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Registro de Produtos de Origem Animal e Rotulagem em Geral Cláudia Leite Barbosa Médica Veterinária Auditora Fiscal Federal Agropecuária Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal Dec. 9.013/2017 alterado pelo Dec. 10.468 de 18 de Agosto de 2020 § 1º O registro será concedido de forma automática, nos seguintes casos: I - produtos regulamentados II - produtos destinados exclusivamente à exportação. § 2º O registro de produtos comestíveis não regulamentados será concedido mediante aprovação prévia da formulação e do processo de fabricação do produto. § 3º O croqui do rótulo não será objeto de análise prévia. ✓O REGISTRO ABRANGE: Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal Dec. 9.013/2017 alterado pelo Dec. 10.468 de 18 de Agosto de 2020 Formulação Processo de fabricação Rótulo Os produtos isentos não necessitam ser inseridos no sistema, mas precisam estar rotulados e estar adequados à legislação vigente. Os produtos sem regulamentação (Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade) são inseridos pelas empresas no sistema e direcionados para análise pelo DIPOA. Instrução Normativa 01 de 11 de janeiro de 2017 PROCEDIMENTOS DE REGISTRO PARA ESTAB. SOB SIF E ESTAB. ESTRANGEIROS ✓ Todas as informações e documentos em Português ✓ Descrição do processo de forma ordenada: recepção da matéria prima, processamento (tempo x temperatura), armazenamento. ✓ Apresentar todas as variações de rotulagem ✓ Rótulo em língua estrangeira – apresentar tradução ✓ A alteração de denominação de venda implica na solicitação de um novo registro ✓ Constatadas não conformidades – FABRICANTE NOTIFICADO ✓ CANCELAMENTO em caso de descumprimento O DIPOA realiza auditorias no sistema por meio de amostragem. PRINCIPAIS NORMAS: ✓ Decreto 9.013 de 29 de março de 2017 – RIISPOA e suas alterações (Dec. 10.468 de 18 de Agosto de 2020) ✓ Instrução Normativa 22 de 24 de novembro de 2005 ✓Decreto 8.078 de 11 de setembro de 1990 ✓ Instrução Normativa 01 de 11 de janeiro de 2017 ✓ Legislações específicas e normas complementares (ANVISA, Ministério da Justiça, INMETRO, etc.) Art. 428. No processo de solicitação de registro, devem constar: I - matérias-primas e ingredientes, com discriminação das quantidades e dos percentuais utilizados; II - descrição das etapas de recepção, de manipulação, de beneficiamento, de industrialização, de fracionamento, de conservação, de embalagem, de armazenamento e de transporte do produto; III – Descrição dos métodos de controle realizados pelo estabelecimento para assegurar a identidade, a qualidade e a inocuidade do produto; e (Revogado pelo Decreto nº 10.468, de 2020) IV - croqui do rótulo a ser utilizado. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020) Parágrafo único. Para registro, podem ser exigidas informações ou documentação complementares, conforme critérios estabelecidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10468.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10468.htm#art1 Art. 429 do Decreto 9.013/2017 É permitida a fabricação de produtos não previstos no RIISPOA ou em normas complementares desde que seu registro seja previamente aprovado. QUEIJO DANABLU O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal julgará a pertinência dos pedidos de registro considerados: I - a segurança e a inocuidade do produto; II - os requisitos de identidade e de qualidade propostos, com vistas a preservar os interesses dos consumidores; e III - a existência de métodos validados de avaliação da conformidade do produto final. Art. 429 do Decreto 9.013/2017 RÓTULO OU ROTULAGEM: ➢ Os estabelecimentos só podem expedir produtos identificados por meio de rótulos. ➢ Rótulo: é toda informação referente a um produto que esteja transcrita em sua embalagem. ➢ Forma de comunicação entre a EMPRESA e o CONSUMIDOR ➢Deve estar em local visível, com caracteres legíveis, e ser resistente às condições de armazenamento e transporte ➢O croqui do rótulo não será objeto de análise prévia ao registro Instrução Normativa 22/2005 Regulamento Técnico Para Rotulagem de Produto de Origem Animal Embalado ✓ No caso de produtos cárneos não formulados, estes devem possuir um único número de registro sempre que forem submetidos ao mesmo processo de fabricação. ✓ E, no caso de peixe em natureza, que deve possuir um único número de registro para as diversas espécies e formas de apresentação, sempre que for submetido ao mesmo processo de fabricação. ✓ Produtos com mesma composição e mesmo processo de fabricação podem estar num mesmo processo. Cada marca possui um número de registro distinto. Variações aceitas para um mesmo número de registro Embalagem Primária É a embalagem que está em contato direto com o produto. Não precisa necessariamente apresentar as informações obrigatórias. Embalagem Secundária É a embalagem