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NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 
NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA 
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 
Revisão Técnica: 
• Dr. Francesco Cerbino - Advogado, Eng. Civil, Mecânico e de Segurança do Trabalho, Auditor e 
Perito Judicial. 
• Renata Cerbino - Arquiteta, Urbanista e Enga. de Segurança. Coordenadora da Quality Consult.
• Eng. Ronaldo Ulysses - Engenheiro Mecânico, Pós-graduação em Engenharia de Segurança do 
Trabalho 
INTRODUÇÃO 
A décima oitava norma regulamentadora, cujo título é "Condições e Meio 
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção" , estabelece diretrizes 
de ordem administrativa, de planejamento e organização, com o objetivo de 
implementar procedimentos de aspecto preventivo relacionados às condições de 
trabalho na construção civil. 
DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 
• Decreto-Lei 5.452, de 01/05/1943 - Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho - Capítulo V 
do Título II da CLT - Segurança e Medicina do Trabalho.
• Portaria MTE 04, de 04/07/95 - Estabelece diretrizes visando a implementação de aspectos 
preventivos, de modo a garantir condições mínimas de segurança na Indústria da Construção Civil. 
• Portaria MTE 63, de 28/12/98 - Modificou os ítens Andaimes Suspensos Mecânicos Leves (18.1.2, 
18.23.3.1, 18.34.2) - Alterações já efetuadas no texto. 
• Portaria MTE 13, de 09/07/02 - Altera e inclui os itens - Cadeira Suspensa (18.15 e Cabos de Aço e 
Fibras Sintética (18.16) - Alterações já efetuadas no texto. 
• Portaria MTE 30, de 20/12/01- Altera e modifica o item 18.15 - Andaimes e Plataformas de 
Trabalho - Alterações já efetuadas no texto. 
• Portaria MTE 20 , de 13/07/01 - Quadro de atividades ou serviços perigosos e insalubres proibidos 
aos menores de 18 anos em atendimento ao Art. 405 da CLT. 
• Portaria MTE 114, de 17/01/05 - Altera a redação dos itens 18.14..24 e 18.18, inclui o Anexo III e 
insere termos no Glossário da NR 18. 
• Portaria MTE 157, de 10/04/06 - Altera a redação da NR-18. 
• Portaria MTE 15, de 03/07/07 - Aprova o Anexo I e altera a redação do item 18.14.19 da NR-18. 
http://www.nrcomentada.com.br/download/nranexos/Portaria157_NR18.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/portarias/2001/p_20010913_20.pdf
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm
• Portaria MTE 40, de 07/03/08 - Inclui o item 18.15.57 na NR 18 e altera o artigo 1º da Portaria 
MTE 15/2007.
• Instrução Normativa INSS 20 , de 11/10/07 - Critérios a serem adotados pelas áreas de Benefícios 
e da Receita Previdenciária. Trata de assuntos relacionados à emissão da CAT, PPP e LTCAT.
• ABNT NBR 5.413 - Meios de Iluminância de Interiores. 
• ABNT NBR 5418 - Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas – Requisitos Gerais. 
• ABNT NBR 6.327 - Cabos de Aço - Usos Gerais. 
• ABNT NBR 6.404 - Segurança em Andaimes. 
• ABNT NBR 7.500 - Símbolo de Risco e Manuseio para o transporte e Armazenamento de Materiais. 
• ABNT NBR 9518 - Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – Requisitos Gerais. 
• ABNT NBR 11.725 - Conexões e Roscas para Válvulas de Cilindros para Gases Comprimidos. 
• ABNT NBR 11.900 - Extremidade de Laços de Cabo de Aço – Especificações. 
• ABNT NBR 12.246 - Prevenção de acidentes em espaços confinados. 
• ABNT NBR 12.791 - Cilindro de Aço, sem costura, para Armazenamento e Transporte de Gases a 
Alta Pressão. 
• ABNT NBR 12.790 - Cilindro de Aço Especificado, sem costura, para Armazenagem e Transporte 
de Gases a Alta Pressão. 
• ABNT NBR 13.541 - Movimentação de Carga – Laço de Cabo de Aço – Especificações. 
• ABNT NBR 13.542 - Movimentação de Carga – Anel de Carga. 
• ABNT NBR 13.543 - Movimentação de Carga – Laço de Cabo de Aço – Utilização e Inspeção. 
• ABNT NBR 13.544 - Movimentação de Carga – Sapatilho para Cabo de Aço. 
• ABNT NBR 13.545 - Movimentação de Carga – Manilha. 
• Convenção OIT 127 - Peso máximo de carga que pode ser transportado pelo trabalhador.
ATUALIZAÇÕES DA NR 18 
As mudanças e métodos de trabalho no ambiente de trabalho da indústria da 
construção forçaram mudanças também em alguns itens da NR 18, através do 
Comitê Permanente Nacional sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho. 
Desde 1994, foram elaborados diversos estudos que têm provocado alterações no 
texto da NR 18. Estas modificações são publicadas na forma de Portarias: 
Portaria 4 (04/07/95), Portaria 63 (28/12/98), Portaria 13 (09/07/02), Portaria 114 
(17/01/05), Portaria 157 (10/04/06), Portaria 15 (03/07/07). 
http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/38/inss-pres/2007/20.htm
Esta NR foi revisada e ampliada com comentários e informações dos engenheiros 
Ronaldo Ulysses e Edson Russelet (Segurança na Obra - 1999) e consultas no 
site da Sl Engenharia. 
COMENTÁRIOS DA NR 18 
A seguir serão apresentados os comentários da NR 18 indicando os itens e 
subitens do texto legal publicado no Volume 1 - Legislação e Segurança e Saúde 
Ocupacional. 
Referências - Item 18.1 / Subitens 18.1.1 a 18.1.4 - Objetivo e Campo 
de Aplicação 
• Nos últimos anos, a taxa de freqüência dos acidentes vem diminuindo, fato comprovado pelas 
estatísticas disponíveis. A criação do Comitê Permanente Nacional (CPN) e a dos Comitês 
Permanentes Regionais (CPR), reforçadas pelas ações elaboradas e aplicadas pelo MTE, são, em 
grande parte, responsáveis pela mudança deste quadro. 
• A experiência tem mostrado que os cursos e informações sobre os riscos, fornecimento de EPI e 
existência de profissionais do SESMT não são suficientes para garantir a segurança e evitar acidentes 
pessoais sem a motivação do empregado na prevenção de acidentes. 
• Implementar ferramentas de auditoria comportamental para registrar condições abaixo do padrão 
contribui no aumento do nível de atenção no ambiente de trabalho. Os seguintes devem ser 
considerados: 
a) Documentar a participação dos empregados em cursos e palestras; 
b) Fornecer ao empregado todos os procedimentos que ele deve seguir; 
c) Tornar real a participação do Sindicato em campanhas de 
esclarecimento; 
d) Usar sistema de orientação por meio de procedimentos, cartilhas, vídeos 
e outros instrumentos de conscientização. 
e) Aumentar a atuação dos Comitês Permanentes Regionais em 
campanhas de SSO. 
• A NR 18 se aplica a todas as atividades identificadas do Grupo C-18 e C-18 A apresentadas na 
relação da Classificação Nacional das Atividades Econômicas (IBGE). . 
Referências - Item 18.2 / Subitem 18.2.1 - Comunicação Prévia 
• É importante ressaltar a obrigatoriedade da comunicação à Delegacia Regional do Trabalho antes do 
início das atividades, com as informações pertinentes ao item 18.2. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_2.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_1.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_1.asp
Referências - Item 18.3 / Subitens 18.3.1 a 18.3.1.2 - PCMAT 
• Estabelecimento é uma obra individualizada, não importando o porte ou empresa que a construirá. Se 
a responsabilidade da implantação do PCMAT é do empregador ou condomínio, para cada obra 
haverá um único PCMAT. Este PCMAT deverá ser seguido por todos os profissionais que 
desempenharem suas funções naquele estabelecimento, ou obra, independentemente de pertencerem 
aos quadros da empresa maior ou de pequenas empresas de prestação de serviço. 
• Existe grande discussão sobre a necessidade de cada empresa participante da construção apresentar 
seu PCMAT específico aos serviços a serem executados. O PCMAT é uma ferramenta importante 
para a melhoria das condições de meio ambiente de trabalho na construção. Este programa visa a 
implementar medidas que melhorem as condições de segurança, devendo ser amplamente discutido 
na sua elaboração e alterado quando necessário. 
• As alterações do PCMAT podem ocorrer durante a construção, como, por exemplo: alteração de 
cronograma, inclusão de novas tecnologias e equipamentos, mudança de projeto ou alteração na 
relaçãomão-de-obra/equipamento. Não é possível aceitar o mesmo PCMAT para mais de uma obra, 
pois não se trata de uma "receita de bolo", devendo ser específico para as condições individuais de 
cada obra, mesmo em situações similares. 
• Devem ser tomados cuidados na contratação do profissional que elaborá o PCMAT. Em primeiro 
lugar, ele deve ser um profissional do SESMT com experiência em construção, capaz de entender as 
especificidades daquela obra. 
• O PCMAT deve ser apresentado a todos os trabalhadores, demonstrando sua importância e, 
principalmente, sua função de estabelecer os procedimentos de segurança. Nenhum PCMAT terá 
sucesso na sua implantação se não for absorvido e compreendido por todos. Os cuidados com a 
segurança serão lembrados e destacados em campanhas contínuas, nas Sipat e durante a implantação 
do PCMAT. A cada início de uma etapa de construção nova, ele deve ser destacado e relembrado. 
Referências - Subitem 18.3.2 - PCMAT 
• O texto tirado do site Sl Engenharia coloca com muita propriedade uma definição sobre "Profissional 
Legalmente Habilitado" e "Trabalhador Qualificado": 
a) Profissional Legalmente Habilitado: Profissional que possui habilitação 
exigida pela lei. 
b) Trabalhador Qualificado: Aqueles que comprovem, perante o 
empregador e a inspeção do trabalho, uma das seguintes condições: 
capacitação mediante treinamento na empresa, capacitação mediante 
curso ministrado por instituições privadas ou públicas, desde que conduzido 
por profissional habilitado ou ter experiência comprovada em Carteira de 
Trabalho de, pelo menos, 06 (seis) meses na função. 
• Portanto, cuidados devem ser tomados quando for contratado o profissional que fará a elaboração do 
PCMAT. Em primeiro lugar, ele deve ser legalmente habilitado em Segurança do Trabalho e, a partir 
desta condição, conhecer a obra e sua filosofia de construção, realizando um trabalho voltado, única 
e exclusivamente, para aquela obra.O PCMAT pode ser assinado por profissional legalmente 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_3.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_3.asp
habilitado na área de Segurança do Trabalho. Tanto o Técnico quanto o Engenheiro ou o Médico o 
são, um por curso específico de formação em nível técnico, os outros por complementação de curso 
superior (pós graduação). 
• Vale destacar que a qualificação de um empregado é como a carteira de habilitação de um motorista, 
ou seja, um empregado somente pode desempenhar certas tarefas e serviços se for qualificado com 
certificado que o comprove assim como um motorista somente pode dirigir um veículo automotor se 
possuir carteira de motorista. Portanto, um trabalhador da indústria da construção que tenha 
participado de treinamento admissional, recebido os devidos e corretos EPI, orientado sobre suas 
funções através de Ordens de Serviços, com o Atestado de Saúde Ocupacional considerando-o apto 
para seu trabalho e possua situação perfeitamente regular na relação empregado/empregador, deve 
ser considerado capaz e responsável para desempenhar suas atividades profissionais. 
• Cabe ao empregador monitorar as ações deste empregado verificando o devido cumprimento dos 
ensinamentos recebidos e da legislação vigente, chamando sua atenção em caso de falhas, 
descumprimento ou desatenção quanto aos conhecimentos adquiridos. Como informação, a seguir 
são elencados os importantes itens da NR 18 que tratam de Trabalhador Qualificado e Profissional 
Legalmente Habilitado e suas atividades. 
a) Trabalhador Qualificado. Item NR 18 Atividades. 
> 18.6-Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas. 
- 18.6.14-Qualificação como operador de bate-estaca. 
> 18.7-Carpintaria 
- 18.7.1-Qualificação para uso de máquinas e equipamentos 
de carpintaria. 
> 18.9- Estrutura de Concreto 
- 18.9.3-Inspeção de suporte e escoras antes e durante a 
concretagem. 
- 18.9.9-Inspeção de peças e máquinas do sistema 
transportador antes de iniciar os trabalhos. 
> 18.11-Operações de Soldagem e Corte a Quente / Qualificação 
para atividades de soldagem e corte a quente. 
> 18.14-Movimentação de Transporte de Materiais e Pessoas 
- 18.14.1.1-Qualificação para montagem e desmontagem de 
equipamentos de transporte vertical de pessoas e materiais. 
- 18.14.1.2-Qualificação para executar manutenção de 
equipamentos de transporte vertical de pessoas e materiais. 
- 18.14.2-Qualificação para operação de equipamentos de 
movimentação e transporte de pessoas e materiais. 
- 18.14.7-Qualificação para vistorias equipamentos de guindar 
e transportar antes do inicio dos trabalhos. 
- 18.14.9-Qualificação para executar manobras de 
movimentação com equipamentos de transporte de materiais 
e pessoas. 
- 18.14.21.2-Qualificação para montar e desmontar torres de 
elevadores. 
> 18.15-Andaimes e Plataformas de Trabalho 
- 18.15.30.2-Instalação e manutenção de andaimes 
suspensos. 
- 18.15.35.1-Responsável pela verificação diária de andaimes 
suspensos e usuários. 
- 18.15.47.2-Instalação, manutenção e inspeção periódica de 
plataformas de trabalho. 
- 18.15.47.3-Operador de plataformas de trabalho. 
> 18.20-Locais Confinados 
> 18.20.1-Monitorar permanentemente substâncias que causem 
asfixia explosão e intoxicação no interior de locais confinados 
> 18.21-Instalações Elétricas 
- 18.21.1-Execução e manutenção das instalações elétricas 
- 18.21.15-Acessar transformadores e estações abaixadores 
de tensão 
> 18.22-Maquinas e Equipamentos e Ferramentas Diversas 
- 18.22.1-Operação de máquinas e equipamentos que 
exponham o operador e terceiro a risco 
- 18.22.5-Abastecer máquinas e equipamentos com motor à 
explosão 
- 18.22.12-Encher pneus de equipamentos pesados 
- 18.22.18-Operador ferramentas de fixação à pólvora 
- 18.25.4-A condução de veículos para transporte coletivo de 
passageiros 
> 18.36-Disposições Gerais 
- 18.36.3-Realizar escavações e orientar operário quando da 
aproximação de tubulações até de tubulações distância 
mínima de 1,50 m. 
- 18.36.4-Inspecionar o escoramento e a resistência das 
formas durante os trabalhos de lançamento e vibração de 
concreto. 
> Anexo III Anexo Plano de Carga para Grua, Anexo III- x -a 
Operador de grua, Anexo III - x-b Sinaleiro/Amarrador de carga. 
b) Profissional Legalmente habilitado. Item NR18 - Atividades 
> 18.3- PCMAT e 18.3.2- Deve elaborar o PCMAT 
> 18.4-Áreas de Vivência 
- 18.4.1.3.2-Laudo técnico relativo à ausência de riscos 
químicos, físicos e biológicos em contêineres usados como 
áreas de vivência. 
> 18.5-Demolição e 18.5.3-Programação e direção (coordenação) de 
demolições 
> 18.6-Escavações, Fundações e Desmonte de Rochas 
- 18.6.3-Responsabilidade técnica por serviços de 
escavações, fundações e desmonte de rochas. 
> 18.9-Estruturas de Concreto 
- 18.9.2-Supervisão do uso de formas deslizantes 
- 18.9.7-Inspeção de dispositivos e equipamentos usados em 
pró-tensão (antes e durante os trabalhos) 
> 18.14-Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas 
- 18.14.1-Dimensionamento de equipamentos de transporte 
vertical de pessoas e materiais 
- 18.14.24.1.1-Para distanciamento inferior a 3m (três metros), 
a interferência deverá ser objeto de análise técnica por 
profissional habilitado, dentro do plano de carga. 
- 18.14.1.2-Supervisionar a execução da manutenção de 
equipamentos de transporte vertical de pessoas e materiais 
- 18.14.24.10.1-Projeto específico para utilização de gruas em 
casos especiais (ART) 
- 18.14.24.13.1-Supervisionar a implantação, instalação, 
manutenção e retiradas de gruas (ART). 
- 18.14.24.14- Dispor de projeto elaborado por profissional 
legalmente habilitado mediante emissão de ART, com 
especificação do dispositivo e descrição das características 
mecânicas básicas do equipamento. 
- 18.14.24.15- Emitir laudo estrutural e operacional quando a 
integridade estrutural e eletromecânica para gruas que não 
dispuserem identificação do fabricantenem do importador ou 
que já tenham mais de 20 anos de fabricação. 
- 18.14.24.15-Ser responsável por elevadores de cremalheira 
para transporte de pessoas e materiais 
> 18.15-Andaimes e Plataformas de Trabalho 
- 18.15.1-Fazer o dimensionamento dos andaimes, de sua 
estrutura e de sua fixação. 
- 18.15.30- Elaborar e acompanhar projeto para sistemas de 
fixação e sustentação e as estruturas de apoio dos andaimes 
suspensos 
- 18.15.30.2-Supervisão e responsabilidade técnica na 
instalação e manutenção de andaimes 
- 18.15.32.1.1-Gerar estudos de verificação estrutural, em 
caso de sustentação de andaimes suspensos em platibanda 
ou beiral da edificação 
- 18.15.46-Inspeções periódicas de plataforma de trabalho 
com sistema de movimentação vertical em pinhão e 
cremalheira e plataforma hidráulica 
- 18.15.47-Em caso de equipamento importado, os projetos, 
especificações técnicas e manuais de montagem, operação, 
manutenção, inspeção e desmontagem deverão ser revisados 
e referendados por profissional legalmente habilitado no país, 
atendendo ao previsto nas normas técnicas da ABNT ou 
entidades internacionais por ela referendadas, ou ainda, outra 
entidade credenciada pelo CONMETRO. 
- 18.15.47.3-Supervisionar a instalação, manutenção e 
inspeção periódica de plataformas de trabalho. 
- 18.15.47.5-Comprovar tecnicamente situações especiais que 
desobriguem a utilização de cinto de segurança tipo pára-
quedista ligado a um cabo guia fixado em estrutura 
independente do equipamento em plataforma de trabalho 
> 18.18-Telhados e Coberturas 
- 18.18.1-Dimensionar de forma segura dispositivo para 
trabalho em telhado e cobertura 
> 18.20-Locais Confinados 
- 18.20.1-Supervisionar monitoramente de substancias que 
causem asfixia explosão e intoxicação no interior de locais 
confinados 
> 18.21-Instalações Elétricas 
- 18.21.1-Supervisão da execução e manutenção das 
instalações elétricas 
- 18.21.15-Acessar transformadores e estações abaixadores 
de tensão 
> 18.22-Maquinas Equipamentos e Ferramentas Diversas 
- 18.22.11-Inspecionar máquinas e equipamentos 
> 18.25 Transporte de Trabalhadores em Veículos Automotores 
- 18.25.4 Condução de transporte coletivo de ser feita por 
condutor habilitado. 
> Anexo III Plano de carga para Grua 
a) Item XI Responsabilidade - B - Responsável pela manutenção, 
montagem e desmontagem deve designar pessoal com treinamento 
e qualificação para executar as atividades que sempre estarão sob 
supervisão de profissional legalmente habilitado, durante as 
atividades de manutenção, montagem, desmontagem, 
telescopagem, ascensão e conservação do equipamento; chegada 
de operacionalização dos dispositivos de segurança, bem como 
entrega técnica do equipamento e registro destes eventos em livro 
de inspeção ou relatório especifico. 
b) Item XII Manutenção e Alteração no Equipamento - Parágrafo 2°- 
Os serviços de montagem, desmontagem, ascensões, 
telescopagens e manutenções devem estar sob supervisão e 
responsabilidade de engenheiro legalmente habilitado responsável 
com emissão de ART especifica para a obra e para o equipamento 
em questão. 
c) Item XIII Documentação Obrigatória no Canteiro I - Atestado de 
aterramento elétrico com medição ôhmica, conforme NBR 5410 e 
5419, elaborado por profissional legalmente habilitado. 
• Esta tabela deve integrar o dia a dia de profissionais do SESMT que atuam em canteiros de obras, em 
contato direto com os empregados, fiscalizando as mais diversas atividades que ali acontecem. O 
assunto aqui abordado pode ser considerado, por alguns leitores, como simples e óbvio, devendo, no 
entanto, ser analisado à luz da responsabilidade de cada profissional atuante em canteiro de obra 
frente à Responsabilidade Civil e Criminal. 
Referências - Subitens 18.3.3 e 18.3.4 - PCMAT 
• A criação do PCMAT foi um avanço na melhoria das condições de meio ambiente de trabalho na 
construção sendo obrigatória sua elaboração e cumprimento nos estabelecimentos com 20 (vinte) ou 
mais trabalhadores. O PCMAT deve contemplar as exigências da NR 9 (PPRA) e ser mantido, no 
estabelecimento, à disposição do Órgão Regional do MTE. O PCMAT não desobriga, até o 
momento, a elaboração do PPRA. 
• Vamos analisar o que trata a NR 18. A primeira providenciar é enviar para DRT a comunicação 
Prévia da Obra (NR-18.2). Depois, quando iniciar a obra deverar ser elaborado o PPRA (NR-09). 
Quando o canteiro possuir mais de 20 (vinte) empregados registrados deverá providenciar o PCMAT 
(NR-18.3.1). Quanto ao PCMSO (NR-07) é obrigatório elaboração por canteiro de obra, a partir da 
contratação de funcionários na planta. Também deverá possuir um Médico Coordenador deste 
programa com até 10 (dez) funcionários. (NR-7.3.1.1). O empregador, ou condomínio, é responsável 
pela sua implementação e o Programa é integrado pelos seguintes documentos: 
a) Memorial sobre condições e meio ambiente do trabalho, nas atividades e 
operações, levando-se em consideração: 
- Riscos de acidentes e doenças do trabalho. 
- Medidas preventivas. 
b) Projeto de execução das proteções coletivas. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_3.asp
c) Especificações técnicas dos EPC e EPI. 
d) Cronograma de implantação das medidas preventivas. 
e) Layout inicial do canteiro de obra. 
f) Programa educativo. 
• O item 18.3 estabelece a necessidade do PCMAT em obras de construção. A definição de 
"Programa" é "exposição sumária das intenções ou projetos de uma empresa ou de um profissional 
sobre determinado tema". Estabelecimento é uma obra individualizada, não importando nem seu 
porte nem o porte da empresa que a construirá. 
• A implantação do PCMAT nos estabelecimentos é de responsabilidade do empregador ou 
condomínio (item 18.3.3). Se a responsabilidade da implantação do PCMAT é do empregador ou 
condomínio e um programa visa a apresentar intenções ou projetos de um profissional ou de uma 
empresa (no caso do PCMAT mais do profissional do que da empresa), é lógico que para cada obra 
deverá haver um único PCMAT. 
• O PCMAT deverá ser seguido por todos os profissionais que desempenharem suas funções naquele 
estabelecimento, ou obra, independentemente de pertencerem aos quadros da empresa maior ou de 
pequenas empresas de prestação de serviço. Não é possível aceitar que cada empresa participante da 
construção seja cobrada a apresentar seu PCMAT, ou seja, o Programa específico aos serviços que 
ela executará. O PCMAT é único e completo por obra específica. O PCMAT é uma carta de 
intenções contendo as medidas que visem às condições ideais do meio ambiente do trabalho em uma 
obra, devendo ser amplamente analisado durante sua implantação e alterado quando conveniente 
e/ou necessário. 
• Possíveis alterações nas atividades e no cronograma devem ser encaradas de forma natural, tendo em 
vista as mais variadas formas possíveis de situações que, durante a construção, tendem a ocorrer. 
Entre as possíveis alterações, estão as mudanças no cronograma, o surgimento de novas tecnologias 
e equipamentos, mudanças de projeto e alterações na relação mão-de-obra/equipamento. 
• O PCMAT deve ser apresentado formalmente a todos os profissionais que na obra trabalharem ou 
influírem de um modo ou outro, sendo demonstrada sua importância e, principalmente, sua função de 
estabelecer regras que os protejam. Nenhum PCMAT terá sucesso na sua implantação se não for 
absorvido e compreendido por todos. Segurança tem que ser lembrada e destacada em campanhas 
contínuas e durante a implantação do PCMAT. 
• Nada é pior que o PCMAT "de gaveta", aquele feito só para atender à legislação e à fiscalização. 
Este tema merece mais análise, visando a alcançar o pleno objetivo para o qual foi criado, sendo uma 
obrigação dos profissionais ligados à Segurança no Trabalho conhecê-lo profundamente. 
Referências - Item 18.4 / Subitens 18.4.1 a 18.4.2.7.2 - Áreas de 
Vivência 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_4.asphttp://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_4.asp
• Pesquisas de aplicabilidade da NR 18 sugerem que as áreas de vivência, 
apesar de serem prioridade da fiscalização, ainda têm um elevado nível de 
não conformidade, apresentando falta de cumprimento de exigências 
bastante simples, tais como a colocação de suportes para sabonete, cabide 
para toalha junto aos chuveiros e recipiente com tampa para depósito de 
papéis usados junto ao vaso sanitário. 
• As áreas de vivência, apesar de não estarem diretamente relacionadas à 
causas de acidentes, influenciam na sua maior ou menor ocorrência, visto 
que condições precárias da mesma contribuem para diminuir a auto-
estima dos trabalhadores, resultando em comportamento abaixo do 
padrão. 
• Nas frentes de trabalho itinerantes, são utilizadas alternativas portáteis 
bastante higiênicas e confortáveis. 
• As instalações sanitárias devem ter paredes de material resistente e 
lavável, podendo ser de madeira. Os pisos possuirão material 
impermeável e antiderrapante, além de portas que impeçam o 
devassamento. É importante ressaltar que os banheiros não farão ligação 
com locais destinados às refeições e deverão ser independentes para 
homens e mulheres. 
• Os vasos sanitários podem ser do tipo bacia turca ou sifonado (subitem 
18.4.2.6.2). Abaixo dois exemplos de bacia turca:
Referências - Subitens 18.4.2.8 a 18.4.2.14.1 - Áreas de Vivência 
• Este item apresenta alterações importantes obrigando a existência de alojamento, local de refeição e 
área de lazer para os trabalhadores. Devemos observar a mudança de nome de "refeitório" para "local 
de refeições", em função do acréscimo da área de lazer. Outra modificação foi a obrigatoriedade de 
ambulatório para frente de trabalho com 50 ou mais trabalhadores, assim como fornecimento de 
lençol, cobertor, fronha e travesseiro, em condições adequadas de higiene. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_4.asp
• Os alojamentos dos canteiros de obras devem ter paredes de alvenaria, madeira ou material 
equivalente, assim como piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente e cobertura 
que proteja das intempéries. 
• É importante, também, ter área mínima de 3m² por módulo, cama e área de circulação. Vale ressaltar 
a proibição de três ou mais camas na vertical e de estarem situados em subsolos ou porões das 
edificações. A distância entre as camas e entre a última cama e o teto deverá ser, no mínimo, de 1,20 
m. Além disso, as camas devem ser de 0,80 m por 1,90 m. 
Referências - Item 18.5 / Subitens 18.5.1 a 18.5.13 -Demolição 
• Desmoronamento e soterramento são os riscos principais e mais evidentes 
em obras de abertura de valas. Observe-se, por exemplo, o citado por Pfeil 
(1987) acerca de um grave acidente ocorrido na construção do metrô de 
Berlim, Alemanha. Neste caso as escavações foram levadas a uma 
profundidade maior que a programada, a chamada sobrescavação, 
chegando próximas à base de perfis verticais que sustentavam 
internamente as estroncas (a vala tinha argura de 21m). Assim, as bases 
dos perfis verticais ficaram praticamente livres, permitindo seu 
deslocamento vertical no sentido ascendente, causando a desestabilização 
das estroncas e o conseqüente colapso do escoramento causando a morte 
de 19 operários. 
• Mais recentemente, o trabalho de Gawryszewski, Mantovanini e Liung 
(1998) acerca dos acidentes fatais do trabalho ocorridos em 1995 no 
Estado de São Paulo, aponta que 8,2% daqueles do setor da Construção 
Civil referem-se a soterramentos. Os Ministérios da Previdência e 
Assistência Social (MPAS) e do Trabalho e Emprego (MTE) apresentaram o 
Anuário Estatístico dos Acidentes de Trabalho 2000 (Portaria MPAS nº01, 
de 09/05/02), um documento específico para o setor de Segurança e Saúde 
no Trabalho. 
• Conhecer aonde é que está o perigo é uma importante ferramenta para 
planejar e fiscalizar os ambientes de trabalho, embora não se possa 
esquecer que os dados colhidos não abrangem o universo total de 
trabalhadores, e sim, apenas aqueles cobertos pelo Seguro Acidente do 
Trabalho e com os devidos vínculos de empregos registrados em suas 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_5.asp
respectivas empresas. Estar ciente das conseqüências para tomar 
iniciativas que evitem os acidentes é de suma importância, pois eles saem 
muito caro. É um mau negócio para empresas, trabalhadores, governo e 
sociedade como um todo. 
• Casos de soterramento são observados em várias companhias de saneamento do país. O principal 
motivo para a ocorrência de tais acidentes é a ausência dos sistemas de contenção do solo. A 
principal alegação das empreiteiras é que a instalação do escoramento é demorada, atravancando a 
continuidade da obra e atrasando o cronograma. Evidentemente, isto não procede, pois não se deve 
justificar a ausência ou precariedade das medidas de segurança em função de fatores econômicos 
e/ou de produção. Segundo dados de PROTEÇÃO (2004), no ano 2000 ocorreram 33 mortes no 
Brasil no setor de saneamento, sendo a maioria por soterramento. A terceirização que vem 
sistematicamente ocorrendo no setor, em geral, leva à precarização das condições de segurança e 
saúde no trabalho, aliás, como é típico em outros setores econômicos em que este fenômeno vem 
surgindo no Brasil. O setor de saneamento é considerado tão problemático no país que em 2004 o 
Ministério do Trabalho e Emprego priorizou a fiscalização nesta atividade em 6 estados da 
federação, além do Distrito Federal. 
• Por fim, cabe destacar que os índices de acidentes de trabalho em escavação na indústria da 
construção civil é elevado no Brasil. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego e da 
Previdência Social, conforme Anuário anteriormente mencionado, a atividade econômica de 
perfuração e execução de fundações destinadas a construção civil colocou-se em 14º lugar entre as 
560 existentes, considerando freqüência, gravidade e custos dos acidentes de trabalho no período 
1997-1999. Outros dados revelam que os soterramentos estão, ao lado de quedas e eletrocussão, 
entre os principais tipos de acidentes de trabalho fatais ocorridos na indústria da construção civil. Há 
no país, várias ações na justiça do trabalho contra empregadores, engenheiros e mestres de obras 
responsabilizando-os civil e criminalmente por acidentes de trabalho ocorridos nestas atividades. 
• Toda demolição deve ser programada e dirigida por profissional legalmente habilitado. Este tipo de 
trabalho deve ser realizado por empresa especializada. Deve ser sempre proibida a qualquer pessoa 
não autorizada, a entrada na área onde se faz a demolição. Os Riscos mais freqüentes em demolições 
são: 
a) Danos causados nas estruturas vizinhas; 
b) Riscos específicos, como explosões, incêndios ou vibrações quando da 
utilização de explosivos ou utilização de lança térmica; 
c) Riscos associados à poluição sonora (ruído); 
d) Riscos associados à projeção de poeiras e partículas; 
e) Riscos de projeção de elementos demolidos; 
f) Riscos elétricos. 
• As causas principais de ocorrência de acidentes são: falta de sinalização, delimitação e controle de 
acesso; sobrecarga de pisos com entulhos; utilização de andaimes mal ancorados ou escorados; não 
utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI); e ausência de informação para os riscos 
associados às demolições. 
Referências - Item 18.6 / Subitens 18.6.1 a 18.6.3 - Escavações, 
Fundações e Desmonte de Rochas 
• A adoção da escavação manual ou mecanizada dependerá da natureza do solo, das características do 
local (topografia, espaço livre, interferência) e do volume a ser escavado. Deverão ser seguidos os 
projetos e as especificações no que se refere à locação, profundidade e declividade da escavação. 
Entretanto, em alguns casos, as escavações poderão ser levadas até uma profundidade superior à 
projetada, até que se encontrem as condições necessárias de suporte para apoiodas estruturas. 
• Sabe-se que há muitas incertezas na determinação dos parâmetros de rigidez e resistência do solo, 
pois este material diferentemente de outros como concreto, aço e madeira apresenta, em geral, uma 
elevada heterogeneidade. Diante destas condições, o estabelecimento da segurança dos membros 
estruturais requer mais atenção, com conseqüentes majorações dos coeficientes de segurança. Devem 
ser abordados os vários mecanismos de ruptura da contenção, tais como a ruptura geral, a ruptura de 
fundo, o piping e, com maior ênfase, as ruínas devido a esforços solicitantes elevados nos membros 
da contenção (paramento e escoramento). 
• Os deslocamentos nas proximidades da vala que podem provocar fissuras nas edificações vizinhas 
também merecem atenção. Para tanto, é necessário que o método de cálculo da contenção adotado 
seja adequado ao porte e aos requisitos estipulados da construção, conforme Tacitano (2005). 
Referências - Subitens 18.6.4 a 18.6.9 - Escavações, Fundações e 
Desmonte de Rochas 
• Quando necessário, os locais escavados serão isolados, escorados e esgotados por processo que 
assegure proteção adequada. As escavações com mais de 1,25 m de profundidade deverão dispor de 
escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de 
emergência, a saída rápida dos trabalhadores, independentemente da adoção de escoramento. 
• As áreas sujeitas à escavação em caráter permanente deverão ser estabilizadas de maneira a não 
permitir movimento das camadas adjacentes. Em caso de valas, serão observadas as imposições do 
local do trabalho, principalmente as concernentes à segurança dos transeuntes e de animais. Nas 
escavações executadas próximas a prédios ou edifícios, vias públicas ou servidões, deverão ser 
empregados métodos de trabalho que evitem as ocorrências de qualquer perturbação oriunda dos 
fenômenos de deslocamento, tais como: 
a) Escoamento ou ruptura das fundações; 
b) Descompressão do terreno da fundação; 
c) Descompressão do terreno pela água. 
• As grelhas, bocas de lobo e os tampões das redes dos serviços públicos, junto às escavações, deverão 
ser mantidos livres e desobstruídos. 
• Quando o material for considerado, a critério da fiscalização, apropriado para utilização no reaterro, 
será ele, a princípio, estocado ao longo da escavação, a uma distância equivalente à profundidade 
escavada, medida a partir da borda do talude. Materiais não reutilizáveis serão encaminhados aos 
locais de "bota-fora" ou deixados ao longo da escavação. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_6.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_6.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_6.asp
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• Em vias públicas onde a deposição do material escavado puder acarretar problemas de segurança ou 
maiores transtornos à população, a remoção e estocagem do material escavado para local adequado, 
para posterior utilização. 
• Ao se atingir a cota de projeto, o fundo da escavação será regularizado e limpo. Atingida a cota, se 
for constatada a existência de material com capacidade de suporte insuficiente para receber a peça ou 
estrutura projetada, a escavação deverá prosseguir até que se possa executar um "colchão" de 
material de base, a ser determinado de acordo com a situação. 
• No caso do fundo da escavação se apresentar em rocha ou material indeformável, sua cota deverá ser 
aprofundada, no mínimo, em 0,10 m, de forma a se estabelecer um embasamento com material 
desagregado de boa qualidade (normalmente, areia ou terra). A espessura desta camada deverá ser 
determinada de acordo com especificidade da obra. 
