenzimas contendo ferro que ativa o 
oxigênio molecular em uma forma capaz de interagir com 
substratos orgânicos
O nome P-450 corresponde ao pico do espectro em 450 nm quando este grupo de 
enzimas interage com o monóxido de carbono
REAÇÕES DE FASE II
• As reações de fase II envolvem a conjugaçãoque,
normalmente, resulta em compostos inativos, e facilmente
excretáveis.
REAÇÕES DE FASE II
• A glicuronidação (também chamada de glicuronização) é a
reação de conjugação mais comum e a mais importante,
embora possa ocorrer outra conjugação nesta fase que pode
ser acetilação, sulfatação ou amidação.
• Como os recém-nascidos são deficientes deste sistema de
conjugação, além de suas funções renais que não estão
completamente desenvolvidas, deve ser evitado o uso de
alguns fármacos, como por exemplo, o cloranfenicol
(antibacteriano) que pode se acumular no organismo
provocando depressão da respiração, colapso cardiovascular,
cianose e morte.
Ciclo entero-hepático
FATORES QUE AFETAM A 
BIOTRANSFORMAÇÃO
BIOTRANSFORMAÇÃO
Ácido acetilsalicílico por hidrólise é metabolizado a ácido salicílico (que 
ainda possui atividade farmacológica) e depois é conjugado ao ácido 
glicurônico ou a glicina, gerando, portanto, dois metabólitos diferentes, 
que já não apresentam atividade e são mais hidrossolúveis, sendo 
facilmente excretados pelos rins.
Absorção Metabolismo Excreção
Fase I Fase II
Droga Conjugado
Metabólito com atividade Conjugado
modificada 
Droga 
Metabólito inativo Conjugado
da droga
Droga
Lipofílica Hidrofílica
FATORES QUE AFETAM A 
BIOTRANSFORMAÇÃO
•Espécie 
•Diferentes vias metabólicas.
•Polimorfismo enzimático
•Diminuição do fluxo sangüíneo hepático
•Ligação com proteínas plasmáticas
• Gênero
↓ da atividade enzimática em fêmeas;
ratos e camundongos: 10 a 30% menos CYP (x machos) → diferença 
na taxa de metabolização de até 20 vezes.
• Prenhez:
↑ da atividade enzimática:
P.ex. CYP3A4, CYP2D6, CYP2C9
↓ da atividade enzimática:
P.ex. CYP1A2 e CYP2C19
Também modifica a DISTRIBUIÇÃO:
> vol. plasma, < [70-80%]prot. plasmáticas
FATORES QUE AFETAM A 
BIOTRANSFORMAÇÃO
• Estado nutricional
• Patologias (principalmente hepáticas):
✓ Insuficiência cardíaca: 
Idade (extremos etários);
menor DC = menor circulação = entrada no fígado
FATORES QUE AFETAM A 
BIOTRANSFORMAÇÃO
INIBIÇÃO enzimática:
• Principais enzimas envolvidas:
Sistema microssomal hepático (CYP450)
Ex. cimetidina, cetoconazol
Monoaminooxidase (MAO)
Ex. antidepressivos iMAO, anfetamina, efedrina
Colinesterase
Ex. organofosforados, carbamatos, piridostigmina
Aldeído desidrogenase
Ex. Dissulfiram
FATORES QUE AFETAM A 
BIOTRANSFORMAÇÃO
EXTERNOS
dieta: a disponibilidade de aminoácidos provenientes da dieta viabiliza a
formação de enzimas envolvidas na biotransformação.
meio ambiente: contaminação e poluentes podem interferir nas reações de
biotransformação.
