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Segurança Fisica

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Segurança Física 
 
 
 
2 
 
Segurança Física 
 
Índice 
 
1.0 Introdução ----------------------------- 03 
2.0 Base teórica ----------------------------- 04 
 2.1 Princípios ----------------------------- 04 
 2.2 Classificação geral ----------------------------- 07 
 2.3 Teoria dos círculos concêntricos ----------------------------- 09 
 2.4 Compartimentação ----------------------------- 10 
 2.5 Acesso não autorizado ----------------------------- 11 
 2.5.1 Entrada forçada ----------------------------- 11 
 2.5.2 Entrada consentida ----------------------------- 11 
 2.6 Controle de acesso de segurança ----------------------------- 12 
 2.7 Crachás ----------------------------- 13 
 2.8 CPTED ----------------------------- 14 
 2.8.1 Origens ----------------------------- 14 
 2.8.2 Princípios gerais ----------------------------- 15 
 2.9 Triângulo do roubo ----------------------------- 17 
3.0 Meios de Segurança Física ----------------------------- 18 
 3.1 Barreiras ----------------------------- 18 
 3.2 Benefícios do uso de barreiras ----------------------------- 19 
 3.3 Cercaduras ----------------------------- 20 
 3.4 Material utilizado na cercadura ----------------------------- 24 
 3.5 Construção das cercaduras ----------------------------- 25 
 3.6 Composição das cercaduras ----------------------------- 26 
 3.7 A guarda superior ----------------------------- 27 
 3.8 BDV ----------------------------- 28 
 3.9 Eclusas ----------------------------- 30 
 3.10 Portões ----------------------------- 32 
 3.11 Porta blindada ----------------------------- 33 
 3.12 Porta interna ----------------------------- 36 
 3.13 Janelas ----------------------------- 37 
 3.14 Fechaduras ----------------------------- 39 
 3.15 Cofres e armários ----------------------------- 41 
 3.16 Salas-fortes ----------------------------- 43 
 3.17 Iluminação ----------------------------- 45 
 3.18 Vigilantes ----------------------------- 50 
 3.19 Cães de guarda ----------------------------- 51 
4.0 Planejamento de Segurança Física ----------------------------- 54 
 4.1 Iniciando o plano ----------------------------- 57 
 4.2 Fatores importantes na elaboração do plano ----------------------------- 58 
 4.3 Esboço de um Plano Operacional ----------------------------- 59 
 4.4 Implementação do Plano ----------------------------- 65 
 4.5 Controle ----------------------------- 66 
 4.6 Avaliação ----------------------------- 67 
 Leitura recomendada ----------------------------- 68 
 
 
3 
1.0 - Introdução 
 
A atividade desenvolvida pelo homem visando proteger sua vida, a vida de seus familiares e 
seu patrimônio não é nova. Para não sofrer o dano o ser humano criou com sua inteligência 
elementos de proteção e defesa. Antes as cidades eram cercadas por muralhas e os castelos por 
fossos ou construídos em locais de difícil acesso. Com o tempo foram organizadas guarnições 
compostas por seres humanos para a segurança da comunidade. Os elementos de proteção e defesa 
foram se diversificando e acompanhando a evolução da sociedade e hoje em dia a gama de opções 
para a defesa do patrimônio e da vida é imensa. 
Com a diversidade de técnicas e de elementos de proteção por fim surgiu a sua utilização 
organizada e de forma profissional. 
 
 
4 
2.0 - Base Teórica 
 
2.1 - Princípios 
Há certo número de conceitos que possuem valor empírico e que devem ser aplicados com 
intensidades diferentes de acordo com cada situação. Delinearam 14 conceitos de segurança, 
calcados na visão feudal dos castelos europeus medievais, os quais tinham barreiras sucessivas de 
proteção em torno do seu ponto mais valioso, a torre principal. 
1° - Um sistema de segurança compreende um conjunto de medidas que se sobrepõem. 
Qualquer subsistema de segurança examinado isoladamente será considerado falho. Não há 
uma segurança perfeita. O agressor sempre poderá encontrar uma falha, seja ela causada por 
negligência, esquecimento, hábito, vício ou circunstâncias. Se outras medidas de segurança 
estiverem ativas e sobrepondo-se à primeira, haverá menor possibilidade de sucesso do agressor. 
2° - A importância de um sistema de segurança é função das ameaças que pesam sobre o 
que ele protege. 
Ao se planejar um sistema de segurança deve-se considerar o valor do que ele se propõe a 
proteger. Um custoso sistema de segurança protegendo algo de valor (material ou simbólico) bem 
menor não tem sentido prático. 
3° - A fraqueza de um sistema de segurança mede-se por seu ponto mais fraco. 
Sempre haverá pontos mais fracos em um sistema defensivo, e eles definem o sistema como 
um todo. Sendo assim, ao se planejar um sistema de segurança ou examinar um já existente, os seus 
pontos mais fracos devem ser levantados e deverão receber a maior parte da atenção do planejador. 
Um modo de identificá-los consiste em tomarmos o lugar do agressor e imaginarmos como ele 
agiria. Identificando os pontos mais fracos, podemos então criar outras medidas de segurança que se 
sobreponham à primeira, de forma a suprir eventuais falhas. 
4° - Um sistema de segurança deve reduzir ao máximo a demora de intervenção da 
defesa e retardar ao máximo a possibilidade de agressão. 
Segundo os autores, “...quanto mais rápida for a intervenção quando de uma agressão, mais 
fácil será controlá-la e reduzir seu dano...”. 
A chave da defesa reside na rapidez da reação do serviço de segurança interna quando de uma 
agressão. Seguindo a idéia medieval de barreiras sucessivas para proteção, os sistemas de segurança 
devem buscar o retardo da ação do agressor, para que aumentem as possibilidades de ser barrado 
antes de chegar ao seu objetivo, o torreão central. 
5° - O acesso às informações sigilosas é limitado unicamente às pessoas que têm 
 
 
5 
necessidade de conhecê-las em razão de suas funções. 
Esse conceito, também conhecido entre nós como “necessidade de conhecer”, estabelece que 
devemos restringir ao máximo o número de pessoas que têm acesso às informações restritas. 
Podemos guardar um bem em um cofre, mas precisamos saber quem tem acesso ao cofre, sua chave 
e seu segredo, e o número dessas pessoas deve ser limitado ao máximo. 
6° - As pessoas vulneráveis não devem ter acesso às informações sigilosas. 
São pessoas vulneráveis os alcoólatras, jogadores, gabolas (aqueles que exaltam a si mesmos), 
mexeriqueiros, conquistadores ou viciados. Há também aqueles cuja vulnerabilidade vem de 
circunstâncias tais como ciúmes, dificuldades familiares ou financeiras, má adaptação ao meio 
social etc. Esse conceito, que complementa o anterior, estabelece que mesmo as pessoas que têm 
necessidade de conhecer aspectos sigilosos pela função que exercem devem ser analisadas pelo 
pessoal de segurança e, caso se enquadrem nos casos citados, isso representará uma vulnerabilidade 
no sistema de segurança como um todo e que pode eventualmente vir a torná-lo muito fraco (3º 
conceito). Deverão ser tomadas medidas adicionais de segurança em torno dessa pessoa para 
diminuir essa vulnerabilidade (1º conceito). Cabe ressaltar que esse conceito deve permanecer 
sempre dentro dos limites da ética e da legalidade, como será visto mais adiante (13º conceito). 
7° - Os riscos devem ser agrupados e segredos divididos. 
Ainda lembrando os castelos medievais, agrupar-se os riscos permite uma segurança única 
como a que se fazia que em torno do torreão. Porém, da mesma forma que o senhor feudal guardava 
parte de seu tesouro escondido fora do castelo para evitar um desastre total no caso da chegada do 
agressor ao torreão, aquilo que pretendemos proteger deve ser fracionado, sendo decompostos em 
partes que, por si só, não tenham significado, e cada parte protegida por diferentes medidas de 
segurança. Dessa forma, caso um agressor tenha sucesso em quebrar sucessivas barreiras e tenha 
acesso ao que queremos proteger, terá acesso somente à parte do segredo. Para consegui-lo 
completoterá que quebrar outra seqüência de barreiras de segurança, o que diminui suas chances de 
sucesso. 
8° - Trancados ou não, os bens a serem protegidos devem estar sempre colocados sob 
uma responsabilidade bem definida. 
A melhor pessoa para proteger um bem é seu proprietário. Na falta de uma propriedade 
individual, deve haver uma responsabilidade individual pelo bem claramente definida perante a 
coletividade. Este conceito, juntamente com o 11º e 14º, remete ao gerenciamento de RH. Pessoas 
se tornam mais responsáveis quando recebem tarefas importantes e de confiança. 
9° - Tudo que serve para proteger um segredo é secreto. 
 
 
6 
Um segredo deixa de ser segredo quando um potencial agressor toma conhecimento de que há 
um segredo, sendo atraído apenas por esse conhecimento. Deve-se, portanto, manter segredo de 
tudo que protege um segredo, de forma que outros não saibam nem mesmo que existe algo sendo 
protegido. Esse interessante conceito estabelece que a primeira opção da segurança será sempre não 
fazê-la de forma ostensiva para que agressores não saibam que algo está sendo protegido, o que 
significa que a primeira opção do profissional de segurança deve ser sempre atuar na área da 
segurança da informação, que por natureza é não-ostensiva. A segurança ostensiva, da qual a 
segurança física é parte, é sempre uma segunda opção e, mesmo esta, se deve buscar minimizar a 
aparência agressiva das barreiras aplicando-se primeiramente, por exemplo, a teoria de CPTED, que 
será vista mais adiante. Exceções à regra são os casos em que pela própria natureza da atividade, 
não há como esconder a existência de algo valioso. Exemplificando, caso um profissional de 
segurança seja chamado para garantir a proteção de algo esteja sendo criado na empresa, a primeira 
opção é sempre protegê-lo pelo segredo. 
 
