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Regionalização e Domínio Morfoclimático

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REGIONALIZAÇÕES 
 
1. O processo de regionalização 
 
Senso Comum entende a definição de região como referência à localização e à extensão de 
certo fato ou denômeno, ou ser uma alusão a limites mais ou menos habituais atribuídos à 
diversidade espacial. Também pode ser entendido como unidade administrativa, divisão 
regional com objetivo de auxiliar no planejamento e na gestão pública do país. 
Regionalizar, por sua vez, significa organizar um espaço em partes, levando em consideração 
critérios que possibilitam agrupar as regiões a partir de aspectos similares entre si. Os 
critérios para regionalizar são, todavia, diferentes e sofrem alterações ao longo do tempo. 
2. IBGE e delimitações das regiões do Brasil 
O instituto brasileiro de Geografia e Estatística foi criado em 1937 para ajudar às ações de 
planejamento do Estado sobre o território brasileiro. Ele é responsável por crias a divisão 
regional oficial do Brasil. 
A) MACROREGIÕES – A primeira delas dividiu o país em cinco grandes regiões ou 
macroregiões: Norte (menos povoada e possui a floresta amazônica), Nordeste 
(segunda mais populosa, população em situação precária), Sudeste (mais populosa, 
rica e industrializada, tendo graves problemas sociais), Sul (menor extensão, segunda 
mais industrializada e agropecuária desenvolvida) e Centro- Oeste (segunda maior 
em extensão e menos populosa, agropecuária moderna). É um critério com fins 
estatísticos e didáticos, mas insuficiente para planejar políticas públicas. 
 
B) COMPLEXOS REGIONAIS – Em 1967, Pedro. P Geiger propôs a divisão do território 
nacional em três complexos regionais: Centro-Sul (Brasil moderno – sudeste, sul e 
centro-oeste), Nordeste (baixa produtividade agrícola e industrial e disseminação da 
pobreza) e Amazônia (imensa fronteira de recursos com relação frágil em relação ao 
centro econômico do país e aumento da violência pela propriedade de terras). O 
critério utilizado é o de formação histórica, econômica e cultural do país. 
 
C) OS QUATRO BRASIS – Em 1979, Milton Santos e Maria Laura Silveira se utilizam do 
critério do uso das técnicas, tecnologias, transformações do espaço, uso da ciência e 
outros que se relacionam com a dinâmica da 3ª Revolução Industrial. São esses 4 
brasis: Região Amazônica (diversidade de fauna, flora e desmatamento. menor 
densidade demográfica e técnica), Região Nordeste (avanço da agricultura irrigada 
ainda não é tão relevante quanto o turismo), Região Centro-Oeste (agropecuária 
mecanizada e produtiva da soja e carne bovina) e a Região Concentrada 
(industrializada, urbanizada, moderna e diferentes serviços ofertados.). 
 
DOMÍNIO MORFOCLIMÁTICO 
 
1. Conceituação – Cada domínio é caracterizado de acordo com o relevo, o clima e a 
vegetação de uma área do espaço geográfico, menores que um continente. 
Morfoclimático = relevo e clima e Fitogeográfico = vegetação. O modelo estudado 
foi desenvolvido pelo professor Aziz Ab’Saber ao longo das décadas de 60 e 70. 
 
2. Classificações – O total são de 6 “domínios da natureza”: Amazônia, Cerrado, Mares de 
Morros, Caatinga, Araucária e Pradarias. 
 
a) Domínio Amazônico: região Norte / Relevo com planaltos, depressões e planícies / 
Clima equatorial (altas temperaturas e pluvial) / Vegetação perenifólia, latifoliada 
(folhas largas), rica em madeira de lei e densa (dificuldade de entrar a luz solar). / 
Solo pobre em minerais, com fina camada superficial de húmus. Possui três 
subtipos: mata de terra firme (terras altas, árvores grandes) / mata de várzea (área 
que inunda periodicamente por conta dos rios que enchem) / igapó (área de 
floresta sempre alagada que tem plantas aquáticas como a vitória régia). O 
principal problema é o desmatamento que sofre para atividades econômicas se 
desenvolverem, como o cultivo de soja, áreas de pastagens, queima dos solos, 
atividades madeireiras e mineração. 
 
