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INSTITUTO SUMARÉ DE EDUCAÇÃO SUPERIOR – ISES SUMARÉ CENTRO UNIVERSITÁRIO ISS: GUERRA FISCAL ENTRE MUNICÍPIOS OCORRIDA ANTES DA LC 157/2016 MATHEUS CONTE SANZ - RA 1920460 PAULO VICTOR DE LIMA COSTA – RA 1821929 RODNEI TORRES DE FREITAS JUNIOR – RA 1821861 SAMARA AMORIM ALVES – RA 1920875 SUELEN LIMA DO NASCIMENTO – RA 2013632 WESLEY LUIZ ALVES DO NASCIMENTO – RA 2011973 SÃO PAULO 2020/1 MATHEUS CONTE SANZ - RA 1920460 PAULO VICTOR DE LIMA COSTA – RA 1821929 RODNEI TORRES DE FREITAS JUNIOR – RA 1821861 SAMARA AMORIM ALVES – RA 1920875 SUELEN LIMA DO NASCIMENTO – RA 2013632 WESLEY LUIZ ALVES DO NASCIMENTO – RA 2011973 ISS: GUERRA FISCAL ENTRE MUNICÍPIOS OCORRIDA ANTES DA LC 157/2016 PROJETO DE PESQUISA APRESENTADO AO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SUMARÉ A SER UTILIZADA COMO DIRETRIZES PARA MANUFATURA DO TRABALHO DE ISS: GUERRA FISCAL ENTRE MUNICÍPIOS OCORRIDA ANTES DA LC 157/2016 ORIENTADOR: PROF.ª: MARCOS PEREIRA SÃO PAULO 2020/1 MATHEUS CONTE SANZ - RA 1920460 PAULO VICTOR DE LIMA COSTA – RA 1821929 RODNEI TORRES DE FREITAS JUNIOR – RA 1821861 SAMARA AMORIM ALVES – RA 1920875 SUELEN LIMA DO NASCIMENTO – RA 2013632 WESLEY LUIZ ALVES DO NASCIMENTO – RA 2011973 ISS: GUERRA FISCAL ENTRE MUNICÍPIOS OCORRIDA ANTES DA LC 157/2016 PROJETO DE PESQUISA APRESENTADO AO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SUMARÉ A SER UTILIZADA COMO DIRETRIZES PARA MANUFATURA DO TRABALHO DE ISS: GUERRA FISCAL ENTRE MUNICÍPIOS OCORRIDA ANTES DA LC 157/2016 ORIENTADOR: PROF.ª: MARCOS PEREIRA Local, ____ de _____________ de _____. BANCA EXAMINADORA _________________________________ Prof. Marcos Antonio Pereira Afiliações RESUMO A pesquisa tem o intuito de abordar um assunto que pode se tornar complexo se não souber interpretar da maneira correta e minuciosa, o Imposto sobre serviços de qualquer natureza, chamado também por ISS, tem o intuito de se creditar sobre quaisquer serviços prestados nos municípios, este trabalho tem a intenção de dirimir e esclarecer todas as dúvidas possíveis, mostrar sua evolução na história entre as demais tributações e como identifica-las em notas de serviços e fazer o recolhimento a partir de sua alíquota válida em cima da base de cálculo, também o trabalho tem a intenção de mostrar o quão é a importância de uma boa gestão da área fiscal e planejamento tributário. Pois uma má administração poderá custar caro a organização, como multa por atrasos ou recolhimento indevido do imposto. Palavras-Chave: Alíquota, Base de Cálculo, ISS, Recolhimento, Minuciosa. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Margem de contribuição desejada............................................................. 6 Figura 2 – Fator multiplicador...................................................................................................7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 1 2 DEFINIÇÃO DO ISS ................................................................................................................................ 2 2.1 O que é ISS? ................................................................................................................................... 2 3 ALÍQUOTAS ........................................................................................................................................... 2 3.1 Alíquota Mínima ............................................................................................................................ 2 3.2 Alíquota máxima ........................................................................................................................... 3 4 ISS NA EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS ...................................................................................................... 3 5 BASE DE CÁLCULO ................................................................................................................................ 3 6 CPOM - Cadastro dos Prestadores de Outros Municípios ................................................................... 4 7 RETENÇÃO ISS ....................................................................................................................................... 5 8 OBSERVAÇÕES QUANTO A RETENÇÃO DO ISS ..................................................................................... 7 9 DESCONTO DA RETENÇÃO DO ISS ........................................................................................................ 