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A VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO
NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE
 Acadêmicos: Alain G. Motta, Camila Luz, Célia Pacheco e Mirian K. Santos
Tutor Externo: Raquel Pavin
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Serviço Social (SES0394) – Seminário Interdisciplinar I
14/12/2016
RESUMO
Neste trabalho abordaremos a violência contra o idoso que se apresenta de diversas formas. O abandono, o descaso, a pressão psicológica e a agressão física atingem idosos de todas as classes sociais. Na maioria das vezes a agressão é cometida por pessoas da própria família, pessoas próximas ou conhecidas. O abandono em Instituições de Longa Permanência para Idosos(ILPIS) a negligência e o descaso são também formas de violência que muitas vezes passam despercebidas. Através dos dados coletados para a pesquisa documental, observamos que o número de casos de maus tratos contra idosos vem crescendo assustadoramente , gerando discussões e debates que buscam soluções, criando estratégias de enfrentamento para se reverter este quadro lamentável.
Palavras-chave: Violência contra o idoso. Abandono. Descaso.
1 INTRODUÇÃO
A violência contra a pessoa idosa é um fenômeno que cada vez mais ganha visibilidade em nossa sociedade. A agressão a população acima de 60 anos vem de diversas formas, a falta de carinho e atenção, a pressão psicológica, o descaso e a agressão física que muitas vezes pode resultar em morte. Essa violência ocorre em alguns casos no âmbito familiar.
Primeiramente buscamos identificar os tipos de violência, e de que forma ela ocorre. Num segundo momento analisamos os dados da violência em Porto Alegre e posteriormente vamos descrever os serviços que atendem a população idosa vítima de violência.
2. UMA ANÁLISE DA VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS
Infelizmente a violência tem se tornado comum nos dias de hoje, principalmente a violência contra a pessoa idosa em suas diversas manifestações. Contudo podemos afirmar que não é exatamente uma novidade a questão da negligência contra as pessoas idosas. Porém este tema só despertou o interesse da comunidade científica a pouco mais de vinte anos. (FREITAS, et. a.l., 2006)
Acredita-se que a violência contra idosos tem sua origem baseada em preconceitos, ideias equivocadas e ultrapassadas, pois geralmente as ideias que povoam o imaginário popular, no que diz respeito a questão social da violência contra os idosos, tem um aspecto negativo quanto ao envelhecimento. A sociedade mantém um certo preconceito, considerando que os idosos inativos no mercado de trabalho não tem mais utilidade e poderiam ser descartados. (MINAYO, 2005)
A violência praticada contra os idosos é inaceitável, pois o idoso quer e merece ser respeitado por todos. É dever de todo cidadão, respeitar os idosos. “Não me rejeites no tempo velhice, quando me faltarem as forças, não me desampares.” (BÍBLIA, N.T. Salmos, 71:9).
Destaca-se a família como principal suporte para os idosos, mas infelizmente nem todas tem capacidade ou estrutura para lidar com suas necessidades e cuidados. O idoso precisa sentir-se seguro e acolhido. Nossos idosos merecem ser tratados com dignidade, respeito e dedicação.
Infelizmente nem sempre os idosos são respeitados como deveriam, e por vezes o abuso, ou a violência é praticada por pessoas em que o idoso mais confia, ou depende, como familiares, vizinhos, cuidadores, etc. A vítima geralmente é mulher com mais de 75 anos e vive com os familiares. Uma pessoa passiva, frágil e dependente, que sem outras opções tem dificuldades em escapar do abuso ou da violência. (GUIMARÃES e CUNHA, 2004)
Concordamos com Minayo (2014, p.7), quando afirma que, “[...] a conscientização social sobre fenômeno é unânime ao qualificar essa violência como um atentado contra os direitos humanos. ”
Sabemos que é possível prevenir. É necessário superar. Não devemos encarar a violência como algo natural, devemos sim buscar soluções para erradicar a violência e respeitar os direitos dos idosos.
O idoso não quer e não deve ser humilhado, envergonhado ou rejeitado na sua velhice.
2.1 TIPOS DE VIOLÊNCIA PRATICADOS CONTRA IDOSOS
De acordo com o Ministério da Saúde (2016) os tipos de violência mais praticados contra a pessoa idosa são: os maus tratos físicos (coagir a pessoa a fazer o que não deseja, provocar-lhe dor, incapacidade ou em casos extremos, a morte).