• Em complemento à NR 18 item 18.6 apresentaremos as contribuições dos engenheiros Marcelo 
Tacitano, Lie Tjiap Liungs sobre o estabelecimento das condições mínimas de segurança e saúde na 
execução de valas. Além dos aspectos de dimensionamento anteriormente mencionados, requisitos 
construtivos devem ser observados para que os trabalhos de escavação de valas se processem dentro 
de condições aceitáveis. Assim, quando a profundidade de uma vala atinge 1,25m ou mais, é 
conveniente escorá-la, ou respeitar os ângulos de talude naturais; deve-se evitar a acumulação de 
material escavado e equipamentos junto à borda das valas, e no caso disto não ser possível, deve-se 
tomar as precauções que impeçam o deslizamento das paredes e a queda na vala de tais materiais; 
como norma geral, deve-se manter uma distância de aproximadamente metade da profundidade livre 
de carga e circulação de veículos; quando a profundidade de uma vala é igual ou superior a 2m deve-
se proteger as suas bordas com um guarda-corpo ou sinalização adequada.
• Em caso de inundação de valas, é imprescindível a revisão minuciosa e detalhada antes de se 
reiniciar os trabalhos, devendo-se retirar a água não prevista o quanto antes para evitar a 
desestabilização da vala ou talude; deve-se revisar o estado dos cortes e taludes a intervalos regulares 
nos casos em que podem receber empuxos acidentais de veículos, martelos pneumáticos etc.; deve-se 
dispor de pelo menos uma escada portátil para cada equipe de trabalho, a qual deve ultrapassar em 1 
metro a superfície da vala; não se deve instalar no interior de valas máquinas acionadas por motores 
a explosão que gerem gases como o monóxido de carbono, a não ser que sejam providas de 
instrumentos necessários para sua exaustão; 
• Os operários que trabalham no interior de valas devem estar devidamente informados através de 
instruções de segurança do trabalho e de medidas necessárias de proteção para cada risco específico; 
as contenções devem ser revistas ao começar a jornada de trabalho e quando ocorrerem interrupções 
de trabalho de mais de um dia ou alterações atmosféricas como chuvas; e se recomenda que o 
paramento da contenção ultrapasse em um pequeno trecho a borda da vala, para que sirva como um 
rodapé, evitando a queda de objetos e materiais no seu interior. 
• Em geral, as contenções ou parte delas são retiradas quando deixam de ser necessárias, começando 
pela parte inferior do corte. De toda forma, os procedimentos de reaterro devem ser previamente 
planejados, tomando-se as mesmas precauções da fase de escavação. Fang (1991) alerta que deve ser 
lembrado que o projetista de estruturas de contenção geralmente tem pouco controle sobre a 
execução de seu trabalho. 
• Os empuxos do solo são afetados por muitas condições, e não é a menor delas o método construtivo 
a qualidade do trabalho manual envolvido. Se as deformações da estrutura de contenção não são as 
previstas, grandes mudanças de empuxos podem ocorrer. Falta de procedimentos de inspeção 
adequados e liderança podem resultar em desconformidade em soldagens, deslocamento ou 
localização incorreta de certos membros e seqüências impróprias de trabalho. 
• A Delegacia Regional do Trabalho no Estado de São Paulo, vem atuando com rigor neste setor. 
Juntamente com Ministério Público do Trabalho, um Termo de Ajustamento de Conduta foi 
acordado entre estes órgãos e a SABESB (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São 
Paulo) para que sejam observadas as normas de Segurança e Saúde do Trabalho nos serviços em 
valas. As empresas por ela contratadas também devem seguir estas normas. 
Referências - Subitens 18.6.10 e 18.6.10.1 - Escavações, Fundações 
e Desmonte de Rochas 
• Os riscos críticos presentes nas escavações em via pública são a existência de tubulações de gás 
natural. A rede de gás natural possui tubulações de aço carbono e de PEAD (polietileno de alta 
densidade). Essas tubulações têm uma grande variedade de diâmetros e podem estar localizadas em 
ruas e avenidas, calçadas, acostamentos ou junto ao limite da faixa de domínio de rodovias. 
• Normalmente, as tubulações estão instaladas na profundidade de 1m. Entretanto, na rede residencial 
instalada nas calçadas, as tubulações estão em uma profundidadede 60 cm. Devido a inúmeras 
interferências e disposições de terrenos, estas medidas podem sofrer variações, sendo necessário 
verificar a posição da tubulação no ponto específico de trabalho. 
• As instalações de redes de gás são mantidas afastadas por, no mínimo, 30 cm de outras infra-
estruturas subterrâneas (tubulações de saneamento, telefonia, energia elétrica etc). 
• Toda a rede de gás possui sinalização externa através de placas de aviso, balizadores, tachões no piso 
de calçadas e de pinturas da presença da rede no piso asfáltico. Dentro da vala, existe uma fita 
plástica de segurança, colocada acima da tubulação. Em locais como travessias de ruas e calçadas, é 
colocada adicionalmente uma placa de concreto com a inscrição "COMPAGAS" acima da tubulação. 
As válvulas de serviço de alimentação normalmente estão nas calçadas a 60 cm de profundidade e 
possuem uma tampa de ferro fundido com a inscrição da companhia de gás conforme exemplo 
abaixo da empresa COMPAGAS. 
Tachão de piso de 
Calçada
Fita plástica de 
segurança 
Tampa de Ferro 
Fundido
Placa de Concreto 
• Para evitar acidentes em serviços de escavação junto à rede de gás, siga as instruções abaixo: 
a) Esteja seguro de que os trabalhos de escavação estão bem planejados e 
que dispõem de equipamentos para escavação manual nas proximidades 
da tubulação de gás; 
b) Quando estiver a cerca de 50 cm da posição da tubulação de gás, 
somente efetue escavação manual; 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_6.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_6.asp
c) Quando estiver trabalhando paralelamente à tubulação de gás, efetuar 
manualmente furos de sondagem para confirmar a posição da tubulação de 
gás; 
d) Durante a execução dos serviços, procure manter a sinalização da Rede 
de Gás Natural. Se necessário, solicite material de reposição com a 
COMPAGAS, de modo a assegurar que a presença da rede continue 
sinalizada, evitando possíveis acidentes com serviços futuros. 
e) Ao planejar serviços de escavação, consulte a empresa de gás sobre a 
presença da rede de gás no local, ligando para o número da companhia de 
gás. 
f) No caso de atingir as tubulações da rede de gás, mesmo em caso de 
arranhões, não faça o reaterro da vala sem que seja feita a análise da 
gravidade do incidente pelos técnicos da empresa de gás. 
g) Problemas, nesse momento, comprometem a segurança da população e 
dos consumidores de gás no futuro. Antes de abrir qualquer tipo de vala 
próximo a rede de gás natural, consulte a empresa de gás. 
• O gás natural, bem como o GLP, não é pirofórico, isto é, não entra em combustão em contato com o 
ar; ele precisa de uma fonte de ignição. Tenha consciência de que o próprio calor das máquinas e a 
energia elétrica das baterias podem dar início a uma combustão, pois é grande o risco de explosão. 
Por isso, no caso de uma máquina furar uma tubulação de gás, a recomendação imediata é desligar 
imediatamente todos os equipamentos, isolar a área e utilizar água na forma de neblina para dispersar 
a nuvem de gás. Chame imediatamente os bombeiros, Defesa Civil e a empresa de gás. 
Referências - Subitens 18.6.11 a 18.6.19 - Escavações, Fundações e 
Desmonte de Rochas 
• Nas escavações com emprego de explosivos, serão obedecidas as regulamentações técnicas e legais 
concernentes à atividade. Deverá ser apresentada a autorização do órgão competente para transporte, 
armazenamento e uso de explosivos, antes do início das detonações. 
• A área de fogo deverá ser protegida contra a projeção de partículas, quando houver risco para 
trabalhadores e terceiros. Em função das condições locais, poderá ser exigido o uso de redes de 
segurança. A detonação das cargas deverá, obrigatoriamente, ser precedida e seguida de sinais de 
alerta. A carga das minas será feita somente por ocasião da execução dos trabalhos de detonação, 
jamais na véspera ou mesmo com simples precedência de horas. 
• Sempre que for necessário preservar a estabilidade e resistência dos cortes executados em rocha, 
estes deverão ser conformados utilizando-se pré-fissuramento ( detonação controlada do perímetro, 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_6.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_6.asp
realizada antes da escavação), fogo cuidadoso cushion blasting (detonação controlada do perímetro, 
realizada durante a escavação) ou perfuração em linha. 
• No decorrer do desmonte a fogo, o escoramento deverá ser permanentemente inspecionado e 
reparado após a ocorrência de qualquer dano. As detonações deverão ser programadas para horários 
que não perturbem o repouso dos moradores das vizinhanças e que não coincidam com aqueles de 
maior movimento. Sempre que for inconveniente ou desaconselhável o emprego de explosivos, a 
critério da fiscalização, será utilizado o desmonte a frio, empregando-se o processo manual, 
mecânico (rompedor) ou pneumático (cunha metálica). 
• O ar comprimido, muitas vezes é usado de forma inadequada, ou seja, a prática de atos inseguros pôr 
parte de alguns funcionários, comum em áreas de muita poeira que utilizam o ar comprimido para 
limpar a roupa. Atos desta natureza podem acarretar sérias conseqüências a aqueles que por 
desconhecimento ou ignorar os preceitos de segurança venham a cometer estas imprudências. 
Devido ao perigo que representa o ar comprimido não deve ser aplicado sobre o “Corpo”, não deve 
ser usado para “Limpeza” de roupa de trabalho, tirar pó ou sujeira “do cabelo ou do corpo”. Um jato 
de ar comprimido pode resultar nos seguintes danos:
o Tirar um olho de sua órbita, romper um tímpano, ou causar hemorragia interna ao penetrar 
nos poros; 
o Quando muito perto da pele, pode penetrar por um corte ou uma escoriação e insuflar o 
tecido humano (encher de ar). A lesão poderá ser fatal se o ar chegar a penetrar em um vaso 
sangüíneo, porque pode produzir borbulhas de ar que interrompe a circulação do sangue. 
Essa lesão denomina-se, “embolia gasosa”; 
o Pode empurrar ou arremessar partículas de metal ou outros materiais, a velocidades tão 
altas, que os convertem em mini projéteis perigosos para o corpo e principalmente para o 
rosto e olhos; 
o Impurezas tais como: partículas de óleos, graxas e outras partículas muito pequenas que 
introduzidas sob a pele, pelos poros, podem causar inflamações nos tecidos; 
Referências - Subitens 18.6.20 a 18.6.23.1 - Escavações, Fundações 
e Desmonte de Rochas 
• Para a execução de tubulões a céu aberto, aconselha-se a leitura do item 18.20 da NR 18 e seus 
respectivos comentários apresentados mais adiante neste livro. Consultar a NR 33 aprovada pela 
Portaria MTE 202 de 22/12/2006. 
Referências - Item 18.7 / Subitens 18.7.1 e 18.7.2 - Carpintaria 
• Na serra circular, o baixo cumprimento das exigências faz com que seu manuseio seja responsável 
por uma parcela considerável de acidentes, sendo superado apenas pelas ferramentas manuais, como 
as fôrmas de madeira ou metálicas e impacto contra peças soltas. Os acidentes envolvendo as serras 
envolvem a falta de aterramento da carcaça do motor e a falta de coletor de serragem. 
Referências - Subitens 18.7.3 a 18.7.5 - Carpintaria 
• A serra circular de bancada é uma máquina de corte, cuja ferramenta é constituída de um disco 
circular provido de arestas cortantes em sua periferia, montado em um eixo que lhe transmite 
movimento rotativo e potência de corte, sendo o conjunto acionado por um motor elétrico, através de 
polias e correias. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_7.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_7.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_6.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_6.asp
• Os riscos mais freqüentes que encontramos no manuseio da serra circular são: cortes e amputações 
nos membros superiores, ruptura do disco, ruído excessivo, descargas elétricas, projeção de 
partículase incêndios. 
• Os EPI devem ser utilizados no manuseio da serra circular, sendo os mais importantes o protetor 
facial contra a projeção de partículas e o protetor auricular. Outros equipamentos também podem ser 
usados quando a operação assim o exigir: avental de raspa, sapatos de segurança e máscaras contra 
poeira. 
• Em relação às medidas de proteção coletiva, poderíamos citar entre as mais freqüentes: proteção das 
transmissões de força, cobertura da serra circular, aterramento elétrico, instalação de extintor de 
incêndio (gás carbônico para a parte elétrica e água-gás para a madeira e a serragem). 
Referências - Item 18.8 / Subitens 18.8.1 a 18.8.6 - Armações de Aço 
• Os trabalhadores devem ser treinados quanto ao uso correto da máquina de cortar e dobrar barras de 
aço, e as sobras de vergalhões devem ser recolhidas e depositadas em local apropriado. 
• O transporte de vergalhões ou armações, feitos geralmente por guindastes, deve ser feito com 
atenção para não atingir pessoas ou rede elétrica. 
Referências - Item 18.11 / Subitens 18.11.1 a 18.11.4 - Operações de 
Soldagem e Corte a Quente 
• Recomendamos a leitura da NR 15 e seus comentários para um maior entendimento dos aspectos 
técnicos e legais envolvendo operações e atividades insalubres, principalmente aquelas provenientes 
dos trabalhos de soldagem. 
• Nas áreas onde existe risco de incêndio ou explosão devido à presença de gases ou vapores 
inflamáveis deverá ser implementado sistema de permissão para trabalho. 
• A qualificação dos soldadores pode ser feita através de cursos profissionalizantes do SENAI ou de 
acordos com os requisitos da Fundação Brasileira de Tecnologia de Soldagem (FBTS). A Petrobras 
possui critérios próprios de qualificação, de modo a atender aos requisitos internos rigorosos de 
qualidade. 
Referências - Subitens 18.11.5 e 18.11.6 - Operações de Soldagem e 
Corte a Quente 
• Uma medida importante para a prevenção de acidentes é a utilização de dispositivos de segurança em 
equipamentos de solda e corte. Infelizmente, não existe muita conscientização sobre a importância 
deste acessório. Muitos ainda encaram este dispositivo de segurança como item supérfluo e, 
somente, após a ocorrência de um acidente, às vezes com conseqüências graves, é que sua real 
necessidade é considerada. Há, atualmente, dois tipos de dispositivos de segurança: dispositivos 
contra retrocesso de chama e Válvulas de Contra Fluxo. 
• Dispositivos contra retrocesso de chama: É um dispositivo para conexão às fontes de gases 
combustíveis (cilindros e centrais de gases), especialmente para acetileno e GLP (propano, butano, 
propeno e buteno). Estes dispositivos podem ser conectados na saída dos reguladores de pressão, 
centrais de gases e postos de serviços industriais. A obrigatoriedade dos dispositivos de segurança, 
observada nesta NR, deixa em aberto em que tipo de gás deve ser usado tais dispositivos. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_11.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_11.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_11.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_11.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_8.asp
• No Brasil, estes dispositivos sempre foram 
utilizados nos cilindros de gás combustível, 
muito embora existam dispositivos de 
segurança no mercado para oxigênio, sendo 
obrigatória sua utilização em alguns países da 
Europa. Como o item 18.11.6 apresenta a 
expressão no plural "as mangueiras devem 
possuir mecanismos contra o retrocesso de chama ...", entendemos que 
estes dispositivos devem ser utilizados tanto para o gás combustível quanto 
para o oxigênio. As funções básicas destes dispositivos de segurança são: 
a) Evitar o contra fluxo de gases: impede a reversão dos fluxos dos gases 
evitando a formação de mistura gasosa nos reguladores e instalação 
centralizada de gases. Isto reduz o risco de explosão ocasionado por 
entupimento de bicos de maçaricos ou purga incorreta das mangueiras. 
b) Evitar a contra pressão: dependendo do fabricante, algumas válvulas 
unidirecionais ativam um bloqueio de contra fluxo cortando o suprimento de 
gás, quando ocorrer um retrocesso de chama, ou contra pressão na 
mangueira superior a 0,02 bar. 
c) Extinguir o retrocesso de chama: dependendo do fabricante, possuem 
um filtro metálico sintetizado (o mais eficiente é feito de aço inoxidável de 
alta capacidade de fluxo) capaz de extinguir a chama proveniente do 
retrocesso, enquanto que o fluxo é interrompido pela válvula unidirecional, 
impedindo que a chama atinja o regulador e o sistema de suprimento dos 
gases. 
d) Travamento termo-sensível: dependendo do fabricante, possuem um 
dispositivo termo-sensível que corta o suprimento do gás em situações na 
qual a temperatura externa próxima ultrapasse 95°C. 
• Válvulas de Contra Fluxo; Têm a função de evitar a entrada de gás de um sistema para outro, em 
caso de defeito no maçarico, ou mesmo por entupimento do bico de solda ou de corte. Devido à sua 
finalidade, as válvulas de contra fluxo devem ser instaladas nas conexões de entrada do maçarico. 
• As válvulas de contra-fluxo mais simples são erroneamente consideradas e chamadas de "válvulas 
contra retrocesso de chama" e, com isso, sua finalidade de aplicação é deturpada, pois a mesma não 
consegue deter o retrocesso de chama em virtude dos elementos que constituem a sua parte interna 
sofrerem danos pelo calor de chama retrocedida. 
• Vale lembrar que existe no mercado válvulas de contra-fluxo funcionando com dupla função, pois 
possui no seu interior um filtro sinterizado que extingue as chamas provenientes de um possível 
retrocesso de chama. Porém, todo cuidado deve ser tomado na compra do dispositivo de segurança. 
Leia atentamente as recomendações do fabricante quanto ao uso correto dos dispositivos de 
segurança. 
Referências - Subitem 18.11.7 - Operações de Soldagem e Corte a 
Quente 
• O termo "garrafa", utilizado no item 18.11.7, não é tecnicamente adequado. O termo certo é "cilindro 
de gás". Da mesma forma, não se deve chamar de "balas" ou qualquer outro nome que não seja 
"cilindro de gás". 
• Cilindros de gás, embora sejam bastante resistentes ao impacto mecânico, são pouco eficientes no 
caso de uma incidência direta de chama proveniente de um maçarico ou de um incêndio. Nestes 
casos, sempre existirá o risco de explosão do cilindro, devido à ação térmica sobre o aço. 
• No caso anterior, a explosão dos cilindros poderá ocorrer em poucos minutos (no caso de uma chama 
de acetileno, em até cinco minutos), independentemente da presença de dispositivos de segurança. 
• Ressalta-se que a temperatura de uma chama acetileno / oxigênio alcança 3.100°C enquanto que a de 
GLP/oxigênio fica em torno de 2.000°C e a do hidrogênio/oxigênio em torno de 2.200°C. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_11.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_11.asp
• No caso do oxigênio e de outros gases oxidantes, existe o risco do uso de lubrificantes com 
hidrocarbonetos comuns, tais como: óleo, graxa, solventes, gasolina e outros. Neste caso, o resultado 
será uma explosão imediata do sistema, principalmente válvulas, reguladores de pressão, tubulações 
e outros. 
• Usando a NR 22 como referência técnica, o item 22.11.23 estabelece que os cilindros contendo gases 
comprimidos devem ser armazenados em depósitos bem ventilados e estar protegidos contra quedas, 
calor e impactos acidentais, bem como observar o estabelecido nas NBR 12.791 Cilindro de Aço, 
sem costura, para Armazenamento e Transporte de Gases a Alta Pressão, NBR 12.790 Cilindro de 
Aço Especificado, sem costura, para Armazenagem e Transporte de Gases a Alta Pressão, e NBR 
11.725 Conexões e Roscas para Válvulas de cilindros para Gases Comprimidos, além de atender às 
recomendações do fabricante. 
Referências - Subitens 18.11.8 e 18.11.9- Operações de Soldagem e 
Corte a Quente 
• Soldagem com eletrodos revestidos é definida como um 
processo de soldagem com arco, no qual a união é produzida 
pelo calor do arco criado entre um eletrodo revestido e a peça a 
soldar. Pela AWS, este processo é chamado Shielded Metal 
Arc Welding (SMAW). 
• Ele tem como característica principal a possibilidade de soldar 
diversos tipos de materiais por conta das inúmeras formulações 
diferentes na fabricação dos eletrodos, sendo por isso um 
processo extremamente versátil e de baixo custo. Estima-se 
que mais de 72% sejam comercializados no país através de 
eletrodos revestidos (I Congresso Ibero-Americano de 
Soldagem). Observe as figuras ao lado. 
Esquema geral da solda por eletrodo 
revestido 
• Neste processo, este elemento é essencial para se obter uma boa solda. O eletrodo revestido consiste 
de um arame de metal, que é o mesmo do material a ser soldado, com um revestimento externo que 
define quais características (propriedades mecânicas, químicas e metalúrgicas) terá a junta soldada. 
Veja a figura ao lado. 
• Neste processo, não se utiliza gás, pois a proteção contra as contaminações trazidas pelo oxigênio e 
nitrogênio (corrosão e fragilidade no cordão de solda) são feitas pelo próprio revestimento do 
eletrodo. Um eletrodo revestido é constituído por uma vareta metálica, com diâmetro variando entre 
1,5 e 8 mm e comprimento entre 23 e 45 cm, recoberta por uma camada de fluxo aglomerado 
(revestimento). As principais funções do revestimento do eletrodo são: 
a) Funções elétricas (isolamento): O revestimento é um mau condutor de 
eletricidade. Assim, isola a alma do eletrodo, evitando que em um eventual 
contato não haja a abertura de indesejáveis arcos de solda laterais. Já na 
ionização, o revestimento contém silicatos de sódio e potássio que ionizam 
a atmosfera do arco. O potássio e o sódio são elementos importantes na 
soldagem porque a atmosfera ionizada por eles facilita a passagem da 
corrente elétrica, dando origem a um arco estável. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_11.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_11.asp
b) Funções físicas e mecânicas: O revestimento fornece gases para 
formação da atmosfera protetora das gotículas do metal contra a ação do ar 
ambiente. O revestimento se funde e depois se solidifica sobre o cordão de 
solda, formando uma escória de material não metálico que protege o 
cordão da oxidação pela atmosfera normal, enquanto a solda está 
resfriando. O revestimento proporciona o controle da taxa de resfriamento e 
contribui no acabamento do cordão. 
c) Funções metalúrgicas: O revestimento pode contribuir com elementos de 
liga, de maneira a alterar as propriedades da solda, até mesmo no caso de 
elementos que sejam altamente voláteis. Esses elementos podem ser 
incorporados ao revestimento para substituir o que se perdeu com a queima 
do mesmo (um exemplo: o cromo na solda em aço inox). Outros ainda 
incorporam pó de ferro para aumentar o material depositado e, 
conseqüentemente, a eficiência da solda. 
• Para que uma fonte elétrica possa ser utilizada para os processos de soldagem, ela deve preencher 
algumas exigências: 
a) A tensão deve ser baixa. (Risco de choque elétrico); 
b) A intensidade de energia deve ser alta para manter o arco de solda 
aberto; 
c) A corrente de soldagem deve ser ajustável para possibilitar o uso de 
diferentes eletrodos (para soldar eletrodos com diâmetros e materiais 
diferentes, quanto mais fina a regulagem melhor a soldabilidade); 
d) O circuito será protegido contra curto-circuito e a fonte deve suportá-lo; 
e) A corrente de solda deve apresentar bastante regularidade. 
• Entre as fontes para este processo, poderíamos citar o transformador para corrente alternada, que é a 
configuração mais simples e barata, tanto do ponto de vista de investimento inicial, quanto de 
operação e manutenção. No caso de corrente contínua, duas configurações tradicionais podem ser 
utilizadas: unidades geradoras ou transformadoras-retificadoras. 
• A primeira delas é mais usada em canteiros de obra, particularmente onde um suprimento de 
eletricidade não esteja disponível. Ela emprega como combustível o diesel e algumas fontes podem 
gerar energia elétrica para alimentar até cinco chuveiros funcionando ao mesmo tempo. Porém, o 
inconveniente é o barulho feito por este equipamento que é muito grande. 
• A segunda é a preferida, por seu baixo custo de operação, reduzida manutenção e menor barulho em 
operação. Estas vantagens se devem à forma construtiva do equipamento e a um número mínimo de 
partes móveis. 
• Este equipamento tem uma grande utilização na soldagem industrial. Durante a soldagem, a 
estabilidade do arco é obtida limitando-se os picos de corrente durante o curto-circuito a níveis 
suficientemente baixos para alcançar reduzido volume de respingos, mas suficientemente altos para 
reabrir o arco e proporcionar adequada elevação da tensão do arco após o curto-circuito. É o 
princípio de operação das inversoras, que, através de placas eletrônicas, fazem este controle com 
perfeição, além de reduzir drasticamente o tamanho e peso do equipamento. 
• Para iniciar o arco de solda, é preciso tocar (riscar) a peça com o eletrodo e manter uma distância 
adequada para a manutenção do ambiente ionizado (arco de solda), sendo que essa é a grande 
dificuldade deste processo, muito embora com a prática esta seja posta de lado (veja figura abaixo). 
Nunca se deve testar eletrodos em cilindros de gases ou qualquer outro equipamento que não seja a 
peça de trabalho. 
Ignição do Eetrotodo Revestido. 
• O material de segurança basicamente consiste em: óculos de segurança e máscara de solda (com as 
lentes conforme tabela abaixo); luvas de raspa; avental de raspa; perneiras de raspa; botas de 
segurança; e touca de soldador (essencial quando a solda for na posição sobre a cabeça). A máscara 
neste processo de solda é indispensável, pois se usarmos somente os óculos de segurança (que 
também são indispensáveis por conta da escória a ser retirada) a pessoa ficará marcada pela radiação 
não ionizante. 
Soldagem com eletrodos revestidos 
Faixa de 0 de eletrodo Faixa corrente uti l izada (~) No da lente util izada 
1,6 a 4,0 70 a 160 A 10
4,8 a 6,0 190 a 250 A 12
7,9 a 9,5 320 a 380 A 14
• O posto de solda também deve ser protegido por cortinas plásticas que impeçam a passagem dessa 
radiação. Em algumas indústrias, os `controladores´ podem ter problemas sérios na vista por não 
observar este detalhe, isto é, a exposição contínua à radiação de solda (principalmente quando há 
altas correntes de soldagem). Atenção especial deve ser dada quando o soldador for trabalhar 
confinado. É imprescindível ter exaustão dos fumos de solda, além de ser desejável um filtro para 
respiração. 
• Alguém pode alegar que não se enxerga nada com lentes, como a nº 12, e quem já soldou sabe que 
isto é bem verdade (ainda bem, porque senão a radiação seria transmitida da mesma forma!). Para 
estas situações, foram desenvolvidas máscaras especiais que somente escurecem no instante da 
soldagem, facilitando muito o trabalho. 
• As serralherias, de modo geral, utilizam este processo por ser mais barato e eficaz. Normalmente, 
empregam os diâmetros menores (1,6; 2,0; 2,4), mas para seu serviço o eletrodo adequado é o E 
6013 (chamado de `ponta amarela´ por certo fabricante). 
• O setor de manutenção de uma indústria utiliza os mais variados tipos de eletrodos (desde aquele 
para a soldagem em ferro fundido, o tipo de FoFo soldável - E Ni-Cl / E NiFe-C, até aço carbono, 
aço inox e alumínio). Eles servem para efetuar o revestimento em peças que foram danificadas pela 
corrosão, ou para prevenir o desgaste pela utilização (dentes de trator, rolos de moenda na indústria 
açucareira, rodas de trem etc). Embora este processo não seja automático, ainda existem diversas 
aplicações para ele, principalmente em se tratando do enchimentode falhas e `falta de fusão´. 
Referências - Item 18.12 / Subitens 18.12.1 a 18.12.5.10.1 - Escadas, 
Rampas e Passarelas 
• As escadas são construídas geralmente de madeira, aço, fibra de alumínio e fibra de vidro. Escadas 
mal construídas, mal conservadas e mal utilizadas podem representar um perigo extremamente sério. 
As escadas de mão, quando construídas corretamente, apresentam as seguintes características: 
travessas iguais; espaçamento uniforme entre as travessas; montantes iguais; emendas iguais; e não 
apresentam nós e rachaduras (caso feitas de madeira). 
• Os pontos mais importantes para se obter uma utilização segura da escada de uso individual estão 
relacionados ao comprimento da escada, ao ângulo que ela forma com o piso e aos sistemas de 
fixação na superfície inferior e superior. Para maior estabilidade da escada, é necessário que o ângulo 
em relação ao piso tenha o valor aproximado de 75º, podendo variar entre 65º a 80º . 
• Quando uma escada não está fixada no piso, deve-se colocar calços de borracha nos pés para evitar 
que a escada escorregue. Principalmente no uso dos degraus superiores, crava-se uma estaca no solo, 
ao qual será amarrada a escada, por meio de cordas, quando uso em pátio externo. 
• As escadas de mão devem ser sempre inspecionadas antes do uso, verificando-se os seguintes itens: 
Defeitos na madeira, nós, fibras no sentido transversal, fendas; rachaduras; apodrecimento geral, 
espaçamento dos degraus de, no máximo, 300 mm de eixo a eixo e de, no mínimo, 300 mm, para 
escadas de até 3 m de altura, base antiderrapante em todos os degraus; e calço de borracha nos pés da 
escada, a fim de impedir o movimento acidental da escada. As escadas de mão também têm 
recomendações para auxiliar a inspeção antes de cada uso. Os seguintes procedimentos de segurança 
devem ser seguidos: 
a) Não usar uma escada que não esteja em perfeitas condições de 
utilização; 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_12.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_12.asp
b) Nunca ficar sobre dois degraus da escada. Nesta posição, o equilíbrio 
torna-se precário. 
c) Não subir em escadas portando objetos. Suspenda-os por meio de 
corda, ou carregue-os em uma bolsa presa à cintura. 
d) Para subir, apoiar firmemente os pés nos degraus e usar ambas as mãos 
para segurar-se. 
e) As escadas de abrir devem ser abertas até o fim do seu curso, com o 
fecho do tirante limitador bem encaixado, antes de serem usadas. 
f) As escadas de extensão não devem ter suas partes separadas, para 
evitar a quebra de polias e a danificação dos engates. 
g) As escadas de abrir não devem ser usadas como escadas de encostar. 
h) É obrigatório o uso de cinto de segurança preso à estrutura mais 
próxima, em altura superior a 2m do chão. É proibido prender na própria 
escada. 
i) Nunca subir em escadas com sapatos escorregadios ou sujos. 
j) Somente uma pessoa de cada vez deve utilizar a escada para subir ou 
descer. 
l) Em trabalhos elétricos, devem ser utilizadas escadas de mão do tipo não 
condutora, feitas em fibra de vidro, madeira ou outro material não condutor 
de eletricidade preferivelmente. 
m) Escadas rachadas, quebradas ou defeituosas devem ser inutilizadas e 
substituídas. Somente devem ser usadas escadas de comprimento 
compatível com a altura da superfície que se irá trabalhar. Extensões 
provisórias são perigosas e proibidas. 
n) A base das escadas deve ser equilibrada firmemente no piso, com a 
base aproximadamente a um quarto do comprimento da escada na vertical. 
o) Os degraus das escadas estarão livres de substâncias que provoquem 
escorregões (óleo, água, barro etc). Escadas retas devem atingir pelo 
menos 1 m acima da plataforma ou patamar em que estão apoiadas. 
p) Olhar para a escada e usar ambas as mãos ao subir ou descer. Quando 
outra pessoa não estiver segurando a escada, esta deve estar fixada por 
braçadeiras na parte inferior e amarrada na parte superior, para evitar o 
deslocamento. 
q) Ao fixar esta escada, é necessário o auxílio de outra pessoa. Escadas 
fixas verticais ou tipo marinheiro devem ter guarda-corpo a partir da altura 
de dois metros do piso. 
Referências - Subitens 18.12.6 / 18.12.6.1 a 18.12.6.6 - Escadas, 
Rampas e Passarelas 
• As escadas de mão portáteis devem ser consertadas sempre que for verificado qualquer defeito, ou 
retiradas de serviço. As escadas serão guardadas ao abrigo do sol e da umidade. 
• Quando não for possível se apoiar uma escada na inclinação recomendada, a mesma deve ser 
amarrada no apoio superior para evitar tombamento para trás ou escorada na parte inferior para se 
evitar o escorregamento. 
• Não se deve subir em escadas de mão carregando ferramentas ou materiais. Estes serão suspensos 
separadamente. 
• As escadas de mão portáteis, quando utilizadas próximas da laje, devem ser amarradas por um tirante 
a um pilar interior, com o funcionário usando cinto de segurança tipo pára-quedista. As escadas de 
mão portáteis não devem ser colocadas próximas a portas ou áreas de circulação, a menos que haja 
sinalização. O mesmo se aplica a poços ou torres de elevador, devido à possibilidade de quedas de 
materiais. 
• Não será utilizada escada de mão com montante único. As escadas de mão extensíveis possuirão 
roldanas, guias e ancoragem adequada, duas catracas automáticas e corda para a manobra de 
extensão, sendo que as cordas devem ser inspecionadas freqüentemente. 
• Subir ou descer em escadas portáteis deverá ser uma ação feita sempre de frente para elas. Escadas 
duplas não serão utilizadas como escadas simples. Deve-se ter o cuidado de não largar ferramentas 
ou materiais nas escadas. Nunca deslocar uma escada sem descer. O mesmo procedimento deve ser 
seguido na passagem de um lado para o outro em escadas duplas. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_12.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_12.asp
Referências - Item 18.13 / Subitem 18.13.1 - Medidas de Proteção 
Contra Quedas de Altura 
• As proteções contra quedas de altura são os maiores problemas nos canteiros de obra. A falta de 
proteções contra quedas faz com que este tipo de acidente seja a primeira causa de acidentes graves. 
Referências - Subitens 18.13.2 a 18.13.4 - Medidas de Proteção 
Contra Quedas de Altura 
• O trabalho em altura é um dos agentes da fatalidade. Desta forma, atividades não rotineiras, mesmo 
existindo procedimentos, devem ser acompanhadas de uma permissão para trabalho. Esta rotina 
permite que todos os controles de segurança sejam revisados e que todas as pessoas estejam 
conscientes dos riscos da operação. 
• Para garantir a eficácia da Permissão para Trabalho, esta deve ser revalidada diariamente, pois as 
condições da operação podem mudar. É o que chamamos de riscos dinâmicos. É muito comum nas 
empresas a emissão da PT por um tempo em que o trabalho será realizado. Neste caso, a revalidação 
diária será fundamental para que as recomendações sejam atendidas. 
Referências - Subitens 18.13.5 a 18.13.11 - Medidas de Proteção 
Contra Quedas de Altura 
• A altura do fechamento dos vãos de acesso às caixas dos elevadores passou a ser de, no mínimo, 1,20 
m. Estes vãos serão seguramente fixados à estrutura. 
• O sistema de guarda-corpo e rodapé a ser utilizado na proteção contra quedas de altura passou a ser 
assim: 
a) Altura de 1,20 m para o travessão superior e 0,70 m (setenta 
centímetros) para o travessão intermediário; 
b) Rodapé de 0,20 m (vinte centímetros); 
c) Os vãos entre travessas deverão ser protegidos com tela ou outro 
dispositivo que garanta seu fechamento com segurança. 
• A plataforma principal de proteção, conhecida como bandejão, passou a ter 2,50 m de projeção 
horizontal e a ser colocada na altura da primeira laje, que esteja, pelo menos, a um pé-direito acima 
do nível do terreno. 
• Esta plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje e retirada somentequando o 
revestimento externo do prédio, acima dela, estiver concluído. 
• As plataformas secundárias, conhecidas como apara-lixo, em balanço, colocadas de 3 (três) em 3 
(três) lajes, devem, também, ser instaladas logo após a concretagem da laje a que se referem e 
retiradas somente quando a vedação da periferia até a plataforma imediatamente superior estiver 
concluída. Suas dimensões são as mesmas da antiga NR 18. 
• Além das plataformas principal e secundária, o perímetro da obra deve ser fechado com tela, 
podendo ser retiradas nas mesmas condições das plataformas secundárias. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_13.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_13.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_13.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_13.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_13.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_13.pdf
• Foi criada uma plataforma terciária, para edifícios com pavimentos no subsolo, a ser instalada de 2 
(duas) em 2 (duas) lajes, sem necessidade de complementação com tela, contadas a partir da 
plataforma principal. 
