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1 Disciplina: A DI na educação especial inclusiva Autores: Esp. Ana Paula Machuca Marcon Revisão de Conteúdos: Esp. Irajá Luiz da Silva Revisão Ortográfica: Juliano de Paula Neitzki Ano: 2018 Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 2 Ana Paula Machuca Marcon A DI na educação especial inclusiva 1ª Edição 2018 Curitiba, PR Editora São Braz 3 FICHA CATALOGRÁFICA MARCON, Ana Paula Machuca. Braille / Ana Paula Machuca Marcon – Curitiba, 2018. 20 p. Coordenação técnica: Marcelo Alvino da Silva. Revisão de Conteúdos: Irajá Luiz da Silva. Revisão Ortográfica: Juliano de Paula Neitzki. Material didático da disciplina de A DI na educação especial inclusiva – Faculdade São Braz (FSB), 2018. ISBN: 978-85-5475-323-8 4 PALAVRA DA INSTITUIÇÃO Caro(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão Universitária. A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas também brasileiros conscientes de sua cidadania. Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e estudantes. Bons estudos e conte sempre conosco! Faculdade São Braz 5 Apresentação da disciplina Na disciplina “A D. I. na educação especial inclusiva” serão apresentadas abordagens relacionadas às diferentes formas de inserção de alunos com necessidades educacionais especiais em classes regulares da educação básica, apontando a forma como ocorre a evolução da educação inclusiva e sugestões de práticas pedagógicas. Na sequência, será possível estudar as estratégias de atividades para alunos com D.I., as formas de avaliação e como acontecem as atividades nas salas de recursos multifuncionais e no atendimento educacional especializado (AEE). É importante ressaltar que o material apresenta reflexões e propostas de atividades que possibilitam a ampliação do conhecimento e a busca de respostas aos questionamentos mais comuns, feitos por profissionais de várias regiões. 6 Aula 1 – Práticas Pedagógicas inclusivas para estudantes com DI Fonte: https://nadjafavero.wordpress.com/2013/05/31/deficiencia-intelectual-aadid/ Apresentação da aula 1 Nesta aula será apresentado um breve histórico da deficiência intelectual, como ela é entendida e como ocorre o processo de aprendizagem em indivíduos com D.I.. Ao final, apresentam-se alguns objetivos que devem ser priorizados na prática pedagógica com deficientes intelectuais, em seguida a questão da inclusão e como é elaborado o currículo inclusivo. 1.1 Concepções básicas A noção de aprendizagem envolve comportamentos implicitamente relacionados a conceitos psiconeurológicos como estímulos, condicionamentos, discriminações, memórias, o que dependerá do nível de cognição, ou seja, todos esses processos mostrarem maior ou menor dificuldade de serem implementados. Entretanto, ao refletir sobre a aprendizagem da pessoa com deficiência intelectual, não se está abordando somente a aprendizagem escolar, mas também deve se ater aos aprendizados das atividades da vida diária e das atividades da vida prática. Antes de abordar a questão propriamente dita da aprendizagem na pessoa com D.I., é importante recordar alguns fatos sobre a deficiência intelectual. O conceito de deficiência intelectual é fundamentado pelo déficit de 7 inteligência, abrangendo várias causas pré, peri e pós-natais. Entretanto, a variação da Inteligência entre os componentes de uma população não depende somente de seu genótipo, mas também das diferenças ambientais. Até 1992, a Deficiência Intelectual era caracterizada pela quantidade de Inteligência (Q.I.): Deficiência Leve – Q.I. entre 50 e 70; Deficiência Moderada – Q.I. entre 35 e 49; Deficiência Severa – Q.I. entre 20 e 30; Deficiência Profunda – Q.I. menor que 20. Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais – DSM-V, publicado pela Associação Americana de Psicologia em 2014, as características essenciais da deficiência intelectual incluem: Prejuízos nas funções intelectuais que envolvem raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo; Dificuldades na aprendizagem pela educação escolar e experiência e compreensão prática; Déficits no funcionamento adaptativo, que envolve três domínios: conceitual, social e prático. O domínio conceitual envolve memória, raciocínio matemático, leitura, escrita, linguagem e solução de problemas; o domínio social envolve empatia, habilidades de comunicação, julgamento social, percepção de pensamentos, sentimentos e experiências dos outros. Já o domínio prático envolve aprendizado e autogestão, cuidados pessoais, controle de