A violência psicológica (humilhar, isolar ou restringir a liberdade com agressões verbais ou gestuais), a violência sexual (ato ou jogo sexual, de caráter homo ou heterossexual, utilizando pessoas idosas). Também estão na lista do Ministério da Saúde (2016), o abandono ou deserção dos responsáveis (Estado, Instituição ou Família) de socorro a pessoa idosa que necessite de proteção.
Ainda segundo o Ministério da Saúde (2016) a negligência, recusa ou omissão dos responsáveis (familiares ou instituições) em prestar os cuidados devidos e necessários a pessoa idosa, o abuso financeiro e econômico através da exploração ilegal ou uso não consentido de seus recursos financeiros e patrimoniais.
E finalmente a autonegligência, quando existe a ameaça por parte da pessoa idosa de se recusar a prover os cuidados necessários a si mesma, para a sua saúde ou segurança. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2016)
Hoje em dia a violência contra o idoso acontece em vários lugares, podendo estar diretamente relacionada com a cultura própria de determinadas comunidades, também podem existir conflitos de gerações, de exploração pelos filhos, questões de gênero e de sexualidade, somadas ou agravadas por dificuldades financeiras. Os fatores que podem desencadear a violência são diversificados, porém não podem servir como desculpa para justificar o abuso ou a violência contra idosos.
2.2 A VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS EM PORTO ALEGRE
O número de maus tratos contra idosos cresceu quase 400% no Rio Grande Do Sul nos últimos 10 anos. Em 2005, eram 81 registros enquanto que no ano de 2014 foram 395 ocorrências. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública no Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra o Idoso (15 de junho). Porto Alegre é a cidade com mais casos de maus tratos em 2014, com 139, seguida de Canoas 	que registrou 42 casos, Santa Maria 31 e Pelotas com 25.
2.3 DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA OS IDOSOS NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE
A lesão corporal seguida de morte dobrou em 2014 se comparando a 2013, chegando a 10 casos. Já a lesão corporal contra idosos cresceu mais de 30% em 10 anos. Em comparação a 2013, o ano de 2014 apresentou uma pequena redução de 0,4%, ainda assim foram mais de 3,7 mil idosos agredidos, segundo a Secretária de Segurança Pública de Porto Alegre (2015).
Outro número que preocupa nos dados divulgados pela Secretária é o da apropriação indébita de bens dos idosos, nos 10 anos os registros aumentaram 239%. Em 2014 os casos cresceram 10%, foram 197 contra 178 no ano anterior. O abandono do idoso também teve acréscimo de 324% desde 2005, ano em que registrou 29 casos. Em 2014 foram 123 vítimas de abandono.
A prefeitura de Porto Alegre divulgou em 15/06/2015 dados referentes a violência contra o idoso no ano de 2015. Nos primeiros 6 meses de 2015, foram registrados 124 casos de violência na capital, número equivalente a 75% do registrado em todo ano de 2014.
Os crimes contabilizados são: homicídio doloso, lesão corporal, maus tratos e violação de correspondência. Na categoria de crimes contra o patrimônio foram 131 casos em 2015 contra 304 em todo o ano de 2014.
Com objetivo de conscientizar a população da capital gaúcha sobre a violência sofrida pelos idosos, o vereador Márcio Bins Ely (PDT) criou a semana municipal de combate a violência contra a pessoa idosa, que teve início no dia 15 de junho, Dia Mundial de Conscientização da Violência contra o Idoso. 
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2050 uma em cada cinco pessoas será idosa, ou seja, 20% da população mundial. De acordo com dados do IBGE, o censo de 2010 aponta Porto Alegre como a capital com maior número de idosos do país, totalizando 211.896 pessoas com mais de 60 anos,um percentual de 15,04% dos habitantes. Nos últimos anos houve um aumento significativo da população idosa na capital gaúcha que passou de 11.8% no ano de 2000, para 15% (211.896) em 2010. Em 2000, 12,8% dos 20.575 idosos estavam com idade de 80 anos ou mais, enquanto que em 2010 este percentual subiu para 16,9% (35.605).