• Estas plataformas deverão ter, no mínimo, 2,20 m (dois metros e vinte centímetros) de projeção 
horizontal e obedecer às mesmas prescrições estabelecidas para as plataformas secundárias quanto à 
sua colocação e retirada. 
Guarda-corpo metálico com 
sargento
Guarda-corpo metálico com 
escoras
Guarda-corpo de madeira com montantes 
metálicos
Guarda-corpo de madeira
Guarda-corpo de alvenaria 
estrutural
Galeria
Caixa de elevador (metálica) Caixa de elevador (madeira) Proteção shaft de ventilação de escadaria
Referências - Subitens 18.13.12 a 18.13.12.26 - Medidas de Proteção 
Contra Quedas de Altura - Redes de Segurança 
• A Portaria MTE 157 também admite no item 18.13.12 o uso de redes de segurança como medida 
alternativa ao uso de plataformas secundárias de proteção, previstas no item 18.13.7 da NR 18. O 
sistema já provou ser eficiente também para evitar quedas humanas, se respeitadas as normas 
técnicas específicas. 
• Para isso, a nova regra exige que tenha, além de projeto assinado por profissional legalmente 
habilitado: rede de segurança; cordas de sustentação ou de amarração e perimétrica da rede; conjunto 
de sustentação, fixação e ancoragem e acessórios de rede, composto de elemento forca, grampos de 
fixação do elemento forca e ganchos de ancoragem da rede na parte inferior. O sistema é autorizado 
para após as fases de estrutura e vedação periférica. 
• A Portaria MTE 157/2006 altera ainda vários itens do glossário da NR 18 que estão inseridos no 
final da descrição das alterações acima. Íntegra da portaria: DOU de 10 de abril. 
• A Fundacentro publicou a Recomendação Técnica de Procedimento para Medidas de Proteção 
Contra Quedas de Altura. Veja o texto da publicação na íntegra (PDF, 325KB). 
Exemplos de aplicação de redes de segurança
http://www.nrcomentada.com.br/download/nranexos/queda_alturas.pdf
http://www.nrcomentada.com.br/download/nranexos/Portaria157_NR18.pdf
http://www.nrcomentada.com.br/download/nranexos/Portaria157_NR18.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_13.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_13.pdf
Referências - Item 18.14 / Subitens 18.14.1 a 18.14.1.2 - 
Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas 
• Mais uma vez, destacamos que os profissionais qualificados são aqueles considerados legalmente 
habilitados (item 10.8.2). Para isso, é necessário preencher as formalidades de registro nos 
respectivos conselhos regionais de fiscalização do exercício profissional. 
• O contratante de serviços especializados aplicáveis à NR 18 e aos demais NR deve estar atento aos 
requisitos de contrato, de forma a garantir que os trabalhos a ser realizados pelas empresas serão 
feitos por pessoas qualificadas. Normalmente, os contratos são padrões e genéricos, porém é preciso 
explicitar a qualificação necessária para o trabalho. 
Referências - Subitens 18.14.2 a 18.14.20 - Movimentação e 
Transporte de Materiais e Pessoas 
• Tomando como referência a NR 22, item 22.7.13, recomendamos que o transporte de pessoas em 
máquinas ou equipamentos somente será permitido se estes estiverem projetados ou adaptados para 
tal fim, por profissional legalmente habilitado. 
• Sempre existiu grande dificuldade das empresas em encontrar referências técnicas para fundamentar 
algumas práticas para o transporte vertical de pessoas. Por similaridade técnica, sugerimos o uso da 
NR 22, item 22.7.14, que determina que o transporte vertical de pessoas. Desta forma, só serão 
permitidas em cabines ou gaiolas que possuam as seguintes características: 
a) Altura mínima de dois metros; 
b) Portas com trancas que impeçam sua abertura acidental; 
c) Manter-se fechadas durante a operação de transporte; 
d) Teto resistente, com corrimão e saída de emergência; 
e) Proteção lateral que impeça o acesso acidental à área externa; 
f) Iluminação; 
g) Acesso convenientemente protegido; 
h) Distância inferior a quinze centímetros entre a plataforma de acesso e a 
gaiola; 
i) Fixação em local visível do limite máximo de capacidade de carga e de 
velocidade; 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
j) Sistema de comunicação com o operador do guincho nos pontos de 
embarque e desembarque. 
• A Portaria 15, de 03/07/07 aprovou o Anexo 1 da NR 18 que regulamenta o uso das Plataformas de 
Trabalho A (PTA) éreo no Brasil. Trata-se de um manual de normas técnicas que estabelece os 
parâmetros de segurança desse tipo de equipamento e especifica os responsáveis por todos os 
procedimentos de manutenção e operação. PTA é o equipamento móvel, autopropelido ou não, 
dotado de uma estação de trabalho (cesto ou plataforma) e sustentado em sua base por haste metálica 
(lança) ou tesoura, capaz de erguer-se para atingir ponto ou local de trabalho elevado. 
Fonte: Genie - A Terex Company
• A NR-18, em seu artigo 2º, é bastante clara: “É proibido o transporte de pessoas por equipamento de 
guindar não projetado para este fim”. Este é um importante avanço, pois a partir de agora ficou claro 
que não há mais espaço para improvisações nas obras. Só poderão ser utilizados equipamentos 
apropriados, dotados de dispositivos de segurança que garantam uma operação segura e eficiente. 
Segundo a norma, cabe ao operador da plataforma, devidamente capacitado pelo 
empregador, realizar todos os procedimentos de inspeção e manutenção do equipamento, 
certificando-se do perfeito ajuste e funcionamento de todos os seus sistemas. 
• Toda a operação da plataforma, desde sua velocidade de deslocamento até a sinalização da área de 
trabalho, está minuciosamente descrita na NR-18. Ela é clara quanto à obrigatoriedade do uso de 
cintos de segurança e proíbe que a capacidade nominal de carga definida pelo fabricante seja 
ultrapassada. A norma exige que o proprietário da plataforma mantenha um programa de 
manutenção preventiva, executado por pessoa qualificada e que siga as recomendações do fabricante. 
Além disso, o operador também deve ser treinado, de acordo com o conteúdo programático 
estabelecido pelo fabricante, sobre os princípios básicos de segurança, inspeção e operação.
Referências - Subitens 18.14.21 / 18.14.21.1 a 18.14.21.20 - 
Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas - Torres de 
Elevadores 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
•
Os elevadores convencionais de obra a cabo são equipamentos de uso 
constante em obras para o transporte verticalde pessoas e materiais. Esse 
sistema reúne vários benefícios conseguidos nos últimos anos com a 
melhoria dos dispositivos de segurança automática ou manual. 
• Atualmente, existem elevadores com cabinas mais leves, resistentes e 
seguras. O elevador a cabo apresenta uma nova opção cuja cabina 
semifechada para transportes de materiais recebe fechamento lateral e 
portas, transformando-se em cabina fechada. Alguns guinchos permitem 
transportar até dez passageiros ou 800 kg com segurança e eficiência. 
• Existe um tipo de elevador, tracionado por sistema pinhão e cremalheira, 
que pode transportar de uma só vez de dez a 40 passageiros, oferecendo 
segurança e atendendo a todas as necessidades de uma obra. Pode ser 
utilizado tanto em obras civis quanto em plantas industriais, possibilitando sua utilização em 
mineradoras, cimenteiras, refinarias, siderúrgicas etc. 
Referências - Subitens 18.14.22 a 18.14.22.4 - Movimentação e 
Transporte de Materiais e Pessoas - Elevadores de Transporte e 
Materiais 
• Os elevadores de carga exigem a utilização da cancela, a qual é ainda pouco encontrada nos canteiros 
e, quando presente, nem sempre funciona devidamente. 
• A falta de utilização da cancela deve-se ao relativo alto custo de aquisição, decorrência do reduzido 
número de fornecedores, e ao fato de que muitos empresários ainda não estão convencidos da 
necessidade da sua utilização, ou seja, não compreendem quais riscos humanos e perdas econômicas 
ela pode evitar. 
• O subitem 18.14.22.4, letra e, da Portaria MTE 157/2006, proíbe definitivamente o uso do elevador 
a cabo com freio de emergência tipo flutuante, por ser o dispositivo mecânico comprovadamente 
inseguro, em situações nas quais o cabo de aço não é totalmente rompido, e a cabine acaba se 
precipitando em queda livre. Não há outra forma de acionamento emergencial deste equipamento, 
senão a falta completa de tensão no cabo de aço. 
• A nova regra obriga a sua substituição pelos elevadores de obras com sistema eletromecânico para o 
acionamento do freio, que passa a atuar efetivamente em situações de emergência. Também se 
tornou obrigatória a apresentação de Laudo de Capacitação Técnica do equipamento, emitido por 
empresa legalmente habilitada, devendo constar da descrição dos métodos utilizados para os ensaios 
adotados. 
• A Fundacentro publicou a Recomendação Técnica de Procedimento para Movimentação e 
Transporte de Materiais e Pessoas - Elevadores. Veja o texto da publicação na íntegra (PDF, 
789KB). 
Referências - Subitens 18.14.22.5 a 18.14.22.9 - Movimentação e 
Transporte de Materiais e Pessoas - Elevadores de Transporte e 
Materiais 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.nrcomentada.com.br/download/nranexos/transporte_materiais_pessoas_elevadores.pdf
http://www.nrcomentada.com.br/download/nranexos/transporte_materiais_pessoas_elevadores.pdf
http://www.nrcomentada.com.br/download/nranexos/Portaria157_NR18.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
• Conforme Portaria 157, de 10 de abril de 2006 (Art 3º), fica proibida a utilização de sistema de 
frenagem automática do tipo viga flutuante que tem como parâmetro de sensoriamento e comando a 
tensão do cabo de aço de sustentação da cabina dos elevadores de obra. 
• Segundo a Portaria 157/06, a eficiência dos sistemas de frenagem automática deverá ser comprovada 
através de "Laudo de Capacitação Técnica", emitido por empresa legalmente habilitada, do qual 
constarão os métodos de ensaios adotados. 
• Cada vez mais, o entendimento técnico e o legal explicitam a necessidade de usar serviços realizados 
por profissionais legalmente habilitados em cursos específicos. 
• Para que os profissionais qualificados sejam considerados legalmente habilitados (item 10.8.2), é 
necessário preencher as formalidades de registro nos respectivos conselhos regionais de fiscalização 
do exercício profissional. 
• Estes conselhos profissionais é que estabelecem as atribuições e responsabilidades de cada 
qualificação em função dos cursos, cargas horárias e matérias ministradas. São os conselhos 
regionais que habilitam os profissionais com nível médio e superior (técnicos tecnólogos e 
engenheiros). A regularidade do registro junto ao conselho competente é que resulta na habilitação 
profissional. 
• Por similaridade técnica, poderíamos usar o mesmo entendimento da nova NR 10. A qualificação 
deve ocorrer através de cursos regulares, reconhecidos e autorizados pelo Ministério da Educação e 
Cultura, com currículo aprovado e mediante comprovação de aproveitamento em exames de 
avaliação, estabelecida no Sistema Oficial de Ensino (portadores de certificados ou diplomas). 
• Desta forma, a qualificação pode ocorrer em três níveis, com responsabilidades e atribuições 
distintas a serem observadas pelas empresas. Todos os trabalhadores são considerados profissionais 
qualificados: 
a) Através de Cursos de Preparação de Mão-de-obra, ministrados por 
centros de treinamentos reconhecidos pelo sistema oficial de ensino, que 
requerem pessoas com escolaridade mínima de ensino fundamental (formal 
ou supletiva), além de qualificação profissional de 100 a 150 horas. 
São exemplos destas ocupações: eletricistas de instalação e manutenção 
de linhas elétricas, telefônicas e de comunicação de dados, instaladores de 
linhas elétricas de alta e baixa tensão, eletricistas de redes elétricas, 
eletricistas de iluminação pública, instalador de linhas subterrâneas, entre 
outras (ver CBO 7321). 
b) Através de Cursos Técnicos ou Técnicos Profissionalizantes, que 
requerem pessoas com escolaridade mínima de ensino médio completo e 
qualificação profissional específica em torno de 1.200 horas. São exemplos 
os técnicos, em eletricidade, eletrotécnica, eletrônica, eletromecânica, 
mecatrônica, telecomunicações, projetistas técnicos, encarregados de 
manutenção e montagem, supervisores de montagem e manutenção de 
máquinas (ver CBO 3131 e 3303). 
c) Cursos Superiores plenos ou não. São exemplos os tecnólogos de nível 
superior: engenheiros operacionais e engenheiros plenos nas modalidades 
de eletricistas, eletrotécnicos, eletro-eletrônicos, mecatrônicos, e de 
telecomunicações (ver CBO 2021, 2032, 2143). 
• A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é a garantia da empresa que está contratando um 
profissional habilitado para executar tais serviços. Na carteira profissional, vem descrito suas 
habilitações. A ART é também um instrumento pelo qual o CREA fiscaliza a atividade de seus 
associados e garante que profissionais não habilitados realizem serviços para os quais não sejam 
habilitados. Isto é, eles são capazes de realizá-los, porém não são habilitados (não têm diploma). 
Referências - Subitens 18.14.23 a 18.14.23.5 - Movimentação 
eTransporte de Materiais e Pessoas - Elevadores de Passageiros 
• Texto da alínea (b) alterada pela Portaria MTE 157/06, em função dos acidentes fatais envolvendo 
sistemas de elevação de pessoas. 
Referências - Subitens 18.14.24 /18.14.24.1 a 18.14.24.17 - 
Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas - Gruas 
• Equipamento que faz todo o transporte horizontal e vertical da obra. É o primeiro equipamento que 
entra na obra e o último que sai. Estes equipamentos são usados para: 
a) Auxiliar na carga e descarga de materiais dos caminhões. 
b) Deslocar o material na obra para melhor posicionamento, estoque ou 
uso. 
c) Transportar materiais pré-moldados (vigas, lajes etc. ). 
d) Transporte das armações de ferro para fundação, lajes, pilares etc. 
e) Auxiliar na montagem e desmontagem das fôrmas em madeira ou chapa 
de ferro. 
f) Transportar até a laje a ser concretada, dos tambores d´água paramolhar 
as fôrmas. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_14.pdf
g) Transportar das caçambas para concretagem. 
h) Usar concreto bombeado, que sustenta o mangote de saída do concreto, 
facilitando seu posicionamento. 
i) Transportar os andaimes. 
j) Ajudar na pré-montagem e desmontagem dos elevadores de carga. 
k) Transportar tijolos ou blocos paletizados. 
l) Transportar argamassa nas caçambas até as plataformas ou sacadas . 
m) Transportar os materiais de acabamento interno até as plataformas ou 
sacadas. 
n) Transportar o material de acabamento externo até os andaimes. 
o) Transportar das plataformas de descarga de um andar ao outro. 
p) Auxiliar no transporte de componentes mecânicos no término da obra. 
q) Descarregar o entulho na limpeza do prédio. 
r) Auxiliar no transporte horizontal e vertical de qualquer material ou 
máquina necessária à obra. 
s) Economia na redução do tempo de execução da obra e na redução do 
custo das tarefas executadas, além da mão-de-obra com seus encargos e 
do concreto, permitindo a utilização do concreto convencional. 
t) Para escolher o tipo de grua, primeiramente, é necessário conhecer os 
vários tipos existentes: móvel, fixa, ascensional, fixa-móvel, automontante. 
> Grua Móvel 
- É um equipamento normalmente pequeno, montado sobre 
rodas, que pode ser rebocado e transitar pela vias públicas 
e/ou no canteiro de obra. Nos dois casos, a grua deverá 
sempre ser desmontada e remontada na nova locação. 
- A altura e lança deste tipo de grua são fixas, ou seja não é 
possível aumentar sua altura nem sua distância de alcance, 
adaptando-a a uma nova situação de obra.Os modelos da 
linha FM são: RB 516, RB 822, RB 1030 (catálogos anexos). 
- Quando montada na obra, apóia-se sobre patolas que 
devem estar sobre bases que forneçam as maiores garantias 
de estabilidade do equipamento em movimentação de 
trabalho. Será sempre montada na área externa da obra. 
> Grua Fixa 
- É um tipo de grua de tamanho maior, montado sempre na 
área externa da obra e fixado em uma base de concreto de 
tamanho variável em função do modelo da grua. Em função 
do terreno, a base deverá ser estaqueada para manter a 
estabilidade da grua carregada em sua pior condição de 
trabalho. 
- Sua altura inicial será aumentada ao crescer da construção, 
montando, através de um procedimento especial, elementos 
de torre até alcançar a altura necessária. O comprimento dos 
elementos varia entre 3 m e 6 m, em função do modelo da 
grua. 
- Uma vez definido o alcance necessário, monta-se a lança 
que ficará fixa até o final da obra. Os modelos da linha FM 
são: MI 1025; MI 1230; MI 1040; MI 1640; MI 2048. 
> Grua Ascensional 
- É um equipamento cuja torre é de altura definida 
(normalmente, 18 metros). Sua locação, em geral, é no poço 
do elevador. 
- Quando a laje não for pré-moldada, é possível abrir nele um 
espaço das mesmas dimensões de um poço de elevador e 
montar a grua neste. A vantagem seria de evitar interferência 
com o cronograma de montagem do elevador. Monta-se como 
fixa e depois através de um sistema hidráulico, amarrando a 
torre através de cravatas a duas lajes e com a grua seguindo 
o crescer do prédio. Cada vez que for necessário, a grua 
inteira será levantada para as lajes superiores e amarrada 
novamente a duas delas. Esta operação é conhecida como 
"telescopagem " e deverá ser feita por técnico experiente. 
- Sua utilização é especifica para prédios. A limitação é de 
poder atender somente a um prédio por vez e o alcance para 
atingir a área de estocagem dos materiais a serem levantados 
fica limitada à diferença entre o comprimento da lança e a 
parte ocupada pela área do prédio. Os modelos disponíveis 
na linha FM são: MI 1025; MI 1230; MI 1040. 
> Grua Fixa-Móvel 
- Os modelos fixos, citados acima no item Fixa, podem ser 
todos montados sobre trilhos aplicando na base da grua 
acessórios conhecidos como "truques", normalmente em 
número de 4 (um par para cada extremidade da base - dois 
motorizados com motores elétricos e dois não motorizados) 
que permitem o translado da grua ao longo dos trilhos, para 
distâncias de até 100 m, possibilitando o atendimento de 
várias construções ao mesmo tempo ou separadamente. 
- A mobilidade sobre trilhos tem uma limitação de 
configuração do equipamento: a altura não poderá ser 
superior a 30 m. 
> Grua Automontante 
- Na linha da FM, é melhor identificada como AM 1230. É um 
modelo muito interessante que agrupa as vantagens 
oferecidas pelas gruas FIXA, MÓVEL e FIXA/MÓVEL. 
- A torre composta por dois elementos telescópicos é montada 
em chassis dotado de quatro rodas pneumáticas, permitindo o 
reboque dentro da obra e nas vias públicas (existe claramente 
uma limitação na velocidade a ser alcançada ). Por intermédio 
dos comandos elétricos, após montada a lança, a grua levanta 
até 18 metros de altura. 
- A base dela tem quatro patolas e, portanto, pode trabalhar 
como grua fixa sobre bases de concreto. Sua altura pode 
alcançar até 80 metros montando elemento após elemento de 
6 metros de comprimento, procedendo da mesma maneira 
que para grua FIXA. 
- Como o equipamento fixo, este modelo também deverá ser 
alocado na área externa do prédio e ser amarrado às lajes 
após os primeiros 30 metros de altura com "cravatas", para 
dar toda a estabilidade possível. 
- Ela vem preparada para receber em sua base quatro 
truques. Portanto, poderá correr sobre trilhos. O comprimento 
máximo da lança é de 35 metros, levantando na ponta 1.000 
kg. Quando a lança for de 30 m, a carga aumenta para 1.200 
Kg. Já o comprimento mínimo da lança é de 20 metros, 
levantando 1.900 kg. 
- Pela descrição acima, é fácil entender a flexibilidade da AM 
1230 em vários de tipos de obras: prédios populares de 4 a 5 
andares, prédios altos, obras públicas baixas e compridas etc. 
- Quando montada como Fixa, a base de concreto utilizada 
nas gruas fixas será substituída por lastro de concreto sempre 
reaproveitável. Em segundo lugar, conhecer as necessidades 
das operações, tais como: 
- Alcance da Lança, levando-se em conta a localização da 
área de estocagem dos materiais, área de descarga dos 
mesmos e prédios a serem atendidos. Na mesma obra, 
podem ser alocadas várias gruas de modelo e tamanho 
diferente. 
- Peso máximo a ser levantado na ponta extrema da lança. 
- Altura da construção (atenção levar sempre em conta a 
caixa d´água ou a parte construída mais alta) 
- Conhecendo os tipos de grua e as necessidades da obra, 
poderemos melhor identificar qual o equipamento mais 
apropriado para satisfazê-las. Não podemos esquecer de 
avaliar o tipo de construção que a empresa faz. Se ela 
constrói somente sobrados, será feita uma escolha. 
- Ao se construir prédios baixos, industrias e prédios altos, a 
escolha, obviamente, será diferente. Uma vez identificado o 
tipo de grua, inicia-se a terceira etapa96252512: análise dos 
fabricantes e proveniência. 
ANEXO III 
PLANO DE CARGAS PARA GRUAS 
I - DADOS DO LOCAL DE INSTALAÇÃO DO(s) EQUIPAMENTO(s): nome do 
empreendimento, endereço completo e número máximo de trabalhadores na obra. 
II - DADOS DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELA OBRA: razão social; endereço 
completo; CNPJ; telefone; fac-símile, endereço eletrônico e Responsável Técnico 
com número do registro no CREA. 
III - DADOS DO(s) EQUIPAMENTO(s): tipo; altura inicial e final; comprimento da 
lança; capacidade de ponta; capacidade máxima; alcance; marca; modelo e ano 
de fabricação e demais características singulares do equipamento. 
IV Não havendo identificação de fabricante, deverá ser atendido o disposto no 
item 18.14.24.15. 
V - FORNECEDOR(es) / LOCADOR(es) DO(s) EQUIPAMENTO(s) / 
PROPRIETÁRIO(s)DO(s) EQUIPAMENTO(s): razão social; endereço completo; 
CNPJ; telefone; fac-símile, endereço eletrônico (se houver) e Responsável 
Técnico com número do registro no CREA. 
VI - RESPONSÁVEL(is) PELA MANUTENÇÃO DA(s) GRUA(s): razão social; 
endereço completo; CNPJ; telefone; fac-símile, endereço eletrônico e 
Responsável Técnico com número do registro no CREA e número de registro da 
Empresa no CREA. 
VII - RESPONSÁVEL(is) PELA MONTAGEM E OUTROS SERVIÇOS DA(s) 
GRUA(s): razão social; endereço completo; CNPJ; telefone; facsímile, endereço 
eletrônico e Responsável Técnico com número do registro no CREA e número de 
registro da Empresa no CREA. 
VIII - LOCAL DE INSTALAÇÃO DA(s) GRUA(s) Deverá ser elaborado um croqui 
ou planta de localização do equipamento no canteiro de obras, a partir da Planta 
Baixa da obra na projeção do térreo e ou níveis pertinentes, alocando, pelo 
menos, os seguintes itens: 
a) Canteiro(s) / containeres / áreas de vivência; 
b) Vias de acesso / circulação de pessoal / veículos; 
c) Áreas de carga e descarga de materiais; 
d) Áreas de estocagem de materiais; 
e) Outros equipamentos (elevadores, guinchos, geradores e outros); 
f) Redes elétricas, transformadores e outras interferências aéreas; 
g) Edificações vizinhas, recuos, vias, córregos, árvores e outros; 
h) Projeção da área de cobertura da lança e contra-lança; 
i) Projeção da área de abrangência das cargas com indicações dos trajetos. 
j) Todas as modificações tanto nas áreas de carregamento quanto no 
posicionamento ou outras alterações verticais ou horizontais. 
Este croqui deverá contemplar todas as alterações tanto nas áreas de 
carregamento quanto ao posicionamento e outras alterações verticais ou 
horizontais conforme exemplo em anexo. 
IX - SISTEMA DE SEGURANÇA Deverão ser observados, no mínimo, os 
seguintes itens: 
a) Existência de plataformas aéreas fixas ou retráteis para carga e 
descarga de materiais; 
b) Existência de placa de advertência referente às cargas aéreas, 
especialmente em áreas de carregamento e descarregamento, bem como 
de trajetos de acordo com o item 18.27.1 alínea "g" desta NR; 
c) Uso de colete refletivo; 
d) A comunicação entre o sinaleiro/amarrador e o operador de grua, deverá 
estar prevista no Plano de Carga, observando-se o uso de rádio 
comunicador em freqüência exclusiva para esta operação. 
X - PESSOAL TÉCNICO QUALIFICAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA: 
a) Operador da Grua deve ser qualificado de acordo com o item 18.37.5 
desta NR e ser treinado conforme o conteúdo programático mínimo, com 
carga horária mínima definida pelo fabricante, locador ou responsável pela 
obra, devendo, a partir do treinamento, ser capaz de operar conforme as 
normas de segurança utilizando os EPI necessários para o acesso à cabine 
e para a operação, bem como, executar inspeções periódicas semanais. 
Este profissional deve integrar cada "Plano de Carga" e ser capacitado para 
as seguintes responsabilidades: operação do equipamento de acordo com 
as determinações do fabricante e realização de "Lista de Verificação de 
Conformidades" (check-list) com freqüência mínima semanal ou 
periodicidade inferior, conforme especificação do responsável técnico do 
equipamento. 
b) Sinaleiro/Amarrador de cargas deve ser qualificado de acordo com o item 
18.37.5 desta NR e ser treinado conforme o conteúdo programático mínimo, 
com carga horária mínima de 8 horas. Deve estar qualificado a operar 
conforme as normas de segurança, bem como, a executar inspeção 
periódica com periodicidade semanal ou outra de menor intervalo de tempo, 
conforme especificação do responsável técnico pelo equipamento. Este 
profissional deve integrar cada "Plano de Carga" e ser capacitado para as 
seguintes responsabilidades: amarração de cargas para o içamento; 
escolha correta dos materiais de amarração de acordo com as 
características das cargas; orientação para o operador da grua referente 
aos movimentos a serem executados; observância às determinações do 
Plano de Cargas e sinalização e orientação dos trajetos. 
XI- RESPONSABILIDADES: 
a) Responsável pela Obra Deve observar o atendimento dos seguintes 
itens de segurança: aterramento da estrutura da grua, implementação do 
PCMAT prevendo a operação com gruas, independentemente do Plano de 
Cargas; fiscalização do isolamento de áreas, de trajetos e da correta 
aplicação das determinações do Plano de Cargas; elaboração, 
implementação e coordenação do Plano de Cargas; disponibilização de 
instalações sanitária3s a uma distância máxima de 30m (trinta metros) no 
plano vertical e de 50 m (cinqüenta metros) no plano horizontal em relação 
à cabine do operador, não se aplicando para gruas com altura livre móvel 
superiores às especificadas; verificar registro e assinatura no livro de 
inspeções de máquinas e equipamentos, requerido no item 18.22.11 desta 
NR e a confirmação da correta operacionalização de todos os dispositivos 
de segurança constantes no item 18.14.24.11, no mínimo, após às 
seguintes ocasiões: a) instalação do equipamento; b) cada alteração 
geométrica ou de posição do equipamento; c) cada operação de 
manutenção e ou regulagem nos sistemas de freios do equipamento, com 
especial atenção para o sistema de freio do movimento vertical de cargas. 
b) Responsável pela Manutenção, Montagem e Desmontagem Deve 
designar pessoal com treinamento e qualificação para executar as 
atividades que deverão sempre estar sob supervisão de profissional 
legalmente habilitado, durante as atividades de manutenção, montagem, 
desmontagem, telescopagem, ascensão e conservação do equipamento; 
checagem da operacionalização dos dispositivos de segurança, bem como, 
entrega técnica do equipamento e registro destes eventos em livro de 
inspeção ou relatório específico. 
c) Responsável pelo Equipamento: Deve fornecer equipamento em perfeito 
estado de conservação e funcionamento como definido pelo Manual do 
Fabricante, observando o disposto no item 18.14.24.15 desta NR, mediante 
emissão de ART Anotação de Responsabilidade Técnica referente à 
liberação técnica efetuada antes da entrega. 
XII - MANUTENÇÃO E ALTERAÇÃO NO EQUIPAMENTO 
Toda intervenção no equipamento deve ser registrada em relatório próprio a ser 
fornecido, mediante recibo, devendo tal relatório, ser registrado ou anexado ao 
livro de inspeção de máquinas e equipamentos. Os serviços de montagem, 
desmontagem, ascensões, telescopagens e manutenções, devem estar sob 
supervisão e responsabilidade de engenheiro legalmente habilitado responsável 
com emissão de ART Anotação de Responsabilidade Técnica específica para a 
obra e para o equipamento em questão. 
XIII - DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA NO CANTEIRO 
No canteiro de obras deverá ser mantida a seguinte documentação mínima 
relativa à(s) grua(s): 
a) Contrato de locação, se houver; 
b) Lista de Verificação de Conformidades (check-list) a cargo do operador 
da grua; 
c) Lista de Verificação de Conformidades (check-list) a cargo do 
Sinaleiro/Amarrador de cargas referente aos materiais de içamento. 
d) Livro de inspeção da grua conforme disposto no item 18.22.11 desta NR- 
18; 
e) Comprovantes de qualificação e treinamento do pessoal envolvido na 
operacionalização e operação da grua; 
f) Cópia da ART - Anotação de Responsabilidade Técnica do engenheiro 
responsável nos casos previstos nesta NR; 
g) Plano de Cargas devidamente preenchido e assinado em todos os seus 
itens; 
h) Documentação sobre esforços atuantes na estrutura do edifício conforme 
disposto no item 18.14.24.3 desta NR; 
i) Atestado de aterramento elétrico com medição ômica, conforme NBR 
5410 e 5419, elaborado por profissional legalmente habilitado e realizado 
semestralmente. 
j) Manual do fabricante e ou operação contendo no mínimo: 
- Lista de Verificação de Conformidades (check-list) para o operador 
de grua 
- Lista de Verificação de Conformidades (check-list) para o 
sinaleiro/amarrador de carga- Instruções de segurança e operação. 
XIV CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 
O conteúdo para treinamento dos Operadores de Gruas e Sinaleiro/Amarrador de 
Cargas deverá conter pelo menos as seguintes informações: 
- Definição; Funcionamento; Montagem e Instalação; Operação; Sinalização 
de Operações; Amarração de Cargas; Sistemas de Segurança; Legislação 
e Normas Regulamentadoras NR-5, NR-6, NR-17 e NR-18. 
Comentários 
• Existe um grande número de empresas locadoras de equipamentos de carga, mas eles normalmente 
são caros e de idade avançada (entre 30 e 40 anos). Daí, a necessidade de uma atenção especial com 
o plano de manutenção e inspeção destes equipamentos. 
• Um dos itens incluídos com o Anexo de sobre movimentação de cargas trata da necessidade de 
criação de um plano de cargas (anexo 3) Este documento, que será exigido no PCMAT, deverá 
conter o layout da locação da grua e os fluxos de pessoas e materiais. Sugerimos a leitura cuidadosa 
das modificações incorporadas por este anexo. 
Referências - Item 18.15 / Subitens 18.15.1 a 18.15.9 - Andaimes e 
Plataformas de Trabalho 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
• Plataformas necessárias à execução de trabalhos em lugares elevados, onde não possam ser 
executados em condições de segurança a partir do piso. São utilizados em serviços de construção, 
reforma, demolição, pintura, limpeza e manutençao. Segundo a Norma NBR 6604 - Segurança em 
Andaimes, eles podem ser divididos da seguinte forma: 
o Suspensos; 
o Tipo cadeira de contramestre; 
o Inclinados; 
o Ssobre cavaletes; 
o Travessão. 
• Quanto a sua utilização os andaimes pode ser classificados da seguinte forma: 
o Andaimes Suspensos: Utilizados para reformas em fachadas, pintura, limpeza, 
impermeabilizações e instalações de tubulações. Trabalham sem obstruir a passagem dos 
pedestres e são uma opção segura para estas operações. Ex: balancim leve, balancim 
elétrico e balancim individual (cadeirinha). 
o Andaimes de Encaixe: Ideal para serviços em áreas com grandes interferências 
(escoramentos, passarelas, outros) ou em áreas de difícil acesso aos andaimes tradicionais. 
o Andaimes Modulados: Utilizados para reformas em fachadas, pinturas, limpezas, 
impermeabilizações e instalações de tubulações. Podem trabalhar sem obstruir a passagem 
dos pedestres 
• O seguintes requisitos de segurança devem ser seguidos: 
o Os andaimes devem ser montados por mais de uma pessoa;
o Andaimes não devem conter peças de fabricantes diferentes;
o Deve suportar duas vezes o peso ao qual será submetido;
o Deve ser montado sobre superfície nivelada;
o A superfície deve ser sólida para não ceder com o peso;
o Deve ser inspecionado antes e após o uso;
o Peças danificadas devem ser reparadas ou destruídas. 
• Neste item, é determinado que se tenha um profissional legalmente habilitado, sem especificar qual 
habilitação específica, para dimensionar a estrutura de sustentação e fixação do andaime. 
• Deve ser garantido aos empregados acesso seguro aos andaimes. Os meios de acesso podem ser 
escadas fixas, portáteis, rampas ou degraus. Qualquer que seja o meio de acesso o usuário deve estar 
seguro de que os mesmos estejam em boas condições e não ofereçam riscos a sua segurança. O 
sistema de guarda-corpo e rodapé estende-se às cabeceiras e a todo o perímetro, com exceção do lado 
da face de trabalho, obedecendo às especificações do item 18.13.5: 
o Ser construído com altura de 1,20 m para o travessão superior e 0,70m (setenta centímetros) 
para o travessão intermediário; 
o Ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros); 
o Ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o 
fechamento seguro da abertura. 
• A segurança com andaimes deve ser um requisito existente em qualquer tipo de obra e deve o mesmo 
tratamento e cuidado que qualquer outro existente de execução. Um trabalho somente será seguro se 
for planejado adequadamente sob o ponto de vista preventivo. Nesta etapa devem ser identificados os 
perigos, avaliados os riscos e sugeridos formas de controle para minimizar a probabilidade de 
ocorrência de acidentes. 
• Os objetivos da etapa de planejamento iinclui: 
o Identificar os perigos, avaliar os riscos;
o Sugerir medidas de controle;
o Identificar os empregados próprios e terceiros envolvidos nos trabalhos;
o Informar os riscos para a equipe sobre a operação a ser realizada;
o Certificar que as medidas de controle sugeridas e aceitas foram implementadas. 
• A segurança física na montagem de andaime inclui: 
o Colocação de lonas ou redes de proteção em alguns casos requer estudos de concreto;
o Em caso de dúvidas com relação a zona de apoio do andaime, as operações de montagem 
deverão ser suspensas;
o Verificação de carga, descarga e armazenamento de materiais (sinalização das zonas de 
risco e paletização dos materiais);
o Içamento cuidadoso do material na zona de montagem, utilizando equipamento específico;
o Autorização do pessoal qualificado para modificar qualquer aspecto estrutural;
o Atender tosos os requisitos de segurança operacional
o Utilizar EPI e EPC. 
• Exemplos de EPI a serem utilizados 
o Capacete
o Luvas;
o Botas com biqueiras de aço;
o Cinto (colete) tipo paraquedista com dois talabartes;
o Protetores auriculares;
o Proteção respiratória 
• Exemlos de EPC a serem utilizados 
o Rede do tipo tênis 
o Rede Vertical com suporte tipo forca 
o Dispositivos DR 
o Cabo elétrico tipo PP 
Referências - Subitens 18.15.10 a 18.15.18 - Andaimes Simplesmente 
Apoiados 
É aquele cujo estrado está simplesmente apoiado, podendo ser fixo ou deslocar-
se no sentido horizontal. 