b) Domínio Caatinga: centro da Região Nordeste / Relevo com planaltos e depressões 
/ clima semiárido (altas temperaturas e baixa incidência pluvial) / Vegetação 
xerófila, espinhosa, com capacidade de armazenar água no interior. É a terceira 
região mais alterada e ameaçada, tendo 60% da vegetação desmatada e rápido 
processo de desertificação. A pouca disponibilidade de água, a pequena 
extensão e as práticas agrícolas e pecuárias são motivos para o processo de 
desertificação. Apesar da aparência, possui diversas espécies que se quer foram 
catalogadas. 
 
 
c) Domínio do Cerrado – Região Centro-Oeste / Relevo com planaltos e chapadões / 
Clima predominantemente tropical típico com uma estação seca, o inverno / 
Vegetação arbustiva, árvores de médio porte e distantes entre si, de troncos e 
galhos retorcidos e casca grossa / Segundo ecossistema mais modificado pela 
ocupação humana, e seu desmatamento ameaça principalmente o abastecimento 
de água do Brasil pois possui as nascentes de rios, bacias hidrográficas. Sua área é 
pouco protegida pela Unidade de Conservação. Abertura de rodovias, construção 
de Brasília na década de 1950, as queimadas do agronegócio são os principais 
ameaças para este domínio. Ocorrem incêndios de origem natural neste domínio, 
o que se diferem das queimadas, pois há espécies que precisam do choque 
térmico para germinar. 
d) Domínio Mares de Morros – Região Sul até a Nordeste, na costa. / Relevo com 
serras, morros arredondados e planícies litorâneas / Clima tropical úmido, sem 
estação seca / Vegetação perene e latifoliada, possui estratos florestais como 
herbáceo, arbustivo e arbóreo, a Mata Atlântica. A devastação endêmica do 
Período Colonial, pela extração do pau brasil, café, e crescimento urbano-
industrial são o motivo de restarem apenas 7% da vegetação original 
distribuídas ao longo do litoral. 
 
e) Domínio dos Planaltos Araucários - Região Sul, altas/ Relevo com planaltos e 
chapadas / Clima subtropical, com chuvas bem distribuídas pelo ano, co verões 
quentes e invernos frios (massa polar atlântica, produz a geada)/ Vegetação 
conífera e aciculifoliada (folha em formato de agulha) Floresta de araucárias ou 
mata dos pinhais ( pinheiros-do-paraná foram explorados por imigrantes italianos 
e alemães para construir casas e móveis). A indústria de celulose (papel), e 
moveleira são as principais responsáveis pelo grande desmatamento deste 
domínio. 
 
 
f) Domínio do Pantanal – No meio da América do Sul, pegando Parte do Mato 
Grosso, do Mato Grosso do Sul, da Bolívia e do Paraguai . É uma paisagem de 
exceção pois é a faixa de transição entre o Cerrado e a Amazônia. Não seria um 
domínio para Aziz, mas é para Marcelo Dantas. / Relvo de planície / Clima tropical 
típico / Vegetação com mistura de biomas da Mata Atlântica, Chaco, Amazônia e 
Cerrado. A pecuária extensiva, desmatamento para produção de carvão, pesca, 
caça, gerimpo de ouro e pedras preciosas, são alguns exemplos dos problemas de 
desmatamento enfrentados neste domínio. 
 
g) Domínio das Pradarias – Região Sul (Rio Grande do Sul) / Relevo com pequenas 
colinas (coxilhas) / Clima Subtropical, temperaturas baixas (massa polar atlântica) 
Vegetação rasteira e gramínea, com matas de galeria nas margens do rio / O 
pisoteio constante do gado compacta o solo e a monocultura reduz sua fertilidade, 
produzindo arenização, principal problema deste domínio.

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