10°- Todo sistema de segurança deve comportar, no mínimo, um elemento de surpresa 
para o agressor. 
Esse conceito complementa o 4º. Guardando-se o segredo de parte das defesas, o agressor 
será surpreendido por fatores desconhecidos e inesperados. As surpresas mais eficientes são aquelas 
que causam nervosismo, que fazem o agressor hesitar e perder tempo. Por exemplo, pode-se 
ostentar rondas de vigilantes e cães junto ao perímetro defensivo, como forma de desencorajar 
possíveis agressores. Mas pode-se fazer segredo sobre um segundo sistema mais interiorizado de 
sensores de intrusão, que acionarão sirenes se ultrapassados e que causarão susto e hesitação ao 
agressor que tenha se planejado para passar apenas por vigias e cães. Como será visto mais adiante, 
esse conceito de elemento surpresa se aplica bem à segurança eletrônica. 
11°- As medidas de segurança jamais devem atrapalhar a marcha da empresa. 
Conforme o 1º conceito, não há proteção total. Mas é possível conseguir-se altos graus de 
proteção com medidas que se sobreponham. Porém, se tais medidas se tornam um entrave para o 
trabalho das pessoas, estas se sentirão saturadas e haverá a tendência de negligenciar a segurança, o 
que trará prejuízos à empresa. Esse é, como foi visto, o segundo conceito que se refere à RH. 
12°- A segurança deve ser compreendida, admitida e aprovada por todos. 
Ao contrário do senso geral, a segurança não é encargo apenas de especialistas. Para ser 
eficaz, deve contar com a cooperação de todos, pois é função do empenho e discrição de cada um 
individualmente e interage com o trabalho cotidiano. Esse conceito estabelece a importância do 
 
 
7 
profissional de segurança dominar as técnicas de marketing e atuar agressivamente em 
endomarketing. 
13°- A defesa é sempre moral. 
A proteção só se justifica se for implementada respeitando-se a liberdade e dignidade da 
pessoa humana. Esse conceito envolve todos os outros. Não há segurança se ela não for moral e 
legal. Os prejuízos a médio e longo prazo causados por ações ilegais ou amorais sobrepujam em 
muito os ganhos de curto prazo que tais medidas podem trazer. 
Esse conceito nos remete também ao assunto “Ética Profissional”. 
14°- A segurança exige um entendimento harmonioso no interior da empresa. 
Esse é o terceiro conceito que remete à RH. Empresas com empregados descontentes são alvo 
fácil para aliciamento por parte de agressores. Um empregado descontente constitui um perigo em 
potencial para a segurança da empresa, e o profissional de segurança deve estar atento a isso. 
 
2.2 - Classificação Geral 
Vários autores classificam de várias formas a segurança física. Normalmente, tais 
classificações ou enfatizam ou os meios utilizados (humanos, animais ou técnicos) ou o modo como 
esses meios atuam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os meios humanos são os denominados vigilantes. São caros em comparação com outros 
elementos de segurança e por isso já há algum tempo vem ocorrendo a gradual substituição de parte 
dos recursos humanos utilizados por equipamentos. 
Classificação Geral 
Quanto aos meios Quanto à atuação 
Humanos 
Animais 
Técnicos 
Eletroeletrônicos 
Mecânicos 
Passivos 
Ativos 
De inteligência 
 
 
8 
Atualmente são utilizados principalmente cães de guarda treinados para o serviço de 
vigilância. Eles representam uma das formas mais econômicas de proteção física pois um vigilante 
e um cão de guarda treinado podem substituir entre cinco e dez postos de vigilância, especialmente 
em locais espaçosos. 
Dentro da área tecnológica se encontram enquadrados os chamados Meios Técnicos de 
Segurança, que são todos os materiais, dispositivos e sistemas que podemos empregar ou 
implementar especificamente para a prevenção e proteção contra riscos e ameaças. Como a 
denominação abrange uma série extensa de artefatos inanimados, os autores dividem-na 
normalmente em meios eletrônicos e meios mecânicos. 
Meios eletrônicos são materiais, elementos, dispositivos e sistemas que utilizam as 
propriedades da elétrica ou da eletrônica – ou ambas – para prover proteção. Já meios mecânicos 
são materiais, elementos, dispositivos e sistemas que utilizam as propriedades da mecânica para 
prover proteção. 
As defesas passivas são aquelas estáticas, que permanecem constantes haja ou não agressão. 
Um muro, por exemplo, estará sempre lá, haja risco ou não. E mesmo que uma agressão ocorra, o 
muro continuará lá, não alterando seu comportamento. As defesas ativas são aquelas móveis, que 
alteram sua configuração reagindo a uma agressão. Um portão que se feche automaticamente 
quando acionado o alarme de invasão é um exemplo de defesa ativa. Por fim, as defesas de 
inteligência são aquelas que possuem comportamento proativo, visando antecipar-se ao risco e 
evitar uma agressão. Normalmente atuam à distância, antes que o problema atinja a empresa Note-
se que o termo “distância” aqui é utilizado em seu conceito mais amplo, não significando apenas 
distância física. Pode ser também distância temporal. Sendo assim, quando colocamos um 
empregado dentro da linha de produção com a tarefa de levantar uma possível ação futura de 
fraude, estamos atuando com uma defesa de inteligência na distância temporal, mesmo sendo 
fisicamente dentro da empresa. 
 
 
9 
 
2.3 - Teoria dos Círculos Concêntricos 
Calcada no princípio feudal europeu 
das sucessivas cinturas de proteção em torno 
de uma torre principal, essa teoria determina 
que um sistema de segurança deve 
estabelecer zonas (círculos de proteção) ao 
redor do objetivo. 
Ela não discrimina na verdade quantos 
círculos serão estabelecidos, mas sim qual o 
objetivo de cada um deles.Tem evoluído nos 
últimos tempos para uma “Teoria das Esferas 
Concêntricas” que, diferente dos círculos que consideram os perigos somente ao nível do solo ou 
próximos a ele, as esferas consideram também os perigos advindos do subsolo e do espaço. Isso 
significa que além de considerar possíveis ataques de ladrões que tentem ultrapassar as cercas de 
proteção, considera também a possibilidade de infiltrações por bueirosou túneis escavados 
intencionalmente, bem como a possibilidade de invasão pelo ar, por pára-quedas, ultraleves ou asa 
delta, além da espionagem por satélite. 
 
 
10 
 
2.4 - Compartimentação. 
Caso as instalações que precisem ser protegidas cubram uma área física muito extensa, sua 
segurança como um todo pode não ser possível por questão de custos. Os custos podem ser 
diminuídos se a área for dividida em partes e as partes mais importantes e sensíveis possuírem 
proteção adequada. Essa técnica é conhecida como “compartimentação” e consiste em proteger 
várias áreas menores dentro de uma área maior. 
A partir desse conceito se pode também classificar as áreas segundo um critério de criticidade, 
ou seja, o quanto a violação dessa área interfere no negócio da empresa. Uma classificação muito 
usada hoje em dia utiliza cores para definir as áreas, conforme o quadro seguinte: 
 
COR CRITICIDADE ACESSO 
Branca Inexistente Livre acesso aos empregados e visitantes, sem muita 
necessidade de acompanhamento específico. 
Verde Baixa Acesso controlado. Poderá haver acompanhamento por 
CFTV ou pessoal dos transeuntes. 
Amarela Média Acesso restrito e controlado. Há algumas restrições sobre 
quem poderá acessar a área e sua permanência poderá ser 
acompanhada por CFTV ou pessoal. 
Vermelha Alta Acesso restrito. Há muitas restrições sobre quem poderá 
acessar a área e sua permanência deverá ser 
acompanhada por CFTV ou pessoal. 
 
 
 
11 
 
2.5 – Acesso não autorizado 
2.5.1 - Entrada forçada 
A entrada forçada é o método mais comum para entradas não autorizadas. Portões, janelas e 
portas são especialmente vulneráveis a entradas forçadas, mas também podem ser realizadas através 
de paredes (especialmente as finas), pisos, telhados, clarabóias ou dutos de serviço ou ventilação. 
Mesmo quando uma invasão não tem sucesso, sempre haverá prejuízos. 
Se o agressor estiver convencido de que há tamanha segurança a ponto de se tornar um 
obstáculo desencorajador, o número de tentativas de invasão diminuirá. Pode-se conseguir este 
efeito por meio de avisos bem visíveis informando às pessoas sobre os sistemas de segurança – 
“CUIDADO COM O CÃO”, “PERIGO, CERCA ELÉTRICA” etc. 
2.5.2 - Entrada consentida 
O acesso não autorizado pode ser conseguido também sem o uso da força. Cadeados deixados 
desbloqueados, portas ou janelas deixadas destrancadas ou uso de chaves roubadas são os métodos 
mais comuns, normalmente com ajuda interna. 
 
 
12 
 
2.6 - Controle de acesso de segurança 
É um dos pontos mais importantes na prevenção e proteção contra os riscos derivados das 
atividades anti-sociais. É hoje uma das áreas de segurança com maior índice de crescimento com 
uma oferta e uma demanda absolutamente crescentes. 
A maior parte dos problemas de controle de acesso vem de nossa cultura. Por exemplo, uma 
pessoa de terno bem alinhado e carregando uma pasta tipo 007 possivelmente poderá entrar na 
maioria das empresas sem muitos obstáculos, mesmo sendo um desconhecido. 
O primeiro passo para controlar quem entra na área da companhia ou sai dela, e aonde vão 
internamente ou de onde vieram e os motivos é criar um sistema efetivo que identifique as pessoas, 
mantenha o controle de seus passos internamente e que possa ser facilmente conhecido por todos - e 
reconhecido pelo pessoal da segurança em particular. Isso normalmente é conseguido por um 
sistema de crachás. 
 
 
13 
 
2.7 - Crachás 
Há atualmente vários tipos de crachás, desde os mais simples e baratos de papel aos mais 
sofisticados e caros com microprocessadores. O que garante o sucesso do controle não é a 
sofisticação dos crachás, mas a capacidade do gestor de criar um processo simples de identificação 
que consiga a participação de todos os empregados, caso contrário qualquer que seja o tipo de 
crachá utilizado, e qualquer que seja seu custo, provavelmente não funcionará. 
Um sistema de crachás deve se apoiar na compartimentação das áreas. Sendo assim, qualquer 
que adentre a empresa, funcionário ou não, receberá um crachá que lhe garantirá o acesso à algumas 
áreas da empresa e a outras não. Uma forma simples e com algum uso atual é colorir os crachás nas 
mesmas cores das áreas de acesso. Se combinado com a pintura das portas de acesso e das paredes 
(ou pelo menos de faixas nas portas e paredes) com as mesmas cores, isso permite ao usuário do 
crachá a reconhecer as áreas em que pode entrar e a todo o pessoal da empresa – e a segurança em 
particular – identificar e informar sobre entradas não autorizadas. Crachás de visitantes e 
prestadores de serviço devem ser devolvidos na saída, bem como os dos empregados que deixem de 
trabalhar na empresa. Os crachás que dão acesso às áreas mais críticas devem receber maior 
atenção, principalmente visando evitar duplicações. 
Crachás eletrônicos apenas facilitam o trabalho, pois se houver, por exemplo, sensores de 
passagem nos portais da empresa, o controle de presença torna-se mais fácil. O uso da eletrônica 
não resolverá o problema de um sistema de controle mal desenhado. Pelo contrário, se o controle de 
crachás simples estiver ruim, a sua substituição por crachás eletrônicos possivelmente aprofundará 
o problema. 
 