• O subitem 18.15.43.2 foi revogado pela Portaria MTE 157, de 10 de abril de 2006. 
• Durante a montagem dos andaimes alguns requisitos de segurança devem ser seguidos: 
o Verificar as tábuas a serem utilizadas.
o Verificar os gabaritos antes de montar, olhar a existência de trincas, deformações nos tubos 
e presença de corrosão.
o Amarrar todas as tábuas no suporte ou gabarito. 
o Caso seja montado um equipamento para içar cargas sobre o mesmo, este deve ser 
reforçado para suportar essa carga. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
o Boa organização e limpeza da plataforma são fundamentais para a segurança do trabalho. 
o Qualquer trabalhador que execute tarefas em uma plataforma deverá ser treinado no uso 
correto dos equipamentos. 
o Em trabalhos sobre andaimes acima de 2 metros é obrigatório o uso do cinto de segurança. 
Obs. O cinto de segurança não pode ser fixado na estrutura do andaime. 
o Nunca trabalhe sobre andaimes durante tempestades, chuvas ou ventanias. 
As barras de travamento devem ser colocadas de três em três módulos, no sentido transversal e opostas entre si de forma a 
formar um X. 
Colocação de tábuas e corrimões 
• As pranchas não devem ser testadas pelo usuário, pois o teste poderá produzir rachaduras mais tarde. A fim de determinar a 
qualidade das pranchas deve-se observar o seguinte: 
o As pranchas têm grandes nós na madeira? 
o As nervuras acompanham o sentido do comprimento? 
o Existe alguma rachadura na prancha? 
o Há sinais de desgaste? 
• Não utilizar tábuas queimadas. 
• Não utilizar tábuas apodrecidas. 
• Não utilizar tábuas com cupins. 
Ao usar duas ou mais tábuas o espaçamento entre elas 
deve ser de no máximo 30 mm.
A justaposição das extremidades de duas tábuas deve 
ser de 300 a 800 mm.
• Corrimão de proteção: Se o andaime for erguido acima de 1,5 m acima do nível do chão, deverá 
ser dotado de corrimãos de proteção. Este corrimão não deverá ter menos de 90 cm nem mais de 1 m 
de altura, medidos a partir da plataforma do andaime.
• Proteção ao nível dos pés: Tais proteções são instaladas para evitar ou diminuir a possibilidade de 
trabalhadores que estão em alturaelevada atingirem ou chutarem algum ítem, projetando-o para 
baixo. 
• Solda e corte com maçarico: Para trabalhos de solda ou corte sobre plataformas deve-se garantir 
que a área sobre a plataforma, assim como a área abaixo dela estejam devidamente isoladas e 
protegidas. Todos os materiais inflamáveis devem ser removidos do local e o pessoal nas 
proximidades deve estar usando EPIs adequados. 
• Desmontagem dos andaimes: A desmontagem é tarefa de maior risco que a montagem, logo, 
necessita maior cuidado. 
o Verifique a existência de restos de materiais sobre as tábuas dos andaimes. 
o Verifique a existência de tábuas soltas. 
o Realize a desmontagem sempre de cima para baixo. 
o Utilizar equipamento auxiliar sempre que possível, como skymunck, guindaste, hyster, etc... 
o Usar cinto de segurança durante toda desmontagem. 
o Nunca ficar no piso que está sendo desmontado, ficar no andar de baixo ou fora do 
andaime. 
Referências - Subitens 18.15.19 a 18.15.25 - Andaimes Fachadeiros 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
Andaime metálico simplesmente apoiado, fixado à estrutura na extensão da 
fachada. 
• As instruções de montagem indicadas a seguir seguem os princípios definidos pela Norma Européia 
UNE 76502:1990 (CEN-HD 1000:1988).
Elementos do Sistema 
1-Nivelador de base 
2-Inicializadorde base 
3-Elemento de andaime 
4-Diagonal de 
contraventamento 
5-Barra horizontal 
6-Plataforma de trabalho 
7-Plataforma de serviço 
8-Escada de acesso 
9-Rodapé frontal 
10-Protector Lateral 
11-Terminal de andaime 
lareal 
12-Terminal de andaime
1-Preparação das Bases 
Colocam-se os niveladores de 
base sobre uma superfície 
plana, (recomenda-se a 
utilização de pranchas de 
madeira), para distribuir a 
pressão exercida pelo andaime 
sobre o solo.
2-Colocação do 
inicial izador 
O inicializadorde base é 
colocado sobre os niveladores 
para permitir a ligação à 
diagonal.
4-Colocação das barras e diagonal 
Colocar as barras (guarda-costas) e a 
diagonal. As diagonais vão assegurar a 
estabilidade geral do andaime
5-Colocação das plataformas e 
nivelamento 
As plataformas anti-derrapantes são colocadas 
em níveis de 2,0 em 2,0 m. Para garantir o 
nivelamento e aprumamentodo andaime afinam-
se as bases reguláveis sempre que necessário. 
Verificar também a distância do andaime á 
fachada.
6-Montagem do nível superior 
Colocam-se os elementos de andaime uns 
sobre os outros. De seguida, colocam-se as 
barras horizontais (guarda-costas) e depois a 
diagonal no sentido oposto à anterior. 
7-Colocação do protector lateral 
Colocam-se os protectores laterais de forma a 
garantir a segurança contra as quedas em cada 
nível de andaime.
8-Colocação dos rodapés 
Os rodapés são encaixados de uma forma 
simples e rápida, de acordo com o exigido 
pela norma. 
9-Colocação da plataforma de escada 
O acesso a cada nível de trabalho é feito pela 
escada interior própria.
Fig.1 - Esquema de colocação das amarrações e 
diagonais no andaime. 
10-Colocação dos terminais de 
andaime 
O último nível do andaime é encerrado com 
os terminais de andaime que permitem a 
colocação de todos os elementos de 
segurança exigidos. 
Recomendações gerais relativas à segurança das amarrações à 
fachada: 
• Recomendações gerais relativas à segurança das amarrações à fachada.
• Montar as amarrações uniformemente distribuídas ao longo de todaa fachada de andaime de acordo a 
fig.1. 
• No último nível do andaime é importante colocar amarrações em todos os montantes. 
• Recomenda-se a colocação dos fixadores de andaime no prumo vertical .E quando não for possível 
colocar o mais próximo dos mesmos. 
• Para andaime com menos de 30 m de altura, e sem nenhum tipo de recobrimeto, colocar as 
amarrações em cada 20m² e para andaime com recobrimentoem rede permeável ao vento as 
amarrações são colocadas em cada 12 m². 
• Para andaime com alturas superiores a 30m ou para recobrimentosmais densos é necessário realizar 
cálculos específicos. 
• As diagonais devem ser colocadas de 4 em 4 módulos de andaime, tal como ilustra a figura 1. 
Procedimentos de Montagem 
1. Realizar o estudo prévio da planta para envio de materiais; 
2. Proceder à montagem e desmontagem segundo as instruções do fabricante (esquema de montagem); 
3. Verificar se as zonas de apoio do andaime, são resistentes à pressão que sobre elas vai exercer: 
devem ser duros e estáveis. Qualquer dúvida a respeito da capacidade de resistência do solo ou zonas 
de apoio do andaime e da capacidade de resistência da estrutura, é motivo suficiente para suspender a 
montagem até que um técnico competente resolva o problema; 
4. Fazer a distribuição dos niveladores e inicializadores e antes de apertar as cunhas e colocar os 
prumos, deve-se nivelar a estrutura; 
5. Verificar se a distância máxima entre níveis de plataformas é de 2,0 m. Devem estar protegidos com 
barras guarda-costas a 0,5 e 1,0 m de distância, se os topos devem estar fechados com protecções e 
envolvidos com rodapés com uma altura mínima de 15 cm; 
6. Quando a estrutura não cumpre a regra da auto-estabilidade devem existir amarrações a estruturas 
sólidas (pilares, vigas, lajes, etc.) As amarrações são colocadas de 5 em 5 m na horizontal em 
prumadas alternativas e na vertical de 6,0 m em 6,0m em altura em todas as prumadas; 
7. O acesso aos vários níveis de trabalho deve realizar-se por escadas interiores; 
8. As plataformas de trabalho devem ter no mínimo de 60 cm de largura; 
9. Não abandonar materiais ou ferramentas no andaime; 
10. A circulação pelo andaime deve ser livre e contínua; 
11. Ter em consideração as capacidades de carga que obrigatoriamentesão indicadas nas plataformas; 
12. Não descarregar cargas de forma violenta sobre o andaime; 
13. Verificar regularmente os pontos de fixação do andaime à fachada (é muito frequente os utilizadores 
do andaime retirar pontos de fixação para lhes facilitar o trabalho; 
14. Antes de iniciar os trabalhos de utilização do andaime o responsável pela segurança na obra deve 
verificar a correcta montagem do andaime. 
Referências - Subitens 18.15.26 a 18.15.27 - Andaimes Móveis 
Plataforma de trabalho cuja estrutura esta montada sobre rodízios. 
• As instruções de montagem indicadas a seguir seguem os princípios definidos pela Norma Européia 
UNE 76502:1990 (CEN-HD 1000:1988).
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
• A estruturas das 
torres de escada estão 
submetidas ás 
mesmas cargas que 
qualquer outro tipo 
de andaime, para 
poder considerar a 
auto estabilidade, 
temos que comprovar 
que as cargas não são 
suficientes para 
desestabilizar a 
estrutura. Para isso 
temos a favor o peso 
próprio da estrutura, 
quanto mais pesada 
melhor é o 
comportamento em 
relação ao 
desequilíbrio 
provocado pelas 
cargas a que estão 
submetidas e à força 
do vento. ara torres 
realizadas em aço 
sem nenhum tipo de 
cobertura, o método 
orientativo para 
provar se é auto-
estável é o seguinte:
- Em espaços 
interiores, sem 
vento a máxima 
altura (H)não 
pode ser 
superior a 
quatro vezes o 
lado (L) menor – 
H (max.)<=4* L 
(menor). 
- Em espaços 
interiores a 
altura (H) 
máxima é de 
três vezes o 
lado (L) menor – 
H (max.)<=4* L 
(menor).
• Quando não se 
cumpre a regra da 
auto-estabilidade:
- Aumentar as 
dimensões da 
base colocando 
estabilizadores. 
- Colocar 
contrapesos. 
- Amarrar a 
estrutura a 
partes sólidas. 
- Combinar 
adequadamente 
as opções 
interiores.
Referências - Subitens 18.15.28 a 18.15.29 - Andaimes em Balanço 
• São os que se projetam para fora da construção e são suportados por vigas (de madeira ou metálica) 
ou estruturas em balanço, podendo ser fixos ou deslocáveis. São geralmente utilizados quando os 
andaimes não podem apoiar-se sobre o solo ou sobre uma superfície horizontal resistente. 
Referências - Subitens 18.15.30 a 18.15.44 - Andaimes SuspensosSão plataformas elevadas de trabalho dotadas de guarda-corpo suspensas por 
cabos de aço e guinchos ou suportadas por estrutura metálica tubular, de quadros, 
ou de madeira destinadas a execução de serviços de construção, manutenção e 
pintura. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
• A Portaria MTE 30 (20/12/01) alterou a redação do item 18.15 Andaimes, passando a se chamar 
Andaimes Suspensos. Alteração já efetuada no texto acima. 
• É proibido o uso de pintura que encubra imperfeições da madeira, valendo estas obervações para os 
diferentes tipos de andaimes suspensos: 
a) Escadas ou rampas devem ser previstas para andaimes a partir de 1,50 
m de altura. Andaimes de madeira somente podem ser instalados em obras 
de até três pavimentos, ou altura equivalente. 
b) Andaimes fachadeiros devem dispor de proteção com tela de arame 
galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalentes a partir 
da primeira plataforma de trabalho, até, pelo menos, 2 m acima da última 
plataforma de trabalho. 
c) Os dispositivos de suspensão devem ser verificados, diariamente, pelos 
usuários e pelo responsável da obra, antes de iniciados os trabalhos. Os 
cabos utilizados terão comprimento que, para a posição mais baixa do 
estrado, restem, pelo menos, seis voltas sobre cada tambor; 
d) É proibido acrescentar trechos em balanço no seu estrado. O máximo de 
trabalhadores no andaime é dois. Deve ser usado cinto de segurança, tipo 
pára-quedista, ligado ao trava-queda em cabo de guia independente. 
e) Para ter um guincho só, será necessária a instalação de um segundo 
cabo de segurança em cada guincho. Não é permitida a interligação de 
estrados nestes andaimes. 
f) A cadeira suspensa somente deve ser utilizada quando 
não for possível a instalação de andaimes. A sustentação 
deve ser feita através de cabo de aço. 
Referências - Subitem 18.15.45 - Andaimes Suspensos 
Motorizados 
São plataformas elevadas de trabalho dotadas de guarda-
corpo motorizado suspensas por cabos de aço e guinchos 
ou suportadas por estrutura metálica tubular, de quadros, 
ou de madeira destinadas a execução de serviços de 
construção, manutenção e pintura.
Referências - Subitens 18.15.46 e 18.15.47 - Plataforma de Trabalho 
com Sistema de Movimentação Vertical em Pinhão e Cremalheira e 
Plataformas Hidráulicas 
• Existe atualmente no mercado uma variedade muito grande de equipamentos específicos para 
elevação de pessoas denominados plataformas aéreas. Estes equipamentos são utilizados para 
manutenção em locais que exigem movimentação vertical com deslocamento rápido e seguro em 
áreas com obstáculos.
Referências - Subitem 18.15.48 - Plataformas por Cremalheira 
• A cremalheira substitui os andaimes 
tradicionais permitindo um trabalho 
seguro e racional evitando-se ao 
máximo os riscos de acidentes. 
Referências - Subitens 18.15.49 a 18.15.55 - Cadeiras Suspensas 
• A Portaria MTE 13 (09/07/03) alterou os itens 18.15 e 18.16, incluindo aqueles referentes à cadeira 
suspensa, popularmente chamada de balancim individual. Este equipamento sempre foi utilizado 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
para pequenos trabalhos envolvendo manutenção de fachadas, limpeza de vidros, pinturas externas, 
entre outros. Vale ressaltar que o uso deste equipamento deve ser feito somente em locais onde o 
andaime suspenso leve não possa ser utilizado. 
• Na foto ao lado é possível exemplificar um tipo de balancim individua com assento individual no 
formato de conchal. Para uso deste equipamento é obrigatório o uso do trava-quedas e cinto 
segurança. Observe o sistema cabo passante que permite movimentações rápidas, independente da 
altura de trabalho, em função do não acúmulo de cabo de aço na caixa de comandos. Sistema de 
fixação através de ganchos, afastadores, vigas ou sistemas contra-peso. Aplicabilidade: 
o Locais de difícil acesso; 
o Limpeza e conservação de fachada; 
o Manutenções prediais, industriais e residenciais. 
• Esta Portaria foi elaborada a partir da ata da XXIV Reunião Ordinária do Comitê Permanente 
Nacional sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção CPN, realizada 
nos dias 23 e 24/04/2002, criando e modificando os itens de 18.15.49 a 18.15.55, introduzindo a 
CADEIRA SUSPENSA. O não atendimento aos requisitos deste item implica em infração de grau 4. 
Os seguintes aspectos de segurança devem ser obrigatoriamente atendidos: 
a) Sistema dotado com dispositivo de subida e descida com 
dupla trava de segurança, quando a sustentação for 
através de cabo de aço; 
b) Sistema dotado com dispositivo de descida com dupla 
trava de segurança, quando a sustentação for por meio de 
cabo de fibra sintética; 
c) Requisitos mínimos de conforto previstos na NR 17 
Ergonomia; 
d) Sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto. 
(devendo este ser tipo pára-quedista 18.15.52); 
e) O trabalhador deve utilizar cinto de segurança, tipo pára-
quedista, ligado ao trava-quedas em cabo-guia 
independente; 
f) A cadeira suspensa deve apresentar na sua estrutura, 
em caracteres indeléveis e bem visíveis, a razão social do 
fabricante e o número de registro respectivo no CNPJ 
(infração grau 2); 
g) O sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser 
independente do cabo-guia do trava-quedas. 
Referências - Subitens 18.15.56 a 18.15.56.4 - Ancoragem 
• A Portaria MTE 157/2006 trouxe outra mudança importante é a eliminação do item 18.15.43.2, 
substituído pelo item 18.15.56, que vai facilitar os serviços de limpeza, manutenção e restauração de 
fachadas. 
• A Portaria 157/2006 exige a instalação, ao longo de toda a fachada das edificações, de ganchos que 
vão futuramente sustentar os andaimes e cabos de segurança para uso de proteção individual dos 
trabalhadores que precisarem executar a manutenção da fachada de prédios de no mínimo quatro 
pavimentos ou 12 metros de altura. 
• Pela nova regra, o dispositivo deve estar disposto em todo o perímetro da edificação; suportar uma 
carga pontual de 1.200 quilogramas-força; constar do projeto estrutural da edificação; e ser 
constituído de material resistente às intempéries, como aço inoxidável ou material de características 
equivalentes. A norma vale também para edificações já existentes. 
• Existem muitos casos de queda de andaimes em trabalhos de manutenção de fachadas e reparos 
diversos. Daí, a justificativa da publicação da Portaria 157 de 10 de abril de 2006 (já alterada no 
texto). 
• O ponto onde os equipamentos serão instalados deve suportar a maior carga esperada sobre o 
sistema, principalmente o choque provocado pela queda de um trabalhador preso a esse sistema. 
Exemplos de bons pontos de ancoragem: 
- Vigas estruturais de concreto; 
- Vigas estruturais de aço; 
- Bases de grandes equipamentos; 
- Estruturas de grande massa, do tipo chaminés; 
- Grandes árvores vivas de raízes profundas. 
Exemplos de pontos de ancoragem ruins ou duvidosos 
- Fixadores e/ou cabos de pára-raios; 
- Tubulações com isolamento; 
- Corrimãos de escadas; 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
- Tubulações plásticas; 
- Estruturas metálicas corroídas; 
- Contrapesos, como latas com concreto ou barris com água. 
• Os sistemas equalizados de ancoragem distribuem a carga entre dois 
ou mais pontos. Para que um sistema equalizado seja eficiente, o 
ângulo interno não deve ser maior que 90 graus. O ideal é que fiquem 
entre0 e 45 graus. 
• Nos sistemas equalizados de ancoragem, deve-se passar o mosquetão 
por dentro da fita, de forma que ele não se solte caso um dos pontos 
se rompa. 
• O modo como as fitas são instaladas determina a carga que elas 
poderão suportar. No exemplo ao lado, foi utilizado o exemplo de um 
modelo de fita com resistência de 22kN. Esse valor pode variar entre 
diferentes modelos e marcas. 
• Com o uso de cintas de ancoragem, os mosquetões não devem sofrer 
tensões multi-direcionais. Duas soluções: o da esquerda utiliza uma 
Malha Rápida, tipo Delta, que permite a tração tridimensional, e a da 
direita utiliza dois mosquetões. 
• As cordas, fitas e cintas de ancoragem devem sempre ser protegidas 
de "cantos vivos", superfícies abrasivas ou cortantes. 
Referências - Subitens 18.15.57 - Plataformas de Trabalho Aéreo 
• A Portaria MTE 40/2008 define novas regras de segurança e saúde no trabalho na área da indústria 
de construção. Desse modo, fica estabelecida a inclusão do item 18.15.57 na NR 18 (Condições e 
Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção), definindo assim, que as plataformas de 
trabalho aéreo devem atender ao disposto no Anexo IV da referida NR. Além disso, o texto do artigo 
1º da Portaria MTE 15/2007 foi retificado, passando de "Anexo I - Plataformas de Trabalho Aéreo - 
da Norma Regulamentadora nº 18 (NR 18)" para "Anexo IV - Plataformas de Trabalho Aéreo - da 
Norma Regulamentadora nº 18 (NR 18)".
Referências - Item 18.16 / Subitens 18.16.1 a 18.6.2.1 - Cabos de 
Aço e de Fribra Sintética 
• As cordas, também chamadas de cabos, tem inúmeras aplicações no meio industrial. E entre todos os 
usos possíveis, os mais nobres são o da segurança e do resgate de trabalhadores. Elas podem ser 
usadas em pequenos comprimentos, a exemplo dos talabartes, ou em comprimentos maiores, quando 
utilizadas como cabos para o trava-quedas nos trabalhos em altura. 
• A matéria-prima e a forma como elas são construídas podem variar bastante. É o tipo de aplicação 
que definirá qual modelo será mais adequado. 
• Na segurança de trabalhadores, elas podem ser utilizadas para restringir a movimentação, impedindo 
exposição a riscos, ou para deter uma eventual queda, que é o uso mais importante. Deter o corpo de 
uma pessoa que está caindo é a situação extrema para qualquer sistema de segurança. 
• A princípio, precisamos lembrar que o corpo de uma pessoa em movimento, especialmente em queda 
livre, pode gerar uma força equivalente a centenas de quilos sobre um sistema que irá ampará-lo, e, 
portanto, não se pode ingenuamente considerar apenas o peso de uma pessoa para avaliar a 
resistência de um equipamento de proteção contra quedas. 
• Uma base utilizada como referência para avaliar a exigência de resistência de uma corda, por 
exemplo, fundamenta-se nos padrões determinados em sistemas mecânicos, que usam como fator de 
segurança a resistência equivalente a cinco vezes a maior carga esperada em sua operação. Isso dá 
uma boa margem de segurança, evitando acidentes que podem gerar prejuízos e até mesmo colocar 
vidas humanas em risco. 
• Para a segurança de pessoas, o referido fator deve ser maior, já que estamos prevendo solicitações 
dinâmicas (corpos em queda) podendo ultrapassar a relação de 15:1, ou seja, ter uma resistência 
mínima quinze vezes maior que a carga esperada sobre o sistema. Se adotarmos 100 kg como valor 
de referência para o peso de uma pessoa, e quisermos adotar o fator de 15:1, uma corda nova terá que 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_16.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_16.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18%2015_.pdf
ter uma resistência mínima à ruptura de 1.500 kg. Mas como existem outros fatores envolvidos na 
dinâmica da detenção de uma queda e nas características das cordas, internacionalmente o valor 
mínimo é de 2.000 kg. 
• A NFPA (National Fire Protection Association) estabelece como carga de resgate o valor de 600 lbf 
ou aproximadamente 270 kg, que considera dois homens pesados mais equipamentos. Como adotam 
um fator de segurança de 15:1, a NFPA de 1983 exige para as cordas de resgate (uso geral) uma 
resistência mínima à ruptura de 9.000 lbsf ou aproximadamente 40 kN (a grosso modo 4.000 kg). 
Referências - Subitens 18.16.3 a 18.16.5 - Cabos de Aço e de Fribra 
Sintética 
• No momento em que o cabo de aço esticar e detiver abruptamente a queda da pessoa, o choque irá 
todo para o corpo dela provocando traumas internos muito sérios ou até mesmo desmembramentos 
de partes do corpo. Portanto, além de resistente a corda tem que ser capaz de amortecer o choque da 
queda e preservar o corpo do trabalhador. 
• As cordas absorvem o choque de uma queda com a elasticidade, funcionando como um colchão 
macio, desacelerando a queda gradativamente, mesmo que em uma fração de segundos. Mas como a 
eficiência da absorção de choques pode variar dentro de diferentes circunstâncias, um acessório 
chamado de Absorvedor de Energia tornou-se item recomendado nos sistemas de proteção contra 
quedas. 
• Internacionalmente, as cordas de segurança são divididas em dois grupos básicos: dinâmicas e 
estáticas. As cordas dinâmicas são construídas para oferecer uma maior elasticidade, projetadas 
especificamente para deter quedas de pessoas. Elas são mais populares na área de esportes, por serem 
utilizadas há décadas na escalada esportiva. As cordas dinâmicas, dependendo do diâmetro e do 
fabricante, oferecem de 7% a 10% de elasticidade (teste de alongamento com uma carga de 80 kg). 
No limite da ruptura, elas podem chegar a 75% de alongamento (padrão N.F.P.A.). 
• As chamadas cordas estáticas devem ser chamadas mais apropriadamente de semi-estáticas, pois 
também oferecem elasticidade, mas com uma média de 3% de alongamento. Essas cordas são as 
mais utilizadas nas aplicações em ambientes industriais. 
Referências - Subitens 18.16.6 - Cabos de Aço e de Fribra Sintética 
• No Brasil, não existe certificação para cordas. Os Certificados de Aprovação (CA) do Ministério do 
Trabalho são emitidos apenas para os equipamentos classificados como EPI. No entanto, o MTE 
determina as características de fabricação de cordas para uso nos sistemas de Balancim e Segurança 
com trava-quedas. 
• As cordas que atendem à NR 18 devem apresentar uma fita interna com identificação do fabricante e 
características básicas do produto como diâmetro e matéria prima. Isso permite que o usuário e a 
fiscalização identifiquem a corda como um equipamento que atende às especificações. 
• Além disso, os fabricantes são obrigados a submeter amostras do produto a testes de laboratório 
periodicamente e obter os respectivos laudos. As cordas de fabricação nacional para uso esportivo e 
resgate não se enquadram nas exigências do Ministério do Trabalho. Portanto, o usuário conta 
somente com o compromisso do fabricante para a qualidade do produto. 
• Os usuários devem tomar cuidado com uma prática indevida de alguns fabricantes de cordas que 
apresentam laudos de laboratórios como sendo certificados. Os laudos nos oferecem informações 
importantes, mas não certificam o produto. Apenas informam os resultados da avaliação de 
determinadas amostras. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_16.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_16.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_16.asp
• Apesar das fibras originais de poliamida serem fornecidas no Brasil apenas pela Rhodia e Dupont, 
existe no mercado matéria-prima de segunda linha e até mesmo de material reciclado. Por isso, 
alguns fabricantes alertam que a qualidade das cordas, em função da matéria-prima utilizada, pode 
variar. Até mesmo o fornecimento de um mesmo fabricante pode variar de qualidade, dependendo da 
matéria-prima que ele teve acesso em determinado momento. 
• Um quesito a ser considerado na compra de produtos nacionais ou internacionais é a emissão ounão, 
por parte do fornecedor, de um certificado de qualidade, no qual ele se compromete com as 
características oferecidas e com a qualidade do produto. 
• Algumas cordas importadas oferecem certificações internacionais segundo critérios da comunidade 
européia e NFPA para o mercado norte-americano. As certificações visam à garantia da qualidade do 
produto comercializado, com um monitoramento constante, por parte de laboratórios credenciados. 
Referências - Anexo I Especificações de Segurança para Cabos de 
Fibra Sintética 2 
2 Texto retirado e adaptado do Informativo da Betary Treinamento Técnico 
(www.betarytreinamento.com.br). Autor: Engenheiro Luís Eduardo Spinelli e 
colaboradores: Francisco José Sarpa Lima Espeleólogo e Gustavo Mendes 
- Consultor da Serelepe 
• A importância deste item foi regulamentar uma prática usual dentro das empresas de construção, que 
era utilizar cabos de fibra de poliamida (cordas reforçadas), principalmente pelas pequenas empresas 
de reforma. 
• No Brasil, as cordas de segurança mais comercializadas são as trançadas de poliamida, conhecidas 
como "padrão bombeiro". A construção dessas cordas deve obedecer às exigências da Norma 
Regulamentadora (NR) 18. Existem fabricantes de equipamentos de segurança que utilizam as 
poliolefinas (Polipropileno e Polietileno) na fabricação de talabartes utilizados no conjunto do 
cinturão de segurança. 
• O engenheiro Luís Eduardo Spinelli descreveu com profundidade as características e os cuidados ao 
se trabalhar com cordas no seu artigo "Cordas", usado como referência para a elaboração destes 
comentários. 
• Essas fibras oferecem como vantagens a pouca absorção de água e a característica de flutuar, 
necessária para atividades aquáticas. Como desvantagens, oferecem baixa resistência a ruptura e a 
abrasão, baixo ponto de fusão, baixa capacidade de receber choques e muita elasticidade, mas com 
baixa resistência e sensibilidade a luz do sol (raios ultravioleta). Portanto, são fibras impróprias para 
equipamentos de proteção contra quedas. O único uso admissível é o de restringir movimentos ou 
posicionar o trabalhador, porém jamais para deter a queda de uma pessoa. 
• Para as cordas de segurança, a principal fibra indicada é a poliamida (náilon), cujas características 
são a resistência à tração, resistência a choques e um ponto de fusão em torno de 250C (poliamida 
6,6). As melhores cordas semi-estáticas (pouca elásticas) utilizam fibras internas de poliamida e a 
trama externa de poliéster, que oferecem uma alta resistência mecânica mesmo quando molhada, boa 
resistência a abrasão e razoável resistência a agentes químicos. 
• Estes cabos são utilizados para diversas operações, como içamento de carga, amarração de 
embalagens em depósitos e, até mesmo, na sustentação de pessoas (por exemplo, uso de rapel para 
pequenos trabalhos de manutenção). 
http://www.betarytreinamento.com.br/
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_16.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_16.asp
• Embora não regulamentado, o trabalho suspenso utilizando técnicas de rapel (escalada industrial) 
vem sendo usado quando a montagem de andaimes ou a cadeira suspensa sejam perigosas e/ou 
dificultem a realização do trabalho, como, por exemplo: inspeção para contenção de encostas, 
limpeza de fachadas e tanques, montagem, recuperação e manutenção de estruturas tubulares, entre 
outras. 
• Nesta operação utilizando técnicas de montanhismo, devem ser convocadas pessoas com 
comprovada experiência em montanhismo, usando equipamento profissional aprovado, inclusive 
cordas de fibra sintética. O item 18.6.5 faz uma pequena menção aos cuidados com estes 
equipamentos durante sua utilização em trabalhos suspensos. 
• As cordas de fibras sintéticas consistem de uma alma (parte interna) produzida com fios torcidos e 
três camadas de capas trançadas sobre essa alma. A NR exige que a capa intermediária seja trançada 
com fios amarelos de polipropileno ou poliamida, de forma que funcionem como alerta visual. 
• A alma deve ter uma resistência mínima à ruptura de 15 kN (1.500 kg), e o conjunto alma e capas 
uma resistência mínima de 20kN(2.000 kg). As melhores cordas, com padrões internacionais, 
possuem uma outra estrutura de construção, conhecida como Kernmantle , que se constitui 
basicamente de alma e capa. 
Fonte: Betary Treinamento Técnico 
• A alma é composta de centenas de fios de poliamida protegidos por uma capa de poliéster. Para se 
ter idéia da diferença entre a tecnologia imposta pela norma brasileira e a tecnologia Kernmantle, 
uma corda de padrão nacional de 12 mm oferece uma resistência à ruptura de, no máximo, 2.500 kg. 
O mesmo diâmetro de corda com o padrão Kernmantle, oferece uma resistência de 4.000 kg. Isso se 
dá, provavelmente, pela qualidade da trama, proporção de alma e capa e porque a corda padrão NR 
18 utiliza menos fios na fabricação, o que justifica também serem muito mais baratas. 
Fonte: Betary Treinamento Técnico 
• O engenheiro Luís Eduardo Spinelli destaca que a norma brasileira, provavelmente procurando 
proteger o trabalhador do uso de uma corda perigosamente desgastada, criou a exigência do alerta 
visual, que é, na verdade, uma "armadilha" em potencial. O desgaste das fibras externas é um dos 
fatores que deterioram a resistência de uma corda, mas não é o único, nem é o dos piores, pois é um 
problema fácil de ser identificado. 
• Os riscos invisíveis, provocados, por exemplo, pela contaminação química, raios ultravioleta (ação 
do sol) e danos internos, não podem ser percebidos visualmente. Portanto, não se pode usar apenas a 
inspeção visual para determinar a vida útil de uma corda. 
Referências - Item 18.18 / Subitens 18.18.1 a 18.18.5.1 - Telhados e 
Coberturas 
• Devemos observar a obrigação de se fixar as extremidades dos cabos-guias à estrutura definitiva da 
edificação por meio de suporte de aço inoxidável ou material de resistência e durabilidade 
equivalentes. Para os trabalhos em telhados, além desta, valem as seguintes observações: 
a) Instalação de cabo-guia, de aço, para fixação do cinto de segurança tipo 
pára-quedista; 
b) Sinalização e isolamento dos locais onde se desenvolvem os trabalhos; 
c) Em trabalhos sobre fornos ou equipamentos dos quais hajam emanações 
de gases, os equipamentos devem ser desligados. 
• Em dezembro de 2004, foi aprovado pela CPN - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na 
Indústria da Construção, a inclusão do item 18.18.5 envolvendo serviços em telhados e coberturas. 
• O item 18.18 alterou o nome com a inclusão de serviços em telhados e coberturas e inclui o item 
18.18.5. Esta alteração foi conduzida em caráter preventivo, não se baseando em acréscimo ou 
alteração substancial da estatística de acidentes. 
Referências - Item 18.19 / Subitens 18.19.1 a 18.19.14 - Serviços em 
Flutuantes 
• Refere-se à execução de trabalhos com risco de queda na água e para a qual devem ser observadas as 
medidas técnicas recomendadas que são bastante específicas. 
• Devem existir coletes salva-vidas suficientes para todos os trabalhadores presentes no local. Será 
necessário treinamento para uso e conservação dos equipamentos preventivos de salvatagem. 
Referências - Item 18.20 / Subitem 18.20.1 - Locais Confiandos 
• Este é um item que trata dos cuidados na execução de trabalhos com risco de asfixia, explosão, 
intoxicação e doenças do trabalho, para a qual devem ser observadas as medidas técnicas 
recomendadas. 
• Há obrigatoriedade de treinamento e orientação para os 
trabalhadores quanto aos riscos e a forma de preveni-los, além 
de procedimento a ser adotado em situação de risco. Este item 
está de acordo com a NR 1, item 1.7, letra c. 
• Acidentes em espaços confinados têm sido a causa da maioria 
das mortes nas empresas, perdendo, somente, para o trabalho em 
altura na construção civil. Para evitar acidentes, é importante 
estar consciente dos riscos e reconhecer sua existência. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_20.asphttp://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_19.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_19.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_18.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_18.asp
• Estatisticamente, mais de 85% dos acidentes poderiam ser evitados se o trabalhador tivesse 
informações de como identificar o espeaço confinado e quais os riscos possíveis de serem 
encontrados. 
• Muitos acidentes com morte em espaços confinados são causados pelo simples fato de que os 
mesmos não eram reconhecidos pela empresa como locais de espaços confinados. É necessário que 
estes locais estejam mapeados, identificados e bloqueados de acesso. 
• Enquanto se aguarda a aprovação de uma NR específica, deve-se utilizar a Norma ABNT NBR 
12.246. Esta Norma define espaço confinado como um local não projetado para ocupação contínua, 
onde há meios limitados de entrada e saída, e cuja ventilação existente é insuficiente para remover 
contaminantes perigosos e/ou deficiência/enriquecimento de oxigênio. 