dinheiro, organização de tarefas, entre outros. Por fim, a deficiência intelectual também é caracterizada por seu início durante o período de desenvolvimento. É importante entender a diferença entre a D.M e a D.I.. Na deficiência intelectual, o indivíduo mantém a percepção de si mesmo e da realidade que o cerca, sendo capaz de tomar decisões importantes, e na deficiência metal pode haver comprometido devido à lesão de outras áreas cerebrais. Para que o indivíduo consiga desenvolver todo seu potencial, são necessários estímulos focados no desenvolvimento das habilidades: 8 Habilidades Intelectuais: desenvolver a capacidade em planejar, raciocinar, solucionar problemas, exercer pensamento abstrato, compreender ideias complexas, rapidez de aprendizagem; Habilidades práticas: autonomia de vida diária; Habilidades Sociais: responsabilidade, autoestima, observância de regras e leis, relação Interpessoal e conceitual – aspectos acadêmicos, cognitivos e de comunicação; Estimular e promover a participação na vida comunitária e nas interações sociais. 1.2 Atitudes práticas no cotidiano As atividades práticas do dia a dia devem priorizar a estimulação do desenvolvimento dos processos mentais: atenção, percepção, memória, raciocínio, imaginação, criatividade, linguagem, entre outros; fortalecer a autonomia dos alunos para decidir, opinar, escolher e tomar iniciativas a partir de suas necessidades e motivações; promover a saída de uma posição passiva e automatizada diante da aprendizagem para o acesso e apropriação ativa do próprio saber; ter como objetivo o engajamento do aluno em um processo particular de descoberta e o desenvolvimento de relacionamento recíproco entre a sua resposta e o desafio apresentado pelo professor; priorizar o desenvolvimento dos processos mentais dos alunos, oportunizando atividades que permitam a descoberta, inventividade e criatividade; compreender que a criança sem deficiência consegue espontaneamente retirar informações do objeto e construir conceitos progressivamente, e a criança com deficiência precisa exercitar sua atividade cognitiva, de modo que consiga o mesmo, ou uma aproximação do desenvolvimento desejado. Para Refletir Como deve ser elaborado o currículo para atender as necessidades pessoais e sociais dos alunos com D.I.? 9 Resumo da aula 1 Nessa aula foi possível entender como o DSM-V relata as características essenciais da deficiência intelectual, que incluem prejuízos nas funções intelectuais e que envolve raciocínio, dificuldades na aprendizagem pela educação escolar, déficits no funcionamento adaptativo, envolvendo os domínios: conceituais, sociais e práticos. Foram apresentadas algumas atitudes de práticas pedagógicas que devem atender as necessidades educacionais, pessoais e sociais do indivíduo. Atividade de Aprendizagem Se você tivesse que ensinar um conteúdo matemático para dois alunos com D.I., mas em sua sala de aula não há nenhum recurso pedagógico. Como faria? Qual estratégia utilizaria? Aula 2 - Estratégias e sugestões de atividades para estudantes com D.I. Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQrMjugi3VhMMkomoHT2- Fd6NZni1Gs5bmW84YUdMBT4XXojVjRJQ 10 Apresentação da aula 2 Nesta aula o enfoque será nas atividades direcionadas a estudantes com D.I., traçando um paralelo entre o laudo apresentado e o desenvolvimento obtido com as estratégias laborais e as aplicabilidades no processo de progressão, desenvolvimento e aprendizagem. Saiba Mais No site sugerido a seguir é possível encontrar algumas atividades adaptadas para alunos com deficiência intelectual. https://www.reab.me/atividades-adaptadas-para-alunos- com-deficiencia-intelectual-janeiroreab/ 2.1 Um olhar sobre a Inclusão Fonte: https://www.educamundo.com.br/uploads/blog_posts/113/educacaoinclusiva-05.png Quando se fala em Educação Inclusiva, é importante analisar dois pontos: a inclusão teórica - aquela embasada em leis, pareceres e declarações, e a inclusão prática - que acontece (ou não) nas escolas dentro das salas de aula. O Ministério da Educação vem apontando nos últimos anos um crescimento significativo nas matrículas da educação especial nas classes comuns do ensino 11 regular. Estão em classes comuns estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, isso, devido às políticas de inclusão implementadas pelo governo federal. Vocabula rio Deficiência: Considera-se alunos com deficiência aqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. Transtornos globais do