 
14 
 
2.8 - CPTED 
CPTED é um acrônimo, na língua inglesa, para Crime Prevention Through Environmental 
Design, “Prevenção de Crimes por meio de Projetos”. É uma abordagem multidisciplinar que busca 
reduzir o crime e a insegurança colocando lado a lado planejadores, projetistas, arquitetos e 
profissionais de segurança que trabalham para criar um clima seguro em de um ambiente, com 
projetos que eliminem ou reduzam o comportamento criminal e ao mesmo tempo encorajem as 
pessoas a manterem-se alertas, provendo segurança uns aos outros. 
"O próprio projeto e uso efetivo do ambiente 
construído podem conduzir a uma redução no 
medo e incidência de crimes, e a uma melhoria 
da qualidade de vida”. 
National Crime Prevention Institute - EUA 
A abordagem do CPTED torna a segurança menos agressiva para as pessoas, evitando o 
sentimento de "estar prisioneiro" naqueles que se pretende proteger. Além disso, é totalmente 
transparente aos usuários, permitindo que se consiga maiores graus de segurança sem que mostre 
que se está preocupado com a segurança, o que pode ser uma vantagem. 
Os princípios do CPTED podem ser aplicados de forma fácil e barata no construir ou 
remodelar. Em algumas comunidades que aplicaram os princípios de CPTED nos EUA a atividade 
criminal diminuiu em até 40 por cento. 
Historicamente, a ênfase da prevenção de crimes esteve na abordagem da dificultação do 
acesso ao bem que se queria proteger por meio de dispositivos (fechaduras, sistemas de segurança, 
alarmes, equipamentos de monitoração etc) e processos (patrulhamento, legislação etc), estratégias 
de prevenção de crime que pretendem tornar o acesso ao objetivo do criminoso mais difícil, mas 
que podem também criar um sentimento de "estar prisioneiro". Esta abordagem tradicional tende a 
negligenciar a oportunidade para controle de acesso e vigilância natural. O CPTED coloca sua 
ênfase no "natural". 
 
2.8.1 - Origens 
1968, Jane Jacobs discutiu a interação do ambiente físico com seus habitantes e quão 
importante isto era para a vida e vitalidade de uma rua ou bairro no livro The Death and Life of 
Great American Cities. 
1969, o arquiteto Oscar Newman cunhou a expressão "espaço defensável" quando iniciou seu 
 
 
15 
estudo sobre planejamento de moradias, associando a ele a percepção das pessoas que ali residiriam 
sobre segurança. O foco era de como aquelas pessoas se sentiriam em relação ao senso de 
propriedade - ou à sua falta (reforço territorial), e a relação disso com a atividade criminal. Parte de 
seu trabalho relacionou-se desde então ao projeto de uso de ruas residenciais como um fator 
impeditivo para o crime. 
1971, Clarence Ray Jeffery, criminologista norte-americano cunhou o termoCrime 
Prevention Through Environmental Design após estudar a relação entre o ambiente físico e 
incidência de crimes. 
 
2.8.2 - Princípios gerais 
a. Vigilância natural 
Considera a combinação de características físicas, atividades que serão desenvolvidas e as 
pessoas que as desenvolverão no local de tal modo sobre que maximize a visibilidade. O desenho da 
planta deve permitir que estranhos sejam facilmente observados por todos. Deve-se buscar a 
visibilidade sobre as pessoas, estacionamentos, entradas dos prédios (portas e janelas faceando ruas 
e estacionamentos), passeios de pedestres e iluminação adequada à noite. 
b. Reforço territorial 
Encoraja o uso de itens físicos – primordialmente barreiras naturais mas, se necessário, 
incluindo barreiras artificiais- que expressem propriedade. O desenho da planta pode criar ou 
estender a esfera de influência das pessoas. Os utilizadores desenvolvem então um senso de 
controle territorial que, quando percebidos por potenciais agressores, serve de fator de dissuasão. 
Devem ser definidos os limites da propriedade e tornar bem clara a distinção entre espaço público e 
privado, utilizando-se cercas-vivas ou outros métodos. 
c. Controle de acesso natural 
Busca a orientação física das pessoas indo e vindo em um espaço pela colocação judicial de 
entradas, saídas, cercaduras, ajardinados e iluminação. Nega-se o acesso aos locais que 
possivelmente poderão ser alvos de agressões e cria-se nos agressores uma sensação de risco. 
Consegue-se por meio de rotas, passeios e elementos estruturais que indiquem claramente a direção 
que as pessoas em geral devem seguir, desencorajando o acesso indevido a áreas privadas. 
d. Manutenção 
Deve permitir o uso continuado de um espaço para seu propósito planejado e servir como uma 
expressão de propriedade. Não se deve permitir qualquer redução da visibilidade de todos sobre o 
local ou obstrução na iluminação noturna. 
 
 
16 
Alguns autores incluem o CPTED com parte integrante da teoria da Segurança Física, outros 
o consideram como um planejamento separado, que se insere após a análise do risco e antes do 
planejamento da segurança física propriamente dito. Porém, mais importante que discutir se CPTED 
pertence ou não à segurança física é compreendermos que sempre haverá estreita ligação entre a 
arquitetura do projeto e a segurança. 
 
 
17 
 
2.9 - Triângulo do Roubo 
É a teoria segundo a qual um ato ilícito somente 
ocorre se três fatores estiverem presentes, quais sejam: 
DESEJO = Está ligado a características culturais 
ou a efeitos da propaganda atuando no subconsciente 
do indivíduo; 
MOTIVAÇÃO = Está ligada ao raciocínio, à 
capacidade de planejar a ação; 
OPORTUNIDADE = Está ligada ao ambiente, à 
maneira como as coisas estão dispostas. 
Os dois primeiros fatores atuam internamente no 
ser humano e modificá-los torna-se uma tarefa difícil, 
pois lidamos com aspectos da psicologia humana. O terceiro fator é externo, ligado ao ambiente. 
Até bem pouco tempo considerava-se que o profissional de segurança atuaria somente sobre a 
OPORTUNIDADE. Atualmente, em uma abordagem multidisciplinar, o profissional de segurança 
atua, em conjunto com outros profissionais de outras áreas tais como psicólogos e pedagogos, 
também sobre a MOTIVAÇÃO e, em uma escala menor, sobre o DESEJO. 
Oportunidade 
Desejo Motivação 
TRIÂNGULO DO ROUBO 
 
 
18 
 
3.0 – Meios de segurança física. 
3.1 – Barreiras 
A segurança física utiliza um combinado de barreiras, cada uma com um propósito específico, 
o que inclui barreiras naturais e estruturais. 
- Barreiras naturais: São acidentes do terreno que por sua disposição natural impedem ou 
dificultam o acesso ou o trânsito na área da empresa. Podem ser um rio, montanha, alagadiço, 
encosta ou outro acidente geográfico que seja de difícil transposição. 
Observações: 
- Rios e fossos 
Seu valor como barreira está no grau de agravamento de suas margens e na violência de sua 
correnteza, impedindo que sejam transpostos com facilidade. 
- Alagadiços 
Seu valor reside no solo pouco firme, que dificulta e por vezes impede o movimento a pé. 
- Montanhas 
Podem ser visualizadas como barreiras dependendo da altura e do ângulo de inclinação de 
suas encostas. 
- Barreiras estruturais: São obras, permanentes ou temporárias, realizadas na empresa, não 
necessariamente com a única finalidade de prover segurança. Podem ser cercaduras, portas, janelas 
ou a parede de uma outra construção que sirva à função de deter a entrada não autorizada. 
A criação de barreiras de proteção serve para: 
1°) Prevenir a entrada de pessoas e veículos de forma indesejada. 
2°) Prevenir saídas indesejadas. 
3°) Definir zonas de isolamento para áreas sensíveis. 
4°) Prevenir o acesso de pessoas a áreas restritas internas. 
Instalar barreiras não significa que sempre será necessário instalar cercas ou outros 
obstáculos, uma vez que por vezes a natureza nos provê barreiras mais eficientes. Por exemplo, uma 
barreira natural poderá ser um rio, montanha ou outro terreno difícil de ser atravessado por pessoas 
ou veículos. Construções também devem ser consideradas, como por exemplo, uma parede externa 
de um prédio. É importante notar que barreiras raramente por si só impedem a intrusão. A 
segurança se dá com o seu uso integrado. 
 
 
19 
 
3.2 - Benefícios do uso de barreiras 
São quatro os benefícios do uso de barreiras: 
1°) Benefício psicológico. Uma barreira visível e que não seja fácil de ser transposta serve 
para desestimular entrada indesejada. Poucas pessoas sobem cercas altas e que tenham arame 
farpado no topo, principalmente sabendo que a área é patrulhada por cães ou seguranças. 
Normalmente, pessoas com intenção de roubar ou causar danos desistem frente a barreiras de 
proteção, reconhecendo que, mesmo que entrem, talvez não possam escapar. 
2°) Diminui a necessidade de pessoal de segurança e permite seu uso em atividades mais 
importantes. 
3°) Canaliza o fluxo de pessoas que entram e saem da empresa, uma vez que só poderão fazê-
lo através de pontos estabelecidos e controlados pela segurança. 
4°) Causam confusão no invasor. Uma vez dentro da área da empresa, ele pode ser 
confundido por suas barreiras de proteção internas. Quando seu sistema de barreiras possui 
complexidade suficiente para causar confusão, a chance de um intruso sair da área sem ser visto 
torna-se baixa. 
 