• A Norma ABNR 12.246 apresenta outras definições importantes listadas abaixo: 
a) Área classificada: Toda área onde existe a presença de gases 
combustíveis, classificadas em Grupos I e II, sendo o grupo II dividido em 
sub-grupo IIA, IIB e IIC e também em zonas 01 e 02; 
b) Atmosfera pobre de oxigênio: Atmosfera contendo menos de 19,5% de 
oxigênio em volume; 
c) Atmosfera rica de oxigênio: Atmosfera contendo mais de 23% de 
oxigênio em volume; 
d) Atmosfera de risco: Condição em que a atmosfera, em um espaço 
confinado, possa oferecer riscos ao local e expor os trabalhadores ao 
perigos de morte, incapacitação, restrição da habilidade para auto-resgate, 
lesão ou doença aguda causada por uma, ou mais, das seguintes causas: 
- Gás/vapor ou névoa inflamável em concentração superior a 10% 
do seu LIE (Limite inferior de explosividade); 
- Poeira combustível em uma concentração que se encontre ou 
exceda o LIE. Esta concentração pode ser estimada pela condição 
na qual a poeira obscureça a visão em uma distância menor ou igual 
a 1,5 m; 
- Concentração de oxigênio no ar menor 19,5% ou maior que 23%; 
- Concentração de qualquer contaminante acima dos LT (NR 15) ou 
ACGIH ou qualquer condição Imediatamente Perigosa à Vida e à 
Saúde (IPVS) ou IDLH (Immediatly Dangerous to Health and Life). 
e) Permissão/Programa de Entrada: Autorização escrita, fornecida pelo 
empregador, ou representante legal, para permitir e controlar a entrada em 
um espaço confinado. O programa de entrada é um conjunto de ações 
incluindo a Permissão de Entrada; 
f) Permissão para Trabalho a Quente: Autorização escrita, fornecida pelo 
empregador, ou representante legal, para permitir operações capazes de 
fornecer uma fonte de ignição; 
g) Inertização: Procedimento de segrança em um espaço confinado que 
visa a evitar uma atmosfera potencialmente explosiva através do 
deslocamento da mesma por fluido inerte. Este procedimento produz uma 
atmosfera IPVS deficiente de oxigênio; 
h) Isolamento: Separação física de uma área, ou espaço 
considerado próprio, de um permitido à entrada, de uma área ou 
espaço considerado impróprio (perigoso), e não preparado à 
entrada de pessoas; 
i) Reconhecimento: Processo de identificação dos ambientes 
confinados e seus respectivos riscos; 
j) Trabalhador autorizado: Pro-fissional capacitado que recebe 
autorização do empre-gador para entrar em um espaço confinado; 
l) Vêdo: Significa, tampa ou tampão, vedação para qual-quer 
abertura, horizontal, vertical ou inclinada; 
m) Vigia: Trabalhador que se posiciona fora do espaço confinado 
e monitora os trabalhadores autorizados, realizando todas as 
tarefas definidas no programa para entrada. 
• Espaços confinados podem ser encontrados normalmente em galerias, caminhões tanques, silos, 
esgotos, túneis, silos e tanques de armazenagem, entre outros. Os principais riscos encontrados 
envolvem: deficiência de oxigênio, presença de gases inflamáveis e gases tóxicos. Entre os gases 
tóxicos mais encontrados, destacamos o monóxido de carbono (CO), metano (CH4) e sulfeto de 
hidrogênio (H2S). 
• Em atendimento ao item "g", todos os espaços confinados devem ser adequadamente sinalizados, 
identificados e isolados para evitar que pessoas não autorizadas adentrem a estes locais. 
• O item "j" fala que em, pelo menos, 10% dos trabalhadores envolvidos com atividades em espaços 
confinados deverão ser treinados nas diversas competências e habilidades que se espera para este 
tipo de trabalho. 
• Para se trabalhar em espaços confinados, é necessário preencher uma autorização formal, 
normalmente chamada de Permissão para Entrada em Espaços Confinados (ver modelo), constituída 
por um formulário com uma lista de cuidados a serem tomados, como por exemplo: especificação 
dos equipamentos para entrada e execução do trabalho, registro das avaliações ambientais de gases e 
vapores, uso de EPI, equipamento de emergência, supervisão externa, entre outros. 
• Existem macas especiais para utilização em espaços confinados quando a vítima precisa ter a coluna 
imobilizada. Neste caso, é necessário usar um imobilizador de tronco e cabeça ou uma prancha 
rígida. Este procedimento é um pouco mais demorado porque a vítima precisa ser imobilizada para 
depois ser colocada na maca. Mesmo os resgates mais complexos não exigem mais do que alguns 
minutos para serem concluídos, desde que as pessoas estejam treinadas para isso. 
• Para liberação de entrada em espaço confinado deve ser preenchido formulário específico da NR 33 
aprovada pela Portaria MTE 202/2006. 
Referências - Item 18.21 / Subitens 18.21.1 a 18.21.13 - Instalações 
Elétricas 
• O uso de tomadas e extensões deve atender aos seguintes requisitos: 
a) Colocar a tomada o mais próximo possível do ponto de uso. 
b) Utilizar eletroduto de aço galvanizado, pois não é permitido usar fios 
soltos pelo chão ou na parede, bem como eletroduto de plásticos (pvc). 
c) Fixando-se a tomada no quadro elétrico, não devemos colocá-las em 
partes móveis ou removíveis. Ex.: portas ou tampas. 
d) Utilizar fiação similar ou maior que o diâmetro que usamos na extensão 
que é de 2,5 mm². Para a extensão, foi utilizado cabo 4 x 2,5 mm², que 
resiste até 16 ampéres. 
e) Não utilizar as duas tomadas da extensão ao mesmo tempo. Quando 
alimentarmos a extensão com 380V trifásico, poderemos utilizar 380V 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_21.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_21.asp
trifásico na tomada trifásica ou 220V monofásico na outra tomada. Quando 
energizarmos a extensão com 220V trifásico, poderemos utilizar 220V 
trifásico na tomada trifásica ou 110v monofásico na outra tomada. 
f) Para alimentar a extensão com 380V ou 220V trifásico, deveremos ter 
duas tomadas, uma para cada tensão, sendo as duas com a mesma 
referência anterior. 
g) É terminantemente proibido cortar o plug e energizar a extensão nas 
contatoras do quadro elétrico ou outro local que não seja as tomadas 
indicadas. 
h) Não colocar as tomadas em posição que possa existir trânsito de 
funcionários, evitando desta maneira o choque com as mesmas. 
Deveremos ter espaço de um metro quadrado de área livre na frente das 
tomadas. Assim, teremos fácil acesso para o funcionário colocar o plug na 
tomada. 
i) As tomadas devem ser colocadas em posições ergonomicamente 
corretas. Desta forma, não poderão ser colocadas muito baixas ou muito 
altas. Muito baixas, além do funcionário ter que se abaixar para conectar o 
plug, poderemos ter problemas do contato de água gerando choque no 
operador. Devemos colocar as tomadas entre 900 e 1200 mm do piso. 
j) Será acoplada à tomada um fusível ou disjuntor com máximo de 20 A. 
l) Para ligação de uma extensão na tomada, a queda de tensão máxima 
permissível no circuito é de 5,49% (380V) e 4,39% (220V). No caso em quese necessitar o prolongamento da extensão, colocando-se duas em série, a 
queda máxima é de 4% (380V) e 1,79% (220V). Esta queda de tensão 
deverá ser verificada na tomada que estiver fixa no quadro elétrico ou 
parede. 
m) Quando optar por colocar as tomadas nos quadros elétricos deve-se 
utilizar tampão para abertura superior para eletroduto. 
Referências - Subitens 18.21.14 a 18.21.20 - Instalações Elétricas 
• O risco elétrico é invisível, pois os trabalhadores só perceberão sua presença e potencial de dano ao 
se depararem com o choque elétrico. Para garantir o trabalho seguro, é preciso entender sua origem e 
suas formas de identificação e controle. De maneira geral, qualquer circuito elétrico se caracteriza 
pela diferença de potencial ou tensão, sua intensidade e pela resistência de seus elementos. 
• A tensão é medida em Volts (V). Quanto mais alta, maior será a quantidade de corrente passando no 
circuito. A intensidade da corrente é medida em Amperes (A), definidos como as quantidades de 
elétrons que passam pelo condutor em 1 segundo. 
• A resistência é medida em ohms (R). A resistência se opõe à passagem da corrente e, quanto maior a 
resistência, menor será a facilidade de passagem da corrente. A resistência é diretamente 
proporcional ao comprimento do condutor e inversamente proporcional à sua seção. Os diversos 
corpos são condutores mais ou menos bons e possuem resistência própria. 
• Todos os riscos da eletricidade estão relacionados à intensidade da corrente, sua duração e seu trajeto 
pelo corpo humano. Sempre que possível, deve-se escolher equipamentos que funcionem com baixa 
tensão. Para aumentar a resistência, são utilizados equipamentos de proteção individual e material 
isolante para proteger totalmente o corpo humano. 
• É fundamental que os trabalhadores destacados para o trabalho com eletricidade tenham qualificação 
conforme determina a NR 10. Trabalhos com eletricidade devem ser precedidos de Permissão para 
Trabalho. É fundamental a implementação de rotinas de sinalização e bloqueio de equipamentos 
energizados. Sugerimos a leitura da nova NR 10, atualizada pela Portaria 598, de 07/12/2004, para 
complementar os aspectos de segurança com eletricidade. 
Referências - Item 18.22 / Subitens 18.22.1 - Máquinas, 
Equipamentos e Ferramentas Diversas 
• Na construção civil, principalmente na fase de acabamento, é comum, ou melhor, é necessário, o uso 
de máquinas manuais ou portáteis, as populares "maquitas", com as mais diversas finalidades, entre 
elas: cortar cerâmica, lixar madeira, furar peças de concreto etc. Os seguintes aspectos devem ser 
verificados: 
a) Existência de bancadas específicas para o uso deste tipo de 
equipamento; 
b) Uso de EPI; 
c) Posição correta, evitando-se ficar abaixado, de joelhos e segurando 
peças e máquina de forma insegura. 
• O empregador deve implementar ferramentas para identificar desvios comportamentais, lembrando 
que toda e qualquer máquina, independentemente do porte, desde uma central de concreto até uma 
simples furadeira doméstica, deve ser operada por "operário qualificado". 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_22.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_22.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_21.asp
• O empregador deve encarar a entrega de uma máquina a um empregado não qualificado da mesma 
forma como entregar seu carro a um motorista que não possua carteira de habilitação. Em caso de 
acidente, o responsável é o empregador. Deve-se, portanto, mostrar ao empregador a importância de 
qualificar os empregados operadores de máquinas e/ou equipamentos. 
• Com o treinamento, o operário deverá assimilar um sentimento de responsabilidade para com suas 
tarefas e sua segurança. A cobrança de atitudes e ações corretas fica mais fácil quando tratamos com 
operários que foram treinados do que com operários que não possuem qualquer tipo de treinamento, 
ou apenas treinamento prático sem noção de segurança. 
• Cabe lembrar que não se deve entregar a operação de guinchos, betoneiras ou outro equipamento ou 
máquina a serventes de obra, pois, ao qualificar-se um operário, o mesmo passa a profissional, 
mudando de categoria. 
• Os profissionais do SESMT devem organizar cursos, palestras, procedimentos e cartas de 
advertência para aqueles que insistirem em não cumprir as regras de segurança. 
• Deve-se implementar um livro de manutenção e acompanhamento de cada equipamento preenchido 
pelo operador responsável pelo mesmo, livro este que ficará à disposição da fiscalização do trabalho 
e será visado continuamente por profissional legalmente habilitado. 
Referências - Subitens 18.22.2 a 18.22.27 - Máquinas, Equipamentos 
e Ferramentas Diversas 
• Os operadores são, portanto, responsáveis por suas atividades e pelos riscos dela decorrentes e 
devem estar comprometidos com a segurança das operações. Os seguintes aspectos devem ser 
considerados: 
a) Toda máquina, ou equipamento, deve possuir livro de inspeção no qual 
conste as características do mesmo, seu plano de manutenção e lista de 
itens a serem fiscalizados, diariamente, antes do início dos serviços; 
b) Deve haver um diário para registro de vistorias e anotação de 
ocorrências feitas pelo operador, de acordo com a lista de verificação; 
c) O livro e o diário, que podem receber denominação específica nas 
empresas, serão de grande ajuda ao operador para identificar as condições 
de segurança envolvendo sua máquina, equipamento ou ferramenta. 
• Exemplificando esta idéia, o pedreiro em tarefa individual, ou como líder de uma equipe em serviços 
de fachada, utilizando-se de andaime suspensos (jaú), deverá, antes do início da jornada diária de 
trabalho, inspecionar, pessoalmente, os itens de segurança indicados na lista, como fixação superior 
do andaime, número de clips, cabos de sustentação, plataforma de trabalho, guarda-corpo, máquina 
(ou catraca) etc, e assinar que todos os elementos apresentam-se em condições seguras. 
• No caso de detectar-se uma condição insegura, o responsável comunicará imediatamente a seu 
superior imediato e/ou ao comando da obra, registrando o fato e as providências tomadas, não 
iniciando seus serviços sem a devida correção do problema apontado. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_22.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_22.asp
• Os livros e diários deverão ser verificados periodicamente (como sugestão, semanalmente) pelo 
responsável técnico da obra, representante da CIPA ou responsável da Segurança no Trabalho na 
empresa. 
• Instituindo-se esta sistemática, o empregador estará comprometendo o empregado com a segurança 
e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a cultura de fiscalização do estado físico e da manutenção dos 
equipamentos usados em uma obra. Inicialmente, haverá resistência de muitos, mas com o tempo 
esta dará lugar à disciplina e à melhoria das condições de trabalho. 
• O aumento de burocracia, que certamente será alegado, deve ser contestado com o resultado a ser 
obtido quanto à segurança, perfeita fiscalização, manutenção de máquinas e equipamentos e quanto à 
eliminação de custos oriundos do uso de peças defeituosas. 
• Comprometer o operador de máquina ou equipamento com Segurança no Trabalho é uma ação 
obrigatória nas atividades de todos aqueles que estão envolvidos nesta área. 
• Sugerimos a leitura das NR 11 e NR 12 que tratam dos requisitos para proteção de máquinas e 
equipamentos. 
Referências - Subitens 18.22.8 a 18.22.11 - Máquinas, Equipamentos 
e Ferramentas Diversas 
• No caso de detectar-se uma condição insegura, o operador deve comunicar imediatamente a seu 
supervisor, registrando o fato em um livro de ocorrências, ou sistema de registro similar, de forma 
que as providências sejam tomadas antes de prosseguir com a tarefa. Estes registros devem ser 
visados periodicamente (semanalmente) pelo responsável da obra, CIPA ou profissional doSESMT. 
• Muitas empresas resistem às inspeções alegando excesso de controle, sem perceber, no entanto, os 
benefícios a serem obtidos quando é implementado um sistema formal de supervisão e manutenção 
de máquinas e equipamentos, como, por exemplo, a eliminação dos custos resultantes do uso de 
peças defeituosas. 
• Não apenas o empregador é o responsável pela segurança. Cada vez mais se faz importante a 
participação dos operadores e supervisores, interessados diretos pela garantia de segurança das 
operações. É importante desenvolver procedimentos e ferramentas de trabalho visando a aumentar o 
nível de conscientização e compromisso dos trabalhadores em todos os níveis da organização, como, 
por exemplo, a realização de reuniões informativas, também chamadas de Diálogos de Segurança 
(DDS). 
• Podemos citar como exemplo a importância de um operador que utiliza andaime inspecionar seu 
equipamento antes de iniciar a jornada de trabalho, observando os itens de segurança, tais como: 
fixação superior do andaime, número de clips, cabos de sustentação, plataforma de trabalho, guarda-
corpo, máquina (ou catraca) etc, e assinar que todos os elementos apresentam-se em condições 
seguras. 
• Instituindo esta sistemática, o empregador estará comprometendo o empregado com a segurança e, 
ao mesmo tempo, desenvolvendo a cultura de fiscalização do estado físico e da manutenção dos 
equipamentos usados em uma obra. Inicialmente, haverá resistência de muitos, mas com o tempo 
esta dará lugar à disciplina e a melhoria das condições de trabalho. 
Referências - Subitens 18.22.12 e 18.22.13 - Máquinas, 
Equipamentos e Ferramentas Diversas 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_22.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_22.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_22.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_22.asp
• Na construção civil, principalmente na fase de acabamento, é comum, ou melhor, é necessário o uso 
de máquinas manuais ou portáteis, as populares "maquitas", com as mais diversas finalidades, entre 
elas: cortar cerâmica, lixar madeira, furar peças de concreto, entre outras. É comum nos depararmos 
com uma série de irregularidades no manuseio destas ferramentas, como, por exemplo: 
a) Inexistência de bancadas específicas para o uso das ferramentas; 
b) Não uso do EPI ou inexistência de sistema de proteção coletiva; 
c) Posição incorreta de operação, normalmente abaixados, de joelhos e 
segurando peças e máquina de forma insegura; 
d) Ruído excessivo que prejudica os demais trabalhadores no local de 
trabalho. 
• Os profissionais do SESMT sabem das dificuldades de se corrigir estas formas inadequadas de 
operação e da cultura do "sei fazer esta tarefa e nunca me aconteceu nada e preciso trabalhar". 
• O trabalhador somente se dará conta do erro quando acidentar-se ou presenciar um colega 
acidentado. Por isso, é importante conscientizá-lo da responsabilidade, lembrando que toda máquina, 
independentemente do porte, desde uma central de concreto até uma simples furadeira doméstica, 
deve ser operada por "operário qualificado". O empregador deve mostrar aos trabalhadores a 
importância da qualificação para a organização, propondo um programa contínuo de treinamento. 
Referências - Subitens 18.22.14 a 18.22.17.4 - Máquinas, 
Equipamentos e Ferramentas Diversas 
• Procurar sempre ler os manuais das ferramentas elétricas portáteis e as recomendações de segurança 
indicadas pelo fabricante. Aprender o método de utilização e procurar informações sobre a 
construção da ferramenta elétrica manual para entender sobre seus riscos e perigos. 
• Nunca utilizar bijouterias, roupas folgadas ou luvas que possam atrapalhar a operação. Usar, sim, 
todos os EPI necessários. 
• Segurar as ferramentas com firmeza, pois há possibilidade destas ferramentas escaparem de suas 
mãos, por trabalharem em alta rotação. 
• Ao realizar algum tipo de substituição de componente da ferramenta (broca, rebolo etc.). retirar o 
plug da tomada de energia. Tomar cuidado com extensões e evitá-las sempre que possível. 
• Nos trabalhos com ferramentas elétricas portáteis em locais úmidos, quando necessário, adotar 
plataformas isolantes, como tapetes de borracha, verificando se o cabo está em perfeitas condições 
de uso, além de aterradas. 
• Sinalizar e isolar a área de trabalho de forma adequada, não utilizando ferramentas elétricas na 
presença de vapores e gases inflamáveis. Providenciar previamente sistemas de exaustão e 
monitoramento do local com o explosímetro. 
Referências - Subitens 18.22.18 a 18.22.21 - Máquinas, 
Equipamentos e Ferramentas Diversas 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_22.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_22.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_22.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_22.asp
• As pistolas de fixação com cartuchos explosivos, que têm como base o princípio das armas de fogo, 
são utilizadas para fincar pinos em diversos materiais, especialmente concreto, reduzindo o tempo de 
trabalho. 
• Além dos pontos indicados pela NR, todos que trabalharem com as ferramentas identificadas nos 
itens acima devem seguir, rigorosamente, as instruções do manual do fabricante em relação à 
segurança, operação e manutenção. 
• É importante sinalizar a área próxima do local do disparo com a inscrição: Perigo - Uso de pistola a 
pólvora. No momento do disparo, o operador deve estar em posição estável, sem apontar a pistola na 
direção de terceiros. Apenas o operador permanecerá no local do disparo. Nem mesmo o ajudante 
deve estar presente. Os EPI recomendados para este tipo de operação são: capacete, óculos de 
segurança, abafador de ruídos e sapatos de segurança. 
• Achamos importante considerar as observações abaixo para garantir a execução do trabalho de forma 
segura: 
a) O operador deve ser qualificado e identificado por crachá; 
b) O abastecimento de máquinas e equipamentos com motor a explosão 
deve ser realizado por trabalhador qualificado e em local apropriado; 
c) Os operadores devem ser treinados para as novas tecnologias adotadas; 
d) As inspeções de máquinas e equipamentos devem ser registradas em 
documento específico, constando as datas e falhas observadas, as 
medidas corretivas adotadas e a indicação da pessoa, técnico ou empresa 
habilitada que as realizou; 
e) Nas operações com equipamentos pesados, como se trata de um item 
novo na NR 18, o assunto deve ser analisado como um todo. 
• Os supervisores e técnicos de segurança do trabalho devem ter como responsabilidade na orientação 
dos funcionários: 
a) Evitar o armazenamento de ferramentas em locais inadequado; 
b) Evitar práticas inadequadas na sua utilização; 
c) Observar se o transporte é feito de maneira correta; 
d) Verificar a necessidade de manutenção; 
e) Controlar a aplicação de todas as recomendações estabelecidas. 
• O índice de lesões causadas pela utilização 
inadequada de ferramentas manuais é 
elevado, sendo, no entanto, baixo o índice de 
gravidade, porém são muito comuns as 
infecções decorrentes de cortes, perfurações e 
arranhões. 
• Sugerimos a leitura complementar da NR 11 
e seus comentários. 
Referências - Item 18.23 / 
Subitens 18.23.1 a 18.23.4 
-Equipamento de Proteção 
Individual 
• Já estão efetuadas no texto as alterações previstas pela Portaria MTE 65 (28/12/98), que incluiu o 
item 18.23.3.1. O assunto EPI é muito específico e merece uma leitura complementar da NR 6. 
• O cinto de segurança abdominal somente deve ser utilizado em serviços de eletricidade e em 
situações em que funcione como limitador de movimentação. O tipo pára-quedista deve ser utilizado 
em todas as outras atividades que tenham risco de queda de altura. 
• Para trabalho em altura, recomenda-se capacete com jugular de três pontas. Este tipo de capacete 
possui CA e possuifabricante nacional, sendo uma garantia adicional em caso de queda, pois evita 
que a jugular saia do pescoço. Este modelo é muito usado para trabalho envolvendo escalada 
industrial. 
• A utilização de mosquetões vai depender do formato, tipo, material utilizado e resistência que pode 
variar de 22 a 50 kN. Os mosquetões são fabricados para suportar trações bidirecionais ao longo de 
sua "espinha". Quando tracionados no sentido correto e com o gatilho fechado, eles oferecem o 
máximo de resistência. 
• Os valores da resistência do mosquetão devem estar estampados de forma indelével, de modo a 
garantir o uso adequado. 
• Para que possam ser utilizados, os mosquetões devem possuir uma dupla trava. Nos modelos mais 
comuns, existe um anel com rosca. Para evitar a possibilidade da trava emperrar após o mosquetão 
ser submetido à tensão, será necessário girá-la até o fim e depois folgá-la um pouco para eliminar a 
pressão da rosca. 
• Quando o mosquetão é usado na vertical, o sentido do rosqueamento da trava deve estar sempre para 
baixo. 
• A instalação do mosquetão deve manter o gatilho em uma posição sempre visível aos olhos do 
usuário e com abertura dele voltada para fora, de forma a facilitar o engate e desengate do 
equipamento. O gatilho do mosquetão nunca deve estar voltado para superfícies, saliências ou cantos 
vivos, pois ele pode sofrer esforço para se abrir. 
• Os mosquetões não devem sofrer tensões que não sejam ao longo de sua espinha. Com o gatilho 
aberto, o mosquetão tem uma resistência muito menor. Por isso, trabalha-se com ele sempre fechado 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_23.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_23.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_23.asp
e nunca abri-lo quando estiver sob tensão. Além disso, não sofrerá tensão em mais do que dois 
sentidos. 
Referências - Item 18.24 / Subitens 18.24.1 a 18.24.9 - Armazenagem 
e Estocagem de Materiais 
• O armazenamento de produtos químicos deve respeitar aspectos de compatibilidade em função das 
propriedades físico-químicas, como, por exemplo: corrosovidade, inflamabilidade, oxidante, entre 
outros. Atenção especial será dada aos produtos inflamáveis, tóxicos e explosivos. 
• O armazenamento de gases comprimidos deve ser feito em local separado dos demais. Os gases 
inflamáveis (acetileno e GLP) devem ser separados dos outros gases por uma distância mínima de 6 
m com placas de sinalização do tipo: "Proibido Fumar", "Cilindros Cheios" e "Cilindros Vazios". 
• O local de estocagem de gases comprimidos não conterá produtos inflamáveis líquidos, como 
gasolina e álcool, e não pode estar em subsolo e depressões sujeitas a inundações. 
• Durante o manuseio de produtos químicos corrosivos, sólidos ou liíquidos, como a cal e o ácido 
sulfúrico, é obrigatório o uso de luvas, avental e proteção respiratória. 
• As pilhas de materiais devem ter forma e altura que garantam a estabilidade e facilitem o manuseio, 
não devendo, portanto, ultrapassar 2 m de altura. 
• As alturas máximas aconselháveis para empilhamento de materiais são: 
a) Sacos de cimento: 10 unidades; 
b) Madeiras em geral: 1,50 m; 
c) Perfis metálicos: 1,50 m; 
d) Tubos: 1,80 m; 
e) Tijolos e blocos de concreto: 2 m; 
f) Caixas de madeira ou papelão: 1,80 m. 
Referências - Item 18.25 / Subitens 18.25.1 a 18.25.5 -Transporte de 
Trabalhadores em Veículos Automotores 
• A utilização de veículos, a título precário, para o transporte de passageiros somente será permitida 
em vias que não apresentem condições de tráfego para ônibus. 
• A utilização de cinto de segurança é obrigatório em qualquer equipamento motorizado, mesmo que 
seja operado apenas internamente na fábrica. 
• Recomenda-se a utilização de luzes e sinais sonoros que identifiquem um veiculo em marcha-ré. Em 
locais fechados como galpões, e nos quais exista muita intensidade de ruído, sugerimos que este 
aviso sonoro seja apenas visual. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_25.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_25.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_24.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_24.asp
• As exigências básicas estão relacionadas ao tipo e estado do veículo, existência de registrador 
instantâneo de velocidade, bancos, porta e escada de acesso, compartimento separado para 
ferramentas e a habilitação do motorista. Mais detalhes podem ser verificados nas seguintes leis e 
normas: 
- Lei 9.503, de 23 de setembro de 1.997 Código de Trânsito Brasileiro 
artigos 105 II; 107, 108, 109, 117, 135 e 140 a 160; 
- Resolução CONTRAN 14 - Estabelece os equipamentos obrigatórios para 
a frota de veículos em circulação e dá outras providências; 
- Resolução CONTRAN 082/98 - Dispõe sobre a autorização, a título 
precário, para o transporte de passageiros em veículos de carga; 
- Resolução CONTRAN/057/98 - Estabelece normas gerais para curso de 
capacitação de condutores de veículos de transporte coletivo de 
passageiros; 
- Portaria SUP/DER 17, de 04/04/2.005 - Dispõe sobre o transporte de 
trabalhadores rurais por ônibus através das rodovias estaduais. 
• A Portaria SUP/DER 17, do Estado de São Paulo estabelece que todo veículo utilizado no transporte 
rural de passageiros, para obter a licença, deve ser submetido a pelo menos uma inspeção anual. A 
inspeção deve ser transcrita em documento próprio que deve ser acompanhado de "Anotação de 
Responsabilidade Técnica" ART, emitida por Engenheiro. 
• A Resolução 14 estabelece que o cinto de segurança só será exigido para ônibus produzidos após 
01/01/99. A Resolução 82 não exige bancos revestidos nem cinto de segurança para veículos de 
carga adaptados para o transporte de pessoas. 
• A demonstração de que o empregador atende as exigências são: 
> Existência de veículo com as características e acessórios exigidos: 
- Compartimento de passageiros coberto, com porta e escada de 
acesso, assentos para todos os ocupantes e iluminação; 
- Ferramentas sendo transportadas em compartimento separado dos 
passageiros; 
- Registrador instantâneo de velocidade; 
- Bom estado físico e de funcionamento dos pneus, freios, sistema 
de iluminação e sinalização e direção. 
> Motorista com as habilitações exigidas categoria "D" e curso de 
capacitação de condutor de veículo de transporte coletivo de passageiros; 
> Licença de transporte emitida pelo órgão competente, dentro do período 
de validade; 
> Documentação que demonstre o controle de inspeção e manutenção 
periódica dos itens de verificação obrigatória; 
> Relatório periódico com resumo de verificações dos equipamentos de 
registro instantâneo de velocidade (tacógrafo ou computador de bordo); 
> Registro no prontuário de motoristas que infringiram as regras, 
comprovando a tomada de medidas administrativas. 
Referências - Item 18.26 / Subitens 18.26.1 a 18.26.5 - Proteção 
Contra Incêndio 
• Proteção contra Incêndios: Instalar sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os 
locais da construção. 
• Formar equipes organizadas e, especialmente, treinadas no correto manejo do material disponível 
para o primeiro combate ao incêndio. 
• A prevenção e combate a incêndios é assunto muito importante e merece ser discutido 
separadamente. Por isso, sugerimos a leitura da NR 23. 
• É importante que o local da obra tenha aprovação do Corpo de Bombeiros. 
Referências - Item 18.27 / Subitens 18.27.1 a 18.27.3 - Sinalização 
de Segurança 
• Além da sinalização interna, o trabalhador deve usar colete ou tiras refletivas na região do tórax, 
quando estiver a serviço em vias públicas. 
• As atividades em via pública, nos acessos ao canteiro de obra e frentes de trabalho, devem ser 
sinalizadas. Em vias públicas, deve-se cumprir a Resolução 561/80 do CONTRAN. 
• Sugerimos a leitura da NR 26, que trata especificamente da sinalização obrigatória noambiente de 
trabalho. 
Referências - Item 18.28 / Subitens 18.28.1 a 18.28.4 - Treinamento 
• O treinamento admissional deve ter uma carga horária mínima de 8 (oito) horas, abordando no 
mínimo os seguintes temas: 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_28.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_27.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_27.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_26.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_26.asp
a) Informações sobre as condições e o meio ambiente do trabalho; 
b) Riscos inerentes à função; 
c) Especificação e uso adequado dos EPI / EPC; 
d) Informações sobre as proteções coletivas. 
• O treinamento periódico deve ser aplicado sempre que se tornar necessário e no início de cada fase 
da obra. Todos os treinamentos serão registrados e arquivados durante 20 anos em local específico e 
de fácil acesso. 
• Devem ser fornecidas cópias dos procedimentos e operações a serem realizados com segurança. Isto 
será feito através das Ordens de Serviço (Procedimentos, Instruções, Padrões, Normas Internas). 
• Especificamente no subitem 18.28.3, que dispõe acerca do treinamento periódico, a NR determina na 
alínea "a" que esse treinamento deve ser ministrado "sempre que se tornar necessário", o que é vago. 
A Dra. Renata Cerbino, da Quality Consult, sugere uma interpretação técnica do dispositivo legal 
("sempre que se tornar necessário"). O treinamento periódico poderá ser realizado e controlado no 
programa Básico de Treinamento, conforme modelo: 
PROGRAMA BÁSICO DE TREINAMENTO PERIÓDICO 
Situação 
Data e Carga 
Horária 
Nome e 
Assinatura 
1- Nova etapa da obra
2- Alteração de risco
3- Aquisições de novos EPI
4- Instalações de novs EPC
5- Atividades distintas daquelas em que os 
trabalhadores já foram treinados
6- Reciclagem anual
Observações: 
a) A data e a carga horária do treinamento serão anotadas pelo 
secretário da Cipa, sendo acordadas com o responsável pela obra, 
em função do cumprimento do cronograma da obra. 
b) Nas situações do programa, serão abordados riscos de incidentes 
e medidas de prevenção relativos a todas as fases do cronograma 
da obra, o que inclui recursos dos EPI e EPC. 
Referências - Item 18.29 / Subitens 18.29.1 a 18.29.5 - Ordem e 
Limpeza 
• Ordem e limpeza fazem parte das boas práticas de segurança e são requisitos básicos para minimizar 
e evitar os acidentes de trabalho. 
Referências - Item 18.31 / Subitens 18.31.1 - Acidente Fatal 
• Sugerimos a leitura dos comentários da NR 5, que trata dos Procedimentos para CAT, conforme IN 
118/05 e suas atualizações. No caso de acidente fatal, o empregador deve facilitar a entrada da 
autoridade policial e dos Auditores do MTE- AFT, fornecendo todas as informações disponíveis. 
Daí, a importância de existir um controle de documentos de forma a agilizar as solicitações. 
• No caso de acidente grave, a empresa certamente será alvo de um pesada fiscalização por parte das 
entidades públicas. São nestas situações que a empresa descobre que está desorganizada e/ou se 
encontra irregular no que diz respeito ao atendimento aos requisitos de segurança e saúde. 
• Sugerimos aos profissionais do SESMT que mantenham um arquivo e/ou uma pasta com cópia dos 
documentos, de modo a apresentar de forma rápida evidências sobre: licenças, registros de 
funcionários, aquisição e fornecimento de EPI, treinamento e qualificação, atas de Cipa, PCMAT, 
PPRA, PCMSO, programa de inspeção e auditorias, entre outros documentos. 
• É priorizada, durante as visitas às obras, a verificação de situações de grave e iminente risco, que 
podem levar à determinação de interdições e embargos, dependendo da gravidade da situação 
encontrada. 
• Não existe um roteiro, ou lista de verificação, que determine a seqüência a ser adotada pela 
fiscalização. A seqüência depende do tipo da obra e da situação encontrada. 
• É dada maior atenção, nas visitas aos canteiros, a situações que possam levar o trabalhador a um 
acidente, como, por exemplo, a falta de proteção coletiva, riscos de choques elétricos e falta de 
dispositivos de segurança em máquinas e equipamentos. Entretanto, isso não impede que as questões 
de higiene e saúde do trabalhador não sejam avaliadas. 
• A fiscalização não se detém apenas na fiscalização do cumprimento da NR 18. Nas suas inspeções, 
verifica-se, também, o cumprimento de outras NR, como, por exemplo, NR 5, NR 7, NR 9, NR 10 e 
NR 24. Sugerimos a leitura das NR 1, NR 4, NR 5, NR 6, NR 7, NR 9 e NR 14 envolvendo os 
aspectos relacionados à responsabilidades do empregador. 
• As empresas de construção do subsetor de edificações ainda carecem do cumprimento de sua mais 
significativa legislação de segurança do trabalho, a NR 18. O atendimento de todas as suas 
exigências certamente não garante a eliminação das fatalidades, mas pode contribuir 
significativamente para reduzi-las ou diminuir a gravidade dos acidentes. 
• Para aumentar o nível de atendimento da NR 18, será importante maior freqüência, abrangência e 
atuação educativa, por parte da fiscalização das DRT. O segundo é a maior divulgação dos aspectos 
preventivos, cujo grau de desconhecimento ainda é muito alto, tanto da parte dos órgãos públicos, 
quanto da parte de sindicatos de empresas e trabalhadores. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_31.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_29.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_29.asp
• Dados relativos a acidentes fatais fornecidos pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT/SP) 
abrangendo a cidade de São Paulo mostram que: 
a) Em 1996, foram registrados 21 acidentes fatais, dos quais 11, ou 
52,38%, aconteceram devido a queda de altura, de cadeira suspensa, de 
balancim sempre denotando a falta de uso ou o uso inadequado de cinto de 
segurança. 
b) Em 1997, foram registrados 32 acidentes fatais, dos quais 16, ou 50%, 
aconteceram devido a queda de altura, semelhante ao ano de 1996, 
novamente alertando para a falta de uso ou o uso inadequado de cinto de 
segurança. 
c) Em 1998, foram registrados 30 acidentes com mortes, dos quais 9, ou 
30%, aconteceram devido a queda de altura, semelhante aos anos 
anteriores, apontando para a falta de uso inadequado do cinto de 
segurança. 
Referências - Item 18.32 / Subitens 18.32.1 a 18.32.1.2 - Dados 
Estatísticos 
• Faz parte das boas práticas de segurança a elaboração de estatística interna de acidentes, bem como a 
sua divulgação, para que sejam conhecidos os indicadores de desempenhos e os objetivos 
corporativos a serem alcançados. 
• A elaboração da CAT, conforme modelo apresentado na NR 5, contribui para aumentar a 
confiabilidade dos dados estatísticos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 
• Sugerimos a leitura da NR 4 que trata das definições básicas a serem utilizadas na elaboração de 
estatísticas de acidentes. 
ANEXO I 
FICHA DE ACIDENTE DE TRABALHO 
Sem afastamento ( ) com afastamento ( ) Fatal ( ) 
Doença do trabalho ( ) Data ____ / ____ / ____ 
NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_32.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_32.asp
Referências - Subitens 18.32.2 - Dados Estatísticos 
• Os erros mais freqüentes apresentam-se nos itens que envolvem a relação homens/hora x meses 
trabalhados x número médio de trabalhadores. Muitas empresas não fornecem dados de treinamento. 
