Buscar

AULA 4 - ESTABILIDADE E GARANTIA DE EMPREGO - PARTE II

Prévia do material em texto

AULA 4 – ESTABILIDADE E GARANTIA DE EMPREGO – 
PARTE II
Estabilidade e garantia de emprego: 
Servidor Público Celetista da Administração direta, autárquica ou fundacional.
Dirigente sindical.
Representantes dos empregados na CIPA e na CCP. 
Representantes dos empregados no Conselho Curador do FGTS e no Conselho Previdenciário;
 
ESTABILIDADE NO EMPREGO
ESTABILIDADE NO EMPREGO
ESTABILIDADE NO EMPREGO
Estabilidade Celetista
Estabilidade do art. 19 do ADCT da CF
Estabilidade do ar. 41 da CF
ESTABILIDADE NO EMPREGO
CONCEITO: 
- É a vantagem jurídica de caráter permanente deferida ao empregado em virtude de uma circunstância tipificada de caráter geral, de modo a assegurar a manutenção indefinda no tempo do vínculo empregatício, independentemente da vontade do empregador.
ESTABILIDADE DO ART. 41 DA CF/88:
- A situação estabilitária de servidor público civil é regulada pelo art. 41 da CF. 
- Súmula 390 do TST. 
 
GARANTIA DE EMPREGO 
GARANTIA DE EMPREGO – PARTE 2
GARANTIA DE EMPREGO
Dirigente Sindical
CCP
CIPA
Conselho Curador do FGTS
Conselho Previdenciário
DIRIGENTE SINDICAL
GARANTIA NO EMPREGO: O empregado eleito para cargo de direção sindical, titular ou suplente, tem estabilidade no emprego desde o registro de sua candidatura e, se eleito, até um ano após o término do mandato, salvo se cometer falta grave devidamente apurada e comprovada em prévio inquérito judicial – art. 543, § 3º, da CLT c/c art. 8º, VIII, da CRFB c/c Súmula nº 379 do TST. Aliás, a garantia de emprego destinada aos dirigentes sindicais está em consonância com as Convenções nº 98/49 (Decreto Legislativo nº 49/52) e nº 135 da OIT.
MEMBRO DE CONSELHO FISCAL: A estabilidade só atinge os membros do conselho administrativo, não sendo aplicável aos do conselho fiscal, já que se limitam a fiscalizar a gestão financeira do sindicato, na forma do art. 522, § 2º, da CLT, não atuando diretamente na defesa dos interesses da categoria – OJ nº 365 da SDI-I do TST.
DIRIGENTE DAS FEDERAÇÕES E CONFEDERAÇÕES: A garantia também se estende aos dirigentes das federações e confederações, pois também sofrem pressão pelo cargo que exercem, dentro do limite contido no art. 522 da CLT, conforme entende a doutrina e jurisprudência majoritária. Ver arts. 534 3 535 da CLT.
DIRIGENTE SINDICAL
IMUNIDADE SINDICAL: O dirigente tem o direito de não trabalhar durante o tempo que permanecer no sindicato (suspensão contratual, salvo ajuste em contrário) – art. 543 da CLT. Se for compulsoriamente transferido para localidade diversa da base territorial do sindicato para o qual foi eleito, poderá postular judicialmente a medida urgente prevista no art. 659, IX, da CLT. Se aceitar a transferência, perde a sua estabilidade – art. 543, § 1º, da CLT.
EXTINÇÃO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL: Súmula 369, IV, do TST.
REQUISITOS:
a) EMPREGADOS ELEITOS: A lei exigiu o processo de eleição como requisito para aquisição da estabilidade, critério democrático e impessoal – § 4º do art. 543 CLT. Da mesma forma a OJ nº 369 da SDI-I do TST. Assim, empregados nomeados ou designados para cargo de dirigente sindical ou de delegado sindical não têm direito à estabilidade sindical.
OBS: O registro da candidatura não pode ocorrer no curso do aviso prévio, sob pena de o empregado não estar garantido pela estabilidade – Súmula nº 369, V do TST.
DIRIGENTE SINDICAL
b) NÚMERO DE ADMINISTRADORES ELEITOS: administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída, no máximo, de sete e, no mínimo, de três membros – art. 522 da CLT e Súmula nº 369, II, do TST.
c) REPRESENTAÇÃO DA CATEGORIA PROFISSIONAL QUE EXERCE NO EMPREGADOR NA MESMA BASE TERRITORIAL: Sofre pressão o empregado que, em virtude dos poderes sindicais que possui, possa ameaçar os interesses do patrão. Conclui-se, desta forma, que aquele empregado que não representa sua categoria diante de seu empregador, na base territorial de seu sindicato, não possui estabilidade no emprego (Súmula nº 369, III, do TST).
d) DEFESA DOS INTERESSES DA CATEGORIA PROFISSIONAL: O legislador visou proteger apenas os empregados que poderiam ser ameaçados em virtude da representação e dos poderes que possuíam, não estão aí incluídos os empregados, mesmo que eleitos, dirigentes de sindicatos representativos de categoria econômica.