 
20 
 
3.3 - Cercaduras 
É o tipo de barreira estrutural mais utilizado. Normalmente são construídas em uma única 
linha mas, quando for essencial o estabelecimento de maior grau de segurança, duas linhas de 
cercaduras podem ser instaladas no perímetro. Estas cercaduras devem ser separadas por distância 
não inferior a 4,5 metros e não mais de 45 metros para melhor proteção e controle. As cercaduras 
devem permitir passagens para execução de serviços, que terão no mínimo 25 cm de diâmetro, 
devendo ser protegidas para prevenir abertura não autorizada. A escolha da melhor cercadura 
depende da situação dos riscos que cada empresa está sujeita, bem como do orçamento da 
segurança. Sugere-se um estudo conforme o quadro abaixo: 
 
Tipo de cercadura Tempo de 
instalação 
por m² 
Custo de 
instalação 
por m² 
Manutenção 
periódica 
Facilidade de 
transposição 
por seres 
humanos 
Durabilidade 
no tempo 
Tela de arame Média Média Média 
Arame farpado Alta Alta Baixa 
Concertina Média Baixa Baixa 
Fio cortante Média Baixa Baixa 
Muro de alvenaria Baixa Baixa Alta 
Grade de ferro Baixa Média Alta 
Cerca viva Alta Alta Baixa 
 
Para melhorar a segurança de uma cercadura, os seguintes pontos devem ser considerados: 
1) Postes, árvores, caixas ou quaisquer outros objetos junto à cercadura podem ser utilizados 
pelo agressor para escalá-la. 
2) Escadas deixadas junto à cercadura são um convite aos invasores. Escadas fixas devem ter 
seu início protegido dentro de uma gaiola de metal, com portafechada. 
3) Cercaduras conjugadas com a de outra propriedade, ou que se toquem em pontos 
específicos, representam perigo extra. Um invasor pode entrar na propriedade vizinha e depois 
invadir a propriedade que se quer proteger escalando ou abrindo a outra cercadura. 
4) Deve-se ter especial atenção quando a cercadura toca em outras edificações, pois poderá 
ser transposta a partir dos telhados vizinhos ou mesmo utilizando-se as janelas e outras saliências da 
edificação como apoio para a transposição. 
Os tipos mais encontrados são: 
Tela de arame ou rede laminada. 
É o tipo de cercadura mais usado para propósitos de segurança. Provê o sistema permanente 
 
 
21 
de melhor custo-benefício e sua eficiência aumenta com a introdução de arame farpado no seu topo. 
Uma vantagem deste tipo de cercadura é permitir a observação de ambos os lados. Sendo assim, 
folhagem ou outros materiais decorativos devem ser evitados, pois reduzem a visibilidade e 
auxiliam o invasor que, uma vez dentro, estará fora das vistas dos transeuntes. 
Devem ser construídas com no mínimo 2 m de altura e, no caso de cerca dupla, a segunda 
deve ter no mínimo 1,80 m. Sua trama não deve ter mais que 2,5 cm de abertura. 
De preferência, o arame de suas bordas superior e inferior não deve ser protegido, 
permanecendo pontiagudo e retorcido, criando o efeito de arame farpado, pois o risco de alguém 
inadvertidamente se cortar nas pontas é menor que o risco de permitir que algum agressor escale a 
cerca e ultrapasse-a com facilidade (pode-se também lançar arame farpado no seu topo como guarda 
superior, criando-se o mesmo efeito). 
Considera-se sempre a possibilidade de alguém lançar sobre a cerca uma lona, de forma a 
permitir escalá-la sem se ferir nas pontas dos arames do topo. 
Deve ser suportada por posteamento de metal ou concreto armado, preso em sapatas com 6 a 
8 cm de profundidade e a tela deve ser rigidamente presa no posteamento. Para impedir que 
pequenos animais ou pessoas passem por baixo da cerca, a tela não deve estar a mais de 5 cm do 
solo, quando este for consistente e não possa ser cavado (cimento, pedra etc). Caso seja sobre terra 
ou outro solo não consistente, deve estar enterrada no mínimo 5 cm no solo. 
Deve ser pintada com alguma tinta não reflexiva, de forma a não permitir o reflexo da luz do 
sol. Em dias ensolarados, o reflexo do metal da cerca – principalmente cercas novas – podem cegar 
momentaneamente a vigilância, permitindo que um agressor não seja visto. 
Deve ser feita manutenção periódica, procurando pontos de ferrugem e locais onde a cerca se 
desprendeu do posteamento. 
O posteamento também deve ser testado para certificação de que continua firme, pois caso se 
solte a cerca cairá com ele. A distância entre postes deve ser de no máximo 2 m. 
Cerca de arame farpado 
Permitem a passagem de pessoas e podem ser facilmente cortadas. São efetivas quando a 
ameaça se resume a animais de grande porte. No Brasil não existe normatização versando sobre o 
assunto, porém as especificações federais norte-americanas relativas a cercaduras de arame farpado 
são: 
1) O arame farpado standard é trançado, duplo-fio, arame padrão 12, com 4 farpas, espaçadas 
por igual distância entre cada uma. 
2) Cercaduras de arame farpado não devem ter menos 2 m de altura, excluindo-se a guarda 
 
 
22 
superior. 
3) O arame deve ser fixado firmemente a postes, os quais não devem estar separados por mais 
de 1,8 m. 
4) A distância entre os fios não excederá 15 cm e pelo menos um arame será entrelaçado 
verticalmente a meia distância entre os postes. 
Cerca de concertina 
A concertina foi desenvolvida pelas forças armadas norte-americanas buscando uma barreira 
de lançamento rápido. Lançada com estaqueamento em X, cria uma barreira de 90 cm, podendo ser 
lançada em duas camadas, uma sobre a outra, criando uma barreira de 1,80 m. Sua efetividade 
aumenta grandemente caso seja feito um lançamento triplo, com um estaqueamento sobre outros 
dois em paralelo, assumindo uma forma piramidal, conseguindo-se assim uma barreira de 1,80 m de 
altura por 1,80 m de largura, muito difícil de ser transposta. Cercaduras de concertina são muito 
úteis para uso temporário, como apoio enquanto se repara a cercadura original danificada. 
O arame farpado padrão para concertina é um rolo de arame farpado fabricado com aço muito 
forte, unidos intervalos regulares de maneira a formar um cilindro. Aberta, a concertina de arame 
deve ter 15 m de comprimento e 1 m de diâmetro. 
Cerca de fita farpada 
Muito parecidas com a concertina, possuem o mesmo uso. Por seu baixo custo, estão se 
tornando populares atualmente. A fita farpada é fabricada em uma tira de aço com uma resistência à 
quebra de no mínimo 230 Kg, a largura geral é 3/4" e tem farpas de 7/16” espaçadas a intervalos de 
1/2" ao longo de cada lado. 
Muro de alvenaria. 
Tem grande uso. Possui a vantagem da durabilidade, além de poder acompanhar o estilo 
arquitetônico de todo o complexo, tornando-se menos agressivo às vistas. Pode ser feitos de tijolos, 
concreto armado, pedra ou similar e aumenta seu grau de segurança se possuir arame farpado, 
pregos ou vidro quebrado no seu topo. 
Não permite a visibilidade de dentro para fora e nem de fora para centro, o que pode ser uma 
vantagem ou uma desvantagem dependendo do que se pretende, pois sem visibilidade se ganha 
privacidade, mas uma vez que o agressor tenha transposto o muro não poderá ser observado por 
transeuntes nem por patrulhas policiais. 
Muros sempre apresentam aparência agressiva e o uso da hera tem servido para torná-los mais 
sociais. 
Grades de ferro 
 
 
23 
Também são duráveis, podem acompanhar o estilo arquitetônico do complexo e são 
devassáveis, isto é, permitem que se observe de fora para dentro e de dentro para fora. 
Normalmente são de alto custo. 
Cercas-vivas 
São utilizadas como cercadura, principalmente em casas, por sua beleza estética. O uso de 
plantas espinhosas pode desestimular o agressor. 
Há a necessidade de ser cuidada por jardineiro. 
 
 
24 
 
3.4 - Material utilizado nas cercaduras 
Em geral são: 
- Aço, com fabricação básica de alta resistência em vários perfis. 
 - Ligas ligeiras, com fabricação especial de alta resistência em vários perfis. 
- Concretos, com fabricação básica ou de alta resistência em perfis ou módulos de específico 
desenho e construção. 
- Madeiras, com fabricação especial em perfis reforçados de desenho e construção 
específicos. 
 
 
25 
 
3.5 - Construção das cercaduras 
- Industrializada, com construção mediante o emprego de materiais ou perfis de caráter 
industrial, geralmente não específica. 
- Pré-fabricada, com construção mediante o emprego de materiais ou peças selecionados e 
preparados para obter módulos completos enlaçados. 
 
 
26 
 
3.6 - Composição das cercaduras 
- Alicerce (ou base). Elemento estrutural, geralmente de concreto armado, que serve de base 
para colocação do posteamento. 
- Posteamento. Elementos estruturais, geralmente de perfis metálicos, que servem de 
sustentação e fixação das malhas e painéis. 
- Trama ou painéis. Elemento estrutural, geralmente de aço, que constitui a base de 
fechamento ou configuração da cercadura. 
- Elementos de fecho. Dispositivos de segurança que garantirão o ajuste e sustentação dos 
elementos e painéis fixos ou móveis. 
-Elementos praticáveis. Painéis, portas e dispositivos móveis ou fraturáveis que permitam a 
passagem através da cercadura. 
- Acabamento. Determinação do material e seu tratamento final de proteção. Pode ser: 
Galvanizado 
Pintado 
Plastificado 
Inoxidáveis 
 
 
27 
 
3.7 - A guarda superior 
Uma guarda superior é uma projeção de arame farpado ou fita farpada ao longo do topo da 
cerca ou do muro, apontando para fora (ofensiva) ou para dentro (defensiva) e para cima em um 
ângulo de aproximadamente 45º. Os braços de suporte para a guarda superior devem ser fixadospermanentemente no topo dos postes para aumentar a altura global da cerca em menos 30 cm, e três 
fios de arame farpado espaçados 15 cm devem ser colocados apoiados nos braços. 
Atualmente está ganhando força o uso da guarda superior com cercadura elétrica. 
 