destinada a conter a embalagem primária Instrução Normativa 22/2005 Regulamento Técnico Para rotulagem de Produto de Origem Animal Embalado INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS Decreto 9.013 de 29 de março de 2017 (alterado pelo Dec. 10.468/2020) I - nome do produto; II - nome empresarial e endereço do estabelecimento produtor; III - nome empresarial e endereço do importador, no caso de produto de origem animal importado; IV - carimbo oficial do SIF; V - CNPJ ou CPF, nos casos em que couber; VI - marca comercial do produto, quando houver; VII - data de fabricação, prazo de validade e identificação do lote; VIII - lista de ingredientes e aditivos; IX – número de registro no DIPOA; X - identificação do país de origem; XI - instruções sobre a conservação do produto; XII - indicação quantitativa, conforme legislação do órgão competente; e XIII - instruções sobre o preparo e o uso do produto, quando necessário. Quadrículos de Marcação ✓É vedado uso de um mesmo rótulo para mais de um produto (§ 2º Art. 442) ✓Permite-se uso de quadrículos em rotulagem de produtos comercializados entre indústrias. ✓A denominação de venda deve estar sempre completa, sem intercalação de dizeres. ✓Cada quadrículo deve apresentar a denominação de venda completa. Não será permitido quadrículos apenas para partes da denominação de venda como a forma de apresentação ou o nome comum dos cortes cárneos e dos peixes. ✓Para o consumidor final: permite-se para informações que não façam parte do rol de informações obrigatórias Painel principal: visível ao comprador em condições habituais de exposição a venda. Denominação de venda: ✓ Painel principal do rótulo, em caracteres destacados, uniformes em corpo e cor, sem intercalação de outros dizeres. ✓Destaque: aquilo que ressalta uma advertência ou texto. Fonte igual ao texto informativo de maior letra, excluindo a marca, em caixa alta e negrito. ✓ Clara e Legível Instrução Normativa 22/2005 Regulamento Técnico Para rotulagem de Produto de Origem Animal Embalado Denominação de venda ✓ Deve estar conforme o Regulamento Técnico do produto ✓ Quando os produtos de origem animal são fabricados segundo características de diferentes lugares geográficos, para obter produtos de origem animal com propriedades sensoriais semelhantes ou parecidas com aquelas que são típicas de zonas reconhecidas, na denominação de venda deve figurar a indicação “TIPO”, em letras de igual tamanho, realce e visibilidade. Instrução Normativa 22/2005 Regulamento Técnico Para rotulagem de Produto de Origem Animal Embalado ✓ É permitida denominação de venda consagrada, de fantasia, sempre que acompanhada da denominação de venda prevista no RTIQ Instrução Normativa 22/2005 Regulamento Técnico Para rotulagem de Produto de Origem Animal Embalado • Indicação do conteúdo líquido: Portaria INMETRO nº 157/2002 ✓ Para produtos pré-medidos. ✓ Deve ser de cor contrastante de modo a transmitir ao consumidor uma fácil, fiel e satisfatóriainformação. ✓ Produtos pré-medidos que apresentam duas fases: PESO LÍQUIDO e PESO DRENADO Portaria INMETRO nº 157/2002 – expressões: ✓ Os acondicionamentos múltiplos, promocionais ou não, de produtos de natureza diferente, apresentados sob a forma de conjunto, devem trazer a indicação quantitativa dos produtos nelas contidos. Contém 2 conjuntos de 88g de sobremesa láctea sabor chocolate e 12g de cereal de arroz com cobertura de chocolate ✓ Portaria MJ nº 81,de 23 de janeiro de 2002: estabelece regra para a informação aos consumidores sobre mudança de quantidade de produto comercializado na embalagem. ✓ Alteração de conteúdo líquido: mínimo 3 meses. ALTERAÇÃO NA INDICAÇÃO DE CONTEÚDO LÍQUIDO Quantidade do produto antes da alteração Quantidade do produto após a alteração Em valor absoluto e percentual ✓ Portaria INMETRO nº 25/1986: ✓ Queijos que não possam ter suas quantidades padronizadas e ou que possam perder peso de maneira acentuada. DEVE SER PESADO EM PRESENÇA DO CONSUMIDOR PESO DA EMBALAGEM INDICAÇÃO DE CONTEÚDO LÍQUIDO Código de Defesa do Consumidor Lei 8.078/90 Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva! § 1º É enganosa: informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. § 2º É abusiva: publicidade discriminatória de qualquer natureza, que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. ✓ É vedada a presença de expressões, MARCAS, denominações, símbolos, ilustrações ou outras representações gráficas, que possam transmitir informações falsas, ou induzir o consumidor a equívoco sobre a verdadeira natureza, composição, procedência, qualidade, quantidade, características nutritivas ou formas de uso. Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal Decreto 9.013 de 29 de março de 2017 (alterado pelo Dec. 10.468/2020) Queijo Tipo Pecorino 200g É FACULTADA A APOSIÇÃO NO RÓTULO DE: ✓Informações que remetam a características específicas no âmbito da produção primária: regras estabelecidas pelo órgão competente ou mediante texto explicativo na rotulagem. Ex: Leite de origem, ovos de galinhas criadas livres de gaiolas, livres de antibióticos. ✓ Expressões de qualidade: mediante previsão em RTIQ ou aposição de texto explicativo no rótulo para esclarecimento sobre os critérios utilizados. Ex: Premium, Gold, Reserva, Especial. Os critérios devem ser baseados em evidências técnicocientíficas, mensuráveis e auditáveis. PRÊMIOS E MENÇÕES HONROSAS ✓ Podem constar referências a prêmios ou a menções honrosas, desde que comprovadas e mediante inclusão na rotulagem de texto informativo ao consumidor para esclarecimento sobre os critérios, o responsável pela concessão e o período. ✓Deve constar no registro a comprovação do prêmio ✓ É facultado o uso de informações atribuíveis aos aspectos sensoriais, tipo de condimentação, menção a receitas ou outras que não remetam às características de qualidade. Receita da Vovó Gostinho da fazenda Gostoso Saboroso ATRIBUTOS SENSORIAIS ✓ Não devem destacar a presença ou ausência de componentes que sejam intrínsecos ou próprios de produtos de origem animal de igual natureza. LEITE SEM CONSERVANTE ✓ Informe Técnico 70 ANVISA (Proíbe esse tipo de expressões sobre aditivos) ✓ As declarações de alegações de conteúdo para aditivos alimentares na rotulagem de alimentos contrariam os princípios gerais de rotulagem de alimentos estabelecidos na legislação sanitária vigente e no Código de Defesa do Consumidor. ✓ Não são permitidas alegações como “sem conservantes”, “sem corantes artificiais”, “contém corantes naturais”, entre outras semelhantes. ✓ Os rótulos não devem ressaltar qualidades que possam induzir a engano com relação a reais ou supostas propriedades terapêuticas. ✓ Não devem indicar propriedades medicinais ou terapêuticas. ✓ Não devem aconselhar o consumo do produto como estimulante, para melhorar a saúde, para prevenir doenças ou com ação curativa. Composto a base de mel: Seu pulmão agradece. Leite fermentado: Fortalece seu sistema imunológico. Instrução Normativa 22/2005 Regulamento Técnico Para Rotulagem de Produto de Origem Animal Embalado • Os rótulos não devem atribuir efeitos ou propriedades que não possuam ou não possam ser demonstradas. Instrução Normativa 22/2005 Regulamento Técnico Para Rotulagem de Produto de Origem Animal Embalado Instrução Normativa 22/2005 Regulamento Técnico Para Rotulagem de Produto de Origem Animal Embalado ✓ Os rótulos não devem ressaltar a presença de componentes que sejam adicionados como ingredientes em todos os produtos com tecnologia de fabricação semelhante. Iogurte com Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus Bebida Láctea Fermentada com Lactobacilos vivos Tipo Fontina Queijo Italiano fabricado no Brasil Queijo Holandês fabricado no Brasil Art. 433. Nenhuma modificação na formulação, processo de fabricação ou rótulo pode ser realizada sem a prévia atualização do registro. Art. 441. O uso de ingredientes, aditivos e coadjuvantes de tecnologia devem atender a legislação específica Art. 270 . A utilização dos aditivos deve atender aos limites estabelecidos pela ANVISA (avaliação de segurança) e pelo MAPA (avaliação tecnológica). Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal Decreto 9.013 de 29 de março de 2017 (alterado pelo Dec. 10.468/2020) Art. 443. §3° Quando ocorrer apenas o processo de fracionamento ou embalagem de produto, deve constar a expressão “Fracionado por” ou “Embalado por”, respectivamente em substituição à expressão “Fabricado por”. Importado por: xxxxxx Embalado por: xxxxxx Indústria Brasileira Fracionado por: xxxxxx Indústria Brasileira Não existe mais a previsão de carimbo “REINSPECIONADO”, as empresas devem adequar os seus rótulos. Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem Animal Decreto 9.013 de 29 de março de 2017 (alterado pelo Dec. 10.468/2020) ISENTOS DE REGISTRO Decreto 9.013 de 29 de março de 2017 (alterado pelo Dec. 10.468/2020) Art. 427-B.: pururuca; torresmo; farinha láctea; pólen apícola; própolis; apitoxina; pólen de abelhas sem ferrão e própolis de abelha sem ferrão; além dos produtos não comestíveis (Art. 322), que abrangem os resíduos da produção industrial e demais produtos não aptos ao consumo humano. Art. 322. os cascos, os chifres, os pelos, as peles bovinas, as penas, as plumas, os bicos, o sangue, o sangue fetal, as carapaças, os ossos, as cartilagens, a mucosa intestinal, a bile, os cálculos biliares, as glândulas, os resíduos animais e outras partes animais não aptas ao consumo humano. ✓ Estar rotulados ✓ Apresentar a frase: "Produto Isento de Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento" em substituição à frase de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ✓ Atender a legislação Obrigada
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