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RESUMO ÉTICA

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CONCEITO DE ÉTICA. 
Ética é definida como um conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros na sociedade em que vive, garantindo, igualmente, o bem-estar social, ou seja, é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social, vem do grego "ethos" que significa modo de ser.
Nessa perspectiva, a ética requer que os seres humanos sejam tratados como fim da ação e não como meio para solucionar interesses. Pode ser entendida como um mecanismo de regulação das relações sociais, que tem por objetivo garantir a coesão social e harmonizar os interesses individuais e coletivos.
ÉTICA EM FACE DO DIREITO, DA JUSTIÇA, DA MORAL, DA FILOSOFIA E DA RELIGIÃO. OAB. ÉTICA PROFISSIONAL. ÉTICA E EXERCÍCIO DA ADVOCACIA. 
Etimologicamente observado, Ética origina - se no grego ethos, e encontra correlação no latim morale, com o significado sinônimo de conduta ou ainda referente aos costumes. Podemos concluir que etimologicamente ética e moral são palavras iguais, porém, será apresentada posteriormente a diferenciação básica entre Ética e Moral.
Uma das configurações atribuídas à palavra Ética é de cunho filosófico. Ética enquanto parte da Filosofia diz respeito a uma direção para reflexão sobre a complexa questão da moral no ser humano, relacionado ao meio social em que está inserido.
O autor Henrique Cláudio de Lima Vaz, em sua obra intitulada "Ética e Direito", alerta para o perigo das teorias consideradas na atualidade que questionam a validade da Ética filosófica, dizendo: (...) parece difícil admitir que uma teoria do ethos no sentido filosófico da sua justificação ou fundamentação racional possa desaparecer do horizonte cultural da nossa civilização, a menos que desapareça a própria filosofia e a civilização venha a mudar de alma e de destino. (Vaz, 2002: 63).
A Ética, como categoria filosófica, impulsiona o exercício crítico - reflexivo das bases moralistas, quando necessária elucidação à dos fatos morais. Desta forma, é notável que a Ética, na Filosofia, não oferece um código de normas, antes incentiva o homem, como ser racional e social, a praticar o senso crítico e auto - avaliativo em suas atitudes e modo de agir. Neste sentido, o professor Ângelo V. Cenci afirma: A ética não pode prescrever conteúdos ao agir, nem pode instrumentalizá-lo; não é seu papel fornecer soluções concretas ao agir humano. A ética precisa contar com a capacidade de os indivíduos encontrarem saídas plausíveis, racionais para o seu agir. A ética filosófica (formal e universalista) não pode, paternalisticamente, dizer o que o indivíduo deve fazer, prescrevendo ações; ela não pode se constituir em um receituário para a conduta cotidiana dos indivíduos, nem servir de desculpa para justificar seu agir mediante motivos puramente externos. A justa medida requerida pela ética não é extraída por intermédio de fórmula alguma; ela é medida qualitativamente, por isso requer mediania. (Cenci, 2002:88).
De acordo com Marilena Chauí (1998), o que foi apresentado por Cenci (2002) corresponde ao principal pilar da diferenciação entre Moral e Ética, pois para ela toda moral é normativa enquanto designada a ditar aos sujeitos os padrões de conduta individual e ou social, assim como os valores e costumes das sociedades das quais participam. Já a ética não é necessariamente normativa. A professora ainda sistematiza a subdivisão de ética em normativa e não normativa. Normativa seria a ética de deveres e obrigações e não normativa a ética que tem como objeto de estudo as ações e paixões humanas embasadas no ideal da felicidade de acordo com o critério da relação razão - vontade - liberdade.
De qualquer forma, não se pode pensar filosoficamente a Ética se não relacionada ao agente ético. Neste sentido, seria responsabilidade da Ética a definição da figura do agente ético e de suas atitudes. De acordo com este paradigma, o agente ético corresponde ao sujeito consciente que sabe o que são suas ações, sendo livre para escolher o que faz e responsável pelas consequências de seus atos (Chauí, 1998).
Para Souto & Souto (1981), o sujeito, desde que em perfeito estado de juízo, já possui a ideia do que é certo ou errado em suas atitudes. Nas sociedades em geral existem os códigos de conduta estabelecendo o que deve ser considerado como certo ao agir. Dessa forma, existe a ideia de como fazer.
O jurista João Baptista Herkenhoff (1987:83) enuncia o seu entendimento acerca de Ética ditando: "o mundo ético é o mundo do "dever ser (mundo dos juízos de valor) em contraposição ao mundo do "ser" (mundo dos juízos de realidade). Já a moral, segundo Herkenhoff (1987: 85), "é a parte subjetiva da ética" que ordena o comportamento humano para consigo mesmo, além de englobar os costumes, obrigações, maneiras e procedência do homem em convívio com os demais. A moral é compreendida na forma de uma conduta voluntária isenta de pressões externas ao indivíduo.
Assim, a moral pode ser entendida como a listagem de normas de ação específica, estando então implícita em códigos, normatizações e leis que regulamentam a ação do ser humano em meio social. Por ocasião da exposição de definições da palavra moral, é importante ressaltar que alguns a igualam à Ética, mas na realidade contemporânea, por certo que ambas são aplicadas diferentemente.