8 10 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA ................................................................................................................... 9 11 FATO GERADOR ................................................................................................................................ 10 12 CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 11 13 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................... 12 1 1 INTRODUÇÃO O objetivo desta pesquisa é abordar um assunto que é a principal fonte de receitas dos municípios de grandes e médios, apesar que dentre os mais de 5000 (cinco mil) municípios existentes tem aqueles que não praticam a cobrança mesmo sendo obrigatório, onde não se permite a renúncia de receita. Detalhar este imposto, demostrando sua estrutura e suas peculiaridades, verificar os serviços em que há arrecadação do imposto, e compreender as dificuldades para realizar o recolhimento ao município que deve ter o direito ao imposto. A evolução do imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN) também conhecido por ISS, o seu fator gerador a partir de quando passa a ser obrigatório o recolhimento, a incidência que se denomina quando ocorre o fato gerador e quando o contribuinte não tem a incidência, explicar quem serão os contribuintes de fato e os responsáveis. Ocorre alguns assuntos interessantes como o ISS cobrado sobre pedágio, um exemplo claro é as rodovias em que o município cobra o imposto sobre o faturamentodestes pedágios, e os ajustes a valores presentes em caso de serviços parcelados. O ISS tem 3 (três) tipos de alíquotas que são as mínimas, máximas e internas elas tem a finalidade de fixar uma porcentagem máxima de 5% (porcento) em que os municípios podem cobrar dos serviços prestados e a partir desta alíquota máxima surgiu a mínima que é de 2% (porcento) e a interna que é utilizada no rio de janeiro de 5%, mas diversos serviços são de 2%. Por fim detalhar o local de prestação do serviço e recolhimento que é o ponto de maior discussão e polêmica em relação à tributação do imposto sobre serviços. Ao longo destes temas e com linguagens simples, o conteúdo é cuidadosamente organizado para que possibilite uma absorção maior dos conteúdos. 2 2 DEFINIÇÃO DO ISS O sistema tributário brasileiro é complexo e o empresário que não conhece os impostos pode ter surpresas desagradáveis. 2.1 O que é ISS? O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, substitui o antigo ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). ISS é um tributo de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista à Lei Complementar 116/2003, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador. O ISS até 31.07.2003 foi regido pelo DL 406/1968 e alterações posteriores, a partir de 01.08.2003, o ISS é regido pela Lei Complementar 116/2003. Anteriormente a edição da LC 116/2003, o STJ manifestou entendimento jurisprudencial que o local de recolhimento do ISS é onde são prestados os serviços, contribuinte é o prestador do serviço. A partir da edição da LC 116/2003, as regras genéricas para o ISS são as seguintes: O ISS incide somente sobre os serviços expressamente contidos na lista; O ISS é devido apenas sobre a parcela de serviços, mas não sobre fornecimento de mercadorias, quando a própria lista se encarregue de sobre elas fazer incidir o ICMS; O ISS é devido sobre os materiais, como parte integrante do serviço prestado, quando a lista não estabeleça sobre a incidência do ICMS; Serviços não previstos na lista não são tributáveis pelo ISS, não o sendo também pelo ICMS a não ser que se trate de comunicação ou transporte intermunicipal, ou que se configurem como venda mercantil. 3 ALÍQUOTAS 3.1 Alíquota Mínima A Emenda Constitucional 37/2002, artigo 3, incluiu o artigo 88 ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, fixando a alíquota mínima do ISS em 2% (dois por cento), a partir da data da publicação da Emenda (13.06.2002). 3 A alíquota mínima poderá ser reduzida para os serviços a que se referem os itens 32, 33 e 34 da Lista de Serviços anexa ao Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968. Item 32: Execução por administração, empreitada ou subempreitada, de construção civil, de obras hidráulicas e outras obras semelhantes e respectiva engenharia consultiva, inclusive serviços auxiliares ou complementares (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICM); Item 33: Demolição; Item 34: Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICM); 3.2 Alíquota máxima A alíquota máxima de incidência do ISS foi fixada em 5% pelo art. 8, II, da Lei Complementar 116/2003. 