Buscar

Guerra Fiscal entre Municípios e o ISS

Prévia do material em texto

INSTITUTO SUMARÉ DE EDUCAÇÃO SUPERIOR – ISES 
SUMARÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO 
 
 
 
ISS: GUERRA FISCAL ENTRE MUNICÍPIOS OCORRIDA ANTES DA 
LC 157/2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MATHEUS CONTE SANZ - RA 1920460 
PAULO VICTOR DE LIMA COSTA – RA 1821929 
 RODNEI TORRES DE FREITAS JUNIOR – RA 1821861 
 SAMARA AMORIM ALVES – RA 1920875 
SUELEN LIMA DO NASCIMENTO – RA 2013632 
WESLEY LUIZ ALVES DO NASCIMENTO – RA 2011973 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SÃO PAULO 
 2020/1 
 MATHEUS CONTE SANZ - RA 1920460 
 PAULO VICTOR DE LIMA COSTA – RA 1821929 
 RODNEI TORRES DE FREITAS JUNIOR – RA 1821861 
 SAMARA AMORIM ALVES – RA 1920875 
 SUELEN LIMA DO NASCIMENTO – RA 2013632 
 WESLEY LUIZ ALVES DO NASCIMENTO – RA 2011973 
 
 
 
ISS: GUERRA FISCAL ENTRE MUNICÍPIOS OCORRIDA ANTES DA 
LC 157/2016 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE PESQUISA APRESENTADO AO 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, DO CENTRO 
UNIVERSITÁRIO SUMARÉ A SER UTILIZADA COMO 
DIRETRIZES PARA MANUFATURA DO TRABALHO DE 
ISS: GUERRA FISCAL ENTRE MUNICÍPIOS 
OCORRIDA ANTES DA LC 157/2016 
 
 
ORIENTADOR: PROF.ª: MARCOS PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SÃO PAULO 
 2020/1 
 MATHEUS CONTE SANZ - RA 1920460 
 PAULO VICTOR DE LIMA COSTA – RA 1821929 
 RODNEI TORRES DE FREITAS JUNIOR – RA 1821861 
 SAMARA AMORIM ALVES – RA 1920875 
 SUELEN LIMA DO NASCIMENTO – RA 2013632 
 WESLEY LUIZ ALVES DO NASCIMENTO – RA 2011973 
 
 
 
ISS: GUERRA FISCAL ENTRE MUNICÍPIOS OCORRIDA ANTES DA 
LC 157/2016 
 
 
 
PROJETO DE PESQUISA APRESENTADO AO 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, DO CENTRO 
UNIVERSITÁRIO SUMARÉ A SER UTILIZADA COMO 
DIRETRIZES PARA MANUFATURA DO TRABALHO DE 
ISS: GUERRA FISCAL ENTRE MUNICÍPIOS 
OCORRIDA ANTES DA LC 157/2016 
 
 
ORIENTADOR: PROF.ª: MARCOS PEREIRA 
 
 
 
Local, ____ de _____________ de _____. 
 
 
 
 
 BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 _________________________________ 
 Prof. Marcos Antonio Pereira 
 Afiliações 
RESUMO 
A pesquisa tem o intuito de abordar um assunto que pode se tornar complexo 
se não souber interpretar da maneira correta e minuciosa, o Imposto sobre serviços 
de qualquer natureza, chamado também por ISS, tem o intuito de se creditar sobre 
quaisquer serviços prestados nos municípios, este trabalho tem a intenção de dirimir 
e esclarecer todas as dúvidas possíveis, mostrar sua evolução na história entre as 
demais tributações e como identifica-las em notas de serviços e fazer o recolhimento 
a partir de sua alíquota válida em cima da base de cálculo, também o trabalho tem a 
intenção de mostrar o quão é a importância de uma boa gestão da área fiscal e 
planejamento tributário. Pois uma má administração poderá custar caro a 
organização, como multa por atrasos ou recolhimento indevido do imposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palavras-Chave: Alíquota, Base de Cálculo, ISS, Recolhimento, Minuciosa. 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Margem de contribuição desejada............................................................. 6 
Figura 2 – Fator multiplicador...................................................................................................7 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 1 
2 DEFINIÇÃO DO ISS ................................................................................................................................ 2 
2.1 O que é ISS? ................................................................................................................................... 2 
3 ALÍQUOTAS ........................................................................................................................................... 2 
3.1 Alíquota Mínima ............................................................................................................................ 2 
3.2 Alíquota máxima ........................................................................................................................... 3 
4 ISS NA EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS ...................................................................................................... 3 
5 BASE DE CÁLCULO ................................................................................................................................ 3 
6 CPOM - Cadastro dos Prestadores de Outros Municípios ................................................................... 4 
7 RETENÇÃO ISS ....................................................................................................................................... 5 
8 OBSERVAÇÕES QUANTO A RETENÇÃO DO ISS ..................................................................................... 7 
9 DESCONTO DA RETENÇÃO DO ISS ........................................................................................................ 8 
10 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA ................................................................................................................... 9 
11 FATO GERADOR ................................................................................................................................ 10 
12 CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 11 
13 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................... 12 
 