Segundo Vázquez (1984), a moral deriva da necessidade comum aos indivíduos de se relacionarem buscando o bem para a coletividade, podendo ser definida também como um conjunto de normas e regras que tem a finalidade reguladora das interações entre os indivíduos dividindo o mesmo espaço em um mesmo tempo. A moral, dessa forma, consiste em um dado histórico mutável e dinâmico que evolui conforme as transformações políticas, econômicas e sociais, tendo em vista que a existência de princípios morais estáticos seria impossível.
Segundo Nicola Abbagnano (1970: 652), em seu Dicionário de Filosofia, moral é um substantivo configurado de diferentes formas, tais como: 1 - O mesmo que Ética; 2 - O objeto da Ética que consiste na conduta direcionada por normas.
Para Søren Aabye Kierkegaard (1813-1855), citado por Lima (2007), a moral é existente em uma vida que levou a sério o cristianismo, do poeta cristão, do indivíduo diante de Deus.
Existe a definição que circula em torno do entrelaçamento entre Ética e Moral, no sentido de que existiria um método científico para se estudar a Moral, baseado em uma teoria que propicia a descrição das normas e valores comportamentais. "A Ética é uma ciência da moral, pois questiona ao buscar por que e em quais condições determinada ação é considerada boa ou má, até que ponto ajuda a construir a identidade de uma nação, grupo ou pessoa". (Ribeiro, 2000: 137).
Mesmo diante de tantos percalços controversos, a distinção entre ética e moral é necessária, pois, verifica-se, que sem a moral, a ética se tornaria em inutilidade no sentido de consistir em abstrata reflexão de experiência.
Em resumo, a diferenciação entre Moral e Ética pode acontecer de várias maneiras: Ética é princípio, moral são aspectos particulares de determinado tipo de conduta; Ética é permanente, moral é temporária; a Ética possui a propriedade da universalidade enquanto que a moral é restrita à dada cultura; Ética é regra, moral é prática de tal regra; Ética é teoria, moral é prática desta teoria.
Definindo, verifica-se que Direito é uma palavra oriunda do latim directum, derivada do verbo dirigere, que tem o significado de ordenar. Conclui-se, etimologicamente falando, que o vocábulo Direito significa "aquilo que é reto" "que está coerente com a justiça e equidade". Portanto, pode-se dizer que Direito é a disciplina da qual se originam as normas a serem observadas pelo homem e englobam direitos e deveres, dos quais ninguém se isenta. Conforme Pinho (1995), o Direito pode ser entendido como "aquilo que é" ou "que deve ser". Assim, o Direito surgiu em resposta à necessidade de se estabelecer regras gerais para o convívio do homem em sociedade. O Direito é considerado antes de tudo, uma instituição ética que trabalha no sentido
de aplicar as leis, os princípios morais, tais como: igualdade, justiça, liberdade, dentre outros, na solução de controvérsias.
Diante da escorreita explicitação de tais conceitos, é possível observar a Ética em interface com o Direito, se acatada a definição de conduta amparada na aplicação de regras morais no meio de convívio social, ou seja, a caracterização do homem enquanto ser relacional. É essa face normativa da Ética que a relaciona intimamente com o Direito. Nesse sentido, a contínua discussão da Ética dentro do Direito encontra respaldo no fato de ser uma área das Ciências Humanas que busca a consolidação e manutenção da justiça e da moralidade social.
Faz-se apropriada, aqui, a definição de Cenci (2002: 90) para Ética, que "nasce amparada no ideal grego da justa medida, do equilíbrio das ações". Ângelo Cenci ainda esclarece que "a justa medida é a busca do agenciamento do agir humano de tal forma que o mesmo seja bom para todos". Para tanto, indaga-se: e não é esse o fundamento para o exercício cotidiano dos profissionais do Direito? Resta evidente, embora alguns até discordem, que os valores éticos e morais devem ser o fundamento da construção do profissional do Direito, no sentido da aplicação dos princípios morais enumerados pela Ética geral aplicada ao campo profissional, possibilitando a prática da ética profissional. A pessoa tem que estar imbuída de certos princípios ou valores próprios do ser humano para vivenciá-lo nas suas atividades de trabalho. De um lado, ela exige a deontologia, isto é, o estudo dos deveres específicos que orientam o agir humano no seu campo profissional; de outro lado, exige a diciologia, isto é, o estudo dos direitos que a pessoa tem ao exercer suas atividades (Camargo, 1999: 33).
O Direito, se analisado sob o ponto de vista cultural, abarca o sentido de ser uma realidade referente a valores, possuindo como missão intrínseca a progressiva busca pela segurança jurídica que consiste em bem social e da justiça. Tais objetivos são comuns à Ética, contudo, não se pode atribuir à norma ética o valor imperativo da norma jurídica. São definidas como normas éticas: (...) as normas que disciplinam o comportamento do homem, quer o íntimo e subjetivo, quer o exterior e social. Prescrevem deveres para a realização de valores. Não implicam apenas em juízos de valor, mas impõem a escolha de uma diretriz considerada obrigatória, numa determinada coletividade. Caracterizam-se pela possibilidade de serem violadas. (Herkenhoff, 1987: 87).