4 ISS NA EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS O ISS não incide sobre as exportações de serviços para o exterior do País. Nota: são tributáveis os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior. 5 BASE DE CÁLCULO Conforme disposto no art. 7º da Lei Complementar nº 116/03[19], a base de cálculo do ISS é o preço do serviço (o seu “valor bruto”). Tal valor não incluirá parcelas relativas a juros, seguros, multas ou indenizações. Assim, não haverá muita discussão sobre a base de cálculo do ISS: prestado o serviço, deve-se verificar o valor cobrado do tomador (preço do serviço) e sobre essa grandeza há o recolhimento do imposto municipal § 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, o imposto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância paga a título de remuneração do próprio trabalho. 4 § 2º Na prestação dos serviços a que se referem os itens 19 e 20 da lista, o imposto será calculado sobre o preço deduzido das parcelas correspondentes: a. Ao valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços; b. Ao valor das subempreitadas já tributadas pelo imposto. 6 CPOM - Cadastro dos Prestadores de Outros Municípios Nesse tópico iremos abordar um assunto bastante discutido no âmbito Tributário-Fiscal, o CPOM. Utilizando como exemplo o Decreto Nº 28248, de 30 de julho de 2007, regulamentado no município do Rio de Janeiro. Ele é nada mais nada menos que uma ferramenta utilizada para preservar os contribuintes de seu município. Antes de tudo imaginem o seguinte cenário: citando como exemplo o município do Rio de Janeiro, onde em regra geral a sua alíquota do ISS é de 5%, mas em alguns casos específicos sendo de 2% e 3%. Por ser um município bem conhecido, grande e populoso, muitas empresas lá se estabeleceram e prestam serviços na região. Mas adotando o princípio da livre concorrência, muitos prestadores se estabeleceram fiscalmente em outros municípios ao redor, cuja alíquotas eram menores, na intenção de diminuir o custo gerado pelo imposto contribuído, ocasionando também um valor menor da prestação de Serviço. Porém, nessa região eles só estão estabelecidos fiscalmente, fisicamente esses prestadores ainda estão no município do Rio de Janeiro. Esse caso acima foi uma realidade muito vivida, e para lutar contra ela foi regulamentado o Decreto Nº 28248, já mencionado anteriormente. O mesmo age da seguinte forma: 1.Todas as empresas estabelecidas em outros municípios, que prestarem determinados serviços para tomadores habitados no Rio de Janeiro, deverá fornecer certas informações para Secretaria Municipal da Fazenda da Prefeitura região. 2.Caso o prestador de Serviço não forneça essas informações, ele ficará obrigado a contribuir com ISS tanto no município que é estabelecido, quanto no município do Rio de Janeiro, onde o serviço foi prestado. Essa é uma ferramenta utilizadas em muitas outras regiões, e deve ser bem estudada pelos empresários, para que não ocorra Infração Fiscal, nem Bitributação. 5 7 RETENÇÃO ISS A retenção do ISS será realizada nos serviços prestados em que o imposto seja devido no local de prestação do serviço, em conformidade com os incisos I ao XXII, artigo 3º, da Lei Complementar nº 116/03, nos casos em que os serviços são prestados em local diferente (outro município) do estabelecimento prestador (sede, filial, escritório). Conforme artigo 3º da Lei Complementar 116 de 31/07/2003, incisos de I a XXII, o ISS deve ser recolhido no local da prestação do serviço, independentemente do local do estabelecimento do prestador de serviço (sede, filial, escritório). Portanto, o ISS deve ser retido nas seguintes situações: • Do estabelecimento tomador ou do intermediário do serviço. O tomador de serviço é a pessoa jurídica que contrata o serviço permanentemente em suas dependências, ou seja, o serviço é contratado para ser prestado diariamente, todos os dias do mês, uma terceirização da atividade junto a contratante, nesse caso, o ISS é devido no local da prestação do serviço. O que não ocorre quando, por exemplo, o prestador de serviço é contratado pela empresa para fazer a manutenção dasmáquinas no estabelecimento contratante, o qual vem periodicamente ou quando chamado, e se desloca do seu estabelecimento para prestar o