 
28 
 
3.8 - BDV 
Barreiras de detenção de veículos (BDV) são dispositivos de proteção que formam uma 
barreira compacta mediante barras ou fileiras de elementos e se dispõe para a detenção de veículos 
diante de invasão agressiva ou não autorizada. Este tipo de elemento pode ser utilizado tanto como 
um sistema de segurança que impeça invasões de veículos quanto como apoio ao controle de 
acesso. 
Tipos 
- Fixas ou fundeadas. Passivas, não acionáveis, de caráter estacionário e permanente. 
- Basculantes. Acionáveis que giram em um movimento de básculo sobre um eixo horizontal. 
- Ascendentes. Elementos verticais ou horizontais acionáveis que se elevam sobre o solo. 
- Extensíveis. Elementos pulsantes acionáveis manualmente que se estendem sobre o solo. 
Construção 
- Tradicional. Construção ou fabricação básica e generalizada. 
-Industrializada. Construção ou fabricação empregando equipamentos e sistemas de fechos de 
caráter industrializado. 
- Específica. Construção ou fabricação de caráter específico e diferenciado. 
Operacionalidade 
- Manual. Funcionamento mediante o acionamento pela força manual. 
- Semi-automática. Funcionamento mediante sistemas de acionamento de caráter elétrico ou 
pneumático controlados pela ação humana. 
- Automática. Funcionamento mediante sistemas de acionamento de caráter elétrico ou 
pneumático controlados sem a ação humana. 
Grau de segurança 
Determinado pelos seguintes parâmetros: 
- Tipo de veículo. Características técnicas, dimensões e funcionamento dos veículos que 
devem ser detidos. 
- Peso do veículo. Dimensionamento em toneladas do veículo mais a sua carga. 
- Velocidade de impacto. Dimensionamento em Km/h no ponto de impacto do veículo. 
- Conteúdo do veículo. Definição da carga passiva ou ativa do veículo. 
Espaço posterior percorrido 
É a limitação em metros do possível deslocamento do veículo depois do impacto na barreira. 
As barreiras de detenção de veículos têm uma dupla função. São empregadas contra a 
 
 
29 
intenção de invasão não autorizada e como sistema de controle de acesso de veículos. Seu desenho 
e implantação permitem utilizá-la ostensivamente como um sistema de segurança dissuasório ou 
oculta como elemento de surpresa para o agressor. 
 
 
30 
 
3.9 - Eclusas 
Eclusas. Como é designado o conjunto de elementos fixos e móveis (anteparas, biombos ou 
parede fina, divisória e portas) que formam um sistema de controle de acesso para pessoas, veículos 
ou objetos constituído por duas ou mais portas que não se abrem de uma só vez, não permitindo o 
contato direto entre duas áreas adjacentes. 
Classificam-se em função de: 
a) Manobra 
Refere-se à forma de ação ou movimento que realizam suas portas e partes móveis. 
a.1) Pivotante - O movimento de suas folhas realiza-se sobre um eixo vertical, lateral ou 
central. Pode ser tipo abatível ou giratória. 
a.2) Elevadiça - O movimento de suas folhas realiza-se em forma ascendente ou descendente. 
Tipo guilhotina. 
a.3) Deslizante - O movimento de suas folhas realiza-se horizontalmente para direita ou para 
esquerda. Tipo corredeira. 
b) Utilização 
b.1) Para pessoas - Dimensionadas para o controle de acesso de pessoas. 
b.2) Para veículos - Dimensionadas para o controle de acesso de veículos. 
b.3) Para objetos - Dimensionadas para o controle de acesso de maletas, valises, miudezas, 
correspondências etc. 
c) Fluxo 
É o número de elementos que por unidade de tempo que poderão passar pela eclusa. 
d) Ordem de passagem 
É a seqüência de passagem dos elementos. 
e) Grau de segurança 
Refere-se ao nível de resistência a ataques que deve oferecer a eclusa. Sendo e eclusa um 
sistema, esse grau é determinado pelo menor grau de segurança dos elementos individuais que 
compõem a eclusa, os quais serão vistos mais adiante. 
f) Configuração 
Refere-se à forma arquitetônica na qual está constituída a eclusa. Pode ser: 
f.1) Linear - Forma de passagem em linha reta. Pode ser unidirecional ou bidirecional. 
f.2) Angular - Forma de passagem em linha quebrada (ou em ângulo). Também pode ser 
unidirecional ou bidirecional 
 
 
Prof. Wilmar A. C. Peixoto Prof HMoura 
wilmar.peixoto@tvglobo.com.br hmoura4@hotmail.com 
31 
Equipamentos que compõem a eclusa 
Uma eclusa é um sistema de equipamentos que deve ser projetada para cada situação. Não há 
duas eclusas iguais. O desenho das eclusas está intimamente ligado aos diferentes parâmetros que 
intervém em sua definição e montagem, obtendo com isto diferentes tipos e modelos e sua correta 
adequação as necessidades de cada caso e circunstâncias. 
1) Estrutura. Elementos que constituem sua armação básica. 
2) Painéis. Elementos que constituem seu fechamento perimetral. 
3) Portas. Elementos móveis. 
4) Equipamento de vigilância. Elementos que permitem a observação da operação da eclusa 
(CFTV, espelhos de observação etc). 
5) Sistema de comunicação. Equipamentos de falar e escutar entre o interior e o exterior da 
eclusa. 
6) Sistema de detecção de presença. Equipamentos de detecção volumétrica ou detecção por 
passagem. 
7) Sistema de fechamento. Fechaduras para bloqueio manual ou automático de portas. 
8) Sistema de sinalização. Equipamentos de indicação do estado de portas e utilização da 
eclusa. 
9) Sistema de emergência. Dispositivos antipânico ou de abertura emergencial de portas ou 
painéis. 
10) Sistema radioscópico. Equipamentos de inspeção por raios-X para materiais, objetos, 
pacotes e pessoas. 
11) Compartimento de custódia. Locais seguros para objetos de passagem não autorizados. 
12) Sistema de controle de acesso. Leitoras de dispositivos para validação e autorização de 
passagem. 
13) Postos de controle geral. Locais com capacitação para centralizar o manejo e controle da 
eclusa. 
 
 
32 
 
3.10 - Portões 
Portões são barreiras necessárias para o controle do tráfego de entrada e saída através da 
cercadura. São utilizados para impedir o acesso ou saída de veículos não autorizados. Quando 
menos portões houver, maior a segurança, pois são pontos de vulnerabilidade na cercadura da 
mesma forma que portas e janelas são pontos de vulnerabilidade em paredes. Em geral são fechados 
com correntes e cadeados. O portão em uma cercadura deve ser tão alto quanto a cerca adjacente e 
as suas guardas superiores ser verticais para evitar problemas com seu movimento. 
São também exemplos de portões a cancela e o muro móvel. 
 
 
33 
 
3.11 - Porta blindada 
Classificam-se por: 
1) Manobra 
Entendo-se como manobra a forma de ação ou movimento que realiza sua folha ou partes 
móveis. 
1.1) Portas pivotantes (apoiadas por pivôs). O movimento de sua folha é sobre eixo vertical, 
lateral ou central. 
1.1.1) Abatível (mais comum). 
1.1.2) Giratório em eixo lateral. 
1.1.3) Giratório em eixo central. 
1.2) Portas suspensas. O movimento de sua folha ou lâminas é sobre guias de deslizamento 
verticais 
1.2.1) Rígida. 
1.2.2) Lâmina. 
1.2.3) Guilhotina. 
1.3) Portas deslizantes. O movimento de sua folha é sobre guias de deslizamento horizontais. 
1.3.1) Reta. 
1.3.2) Tangente 
2) Material de defesa 
Entendo-se como material de defesa a aquele que faz parte de sua configuração ou fabricação 
e que se servem para sua proteção. 
2.1) Madeira – Material selecionado empregado como base estrutural e em peças maciças. A 
madeira deve ser dura e estratificada. 
2.2) Material metálico – Material empregado como base estrutural ou de painéis, em moldura 
ou lâmina. 
2.2.1) Aço tradicional. 
2.2.2) Aço de alta resistência. 
2.3) Material sintético – Material empregado como base estrutural ou de painéis e 
normalmente em lâminas rígidas ou flexíveis.2.3.1) Blindagem anti-maçarico – Material de diversas composições resistente à aplicação de 
calor direto. 
2.3.2) Blindagem anti-térmica – Material de diversas composições resistente à aplicação de 
 
 
34 
elevadas temperaturas. 
2.4) Material combinado – Material empregado como base estrutural ou painéis onde a 
combinação de alguns materiais permite melhores graus de segurança. 
2.4.1) Concreto de resistência normal – Conglomerado à base de cimento que possui 
resistência característica do tipo básico, habitual e fácil de obter. 
2.4.2) Concreto de alta resistência – Conglomerado à base de cimento que possui resistência 
característica de tipo especial, pouco habitual e difícil de obter. 
2.4.3) Concreto de fibras – Conglomerado à base de cimento e fibras plásticas ou metálicas 
que possui elevado grau de segurança ante o ataque. 
2.4.4) Armaduras tradicionais – Contorno de aço de resistência e formas habituais, 
normalmente utilizado em obras de construção e concretos armados estruturais. 
3) Composição. 
3.1) Batente de porta. Estrutura básica para sustentação da folha da porta e integração com a 
parede. 
3.2) Folha da porta. Elemento móvel que constitui a base do fechamento e alojamento dos 
materiais de defesa, dispositivos de fechamento e segurança. 
3.3) Sistema de ancoragem. Elementos ou dispositivos situados para sua adequada e eficaz 
integração entre os elementos da folha de porta e moldura e este ao batente. 
3.4) Grade interior. Elemento móvel que funciona como fechamento complementar e controle 
de acesso nos períodos em que a porta blindada permanece aberta. 
3.5) Sistema de fechos. Elementos fixos e móveis que constituem a base do fechamento e 
segurança das portas blindadas. 
3.6) Abertura motorizada. Mecanismo geralmente elétrico que permite o manejo do sistema 
de fechos em forma não manual ou remota. 
3.7) Fechadura. Elemento mecânico ou motorizado que constitui a base do acesso e segurança 
para a abertura e fechamento das portas. 
3.8) Retardador. Elemento mecânico ou motorizado que constitui a base do controle horário 
para a abertura das portas blindadas. 
3.9) Sistema de alarme. Dispositivo de segurança que, incorporado às portas blindadas, 
permite a detecção de ataque assim como transmite um sinal correspondente de alerta ou alarme. 
3.10) Sistema de bloqueio. Dispositivo de segurança que, incorporado ao sistema de fechos da 
porta blindada, provoca o bloqueio desta em caso de ataque mecânico ou térmico. 
4) Grau de segurança. 
 