 
1 
 
1 INTRODUÇÃO 
O objetivo desta pesquisa é abordar um assunto que é a principal fonte de 
receitas dos municípios de grandes e médios, apesar que dentre os mais de 5000 
(cinco mil) municípios existentes tem aqueles que não praticam a cobrança mesmo 
sendo obrigatório, onde não se permite a renúncia de receita. Detalhar este imposto, 
demostrando sua estrutura e suas peculiaridades, verificar os serviços em que há 
arrecadação do imposto, e compreender as dificuldades para realizar o recolhimento 
ao município que deve ter o direito ao imposto. 
A evolução do imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN) também 
conhecido por ISS, o seu fator gerador a partir de quando passa a ser obrigatório o 
recolhimento, a incidência que se denomina quando ocorre o fato gerador e quando o 
contribuinte não tem a incidência, explicar quem serão os contribuintes de fato e os 
responsáveis. 
Ocorre alguns assuntos interessantes como o ISS cobrado sobre pedágio, um 
exemplo claro é as rodovias em que o município cobra o imposto sobre o faturamentodestes pedágios, e os ajustes a valores presentes em caso de serviços parcelados. 
O ISS tem 3 (três) tipos de alíquotas que são as mínimas, máximas e internas 
elas tem a finalidade de fixar uma porcentagem máxima de 5% (porcento) em que os 
municípios podem cobrar dos serviços prestados e a partir desta alíquota máxima 
surgiu a mínima que é de 2% (porcento) e a interna que é utilizada no rio de janeiro 
de 5%, mas diversos serviços são de 2%. Por fim detalhar o local de prestação do 
serviço e recolhimento que é o ponto de maior discussão e polêmica em relação à 
tributação do imposto sobre serviços. 
Ao longo destes temas e com linguagens simples, o conteúdo é 
cuidadosamente organizado para que possibilite uma absorção maior dos conteúdos. 
 
 
 
2 
 
2 DEFINIÇÃO DO ISS 
O sistema tributário brasileiro é complexo e o empresário que não conhece os 
impostos pode ter surpresas desagradáveis. 
2.1 O que é ISS? 
O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, substitui o antigo ISSQN 
(Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). 
ISS é um tributo de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como 
fato gerador a prestação de serviços constantes da lista à Lei Complementar 
116/2003, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do 
prestador. 
O ISS até 31.07.2003 foi regido pelo DL 406/1968 e alterações posteriores, a 
partir de 01.08.2003, o ISS é regido pela Lei Complementar 116/2003. 
Anteriormente a edição da LC 116/2003, o STJ manifestou entendimento 
jurisprudencial que o local de recolhimento do ISS é onde são prestados os serviços, 
contribuinte é o prestador do serviço. 
A partir da edição da LC 116/2003, as regras genéricas para o ISS são as 
seguintes: 
 O ISS incide somente sobre os serviços expressamente contidos na lista; 
 O ISS é devido apenas sobre a parcela de serviços, mas não sobre 
fornecimento de mercadorias, quando a própria lista se encarregue de sobre elas fazer 
incidir o ICMS; 
 O ISS é devido sobre os materiais, como parte integrante do serviço 
prestado, quando a lista não estabeleça sobre a incidência do ICMS; 
 Serviços não previstos na lista não são tributáveis pelo ISS, não o sendo 
também pelo ICMS a não ser que se trate de comunicação ou transporte 
intermunicipal, ou que se configurem como venda mercantil. 
 
3 ALÍQUOTAS 
3.1 Alíquota Mínima 
A Emenda Constitucional 37/2002, artigo 3, incluiu o artigo 88 ao Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias, fixando a alíquota mínima do ISS em 2% 
(dois por cento), a partir da data da publicação da Emenda (13.06.2002). 
3 
 
A alíquota mínima poderá ser reduzida para os serviços a que se referem os 
itens 32, 33 e 34 da Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro 
de 1968. 
Item 32: Execução por administração, empreitada ou subempreitada, de 
construção civil, de obras hidráulicas e outras obras semelhantes e respectiva 
engenharia consultiva, inclusive serviços auxiliares ou complementares (exceto o 
fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços, fora do local da 
prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICM); 
Item 33: Demolição; 
Item 34: Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, 
portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo 
prestador dos serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao 
ICM); 
3.2 Alíquota máxima 
A alíquota máxima de incidência do ISS foi fixada em 5% pelo art. 8, II, da Lei 
Complementar 116/2003. 
 