• O Anexo II da NR 18 é um formulário que precisa ser preenchido por todas as empresas que se 
classificarem nas atividades da Indústria da Construção, inclusive aquelas sem mão-de-obra própria, 
de acordo com os seguintes serviços: (Quadro I NR 4 Classificação Nacional de Atividades 
Econômicas, Item F, Código 45). 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_32.asp• O código fornecido abaixo, iniciado pelos algarismos 45, encontra-se no cartão do CGC, no alto, 
canto direito. Caso o número lá registrado se inicie pelos algarismos 33, significa que ainda é o 
CNAE antigo. Convém, então, verificar. 
CÓDIG
O 
ATIVIDADE 
GRAU 
DE 
RISCO 
45.1 
45.11-0 
45.12-8 
45.13-6
Preparação do Terreno 
Demolição e preparação do terreno 
Perfurações e execução de fundações de terra 
Grandes movimentações de terra 
4 
4 
4
45.2 
45.21-7 
45.22-5 
45.23-3 
45.24-1 
45.25-0 
45.29-2
Construção de Edifícios e Obras de Engenharia Civi l 
Edificações (residenciais, industriais, comerciais e de serviços) inclusive 
ampliações e reformas completas. 
Obras viárias, inclusive manutenção 
Grandes estruturas e obras de arte 
Obras de urbanização e paisagismo 
Montagens industriais 
Obras de outros tipos 
4 
4 
4 
3 
4 
3
45.3 
45-31-4 
45.32-2 
45.33-0 
45.34-9
Obras de Infra-estrutura para Engenharia Elétrica, Eletrônica e 
Engenharia Ambiental 
Contrução de barragens e represas para geração de energia elétrica 
Construção de estações e redes de distribuição de energia elétrica 
Construção de estações e redes de telefonia e comunicação 
Construção de obras e prevenção e recuperação do meio ambiente 
4 
4 
4 
3
45.4 
45.41-1 
Obras de Instalações: 
Instalações Elétricas 
3 
3 
45.42-0 
45.43-8 
45.49-7
Instalações de sistemas de ar-condicionado, de ventilação e refrigeração 
Instalações hidráulias, sanitárias, de gás, de sistema de prevenção 
contra incêndio, de pára-raios, de segurança e alarme 
Outras obras de instalações 
3 
3
45.5 
45.51-9 
45.52-7 
45.59-4
Obras de Acabamento e Serviços Auxiliares da Construção: 
Alvenaria e reboco 
Impermeabilização e serviços de pintura em geral 
Outros serviços auxiliares de construção 
3 
3 
3
45.6 
45.60-8
Aluguel de Equipamentos de Construção e Demolição com 
Operários 
Aluguel de equipamentos de construção e demolicão com operários 
4
ANEXO II 
RESUMO ESTATÍSTICO ANUAL _ ANO: _____ 
NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA 
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 
Empresa: _____________________________________________________________________________________________ 
CGC: __________________________Endereço 
(Sede/Matriz):___________________________________________________ 
___________________________________________________________ CEP:______________________________________ 
Cidade: ______________________________________________________UF:______________________________________
ITE
M 
ASSUNTO 
UNIDADE DA 
FEDERAÇÃO 
01 Total de homens/horas de trabalho no ano
02 Número de meses computados =N1
03
Número médio de trabalhadores no ano =N2 (N2= soma total de trabalhadores a 
cada mês + N1)
04 Número de acidentados sem afastamento =N3
05 Número de acidentados com afastamento (até 15dias) =N4
06 Número de acidentados com afastamento (acima de 15dias) =N5
07 Total de dias perdidos (devido N4) =D1
08 Total de dias perdidos (devido N5) =D2
09 Total de dias debitados =D2
10 Total de acidentes fatais =F1
11 Total de horas/aulas de treinamento (conforme item 18.28, da NR 18) =T1
12 Número de trabalhadores treinados (devido a T1)=T2
Encaminhar para a FUNDACENTRO/CNT até 10 (dez) dias após o acidente, conforme subitem 18.32.1, da NR 18. 
Rua Copote Valente, 710 - Pinheiros - São Paulo - SP - CEP: 05409-02. 
Preenchido por: 
Nome:_______________________________________________________________________Data:____________________ 
Função:_____________________________________________________________________ Visto:____________________
• Devemos observar o prazo de dez dias, após o dia do acidente, para envio da ficha de acidente do 
trabalho, conforme Anexo I da NR 18, à Fundacentro, mantendo cópia e protocolo de 
encaminhamento por um período de 03 (três) anos, para fins de fiscalização. 
• Esta ficha de acidente refere-se tanto aos acidentes, com ou sem afastamento, como à doença do 
trabalho e ao acidente fatal. O envio à Fundacentro deve ser feito por meio de serviço de postagem. 
• O formulário deve ser enviado até o último dia útil do mês de fevereiro (tirar negrito) para a 
Fundacentro (tirar negrito) no seguinte endereço: Fundacentro: Rua Capote Valente, 710 Pinheiros 
São Paulo CEP.: 05409-002 Os dados a informar são relativos ao ano anterior. 
• Orientações: Há três colunas, cada uma representando um estado: SP, RJ e PE, por exemplo. Indicar 
os dados na coluna representativa em que estiver sendo executada a obra. Se você tiver mais de uma 
obra em cada estado, os valores a serem apresentados devem ser os totais de cada estado. 
• Com relação ao item 1 - O termo "homens/hora" significa a quantidade de horas que cada 
trabalhador esteve efetivamente exposto ao risco no decorrer do ano. Não esqueça de incluir as horas 
extras. As férias são horas pagas, mas não trabalhadas, portanto não devem ser computadas. Neste 
sentido, o descanso remunerado também não deve ser considerado. 
• Alguns programas de cálculo utilizados pelos Departamentos de Pessoal não separam as horas 
realmente trabalhadas ou de exposição ao risco, das férias e descanso. Quando isto acontecer, faça 
uma observação no rodapé do Formulário ("horas/hora com inclusão de Férias e/ou descanso 
remunerado"). 
• Exemplo: Se a empresa necessitar levantar o valor de homens/hora através do cartão de ponto (veja 
tabela 1), siga os seguintes passos: 
a) Anote para cada funcionário a soma de horas trabalhadas no mês: em 
nosso exemplo, o funcionário F1 trabalhou no mês M01 183 horas, no mês 
M02 194 horas e assim sucessivamente até completar o período analisado 
para o preenchimento do ANEXO II. 
b) Somando cada coluna, você terá o total de homens/hora de todos os 
funcionários que trabalharam no mês: no mês M01, tivemos 1.839 horas 
trabalhadas. 
c) Somando as linhas você terá o total que cada funcionário trabalhou no 
período em análise: o Funcionário F01 trabalhou 1.464 horas nos 8 meses 
em questão (M01 a M08). 
d) Some todas as colunas: 1.839+1875+...+1847=14.846 homens/hora 
e) Some todas as linhas 1.464+1.461+...+1.490=14.846 
f) Compare os valores das linhas e das colunas: Coluna =14.846 
Linha=14.846 
g) Se os valores forem os mesmos, significa que na Tabela (matriz) não 
houve erros aritméticos. Transfira o valor (14.846) para o item 1 do 
formulário (ANEXO II). 
TABELA 1 - CÁLCULO DOS HOMENS/HORA 
FUNCIONÁRI
O 
MESES COMPUTADOS 
TOTA
L 
M01 M02 M03 M04 M05 M06 M07 M08 
F01 
F02 
F03 
F04 
F05 
F06 
F07 
F08 
F08 
F10
183 
178 
185 
186 
180 
182 
180 
195 
185 
185 
194 
185 
186 
195 
188 
184 
182 
190 
184 
187 
180 
184 
184 
194 
185 
186 
181 
194 
188 
184 
182 
185 
184 
186 
186 
192 
184 
196 
185 
186 
181 
183 
185 
185 
189 
185 
186 
189 
192 
192 
185 
182 
184 
185 
184 
186 
183 
190 
191 
186 
175 
180 
182 
184 
186 
188 
184 
186 
186 
185 
184 
184 
185 
182 
185 
184 
185 
186 
187 
185 
1.464 
1.461 
1.475 
1.497 
1.483 
1.487 
1.465 
1.526 
1.498 
1.490 
TOTAL 1.839 1.875 1.860 1.866 1.867 1.856 1.836 1.847 14.846 
• Com relação ao item 2 - Você deve indicar como valor do item N1 a quantidade de meses que a 
empresa efetivamente trabalhou e utilizou para o item anterior. Exemplo: Uma empresa que iniciou 
suas atividades em abril mês 4, encerrando no mês de dezembro, mês 12, trabalhou efetivamente por 
9 meses. 
• Com relação ao item 3 - A empresa deverá somar, mês a mês, todos os trabalhadores. A soma total 
deverá ser divida pelo número de meses computados (N1). O resultado dessa divisão será o valor 
correto a ser preenchido no formulário. Exemplo: 
- Somatório de tralhadores: mês 1 = 15, mês 2 = 20, mês 3 = 30, mês 4 = 40, mês 5 = 15, Total de 
trabalhadores mês a mês = 15+20+...+15=120 trabalhadores, Meses computados = 5 meses, Número 
médio de trabalhadores: N2 = 120 trab.: 5 meses = 24 trabalhadores. O valorcalculado será, então, 
transferido para o formulário (N2). 
• Quanto ao item 4 - Se em qualquer canteiro de obra ou mesmo no setor administrativo ocorreu 
qualquer acidente de trabalho, mas não houve a necessidade do trabalhador ser afastado, indicar 
quantos funcionários apresentaram-se nessa situação. Assim, se ocorreu apenas uma vez, colocar o 
número um. Se não ocorreu qualquer acidente desse estilo, colocar o número zero ou um traço. 
• Quanto ao item 5 Aqui, a empresa deverá levantar quantos acidentes ocorreram e que provocaram 
afastamento do trabalhador por período menor que 15 dias. Se não houve acidentes, colocar o 
número zero ou colocar um traço. Determine o período de afastamento da seguinte forma: 
a) Anote o dia do acidente e Dia do acidente: 12 janeiro; 
b) Dia de retorno: 25 janeiro; 
c) Pegue a diferença entre eles: 25-12= 13 dias; 
d) Desconte do resultado 1 dia do retorno: 13-1=12 dias; 
e) O período de afastamento foi de 12 dias 
• Quanto ao item 6 - Como no item anterior, levante os dias de afastamento. Se for superior a 15 dias, 
anote quantos acidentes se enquadram nesta situação e transfira para o formulário. 
• Para os trabalhadores que se acidentaram no ano passado e se encontram ainda em período de 
afastamento, considerá-los, indicando os dias de afastamento do ano em questão (2003). Os dias que 
já foram mencionados em formulário do ano anterior(2002), não devem ser apontados novamente. 
• Quanto ao item 7 - Voltando ao item 5, a empresa deverá verificar se houve acidentes e se os 
trabalhadores se afastaram por período inferior a 15 dias. Em caso positivo, deverá somar os dias de 
afastamento. O resultado dessa soma será o valor a ser preenchido no formulário. 
- Exemplo: durante o ano, ocorreram dois afastamentos, um deles de dez 
dias e o outro de nove dias. Nesse caso, o resultado a ser transportado 
para o formulário será (10+9) de 19 dias. 
• Com relação ao item 8 - Como no item anterior, o item 8 refere-se ao item 6. Some todos os dias de 
afastamento em que os funcionários ficaram mais de 15 dias afastados do posto de trabalho. 
Transfira o resultado para o formulário. 
- Exemplo: se a empresa teve um funcionário afastado por 30 dias e dois 
outros pelo período de 60 dias, o resultado a ser transformado p/ o 
formulário será (30+60+60) 150 dias. 
• Com relação ao item 9 - Para o total de dias debitados, a empresa deverá utilizar o quadro 1-A da NR 
5, conforme segue abaixo: 
- Exemplo: Caso tenha ocorrido uma morte na empresa, para efeito de 
preenchimento, deverá ser transferido para o formulário o valor de 6.000 
dias. Se ocorreram duas mortes, esse valor será de (6.000+6.000) 12.000 
dias. Se ocorreu uma morte e uma perda da audição de um ouvido, 
teremos o valor de (6.000+600) 6.600 dias. Se não ocorreu qualquer 
acidente com a natureza da tabela da página seguinte, anotar com o 
número zero ou um traço. 
NATUREZA 
PERCENTU
AL 
AVALIAÇÃO 
DIAS 
DEBITADO
S 
Morte 100 6.000
Incapacidade total e permanente 100 6.000
Perda da visão de ambos os olhos 100 6.000
Perda da visão de um olho 30 1.800
Perda do braço acima do cotovelo 75 4.500
Perda do braço abaixo do cotovelo 60 3.500
Perda da mão 50 3.000
Perda do 1o quirodátilo (polegar) 10 600
Perda de qualquer outro quirodátilo (dedo) 5 300
Perda de dois outros quirodátilos (dedos) 121/2 750
Perda de três outros quirodátilos (dedos) 20 1.200
Perda de quatro outros quirodátilos (dedos) 30 1.800
Perda do 1o quirodátilo (polegar) e qualquer outro 
quirodátilo (dedo)
20 1.200
Perda do 1o quirodátilo (polegar) e dois outros 
quirodátilos (dedos)
25 1.500
Perda do 1o quirodátilo (polegar) e três outros 
quirodátilos (dedos)
331/2 2.000
Perda do 1o quirodátilo (polegar) e quatro outros 
quirodátilos (dedos)
40 2.400
Perda da perna acima do joelho 75 4.500
Perda da perna no joelho ou abaixo dele 50 3.000
Perda do pé 40 2.400
Perda do pododátilo (dedo grande) ou de dois outros 
ou mais pododátilos (dedos do pé)
6 300
Perda do 1o pododátilo (dedo grande) de ambos os 
pés
10 600
Perda de qualquer outro pododátilo (dedo do pé) 0 0
Perda da audição de um ouvido 10 600
Perda da audição de ambos os ouvidos 50 3.000
• Quanto ao item 10 - Serão anotados neste item os acidentes fatais (MORTES). Se não ocorreram 
acidentes com mortes, colocar o número zero ou um traço. 
• Quanto ao item 11 - Deverá ser preenchido com o número total de horas/aula de treinamento 
ministradas. O termo "horas/aula" significa a quantidade efetiva de horas (carga horária) do 
treinamento efetuado. 
- Exemplo: Caso tenha ocorrido um treinamento periódico de 12 aulas de 
uma hora para cada aula, o total de horas/ aula será de (12x1) 12 horas. 
-· Se houve, ainda, treinamento admissional em três aulas de duas horas 
para cada aula, o total referente ao treinamento admissional será (3x2) de 6 
horas. Deverá ser transferido para o formulário o total das horas/aula 
efetivamente ministradas, que será (12+6) de 18 horas. 
• Quanto ao item 12 - A empresa deverá preencher o formulário com o número de trabalhadores 
treinados (admissional + periódico) referentes ao item 18.28 da NR-18. 
• Informações Gerais - Lembre-se que o ANEXO-I, ao contrário do ANEXO-II (uma vez por ano), 
deverá ser preenchido e encaminhado à Fundacentro toda vez que ocorrer acidente. Neste caso, terá 
dez dias para entregá-lo. 
• A empresa deverá manter cópia e protocolo de encaminhamento por um período de 03 (três) anos, 
para fins de fiscalização (item 18.32.1, NR 18). A Ficha de Acidente de Trabalho refere-se tanto a 
acidente fatal, quanto ao acidente com ou sem afastamento e à doença de trabalho. 
• A empresa poderá utilizar o modelo contido nesta cartilha ou copiá-lo em papel timbrado, ou ainda, 
adquirir em papelaria. 
• Esclarecimentos adicionais podem ser obtidos junto à Fundacentro. 
• Toda e qualquer empresa estabelecida, mesmo que tenha permanecido sem atividade, precisa 
preencher e encaminhar o ANEXO II. 
• Não deixe de preencher e enviar o Anexo 1, sempre que ocorrer um acidente. O Anexo I da NR-18 
fornece dados sobre o acidente e o acidentado, extremamente fáceis de preencher, e que são 
fundamentais para os estudos que levarão às ações prevencionistas, tanto do Governo, quanto do 
empregado e do empregador. Ações nesse sentido diminuem os gastos, principalmente a longo 
prazo, evitam desperdício e possibilitam maior produtividade. 
Referências - Item 18.33 / Subitens 18.33.1 a 18.33.7 - CIPA 
• A empresa que possuir, na mesma cidade, um ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho com 
menos de 70 empregados deve organizar CIPA centralizada. 
• A CIPA centralizada deve ser composta de representantes do empregador e dos empregados, 
devendo ter, pelo menos, um representante titular e um suplente a cada grupo de até 50 empregados 
em cada canteiro de obra ou frente de trabalho, respeitando-se a paridade prevista na NR 5. 
• A empresa que possuir um ou mais canteiros de obra ou frentes de trabalho com 70 ou mais 
empregados, em cada um, fica obrigada a organizar CIPA por estabelecimento. 
• Estão desobrigados de constituir CIPA os canteiros de obra cuja construção não exceda a 180 dias, 
devendo porém: 
a) Constituir Comissão Provisória de Prevenção de Acidentes; 
b) Eleger, paritariamente, um membro efetivo e um suplente, a cada grupo 
de 50 trabalhadores. 
• Quando houver equipes de trabalho itinerantes, a sede da empresa será considerada estabelecimento. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_33.asp
• As subempreiteiras que tiverem menos de 70 empregados devem participar com, no mínimo, um 
representante nas reuniões, no curso de membro da CIPA e nas inspeções realizadas pela CIPA da 
contratante. 
• Deve-se ter atenção para a aplicação deste item às empresas da indústria da construção, nas quais 
serão previstas as demais disposições da NR 5 (CIPA) naquilo em que não conflitar com o disposto, 
neste item, da NR 18. 
Referências - Item 18.34 /Subitens 18.34.1 a 18.34.4 - Comitês 
Permanentes sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na 
Indústria da Construção 
• Já estão efetuadas no texto as alterações previstas pela Portaria nº 65 (28/12/98), que incluiu o item 
18.34.2. 
• Para esta NR específica, foram criados os Comitês Nacional e Regional com as seguintes 
características: 
a) Composição dos CPN e CPR: 
- Três a cinco representantes titulares e suplentes do Governo, dos 
trabalhadores e dos empregadores. 
- Três a cinco titulares e suplentes, representantes de entidades de 
profissionais da área de segurança e saúde no trabalho, como apoio 
técnico-científico. 
b) Atribuições do CPN: 
- Deliberar a respeito das propostas apresentadas pelos CPR. 
- Encaminhar ao Ministério do Trabalho as propostas aprovadas. 
- Justificar aos CPR as propostas não aprovadas. 
- Elaborar propostas, encaminhando cópia aos CPR. 
- Aprovar as RTP. 
c) Atribuições dos CPR: 
- Estudar e propor medidas preventivas. 
- Implementar a coleta de dados sobre acidentes do trabalho. 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_34.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_34.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_34.asp
- Participar e propor Campanhas de Prevenção de Acidentes. 
- Incentivar estudos e debates para aperfeiçoar normas técnicas, 
regulamentadoras e de procedimentos. 
- Encaminhar propostas ao CPN. 
- Apreciar as propostas encaminhadas pelo CPN. 
• Os CPN e CPR elaborarão seus Regulamentos Internos. 
Referências - Item 18.35 / Subitem 18.35.1 
• O item 18.35 mudou, através da Portaria 7, de 03/03/97, de Regulamento, para Recomendação 
Técnica de Procedimentos (RTP). Os tais procedimentos serão elaborados por uma Comissão 
Técnica da Indústria da Construção, integrada por técnicos da Fundacentro e da DRT. 
Referências - Item 18.36 / Subitens 18.36.1 a 18.36.7 
• No item 18.36 (Disposições Gerais), até a publicação da Recomendação de Procedimentos, são 
mantidos em vigor os seguintes itens que constavam da antiga NR 18: 
a) Máquinas, Equipamentos e Ferramentas Diversas. 
b) Escavação, Fundação e Desmonte de Rochas. 
c) Estruturas de Concreto. 
d) Escadas. 
e) Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas. 
f) Estruturas Metálicas. 
Referências - Item 18.37 / Subitens 18.37.1 a 18.37.5 - Disposições 
Finais 
• Não é difícil implementar um programa de qualificação. Para isso, o empregador deve conhecer a 
NR 18, em especial aqueles itens relativos à qualificação. Com o treinamento, o trabalhador irá 
entender e se convencer das suas responsabilidades para a garantia de segurança. A cobrança de 
atitudes e ações corretas fica mais fácil quando os trabalhadores foram treinados. 
• Cabe lembrar que não se deve entregar a operação de guinchos, betoneiras ou outro equipamento, ou 
máquina, a serventes de obra, pois ao qualificar-se um operário o mesmo passa a profissional, 
mudando de categoria. 
• Os profissionais do SESMT devem estar atentos ao uso inadequado das ferramentas portáteis, bem 
como às atitudes incorretas de quem as opera. A organização usará todas as formas, que vão desde a 
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_37.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_37.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_36.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_36.asp
ação educativa como a inspeção, cursos, palestras, procedimentos até ações disciplinares como o uso 
de cartas de advertência e, até mesmo, as punições mais sérias para aqueles que insistem em não 
cumprir as regras de segurança. 
• Mais uma vez, ressaltamos a importância do livro de manutenção e acompanhamento dos 
equipamentos preenchido pelo operador responsável, que deve ficar à disposição da fiscalização do 
trabalho e ser visado, continuamente, por profissional legalmente habilitado. 
Referências - Subitens 18.37.6 a 18.37.8 - Disposições Finais 
• É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca, por meio de bebedouro ou 
equipamento similar, na proporção de 01 (um) para cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou 
fração. Do posto de trabalho ao bebedouro, não pode haver uma distância maior de 100 m (cem 
metros), no plano horizontal, e de 15 m (quinze metros), no plano vertical. 
• Na impossibilidade da instalação de bebedouro, dentro dos limites determinados, o suprimento de 
água poderá ser feito em recipientes portáteis, hermeticamente fechados, sendo proibido o uso de 
copos coletivos. 
• Quando houver alojamento nas áreas de vivência, deve ser solicitada à concessionária local a 
instalação de um telefone comunitário ou público. 
• É obrigatório o fornecimento gratuito de vestimentas de trabalho e sua reposição, quando 
danificadas. 
Referências - Item 18.38 / Subitens 18.38.1 a 18.38.4 - Disposições 
Finais 
• Devemos observar que, no primeiro ano de vigência desta NR 18, era obrigatório o PCMAT - item 
18.3.1 - para os estabelecimentos com 100 ou mais trabalhadores e, a partir do segundo ano de 
vigência, para estabelecimentos com 50 ou mais trabalhadores. Contamos, hoje, com mais de três 
anos da nova NR 18. 
• Outra observação importante é a exigência do elevador de passageiros, referido no subitem 
18.14.23.1, somente após quatro anos de vigência desta Norma, desde que haja 30 ou mais 
trabalhadores. No terceiro e quarto anos de vigência desta NR, o elevador de passageiros deve ser 
instalado a partir da sétima laje do edifício em construção com dez ou mais pavimentos ou altura 
equivalente, cujo canteiro de obras possua, pelo menos, 40 trabalhadores. 
Referências - Item 18.39 - Glossário 
• A Portaria MTE 157 de 10/04/2006 excluiu e incluiu expressões e definições no Item 18.39 - 
Glossário.
ANEXOS 
Anexo I - Plataformas de Trabalho Aéreo (PDF, 40KB) 
Incluído pela Portaria MTE 15, de 03/07/07 
ARTIGOS TÉCNICOS COMPLEMENTARES 
Plataformas de Trabalho Aéreo 
http://www.nrcomentada.com.br/download/nranexos/Portaria15_NR18.pdf
http://www.nrcomentada.com.br/download/nranexos/Portaria157_NR18.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/18_39.pdf
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_38.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_38.asp
http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18_37.asp
Atualmente existem equipamentos que podem colocar em segurança, pessoas e 
materiais em até 45 metros de altura. Além disso, os benefícios são inúmeros 
pois, essas Plataformas Aéreas possibilitam que trabalhadores com suas 
ferramentas e materiais, acessem pontos elevados com muita rapidez e eficiência, 
eliminando a necessidade de se colocar escadas ou montar andaimes onde a 
mobilidade se torna incomparável com o que permitem as plataformas. 
O que são as Plataformas de Trabalho Aéreo? 
São equipamentos muito simples porém, dotados de tecnologia de ponta, 
incluindo a tão propalada ‘Eletrônica Embarcada’ muito utilizada na industria 
automotiva. Autopropelidos com motores elétricos, gás ou diesel, possuem a 
configuração adequada para trabalhar em ambientes abertos e fechados, sobre 
pisos pavimentados ou não, de canteiros de obras a instalações industriais. 
Entretanto, é sempre bom conhecermos o nível de desenvolvimento tecnológico e 
a real preocupação em estar investindo em pesquisa e desenvolvimento por parte 
do fabricante, para sabermos se ele pode mesmo estar oferecendo um alto padrão 
de qualidade, excelência em treinamento, serviços e eficiência para seus clientes. 
Como sabemos, hoje em dia não se vende apenas ‘equipamentos’ e sim 
alternativas que representem ‘soluções’ para toda e qualquer necessidade do 
cliente. 
No dimensionamento de uma Plataforma de Trabalho Aéreo algumas questões 
devem ser respondidas, antes de ofertarmos o equipamento adequado para 
executar determinado tipo de trabalho. A seguir,sugerimos um roteiro que pode 
ser adotado : 
• Qual é a altura máxima de trabalho que preciso alcançar ? 
(A altura de trabalho é considerada como sendo 1,80m acima da altura máxima da plataforma). 
• Qual é a capacidade máxima exigida (pessoas e materiais) ? 
• Que tamanho de plataforma será necessário ? 
• Há necessidade do deslocamento da máquina entre corredores estreitos ? 
• Preciso de um pequeno raio de giro? 
• É preciso mover a plataforma de um andar a outro? 
• O trabalho é em ambiente fechado? 
• Preciso deslocar a máquina com a plataforma elevada? 
• O trabalho requer uma plataforma tipo Tesoura para acesso vertical em linha reta? 
• Preciso de uma plataforma de lança para maior alcance? 
• Preciso de uma lança articulada para elevação sobre obstáculos (acima e além) ? 
• O local de trabalho é pavimentado ou não ? 
• O alcance lateral é importante ? 
Diferentes classes e configurações estão disponíveis para 
cada tipo de aplicação. 
• Plataformas elétricas de lança articulada (alturas de 9,1m e 10,7m) são usadas 
principalmente em ambientes fechados com piso pavimentado, para alcançar locais 
sobre máquinas, equipamentos e outros obstáculos presentes sobre o piso, além de 
outras posições elevadas. As plataformas elétricas de lança articulada são 
alimentadas por baterias, recarregáveis em tomadas convencionais de 110V ou 
220V. Todos os modelos articulados são manobráveis em elevação total e têm 
larguras de chassi que permitem o acesso entre corredores estreitos e áreas de 
trabalho congestionadas. As aplicações mais comuns são, manutenção de 
instalações, manufatura e armazenagem, shopping centers e outros ambientes 
fechados, parques temáticos, estúdios de TV / Cinema e telecomunicações.
• As plataformas de lança, multipropelidas, estão disponíveis com lanças 
articuladas e telescópicas (alturas de 12,19m a 18,29m), e podem ser usadas em 
ambientes abertos e fechados, sobre pisos pavimentados ou não. Esse modelo de 
plataforma oferece características e benefícios semelhantes às plataformas elétricas 
de lança, com o opcional ‘QuickCharge GenSet (Trade Mark), que é um grupo 
gerador que recarrega e mantém o nível de carga das baterias. O gerador carrega as 
baterias duas vezes mais rápido que o carregador embarcado padrão e permite mais ciclos 
operacionais em velocidade mais alta. Em termos de aplicação, oferecem versatilidade em serviços 
de manutenção e construção, evitando os problemas como emissões de gases e ruídos. 
• Plataformas de lança articuladas movidas a diesel (alturas de plataformas de 13,72m até 
45,72m), são mais robustas, usadas para alcançar locais sobre máquinas, equipamentos e outros 
obstáculos sobre o piso e outras posições elevadas onde plataformas de lança telescópica não 
chegam. A mesa giratória da máquina tem movimento de 3600 em qualquer direção. A lança pode 
ser elevada ou abaixada e estendida enquanto a plataforma permanence horizontal e estável. A partir 
da plataforma, mesmo elevada, o operador pode manobrar a máquina para frente e para trás ou para 
qualquer outra direção. Todos os modelos articulados são manobráveis com a plataforma na sua 
altura máxima e têm larguras de chassi que permitem o acesso entre corredores industriais e áreas 
congestionadas. Estas máquinas são ideais para inúmeras aplicações, dentre as quais, se destacam: 
Construção e manutenção predial ; empreiteiras de serviços mecânicos, elétricos, de utilidade e de 
pintura ; instalações industriais e de manufatura (indústrias sederúrgica, automotiva e aeronáutica) ; 
refinarias de petróleo e indústrias químicas ; plantas de fabricação e processamento de alimentos e 
produtos têxteis ; instalações esportivas, parques temáticos ; locais de trabalho com terrenos 
irregulares ; acesso sobre obstáculos terrestres. 
• Plataformas de lança telescópica (ou lança reta) atingem alturas de 12,29m a 36,58m e são 
especialmente úteis para aplicações que necessitam de grande alcance. A estrutura giratória da 
máquina também tem um movimento de 3600 em qualquer sentido. Apresenta as mesmas condições 
de movimentação das lanças articuladas. São utilizadas principalmente em prédios comerciais e 
infra-estrutura ; serviços mecânicos, elétricos, de utilidades e pintura ; indústrias automotiva e 
aeronáutica ; refinarias de petróleo, etc… 
• Plataformas tipo tesoura, são uma classe de equipamentos usados quando há necessidade de menor 
alcance e altura mas, bastante espaço para trabalho e maior capacidade de elevação. Esse modelo de 
plataforma foi concebido para oferecer maior área de trabalho no ‘deck’ e, geralmente, permitir 
trabalhar com cargas mais pesadas que nas plataformas de lança. As plataformas tipo tesoura podem 
ser manobradas de forma semelhante aos modelos de lança, apesar de serem elevadas apenas 
verticalmente – exceto para a opção disponível de extensão horizontal de até 1,83m no deck. AS 
plataformas tipo tesoura estão disponíveis em vários modelos e atingem uma altura máxima de 
15,24m. São vendidas em todo o mundo para utilização na construção, indústria, manutenção, 
distribuição e entretenimento. Armazenagem e centros de distribuição são mercados em crescimento, 
assim como em hotéis e instalações educacionais e de recreação. 
• Elevadores Pessoais, são compostos de uma plataforma de trabalho fixada a um mastro de alumínio 
que se estende verticalmente e, por sua vez, é montado numa base de aço. Atingem alturas que 
variam de 5m a 14,33m. A Série AM (ACCESSMASTER)(Trade Mark) é uma máquina de 
deslocamento manual que, quando recolhida, passa facilmente por portas convencionais. A Série VP 
é uma máquina autopropelida que pode ser manobrada com a plataforma totalmente elevada. 
Também está disponível a exclusiva Série SP Almoxarife, que proporciona mais eficiência, alcance e 
segurança no manuseio de ítens de estoque. As aplicações mais comuns são na manutenção geral de 
fábricas, centros de distribuição e varejista, teatros, aeroportos, prédios públicos, igrejas, parques 
temáticos, estúdios de TV / Cinema e telecomunicações. 
Procedimentos de Montagem e Desmontagem de Andaimes (DOC, 48KB) 
Este documento visa a estabelecer os procedimentos que devem ser obedecidos 
na liberação para montagem e desmontagem de andaimes com a finalidade de 
preservar a integridade física do pessoal envolvido. Aplica-se aos acessos 
necessários à execução dos serviços de manutenção, reformas e pinturas de 
equipamentos na área industrial. Tendo como referência os seguintes 
documentos: 
• Ministério do Trabalho – Portaria 3214 de 1978 – NR-18
• N-2343 Critérios de Segurança para Andaimes 
• N-2162-A Permissão Para Trabalho 
• ABNT NBR 6494 - Segurança em Andaimes 
• ABNT NBR 7678 - Segurança na execução de Obras e Serviços de Construção 
Proteção contra Acidentes de Trabalho em Diferença de Nível na 
Construção Civi l (PDF, 523KB) 
Trabalho de conclusão de curso apresentado para obtenção do título de 
Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. Orientador: Prof. 
Carlos Luciano S. Vargas, D. Eng. 
Destaque para o capítulo 3 - Proposta de Plano de Proteção contra Acidentes de 
Trabalho em Diferença de Nível. 
Comentários sobre PCMAT 
Sérgio Ussan 
Programa de controle e meio ambiente de trabalho na indústria da 
construção 
http://www.nrcomentada.com.br/download/nranexos/diferenca_nivel_construcao.pdf
http://www.nrcomentada.com.br/download/nranexos/diferenca_nivel_construcao.pdf
http://www.nrcomentada.com.br/download/nranexos/montagem_desmontagem_andaime.doc
A NR 18 traz em seu item 18.3 a necessidade do PCMAT em obras de 
construção, fato que todos os profissionais intervenientes em um processo de 
construção deveriam dominar e dele ter pleno conhecimento. Vejamos primeiro a 
definição de "Programa": 
"Programa é a exposição sumária das intenções ou projetos de uma 
empresa ou de um profissional sobre determinado tema". 
Agora, atenção especial aos seguintes itens: 
• O PCMAT deve ser elaborado e executado porprofissional legalmente habilitado na área de 
Segurança do Trabalho (item 18.3.2 da NR 18). 
• A implantação do PCMAT nos estabelecimentos é de responsabilidade do empregador ou 
condomínio (item 18.3.3 da NR 18). 
A partir destes conceitos pode-se desenvolver alguns comentários que não 
apresentam unanimidade na sua aprovação, mas, creio eu, são os corretos a 
serem aplicados na indústria da construção. 
• Estabelecimento é uma obra individualizada, não importando nem seu porte nem o porte da empresa 
que a construirá. 
• Se a responsabilidade da implantação do PCMAT é do empregador ou condomínio e um programa 
visa apresentar intenções ou projetos de um profissional ou de uma empresa (no caso do PCMAT 
mais do profissional do que da empresa) é lógico que para cada obra deverá haver um único 
PCMAT. 
• Este PCMAT deverá ser seguido por todos os profissionais que desempenharem suas funções 
naquele estabelecimento, ou obra, independente de pertencerem aos quadros da empresa maior ou de 
pequenas empresas de prestação de serviço. 
• Não é possível aceitar que cada empresa participante da construção seja cobrada a apresentar seu 
PCMAT, ou seja, o Programa específico aos serviços que ela executará. 
• Reforço, o PCMAT é único e completo por obra específica. 
• O PCMAT é uma carta de intenções, é um memorial descritivo, sobre a implantação de medidas que 
visem as condições ideais do meio ambiente do trabalho em uma obra, devendo ser amplamente 
analisado durante sua implantação e alterado quando conveniente e/ou necessário. 
• Estas alterações devem ser encaradas de forma natural tendo em vista as mais variadas formas 
possíveis de situações que, durante a construção, tendem a ocorrer. 
• Entre possíveis alterações pode-se considerar sem medo de errar mudança no cronograma, 
surgimento de novas tecnologias e equipamentos, mudaça de projeto e alteração na relação mão de 
obra/equipamento. 
• Não é possível aceitar o mesmo PCMAT para mais de uma obra, ele não é "receita de bolo", ele é 
específico para as condições individuais de cada obra. 
• Na verdade, parte do PCMAT é idêntica para todos, independente da obra, mas também é mais que 
verdade que parte é específica a obra em si. 
Portanto, cuidados devem ser tomados quando da contratação do profissional que 
fará a elaboração do PCMAT, devendo ele, em primeiro lugar, ser um profissional 
legalmente habilitado em Segurança do Trabalho, e a partir desta condição 
conhecer a obra e sua filosofia de construção, realizando um trabalho voltado 
única e exclusivamente para aquela obra. No entanto falar em elaboração e 
implantação de um PCMAT parece uma tarefa simples e de fácil execução. 
