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A DI na Educação Especial Inclusiva

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Disciplina: A DI na educação especial inclusiva 
Autores: Esp. Ana Paula Machuca Marcon 
Revisão de Conteúdos: Esp. Irajá Luiz da Silva 
Revisão Ortográfica: Juliano de Paula Neitzki 
Ano: 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas 
páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em 
cobrança de direitos autorais. 
 
 
 
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Ana Paula Machuca Marcon 
 
 
 
A DI na educação especial inclusiva 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
Curitiba, PR 
Editora São Braz 
 
 
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FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
MARCON, Ana Paula Machuca. 
Braille / Ana Paula Machuca Marcon – Curitiba, 2018. 
 20 p. 
Coordenação técnica: Marcelo Alvino da Silva. 
Revisão de Conteúdos: Irajá Luiz da Silva. 
Revisão Ortográfica: Juliano de Paula Neitzki. 
Material didático da disciplina de A DI na educação especial inclusiva – Faculdade 
São Braz (FSB), 2018. 
ISBN: 978-85-5475-323-8 
 
 
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PALAVRA DA INSTITUIÇÃO 
 
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! 
 
 Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, 
nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de 
dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão 
Universitária. 
 A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e 
comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do 
desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas 
também brasileiros conscientes de sua cidadania. 
 Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar 
comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as 
ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão 
de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e 
grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e 
estudantes. 
 
 
 Bons estudos e conte sempre conosco! 
 Faculdade São Braz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Apresentação da disciplina 
 
Na disciplina “A D. I. na educação especial inclusiva” serão apresentadas 
abordagens relacionadas às diferentes formas de inserção de alunos com 
necessidades educacionais especiais em classes regulares da educação básica, 
apontando a forma como ocorre a evolução da educação inclusiva e sugestões 
de práticas pedagógicas. 
 Na sequência, será possível estudar as estratégias de atividades para 
alunos com D.I., as formas de avaliação e como acontecem as atividades nas 
salas de recursos multifuncionais e no atendimento educacional especializado 
(AEE). 
 É importante ressaltar que o material apresenta reflexões e propostas de 
atividades que possibilitam a ampliação do conhecimento e a busca de respostas 
aos questionamentos mais comuns, feitos por profissionais de várias regiões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 1 – Práticas Pedagógicas inclusivas para estudantes com DI 
 
Fonte: https://nadjafavero.wordpress.com/2013/05/31/deficiencia-intelectual-aadid/ 
 
Apresentação da aula 1 
 
Nesta aula será apresentado um breve histórico da deficiência intelectual, 
como ela é entendida e como ocorre o processo de aprendizagem em indivíduos 
com D.I.. Ao final, apresentam-se alguns objetivos que devem ser priorizados na 
prática pedagógica com deficientes intelectuais, em seguida a questão da 
inclusão e como é elaborado o currículo inclusivo. 
 
1.1 Concepções básicas 
 
A noção de aprendizagem envolve comportamentos implicitamente 
relacionados a conceitos psiconeurológicos como estímulos, condicionamentos, 
discriminações, memórias, o que dependerá do nível de cognição, ou seja, todos 
esses processos mostrarem maior ou menor dificuldade de serem 
implementados. Entretanto, ao refletir sobre a aprendizagem da pessoa com 
deficiência intelectual, não se está abordando somente a aprendizagem escolar, 
mas também deve se ater aos aprendizados das atividades da vida diária e das 
atividades da vida prática. 
 Antes de abordar a questão propriamente dita da aprendizagem na 
pessoa com D.I., é importante recordar alguns fatos sobre a deficiência 
intelectual. O conceito de deficiência intelectual é fundamentado pelo déficit de 
 