e) COMUNICAÇÃO: Art. 543, § 5º, da CLT e súmula 369, I, do TST.
INQUÉRITO JUDICIAL: Súmula 379 do TST.
REPRESENTANTES DA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA
CRIAÇÃO: A maioria dos estabelecimentos com mais de 19 empregados está obrigada a constituir Cipas –
Portaria nº 3.214/78 c/c Decreto nº 97.995/89 c/c art. 163 da CLT c/c NR 5.
OBJETIVO: A função do dirigente da Cipa é indicar a área de risco de acidente e solicitar as medidas necessárias para recuperação, manutenção e prevenção de riscos.
COMPOSIÇÃO: Art. 164 da CLT.
REPRESENTANTE DOS EMPREGADOS: Ao empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (vice-presidente) e suplente foi garantida a estabilidade no emprego desde o registro da candidatura até um ano após o término do mandato – arts. 10, II, a, do ADCT, 165 da CLT e súmula 339, I, do TST. Somente o representante dos empregados tem direito.
EXTINÇÃO DO ESTABELECIMENTO: Súmula 339, II, do TST.
MEMBRO DO CONSELHO NACIONAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
GARANTIA NO EMPREGO: A Lei nº 8.213/91, art. 3º, § 7º, garante aos representantes dos empregados no CNPS, titulares e suplentes, a estabilidade desde a nomeação até um ano após o término do mandato. Sua dispensa só pode ocorrer por justa causa apurada por inquérito judicial. A indicação dos representantes dos trabalhadores e dos empregadores é feita pela central sindical ou pelas confederações nacionais, e o mandato é de dois anos, sendo permitida uma recondução (arts. 295 e 301 do Decreto nº 3.048/99 c/c art. 3º, § 7º, da Lei nº 8.213/91). É espécie de estabilidade altruísta, pois visa à defesa dos interesses do grupo.
MEMBRO DO CONSELHO CURADOR DO FUNDO DE GARANTIA
GARANTIA NO EMPREGO: Os representantes dos empregados no CCFGTS têm estabilidade desde a nomeação até um ano após o término do mandato, inclusive os suplentes. A indicação dos representantes dos empregados e dos empregadores é feita pelas centrais sindicais ou confederações federais, para mandato de dois anos, sendo permitida uma recondução – Lei nº 8.036/90, art. 3º, § 9º – titulares e suplentes. Só podem ser demitidos por falta grave, logo, sua estabilidade é absoluta. A lei não exige inquérito judicial para a sua dispensa, mas não autoriza a dispensa por mero ato de vontade, refere-se a um inquérito sindical.
MEMBRO DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA DA EMPRESA
GARANTIA NO EMPREGO: O § 1º do art. 625-B da CLT proíbe a dispensa do representante dos empregados eleitos das comissões de conciliação prévia instituídas no âmbito da empresa, titulares e suplentes, salvo prática de justa causa. ua estabilidade estende-se aos titulares e suplentes. Conforme entendimento doutrinário, inicia-se com a eleição e prossegue até um ano após o término do mandato que é de um ano, permitida uma reeleição.
COMPOSIÇÃO: De acordo com o caput do art. 625-B da CLT as CCPs instituídas no âmbito da empresa serão constituídas no mínimo de dois e no máximo de dez membros, sendo a metade destes eleitos para representação dos empregados e a outra metade indicada para representar os interesses do patrão.
- Art. 625-C da CLT.
OUTRAS GARANTIAS NO EMPREGO
DIRIGENTES REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS NAS COOPERATIVAS: Esta estabilidade está prevista no art. 55 da Lei nº 5.764/71, o qual estabelece que os empregados de empresas eleitos diretores de sociedades cooperativas pelos mesmos criadas gozarão das garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo art. 543 da CLT.
DISPENSA DISCRIMINATÓRIA: Lei nº 9.029/95 e súmula 443 do TST.
DEFICIENTES FÍSICOS OU REABILITADOS: Art. 93, § 1º, da Lei nº 8.213/91. 
- São portadores de estabilidade os deficientes físicos ou trabalhador reabilitado até que outro seja contratado para sua vaga, respeitado o limite imposto pelo art. 36do Decreto nº 3.298/99, salvo se em virtude da dispensa o empregador passou a ter menos de 100 empregados.
Referências Bibliográficas:
Volia Bomfim Cassar – Curso do Direito do Trabalho;
Mauricio Godinho Delgado – Curso de Direito do Trabalho;

Continue navegando