desenvolvimento: Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. *Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros. Altas habilidades/ superdotação: Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse. É importante considerar que a interação do aluno com seus pares na classe comum faz dele um agente participativo que contribui ativamente para a constituição de um saber compartilhado. O aluno deverá perceber-se como sujeito que contribui para a construção de saberes coletivos, retirando disso múltiplas vantagens, inclusive a de acessar um papel social valorizado. Oportunizar ao aluno com deficiência intelectual viver integralmente a sua escolarização no espaço da sala de aula comum permite que ele se beneficie dessa convivência. Algumas atividades entre desenho, pintura e o uso de diferentes instrumentos como suporte para sua expressão gráfica, como, por exemplo, o 12 computador; uso de massa de modelar; a construção de maquetes; dentre outras atividades costumam facilitar o processo de aquisição do conteúdo apresentado. Deve-se considerar também o deslocamento em ambientes abertos por meio da expressão corporal com o uso de variados recursos, tais como bolas, arcos, jogo simbólico, dramatização, música, jogo da memória, associação de imagens e palavras, contato com variados gêneros textuais. Lembrando que todas as atividades devem ser contextualizadas e significativas para a criança e devem ser realizadas em situações lúdicas. Fonte: https://i.pinimg.com/originals/5e/6d/e9/5e6de944e8a011e8eee2e74ee6a00569.jpg É importante estimular diariamente os relatos orais, registro oral de passeios, visitas, atividades de dramatização e brincadeiras livres que permitam ao aluno exercitar sua capacidade criativa e de expressão verbal. Resumo da aula 2 Observamos nesta aula que a inclusão pode ser teórica: quando está presente apenas nas leis e diretrizes e a inclusão prática, quando acontece dentro da escola de maneira natural e possibilita que todos os alunos tenham https://i.pinimg.com/originals/5e/6d/e9/5e6de944e8a011e8eee2e74ee6a00569.jpg 13 direitos iguais às condições de aprendizagem, essa é a forma ideal, mas infelizmente não acontece em todas as instituições. Atividade de Aprendizagem Observe nas escolas em que você trabalha ou já trabalhou, ou até mesmo frequentou, como acontece a inclusão dos alunos com necessidades especiais. AULA 3 - Avaliação pedagógica com DI Fonte:https://staticr1.blastingcdn.com/media/photogallery/2017/2/28/660x290/b_620x273/consi derar-o-processo-e-importante-na-avaliacao-fonte-da-imagem-blog-do-nikel_1177117.jpg Apresentação da aula 3 Nesta aula serão abordadas situações que poderão ser aplicadas no cotidiano escolar, visando os meios avaliativos e o mecanismo de trabalho apresentado pela escola, família e o meio social que o aluno desfruta no dia a dia. 14 3.1 O atendimento educacional especializado O aluno com deficiência intelectual se beneficia das inúmeras mediações que caracterizam as relações sociais e interpessoais que acontecem dentro da escola. No atendimento educacional especializado, a avaliação se efetiva por meio do estudo de caso, que visa construir um perfil que possibilite elaborar o plano de intervenção do AEE. O estudo de caso deve ser efetivado pelo professor do AEE juntamente com o professor do ensino comum e com outros profissionais que trabalham com esse aluno no contexto da escola. A avaliação alcança três ambientes principais do aluno: sala de recursos multifuncionais, a sala de aula e a família. Na escola, a avaliação deve: Ocorrer em diferentes ambientes e em diferentes momentos; Por meio da observação do aluno em diferentes atividades e com diferentes profissionais da escola; Em sala de aula, o professor deverá avaliar os seguintes pontos: Como o aluno se relaciona com o conhecimento; Como ele responde às solicitações do professor; Se ele manifesta atitude de dependência ou autonomia; Se é necessário o uso de recursos, equipamentos e materiais para acessibilidade ao conhecimento; Se o aluno apresenta melhor desempenho em atividades individuais, em pequenos grupos ou em grupos maiores e a forma como ele interage com seus colegas. O professor deverá obter junto à família informações a respeito do aluno, sobre o seu desempenho nas atividades domiciliares, bem como sua relação com o ensino e com os conteúdos escolares. É importante que o professor compreenda como o aluno se comporta em casa, do ponto de vista da comunicação e da interação com os familiares, em quais situações ele manifesta atitudes de autonomia e de dependência