 
35 
UNE 108-113-86. Camaras Encouraçadas 
4.1) Grau A - Equipamento E-3 e tempo T –30. Ataque com a utilização de pé-de-cabra, 
pinça, punção, marreta, alavanca, martelo percussor, furadeira portátil, serra mecânica ou gás 
oxiacetilênico. Tempo mínimo de resistência, 30 minutos. 
4.2) Grau B - Equipamento E-4 e tempo T-45. Ataque com a utilização dos equipamentos 
listados em E-3 mais furadeira elétrica com broca diamantada. Tempo mínimo de resistência, 45 
minutos. 
4.3) Grau C - Equipamento E-5 e tempo T –60. Ataque com a utilização dos equipamentos 
listados em E-4 mais o emprego de chama térmica. Tempo mínimo de resistência, 60 minutos. 
4.4) Grau D - Equipamento E-6 e tempo T –60. Ataque com a utilização dos equipamentos 
listados em E-5 mais o emprego de explosivo equivalente a 200 gramas de TNT. Tempo mínimo de 
resistência, 60 minutos. 
4.5) Grau E - Equipamento E-5 e tempo T –90. Ataque com a utilização dos equipamentos 
listados em E-4 mais o emprego de chama térmica. Tempo mínimo de resistência, 90 minutos. 
 
 
36 
 
3.12 - Porta interna 
Deve-se atentar para o fato de que uma porta fina e frágil, mesmo que tenha uma boa 
fechadura, poderá simplesmente ser ignorada e atravessada por um agressor. Uma porta sólida, de 
madeira ou de metal, é um investimento necessário. Molduras de madeira de pelo menos 10 cm ou 
de metal permitirão que haja segurança. Quando utilizando uma moldura de metal, deve-se ter o 
cuidado de que seja sólida, e não apenas o perfil, o que a tornaria frágil. Se for utilizado apenas o 
perfil, deve ser preenchida com cimento, de forma a resistir a impactos. Por fim, quando utilizando 
dobradiças para cadeados, as dobradiças devem ser fixadas de tal forma que os parafusos não 
fiquem expostos. 
 
 
37 
 
3.13 - Janelas 
Elemento de fechamento principalmente exterior utilizado na arquitetura e na construção em 
geral e raras vezes é colocado segundo condições específicas de segurança. Seu emprego diante de 
invasão tem, em qualquer caso, planejamentos especiais. Sua função mais comum é a ocultação de 
vistas e a regulação da luz solar, mas pode vir a apresentar condições notáveis de segurança. 
Classificam-se por: 
a) Tipo de manejo 
Refere-se à forma de ação ou movimento que realiza o conjunto ou a parte móvel. 
a.1) Pregado (horizontal ou vertical). Movimento de seus painéis ou partes móveis de 
fechamento sobre eixos horizontais ou verticais agrupando-se ou pregando-se para sua abertura. 
a.2) Extensível. Movimento de seus painéis ou partes móveis de fechamento sobre eixos 
verticais agrupando-se para sua abertura. 
a.3) Enrolável. Movimento de seus painéis, lâminas ou partes móveis de fechamento sobre 
um eixo horizontal no qual se enrolam para sua abertura. 
a.4) Abaixável. Movimento de seus painéis ou partes móveis de fechamento sobre um eixo 
vertical lateral ou central sobre o qual giram para sua abertura ou fechamento. 
a.5) Deslizante. Movimento de seus painéis ou partes móveis de fechamento sobre guias 
horizontais ou verticais nas quais deslizam para a abertura e fechamento. 
b) Material 
b.1) Aços normais. 
b.2) Aços especiais. 
b.3) Materiais sintéticos. 
b.4) Madeiras. 
c) Acionamento 
c.1) Manual. Acionamento direto pelo ser humano sem nenhum tipo de mecanismo adicional 
para seu manejo. 
c.2) Mecânico. Acionamento por meio de dispositivo tipo mecânico. 
c.3) Eletromecânico ou eletromagnético. Acionamento por meio de dispositivos tipo 
eletromecânico ou eletromagnético. 
c.4) Pneumático. Acionamento por meio de dispositivos tipo pneumático ou ar-comprimido 
d) Funções 
São as possibilidades de uso que apresentam este tipo de fechamento. 
 
 
38 
d.1) Proteção. Provê segurança perante diversas formas de ataque. 
d.2) Visão. Permite a vigilância ou observação direta. 
d.3) Ventilação. Permite a circulação do ar. 
d.4) Iluminação. Permite a entrada de luz natural ou artificial. 
e) Grau de segurança. 
São os níveis de segurança que podem oferecer as janelas. 
e.1) Resistente a ataque com elementos manuais. Resiste a ataques utilizando meios básicos 
como alavancas, pés-de-cabra, serras, tesouras de corte, martelos etc. 
e.2) Resistente a ataque com equipamento mecânico. Resiste a ataques utilizando meios 
mecânicos ou eletromecânicos como talhadeiras, serras elétricas, tesouras de pressão etc. 
e.3) Resistente a ataque com projéteis ligeiros. Resiste a ataques utilizando de armas de 
fogo, de caça ou guerra com projéteis básicos ou especiais. 
e.4) Resistente a ataque com explosivos. Resiste a ataques utilizando materiais ou cargas 
explosivas para a abertura. 
 
 
39 
 
3.14 - Fechaduras 
Quando se pensa em sistema de fechamento, é normal se esqueça das fechaduras. Fechaduras 
não podem ser consideradas como equipamentos simples que são adicionados às portas ou janelas 
como apêndices. Realmente, fechaduras que não sejam elementos definidos e desenhados para a 
segurança são apenas elementos decorativos e não de proteção. Porém, fechaduras devem ser parte 
de um sistema de fechamento cujo objetivo é atrasar a entrada ou a saída de um espaço por um 
período de tempo tal que permita a detecção do invasor. Esta é a função de um sistema de 
fechamento. 
São categorizadas como: 
Mecânicas – fechaduras com chaves, nos seus vários tipos. 
Eletromecânicas – fechaduras com cartões ou similares. 
Quase todos os tipos de fechadura operam por meio de uma chave, combinaçãonumérica 
(segredo), cartões ou impulso elétrico. A maioria das fechaduras de chave (exceto cadeados) usa 
para seu funcionamento um mecanismo de travamento que se estende para além da fechadura, 
penetrando no receptáculo na moldura da porta. Para anulá-lo, pode-se utilizar uma chave que mova 
manualmente o mecanismo de volta em direção à fechadura. As lingüetas são empurradas por molas 
e são menos seguras que os mecanismos de travamento. Possuem um ângulo que permite seu 
deslizamento e fechamento na abertura da moldura da porta sempre que esta se fecha. A não ser que 
possua ranhura de segurança será necessário apenas um simples cartão plástico ou uma faca para 
empurrá-la de volta à porta. 
Os cilindros-mestres são a parte da fechadura que contém a ranhura para a inserção da chave e 
os pinos do segredo. Fechaduras de cilindro duplo são mais seguras que fechaduras de cilindro 
simples porque necessitam de chave também para abrir por dentro. Com fechaduras de um só 
cilindro, o lado oposto do cilindro é operado somente por um pino, o que significa dizer que um 
ladrão que quebre um vidro ou remova um painel poderá alcançar o pino e abrir a fechadura. 
Fechaduras com chave na maçaneta são usadas universalmente. Não possuem mecanismo de 
travamento, sendo que o segredo atua diretamente na lingüeta. A maioria delas contém uma ranhura 
na parte externa (para receber a chave) e um pino na parte interna. Apresenta as mesmas limitações 
que a fechadura de um cilindro. O modelo com duas ranhuras (uma de cada lado) são mais seguros. 
Se comparadas com as fechaduras com mecanismo de travamento, são menos seguras, 
especialmente porque a lingüeta sofre grande dano caso seja atacada com um martelo, por exemplo, 
e sua maçaneta pode facilmente ser arrancada à força, expondo o segredo. 
 
 
40 
Há várias maneiras de se atacar uma fechadura. Provavelmente o mais simples, utilizado em 
portas sem mecanismo de travamento, seja forçar um cartão plástico ou faca entre a porta e a 
moldura, próximo ao local da lingüeta, para soltá-la da moldura, o que acontece sem muita 
dificuldade. Fechaduras que possuem ressaltos de segurança na lingüeta ou mecanismos de 
travamento não são passíveis de serem abertas dessa forma. Para este tipo e fechadura, pode-se 
colocar uma chave de fenda ou pé-de-cabra entre a porta e a moldura, de forma que se afastem uma 
da outra e o mecanismo de travamento possa soltar-se da moldura. Este tipo de ataque, caso sejam 
tomados cuidados para não danificar nem arranhar portas e molduras, pode vir a se difícil de ser 
descoberto mais tarde. Outro método consiste em usar uma serra sobre a parte do mecanismo de 
travamento que se apresenta entre a porta e a moldura, cortando-a e liberando a porta. Pode-se 
também, com uma chave de fenda ou similar, desgastar a porta onde se prende o mecanismo de 
travamento. Por fim, pode-se arrancar o cilindro-mestre da fechadura, com o auxílio de uma 
furadeira e broca de metal. Todos esses métodos podem ser evitados com o uso de mecanismos de 
travamento de metal duro, que não possa ser serrado, molduras de metal e uso de placas de metal 
como proteção dos cilindros. 
 