Grande engano quem assim pensar. 
O PCMAT deve ser apresentado a todos os profissionais que na obra trabalharem, 
ou influírem de um modo ou outro, de um forma cerimoniosa, sendo demonstrada 
sua importância e, principalmente, sua função de estabelecer regras que os 
protejam. Nenhum PCMAT terá sucesso na sua implantação se não for absorvido 
e compreendido por todos. Lembrando que Segurança é como a água da chaleira 
para o chimarrão, se não for aquecida constantemente esfria. 
Segurança tem que ser lembrada e destacada em campanhas contínuas, o 
mesmo ocorrendo com a implantação do PCMAT, a cada início de uma etapa de 
construção nova ele deve ser destacado e relembrado. Devem os leitores terem 
pleno conhecimento que a criação do PCMAT foi um avanço na melhoria das 
condições de meio ambiente de trabalho na construção, devendo ser exigido e 
obedecido em todas as obras, lembrando sempre que segurança não é custo, é 
investimento. Nada é pior que o PCMAT "de gaveta", aquele feito só para atender 
a legislação e a fiscalização. Este tema merece maiores análises visando alcançar 
o pleno objetivo para o qual foi criado, sendo uma obrigação dos profissionais 
ligados a Segurança no Trabalho conhece-lo profundamente. 
Processos de Corte e Solda 
Oxicorte 
Engº Roberto Joaquim e Engº José Ramalho 
Invariavelmente, as operações de soldagem são precedidas pelas operações de 
corte. Por questões de economia de escala e características do processo de 
fabricação dos materiais metálicos, estes são produzidos em dimensões 
padronizadas, não sendo adequadas ao uso para todos os fins a que se destinam. 
Em função deste aspecto, tornam-se necessárias operações de corte das matérias 
primas. O corte pode ser efetuado de diversas formas: 
• Mecanicamente: Corte por cisalhamento através de guilhotinas, tesouras, etc.; por arrancamento 
através de serras, usinagem mecânica, etc 
• Por fusão: Utilizando-se como fonte de calor um arco elétrico ex. arc air (goivagem), plasma 
• Reação química: Onde o corte se processa através de reações exotérmicas de oxidação do metal, ex. 
corte oxicombustível
• Elevada concentração de energia: Neste grupo enquadram-se os processos que utilizam o princípio 
da concentração de energia como característica principal de funcionamento, não importando se a 
fonte de energia é química, mecânica ou elétrica. Enquadram-se neste, o corte por jato d´água de 
elevada pressão, LASER e algumas variantes do processo plasma 
Definição: O oxicorte é o processo de secionamento de metais pela combustão 
localizada e contínua devido a ação de um jato de Oxigênio, de elevada pureza, 
agindo sobre um ponto previamente aquecido por uma chama oxicombustível. 
Jato D´água 
Engº Roberto Joaquim e Engº José Ramalho 
Desde os primórdios o homem busca na utilização de recursos naturais meios 
para satisfazer as suas necessidades. Dentre os recursos naturais em maior 
abundância, a água tem-se mostrado uma grande aliada nessa busca. Neste 
trabalho, nos ateremos à utilização deste elemento como meio de corte de 
materiais. Em 1968, Norman C. Franz da Universidade de Columbia (EUA) 
patenteou um sistema de corte com água pressurizada. Inicialmente, o processo 
era utilizado para corte de madeiras, sendo que a introdução de materiais 
abrasivos e o desenvolvimento de sistemas de pressurização e bicos, tornou o 
processo aplicável a quase todos os materiais de uso industrial. 
De uma maneira geral, quando se deseja secionar um material aplica-se energia a 
este, podendo ser energia térmica (Arc air, plasma, Laser etc.), química (corrosão 
por ácidos) ou mecânica (usinagem, cisalhamento etc.). O corte por jato d´água 
enquadra-se no grupo de energia mecânica, onde a força de impacto exercida por 
um jato de água de alta pressão na superfície de contato do material supera a 
tensão de compressão entre as moléculas, secionando o mesmo. 
O diâmetro do orifício de saída da água é bastante reduzido, variando de cerca de 
0,1mm a 0,6mm. A velocidade da água é da ordem de 520 a 920 m/s. Estes dois 
fatores combinados, transformam toda a energia potencial da água em energia 
cinética, fazendo com que a pressão exercida no bico de corte seja da ordem de 
1500 a 4200 bar, causando um elevado desgaste do mesmo. 
Plasma 
Engº Roberto Joaquim e Engº José Ramalho 
Usualmente o plasma é definido como sendo o quarto estado da matéria. 
Costuma-se pensar normalmente em três estados da matéria sendo eles o sólido, 
líquido e gasoso. Considerando o elemento mais conhecido, a água, existem três 
estados: o gelo, água e vapor. A diferença básica entre estes três estados é o 
nível de energia em que eles se encontram. Se adicionarmos energia sob forma 
de calor ao gelo, este transforma-se em água, que sendo submetida a mais calor, 
vaporizará, separando-se em dois gases Hidrogênio e Oxigênio sob forma de 
vapor (Figura 1). 
Figura 1 - Plasma, o quarto estado da matéria 
Porém se adicionarmos mais energia, algumas de suas propriedades são 
modificadas substancialmente tais como a temperatura e características elétricas. 
Este processo é chamado de ionização, ou seja a criação de elétrons livres e íons 
entre os átomos do gás. Quando isto acontece, o gás torna-se um "plasma", 
sendo eletricamente condutor, pelofato de os elétrons livres transmitirem a 
corrente elétrica. Alguns dos princípios aplicados à condução da corrente através 
de um condutor metálico também são aplicados ao plasma. Por exemplo, quando 
a secção de um condutor metálico submetido a uma corrente elétrica é reduzida, a 
resistência aumenta e torna-se necessário aumentar-se a tensão para se obter o 
mesmo número de elétrons atravessando esta secção, e conseqüentemente a 
temperatura do metal aumenta. O mesmo fato pode ser observado no gás plasma; 
quanto mais reduzida for a secção, tanto maior será a temperatura. 
Desenvolvimento dos processos a arco plasma 
Em 1950, o processo TIG estava fortemente implantado como um novo método de 
soldagem para soldas de alta qualidade em metais nobres. Durante a pesquisa e 
desenvolvimento do processo TIG, cientistas do laboratório de solda da Union 
Carbide descobriram que ao reduzir consideravelmente o diâmetro do bocal 
direcionador de gás da tocha TIG, as propriedades do arco elétrico poderiam ser 
bastante alteradas. A redução do diâmetro do bocal constringia o arco elétrico, 
aumentando a velocidade do gás e o seu calor por efeito Joule. A temperatura e a 
tensão do arco cresceram dramaticamente, e a força do gás ionizado removeu a 
poça de fusão em alta velocidade. Ao invés de soldar, o metal foi cortado pelo 
arco plasma. 
Figura 2 - Temperaturas do arco TIG e jato Plasma 
Na figura 2, os dois arcos estão operando em 200 Ampères. O jato plasma é 
apenas moderadamente constringido (Æ do orifício do bocal = 4.8 mm), mas é 
operado com o dobro da tensão e produz um plasma muito mais quente que o 
arco correspondente ao TIG. Se a mesma corrente é forçada a passar através do 
orifício, com os mesmos parâmetros operacionais, a tensão e temperatura 
aumentam. Ao mesmo tempo uma maior energia cinética do gás sai do bocal, 
ejetando o metal fundido provocando assim o corte. O arco do plasma foi 
consideravelmente mais quente que o arco TIG, conforme mostrado na figura 2. 
Essas altas temperaturas foram possíveis em função do alto suprimento de gás no 
bocal da tocha plasma formar uma fria camada circular de gás não ionizado nas 
paredes do mesmo, permitindo um alto grau de constrição do arco. A espessura 
desta camada circular pode ser aumentada pela ação de rotação do gás de corte. 
A maioria das tochas plasma atuam no sentido de forçar a rotação do gás para 
aumentar a constrição do arco e conseqüentemente aumentar a temperatura do 
arco. 
Arco transferido e não transferido 
O arco plasma pode ser transferido, quando a corrente elétrica flui entre a tocha 
plasma (cátodo) e a peça de trabalho (anodo); ou de modo não transferido quando 
a corrente elétrica flui entre o eletrodo e o bocal da tocha. Os dois modos de 
operação são mostrados na figura 3. Embora o calor do arco plasma emerja do 
bocal nos dois modos de operação, o modo transferido é invariavelmente usado 
para corte uma vez que o "heat imput" utilizável na peça de trabalho é mais 
eficientemente aplicado quando o arco está em contato elétrico com a peça de 
trabalho. 
Figura 3 - Plasma transferido e não transferido 
Alterando as características do arco plasma 
As características do arco plasma podem ser bastante alteradas pela mudança do 
tipo e vazão do gás corrente de corte, tensão do arco e diâmetro do bico de corte. 
Por exemplo, se é usado uma baixa vazão de gás, o jato plasma torna elevada a 
concentração de calor na superfície da peça, sendo ideal para soldagem. Em 
contrapartida se a vazão de gás é suficientemente aumentada, a velocidade do 
jato plasma é tão grande que ejeta o metal fundido através da peça de trabalho. 
Corte plasma convencional (1957) 
Introduzida em 1957 pela UNION CARBIDE, esta técnica podia ser usada para 
cortar qualquer metal a velocidades de corte relativamente altas. A faixa de 
espessuras abrangida variava de chapas finas (0.5 mm) até chapas grossas (250 
mm). A espessura de corte está diretamente relacionada com a capacidade de 
condução de corrente da tocha e propriedades do metal. Uma tocha mecanizada 
com capacidade para 1000 Ampéres pode cortar 250 mm de aço inoxidável ou 
Alumínio. Contudo, na maioria das aplicações industriais, a espessura de corte 
não ultrapassa 50 mm. Nesta faixa de espessuras, o corte plasma convencional é 
usualmente alargado e tem a ponta circular. Cortes largos são o resultado de um 
desbalanceamento energético na face de corte. Um ângulo positivo de corte 
resulta da dissipação do calor na superfície da peça conforme a progressão do 
corte. 
Figura 4 - Plasma convencional 
Este desbalanceamento do calor é reduzido pelo posicionamento da tocha tão 
próximo quanto possível à peça de trabalho e aplicação do princípio de constrição 
de arco como mostrado na figura 4. O aumento da constrição do arco tende a 
tornar o perfil do arco maior e mais uniforme, causando um corte mais reto. 
Infelizmente a constrição de arco com um bico convencional é limitada pela 
tendência de o aumento da constrição desenvolver dois arcos em série (figura 5), 
sendo um entre o eletrodo e o bico e outro entre o bico e a peça de trabalho. 
Figura 5 - Formação de duplo arco 
Este fenômeno é conhecido como "duplo arco" e desgasta o eletrodo e o bico de 
corte. O arco duplo limita severamente a extensão do corte plasma com qualidade. 
Desde a introdução do processo de corte plasma nos anos 50, várias pesquisas 
tem sido realizadas com o objetivo de aumentar a constrição do arco, sem porém 
a criação do duplo arco. O corte plasma como descoberto, é atualmente 
denominado como corte plasma convencional. Este pode ser largamente aplicado 
ao corte de vários metais e diferentes espessuras. Por exemplo, se o corte plasma 
convencional é usado para cortar aço inoxidável, aço Carbono e Alumínio, é 
necessário a utilização de diferentes gases e vazões para otimização da qualidade 
de corte nesses três tipos de metais.O corte plasma convencional predominou 
desde 1957 até os anos 70, e freqüentemente requerendo dispendiosas misturas 
de Argônio e Hidrogênio. 
Arco plasma "DUAL FLOW" (1962) 
A técnica dual flow foi desenvolvida em 1963. Esta técnica envolve uma pequena 
modificação em relação ao plasma convencional. Este processo utiliza-se das 
mesmas características como no plasma convencional, neste caso porém é 
adicionado um segundo gás de proteção ao redor do bico de corte. Usualmente, 
em operação dual flow o gás plasma é o Nitrogênio e o segundo gás de proteção 
é selecionado de acordo com o metal a ser cortado. Gases típicos para uso são 
normalmente ar comprimido ou Oxigênio para aço Carbono, dióxido de Carbono 
(CO2) para aços inoxidáveis e misturas de Hidrogênio/Argônio para Alumínio. 
A velocidade de corte é melhor para aços ao Carbono quando comparado ao 
plasma convencional, contudo, a qualidade de corte é inadequada para algumas 
aplicações. A velocidade e qualidade de corte em aços inoxidáveis e Alumínio, é 
essencialmente a mesma que no plasma convencional. A maior vantagem neste 
processo é que o gás secundário forma uma proteção entre o bico de corte e a 
peça de trabalho, protegendo o mesmo de curto-circuitos, como mostrado na 
figura 6, e reduzindo a tendência de "duplo arco". O gás de proteção também 
protege a zona de corte aumentando a qualidade e velocidade de corte, além de 
refrigerar o bico de corte e bocal da tocha. 
Figura 6 - Plasma "Dual Flow" 
Corte plasma com ar comprimido (1963) 
O corte plasma por ar comprimido surgiu no início dos anos 60 para o corte de aço 
Carbono. O Oxigênio presente no ar proporcionava uma energia adicional em 
aços ao Carbono proveniente da reação exotérmica com o ferro incandescente. 
Esta energia adicional aumenta a velocidade de corte em 25% sobre o plasma 
com Nitrogênio. Embora o processo possa ser usado para o corte de aços 
inoxidáveis e Alumínio, a superfície de corte nesses materiais fica mais fortemente 
oxidada enão aceitável para algumas aplicações (Figura 7). 
Figura 7 - Corte plasma a ar comprimido 
O maior problema com o corte por ar comprimido é a rápida erosão do eletrodo. 
Eletrodos especiais feitos de Zircônio, Háfnio ou ligas de Háfnio, são necessários, 
uma vez que o eletrodo de Tungstênio desgasta-se em poucos segundos se o gás 
de corte conter Oxigênio. Mesmo com a utilização deste eletrodos especiais, a 
vida útil dos mesmos é consideravelmente menor que no processo plasma 
convencional. 
Corte plasma com proteção d´água (1965) 
O corte plasma com proteção de água é semelhante ao processo "dual flow", onde 
o gás de proteção secundário é substituído por água (Figura 8). O efeito de 
resfriamento provocado pela água aumenta a vida útil do bico de corte além de 
melhorar significativamente a aparência do corte, entretanto, o esquadrejamento e 
velocidade de corte permanecem constantes uma vez que a água não provê uma 
constrição adicional do arco. 
Figura 8 - Corte plasma com proteção d´água 
Arco plasma com injeção d´água (1968) 
No início, estava estabelecido que uma ferramenta para aumentar a qualidade de 
corte era através do aumento da constrição do arco evitando-se o duplo arco. No 
processo plasma com injeção d´água, a água é injetada radialmente no arco de 
maneira uniforme como mostrado na figura 9. A injeção de água no arco contribui 
para um maior grau de constrição do arco atuando como se fosse um segundo 
bico de corte. As temperaturas do arco nesta região são estimadas em 
aproximadamente em 50.000°K ou seja 9 vezes a temperatura da superfície do sol 
ou ainda duas vezes a temperatura do arco plasma convencional. Como resultado 
final destas altas temperaturas, tem-se um grande aumento do esquadrejamento 
do corte, da velocidade de corte e eliminação da escória para corte de aço 
Carbono. 
Figura 9 - Corte Plasma com injeção d´água 
Um outro método utilizado para constrição do arco plasma com água é o 
desenvolvimento de um redemoinho de água em volta do arco. Com esta técnica, 
a constrição do arco depende da velocidade angular necessária a produzir um 
redemoinho estável de água. A força centrífuga criada pela alta velocidade de giro 
tende a achatar o filme aneliforme de água contra o arco, conseqüentemente 
obtém-se uma menor constrição de arco que na injeção radial de água (Figura 10). 
Figura 10 - Direção de injeção d´água 
Ao contrário do processo convencional descrito primeiramente, uma ótima 
qualidade de corte com o plasma com injeção de água é obtida para todos os 
metais com apenas um tipo de gás - Nitrogênio. A utilização de apenas um gás 
torna o processo mais econômico e fácil de operar. Fisicamente o Nitrogênio é 
ideal por causa de sua superior habilidade em transferir calor do arco à peça. O 
calor absorvido pelo Nitrogênio quando dissociado é transferido quando em 
contato com a peça de trabalho. A despeito das elevadas temperaturas no ponto 
em que a água é adicionada ao arco, menos de 10% da água é vaporizada. A 
água restante sai através do bocal sob forma de um spray cônico, vindo a 
refrigerar a superfície da peça. Este resfriamento adicional previne a formação de 
óxidos na superfície de corte e resfria o bico da tocha. A razão da constrição do 
arco na região de injeção de água é a formação de uma camada isolada de vapor 
entre o jato plasma e a água injetada, como mostrado na Figura 11. 
Figura 11 - Camada de vapor d´água 
A vida útil do bico de corte é largamente aumentada com a técnica de injeção de 
água, porque a camada de vapor isola o mesmo da alta intensidade de calor 
proveniente do arco ao mesmo tempo que a água protege e isola o bico do maior 
ponto de constrição do arco e de máxima temperatura. A proteção obtida pela 
camada de vapor d´água também permite uma inovação no desenho do bocal: 
Este pode ser de cerâmica, conseqüentemente, o arco duplo, a maior causa da 
destruição do bico deixa de existir. 
Uma importante característica das extremidades cortadas, é que o lado direito do 
corte seja reto e o outro lado seja levemente chanfrado. Este fenômeno não é 
causado pela água injetada, sendo resultado de uma pequeno redemoinho em 
sentido dos ponteiros do relógio no gás. Este giro causa uma maior energia de 
arco a ser despendido no lado direito do corte. A mesma dessimetria de corte 
pode ser observada no corte plasma convencional, quando há turbilhonamento do 
gás de plasma. Este fato acarreta em que sentido de corte deve ser 
adequadamente escolhido de modo a provocar um corte de ângulo reto em todas 
as faces da peça (Figura 12). 
Figura 12 - Direção do corte 
Na figura 13, o anel mostra o lado de fora do corte feito na direção dos ponteiros 
do relógio, dando como resultado um corte reto no lado direito do corte. 
Similarmente o lado interno do corte é feito à esquerda para manter os bordos 
retos no lado interno do anel. 
Figura 13 - Direção de corte 
Mufla d´água e tábua d´água (1972) 
Desde que os processos por arco plasma possuem uma elevada concentração de 
calor, acima de 50.000°K, há alguns efeitos negativos inerentes ao processo: 
• A altas correntes, o corte plasma gera um intenso nível ruído, superior ao nível normal nas áreas de 
trabalho, requerendo proteção para os operadores. 
• Fumaça e gases tóxicos em potencial desenvolvem-se em áreas de trabalho, exigindo uma boa 
ventilação. 
• A geração de radiação ultravioleta, pode causar queimaduras na pele e olhos, requerendo o uso de 
vestimenta adequada e utilização de óculos escuros. 
Este grupo de efeitos garantiram ao processo plasma algumas críticas do ponto de 
vista de meio ambiente. Alguma coisa tinha que ser feita com relação a esse 
aspecto. Em 1972, foi introduzido pela Hyperterm dois sistemas de anti-poluição, 
sendo a mufla de água e tábua de água, que controlam os efeitos nocivos do 
processo plasma. 
Mufla d´água: O sistema de mufla d´água cria uma camada protetora ao redor 
da tocha, produzindo os seguintes efeitos benéficos quando usados com a tábua d
´água: 
• O alto nível de ruído do processo plasma é substancialmente reduzido pela barreira criada pela água. 
• A fumaça e gases tóxicos são confinados na barreira d´água, que acoplado a um sistema purificador, 
remove as partículas sólidas. 
• A claridade do arco é reduzida a níveis que são menos perigosos aos olhos. 
• Com uma coloração adequada, a radiação ultravioleta é diminuída. 
Tábua de água: Trata-se de um reservatório de água localizado abaixo da peça 
a ser cortada, a qual, tem a finalidade de absorver grande parte do ruído e fumaça 
gerada nas operações de corte. 
Corte subaquático (1977) 
Desenvolvimentos na Europa com o objetivo de diminuir o nível de ruído e 
eliminação da fumaça, levaram ao surgimento do corte plasma subaquático. Este 
método para fontes plasma acima de 100 Ampéres tem se tornado tão popular 
que atualmente muitos sistemas de corte plasma cortam sob água. Para o corte 
subaquático, a peça é imersa sob 2 a 3 polegadas de água, e a tocha plasma 
corta enquanto imersa. Como conseqüência, o ruído, a fumaça e as radiações do 
arco elétrico são drasticamente reduzidas. Um aspecto negativo neste método é 
que a peça não pode ser observada durante o corte e a velocidade de corte é 
diminuída de 10-20%. Além do fato do operador não determinar pelo som do arco 
se o processo de corte está se dando normalmente ou se as partes consumíveis 
da tocha se desgastaram. 
Finalmente, no corte subaquático, pequena quantidade de água é dissociada na 
zona de corte, provocando a formação de íons de Oxigênio e Hidrogênio. O 
Oxigênio tem a tendência de se combinar com o metal fundido (principalmente em 
Alumínio e ligas leves) formando óxidos, deixando Hidrogênio livre dentro d´água. 
Este Hidrogênio forma bolsas sob a peça, que quando em contato com o jato 
plasma causa pequenas explosões. Em função deste fato, a água deve ser 
constantemente agitada quando do corte destes metais.Corte subaquático com mufla 
Baseado na popularidade do corte subaquático, foi desenvolvido em 1986 este 
tipo de corte, no qual é injetado ar ao redor da tocha, estabelecendo uma bolha de 
ar onde o corte se processa. Este torna-se um corte subaquático com injeção de 
ar, sendo mais freqüentemente usado com Oxigênio para cortes acima de 260 
Ampéres. O uso desta técnica aumenta a qualidade e velocidade de corte. 
Corte plasma a ar comprimido de baixa corrente (1980) 
Em 1980, os fabricantes de equipamentos introduziram no mercado, 
equipamentos usando ar como gás de plasma, particularmente para sistemas de 
baixa corrente. A Termal Dynamics (EUA) lançou o PAK3 e a SAF (França) 
introduziu o ZIP-CUT, as duas unidades foram um grande sucesso nos mercados 
Norte Americano e Europeu respectivamente. Este fato propiciou uma nova era 
para o corte plasma, aumentando em 50 vezes o mercado nos anos 80, surgindo 
novos fabricantes. A partir desta data, o corte plasma foi aceito como um novo 
método para corte de metais, sendo considerado uma valiosa ferramenta em 
todos os segmentos da indústria metalúrgica moderna. 
Com este novo alento, aumentou a competitividade na indústria de corte plasma, 
um grande número de inovações tecnológicas foram introduzidos, tornando o 
processo fácil de usar. O processo tornou-se muito mais confiável e operacional. A 
utilização da tecnologia dos inversores melhorou as características do arco ao 
mesmo tempo que diminuiu as dimensões e peso dos sistemas. Outras evoluções 
foram introduzidas como no caso do arco piloto por contato ("blow back" - retração 
do eletrodo), eliminando a alta freqüência na tocha e também o anel injetor de ar 
que protege as partes frontais da tocha durante as operação de corte. 
Corte plasma com oxigênio (1983) 
O corte plasma com injeção de Oxigênio contornou o problema da vida útil do 
eletrodo pelo uso de Nitrogênio como gás de plasma com a injeção de Oxigênio 
abaixo da saída do bocal, como mostrado na figura 14. 
Figura 14 - Plasma com injeção de Oxigênio 
Este processo é usado exclusivamente para aço Carbono e tem como 
consequência um pequeno aumento na velocidade de corte, contudo, algumas 
desvantagens são notadas, como uma deficiência no esquadrejamento do corte, 
excesso de material removido, pequena vida útil do bocal e limitações quanto ao 
metal a ser cortado (aço Carbono). Em alguns locais onde este processo foi 
usado, o pequeno aumento na velocidade de corte associado as desvantagens 
citadas não justifica um investimento extra em um novo tipo de tocha. 
Corte plasma de alta densidade (1990) 
O corte LASER tem se tornado um importante e competitivo método na indústria 
metalúrgica em função de sua habilidade de produzir cortes precisos e de 
excelente qualidade. Com o objetivo de alcançar uma fatia deste mercado, os 
fabricantes de equipamentos plasma tem investido em projetos para aumentar a 
qualidade de corte de seus equipamentos. Em 1990, foi visto a primeira instalação 
de plasma de alta densidade de 40 a 90 Ampéres. Este processo produz um corte 
esquadrejado e de espessura reduzida, aumentando a velocidade de corte. 
Espera-se que a qualidade de corte no plasma de alta densidade seja igual ao do 
corte laser. Considerando que o custo de implantação do processo plasma exige 
um investimento inicial bem menor, este tornar-se-á o maior concorrente do 
processo LASER. 
Conclusão 
Ao fim desta revisão, tornou-se claro que o processo plasma teve um assombroso 
progresso nos últimos 35 anos, particularmente nos últimos 5 anos. Atualmente 
três tendências principais devem ser observadas: 
1. O mercado para unidades portáteis abaixo de 200 Ampéreses continuará a se expandir. 
2. O mercado para máquinas de corte e robôs continuará necessitando de alta qualidade de corte e 
tolerâncias cada vez menores para o processo plasma. 
3. Pesquisas e desenvolvimentos nas partes consumíveis e tochas continuarão constantemente 
estendendo a vida útil dos mesmos e aumentando a qualidade de corte. 
Eletroescória 
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Prof. Manuel Saraiva Clara 
Os precursores do processo começaram ainda no século passado com a 
soldagem na posição vertical em um único passe através do confinamento do 
metal líquido com sapatas de grafite, cerâmica ou cobre, executava-se a soldagem 
por arco elétrico ou por processo térmico. Os russos na década de 50 
desenvolveram o princípio do processo, que consiste em uma escória líquida 
condutora de energia elétrica para a soldagem na posição vertical ascendente. 
Princípio do Processo 
O processo de soldagem eletroescória é um processo por fusão através de uma 
escória líquida a qual funde o metal de adição e as superfícies a serem soldadas. 
O processo de soldagem Eletroescória é usado onde se necessita grandes 
quantidades de material de solda depositado, como por exemplo para soldar 
seções transversais muitos espessas. O processo passa a ser viável 
economicamente em juntas de topo a partir de 19 mm de espessura e, para 
espessuras máximas praticamente não há limitações. Todos os cordões são 
executados na posição vertical ascendente ou aproximadamente a esta. A poça 
de soldagem é circundada, pelos lados das bordas por suportes de cobre, 
resfriadas na parte interna com uma vazão constante de água, a qual chama-se 
de sapata de refrigeração, ver a figura ESW 01. 
Figura ESW 01 Principio da Soldagem por Eletroescória 
Antes de iniciar o processo coloca-se no chanfro, fluxo para soldar. Depois inicia-
se o processo de soldagem com um arco elétrico, entre o eletrodo (em fusão) e o 
lado inferior do chanfro. Este arco voltaico funde o fluxo. A condutibilidade elétrica 
da escória líquida, que resulta do processo, aumenta diretamente com a 
temperatura. Tão logo a condutibilidade do banho de escória tenha aumentado, a 
tal ponto que a escória conduza melhor do que a corrente elétrica do arco, este se 
apaga. Então a corrente elétrica corre do eletrodo, através da escória líquida e 
através da zona metálica fundida, até o metal base. 
O aquecimento, devido às propriedades especiais de condutibilidade da escória, 
funde o metal adicionado e as faces do chanfro, devido a passagem da corrente 
elétrica pelo banho da escória aquecido. Este calor gerado pela corrente elétrica é 
o principio que serve como fonte de calor. 
O guia do eletrodo e as sapatas se deslocam continuamente para cima, isto é, de 
modo que a superfície do metal líquido seja mantida sempre na altura média das 
sapatas de refrigeração. O metal solidificado é coberto lateralmente com uma 
camada fina de escória, e portanto deve ser substituída com a adição regular de 
fluxo, para que a profundidade do banho de escória seja mantida estável. Na 
maioria dos casos a profundidade mais favorável está entre 40 e 60 mm. 
Campos de Aplicação 
• Construções metálicas: Soldas em chapas grossas de topo.
• Construção naval: Solda de seções do navio e laterais de tanques. 
• Construção de recipientes, vasos de pressão: Costuras longitudinais e circulares. 
• Técnica nuclear: Partes de componentes para usinas nucleares. 
• Construção de máquinas: Carcaças para turbinas, cilindros, eixos, bases para máquinas. 
• Construção de vagões ferroviários: superfícies de rolamento, jogos de rodas. 
Vantagens 
• Preparação do chanfro a baixo custo, por meio de oxicorte, pois não há tolerâncias críticas a serem 
consideradas. 
• O processo lento de solidificação é favorável, do ponto de vista metalúrgico, para as reações 
químicas na poça de fusão. O metal depositado é bem desgaseificado e livre de poros, tampouco 
mostra endurecimento, conferindo alta qualidade da junta soldada. 
• Devido ao resfriamento lento surgem tensões próprias da solda consideravelmente mais baixas do 
que em soldas executadas por outros processos. 
• Solda sem distorções, o que evita trabalhos, de ajustamento, muito onerosos.
Desvantagens 
• Granulação grosseira, com baixaresistência ao impacto, sendo necessário tratamento térmico 
posterior. 
• Alto custo dos dispositivos de soldagem. 
• Mão-de-obra especializada é recomendada na operação. 
• A soldagem só pode ser feita na posição vertical ascendente, e tem que ser iniciada 
preferencialmente a soldagem uma única vez. 
• Solda seções acima de 19 mm. 
Tecnologia do Processo 
O processo de soldagem por eletroescória, pode ser executado com um ou vários 
arames, os quais podem ter oscilação através de dispositivos acoplados ao 
sistema tracionador de arame. O revestimento com fita, com depósito em aço 
inoxidável e alta liga de níquel, podem ser feitos com excelente qualidade 
metalúrgica e sanidade ultra-sônica. Para tal aplicação utiliza-se os dispositivos e 
demais componentes do processo de soldagem arco submerso. A grande 
vantagem da utilização dessa variante de processo seria a sua baixíssima 
diluição, que gira em torno de 6%, nunca maior que 10%, ver Tabela ESW01. 
Tabela ESW 01 Parâmetros Para solda com Fita ( Eletroslag Strip Clading)
Dimensões da 
Fita (mm) 
Velocidade de 
Avanço (m/min) 
Tensão 
(V) 
Corrente 
(A) 
Stick out 
(mm) 
Taxa de 
Deposição (Kg/h) 
30 x 0,5 2,3 - 2,7 23 - 27 650 - 750 28 - 32 32 - 40 
A abertura do chanfro é de aproximadamente 20 até 30 mm. Seu valor mínimo é 
determinado pela forma do guia do arame. A abertura deve ser o suficiente para 
que não ocorra curto-circuito entre guia de arame e as faces do chanfro. Aberturas 
de junta, grande demais, não são econômicas. A soldagem por eletroescória exige 
uma escória líquida que, por um lado, conduza bem a corrente elétrica e por outro 
lado, garanta uma boa transmissão de calor para as chapas a serem soldadas. No 
inicio do processo, as sapatas de refrigeração fixados nas faces a serem 
soldadas, contendo apenas fluxo granulado. 
O percurso de espaço inicial de 3 à 8 cm de cordão de solda são feitos sob 
escória não totalmente fundida. Esta parte do cordão mostra uma penetração 
baixa demais. Por causa disso é colocada, abaixo do cordão, uma peça de acesso 
a qual não deve ser menor que 100 mm. Para terminar o cordão devem ser 
previstas peças de saída. Esta não têm apenas como objetivo manter a escória 
confinada, com também manter fora do cordão, os últimos milímetros da solda, 
que devido à interrupção do processo, podem desenvolver uma estrutura 
metalográfica diferente. 
Figura ESW 02 - Apêndices para início e término da soldagem 
A soldagem por eletroescória exige operação ininterrupta. Cada interrupção, por 
sua vez, por mais curta que seja, leva ao resfriamento do banho de escória, o que 
causa uma penetração insuficiente provocando descontinuidades. Por esta razão, 
antes de iniciar a soldagem, deve-se ter quantidade de arame suficiente para todo 
o tempo de arco aberto. 
Equipamento 
As fontes de energia típicas para o processo são similares as utilizadas no arco 
submerso. com ciclo de trabalho de 100%, com tensões em vazio da ordem de 60 
V e tensões de trabalho de 30 a 55 V. A soldagem por eletroescória pode ser 
realizada com corrente alternada ou contínua com eletrodo no polo positivo). 
Algumas vezes usa-se corrente alternada. Uma tensão de soldagem mais alta 
provoca uma maior penetração na face. Com o aumento do avanço do eletrodo 
aumenta a corrente, a profundidade da poça de fusão e a potência de fusão. Com 
velocidade pendular mais alta, a formação da microestrutura será melhor, Tabela 
ESW 02. 
Tabela ESW02. Parâmetros para soldagem por eletroescória com 1 eletrodo 
sem oscilação
EletrodoDiâmet
ro (mm) 
Velocidade 
de avanço 
Tensã
o (V) 
Corrent
e ( A) 
Densidade 
de 
Taxa de 
deposição 
do eletrodo 
( m/min) 
corrente 
(A/mm2) 
(Kg/h) 
2,5 4 - 9 32 - 50
450 - 
600
90 - 120 10 - 20
3,0 3 - 6 32 - 50
500 - 
700
70 - 100 10 - 20
4,0 3 - 6 32 - 50
600 - 
900
50 - 70 15 - 35
Geometria de Chafros 
Abaixo é mostrado as geometrias mais comuns utilizados pelo processo 
eletroescória. 
Bibl iografia 
American Welding Society Vol 2 8th edição pg 272 a 297 
Welding Metal Fabrication nov/89 pg 19 a 20. C.Murray and A. Burley 
Curso de Especialização para Engenheiros na Área de Soldagem. Apostila de 
Processos Especiais de Soldagem 1995 pg 14 a 18. Luiz Gimenes Jr e Marcos 
Antonio Tremonti. 
Welding Journal ago/82 pg 15 a 19. J. S. Noruk 
Soldagem por Ultra-som 
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Prof. Marcos Antonio Tremonti 
A Soldagem por ultra-som tem como objetivo unir peças por vibrações mecânicas 
na faixa ultra-sônica associada com pressão, a Soldagem é feita no estado sólido, 
sem fusão do material base. O processo de Soldagem é realizado através de um 
transformador eletroacústico Figura USW 01, o qual transforma uma corrente 
alternada em oscilações longitudinais mecânicas de freqüência de 22 KHz por 
exemplo; O componente denominado sonotrodo é o agente que promove as 
vibrações. 
Figura USW 01 - principio de funcionamento 
Durante a Soldagem as peças são fixadas na "bigorna" Figura USW 02. O 
sonotrodo transmite oscilações tangenciais para a peça. Se a força de pressão e a 
amplitude dos movimentos relativos entre as superfícies a soldar forem 
suficientemente fortes, então ocorre fluidificação. Os filmes de sujeira, água e 
óxido são rompidos. As superfícies, aquecidas e aplainadas, se aproximam e 
forças de ligação de superfície entram em ação. O aquecimento é limitado a uma 
camada muito fina. 
Figura USW 02 - sonotrodo e bigorna fixadora 
Soldam-se chapas finas, folhas ou fios (espessura de 0,003 até 2 mm) de metais 
macios (alumínio, ouro), também em chapas mais mais espessas de aço e não-
ferrosos, vidro ou mesmo cerâmica. A solda por ultra-som, pode ser usada para 
unir os principais metais, destacamos os principais: Alumínio, Cobre, Ouro, 
Magnésio, Molibdênio, Níquel, Paládio, Platina, Prata, Tântalo, Estanho, Titânio, 
Tungstênio, Zircônio, além dos Aços. 
Campos de aplicação 
• Contatos de semicondutores resistentes à temperatura, como fios de alumínio ou ouro em silício. 