Estes dados demográficos apontam para um envelhecimento rápido e com uma expectativa de vida aumentando cada vez mais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. O mundo está no centro de uma transição demográfica irreversível que irá resultar em populações mais velhas em todos os lugares. A proporção de pessoas com 60 anos ou mais deve triplicar, alçando dois bilhões em 2050, sendo que 80% destas viverão em regiões menos desenvolvidas. No Brasil, no Rio Grande do Sul e em Porto Alegre, a população tem aumentado de forma constante e representando um percentual do total da população cada vez maior nos últimos 30 anos. Na mesma proporção em que aumenta o índice da população idosa, aumenta também o número de casos de violência contra idosos. A maioria das vítimas, segundo os dados é composta por mulheres aposentadas. (Plano Municipal da Pessoa Idosa de Porto Alegre; 2016, pág.23)
A negligência, a violência psicológica e o abuso financeiro são as violações mais comuns praticadas contra idosos. Conforme as estatísticas, 84% dos casos ocorrem em casa e em 82% deles, a violência é diária.
2.4 LEGISLAÇÃO SOBRE O TEMA
Com a finalidade de garantir o pleno exercício de cidadania aos idosos, foi criado o estatuto do Idoso, ou seja, uma lei federal que ao longo de seus 118 artigos, se destina a regulamentar os direitos dos idosos, desde questões fundamentais até as garantias prioritárias.
Em 1º de outubro de 2003 entrou em vigor a Lei Nº 10.741 de Autoria do Senador Paulo Paim (PT-RS) criando o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos no qual podemos destacar de acordo com o Estatuto do Idos (2003,p.5):
Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.
Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais a pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito a vida, a saúde, a alimentação, a educação, a cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, a cidadania, a liberdade, a dignidade, ao respeito e a conivência familiar e comunitária.
Art. 4º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão e todo atentado aos seus direitos por ação ou omissão, será punido na forma da Lei.
§1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.
Art. 93 Aplicam-se as disposições da Lei Nº 7.347, de 24 de julho de 1985.
Art. 94 Aos crimes previstos nesta Lei cuja pena máxima privativa de liberdade e não ultrapasse 4 anos, aplica-se as disposições do código penal.
Sobre os crimes em espécie (Cap. II), o Estatuto do Idoso, destaca;
Art. 97 Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência a saúde, sem causa ou não pedir nesses casos, o socorro de autoridade pública.
Art. 98 Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas obrigadas por lei ou mandado.
Art. 99 Expor a perigo a integridade e a saúde física ou psíquica do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a faze-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado.
Apesar da existência de leis destinadas a regular os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, muitas vezes os idosos tem seus direitos básicos violados, ou se tornam vítimas da violência. Para evitar ou amenizar tais circunstâncias o Município de Porto Alegre disponibiliza diversos programas e serviços destinados especificamente aos idosos.
3 SERVIÇOS EXISTENTES – MAPEAMENTO DA CIDADE DE PORTO ALEGRE
A capital gaúcha recebeu da OMS (Organização Mundial da Saúde) a certificação de “Cidade Amiga do Idoso”, no dia 22/10/2015, em cerimônia realizada na Federasul.
O município de Porto Alegre é a capital brasileira com maior percentual de idosos e se preocupa a bastante tempo com a sua qualidade de vida. Dentro dos programas e serviços oferecidos aos idosos que a cidade realiza destacam-se, a moradia como prioridade nos projetos habitacionais, a saúde agendando por telefone as consultas, acesso a medicamentos gratuitos e assistência domiciliar, oferecendo atividades integrativas entre crianças e idosos, adequações de praças e espaços públicos. E nas políticas públicas estratégicas, o plano municipal do idoso, elaborado pela Secretaria Adjunta do Idoso vem reforçar a garantia dos direitos dos idosos no município de Porto Alegre.
Na área de esportes são desenvolvidas atividades na área de promoção a saúde, esporte, recreação e lazer.
Na área de Assistência Social, disponibiliza proteção social básica, presta serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para idosos por meio de 52 grupos de convivência que atendem semanalmente 1.700 idosos em situação de vulnerabilidade social.
Também podemos destacar o COMUI (Conselho Municipal do Idoso) que tem por finalidade orientar e encaminhar as mais diversas situações. As principais situações recebidas são as de conflito familiar, abandono, negligência, violência e idosos em situações de vulnerabilidade. O COMUI está localizado na Rua Uruguai 155/9ºandar no Centro Histórico de Porto Alegre. O telefone para contato é 51 3289-6695.
Porto Alegre conta ainda com o Centro de Referência as Vítimas de Violência (CRVV), que atende idosos vítimas de violência, acolhendo, orientando e encaminhando de acordo com cada caso. Este centro esta diretamente vinculado a Secretaria de Direitos Humanos do Município. Atende de 2ª a 6ª feira, das 8:30 as 12hrs e das 13:30 as 18hrs, com endereço na Rua dos Andradas, 1643/5º andar, no Centro de Porto Alegre. O atendimento pode ser feito via telefone pelo 0800 6420100 ou presencialmente.