 
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inteligência, abrangendo várias causas pré, peri e pós-natais. Entretanto, a 
variação da Inteligência entre os componentes de uma população não depende 
somente de seu genótipo, mas também das diferenças ambientais. 
Até 1992, a Deficiência Intelectual era caracterizada pela quantidade de 
Inteligência (Q.I.): 
 Deficiência Leve – Q.I. entre 50 e 70; 
 Deficiência Moderada – Q.I. entre 35 e 49; 
 Deficiência Severa – Q.I. entre 20 e 30; 
 Deficiência Profunda – Q.I. menor que 20. 
Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais 
– DSM-V, publicado pela Associação Americana de Psicologia em 2014, as 
características essenciais da deficiência intelectual incluem: 
 Prejuízos nas funções intelectuais que envolvem raciocínio, solução de 
problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo; 
 Dificuldades na aprendizagem pela educação escolar e experiência e 
compreensão prática; 
 Déficits no funcionamento adaptativo, que envolve três domínios: 
conceitual, social e prático. O domínio conceitual envolve memória, 
raciocínio matemático, leitura, escrita, linguagem e solução de problemas; 
o domínio social envolve empatia, habilidades de comunicação, 
julgamento social, percepção de pensamentos, sentimentos e 
experiências dos outros. Já o domínio prático envolve aprendizado e 
autogestão, cuidados pessoais, controle de dinheiro, organização de 
tarefas, entre outros. 
Por fim, a deficiência intelectual também é caracterizada por seu início 
durante o período de desenvolvimento. É importante entender a diferença entre 
a D.M e a D.I.. Na deficiência intelectual, o indivíduo mantém a percepção de si 
mesmo e da realidade que o cerca, sendo capaz de tomar decisões importantes, 
e na deficiência metal pode haver comprometido devido à lesão de outras áreas 
cerebrais. 
Para que o indivíduo consiga desenvolver todo seu potencial, são 
necessários estímulos focados no desenvolvimento das habilidades: 
 
 
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 Habilidades Intelectuais: desenvolver a capacidade em planejar, 
raciocinar, solucionar problemas, exercer pensamento abstrato, 
compreender ideias complexas, rapidez de aprendizagem; 
 Habilidades práticas: autonomia de vida diária; 
 Habilidades Sociais: responsabilidade, autoestima, observância de 
regras e leis, relação Interpessoal e conceitual – aspectos acadêmicos, 
cognitivos e de comunicação; 
 Estimular e promover a participação na vida comunitária e nas interações 
sociais. 
 
1.2 Atitudes práticas no cotidiano 
 
 As atividades práticas do dia a dia devem priorizar a estimulação do 
desenvolvimento dos processos mentais: atenção, percepção, memória, 
raciocínio, imaginação, criatividade, linguagem, entre outros; fortalecer a 
autonomia dos alunos para decidir, opinar, escolher e tomar iniciativas a partir 
de suas necessidades e motivações; promover a saída de uma posição passiva 
e automatizada diante da aprendizagem para o acesso e apropriação ativa do 
próprio saber; ter como objetivo o engajamento do aluno em um processo 
particular de descoberta e o desenvolvimento de relacionamento recíproco entre 
a sua resposta e o desafio apresentado pelo professor; priorizar o 
desenvolvimento dos processos mentais dos alunos, oportunizando atividades 
que permitam a descoberta, inventividade e criatividade;
compreender que a 
criança sem deficiência consegue espontaneamente retirar informações do 
objeto e construir conceitos progressivamente, e a criança com deficiência 
precisa exercitar sua atividade cognitiva, de modo que consiga o mesmo, ou uma 
aproximação do desenvolvimento desejado. 
Para Refletir 
Como deve ser elaborado o currículo para atender as 
necessidades pessoais e sociais dos alunos com D.I.? 
 
 
 
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Resumo da aula 1 
 
Nessa aula foi possível entender como o DSM-V relata as características 
essenciais da deficiência intelectual, que incluem prejuízos nas funções 
intelectuais e que envolve raciocínio, dificuldades na aprendizagem pela 
educação escolar, déficits no funcionamento adaptativo, envolvendo os 
domínios: conceituais, sociais e práticos. Foram apresentadas algumas atitudes 
de práticas pedagógicas que devem atender as necessidades educacionais, 
pessoais e sociais do indivíduo. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Se você tivesse que ensinar um conteúdo matemático para dois 
alunos com D.I., mas em sua sala de aula não há nenhum 
recurso pedagógico. Como faria? Qual estratégia utilizaria? 
 