e como a família se relaciona com ele. O contato com a família é fundamental para que se possa conhecer o comportamento do aluno no ambiente familiar, quais suas preferências, como ele se relaciona com os familiares, o que gosta de fazer 15 durante os momentos livres e quais as expectativas da família em relação ao aluno na escola e fora dela. Com base nas observações, é possível construir um perfil desse aluno, identificando as potencialidades e dificuldades dele e dos demais atores envolvidos com esse aluno nestes três ambientes: sala de aula comum, sala de recurso multifuncional e ambiente familiar. Resumo da aula 3 Nesta aula foi possível observar como é importante a comunicação entre o professor do AEE e o professor da sala comum, bem como a comunicação com a família para uma melhor avaliação do aluno com D.I. Atividade de Aprendizagem Qual a melhor forma de avaliar um aluno com deficiência Intelectual? Como atribuir uma “nota” quantitativa? É possível, ou devemos utilizar outras formas de avaliar? Quais? Aula 4 - Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a sala de recurso multifuncional (SRM) Fonte:https://encryptedtbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS_CSEMkOXa3uhZxJj2EAOKq S9_dAY6z9KdDttxvm4xNYij5_mL 16 Para tentar minimizar as dificuldades de atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, alguns programas do MEC preveem a acessibilidade nas escolas (recursos e adequações estruturais), salas de recursos multifuncionais (escolas públicas) e formação continuada em educação especial. Saiba Mais Breve histórico da Inclusão no Brasil: Constituição Federal (1988). Estatuto da Criança e do adolescente (Lei n. 8.069/1990). Diretrizes e bases da Educação Nacional (Lei n. 9.394/1996). Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Lei n.7.853/1989). Plano Nacional de Educação (Lei n. 10.172/2001). Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Resolução CNE/CEB n.02/2001). Decreto n. 3.956/2001, que promulgou a Convenção interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência. Embora as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica não deixem claro a forma que a adaptação curricular deve acontecer, considera que as dificuldades de aprendizagem mais simples ou transitórias na escola aparecem constantemente e podem ser resolvidas com ações pedagógicas diferenciadas sem que necessitem de grandes adaptações. As dificuldades mais complexas ou permanentes devem contar com uso de recursos e técnicas especiais, abordagens graduais e progressivas adaptações. Em casos singulares em que o aluno possui graves comprometimentos mentais ou múltiplos e não acompanhe o currículo da base comum, deverá ser proporcionado um currículo funcional que atenda às necessidades da vida 17 prática, buscando meios úteis e práticos para favorecer o desenvolvimento das competências sociais, acesso ao conhecimento, à cultura e as formas de trabalho. Ainda nesses casos, a escola deve promover avaliação e certificação diferenciadas e fundamentadas no histórico escolar e de desenvolvimento, contendo as habilidades e capacidades do aluno, baseando-se na avaliação pedagógica. É certo que a educação inclusiva precisa ser naturalizada na prática e não apenas no discurso. Sabemos que ainda há enormes desafios sobre o que é, como fazer e porque incluir, mas estamos caminhando, ainda que vagarosamente, para um entendimento e aceitação de que todos somos diferentes e de alguma forma precisamos de adaptações e adequações em nossos “currículos diários” para que possamos executar nossas tarefas com êxito. O processo de inclusão é lento, difícil, árduo, mas não impossível, deve começar por cada um de nós, e dentro de nós, para só depois transpor as barreiras físicas e mentais da ignorância. RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009 In Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especia O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 2º O AEE tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno por meio da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem. Parágrafo único. Para fins destas Diretrizes, consideram-se recursos de acessibilidade na educação aqueles que asseguram condições de acesso ao currículo dos alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a utilização dos materiais didáticos e pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários e equipamentos, dos sistemas de comunicação e informação, dos transportes e dos demais serviços. Art. 5º O AEE é