Ligações entre semicondutores e transistores. 
• Conexões elétricas dos mais diversos tipos. 
• Quando as quantidades são grandes, a Soldagem a ponto por resistência algumas vezes se torna mais 
viável. 
Plásticos 
O crescimento do uso do plástico na indústria, tem exigido também um 
aprimoramento nos processo de fabricação, principalmente na união. Basicamente 
as uniões são feitas por adesivos que corre o risco de ataque químico ao plástico, 
muito freqüente em colagens. A solda ultra-sônica ganha pela rapidez e evita os 
riscos citados. As indústrias automobilísticas são um dos grandes consumidores 
da Soldagem por ultra-som e nas indústrias de autopeças, como por exemplo nas 
aplicações em painéis, pára-choques, em outros ramos tem-se encontrado em 
componentes de telefones, microcomputadores, e na costura de produtos 
sintéticos, a substituição de adesivos por equipamentos de soldagem ultra-sônica 
exigem pequenas modificações no projeto para que a Soldagem seja viável, pois 
as partes a soldar necessitam estar em contato e sob pressão utilizando ciclos da 
ordem de 20 a 40 kHz, a espessura e extensão da área a unir caracteriza a 
potência do equipamento. 
Os principais plásticos soldáveis por ultra-som são: ABS, Acrílico, Nylon, 
Policarbonato, Poliéster, Polipropileno, Poliestireno, PVC, a Soldagem dissimilar 
entre os plásticos dependem muito da resina empregada. Portanto a Soldagem 
dos plásticos apresenta como vantagens: 
• Substituir fixações mecânicas ( porcas / parafusos ) 
• Melhorar design 
• Segurança na união 
• Redução de risco da ação química do adesivo sobre o plástico 
• Soldagem dissimilar 
• Rapidez do processo 
Parâmetros e equipamentos 
Na implantação do processo deve ser levado em consideração, alem da 
espessura e extensão da área a ser soldada, também: 
• Ponto de fusão a ser empregado 
• Geometria e dimensões da peça 
São fatores que definem a potênciae freqüência do equipamento. Os diversos 
tipos e modelos variam potências de 800 a 3000 W. Os equipamentos de menor 
potência destinam-se a aplicações mais delicadas, ocupam menor espaço e não 
exigem isolamento acústico. A complexidade e irregularidade da peça pode impor 
restrições à Soldagem ultra-sônica. 
Bibl iografia 
Welding Handbook Vol 2 8 edition 1991 
Curso de Especialização para Engenheiros na Área de Soldagem. Processos 
Especiais. Luiz Gimenes Jr. Marcos Antonio Tremonti 
Aumenta a demanda por novos métodos de solda. Luis Moura. Plástico Moderno 
jul/1989 
Técnicas de Soldadura en Materiales Termoplásticos. S.B. Jones (IIW). Soldadura 
y Tecnologias de Union fev/90 
Arco Submerso 
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Engº José Pinto Ramalho 
O processo de soldagem por arco submerso é um processo no qual o calor para a 
soldagem é fornecido por um (ou alguns) arco (s) desenvolvido (s) entre um (s) 
eletrodo(s) de arame sólido ou tubular e a peça obra. Como já está explícito no 
nome, o arco ficará protegido por uma camada de fluxo granular fundido que o 
protegerá, assim como o metal fundido e a poça de fusão, da contaminação 
atmosférica. Como o arco elétrico fica completamente coberto pelo fluxo, este não 
é visível, e a solda se desenvolve sem faíscas, luminosidades ou respingos, que 
caracterizam os demais processos de soldagem em que o arco é aberto. O fluxo, 
na forma granular, para além das funções de proteção e limpeza do arco e metal 
depositado, funciona como um isolante térmico, garantindo uma excelente 
concentração de calor que irá caracterizar a alta penetração que pode ser obtida 
com o processo. 
Princípio de funcionamento do processo 
Em soldagem por arco submerso, a corrente elétrica flui através do arco e da poça 
de fusão, que consiste em metal de solda e fluxo fundidos. O fluxo fundido é, 
normalmente, condutivo (embora no estado sólido, a frio não o seja). Em adição a 
sua função protetora, a cobertura de fluxo pode fornecer elementos desoxidantes, 
e em solda de aços-liga, pode conter elementos de adição que modificariam a 
composição química do metal depositado. Durante a soldagem, o calor produzido 
pelo arco elétrico funde uma parte do fluxo, o material de adição (arame) e o metal 
de base, formando a poça de fusão. 
A zona de soldagem fica sempre protegida pelo fluxo escorificante, parte fundido e 
uma cobertura de fluxo não fundido.O eletrodo permanece a uma pequena 
distância acima da poça de fusão e o arco elétrico se desenvolve nesta posição. 
Com o deslocamento do eletrodo ao longo da junta, o fluxo fundido sobrenada e 
se separa do metal de solda líquido, na forma de escória. O metal de solda que 
tem ponto de fusão mais elevado do que a escória, se solidifica enquanto a 
escória permanece fundida por mais algum tempo. A escória também protege o 
metal de solda recém-solidificado, pois este é ainda, devido a sua alta 
temperatura, muito reativo com o Nitrogênio e o Oxigênio da atmosfera tendo a 
facilidade de formar óxidos e nitretos que alterariam as propriedades das juntas 
soldadas. 
Com o resfriamento posterior, remove-se o fluxo não fundido (que pode ser 
reaproveitado) através de aspiração mecânica ou métodos manuais, e a escória, 
relativamente espessa de aspecto vítreo e compacto e que em geral se destaca 
com facilidade. O fluxo é distribuído por gravidade. Fica separado do arco elétrico, 
ligeiramente a frente deste ou concentricamente ao eletrodo. Esta independência 
do par fluxo-eletrodo é outra característica do processo que o difere dos processos 
eletrodo revestido, MIG-MAG e arame tubular. No arco submerso, esta separação 
permitirá que se utilize diferentes composições fluxo-arame, podendo com isto 
selecionar combinações que atendam especificamente um dado tipo de junta em 
especial. O esquema básico do funcionamento do processo pode ser visto na 
Figura - Componentes essenciais de um equipamento de arco submerso. 
Componentes essenciais de um equipamento de arco submerso 
O processo pode ser semi-automático com a pistola sendo manipulada pelo 
operador. Esta porém não é a maneira que o processo oferece a maior 
produtividade. Esta é conseguida com o cabeçote de soldagem sendo arrastado 
por um dispositivo de modo a automatizar o processo. Outra característica do 
processo de soldagem por arco submerso está em seu rendimento pois, 
praticamente, pode-se dizer que não há perdas de material por projeções 
(respingos). Possibilita também ouso de elevadas correntes de soldagem (até 
4000 A) o que, aliado as altas densidades de corrente (60 a 100 A/mm2), 
oferecerá ao processo alta taxa de deposição, muitas vezes não encontradas em 
outros processos de soldagem. Estas características tornam o processo de 
soldagem por arco submerso um processo econômico e rápido em soldagem de 
produção. Em média, gasta-se com este processo cerca de 1/3 do tempo 
necessário para fazer o mesmo trabalho com eletrodos revestidos. 
As soldas realizadas apresentam boa tenacidade e boa resistência ao impacto, 
além de excelente uniformidade e acabamento dos cordões de solda. Através de 
um perfeito ajustamento de fluxo, arame e parâmetros de soldagem, consegue-se 
propriedades mecânicas iguais ou melhores que o metal de base. A maior 
limitação deste processo de soldagem é o fato que não permite a soldagem em 
posições que não sejam a plana ou horizontal. Ainda assim, a soldagem na 
posição horizontal só é possível com a utilização de retentores de fluxo de 
soldagem. Na soldagem circunferencial pode-se recorrer a sustentadores de fluxo 
como o que é apresentado na Figura - Exemplo de recurso para sustentação de 
fluxo. 
Exemplo de recurso para sustentação de fluxo 
Soldagem de Pinos ( Stud Welding / SW ) 
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Prof. Marcos Antonio Tremonti 
A Soldagem de pinos em inglês é designado por stud welding, trata-se de um 
processo de soldagem a arco elétrico que une pinos ou peças semelhantes por 
aquecimento e fusão do Metal Base e parte da ponta do pino, seguido de imediata 
pressão, para melhor união e solidificação. Energia elétrica e força são 
transmitidas através de um porta-pinos num dispositivo de elevação, e protegidos 
por uma cerâmica, que tem como função a proteção contra os respingos, 
contaminação atmosférica, e conter o metal líquido, ver Figura SW 01. 
Figura SW 01 - Dispositivo de elevação e posicionador 
O arco elétrico é obtido através da operação de toque e retração de pino. Depois 
de um determinado tempo, onde o pino é submerso no banho de fusão. O anel de 
cerâmica concentra o arco voltaico, protege contra a atmosfera e limita o banho de 
fusão. Durante a Soldagem, o anel de cerâmica e o pino são colocados 
manualmente no equipamento apropriado conhecido como pistola para Stud e o 
processo de solda é executado pelos comandos existentes. O tempo de operação 
é da ordem dos milisegundos, é relativamente curto se comparado com os 
processos a arco convencionais, devido o ciclo de trabalho ser muito curto, temos 
uma ZTA ( Zona Termicamente Afetada ) muito estreita. Solda-se em ciclos de 10 
pinos/min. Sistemas automáticos soldam até 20 pinos/min, a Figura SW 02 ilustra 
a seqüência de soldagem. 
(1) O gatilho da pistola de 
soldagem faz com que o pino 
encoste na peça a soldar, 
promovendo o curto circuito. 
(2) Imediatamente ocorre o arco 
elétrico, fundido o parte do pino e 
a face do metal base. 
(3) Aplica-se pressão ao pino para 
promover a solidificação. 
(4) Retira-se o porta pino 
( pistola ), e a cerâmica. 
Figura SW 02 Seqüência de soldagem
Equipamentos 
A Pistola de soldagem tem por finalidade segurar e movimentar o pino; contem um 
gatilho que libera a corrente de Soldagem, a qual é transmitida para a ponta do 
pino, que é uma espécie de encaixe, este encaixes podem ter diferentes 
geometria e espessuras, compatíveis com o pino a fixar, a pistola também fornece 
pressão e alivio ao sistema,através de uma mola controlada por uma válvula 
solenóide. As Unidades de controle são basicamente circuitos temporizadores 
para aplicação do tempo de Soldagem e tempo de pressão, que são ligadas as 
fontes e à pistola de soldagem, os controladores podem ser integrados as fontes 
de energia ou separadas. 
As Fontes de Energia empregadas no processo convencional são semelhantes às 
usadas para o processo eletrodo revestido, tanto geradores ou retificadores, com 
os pinos ligados ao polo positivo, é recomendado utilizar fontes com potência 
acima de 400 Ampères e tensões em vazio de no mínimo 70 Volts, caso haja a 
exigência de correntes mais elevadas, pode-se ligar as fontes em paralelo, ou 
utilizar-se de fontes desenvolvidas para goivagem a grafite, que normalmente são 
projetadas para correntes de até 1600 Ampères, outra variante do processo, 
utiliza-se uma fonte com descarga capacitiva, com capacitores de alta capacidade. 
Sistemas automáticos de alimentação, para alta produção podem ser adaptados 
nas pistolas através de tubos flexíveis, onde a fonte de energia para deslocamento 
dos pinos do reservatório ä pistola é o ar comprimido, neste caso as cerâmicas de 
proteção não são usadas, pois o diâmetro dos pinos e os tempos de soldagem são 
menores. Um esquema de soldagem convencional é mostrado na Figura SW 03. 
Figura SW 03 equipamento de soldagem por pinos 
As fontes de descarga capacitiva, são derivadas de um banco de capacitores, o 
processo segue nos mesmos parâmetros do processo convencional como na 
Figura SW 04. 
Figura SW 04 - Esquema de ligação para soldagem com descarga capacitiva 
Aplicações 
• Caldeiraria, Fornos e Chaminés, colocação de pinos em tubos de trocadores de calor e fixação de 
ancoragens para isolamento; 
• Estruturas Metálicas e em Concreto Armado, fixação de buchas e ancoramento de concreto. 
• Construção Elétrica, substitui uniões roscadas complicadas e pequenas peças de fixação; 
• Construção Naval: Fixadores para mantas isolantes e fixadores de cabos; 
• Indústria Automobilística, por exemplo, fixação das armações, revestimentos, parafusos e porcas. 
Materiais 
Os pinos podem ser de aço SAE 1030, em aço baixa liga com Cr Mo; pino de aço 
inox com alta liga; pinos de alumínio 99,5 em ligas de alumínio (proteção da poça 
de soldagem com gás argônio é necessário). É possível solda dissimilar, 
geralmente com pinos de aço inoxidável para ancoragem de refratário para 
válvulas siderúrgicas. 
Tecnologia do Processo 
Pinos especiais podem ser feitos com um ressalto em sua extremidade para 
facilitar a ignição do arco, neste processo, as dimensões da ponta do pino 
determinam o processo de solda. Por meio de uma descarga de condensadores 
(corrente de até 8000 Ampères) surge imediatamente (dentro de 0,5 até 4 ms). Ele 
é apropriado para pequenos esforços mecânicos, em chapas finas ou com 
revestimento de material sintético de um lado. Também são feitos pinos com 
dimensões maiores com pontas em alumínio, para melhor qualidade da solda, pois 
o alumínio tem a função de desoxidar o banho de fusão, indicado principalmente 
para chapas com oxidações e sujeiras, onde o esmerilhamento ou escovamento 
das áreas é de difícil acesso, como por exemplo em soldas de campo. Na 
soldagem convencional, as superfícies que estão em contato com o pino, devem 
estar isentas de: 
• Óleo 
• Umidade 
• Sujeira 
• Carepa 
O pino não poderá ser soldado sobre superfícies pintadas e zincadas. As 
superfícies devem ser limpas pelos métodos: 
• Escovamento 
• Lixamento 
• Decapagem 
Tabela SW 01 - Parâmetros de Soldagem por Descarga Capacitiva
Diâmetro do Pino 
(mm) 
Corrente de 
Soldagem (A) 
Tempo de Soldagem 
(ms) 
Tempo de Aplicação da 
Carga(ms) 
3,0 300 13 50
4,0 400 16 50
5,0 500 20 50
6,0 600 24 50
8,0 800 32 50
Controle de Qualidade para pinos soldadores - Norma AWS 
D1.1 
Enumeramos os principais itens para os testes de aceitação para pinos 
soldados. Acabamento final do pino soldado deve ser uniforme e isentos 
de: 
• Sobreposição excessiva 
• Trincas 
• Desalinhamento 
• Torção 
A propriedade mecânica do pino através do ensaio de tração é opcional, 
devendo em caso positivo, ser realizado com a seção integral do pino, 
como o dispositivo de teste da Figura SW 05. 
As superfícies a serem soldadas e a cerâmica, devem estar isentas de 
umidade: 
• Seca-las a 120ºC / 2 Horas 
Figura SW 05 - Dispositivo de teste de tração
Controle de produção 
Antes de uma série de peças a serem soldadas na produção, realizar teste: 
1. Soldar 2 pinos 
2. Inspeção visual de 360ºC 
3. Utilizar sempre chapa de teste 
4. Pinos frios
5. Dobrá-los 30º com reação ao eixo principal 
Método 
• Martelamento
• Tubo
• Visual 
• Não pode ocorrer falhas 
Estando em conformidade com as exigência já citadas anteriormente, 
liberar para produção. O operador poderá ser qualificado de acordo com o 
teste de produção.
Figura 06 - Teste de Dobramento do pino
Critério de aceitação de ensaio visual de fusão do pino 
A) Satisfatório 
B) Pouca retração do pino 
C) Retirada rápida da pistola 
D) Falta de alinhamento 
E) Baixa corrente 
F) Alta corrente 
Bibliografia 
Cursos de Especialização para Engenheiros de Soldagem. Processos Especiais, 
1995. Luiz Gimenes Jr. e Marcos Antonio Tremonti 
AWS Welding Handbook Vol 2 Welding Process 1991 
AWS D1.1-80 Stud Welding item 7.1 a 7.8 
MIG MAG 
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Engº José Pinto Ramalho 
A soldagem a arco com eletrodos fusíveis sobre proteção gasosa, é conhecida 
pelas denominações de: 
• MIG, quando a proteção gasosa utilizada for constituída de um gás inerte, ou seja um gás 
normalmente monoatômico como Argônio ou Hélio, e que não tem nenhuma atividade física com a 
poça de fusão 
• MAG, quando a proteção gasosa é feita com um gás dito ativo, ou seja, um gás que interage com a 
poça de fusão, normalmente CO2 - dióxido de Carbono 
• GMAW, (abreviatura do inglês Gás Metal Arc Welding) que é a designação que engloba os dois 
processos acima citados 
Princípios básicos do processo MIG / MAG 
Os dois processos diferem entre si unicamente pelo gás que utilizam, um vez que 
os componentes utilizados são exatamente os mesmos. A simples mudança do 
gás por sua vez, será responsável por uma série de alterações no comportamento 
das soldagens. Estes gases, segundo sua natureza e composição, tem uma 
influência preponderante nas características do arco, no tipo de transferência de 
metal do eletrodo à peça, na velocidade de soldagem, nas perdas por projeções, 
na penetração e na forma externa da solda. Além disto, o gás também tem 
influência nas perdas de elementos químicos, na temperatura da poça de fusão, 
na sensibilidade a fissuração e porosidade, bem como na facilidade da execução 
da soldagem em diversas posições. Os gases nobres (processo MIG) são 
preferidos por razões metalúrgicas, enquanto o CO2 puro, é preferido por razões 
econômicas. 
Como seria lógico de concluir, muitas das vezes impossibilitados tecnicamente por 
um lado e economicamente por outro, acabamos por utilizar mistura dos dois tipos 
de gás, como por exemplo Argônio (inerte) com Oxigênio (ativo), Argônio com 
CO2 e outros tipos. Existe uma certa indefinição de quais seriam os limites 
percentuais dos gases, a partir dos quais um mistura deixaria de ser inerte e 
passaria a ser ativa e vice-versa, porém é uma discussão meramente teórica. 
Assumimos na prática o comportamento em soldagem e o modo como ocorre a 
transferência metálica como determinantes da percentagem correta onde ocorre a 
transição. Assim, misturas cujo maior componente seja um gás ativo (exemplo: 
Argônio 98 % - Oxigênio 2 % utilizado para a soldagem de aços inoxidáveis), 
conservam as características gerais de gás inerte e são consideradas como gás 
inerte. Misturas cujo maior componente seja um gás ativo (CO2 75 % - Argônio 25 
% usado para a soldagem de aços ao Carbono em posição diferente daposição 
plana), conservam as características gerais de gás ativo e são consideradas como 
gás ativo. 
O processo MAG é utilizado somente na soldagem de materiais ferrosos, 
enquanto o processo MIG pode ser usado tanto na soldagem de materiais ferrosos 
quanto não ferrosos como Alumínio, Cobre, Magnésio, Níquel e suas ligas. Uma 
das características básicas deste processo, em relação aos outros processos de 
soldagem manuais, é sua alta produtividade, que é motivada, além da 
continuidade do arame, pelas altas densidades de corrente que o processo pode 
ser utilizado. A tabela abaixo apresenta uma comparação entre os valores de 
densidade de corrente dos processos MIG MAG e eletrodo revestido. Na tabela 
abaixo, os valores comparativos de densidade de corrente: 
Processo Densidade de 
Corrente 
E. revestido 5 a 20 A/mm2
MIG MAG 100 a 250 A/mm2
De um modo geral, pode-se dizer que as principais vantagens da soldagem MIG 
MAG são: alta taxa de deposição e alto fator de trabalho do soldador, grande 
versatilidade, quanto ao tipo de material e espessuras aplicáveis, não existência 
de fluxos de soldagem e, conseqüentemente, ausência de operações de remoção 
de escória e exigência de menor habilidade do soldador, quando comparada à 
soldagem com eletrodos revestidos. 
A principal limitação da soldagem MIG MAG é a sua maior sensibilidade à 
variação dos parâmetros elétricos de operação do arco de soldagem, que 
influenciam diretamente na qualidade do cordão de solda depositado. Além da 
necessidade de um ajuste rigoroso de parâmetros para se obter um determinado 
conjunto de características para solda, a determinação desses parâmetros para se 
obter uma solda adequada é dificultada pela forte interdependência destes, e por 
sua influência no resultado final da solda produzida. O maior custo do 
equipamento, a maior necessidade de manutenção deste, em comparação com o 
equipamento para soldagem com eletrodos revestidos e menor variedade de 
consumíveis são outras limitações deste processo. 
A soldagem MIG MAG e a soldagem com arame tubular, tem sido as que 
apresentaram um maior crescimento em termos de utilização, nos últimos anos 
em escala mundial. Este crescimento ocorre principalmente devido à tendência à 
substituição, sempre que possível da soldagem manual por processos semi-
automáticos, mecanizados e automáticos, para a obtenção de maior produtividade 
em soldagem. Estes processos tem se mostrado os mais adequados dentre os 
processos de soldagem à arco, à soldagem automática e com a utilização de 
robôs. 
Segurança e Saúde Ocupacional 
• O processo de soldagem emite uma série de agentes nocivos a saúde dos trabalhadores, como: 
o Radiação não ionizante; 
o Fumos metálicos; 
o Fagulhas e estilhaços; 
o Ruído; 
o Choque elétrico; 
o Ergonômico.
• Quanto a radiação gerada no processo, não há outra alternativa para controle do agente, a não ser a 
proteção individual ao soldador e coletiva (biombos) aos demais trabalhadores próximos. A proteção 
individual consiste em botas de cano longo de raspa com biqueira de aço, ou botina com perneira de 
raspa, avental de raspa tipo barbeiro com mangas ou avental convencional complementado com 
mangotes de raspa. 
• Luvas de raspa cano longo, (este conjunto proteje também contra estilhaços e fagulhas quentes). 
Máscara de soldador com lentes escuras na tonalidade de 10 a 12, ou máscara de soldador com 
escurecimento automático, sem uso a lente fica na tonalidade 3 e no momento de acionado o arco 
elétrico o dispositivo passa para tonalidade de 10 a 14, conforme regulagem. 
• Sob a máscara usa-se uma touca de brim, própria para soldador, contra queimadura nos cabelos e 
pescoço causada por fagulhas e radiação, e óculos de proteção contra impacto, evitando que 
estilhaços atingem os olhos quando o soldador erguer a máscara. Dependendo dos resultados as 
avaliações ambientais o soldador deverá usar protetor auricular contra o ruído. 
• Para fumos métálicos, deverá ser feita uma avaliação ambiental no local para identificar e quantificar 
os agentes químicos gerados e a partir dos resultados tomar medidas de controle, como: exaustão no 
ambiente ou localizada (cuidado para não alterar a qualidade da solda), ou EPI (respirador 
descartável P-2). Pode-se também identificar a composição do aço e do arame de solda, conhecendo 
os agentes presentes, os quais são liberados no processo de solda, e viabilizar a substituição do 
material utilizado. 
• O trabalhador para executar este tipo de trabalho deverá passar por um treinamento específico de 
Soldagem Mig-Mag, (aqui a carga horária é de 80 horas). Neste treinamento está incluso a prevenção 
contra acidentes com eletricidade, cortes, queimaduras, queda de materiais, enfim... E maneiras 
corretas e ergonômicas de efetuar a soldagem. 
• Quanto a marcas dos EPI´s, existe no mercado uma infinidade de opções a disposição. 
Soldagem por Explosão 
Fernanda Laureti Thomaz da Silva e Luiz Gimenes Júnior 
Histórico 
Durante a 1ª Guerra Mundial, era observado que partes metálicas de projéteis e 
de estilhaços quando colidiam com outras superfícies metálicas, em determinadas 
circunstâncias, eram soldadas. Porém, este processo, foi relatado de forma 
científica somente em 1944, quando em um experimento foi observado que dois 
discos metálicos ligados a um detonador, após explosão, foram soldados no 
estado sólido e apresentaram uma interface ondulada. Em 1957, obteve-se a 
soldagem por explosão de uma chapa de Alumínio a um perfil de aço. Então, 
grande interesse foi despertado por este processo e muitos países começaram a 
pesquisá-lo e a encontrar muitas aplicações industriais para a soldagem por 
explosão. 
Descrição 
A soldagem por explosão é um processo de soldagem no estado sólido que é 
obtido a partir da deformação plástica superficial dos metais ocorrida após colisão 
de uma peça acelerada, lançada em alta velocidade, contra outra através da 
detonação calculada de um explosivo. Esta colisão é muito violenta e libera um 
jato metálico formado a partir do impacto pontual entre as partes que serão 
soldadas. Este jato limpa a face do metal retirando sua película superficial, ele faz 
uma espécie de decapagem, liberando-as de óxidos e impurezas. Naquele 
instante as superfícies novas são fortemente comprimidas, uma a outra, pela ação 
dos explosivos. 
Fundamentos do processo 
Este processo nos oferece duas configurações básicas, sendo a primeira, com 
arranjo das placas em paralelo, produz um caldeamento constante, pois suas 
condições são alteradas ao longo da soldagem; enquanto a segunda, com arranjo 
utilizando um ângulo a pré-determinado entre as placas, produz um caldeamento 
não constante, pois suas condições são alteradas incessantemente até o término 
da soldagem. Nas placas em paralelo o anglo a obtido na detonação é pequeno, 
então o fluxo do jato de metal é ininterrupto e a interface resultante é praticamente 
plana, por isto esta configuração é chamada de regime laminar, mostrada na 
Figura EW 01. 
Figura EW 01- Processo por Explosão em Paralelo 
Nas placas preparadas em ângulo pré-determinado, o fluxo do jato de metal 
líquido é interrompido a todo momento quando sofre uma mudança de direção e 
gira como um "rodamoinho", assim as ondas na interface vão sendo formadas ao 
longo do caldeamento nos pontos de colisão. Esta configuração é chamada de 
regime turbulento, mostrado na Figura EW 02. A alta velocidade do jato remove a 
película superficial da placa base e da placa superior que é levada ao ponto de 
contato, onde as ondas serão formadas como que rodamoinhos, a placa superior 
vai sendo lançada contra a placa base e a soldagem é obtida. 
Figura EW 02 - Processo por Explosão em Ângulo 
Explosivos 
Explosivos são produtos capazes de liberar, após sua detonação, energia 
potencial com instantânea liberação de gás que exerce alta pressão nas áreas 
vizinhas. Normalmente possuem baixa resistência a umidadee na detonação 
apresentam fumos com algum grau de toxicidade. 
Aplicações 
As aplicações da soldagem por explosão variam de placas de grandes dimensões 
até pequenos componentes eletrônicos. Sua maior aplicação normalmente é para 
o "clad" para chapas de até 6 metros de comprimento. As maiores superfícies até 
agora soldadas por detonação têm até 40 m2. Normalmente as placas superiores, 
de menor espessura, são utilizadas em lugares que necessitem de resistência à 
corrosão. Este processo também é utilizado na fabricação de materiais 
compósitos, soldagens de tubos em espelho em trocadores de calor, chapas 
cladeadas para as indústrias química, petroquímica, alimentícia, Papel e Celulose; 
e em reatores nucleares. Distingui-se principalmente ao revestimento de grandes 
superfícies: chapas inoxidáveis em chapas de aço carbono e Baixa liga; Níquel, 
Alumínio, Titânio, Tântalo sobre aço ou cobre com alumínio, porém todos os 
materiais acima descritos podem ser solados entre si. 
Variáveis 
A velocidade de colisão, ângulo de colisão, quantidade e distribuição do explosivo 
são importantes variáveis deste processo e um dos fatores utilizados para 
definição destas variáveis é a espessura das placas envolvidas. 
Vantagens 
• É rápido (se obtem uma junta em 10-6 seg) 
• A camada de intermetálicos gerada é muito pequena 
• Não é necessária rígida limpeza das superfícies (exceto a carepa em chapas de aço laminadas a 
quente) 
• Não há necessidade de investimento com equipamentos 
Desvantagens 
• Para aços Carbono e baixa liga as superfícies sofrem endurecimento, sendo necessário um alívio de 
tensões posterior. 
• Há necessidade de se ter um local adequado e distante dos grandes centros para a execução do 
processo. 
• É perigoso.
Em todos os países, os explosivos tem transporte, mercado, uso e 
armazenamento controlado, o que dificulta a implantação do processo. No Brasil 
este controle é exercido pelas Forças Armadas. 
Bibl iografia 
Welding and Metal Fabrication - October 1969. 
ASM Handbook , vol 6 Welding, Soldering and Brazing. 
Welding Handbook - AWS 8 edition Vol 2 
Tecnologia de Soldagem. Coord. Paulo V. Marques 
Soldadura & Construção Metálica - julho 1983. artigo: "Aspectos básicos da 
soldadura por explosão" de Jorge Paes Mamede e Orlando Correia de Matos. 
Curso de Especialização para Engenheiros na Ärea de soldagem. Processos 
Especiais de Soldagem. FBTS - SENAI-RJ 1995. Luiz Gimenes jr. e Marcos 
Antonio Tremonti 
Laser 
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Engº José Pinto Ramalho 
O nome LASER é a abreviatura da descrição do processo em inglês: Light 
Amplification by Stimulated Emission of Radiation. Em uma tradução livre para o 
português podemos dizer que seria: Amplificação da luz através da emissão 
estimulada de radiação. Os primeiros trabalhos de pesquisa que conduziram à 
invenção do feixe de laser foram realizados por Albert Einstein e datam de 1917, 
versam sobre os fenômenos físicos de emissão espontânea e estimulada 
subjacentes ao funcionamento do laser. Townes confirmou experimentalmente em 
1954 o fenômeno através da aplicação da emissão estimulada à amplificação de 
ondas ultracurtas. 
O primeiro LASER, um sólido de rubi, excitado por uma lâmpada fluorescente de 
vapor de mercúrio e filamento helicoidal, foi construído em 1960 por Maimann. 
Poucos meses depois os Laboratórios da AT&T Bell desenvolveram um laser 
gasoso de He-Ne, e somente alguns anos depois surgiria um LASER de CO2. O 
feixe LASER se propaga no ar com pouca divergência, orientando-se por óticas 
sem perder ou alterar suas características físicas, fato este que impulsionou seu 
desenvolvimento. Existem hoje vários tipos, indo do sólido ao gasoso, com 
comprimentos de onda na faixa do Infravermelho (IF) até o Ultravioleta (UV). 
Em uma rápida definição, podemos dizer que o LASER é um dispositivo que 
produz um feixe de radiação. Ao contrário do que se pensa, o que torna este 
processo altamente interessante não é a quantidade de radiação emitida, e sim a 
qualidade desta. Devido a qualidade da radiação LASER, sua utilização em 
soldagem possibilitará a obtenção de determinadas características impossíveis de 
se obter com outros processos. Entre estas características podemos citar: 
• Elevadíssimas velocidades de soldagem;
• Ausências de contato entre a fonte de calor e a peça a soldar;
• Baixa entrega térmica, distorção e ZTA.
Eletrodo Revestido 
Prof. Luiz Gimenes Jr. e Engº José Pinto Ramalho 
O processo de soldagem por arco elétrico com eletrodo revestido consiste, 
basicamente, na abertura e manutenção de um arco elétrico entre o eletrodo 
revestido e a peça a ser soldada. O arco funde simultaneamente o eletrodo e a 
peça. O metal fundido do eletrodo é transferido para a peça, formando uma poça 
fundida que é protegida da atmosfera (O2 e N2) pelos gases de combustão do 
revestimento. O metal depositado e as gotas do metal fundido que são ejetadas, 
recebem uma proteção adicional através do banho de escória, que é formada pela 
queima de alguns componentes do revestimento. 
Fundamentos do Processo: A menos que se solde em uma câmara de vácuo, 
o que é impensável devido ao custo, todos os processos de soldagem por arco 
elétrico precisam de algum tipo de proteção para evitar contaminações da 
atmosfera. No caso do processo de soldagem aqui estudado, será o revestimento 
dos eletrodos que, entre outras coisas, produzirá uma proteção gasosa através de 
sua queima. Antes do estudo propriamente dos revestimentos e suas funções, são 
apresentados os inconvenientes da soldagem com arames sem revestimento (e 
sem proteção gasosa). 
Um eletrodo sem revestimento e sem nenhum outro tipo de proteção, após sua 
fusão perde parte de seus elementos e deposita um metal nitretado e oxidado, 
cujo valor das propriedades mecânicas serão relativamente inferiores as das 
chapas de aço doce. Estes dois elementos químicos (Nitrogênio e Oxigênio), são 
os principais para influenciar a deterioração das propriedades, e são detalhados a 
seguir: 
• Oxigênio: É provado que, durante a fusão de um eletrodo sem revestimento, a maior parte do 
Carbono e do Manganês contidos no aço do eletrodo, são queimados durante a operação de 
soldagem, o que naturalmente irá influenciar as propriedades mecânicas do metal depositado, já que 
as propriedades de um aço dependem basicamente, do seu teor de Carbono e Manganês. O Carbono 
transforma-se em óxido de Carbono (CO), e em dióxido de Carbono (CO2), enquanto o Manganês, 
transforma-se em óxido de Manganês (Mn3O4). O Silício, extremamente ávido pelo Oxigênio, 
queima-se igualmente, dando origem a uma escória de sílica (SiO2). Numerosos ensaios permitem 
concluir que a fusão de um eletrodo sem revestimento e sem a adição de nenhum outro tipo de 
proteção, provoca uma forte oxidação do Carbono, Manganês e Silício. Outras reações químicas são 
menos importantes. Os teores de Enxofre (S) e de Fósforo (P), variam pouco. 
É importante salientar que, os fenômenos de oxidação dependem 
basicamente das condições operatórias e do comprimento do arco. Um 
arco longo (tensão elevada) conduzirá a reações de oxidação mais 
importantes do que um arco curto. Além disto, as características da fonte de 
alimentação elétrica (corrente contínua ou alternada), desde que forneçam 
condições para um arco estável, não terão grande influência sobre estes 
fenômenos. Aqui vale a pena destacar que não é possível soldar com 
eletrodo sem revestimento em corrente alternada com as fontes de 
soldagem convencionais, a menos que se recorra a uma ionização artificial, 
através de uma faísca piloto. 
Além destas reações químicas, o Oxigênio do ar pode ter uma ação direta 
sobre o Ferro. Ele pode, durante a sua transferência para o metal de base e 
ao nível do banho de fusão, formar sobre as gotas uma película de óxidos. 
Este óxido formado tem a solubilidade muito baixa (0,05%) no metal. As 
partículas de óxido serão postas em evidênciaem metalografia, devido a 
precipitarem entre os cristais sobre a forma de FeO quando o grão é 
saturado de óxido. O Oxigênio dissolvido no aço sob a forma de óxido, é 
muito difícil de dosar pelos métodos de análise tradicionais. 
• Nitrogênio: Embora nas operações normais o Nitrogênio não tenha grande afinidade com o Ferro, 
nas altas temperaturas do arco elétrico há a possibilidade de formação de nitrato de Ferro. Mesmo 
que, a quantidade deste nitrato formado seja normalmente muito pequena, ele tem graves 
conseqüências porque tornará a solda frágil, diminuindo a resiliência do metal depositado. 
O Nitrogênio combinado, é difícil de identificar principalmente porque não 
aparece sobre a forma de nitrato, e sim sob a falsa aparência de perlita não 
identificável ao microscópio. Diversos trabalhos mostram que a presença 
destes nitratos aumenta substancialmente a dureza, aumenta em menor 
quantidade a resistência à tração, mas diminui rapidamente o alongamento 
a ruptura e a estricção, a resistência à fadiga e a resiliência. Em suma, 
quando o teor de Nitrogênio ultrapassa o valor de 0,03% há uma diminuição 
nos valores das propriedades mecânicas. 
Fluxograma NR 18 - Condições e Meio Ambiente de trabalho na 
Indústria da Construção 
Fonte: Belgo Siderurgia S.A. - Trefilaria de São Paulo - Equipe de Segurança do 
Trabalho, coordenada pela Engenheira de Segurança do Trabalho Luci Amaral de 
Oliveira.

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