 
 
Aula 2 - Estratégias e sugestões de atividades para estudantes com D.I. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQrMjugi3VhMMkomoHT2-
Fd6NZni1Gs5bmW84YUdMBT4XXojVjRJQ 
 
 
 
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Apresentação da aula 2 
 
 Nesta aula o enfoque será nas atividades direcionadas a estudantes com 
D.I., traçando um paralelo entre o laudo apresentado e o desenvolvimento obtido 
com as estratégias laborais e as aplicabilidades no processo de progressão, 
desenvolvimento e aprendizagem. 
 
Saiba Mais 
No site sugerido a seguir é possível encontrar algumas 
atividades adaptadas para alunos com deficiência 
intelectual. 
https://www.reab.me/atividades-adaptadas-para-alunos-
com-deficiencia-intelectual-janeiroreab/ 
 
 
 
2.1 Um olhar sobre a Inclusão 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://www.educamundo.com.br/uploads/blog_posts/113/educacaoinclusiva-05.png 
 
 
Quando se fala em Educação Inclusiva, é importante analisar dois pontos: 
a inclusão teórica - aquela embasada em leis, pareceres e declarações, e a 
inclusão prática - que acontece (ou não) nas escolas dentro das salas de aula. 
O Ministério da Educação vem apontando nos últimos anos um crescimento 
significativo nas matrículas da educação especial nas classes comuns do ensino 
 
 
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regular. Estão em classes comuns estudantes com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, isso, devido às 
políticas de inclusão implementadas pelo governo federal. 
 
Vocabula rio 
Deficiência: Considera-se alunos com deficiência aqueles 
que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, 
mental, intelectual ou sensorial, que em interação com 
diversas barreiras podem ter restringida sua participação 
plena e efetiva na escola e na sociedade. 
Transtornos globais do desenvolvimento: Os alunos com 
transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que 
apresentam alterações qualitativas das interações sociais 
recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e 
atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se 
nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do 
autismo e psicose infantil. 
*Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia, 
disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e 
hiperatividade, entre outros. 
 Altas habilidades/ superdotação: Alunos com altas 
habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em 
qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: 
intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. 
Também apresentam elevada criatividade, grande 
envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em 
áreas de seu interesse. 
 
 
É importante considerar que a interação do aluno com seus pares na 
classe comum faz dele um agente participativo que contribui ativamente para a 
constituição de um saber compartilhado. O aluno deverá perceber-se como 
sujeito que contribui para a construção de saberes coletivos, retirando disso 
múltiplas vantagens, inclusive a de acessar um papel social valorizado. 
Oportunizar ao aluno com deficiência intelectual viver integralmente a sua 
escolarização no espaço da sala de aula comum permite que ele se beneficie 
dessa convivência. 
 Algumas atividades entre desenho, pintura e o uso de diferentes 
instrumentos como suporte para sua expressão gráfica, como, por exemplo, o 
 
 
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computador; uso de massa de modelar; a construção de maquetes; dentre outras 
atividades costumam facilitar o processo de aquisição do conteúdo apresentado. 
Deve-se considerar também o deslocamento em ambientes abertos por meio da 
expressão corporal com o uso de variados recursos, tais como bolas, arcos, jogo 
simbólico, dramatização, música, jogo da memória, associação de imagens e 
palavras, contato com variados gêneros textuais. Lembrando que todas as 
atividades devem ser contextualizadas e significativas para a criança e devem 
ser realizadas em situações lúdicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://i.pinimg.com/originals/5e/6d/e9/5e6de944e8a011e8eee2e74ee6a00569.jpg 
 
É importante estimular diariamente os relatos orais, registro oral de 
passeios, visitas, atividades de dramatização e brincadeiras livres que permitam 
ao aluno exercitar sua capacidade criativa e de expressão verbal. 
 