Acresce-se ainda, a validade da norma jurídica que só é verificável quando esta resguarda os princípios éticos. Pode-se tomar como exemplo da prerrogativa de retorno aos valores morais e da vinculação entre Ética e Direito, o Constitucionalismo. A ideologia de democracia materializa-se com a indelével proteção dos direitos e garantias fundamentais do cidadão, por intermédio da Constituição que rege o país.
O saudoso jurisconsulto Miguel Reale em seu livro "Lições Preliminares de Direito" já defendia que "(...) as normas éticas não envolvem apenas um juízo de valor sobre os comportamentos humanos, mas culminam na escolha de uma diretriz considerada obrigatória numa coletividade" (Reale, 2002:33). Nesta perspectiva, a ética pode ser entendida como uma tomada de decisão, uma escolha embasada em um conjunto de valores organizadores de uma determinada sociedade. De acordo com Reale (2002: 35), "toda norma ética expressa um juízo de valor, ao qual se liga uma sanção (...)".
A ética, neste sentido, corresponde a uma obrigação e seu cumprimento tem como pressuposto a ideia do que é justo diante da sociedade, que pode ser aceita ou não de acordo com o juízo de valor de cada um.
Miguel Reale (2002: 42) afirma que "a teoria do mínimo ético consiste em dizer que o Direito representa apenas o mínimo de Moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver", relacionando Direito e Moral, ambos inseridos em um complexo ético, pois o viver de forma ética corresponde ao ato de acrescer uma regra moral de uma norma jurídica em uma situação qualquer.
Ao contrário do que acontece na realidade, onde se constata que na prática jurídica ocorre comumente a conduta antiética, principalmente entre aqueles que exercem papel de maior poder, sendo verificada a falta de respeito e de profissionalismo de alguns profissionais com relação àqueles que somente necessitam e buscam soluções para as lides, a observância dos preceitos éticos no exercício do Direito se faz necessária por ser uma questão que merece atenção de todos os envolvidos no assunto, dada a sua relevância ímpar. Uma vez que o Direito vive a constante transformação de acordo com o desenvolvimento sócio-cultural, também a ética se adéqua ao Direito sem perder o conteúdo de seus princípios.
Ressalta-se ainda, a relevância da ética no exercício da profissão do Direito, tendo em vista a natureza da atividade jurídica relacionada aos principais valores éticos, quais sejam, a justiça e moralidade.
Referente à conduta ética do profissional do Direito - especificamente o advogado, tem-se que: O serviço profissional é bem de consumo e, para ser consumido, há de ser divulgado mediante publicidade. Em relação à advocacia, é necessária uma postura prudencial. Não se procura advogado como se busca um bem de consumo num supermercado. A contratação do causídico está sempre vinculada à ameaça ou efetiva lesão de um bem da vida do constituinte (Nalini, 2006: 247).
Ainda esse mesmo autor, vem a nos esclarecer sobre a responsabilidade do profissional do Direito no que tange à probidade: "(...) quem escolhe a profissão de advogado deve ser probo. (...) Quem procura um advogado está quase sempre em situação de angústia e desespero. Precisa nutrir ao menos a convicção de estar a tratar com alguém acima de qualquer suspeita" (Nalini, 2006: 252.).
Sobre a Ética e o profissional exercendo o Direito, pode-se salientar ainda que, não existe o exercício de defesa da justiça e equidade sem a aplicação de normas éticas a embasar o ordenamento jurídico. Nesse sentido, comenta com muita propriedade Ruy de Azevedo Sodré (1967:32), "a ética profissional do advogado consiste, portanto, na persistente aspiração de amoldar sua conduta, sua vida, aos princípios básicos dos valores culturais de sua missão e seus fins, em todas as esferas de suas atividades".
Por fim, temos que a Ética é o estudo geral do que é certo ou errado, bom ou mal, justo ou injusto, apropriado ou inapropriado. Assim, é possível a conclusão do objetivo da Ética na fundamentação de regras estabelecidas pela Moral e pelo Direito, porém, ressaltando, que ela se diferencia de ambos, na medida em que não dita regras. (Glock & Goldim, 2003).
DEONTOLOGIA JURÍDICA.
Ciência ou tratado que cuida dos deveres e direitos dos operadores do direito (advogados, magistrados e promotores de justiça), utilizada para designar ética profissional ou a moral do exercício da profissão, resultado da reflexão dos profissionais sobre sua prática. O termo “deontologia” foi utilizado pela primeira vez pelo filósofo inglês Jeremy Bentham, em 1834, quando a definiu como “ciência do que é justo e conveniente que o homem faça, dos valores que decorrem do dever ou norma que dirige o comportamento humano.
ATIVIDADE DA ADVOCACIA. 