4 ISS NA EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS 
O ISS não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País. 
Nota: são tributáveis os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui 
se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior. 
 
5 BASE DE CÁLCULO 
Conforme disposto no art. 7º da Lei Complementar nº 116/03[19], a base de 
cálculo do ISS é o preço do serviço (o seu “valor bruto”). Tal valor não incluirá parcelas 
relativas a juros, seguros, multas ou indenizações. 
Assim, não haverá muita discussão sobre a base de cálculo do ISS: prestado o 
serviço, deve-se verificar o valor cobrado do tomador (preço do serviço) e sobre essa 
grandeza há o recolhimento do imposto municipal 
§ 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal 
do próprio contribuinte, o imposto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou 
variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes 
não compreendida a importância paga a título de remuneração do próprio trabalho. 
4 
 
§ 2º Na prestação dos serviços a que se referem os itens 19 e 20 da lista, o 
imposto será calculado sobre o preço deduzido das parcelas correspondentes: 
a. Ao valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços; 
b. Ao valor das subempreitadas já tributadas pelo imposto. 
 
6 CPOM - Cadastro dos Prestadores de Outros Municípios 
Nesse tópico iremos abordar um assunto bastante discutido no âmbito 
Tributário-Fiscal, o CPOM. Utilizando como exemplo o Decreto Nº 28248, de 30 de 
julho de 2007, regulamentado no município do Rio de Janeiro. Ele é nada mais nada 
menos que uma ferramenta utilizada para preservar os contribuintes de seu município. 
Antes de tudo imaginem o seguinte cenário: citando como exemplo o município 
do Rio de Janeiro, onde em regra geral a sua alíquota do ISS é de 5%, mas em alguns 
casos específicos sendo de 2% e 3%. Por ser um município bem conhecido, grande 
e populoso, muitas empresas lá se estabeleceram e prestam serviços na região. Mas 
adotando o princípio da livre concorrência, muitos prestadores se estabeleceram 
fiscalmente em outros municípios ao redor, cuja alíquotas eram menores, na intenção 
de diminuir o custo gerado pelo imposto contribuído, ocasionando também um valor 
menor da prestação de Serviço. Porém, nessa região eles só estão estabelecidos 
fiscalmente, fisicamente esses prestadores ainda estão no município do Rio de 
Janeiro. 
Esse caso acima foi uma realidade muito vivida, e para lutar contra ela foi 
regulamentado o Decreto Nº 28248, já mencionado anteriormente. O mesmo age da 
seguinte forma: 
1.Todas as empresas estabelecidas em outros municípios, que prestarem 
determinados serviços para tomadores habitados no Rio de Janeiro, deverá fornecer 
certas informações para Secretaria Municipal da Fazenda da Prefeitura região. 
2.Caso o prestador de Serviço não forneça essas informações, ele ficará 
obrigado a contribuir com ISS tanto no município que é estabelecido, quanto no 
município do Rio de Janeiro, onde o serviço foi prestado. 
Essa é uma ferramenta utilizadas em muitas outras regiões, e deve ser bem 
estudada pelos empresários, para que não ocorra Infração Fiscal, nem Bitributação. 
5 
 
7 RETENÇÃO ISS 
A retenção do ISS será realizada nos serviços prestados em que o imposto seja 
devido no local de prestação do serviço, em conformidade com os incisos I ao XXII, 
artigo 3º, da Lei Complementar nº 116/03, nos casos em que os serviços são 
prestados em local diferente (outro município) do estabelecimento prestador (sede, 
filial, escritório). 
Conforme artigo 3º da Lei Complementar 116 de 31/07/2003, incisos de I a XXII, 
o ISS deve ser recolhido no local da prestação do serviço, independentemente do 
local do estabelecimento do prestador de serviço (sede, filial, escritório). Portanto, o 
ISS deve ser retido nas seguintes situações: 
• Do estabelecimento tomador ou do intermediário do serviço. 
O tomador de serviço é a pessoa jurídica que contrata o serviço 
permanentemente em suas dependências, ou seja, o serviço é contratado para ser 
prestado diariamente, todos os dias do mês, uma terceirização da atividade junto a 
contratante, nesse caso, o ISS é devido no local da prestação do serviço. 
O que não ocorre quando, por exemplo, o prestador de serviço é contratado 
pela empresa para fazer a manutenção dasmáquinas no estabelecimento contratante, 
o qual vem periodicamente ou quando chamado, e se desloca do seu estabelecimento 
para prestar o serviço, não se caracterizando o contratante como tomador de serviço, 
neste caso o ISS é devido no estabelecimento do prestador de serviço, mesmo que 
seja em outro município, bem como não é devida qualquer retenção do ISS no 
município em que é realizado o serviço. 
• Na instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas (item 
3.05). 
• Na execução da obra: 
o Por administração, empreitada ou sub empreitada de obras de 
construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive 
sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem, irrigação, terraplanagem, 
pavimentação, concretagem, instalação e montagem de produtos, peças e 
equipamentos (item 7.02); 
6 
 
