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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO VICTOR RABELO GOMES DE SANTANA EXERCÍCIO 1GQ (INDIVIDUAL) - ESCOLA DO EVOLUCIONISMO RECIFE 2020 ATENÇÃO: ANTES DE RESPONDER ÀS QUESTÕES ABAIXO, LEIA AS OBSERVAÇÕES. 1ª Obs. Cada estudante deverá escolher e responder uma das questões entre 1) e 5) e a questão 6) é obrigatória para todos. 2ª Obs. Para responder às questões abaixo, sugerimos que consulte e estude as seguintes referências: - As notas de aula - slides da aula 3; - Manual de antropologia jurídica, de Olney Assis, Cap. VI; - Para saber a estrutura de um julgamento na antiguidade e outros temas assista os trechos dos vídeos e leia o texto indicado abaixo: . Vídeo 1: https://www.conjur.com.br/2013-nov-01/direito-literatura-oresteia-trilogia-dramaturgo-grego-esquilo . Vídeo 2: https://www.youtube.com/watch?v=SQGxmZFOlII . Texto KARAM, Henriete. A Oresteia e a origem do tribunal do júri http://revista.unicuritiba.edu.br/index.php/RevJur/article/view/1764 QUESTÕES 1) O que é o Evolucionismo? 2) Quais as principais características da escola antropológica do evolucionismo? 3) Quais os principais representantes da escola antropológica do evolucionismo? 4) O que disseram os representantes do evolucionismo em suas obras? 5) Como Bachofen interpreta a Orestia de Ésquilo? 6) Comente e compare um trecho da tragédia Oréstia (vídeo da peça de teatro) com o texto de Henriete Karam. 3) Quais os principais representantes da escola antropológica do evolucionismo? Podemos citar como principais representantes da escola antropológica do evolucionismo: a) Franz Boas iniciou sua carreira científica como geógrafo, na Sociedade Berlinense para a Antropologia, Etnologia e Pré-História. Graças a seus contatos com Adolf Bastian e Rudolf Virchow, foi iniciado na antropologia. b) Henri Lévy-Bruhl (1884-1964) foi um jurista e sociólogo francês, considerado como um dos fundadores da sociologia do direito moderna. Filho do sociólogo Lucien Lévy-Bruhl, teve influência de Marcel Mauss e se tornou professor de direito na Faculdade de direito da Universidade de Lille, e depois em Paris, assim como na École des hautes études en sciences sociales. Sua obra mais conhecida é Sociologia do direito. c) Lewis Henry Morgan foi um antropólogo, etnólogo e escritor norte-americano. Considerado um dos fundadores da antropologia moderna, fez pesquisa de campo entre os iroqueses, de onde retirou material para sua reflexão sobre cultura e sociedade. d) Johann Jakob Bachofen (1815 – 1887) foi um jurista e antropólogo suíço, professor de Direito romano na Universidade de Basileia, de 1841 a 1845. Bachofen é mais frequentemente associado às suas teorias sobre o matriarcado na Pré-história, ou Mutterrecht, o título de seu livro publicado em 1861 Mother Right: an investigation of the religious and juridical character of matriarchy in the Ancient World. Bachofen reuniu documentos demonstrando que a maternidade é a fonte de toda as sociedades humanas, religião, moral e decoro. Ele teorizou sobre um "direito-de-mãe" dentro do contexto de uma religião matriarcal ou Urreligião. Bachofen se tornou um importante precursor das teorias do século XX sobre matriarcado, tal como a teoria da Antiga Cultura Européia postulada por Marija Gimbutas dos anos 1950 e o campo da teologia feminista e dos "Estudos sobre Matriarcado" nos anos 1970. 6) Comente e compare um trecho da tragédia Oréstia (vídeo da peça de teatro) com o texto de Henriete Karam. A Oresteia, de Ésquilo, é uma trilogia composta por três tragédias: Agamêmnon, Coéforas e Eumênides. Com ela, o fundador da tragédia retoma o mito dos atridas (descendentes de Atreu) e conta a história de Orestes (que era um reles mortal), que teria ocorrido por volta do século XII a.C., após a conhecida guerra de Troia. Na narrativa, o autor conta que tudo começou quando Agamenão sacrificou sua filha aos deuses para vencer os troianos na Guerra de Troia. Sua esposa, Clitemnestra, incentivada pelo seu amante Egisto, e tomada de fúria pela morte da filha, matou o marido. Orestes, para vingar a morte de seu pai, matou sua mãe e o amante. Segundo a tradição, aquele que cometesse um crime contra o próprio geno era punido com a morte pelas Erínias, seres demoníacos para as quais o matricídio era o mais grave e imperdoável de todos os crimes. Sabendo do castigo que o esperava, Orestes apelou para o Deus Apolo, e este decidiu advogar em favor daquele, levando o julgamento para o Areópago. Três Erínias (Tisífone (Castigo), Megera (Rancor) e Alecto (Infindável)) foram as acusadoras e Atena presidiu o julgamento. A votação, num júri formado por 12 (doze) cidadãos atenienses, terminou empatada. Atena, então, proferiu sua sentença decisiva, declarando Orestes inocente, naquele que foi o 1º julgamento da história. Como na mitologia romana Minerva era a deusa da sabedoria, o voto de Minerva corresponde à escolha sábia ou certa de alguma coisa. O artigo de Henriete Karam demonstra, em certo momento, a relação que o Voto de Minerva tem na atualidade. Podemos notar, por exemplo, o uso do Voto de Minerva nos julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Todos os casos do STF são julgados da mesma forma: os 11 ministros votam, e vence o voto da maioria. Abstenções só são permitidas quando algum dos ministros tem relação pessoal com o réu. Nesses casos, a votação pode terminar empatada. Quem faz o desempate - ou dá o voto de minerva - é o presidente da corte. Geralmente, nesses casos, decide-se em favor do réu (como fez a deusa romana).
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