No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil. Logo, somente é advogado o bacharel em direito inscrito na OAB. São atividades privativas dos Advogados:
- Prestar consultoria e assessoria jurídica;
- Postular em juízo (exceções: Habeas Corpus; justiça do trabalho, súmula 425 TST; Juizado Especial Cível);
- Juizado Especial Cível;
Atribuir visto, assinatura em ato constitutivo de pessoa jurídica. CUIDADO, pois não é exigido a obrigatoriedade de advogado quando for microempesa ou empresa de pequeno porte.
EFETIVO EXERCICIO DA ADVOCACIA
Considera se efetivo exercício de advocacia
a participação ANUAL MINIMA EM CINCO atos privativos de advogados previstos no art. 1º do Estatuto da OAB em causas ou questões distintas.
A comprovação do efetivo exercício faz se mediantes:
- Certidão expedida por cartórios ou secretárias judiciais;
- Cópia autenticada de atos privativos;
- Certidão expedida pelo órgão público;
- Certidão expedida pelo órgão público no qual o advogado exerça função privativa do seu ofício, indicando os atos praticados;
ATOS PRATICADOS POR ESTÁGIARIOS
O estagiário de advocacia, regularmente inscrito na OAB, pode praticar os atos privativos da advocacia, em conjunto com o advogado e sob responsabilidade deste. Importante salientar que o estagiário pode praticar isoladamente alguns atos, vejamos:
I. Retirar e desenvolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
II. Obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processo em curso ou findos;
III. Assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais administrativos;
PROCURAÇÃO (INSTRUMENTO DE MANDATO)
Sabemos que a procuração é um instrumento formal e legal através do qual uma pessoa autoriza outra a agir em seu nome. Ou seja, é formalidade jurídica que possibilita a outorga de poderes de uma pessoa (outorgante) à outra (outorgado). A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instancia, salvo os que exijam poderes especiais.
Como regra, para que o advogado possa atuar, deve estar munido de procuração. No entanto, alegando urgência, o profissional poderá juntá-la la no prazo de 15 dias prorrogáveis por igual período, conforme determina o art. 5º paragrafo 1 do Estatuto da OAB.
Substabelecimento
É o ato pelo qual o advogado transfere ao substabelecido os poderes que lhe foram conferidos pelo mandante. O substabelecimento pode ser feito com reserva de poderes, consistindo na transferência provisória dos poderes, ou sem reserva de poderes, tratando se de transferência definitiva.
Substabelecimento com reserva de poderes:
· O advogado permanece no processo, permitindo a atuação de outro advogado.
· Não precisa avisar previamente ao cliente, afinal o advogado ainda continua representando-o.
· O novo advogado somente pode cobrar honorários diretamente ao cliente com a intervenção do advogado anterior.
Substabelecimento sem reserva de poderes:
· O advogado se afasta do processo, assumindo, novo advogado.
· Deve existir previa comunicação ao cliente, afinal o advogado não irá mais representa-lo.
· O novo advogado pode cobrar honorários diretamente ao cliente independentemente da intervenção do advogado anterior.
RENÚNCIA E REVOGAÇÃO DA PROCURAÇÃO
A renuncia ao mandato ocorre quando o advogado não quer continuar com os poderes recebidos, enquanto a revogação origina se daquele que outorgou os poderes. Nesta hipótese, o mandante deseja retirar do mandatário os poderes que concedeu, ou seja, revoga o mandato.
Renúncia:
· Ato do advogado.
· O cliente deve ser comunicado preferencialmente através de carta com aviso de recebimento. Após comunicar o cliente o advogado procedera a comunicação ao juízo.
· Após renunciar a procuração o advogado ficara responsável pelo processo pelo prazo de 10 dias, salvo se for constituído novo advogado.
Revogação da procuração
· Ato do cliente.
· O advogado não permanecera responsável pelo processo.
DA INSCRIÇÃO
O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem Dos Advogados Do Brasil, bem como somente pode ser considerado estagiário aquele que estiver devidamente inscrito na OAB.
Requisitos para inscrição como advogado na OAB:
· Capacidade civil;
· Diploma ou certidão de graduação em direito;
· Título de eleitor e quitação de serviço militar;
· Aprovação em exame da ordem;
· Não exercer atividade incompatível;
· Idoneidade moral;
· Prestar compromisso perante o conselho;
Da inscrição do estagiário na OAB
Para realizar a inscrição na OAB como estagiário e necessário cumprir os seguintes requisitos:
· Capacidade civil;
· Título de eleitor e quitação do serviço militar;
· Não exerce atividade incompatível;
· Idoneidade moral;
· Prestar compromisso perante o conselho;
· Ter sido admitido em estágio profissional de advocacia;
Local de inscrição do advogado e do estagiário:
Advogado: a inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretenda estabelecer o seu domínio profissional. Considera se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física.
Estagiário: a inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional em cujo território se localize seu curso jurídico.
CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO E LICENCIAMENTO DO ADVOGADO
Tanto o cancelamento, como a licença, retira do profissional a condição de regularidade na inscrição junto à OAB, tornando o advogado inábil para o exercício da profissão. Na licença, o advogado ficara afastado da advocacia, mas mantem a qualidade de advogado licenciado. Já no cancelamento, o advogado perde essa qualidade, voltando a ser um bacharel em direito. No caso de cancelamento da inscrição, para que a pessoa se torne novamente advogado será necessária uma nova inscrição junto a OAB, recebendo, neste caso, um novo número de inscrição, precisando inclusive fazer um novo juramento. A numeração antiga não é restaurada, ninguém mais irá ocupar esse número, nem mesmo ele. 