Resumo da aula 2 
 
 Observamos nesta aula que a inclusão pode ser teórica: quando está 
presente apenas nas leis e diretrizes e a inclusão prática, quando acontece 
dentro da escola de maneira natural e possibilita que todos os alunos tenham 
https://i.pinimg.com/originals/5e/6d/e9/5e6de944e8a011e8eee2e74ee6a00569.jpg
 
 
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direitos iguais às condições de aprendizagem, essa é a forma ideal, mas 
infelizmente não acontece em todas as instituições. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Observe nas escolas em que você trabalha ou já trabalhou, ou 
até mesmo frequentou, como acontece a inclusão dos alunos 
com necessidades especiais. 
 
 
 
AULA 3 - Avaliação pedagógica com DI 
 
Fonte:https://staticr1.blastingcdn.com/media/photogallery/2017/2/28/660x290/b_620x273/consi
derar-o-processo-e-importante-na-avaliacao-fonte-da-imagem-blog-do-nikel_1177117.jpg 
 
 
Apresentação da aula 3 
 
 Nesta aula serão abordadas situações que poderão ser aplicadas no 
cotidiano escolar, visando os meios avaliativos e o mecanismo de trabalho 
apresentado pela escola, família e o meio social que o aluno desfruta no dia a 
dia. 
 
 
 
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3.1 O atendimento educacional especializado 
 
O aluno com deficiência intelectual se beneficia das inúmeras mediações 
que caracterizam as relações sociais e interpessoais que acontecem dentro da 
escola. No atendimento educacional especializado, a avaliação se efetiva por 
meio do estudo de caso, que visa construir um perfil que possibilite elaborar o 
plano de intervenção do AEE. O estudo de caso deve ser efetivado pelo 
professor do AEE juntamente com o professor do ensino comum e com outros 
profissionais que trabalham com esse aluno no contexto da escola. A avaliação 
alcança três ambientes principais do aluno: sala de recursos multifuncionais, a 
sala de aula e a família. 
 Na escola, a avaliação deve: 
 Ocorrer em diferentes ambientes e em diferentes momentos; 
 Por meio da observação do aluno em diferentes atividades e com 
diferentes profissionais da escola; 
 Em sala de aula, o professor deverá avaliar os seguintes pontos: 
 Como o aluno se relaciona com o conhecimento; 
 Como ele responde às solicitações do professor; 
 Se ele manifesta atitude de dependência ou autonomia; 
 Se é necessário o uso de recursos, equipamentos e materiais para 
acessibilidade ao conhecimento; 
 Se o aluno apresenta melhor desempenho
em atividades individuais, em 
pequenos grupos ou em grupos maiores e a forma como ele interage com 
seus colegas. 
O professor deverá obter junto à família informações a respeito do aluno, 
sobre o seu desempenho nas atividades domiciliares, bem como sua relação 
com o ensino e com os conteúdos escolares. 
 É importante que o professor compreenda como o aluno se comporta em 
casa, do ponto de vista da comunicação e da interação com os familiares, em 
quais situações ele manifesta atitudes de autonomia e de dependência e como 
a família se relaciona com ele. O contato com a família é fundamental para que 
se possa conhecer o comportamento do aluno no ambiente familiar, quais suas 
preferências, como ele se relaciona com os familiares, o que gosta de fazer 
 
 
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durante os momentos livres e quais as expectativas da família em relação ao 
aluno na escola e fora dela. 
Com base nas observações, é possível construir um perfil desse aluno, 
identificando as potencialidades e dificuldades dele e dos demais atores 
envolvidos com esse aluno nestes três ambientes: sala de aula comum, sala de 
recurso multifuncional e ambiente familiar. 
 
Resumo da aula 3 
 
Nesta aula foi possível observar como é importante a comunicação entre 
o professor do AEE e o professor da sala comum, bem como a comunicação 
com a família para uma melhor avaliação do aluno com D.I. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Qual a melhor forma de avaliar um aluno com deficiência 
Intelectual? Como atribuir uma “nota” quantitativa? É possível, 
ou devemos utilizar outras formas de avaliar? Quais? 
 