 
41 
 
3.15 - Cofres e Armários 
São classificados por: 
1) Utilização 
A aplicação ou emprego que se realizará com eles. 
1.1) Guarda de valores. Locais para proteção ou guarda de objetos de valor, obras de arte, 
documentos, dinheiro etc. 
1.2) Guarda de explosivos. Locais para proteção ou guarda de material explosivo e 
detonadores. 
1.3) Guarda de armas. Locais para proteção ou guarda de armas de fogo e munições. 
2) Grau de segurança 
UNE 108-112-87. 
2.1) Grau A - Equipamento E-1 e tempo T –15. Ataque com a utilização de chaves, pés-de-
cabra, pinças, punções, picaretas, tesouras, marretas ou alavancas. Tempo mínimo de resistência, 15 
minutos. 
2.2) Grau B - Equipamento E-3 e tempo T –15. Ataque com a utilização dos equipamentos 
listados em E-2 mais serras mecânicas ou gás oxiacetilênico. Tempo mínimo de resistência, 15 
minutos. 
2.3) Grau C - Equipamento E-2 e tempo T –30. Ataque com a utilização dos equipamentos 
listados em E-1 mais: martelo e furadeira portátil. Tempo mínimo de resistência, 30 minutos. 
2.4) Grau D - Equipamento E-4 e tempo T –30. Ataque com a utilização dos equipamentos 
listados em E-3 mais furadeira elétrica com broca diamantada. Tempo mínimo de resistência, 30 
minutos. 
2.5) Grau E - Equipamento E-5 e tempo T –45 - Ataque com a utilização dos equipamentos 
listados em E-3 mais: lança térmica. Tempo mínimo de resistência, 45 minutos. 
2.6) Grau F - Equipamento E-6 e tempo T –60 - Ataque com a utilização dos equipamentos 
listados em E-5 mais: explosivo equivalente a 200 gramas de TNT. Tempo mínimo de resistência, 
60 minutos. 
3) Localização 
Localização refere-se à disposição final que têm as caixas fortes e para que estão desenhadas e 
fabricadas. Em geral, a localização está relacionada com sua segurança. 
3.1) Caixa forte autônoma. Independente do ambiente que a cerca. 
3.2) Caixa forte fundeada. Presa ao solo ou parede. 
 
 
42 
3.3) Caixa forte embutida. 
4) Volume Útil 
Refere-se ao espaço disponível no interior da caixa forte, armários ou compartimentos de 
segurança. 
- Menor que 50 litros 
- De 51 a 100 litros 
- De 101 a 200 litros 
- De 201 a 500 litros 
-Maior de 500 litros 
5) Composição especial. 
No caso da fabricação de armários de segurança com características especiais, estas não se 
enquadrarão nas categorias das normas técnicas, pois seu desenho e construção são de caráter livre. 
Serão os testes de classificação, não obrigatórios e difíceis de serem realizados no Brasil, que 
permitirão obter o seu grau de segurança específico. Não obstante, é importante assinalar algumas 
características que devem ser consideradas pelo planejador, tais como: 
- Dimensões interiores e exteriores. 
- Peso. 
- Volume útil interior. 
- Material e acabamento. 
- Tipo e quantidade de fechaduras. 
- Fechaduras horárias. 
- Sistema de detecção e alarme. 
Dado o amplo leque de oferta que o mercado apresenta para este tipo de elemento, é 
aconselhável analisar e avaliar suas características caso a caso. 
 
 
43 
 
3.16 - Salas-fortes 
São definidas como recintos de segurança limitados e formados por um conjunto de defesas 
físicas integradas por paredes e ou painéis blindados. Salas-fortes (ou câmaras blindadas) são, na 
verdade, grandes cofres. Estão sujeitas às mesmas vulnerabilidades ao fogo e a agressões que os 
cofres. Por causa de seu tamanho, normalmente somente a porta é feita de aço e o restante de 
concreto. São pesadas e em geral construídas no sub-solo do prédio para evitar problemas 
estruturais. Este tipo de construção tem normalmente como objetivo a custódia de valores. Podem 
ser resistentes a fogo ou resistente a arrombamento. 
Classificam-se por: 
1) Utilização 
Refere-se ao emprego que terá a câmara como recinto protegido para a guarda de valores. 
1.1) Câmaras de valores. Guarda de elementos de especial valor, como: metais preciosos, 
jóias, obras de arte, documentos etc para uso privado ou bancário. 
1.2) Câmara de espécie (papel moeda). Guarda de papel moeda para uso privado ou bancário. 
1.3) Câmara de aluguel. Guarda de elementos de especial valor ou dinheiro em espécie para 
uso público. 
2) Grau de segurança 
UNE 108-113-87 
2.1) Grau A - Equipamento E-3 e tempo T –30. Nível mínimo. Ataque com a utilização de 
chaves, pés-de-cabra, pinças, picaretas, tesouras, marretas, martelos, serras mecânicas ou abrasivas 
e gás oxiacetilênico.Tempo mínimo de resistência, 30 minutos. 
2.2) Grau B - Equipamento E-4 e tempo T-45. Nível médio. Ataque com a utilização dos 
equipamentos listados em E-3 mais furadeira elétrica com broca diamantada. Tempo mínimo de 
resistência, 45 minutos. 
2.3) Grau C - Equipamento E-5 e tempo T –60. Nível alto. Ataque com a utilização dos 
equipamentos listados em E-4 mais: lança térmica.Tempo mínimo de resistência, 60 minutos. 
2.4) Grau D - Equipamento E-6 e tempo T –60. Nível muito alto. Ataque com a utilização dos 
equipamentos listados em E-5 mais explosivo equivalente a 200 gramas de TNT. Tempo mínimo de 
resistência, 60 minutos. 
2.5) Grau E - Equipamento E-5 e tempo T –90. Nível muito alto. Ataque com a utilização dos 
equipamentos listados em E-4 mais lança térmica. Tempo mínimo de resistência, 90 minutos. 
3) Situação 
 
 
44 
Refere-se à disposição da câmara blindada na planta arquitetônica: 
3.1) Baixa. Situação da câmara abaixo do nível da rua ou zona de acesso ao local. 
3.2) Ao nível da rua. Situação da câmara planta ao nível da rua ou zona de acesso ao local. 
3.3) Alta. Situação da câmara acima do nível da rua ou zona de acesso ao local. 
4) Localização 
Refere-se às características do local onde se encontra situada ou se situará a câmara e as 
condições de utilização deste local. 
4.1) Local próprio ou único. Disposição do espaço sem limitações por ser construída em local 
não compartilhado com outras atividades. 
4.2) Local compartilhado. Disposição do espaço com limitações por ser construída em local 
compartilhado com outras atividades. 
5) Construção 
Refere-se ao sistema utilizado para sua montagem ou configuração. 
5.1) Tradicional. Construção no local com materiais básicos e habituais, utilizando formas de 
montagem também habituais e genéricos. 
5.2) Pré-fabricada. Construção em fábrica mediante sistemas especiais e industrializados e 
com formas de montagem e trabalhos específicos. 
6) Espessura das paredes 
Grau A Até 30 cm 
Grau B De 31 a 40 cm 
Grau C De 41 a 60 cm 
Grau D De 61 a 100 cm 
Grau E Mais de 100 cm 
 
 
45 
 
3.17 - Iluminação 
A iluminação permite que seu sistema de segurança continue operando durante a noite e 
permite que se mantenha um nível de proteção próximo ao nível existente durante o dia. Uma boa 
iluminação também funciona como um importante fator de dissuasão para desencorajamento de 
possíveis agressores. 
Não é comum a compreensão de que a iluminação de proteção sirva para outros propósitos 
além de dissuadir possíveis agressores. A falta de uma boa iluminação de proteção é causada por 
uma percepção falha de suas vantagens, principalmente seu baixo custo. Para compensar sua falta, 
aumenta-se o número de postos de vigilância e patrulhas móveis, o que é bem mais caro. 
A iluminação de segurança possui como características gerais: 
1º) É relativamente barato mantê-la. 
2º) Permite reduzir a necessidade de forças de segurança. 
3º) Permite proteção pessoal para a força de segurança reduzindo o elemento de surpresa para 
o intruso. 
4º) Requer menor intensidade que a luz de trabalho. 
O planejamento de um sistema de iluminação deve considerar a necessidade de luz a partir do 
perímetro externo, passando por áreas e benfeitorias sensíveis dentro da empresa e terminando nos 
locais de onde houver atividade noturna. Normalmente há menor necessidade de luz nas partes 
externas que nas partes internas da empresa, exceto nos locais onde haverá atividades tais como 
portões de entrada e locais de carga e descarga noturna. Pode também ser utilizado acoplado a um 
sistema de alarmes, gerando grande benefício para a segurança. 
A iluminação de proteção precisa justificar-se por ao menos um dos três motivos abaixo: 
1º) Desencorajar entradas não autorizadas na área da empresa. 
2º) Simplificar e garantir a detecção de intrusos que se aproximem ou tentem entrar em áreas 
protegidas. 
3º) Prevenir e detectar roubos internos ou outros problemas do gênero. 
O sistema de iluminação deve ter capacidade de continuar operando de forma eficiente 
durante períodos de baixa visibilidade tais como serração ou fortes chuvas. 
Há também a necessidade de luzes de emergência, iluminação reserva caso haja pane nas 
luzes principais, rotinas de teste e manutenção. 
Quando se inicia o planejamento de um sistema de iluminação de proteção ou avalia-se um 
sistema já existente, os seguintes pontos devem servir de guia: 
 
 
46 
1º) Fazer uma lista com a descrição, características e especificações dos vários tipos de 
lâmpadas existentes. 
2º) Fazer uma pesquisa e levantar as características dos vários tipos de iluminação oferecidos 
pelo mercado. 
3º) Fazer alguns diagramas e definir quais as suas necessidades de iluminação, definindo 
altura, direção e espaçamento da iluminação. 
4º) Definir o mínimo necessário em termos de luminosidade em cada área que se queira 
iluminar. 
Para tanto, deve-se levar em consideração: 
1) Requisitos de manutenção. O que inclui limpeza periódica e troca de lâmpadas queimadas. 
A determinação dos custos de manutenção deve incluir material de apoio tais como escadas e 
ferramental, tanto para limpeza e troca das lâmpadas quanto para a segurança de quem vai executar 
o trabalho. 
2) Controle fotoelétrico. Sua utilização para acionar automaticamente a iluminação deve ser 
avaliada. São práticos e reduzem o gasto com energia, porém aumentam o custo de implantação do 
projeto. 
3) Condições climáticas. As condições de sol, chuva, ventos e serração devem ser avaliadas. 
Elas podem influenciar o tipo de lâmpada escolhida e aumentar a necessidade de manutenção. 
4) Alimentação. As condições da rede elétrica devem ser levantadas, com especial atenção às 
flutuações e períodos de falta de energia. Talvez se torne necessário um sistema de alimentação 
próprio com geradores. 
5) Aterramento. O aterramento protegerá o sistema contra sobrecargas que poderiam danificá-
lo. Aterramentos são, portanto, de fundamental importância e não devem ser desprezados. 
6) Controle de manutenção. Deve-se estabelecer uma pauta de controle onde os tempos de 
acionamento dos vários tipos de lâmpadas serão estimados, permitindo o controle e a previsão de 
queimas. A expectativa de vida de uma lâmpada é fornecida pelo fabricante, e normalmente se 
considera 80% desse tempo como o ideal para adquirirmos sobressalentes, caso não haja em 
estoque, e prepararmos uma troca. Na próxima página segue um exemplo de pauta: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
 Tipo e voltagem Localização 
(ver diagrama) 
Data da instalação Data esperada da troca 
001 Mercúrio 1000W 1-001 10 jul 20002 15 out 2002 
002 Sódio 400W 4-002 15 out 2002 09 dez 2004 
etc 
Diagrama: 
 