serviço, não se caracterizando o contratante como tomador de serviço, neste caso o ISS é devido no estabelecimento do prestador de serviço, mesmo que seja em outro município, bem como não é devida qualquer retenção do ISS no município em que é realizado o serviço. • Na instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas (item 3.05). • Na execução da obra: o Por administração, empreitada ou sub empreitada de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem, irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem, instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (item 7.02); 6 o No acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo (item 7.19); • Na demolição (item 7.04); • Nas edificações em geral de estradas, pontes, portos e congêneres (item 7.05); • Na execução de varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer (item 7.09); • Na execução de Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres (item 7.10); • Na execução de decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores (item 7.11); • No controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos (item 7.12); • No florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres (item 7.16); • Na execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres (item 7.17); • Na limpeza e Dragagem (item 7.18); • Nos serviços onde o bem estiver guardado ou estacionado (item 11.01); • Dos bens ou do domicílio das pessoas vigiadas (item 11.02); • Do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem (item 11.04); • Execução dos serviços de lazer, diversão, lazer, entretenimento e congêneres (subitens do item 12, exceto subitem 12.13); • Do município onde está sendo executado o transporte (item 16.01); 7 • Do estabelecimento tomador da mão-de-obra ou na falta de estabelecimento onde ele estiver domiciliado, nos serviços descritos pelo subitem 17.05 (fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados e trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviços); • Da feira, exposição, congresso ou congênere a que ser referir o planejamento, organização e administração (item 17.10); • Do porto, aeroporto, retroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário (item 20); • No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.4, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada município em cujo território haja extensão de ferrovia e rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, objetos e locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não. • No caso dos serviços a que se refere o item 22.01 da lista de serviços (pedágio e serviço de conservação das rodovias), considera-se ocorrido o fato gerador e devido o imposto em cada município em cujo território haja extensão de rodovia explorada. • Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no local do estabelecimento prestador nos serviços executados em águas marítimas, excetuados os serviços descritos no subitem 20.01. Nas demais prestações de serviços, não relacionadas nos itens 01 a 22, artigo 3º da LC 116/2003, o local de recolhimento do ISS deve ser o local do estabelecimento do prestador ou na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador (matriz, filial, escritório etc.). 8 OBSERVAÇÕES QUANTO A RETENÇÃO DO ISS A retenção está prevista no art. 6º, da Lei Complementar nº 116 de 2003. Para fins de retenção do ISS deve ser observado o seguinte: A retenção do ISS será realizada nos serviços prestados em que o imposto seja devido no local de prestação do serviço, em conformidade com incisos de I ao XXII, artigo 3º LC 116/03 (relação acima citada), nos casos em que os serviços são 8 prestados em local diferente (outro município) do estabelecimento prestador (sede, filial, escritório). Outro fator importante para a retenção do ISS é o de que deve haver previsão de retenção na Lei do Município em que foi prestado o serviço, caso não haja previsão não é devida a retenção. Na prática, a empresa prestadora de serviço deve manter cópia da Lei municipal de cada município em que presta serviço, objetivando conhecer a legislação específica para a emissão da Nota Fiscal com retenção ou não. Deve observar, também, se a retenção exigida pelo município está relacionada com os serviços constantes os incisos I ao XXII, art.3º, LC 116/03, pois poderá pagar indevidamente o ISS na sede e o imposto ser devido no local de execução do serviço. Já a empresa que contrata o serviço também deve ficar atenta aos casos em que é obrigatória a retenção do ISS, bem como, também, manter cópia da Lei Municipal em que está estabelecida, a fim de acompanhar a legislação de seu município, pois mesmo que não faça a retenção é obrigada a efetuar o recolhimento do imposto com juros e multas. 