HIPOTESES DE CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO:
A pedido do advogado, quando assim o requerer, perceba que nesse caso não é necessário motivo justificado do advogado.
Passar a exercer, em caráter definitivo, permanente atividade incompatível com a advocacia.
Perder algum dos requisitos necessários para a inscrição.
Em razão do falecimento do advogado. 
Sofrer penalidade de exclusão.
LICENÇA DO ADVOGADO
A pedido justificado do advogado, nesse caso é necessário apresentação de motivo justificado.
Passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia. 
Sofrer doença mental considerada curável.
PUBLICIDADE NA ADVOCACIA
A publicidade deve ser moderada, com caráter informativo/educacional, não podendo visar captação da clientela, conforme determina o art. 39 do Código de Ética da OAB.
Publicidade obrigatória:
Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que se utilizar, o advogado fará, obrigatoriamente, constar seu nome ou o da sociedade de advogados, o número ou os números de inscrição na OAB, conforme exigência do art. 14 do Estatuto da OAB.
Meios de publicidade permitidos:
Na publicidade profissional que promover ou nos cartões e material de escritório de que se utilizar, o advogado poderá fazer referências:
Endereço, e-mail, site e páginas eletrônicas;
O horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido;
Títulos acadêmicos do advogado;
Distinções honorificas relacionadas a vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte;
O horário de atendimento e os idiomas em que o cliente poderá ser atendido;
Títulos acadêmicos do advogado;
Distinções honorificas relacionadas a vida profissional, bem como as instituições jurídicas de que faça parte;
A especialidades a que se dedicar;
Logotipo e a fotografia do escritório;
São admissíveis como formas de publicidade, o patrocínio de eventos ou publicações de caráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria cultural de interesse de advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do meio jurídico.
Meios de publicidade vedados:
I. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis com a diretriz legais, sendo vedados:
II. A veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
III. O uso de outdoors, painéis, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;
IV. O fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos
literários, culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual participação em programas de radio ou televisão, ou nem veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência por e-mail.
V. A utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade, com o intuito de captação de clientela.
VEDAÇÕES AOS ADVOGADOS
É vedada ao advogado:
· Responder com habitualidade a consulta sobre matéria jurídica, nos meios de comunicação social;
· Debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o patrocínio de outro advogado, 
· Abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega;
· Divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes e demandas;
· Insinuar se para a reportagens e declarações públicas;
SIGILO PROFISSIONAL
O advogado deve manter sigilo das informações obtidas em razão do exercício da advocacia ou de cargo/unção que desempenha na OAB, conforme determina o art. 35 do Código de Ética da OAB.
Importante ressaltar que o advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, também se submete às regras de sigilo profissional.
O sigilo profissional pode ser quebrado:
Grave ameaça ao direito a vida e a honra;
Defesa do próprio advogado;
DA SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Sociedade simples e sociedade unipessoal
Os advogados podem reunir se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia, vejamos as diferenças no quadro abaixo:
Sociedade unipessoal de advocacia: formada por apenas 01 advogado. A denominação da sociedade deve ser obrigatoriamente o nome do advogado, completo ou parcial, mais a expressão sociedade individual de advocacia.
Sociedade simples de prestação de serviço de advocacia: formada por mais de um advogado. A denominação atribuída deve conter o nome de um dos advogados mais a expressão sociedade de advogados.
Personalidade jurídica e razão social
A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal de advocacia adquirem personalidade jurídica com o registro aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede.
PROCURAÇÕES E INTIMAÇÕES CONCEDIDAS A SOCIEDADE DE ADVOGADOS
De acordo com o Estatuto da OAB é vedada procuração genérica a sociedade de advogados, pois as procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e indicar a sociedade de que façam parte, conforme preceitua o Art. 15º paragrafo 3 do Estatuto da OAB.
No entanto é importante ressaltar que o Art. 272, paragrafo 1º, do Novo Código de Processo Civil, admite que as INTIMAÇÕES sejam realizadas genericamente a sociedade de advogados.
Da responsabilidade da sociedade e dos advogados
Existindo dano a cliente, o patrimônio da sociedade respondera pelos danos causados, caso o patrimônio desta não seja suficiente para cobrir os danos causados, caso o patrimônio desta não seja suficiente para cobrir o dano, os advogados responderão com seu patrimônio de forma ilimitada. 
DOS DIREITOS DOS ADVOGADOS
Prerrogativas
A lei garante ao advogado o direito de exercer a defesa plena de seus clientes, com a independência e autonomia. Esses direitos representam prerrogativas profissionais e não devem ser confundidas com privilégios, pois estabelecem garantias para o advogado, enquanto representante de legítimos interesses de seus clientes. Importante ressaltar que os advogados são a única linha de proteção que separa uma pessoa comum do aparato coercitivo doestado. 