FATORES QUE AFETAM A 
BIOTRANSFORMAÇÃO
EXCREÇÃO DE DROGAS
• auxiliada pela biotransformação
• rins
• bile
• glândulas salivares/ mamárias/ sudoríparas
• pulmões
• Saliva, leite, lágrimas
EXCREÇÃO RENAL
Os fármacos penetram nos rins através das artérias renais, 
sendo que estas se dividem para formar o plexo capilar 
glomerular
1. Filtração Renal:
Passagem do líquido que chega através da artéria 
eferente para a cápsula de Bowman
2. Secreção Renal:
Passagem do líquido de um capilar para o túbulo 
proximal
3. Reabsorção Renal
Passagem do túbulo proximal para capilar.
EXCREÇÃO RENAL
Fatores que influenciam:
• Fluxo sanguíneo renal 
• Ligação à proteínas 
• Tamanho da molécula 
• Lipossolubilidade
• Grau de ionização 
• pH urinário 
EXCREÇÃO RENAL
Filtração glomerular
• Drogas não-ligadas às proteínas são filtradas;
• Fármacos PM < 40.000 (humanos)
• Moléculas > ficam retidas ↔ As proteínas não são
filtradas;
• Drogas muito ligadas às proteínas sofrem pequena
filtração Ex: Diazepam.
• Drogas solúveis ou insolúveis em lipídios
EXCREÇÃO RENAL
Secreção tubular
• Transporte ativo – carreadores:
• Mesmos carreadores de substâncias 
endógenas.
• Anionicos: penicilina, sulfa, salicilatos
• Cationicos: morfina, histamina
• Competição:
• penicilina X probenecida.
REABSORÇÃO - TUBULO DISTAL
Lipossolubilidade ↔ ionização da droga no pH 
urinário:
pH tubular pode variar:
Carnívoros: 5,5 – 7 (ácido);
Herbívoros: 7,2 – 8,4 (alcalino).
EXCREÇÃO RENAL
Lembre-se! As drogas são melhores 
absorvidas em meio com pH 
semelhante ao seu, portanto, são mais 
excretadas em meio com pH diferente 
do seu.
EXCREÇÃO RENAL
Interações medicamentosas
• Fármacos que aumentam o volume urinário
(diuréticos).
•
• Fármacos que competem pelo mesmo 
transportador.
• Fármacos que alteram o pH urinário:
• alcalinizantes: bicarbonato de sódio
• acidificantes: cloreto de amônio
Glândulas mamárias
- difusão passiva
substâncias lipossolúveis;
substâncias alcalinas: pH leite (6,6).
cafeína, anfetamina
Metais similares ao Ca2+ Pb
Riscos:
para o lactente (drogas ácidas)
leite comercial / consumo animal
EXCREÇÃO GLANDULAR
Glândulas salivares
- Difusão passiva
- Reabsorção pelo TGI
- * ruminantes
EXCREÇÃO GLANDULAR
Ovos
Quanto > lipossolubilidade > penetração na gema
EXCREÇÃO - OVOS
Excreção de gases
Drogas volateis
Maior capacidade de expelir drogas apolares/lipossoluveis
inalação → alvéolo → expirado
Difusão simples
Ex: halotano
EXCREÇÃO PULMONAR
Excreção biliar
• As células hepáticas transferem diversas 
substâncias incluindo fármacos, do plasma para a 
bile
• Substâncias hidrofílicas – intestino – glicuronídeo 
liberado – droga livre – reabsorvida – reservatório 
recirculante (circulação enterohepática).
Ex: morfina
• Rifampicina – excretada pela bile
REABSORCAO INTESTINAL
MORFINA
ETINILESTRADIOL
CLORANFENICOL
↑ ½ vida do farmaco
Drogas administradas v.o. podem se 
difundir diretamente para o trato 
gastrointestinal e ser então 
eliminadas nas fezes
EXCREÇÃO BILIAR
Farmaco + bile → intestino
= 
eliminação FEZES
Reabsorção no intestino
=
Retardo na eliminação
REABSORCAO INTESTINAL
MORFINA
ETINILESTRADIOL
CLORANFENICOL
↑ ½ vida do farmaco
Revisão - farmacocinética
Muito obrigada!
amanda.pereira@udesc.br

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