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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA

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UNIVERSIDADE MAURICIO DE NASSAU
CURSO: LETRAS INGLÊS EAD
DISCIPLINA: LITERATURA COMPARADA
PROFESSOR: NEILTON LIMEIRA
TUTORA: ROBERTA MOURA CAVALCANTI
ALUNO: MARCEL BRUNO DA CUNHA VIEGAS
MATRÍCULA:01261797
Aqui a carga semântica que se interelaciona às conseqüências da perda da identidade cultural. Esse raciocínio se justifica quando verificamos que babar se correlaciona, com a fala persuasiva e enganosa da propaganda e do domínio cultural imposto ás nações subdesenvolvidas.
Concretizando nossa interpretação, observamos que a ação de babar não se refere mais a coca, como o fizera a de beber, mas a cola. Ora, babar cola é, de certa maneira, aderir ao consumismo ,que compreende toda a dinâmica do capital sobre a maneira, do copismo cultural, etc. Entretanto, a metátese da palavra coca, transformando-a em caco, esclarece a qualidade do produto e do consumidor. Atribuir à imposição da cultura importada, caco deixa entrever a transformação do produto ,reduzido a excrementos, cocô, fim de toda sociedade e subdesenvolvida que perde a identidade cultural. É perceptível que ,a partir desse movimento, coca, cola e caco procedem a um verdadeiro balé, em que fonemas e palavras se vão sucedendo até desembocarem na cloaca, fusão das palavras, dos corpos e das essências. Evidentemente, não se trata de uma fusão que se direciona à criação de um novo ser, como se fosse um processo alquímico, mas à redução podre, ao sórdido, ao insignificante,iria acontecer ao povo que abdica de suas peculiaridades culturais .Como elucidar esta ideologia, quase todas as outras palavras que podem ser formadas a partir de cloaca, são impregnadas de semântica depreciativa, em que a negação do homem e da cultura se patenteia. (...)Este poema joga mais com a palavra do que com o espaço em branco, o visual. O poeta, ao utilizar palavras que se alternam no espaço da folha, não apenas materializa um estado primitivo que antecede à fala, mas patenteia o estado de coisa, de dejeto, a despeito de se não apegar à tradição esotérico-semiótica,é um dos parcos que se deixa ler nas fímbrias do silêncio, é um dos poucos que resiste a uma análise mais profunda do estrato fônico- semântico .
”O poema aciona como significante e significado mais do vocábulo em si, do que do espaço em branco e seu desenho, seu visual, embora permaneça na escola do concretismo, ultrapassaa noção do limite da expressão semiótica. Mostrando em seus versos “o rompimento com a tradição poética herdada em nome da separação total com os paradigmas arcaicos”.
.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :
CAMPOS, Haroldo de 1975. A arte no horizonte do provável. São Paulo: Perspectiva,1975. p. 126-127.FERNANDES, José . O Poema visual – Leitura do imaginário esotérico (Da antiguidade ao século XX) Petrópolis, RJ: Vozes, 1996. p. 125-126) JÚNIOR, Norival Bottos e MACHADO, Lacy Guaraciaba. A CRISE PÓS-MODERNA NO RECENTE PANORAMA DA LÍRICA BRASILEIRA E PORTUGUESA. VERBODE MINAS, Juiz de Fora, v. 17, n. 29. p. 164-180, j an./jul. 2016 – ISSN 1984-6959.

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