DIREITO DOS ADVOGADOS
São direitos dos advogados:
Exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional;
A inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática desde que relativas ao exercício da advocacia.
Comunicar se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimento civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis. 
Ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa, à seccional da OAB.
Não ser recolhido preso, antes da sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar.
Ingressar livremente:
· Nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;
· Nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registros, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares;
· Em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço publico onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;
· Em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
Permanecer sentado ou em pé e retirar se de quaisquer locais indicados acima, independentemente de licença;
Dirigir se diretamente aos magistrados e nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando se a ordem de chegada;
Usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumaria, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação aos fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar a acusação ou censura que lhes forem feitas;
Reclamar, verbalmente, ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância, de preceito de lei, regulamento ou regimento;
Falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo;
Examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos;
Examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital;
Ter vistas dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais bem como retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;
Ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão delas;
Usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
Retirar se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo;
Assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração apresentar razões e quesitos;
O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias, de polícia e presídios, salas especiais permanentemente para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB;
O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injuria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação
de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.
Direito das advogadas
São direitos da advogada:
Gestante:
A entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raio X;
A reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;
Lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequando ao atendimento das necessidades do bebê;
Gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição;
Adotante que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente pelo prazo de 30 dias.
DO ADVOGADO EMPREGADO
A relação de emprego, na qualidade de advogado, não retira a isenção técnica nem reduz a independência profissional inerentes à advocacia. O advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interesse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego.
As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito. As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até a cinco horas do dia seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de 25%.
DAS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS
Noções distintivas
A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia. Aquele que exerce atividade incompatível fica proibido de advogar mesmo em causa própria.
Hipóteses de incompatibilidade:
Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
Membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais e Conselhos de Contas, dos Juizados Especiais, da Justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos que exercem funções de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta;
Ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionarias de serviço público;
Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notarias e de registro;
Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;
Militares de qualquer, na ativa;
Ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação, ou fiscalização de tributos e contribuições para fiscais;
Hipóteses de impedimento 
São impedimentos de exercer a advocacia:
Os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades pra estatais ou empresas concessionarias ou permissionárias de serviço público.
Os servidores da administração, direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere.
Advocacia exclusivamente vinculada a função
Os procuradores gerais, advogados gerais, defensores gerais, e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura.
DOS HONORARIOS ADVOCATICIOS 
Noções gerais
Os honorários devem ser estipulados de forma moderada, preferencialmente através de contrato escrito. Não é exigida forma especial, devendo estabelecer, porém, com clareza e precisão, o seu objetivo, os honorários ajustados, a forma de pagamento, a extensão do patrocínio, esclarecendo se este abrangerá todos os atos do processo ou limitar-se-á a determinado grau de jurisdição, além de dispor sobre a hipótese de a causa encerrar se mediante transação ou acordo.
Parâmetros para fixação dos honorários
Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação, atendidos os elementos seguintes:
· A relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas;
· O trabalho e o tempo a ser empregados;
· A possiblidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros;
· O valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este resultante do serviço profissional;
· O caráter da intervenção, conforme se trata de serviço a cliente eventual, frequente ou constante;
· O lugar de prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do advogado ou de outro;
· A competência do profissional;
· A praxe do foro sobre trabalhos análogos.
Espécies de honorários
A prestação de serviços profissionais assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados, aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência:
Convencionais: são estipulados pelo advogado no contrato. Salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instancia e o restante no final.
Arbitrados: Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por arbitramento judicial, em remuneração compatível com o trabalho e o valor econômico da questão, não podendo ser inferiores aos estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. Da mesma forma, quando o advogado for indicado para patrocinar causa de juridicamente necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no local da prestação de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo Estado.
Sucumbenciais: são fixados pelo magistrado, sendo que a parte vencida paga à parte vencedora.
Ação de cobrança de honorários: prescreve em cinco anos, contado o prazo do término da relação profissional que pode ocorrer de várias formas:
· Do vencimento do contrato, se houver;
· Do trânsito em julgado da decisão que os fixar;
· Da ultimação do serviço extrajudicial;
· Da desistência ou da transação;
· Da renúncia ou revogação do mandato;
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
Infrações que acarretam a penalidade de censura:
· Exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício os não inscritos, proibidos ou impedidos;
· Manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei;
· Valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber;
· Angariar ou capta causas, com ou sem a intervenção de terceiros;
· Assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado;
· Advogar contra literal disposição de lei, presumindo se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior;
· Violar, sem justa causa, sigilo profissional;
· Estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário;
· Prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio;
· Acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione;
· Abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia;
· Recusar se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude, de impossibilidade da Defensoria Pública;
· Fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes;
· Deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinaria ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa;
· Fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime;
· Deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada,
do órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria de competência desta, depois de regularmente notificado;
· Praticar, o estagiário, ato excedente a sua habilitação;
Infrações que acarretam a penalidade de suspensão:
· Prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de ato contrário a lei ou destinado a fraudá-la;
· Solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para aplicação ilícita ou desonesta;
· Receber valores, da parte contraria ou de terceiros, relacionados com o objetivo do mandato, sem expressa, autorização do constituinte;
· Locupletar se, por qualquer forma, a custa do cliente ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa;
· Recursar se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele. Observação: A suspensão, nesta hipótese, perdurará até que satisfaça integralmente a dívida, inclusive com correção monetária.
· Reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança;
· Deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos a OAB, depois de regularmente notificado a faze lo.
· Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
· Manter conduta incompatível com a advocacia. 
Infrações que acarretam a penalidade de exclusão:
· Fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB;
· Tornar se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia;
· Praticar crime infamante.
Multa
A multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma anuidade e o máximo de seu decuplo, e aplicável, cumulativamente, com a censura ou suspensão, em havendo circunstâncias agravante.
Prescrição
A pretensão punibilidade das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, contados da data da constatação, oficial do fato. Observe que o prazo prescricional não começa a contar do fato, mas da sua constatação oficial. 
Será aplicada uma prescrição intercorrente a todo processo disciplinar paralisado por mais de três anos, pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação.
Importante ressaltar que a prescrição interrompe se:
· Pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação valida feita diretamente ao representado;
· Pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB;
DOS ORGÃOS DA OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil é constituída de 4 órgãos, sendo eles o Conselho Federal, os Conselhos Seccionais, as Subseções e as Caixas de Assistência dos Advogados, passemos a analisar cada um deles.
Conselho Federal: dotado de personalidade jurídica própria, com sede na capital da República, sendo considerado como órgão supremo da OAB. Composto por 03 dos conselheiros federais, integrantes das delegações de cada unidade federativa e dos seus ex presidentes, na qualidade de membro honorários vitalícios.
O voto é tomado por delegação, sendo que o Presidente, nas deliberações do Conselho, tem apenas o voto de qualidade. O presidente exerce a representação nacional e internacional da OAB, competindo lhe convocar o conselho federal, presidi-lo, representá-lo ativo e passivamente, em juízo ou fora dele, promover lhe a administração patrimonial e dar execução às suas decisões.
CONSELHO SECCIONAL
Os conselhos seccionais, dotados de personalidade jurídica própria, tem jurisdição sobre os respectivos territórios dos estados-membros, do distrito federal e dos territórios. O conselho seccional compõe se de conselheiros, em número proporcional ao número de advogados inscritos em seu território, e dos seus ex-presidentes como membros honorários vitalícios.
Obs: Os ex-presidentes não têm direito a voto, mas têm direito a voz nas sessões.
Os presidentes dos Conselhos Seccionais, nas sessões do Conselho Federal, têm lugar reservado junto à delegação respectiva e direito somente a voz.
Subseção: são os únicos órgãos da OAB que não possuem personalidade jurídica, sendo consideradas partes autônomas do Conselho Seccional.
A subseção pode ser criada pelo Conselho Seccional, que fixa sua área territorial e seus limites de competência e autonomia. A área territorial da subseção pode abranger um ou mais municípios, ou parte do município, inclusive da capital do Estado, contando com um mínimo de quinze advogados, nela profissionalmente domiciliados.
Havendo mais de cem advogados, a subseção pode ser integrada, também, por um conselho sem número de membros fixado pelo Conselho Seccional.
CAIXA DA ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADO
A Caixa de Assistência dos Advogados, com personalidade jurídica própria, destina-se a prestar assistência aos inscritos no Conselho Seccional a que se vincule.
A Caixa é criada e adquire personalidade jurídica com a aprovação e registro de seu estatuto pelo respectivo Conselho Seccional da OAB, na forma do regulamento geral.
A Caixa pode, em benefício dos advogados, promover a seguridade complementar.
A diretoria da Caixa é composta de cinco membros, com atribuições definidas no seu regimento interno.
Cabe à Caixa a metade da receita das anuidades recebidas pelo Conselho Seccional, considerado o valor resultante após as deduções regulamentares obrigatórias.
Em caso de extinção ou desativação da Caixa, seu patrimônio se incorpora ao do Conselho Seccional respectivo.
O Conselho Seccional, mediante voto de dois terços de seus membros, pode intervir na Caixa de Assistência dos Advogados, no caso de descumprimento de suas finalidades, designando diretoria provisória, enquanto durar a intervenção.
DAS ELEIÇÕES E DOS MANDATOS
A eleição dos membros de todos os órgãos da OAB será realizada na segunda quinzena do mês de novembro, do último ano do mandato, mediante cédula única e votação direta dos advogados regularmente inscritos.
A eleição, na forma e segundo os critérios e procedimentos estabelecidos no regulamento geral, é de comparecimento obrigatório para todos os advogados inscritos na OAB.
O candidato deve comprovar situação regular junto à OAB, não ocupar cargo exonerável, não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo reabilitação, e exercer efetivamente a profissão há mais de cinco anos.
Consideram-se eleitos os candidatos integrantes da chapa que obtiver a maioria dos votos válidos.
