Receituário_Agronômico

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RECEITUÁRIO 
AGRONÔMICO
RECEITUÁRIO AGRONÔMICO
Prof. Cláudio Franco
É um INSTRUMENTO que subsidia as 
entidades oficiais e privadas 
(pesquisa, ensino e extensão) no 
sentido de DIAGNÓSTICO dos 
problemas agronômicos regionais, 
com vista a seu direcionamento e 
planejamento operacional
Receituário Agronômico
Conjunto de normas, medidas e 
atitudes que tem por objetivo 
dimensionar a aplicação de 
recursos terapêuticos em Fitiatria
preventiva e curativa.
Receita Agronômica
É o Documento utilizado pelo 
agrônomo para determinar, esclarecer e 
orientar o agricultor sobre o 
procedimento ao usar um agrotóxico 
em função do Diagnóstico
FINALIDADE
Prof. Cláudio Franco
Busca a origem do problema 
Fitossanitário
Resolvê-lo com a máxima 
eficiência
E mínimo de Agrotóxicos
Histórico
• Segunda Guerra Mundial
DDT - Dicloro-Difenil-Tricloroetano
• Problemas do uso irracional de 
agrotóxicos
Rachel Carson
Histórico
Histórico
• 1965 – Polônia
• 1970 – Califórnia/Estados Unidos
• 1977 – Conselho de Desenvolvimento 
Agropecuário do Rio Grande do Sul
Histórico da Legislação 
Brasileira
• Portaria no 007 (1981)
Receituário Agronômico
• Portaria no 01 (23/01/81)
Cadastro do segmento
OBJETIVO: Venda controlada ou restrita
Lei 7.802/89
Art. 13o
Venda através de RECEITUÁRIO (R.A.)
prescrito por profissional legalmente 
habilitado
Lei Estadual 11.069/98
Art. 4o. Registro na Secretaria de Estado da
Agricultura e Política Rural de SC
Parágrafo 2º - Os estabelecimentos devem
operar com assistência de um PROFISSIONAL
HABILITADO
Parágrafo 3º - Venda somente mediante
RECEITA expedida por profissional
RESPONSABILIDADE
Prof. Cláudio Franco
O Receituário Agronômico 
EXIGE, IMPÕE e ASSUME 
toda a responsabilidade 
profissional em toda a sua 
amplitude através de seu 
documento base: A RECEITA
RECEITA AGRONÔMICA
• LEI 7.802 (11/07/1989)
• Decreto Federal 4.074 (04/01/2002)
• CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia) 
- RESOLUÇÃO Nº 344 (27/07/1990)
• Decreto Federal Nº 4.560 (30/12/2002)
RESOLUÇÃO Nº 344, DE 27 JUL 1990
Art. 1º - Conforme o estabelecido no Art.13 da Lei nº 7.802, de 11 JUL 
1989, compete aos Engenheiros Agrônomos e 
Engenheiros Florestais, nas respectivas áreas de habilitação, 
para efeito de fiscalização do exercício profissional, a atividade de 
prescrição de receituário agronômico.
Art. 2º - ... habilitados a assumir a responsabilidade 
técnica pela pesquisa, experimentação, classificação, produção, 
embalagem, transporte, armazenamento, comercialização, inspeção, 
fiscalização e aplicação dos agrotóxicos, seus componentes e afins.
Art. 3º - Os Técnicos Agrícolas e Tecnólogos da área da 
agropecuária e florestas são habilitados legalmente a assumir a 
Responsabilidade Técnica na aplicação dos produtos agrotóxicos e 
afins prescritos pelo receituário agronômico, desde que SOB 
SUPERVISÃO do Engenheiro Agrônomo ou Florestal.
DECRETO FEDERAL Nº 4.560, DE 30 DEZ 2002
Altera o Decreto nº 90.922, de 6 de fevereiro de 1985, que regulamenta a
Lei nº 5.524, de 5 de novembro de 1968, que dispõe sobre o exercício da
profissão de Técnico Industrial e Técnico Agrícola de nível
médio ou de 2º grau.
Art. 1º - Os arts. 6º, 9º e 15 do Decreto nº 90.922, de 6 de fevereiro de
1985, passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 6º .............................................................................................
........................................................................................................
XIX - selecionar e aplicar métodos de erradicação e controle de vetores e
pragas, doenças e plantas daninhas, responsabilizando-se pela emissão
de receitas de produtos agrotóxicos;
Lei 7.802/89
Art. 14º: Responsabilidades
A) PROFISSIONAL
Receita errada, displicente ou indevida
B) USUÁRIO
Em desacordo com o R.A.
C) COMERCIANTE
Venda sem o R.A. ou em desacordo com a 
Receita
D) EMPREGADOR
não fornecer EPI, manutenção ou equipamentos
E) FABRICANTE
quando produzir mercadorias em desacordo com
as especificações constantes do registro do produto, 
do rótulo, da bula, do folheto e da propaganda.................
F) REGISTRANTE
omitir informações ou fornecer informações 
incorretas
Lei 7.802/89
Art. 14º: Responsabilidades
DECRETO FEDERAL 4.074 
(04/01/2002)
Art. 66. A receita, é ESPECÍFICA
para cada cultura ou problema
DECRETO FEDERAL 4.074 
(04/01/2002)
Capítulo VI - Da Receita Agronômica
Art. 65. No mínimo em duas vias. A 
primeira ao usuário e a segunda ao 
estabelecimento comercial que a manterá 
à disposição dos órgãos fiscalizadores 
pelo prazo de dois anos, contados da 
data de sua emissão.