o No acompanhamento e fiscalização da execução de obras de 
engenharia, arquitetura e urbanismo (item 7.19); 
• Na demolição (item 7.04); 
• Nas edificações em geral de estradas, pontes, portos e congêneres (item 
7.05); 
• Na execução de varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, 
reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer 
(item 7.09); 
• Na execução de Limpeza, manutenção e conservação de vias e 
logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres 
(item 7.10); 
• Na execução de decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores 
(item 7.11); 
• No controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes 
físicos, químicos e biológicos (item 7.12); 
• No florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres 
(item 7.16); 
• Na execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e 
congêneres (item 7.17); 
• Na limpeza e Dragagem (item 7.18); 
• Nos serviços onde o bem estiver guardado ou estacionado (item 11.01); 
• Dos bens ou do domicílio das pessoas vigiadas (item 11.02); 
• Do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do 
bem (item 11.04); 
• Execução dos serviços de lazer, diversão, lazer, entretenimento e 
congêneres (subitens do item 12, exceto subitem 12.13); 
• Do município onde está sendo executado o transporte (item 16.01); 
7 
 
• Do estabelecimento tomador da mão-de-obra ou na falta de 
estabelecimento onde ele estiver domiciliado, nos serviços descritos pelo subitem 
17.05 (fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de 
empregados e trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de 
serviços); 
• Da feira, exposição, congresso ou congênere a que ser referir o 
planejamento, organização e administração (item 17.10); 
• Do porto, aeroporto, retroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou 
metroviário (item 20); 
• No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.4, considera-se 
ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada município em cujo território haja 
extensão de ferrovia e rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, 
objetos e locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de 
uso, compartilhado ou não. 
• No caso dos serviços a que se refere o item 22.01 da lista de serviços 
(pedágio e serviço de conservação das rodovias), considera-se ocorrido o fato gerador 
e devido o imposto em cada município em cujo território haja extensão de rodovia 
explorada. 
• Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no local do 
estabelecimento prestador nos serviços executados em águas marítimas, excetuados 
os serviços descritos no subitem 20.01. 
Nas demais prestações de serviços, não relacionadas nos itens 01 a 22, artigo 
3º da LC 116/2003, o local de recolhimento do ISS deve ser o local do estabelecimento 
do prestador ou na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador (matriz, 
filial, escritório etc.). 
8 OBSERVAÇÕES QUANTO A RETENÇÃO DO ISS 
A retenção está prevista no art. 6º, da Lei Complementar nº 116 de 2003. Para 
fins de retenção do ISS deve ser observado o seguinte: 
A retenção do ISS será realizada nos serviços prestados em que o imposto seja 
devido no local de prestação do serviço, em conformidade com incisos de I ao XXII, 
artigo 3º LC 116/03 (relação acima citada), nos casos em que os serviços são 
8 
 