 
Aula 4 - Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a sala de recurso 
multifuncional (SRM) 
 
 
 
 
 
Fonte:https://encryptedtbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS_CSEMkOXa3uhZxJj2EAOKq
S9_dAY6z9KdDttxvm4xNYij5_mL 
 
 
 
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Para tentar minimizar as dificuldades de atendimento aos alunos com 
necessidades educacionais especiais, alguns programas do MEC preveem a 
acessibilidade nas escolas (recursos e adequações estruturais), salas de 
recursos multifuncionais (escolas públicas) e formação continuada em educação 
especial. 
 
Saiba Mais 
Breve histórico da Inclusão no Brasil: 
 Constituição Federal (1988). 
 Estatuto da Criança e do adolescente (Lei n. 
8.069/1990). 
 Diretrizes e bases da Educação Nacional (Lei n. 
9.394/1996). 
 Política Nacional para a Integração da Pessoa 
Portadora de Deficiência (Lei n.7.853/1989). 
 Plano Nacional de Educação (Lei n. 10.172/2001). 
 Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na 
Educação Básica (Resolução CNE/CEB n.02/2001). 
 Decreto n. 3.956/2001, que promulgou a Convenção 
interamericana para a eliminação de todas as formas 
de discriminação contra as pessoas portadoras de 
deficiência. 
 
 
Embora as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial na 
Educação Básica não deixem claro a forma que a adaptação curricular deve 
acontecer, considera que as dificuldades de aprendizagem mais simples ou 
transitórias na escola aparecem constantemente e podem ser resolvidas com 
ações pedagógicas diferenciadas sem que necessitem de grandes adaptações. 
As dificuldades mais complexas ou permanentes devem contar com uso de 
recursos e técnicas especiais, abordagens graduais e progressivas adaptações. 
Em casos singulares em que o aluno possui graves comprometimentos mentais 
ou múltiplos e não acompanhe o currículo da base comum, deverá ser 
proporcionado um currículo funcional que atenda às necessidades da vida 
 
 
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prática, buscando meios úteis e práticos para favorecer o desenvolvimento das 
competências sociais, acesso ao conhecimento, à cultura e as formas de 
trabalho. Ainda nesses casos, a escola deve promover avaliação e certificação 
diferenciadas e fundamentadas no histórico escolar e de desenvolvimento, 
contendo as habilidades e capacidades do aluno, baseando-se na avaliação 
pedagógica. 
É certo que a educação inclusiva precisa ser naturalizada na prática e não 
apenas no discurso. Sabemos que ainda há enormes desafios sobre o que é, 
como fazer e porque incluir, mas estamos caminhando, ainda que 
vagarosamente, para um entendimento e aceitação de que todos somos 
diferentes e de alguma forma precisamos de adaptações e adequações em 
nossos “currículos diários” para que possamos executar nossas tarefas com 
êxito. O processo de inclusão é lento, difícil, árduo, mas não impossível, deve 
começar por cada um de nós, e dentro de nós, para só depois transpor as 
barreiras físicas e mentais da ignorância. 
 
 
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009 
 
In Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional 
Especializado na Educação Básica, modalidade Educação 
Especia 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
 
Art. 2º O AEE tem como função complementar ou suplementar a formação do aluno por meio 
da disponibilização de serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as 
barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem. 
Parágrafo único. Para fins destas Diretrizes, consideram-se recursos de acessibilidade na 
educação aqueles que asseguram condições de acesso ao currículo dos alunos com 
deficiência ou mobilidade reduzida, promovendo a utilização dos materiais didáticos e 
pedagógicos, dos espaços, dos mobiliários e equipamentos, dos sistemas de comunicação e 
informação, dos transportes e dos demais serviços. 
Art. 5º O AEE é realizado, prioritariamente, na sala de recursos multifuncionais da própria 
escola ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da escolarização, não sendo 
substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado, também, em centro de Atendimento 
Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou 
filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão 
equivalente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios. 
 