Semiotécnica do RA
A) Abordagem
• Primeiro contato com o consulente
• Identificar o nível de instrução
• Promover descontração
Semiotécnica do RA
B) Queixa e duração
• Qual é o problema?
• Há quanto tempo existe?
Semiotécnica do RA
C) Anamnese Passiva
• Exposição do problema
• Cuidados na comunicação
Semiotécnica do RA
D) Anamnese Ativa
• Nesta etapa pode-se perguntar:
- Aspectos fitossanitários, cultura, 
pessoal, equipamentos, instalações, 
topografia
Semiotécnica do RA
E) Montagem da ficha técnica
• Visita a propriedade;
• Informações que não foram possíveis 
apenas com a conversa;
• Dados para confeccionar o HPPA 
(História Pregressa do Problema Atual).
Semiotécnica do RA
Ficha técnica:
• Informações sobre o consulente
• HPPA
• HPA (História do Problema Atual)
• Diagnóstico
• Prescrição técnica
• Medidas preventivas
• Resultados obtidos
RECEITA AGRONÔMICA
• Documento
• Orientação ao agricultor
• Clara, precisa, concisa e 
estética 
• Etapa final do processo
COMPONENTES DA RECEITA
I - Nome do usuário, da propriedade e 
sua localização;
II - Diagnóstico;
III - Recomendação para que o usuário 
LEIA atentamente o rótulo e a bula 
do produto;
IV - Recomendação técnica:
(a) Nome(s) do(s) produto(s);
(b) Cultura e áreas onde serão aplicados;
(c) Doses de aplicação e quantidades totais a 
serem adquiridas;
(d) Modalidade de aplicação, obrigatório, nos 
casos de aplicação aérea;
(e) Época de aplicação;
(f) Intervalo de segurança (Carência e Reentrada);
COMPONENTES DA RECEITA
IV - Recomendação técnica:
(g) Orientações quanto ao manejo integrado de 
pragas e de resistência;
(h) Precauções de uso;
(i) Orientação quanto à obrigatoriedade da 
utilização de EPI; 
COMPONENTES DA RECEITA
Utilização do EPI
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA
Tríplice 
Lavagem
V 
- Data, 
-nome, CPF e assinatura do 
profissional que a emitiu, 
-seu registro no órgão fiscalizador do 
exercício profissional. 
COMPONENTES DA RECEITA
ART = Anotação de Responsabilidade 
Técnica
Eficiência da Receita Agronômica
• Conhecimento do diagnóstico etiológico
• Considerações peculiares do cultivo
• Conhecimento dos fatores etiológicos
• Prescrição de formulações adequadas
• Cuidados na aplicação
Considerações Finais
• Vantagens do RA
- Conscientização do uso de agrotóxicos
- Proteção do ambiente
- Emprego de agrotóxicos mais seguros
- Valorização da classe
- Atualização do técnico
- Contato de técnico/agricultor
- Maior rigor na fiscalização
Considerações Finais
Receituário Agronômico
≠
Receita Agronômica
Características da Receita Agron.
A Receita Agronômica deve ser:
• Clara 
• Concisa 
• Precisa
• Estética
Bases do receituário 
 Competência legal e profissional
 Ética e visão global dos problemas
 Utilização do receituário agronômico 
como suporte legal do MIP
• Não emitir receitas em branco;
• Não receitar por telefone;
• Não usar receitas estritamente 
comerciais;
• Não emitir receitas falsas.
Responsabilidades Técnicas
Receituário Agronômico 
Conscientização dos agricultores: 
•Desvincular a utilização de agrotóxicos aos 
calendários de aplicação
•Fazer uso somente nos casos de real necessidade
•Implementar as técnicas parao manejo integrado 
Caminho correto para a emissão da 
Receita Agronômica 
Responsável Técnico
(visita a lavoura e troca informações com o 
agricultor)
Histórico pregresso e atual da lavoura, métodos de 
manejo fitossanitários......... 
DIAGNÓSTICO DO PROBLEMA FITOSSANITÁRIO
Responsável técnico
emite a Receita Agronômica
Agricultor
de posse da Receita Agronômica 
Agricultor
Realizará a compra do produto recomendado em uma 
revenda registrada no órgão fiscalizador ( CIDASC em 
Santa Catarina)
Problemas quando o caminho para a 
emissão da Receita Agronômica é inverso
Agricultor
Vai para os estabelecimentos de revenda
Após o pedido, a Receita Agronômica é emitida 
pelo próprio vendedor
Venda é concluída
Responsável Técnico
Apenas assina a Receita Agronômica 
Agricultor
Realizará a aplicação do agrotóxico sem nenhuma 
assistência 
Quando o caminho para a emissão da 
Receita Agronômica é inverso
Problemas: Financeiros/Saúde/Ambientais
 Uso incorreto do agrotóxico (não determinado para o alvo)
 Resistencia de pragas (dosagens inadequadas)
 Queda na qualidade do produto final ( resíduos de agrotóxicos acima do 
permitido)
 Uso de inseticidas proibidos (dificuldade de comercialização dos 
produtos)
 Doenças causadas pelo mau uso ou pela não utilização de IPIs
 Poluição do solo, agua e ar
 Desequilíbrios ecológicos (redução de organismos benéficos/quebra de 
cadeias alimentares)
 Surtos de novas pragas
 .......................................
Receituário 
Agronômico 
pg. 348 - 353
Referências
Referências
AGROFIT - Sistema de Agrotóxicos Fitossanitário 
http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons
www.andef.com.br
Disponibiliza vários manuais sobre o uso correto de 
agrotóxicos
Controle de registros, cadastros, comercialização, entradas e saídas de 
agrotóxicos em Santa Catarina
Orientações sobre o 
Receituário Agronômico
http://www.andef.com.br/