prestados em local diferente (outro município) do estabelecimento prestador (sede, 
filial, escritório). 
Outro fator importante para a retenção do ISS é o de que deve haver previsão 
de retenção na Lei do Município em que foi prestado o serviço, caso não haja previsão 
não é devida a retenção. 
Na prática, a empresa prestadora de serviço deve manter cópia da Lei 
municipal de cada município em que presta serviço, objetivando conhecer a legislação 
específica para a emissão da Nota Fiscal com retenção ou não. Deve observar, 
também, se a retenção exigida pelo município está relacionada com os serviços 
constantes os incisos I ao XXII, art.3º, LC 116/03, pois poderá pagar indevidamente o 
ISS na sede e o imposto ser devido no local de execução do serviço. 
 Já a empresa que contrata o serviço também deve ficar atenta aos casos em 
que é obrigatória a retenção do ISS, bem como, também, manter cópia da Lei 
Municipal em que está estabelecida, a fim de acompanhar a legislação de seu 
município, pois mesmo que não faça a retenção é obrigada a efetuar o recolhimento 
do imposto com juros e multas. 
 9 DESCONTO DA RETENÇÃO DO ISS 
A partir de 01.07.2007, com a vigência da parte tributária da Lei do Super 
Simples, haverá nova modalidade de retenção do ISS, conforme parágrafo 6º do artigo 
18 da Lei Complementar nº 123/2006. 
No caso dos serviços previstos no § 2º do art. 6º da Lei Complementar nº 116, 
de 31 de julho de 2003, adiante listados, prestados pelas microempresas e pelas 
empresas de pequeno porte, o tomador do serviço deverá reter o montante 
correspondente na forma da legislação do município onde estiver localizado, que será 
abatido do valor a ser recolhido na forma do § 3º do art. 21 da LC 123/2006: 
• I – O tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País 
ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País; 
• II – A pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou 
intermediária dos serviços descritos nos subitens da lista anexa à LC 116/2003, a 
seguir listados: 
9 
 
• 3.05 – Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de 
uso temporário. 
• 7.02 – Execução, por administração, empreitada ou sub empreitada, de 
obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, 
inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, 
terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, 
peças e equipamentos; 
• 7.04 – Demolição. 
• 7.09 – Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, 
separação E destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer. 
• 7.10 – Limpeza, manutenção E conservação de vias e logradouros 
públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres. 
• 7.12 – Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de 
agentes físicos, químicos e biológicos. 
• 7.16 – Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e 
congêneres. 
• 7.17 – Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres. 
• 7.19 – Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de 
engenharia, arquitetura e urbanismo. 
• 11.02 – Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas. 
• 17.05 – Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, 
inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo 
prestador de serviço. 
• 17.10 – Planejamento, organização E administração de feiras, 
exposições, congressos e congêneres. 
10 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA 
A Hipótese de Incidência nada mais é do que a descrição do motivo legal da 
cobrança do tributo, ou seja, considerando que alei possui limites na descrição do 
motivo legal de cobrar o tributo, é possível afirmar que quando se tem a propriedade, 
10 
 
domínio útil ou posse de um imóvel na zona urbana, descrita pelo legislador é 
chamado de HI. No entanto quando a propriedade é adquirida, sendo um fato posterior 
a lei, se torna um Fato Gerador. 
11 FATO GERADOR 
O ISS tem como fato gerador a prestação remunerada dos serviços listados 
pela lei nº 116/2003. 
Assim dispõe o artigo 1º da lei complementar 116/2003: 
"Art. 1º O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos 
Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços 
constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade 
preponderante do prestador." 
 
 
11 
 
12 CONCLUSÃO 
 
O ISS aumentou significativamente a sua importância entre os tributos municipais, 
havendo por parte das entidades dos municípios grande precaução quanto a sua 
permanência na competência municipal. Hoje em geral temos para fins de exigência 
de ISS os municípios conforme regulamenta a lei complementar 116/2003. 
O artigo 156 da referida lei, deixa claro que fica por competência de os municípios, 
instituir imposto sobre os serviços de qualquer natureza, não compreendidos dentre 
os discriminados no (inciso II) do artigo 155, conforme forem definidos por lei 
complementar (inciso III do artigo 156). O parágrafo 3° do artigo 156 em questão, 
dispõe que cabe a lei complementar, fixar as suas alíquotas máximas e mínimas 
(inciso I), excluir da sua capacidade exportações de serviços para o exterior (inciso 
II) e regular a forma e as condições, como isenções, incentivos e benefícios para 
que sejam concedidos e revogados (inciso III). A lei complementar em questão, 
também ajudou em inúmeras questões, como no caso da alíquota máxima de 5% e 
2% em valor dos serviços prestados, que anteriormente não havia limites, 
ocasionando inúmeros abusos por artes do município, para obrigar o pagamento do 
ISS. 
Além disso a lei complementar 116/2003 trouxe maior amplitude no que se refere a 
responsabilidade tributaria do ISS, em outras palavras, conclui-se que cabe aos 
municípios e distrito federal, atribuir o ISS ao responsável tributário, apenas nos 
casos previstos na lei complementar 116/2003, os quais, independente de terem 
recolhido o imposto na fonte, devem recolher integralmente os impostos devidos, 
suas multas e acréscimos previsto em lei. 
12 
 
13 BIBLIOGRAFIA

Continue navegando