9 DESCONTO DA RETENÇÃO DO ISS A partir de 01.07.2007, com a vigência da parte tributária da Lei do Super Simples, haverá nova modalidade de retenção do ISS, conforme parágrafo 6º do artigo 18 da Lei Complementar nº 123/2006. No caso dos serviços previstos no § 2º do art. 6º da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, adiante listados, prestados pelas microempresas e pelas empresas de pequeno porte, o tomador do serviço deverá reter o montante correspondente na forma da legislação do município onde estiver localizado, que será abatido do valor a ser recolhido na forma do § 3º do art. 21 da LC 123/2006: • I – O tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País; • II – A pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos nos subitens da lista anexa à LC 116/2003, a seguir listados: 9 • 3.05 – Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário. • 7.02 – Execução, por administração, empreitada ou sub empreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos; • 7.04 – Demolição. • 7.09 – Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação E destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer. • 7.10 – Limpeza, manutenção E conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres. • 7.12 – Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos. • 7.16 – Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres. • 7.17 – Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres. • 7.19 – Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo. • 11.02 – Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas. • 17.05 – Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço. • 17.10 – Planejamento, organização E administração de feiras, exposições, congressos e congêneres. 10 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA A Hipótese de Incidência nada mais é do que a descrição do motivo legal da cobrança do tributo, ou seja, considerando que alei possui limites na descrição do motivo legal de cobrar o tributo, é possível afirmar que quando se tem a propriedade, 10 domínio útil ou posse de um imóvel na zona urbana, descrita pelo legislador é chamado de HI. No entanto quando a propriedade é adquirida, sendo um fato posterior a lei, se torna um Fato Gerador. 11 FATO GERADOR O ISS tem como fato gerador a prestação remunerada dos serviços listados pela lei nº 116/2003. Assim dispõe o artigo 1º da lei complementar 116/2003: "Art. 1º O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do prestador." 11 12 CONCLUSÃO O ISS aumentou significativamente a sua importância entre os tributos municipais, havendo por parte das entidades dos municípios grande precaução quanto a sua permanência na competência municipal. Hoje em geral temos para fins de exigência de ISS os municípios conforme regulamenta a lei complementar 116/2003. O artigo 156 da referida lei, deixa claro que fica por competência de os municípios, instituir imposto sobre os serviços de qualquer natureza, não compreendidos dentre os discriminados no (inciso II) do artigo 155, conforme forem definidos por lei complementar (inciso III do artigo 156). O parágrafo 3° do artigo 156 em questão, dispõe que cabe a lei complementar, fixar as suas alíquotas máximas e mínimas (inciso I), excluir da sua capacidade exportações de serviços para o exterior (inciso II) e regular a forma e as condições, como isenções, incentivos e benefícios para que sejam concedidos e revogados (inciso III). A lei complementar em questão, também ajudou em inúmeras questões, como no caso da alíquota máxima de 5% e 2% em valor dos serviços prestados, que anteriormente não havia limites, ocasionando inúmeros abusos por artes do município, para obrigar o pagamento do ISS. Além disso a lei complementar 116/2003 trouxe maior amplitude no que se refere a responsabilidade tributaria do ISS, em outras palavras, conclui-se que cabe aos municípios e distrito federal, atribuir o ISS ao responsável tributário, apenas nos casos previstos na lei complementar 116/2003, os quais, independente de terem recolhido o imposto na fonte, devem recolher integralmente os impostos devidos, suas multas e acréscimos previsto em lei. 12 13 BIBLIOGRAFIA
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