 
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Art. 9º A elaboração e a execução do plano de AEE são de competência dos professores que 
atuam na sala de recursos multifuncionais ou centros de AEE, em articulação com os demais 
professores do ensino regular, com a participação das famílias e em interface com os demais 
serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros necessários ao atendimento. 
Art. 10. O projeto pedagógico da escola de ensino regular deve institucionalizar a oferta do 
AEE prevendo na sua organização: I – sala de recursos multifuncionais: espaço físico, 
mobiliário, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos 
específicos; II – matrícula no AEE de alunos matriculados no ensino regular da própria escola 
ou de outra escola; III – cronograma de atendimento aos alunos; IV – plano do AEE: 
identificação das necessidades educacionais específicas dos alunos, definição dos recursos 
necessários e das atividades a serem desenvolvidas; V – professores para o exercício da 
docência do AEE; VI – outros profissionais da educação: tradutor e intérprete de Língua 
Brasileira de Sinais, guia-intérprete e outros que atuem no apoio, principalmente às atividades 
de alimentação, higiene e locomoção; VII – redes de apoio no âmbito da atuação profissional, 
da formação, do desenvolvimento da pesquisa, do acesso a recursos, serviços e 
equipamentos, entre outros que maximizem o AEE. 2 Parágrafo único. Os profissionais 
referidos no inciso VI atuam com os alunos público alvo da Educação Especial em todas as 
atividades escolares nas quais se fizerem necessários. 
Art. 13. São atribuições do professor do Atendimento Educacional Especializado: I – 
identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e 
estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da Educação 
Especial; II – elaborar e executar plano de Atendimento
Educacional Especializado, avaliando 
a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade; III – 
organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos multifuncionais; 
IV – acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de 
acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da 
escola; V – estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias e 
na disponibilização de recursos de acessibilidade; VI – orientar professores e famílias sobre 
os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno; VII – ensinar e usar a 
tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades funcionais dos alunos, promovendo 
autonomia e participação; VIII – estabelecer articulação com os professores da sala de aula 
comum, visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de 
acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades 
escolares. 
Art. 14. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições 
em contrário. 
 
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf 
 
 
 A função do professor do AEE consiste em propor atividades que 
permitam eliminar barreiras na aprendizagem e otimizar a aquisição de 
conhecimento dos alunos e sua inclusão no ensino regular. O acompanhamento 
do AEE se organiza a partir de um plano de atendimento educacional 
especializado que o professor deve elaborar com base nas informações obtidas 
sobre o aluno e a problemática vivenciada por ele por meio do estudo de caso. 
O aluno com deficiência intelectual fica em evidencia em situações que 
ele é desafiado a resolver alguma coisa, por isso é importante que o professor 
do AEE proponha atividades que promovam, com êxito, a vinculação do aluno, 
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf
 
 
19 
 
bem como organize situações de aprendizagem a partir dos interesses 
manifestados pelo aluno e escolhas diante das possibilidades existentes. 
Para Refletir 
Quais os desafios que as escolas enfrentam para a 
realização do AEE? 
 
 
 
 
 
Resumo da aula 4 
 
 
 As escolas e os professores precisam ter consciência de que sua ação é um 
fator determinante na evolução dos alunos, especialmente quando se trata de 
alunos com deficiência intelectual. A prática pedagógica deve estar atenta às 
diferenças de ritmos, de interesses, de estilos de aprendizagem. TODOS têm 
direito à educação de qualidade que atenda às necessidades especiais de cada 
um. 
 
Atividade de Aprendizagem 
Pesquise quais recursos tecnológicos estão disponíveis nas 
SRM – Sala de Recursos Multifuncionais, para os alunos com 
Deficiência Intelectual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências 
 
 
FACION, J.R. Inclusão escolar e suas implicações. Curitiba, Inter Saberes, 2012. 
MONTOAN, M.T.E. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo, 
Summus, 2015. 
PAN, MIRIAN. O direito à diferença. Curitiba, Editora Ibepex, 2008. 
ROTTA. N.T.,OHLWEILER L., RIESGO R.S. Transtornos da Aprendizagem: 
uma abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto alegre, Artmed, 2016. 
SEED/PR (Secretaria de Estado da Educação do Paraná)– Superintendência 
da Educação. Instrução n° 016/2011 da SEED/SUED - Paraná, 2011 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de 
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