 
 
 
7) Áreas restritas. Todas as áreas restritas devem estar iluminadas durante toda a noite no seu 
perímetro e pontos de acesso. O posicionamento deve cumprir as seguintes regras: 
- Não ter um brilho ofuscante que cause cegueira temporária no pessoal de segurança e 
atrapalhe sua tentativa de observar possíveis invasões, fornecendo vantagem ao invasor. 
- Não iluminar o pessoal de segurança e nem fornecer a sua silhueta, permitindo que o invasor 
saiba quantos são e sua localização. 
- Garantir ao pessoal de segurança o controle do acionamento do sistema de iluminação, 
evitando seu desligamento mesmo que não intencional. 
8) A iluminação de pontos de controle de entrada deve ser de intensidade suficiente para 
permitir aos guardas comparar e identificar os portadores de crachás. 
9) A iluminação protetora deve permitir ao pessoal de segurança observar sem serem vistos. 
10) Sempre deve prever luzes brilhantes nos olhos do intruso. 
11) Deve haver pouca luz nas rotas de patrulha da segurança. 
12) A queima de uma ou mais luzes não deve afetar a operação das luzes restantes. 
13) A fonte de energia substituta deverá ser adequada para sustentar a iluminação de 
segurança de todas as áreas sensíveis e estruturas. 
14) O cone de iluminação da fonte de luz deve ser dirigido para baixo e pra longe da estrutura 
 
 
48 
ou área protegida e para longe do pessoal de segurança da área. 
15) A fonte de luz para iluminar cercaduras de perímetro deve ser localizada suficientemente 
dentro da área protegida e acima da cerca de forma que a claridade possa cobrir todo o solo 
adjacente à cercadura.16) Deve prover adequada iluminação até mesmo de áreas limítrofes. 
Existem quatro tipos gerais de sistemas de iluminação de segurança: 
- Contínuo. É o sistema de iluminação de segurança mais comum e que consiste em 
luminárias estacionárias. Há dois métodos primários de empregar iluminação contínua, que são: 
1º) Projeção de clarão. 
2º) Iluminação controlada. 
- Auxiliar. É o sistema de iluminação de segurança no qual as luminárias são estacionárias e 
não estão continuamente ligadas. 
- Móvel. É o sistema de iluminação de segurança que consiste em holofotes móveis, 
manualmente operados. Normalmente é utilizado para complementar iluminação contínua ou 
auxiliar. 
- De emergência. Utilizado em caso de pane geral dos outros sistemas, duplica os outros três 
sistemas citados no todo ou em parte. Seu uso é limitado pela possível falta de energia que pode 
ocorrer em casos de emergências ou mesmo por requisitos de atendimento à própria emergência, 
que poderá limitar o uso de energia elétrica por questões de segurança. Pode depender grandemente 
de fontes de energia alternativa como geradores portáteis ou baterias. 
Há vários tipos de iluminação usados para propósitos de segurança: 
- Luminárias incandescentes. Proporciona iluminação imediata e pode ser montada de 
maneira que a luz seja refletida ou difusa. Um exemplo é a lâmpada incandescente comum. 
- Luminárias de descarga gasosa. Possuem a vantagem de serem mais eficientes (menor custo 
por lux produzido) que as luzes incandescentes e apresentam excelente desempenho onde há névoa 
e cerração. Porém possuem a desvantagem de exigirem de dois a cinco minutos para acender 
quando frias e períodos mais longos para reacender quando quentes. Há dois tipos principais: 
1º) Luminária a vapor de mercúrio – produz luz azul suave. 
2º) Luminárias a vapor de sódio – produz luz amarela suave. 
- Luminárias de quartzo: Têm luz branca muito luminosa e acendem rapidamente. São 
excelentes para uso ao longo de perímetros e em áreas críticas, mas freqüentemente necessitam ser 
usadas em potências muito altas e de grande consumo. 
Os tipos descritos acima se apresentam no mercado em três tipos básicos de equipamentos 
 
 
49 
com aplicações de segurança: 
1) Holofotes. 
Direcionais, protejam luz em um raio concentrado com um pouco de difusão. Por serem fixos, 
são apropriados para iluminar áreas específicas e para uso em ocasiões que exijam iluminação 
longínqua. 
2) Fresnels. 
Grandes faróis usados para estender a iluminação em faixas longas, horizontais. Eles projetam 
uma faixa curta de aproximadamente 180º na horizontal e de 15º a 30º na vertical. 
3) Luzes de rua. 
Produzem luz difundida, extensamente usada em áreas de estacionamento. 
 
 
50 
3.18 - Vigilantes 
Emprego de meios humanos. 
Podem ser próprios da empresa ou terceirizados, cada solução apresentando vantagens e 
desvantagens. 
Vantagens de vigilantes próprios: 
- Geralmente de melhor padrão, pois, eles recebem salários mais altos. 
- Geralmente prestam melhor serviço, pois se sentem como parte do negócio. 
- Podem ser treinados para dirigir alguns deveres de segurança mais complexos. 
- Apresenta menor rotatividade. 
- São mais familiarizados com as instalações que protegem. 
-Tendem a ser mais leais à companhia. 
Desvantagens de vigilantes próprios: 
- Custam mais caro. 
- Têm que ter substitutos disponíveis na própria empresa. 
Vantagem de vigilantes terceirizados: 
- A empresa reduz seus problemas administrativos e de pessoal, reduzindo a carga sobre seu 
Departamento de Pessoal. 
- A empresa é aliviada das responsabilidades paralelas relacionadas à folha de pagamento. 
- A empresa transfere para a contratada a responsabilidade de programar e supervisionar o 
pessoal da vigilância. 
- A contratada é capaz de fornecer vigilantes extras em curto espaço de tempo quando 
necessário. 
- A contratada assume os riscos da responsabilidade civil. 
Desvantagens de vigilantes terceirizados: 
- A empresa perde parte de seu controle sobre a qualificação dos vigilantes. 
- Objetivando a redução de seus custos, a contratada pode dar treinamento falho aos 
vigilantes. 
- Também objetivando a redução de seus custos, a contratada pode utilizar empregados de 
baixo salário e, por conseguinte, de baixa qualidade profissional. 
- Os vigilantes terceirizados não apresentam lealdade para com a organização. 
- Podem apresentar elevado índice de rotatividade, o que inviabiliza qualquer programa de 
treinamento implementado pela empresa. 
- Podem não estar familiarizados com a planta. 
 
 
51 
 
3.19 - Cães de Guarda 
Seu uso vem crescendo ultimamente, pois os custos envolvidos na aquisição, alimentação e 
treinamento de cães são bem mais baixos que o custo agregado dos vigilantes que eles podem 
substituir.Também eliminam a necessidade de extensas cercas iluminadas, uma vez que cães de 
guarda preferem estar na penumbra, apenas com a iluminação natural da lua ou luzes refletidas à 
distância. 
Apresentam grande vantagem no uso em áreas sujeitas à serração ou fortes chuvas, que 
reduzem a visibilidade humana, mas não ofuscam os sentidos dos cães. Vale ressaltar que os cães 
podem distinguir entre vários tipos de ruído a uma grande distância, pois sua acuracidade auditiva é 
vinte vezes maior que a acuracidade humana e sua acuracidade visual é dez vezes maior que a 
humana, não obstante não distinguirem cores e não poderem focar em um objeto específico. 
Os cães imprimem também ao sistema de segurança um forte fator dissuasório. Para o 
invasor, saber que na escuridão um cão feroz o espreita é no mínimo inquietante. 
Os mais apropriados são os da raça Dobermann, Pastor Alemão e Rottweiler. 
- Inconvenientes 
Para que possa ser efetivo no serviço, um cão deve obedecer a somente uma pessoa, o que 
obriga a maior planejamento por parte do Departamento de Pessoal. Normalmente, a empresa 
deverá ter mais de uma equipe de cães, cada uma com seu “dono”, por assim dizer. Quando esse 
“dono” estiver no seu turno de vigilância, sua equipe estará com ele e as outras estarão descansando 
no canil. 
Cães não possuem a capacidade de decisão inerente aos humanos. Mas possuem grande 
agressividade natural e elevada capacidade de detectar movimento, sons e odores, mesmo na 
escuridão. Um bom planejamento deve prever um trabalho em equipe, no qual o uso desses fatores 
de força do animal sirva para aumentar a capacidade de detecção, decisão e reação dos seres 
humanos encarregados da vigilância. 
Por fim, cães necessitam de um grande esforço de treinamento. Mas se treinados para tal e 
bem posicionados, poderão detectar um intruso antes que ele atinja os limites externos da empresa, 
mesmo no escuro. 
Emprego de cães 
Antes de decidir sobre o uso de cães de guarda, o profissional de segurança deve levar em 
consideração alguns fatores. 
- Presença de distúrbios externos. 
 
 
52 
A efetividade dos cães de guarda possui uma grande dependência da ausência de distúrbios 
externos. Cães de guarda detectam movimentos, sons e odores estranhos, e isso os faz alarmar a 
presença de invasores, ou seja, alguém que não está ali normalmente. Sendo assim, eles devem ser 
utilizados em ambientes controlados, ou seja, que não varie de forma difusa. O local deve ser livre 
de variações descontroladas de movimento, sons e odores para que o animal possa perceber que a 
variação vem de um invasor. Quando utilizados em áreas onde tais variações ocorrem, o cão notará 
todas elas e não saberá distinguir quando um invasor se aproximar. Nessa situação, seu valor como 
cão de guarda se limitará ao efeito psicológico de dissuasão. 
- Visibilidade reduzida e escuridão. 
Cães de guarda são mais efetivos quando utilizados à noite, em áreas escuras – não em áreas 
iluminadas ou durante períodos de visibilidade reduzida. Cães ficam especialmente alerta quando na 
escuridão, pois aguçam seus sentidos de audição e olfato, os quais são suas

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