Vale ressaltar uma nova conquista para a população idosa de Porto Alegre, gerada a partir do trabalho conjunto da Secretaria Adjunta do Idoso e o COMUI, em 24 de novembro de 2015 na reunião plenária que resultou no Plano Municipal da Pessoa Idosa. O plano que foi desenvolvido com o objetivo de definir políticas, objetivos, responsabilidades a serem alcançadas para a melhor qualidade de vida da pessoa idosa, especialmente os que precisam de maiores cuidados, priorizando o atendimento aos idosos em situação de vulnerabilidade e risco social. E por fim, o Plano Municipal da Pessoa Idosa reafirma ao traduzir a Política Municipal da Pessoa Idosa para o triênio (2016-2018), e assim construindo coletivamente compromete todos os órgãos e entidades governamentais a congregarem esforços para realizar cada uma das ações propostas tornando o município de Porto Alegre espaço propício a violência da cidadania plena da pessoa idosa de qualquer condição econômica ou social.
Quanto aos registros de ocorrências e denúncias mais graves envolvendo idosos podem ser feitas na Delegacia de Polícia de Proteção ao Idoso, no seguinte endereço: Av. Ipiranga, 1803 – Bairro Santana/POA, fone 51 3288-2390, de segunda a sexta nos horários das 8:30 as 12hrs e das 13:30 as 18hrs. Fora desses horários as ocorrências podem ser registradas em qualquer outra delegacia de Polícia Civil. Dependendo do tipode violência sofrida, as vítimas podem ser encaminhadas para os seguintes serviços, na Assistência Social através do CRAS, Serviços de Saúde para casos de violência física, Ministério Público, Defensoria Pública, COMUI e/ou CRVV. A nível nacional as denúncias podem ser feitas através de discagem direta e gratuita ao disque 100.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muitas das práticas abusivas na atualidade nada tem de novo. O que está mudando realmente é a consciência social e de cidadania relativamente aos direitos do homem, mas a violência contra os mais frágeis e vulneráveis, como os idosos continua, ou ainda se mantém com imensas e graves repercussões a nível familiar, social, econômico, político e cultural. De fato, declarações, resoluções e mesmo as leis, ainda que fundamentais não tem sido suficientes para mudar valores e mentalidades e acabar com este tipo de abuso de poder.
Os dados sobre violência contra idosos são preocupantes e assustadores. É preciso reavaliar conceitos, rever políticas públicas, nos qualificar mais, para que haja uma maior conscientização do valor e das contribuições da pessoa idosa para a sociedade.
Os idosos merecem respeito e dignidade para que possam desfrutar desta fase da vida como realmente merecem, com qualidade de vida e valorização.
Pode se dizer que os idosos são os guardiões das nossas tradições culturais e sociais e suas experiências de vida são fonte de riqueza para aqueles que sabem trata-los com o respeito e a dignidade que merecem.
É dever de todos os cidadãos se esforçarem na busca de estratégias e soluções para a questão da violência contra os idosos. É necessário prevenir, É possível superar.
REFERÊNCIAS 
BÍBLIA, Novo Testamento (Salmos, 71:9)
SCHLEE, Cleunice. 15 de junho é Dia de Conscientização da Violência contra o Idoso. Disponível em: <http://www.camarapoa.rs.gov.br/noticias/15-de-junho-e-dia-de-conscientizacao-da-violencia-contra-o-idoso>. Acesso em 19 jun. 2016.
BRASIL. Estatuto do Idoso: Lei federal nº 10741 de 1º de outubro de 2003. Brasília: Imprensa Oficial, 2003. 
FORTUNA, Maria Eduarda. Casos de maus tratos contra idosos crescem 400%. Disponível em: <http://gaucha.clicrbs.com.br/rs/noticia-aberta/casos-de-maus-tratos-contra-idosos-crescem-quase-400-em-10-anos-140357.html>. Acesso em 2 ago. 2016.
GUIMARÃES, Renato Maia; ULISSES, Gabriel Cunha. Sinais e Sintomas em Geriatria. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
MINAYO, Maria Cecília; Plano de Ação para de Enfrentamento da Violência Contra a Pessoa Idosa, 2014.
SOCIAL, Comunicação. Em 2030, cerca de 40% da população brasileira deverá ter entre 30 e 60 anos. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/13042004sintese2003html.shtm>. Acesso em 20 jul. 2016.

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