A chapa para o Conselho Seccional deve ser composta dos candidatos ao conselho e à sua diretoria e, ainda, à delegação ao Conselho Federal e à Diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados para eleição conjunta.
A chapa para a Subseção deve ser composta com os candidatos à diretoria, e de seu conselho quando houver.
Duração de mandato
O mandato em qualquer órgão da OAB é de três anos, iniciando-se em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da eleição, salvo o Conselho Federal.
Os conselheiros federais eleitos iniciam seus mandatos em primeiro de fevereiro do ano seguinte ao da eleição.
Extingue-se o mandato automaticamente, antes do seu término, quando:
· ocorrer qualquer hipótese de cancelamento de inscrição ou de licenciamento do profissional;
· o titular sofrer condenação disciplinar;
· o titular faltar, sem motivo justificado, a três reuniões ordinárias consecutivas de cada órgão deliberativo do conselho ou da diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos Advogados, não podendo ser reconduzido no mesmo período de mandato.
Extinção
Extinto qualquer mandato, nas hipóteses deste artigo, cabe ao Conselho Seccional escolher o substituto, caso não haja suplente.
A eleição da Diretoria do Conselho Federal, que tomará posse no dia 1º de fevereiro, obedecerá às seguintes regras:
· será admitido registro, junto ao Conselho Federal, de candidatura à presidência, desde seis meses até um mês antes da eleição;
· o requerimento de registro deverá vir acompanhado do apoiamento de, no mínimo, seis Conselhos Seccionais;
· até um mês antes das eleições, deverá ser requerido o registro da chapa completa, sob pena de cancelamento da candidatura respectiva;
· no dia 31 de janeiro do ano seguinte ao da eleição, o
Conselho Federal elegerá, em reunião presidida pelo conselheiro mais antigo, por voto secreto e para mandato de 3 (três) anos, sua diretoria, que tomará posse no dia seguinte; 
· será considerada eleita a chapa que obtiver maioria simples dos votos dos Conselheiros Federais, presente a metade mais 1 (um) de seus membros. 
Com exceção do candidato a Presidente, os demais integrantes da chapa deverão ser conselheiros federais eleitos.
PROCESSO DISCIPLINAR - OAB
Salvo disposição em contrário, aplicam-se subsidiariamente ao processo disciplinar as regras da legislação processual penal comum e, aos demais processos, as regras gerais do procedimento administrativo comum e da legislação processual civil, nessa ordem.
Prazos
Todos os prazos necessários à manifestação de advogados, estagiários e terceiros, nos processos em geral da OAB, são de quinze dias, inclusive para interposição de recursos.
Nos casos de comunicação por ofício reservado, ou de notificação pessoal, o prazo se conta a partir do dia útil imediato ao da notificação do recebimento.
Nos casos de publicação na imprensa oficial do ato ou da decisão, o prazo inicia-se no primeiro dia útil seguinte.
Processo Disciplinar
O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal.
Cabe ao Tribunal de Ética e Disciplina, do Conselho Seccional competente, julgar os processos disciplinares, instruídos pelas Subseções ou por relatores do próprio conselho.
A decisão condenatória irrecorrível deve ser imediatamente comunicada ao Conselho Seccional onde o representado tenha inscrição principal, para constar dos respectivos assentamentos.
O Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho onde o acusado tenha inscrição principal pode suspendê-lo preventivamente, em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia, depois de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser notificado a comparecer, salvo se não atender à notificação. Neste caso, o processo disciplinar deve ser concluído no prazo máximo de noventa dias.
Jurisdição Disciplinar
A jurisdição disciplinar não exclui a comum e, quando o fato constituir crime ou contravenção, deve ser comunicado às autoridades competentes.
O processo disciplinar instaura-se de ofício ou mediante representação de qualquer autoridade ou pessoa interessada.
Código de Ética e Disciplina
O Código de Ética e Disciplina estabelece os critérios de admissibilidade da representação e os procedimentos disciplinares.
O processo disciplinar tramita em sigilo, até o seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente.
Recebida a representação, o Presidente deve designar relator, a quem compete a instrução do processo e o oferecimento de parecer preliminar a ser submetido ao Tribunal de Ética e Disciplina.
Defesa prévia
Ao representado deve ser assegurado amplo direito de defesa, podendo acompanhar o processo em todos os termos, pessoalmente ou por intermédio de procurador, oferecendo defesa prévia após ser notificado, razões finais após a instrução e defesa oral perante o Tribunal de Ética e Disciplina, por ocasião do julgamento.
Se, após a defesa prévia, o relator se manifestar pelo indeferimento liminar da representação, este deve ser decidido pelo Presidente do Conselho Seccional, para determinar seu arquivamento.
O prazo para defesa prévia pode ser prorrogado por motivo relevante, a juízo do relator.
Se o representado não for encontrado, ou for revel, o Presidente do Conselho ou da Subseção deve designar-lhe defensor dativo;
É também permitida a revisão do processo disciplinar, por erro de julgamento ou por condenação baseada em falsa prova.
O Conselho Seccional pode adotar as medidas administrativas e judiciais pertinentes, objetivando a que o profissional suspenso ou excluído devolva os documentos de identificação.

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