realizado, prioritariamente, na sala de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado, também, em centro de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão equivalente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios. 18 Art. 9º A elaboração e a execução do plano de AEE são de competência dos professores que atuam na sala de recursos multifuncionais ou centros de AEE, em articulação com os demais professores do ensino regular, com a participação das famílias e em interface com os demais serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros necessários ao atendimento. Art. 10. O projeto pedagógico da escola de ensino regular deve institucionalizar a oferta do AEE prevendo na sua organização: I – sala de recursos multifuncionais: espaço físico, mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos; II – matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola ou de outra escola; III – cronograma de atendimento aos alunos; IV – plano do AEE: identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos, definição dos recursos necessários e das atividades a serem desenvolvidas; V – professores para o exercício da docência do AEE; VI – outros profissionais da educação: tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades de alimentação, higiene e locomoção; VII – redes de apoio no âmbito da atuação profissional, da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e equipamentos, entre outros que maximizem o AEE. 2 Parágrafo único. Os profissionais referidos no inciso VI atuam com os alunos público alvo da Educação Especial em todas as atividades escolares nas quais se fizerem necessários. Art. 13. São atribuições do professor do Atendimento Educacional Especializado: I – identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação Especial; II – elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; III – organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais; IV – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola; V – estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e na disponibilização de recursos de acessibilidade; VI – orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno; VII – ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação; VIII – estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares. Art. 14. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf A função do professor do AEE consiste em propor atividades que permitam eliminar barreiras na aprendizagem e otimizar a aquisição de conhecimento dos alunos e sua inclusão no ensino regular. O acompanhamento do AEE se organiza a partir de um plano de atendimento educacional especializado que o professor deve elaborar com base nas informações obtidas sobre o aluno e a problemática vivenciada por ele por meio do estudo de caso. O aluno com deficiência intelectual fica em evidencia em situações que ele é desafiado a resolver alguma coisa, por isso é importante que o professor do AEE proponha atividades que promovam, com êxito, a vinculação do aluno, http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf 19 bem como organize situações de aprendizagem a partir dos interesses manifestados pelo aluno e escolhas diante das possibilidades existentes. Para Refletir Quais os desafios que as escolas enfrentam para a realização do AEE? Resumo da aula 4 As escolas e os professores precisam ter consciência de que sua ação é um fator determinante na evolução dos alunos, especialmente quando se trata de alunos com deficiência intelectual. A prática pedagógica deve estar atenta às diferenças de ritmos, de interesses, de estilos de aprendizagem. TODOS têm direito à educação de qualidade que atenda às necessidades especiais de cada um. Atividade de Aprendizagem Pesquise quais recursos tecnológicos estão disponíveis nas SRM – Sala de Recursos Multifuncionais, para os alunos com Deficiência Intelectual. 20 Referências FACION, J.R. Inclusão escolar e suas implicações. Curitiba, Inter Saberes, 2012. MONTOAN, M.T.E. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo, Summus, 2015. PAN, MIRIAN. O direito à diferença. Curitiba, Editora Ibepex, 2008. ROTTA. N.T.,OHLWEILER L., RIESGO R.S. Transtornos da Aprendizagem: uma abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto alegre, Artmed, 2016. SEED/PR (Secretaria de Estado da Educação do Paraná)– Superintendência da Educação. Instrução n° 016/2011 da SEED/SUED - Paraná, 2011 Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais.
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