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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFG Disciplina: Hidrologia Data: 02/06/2020 Docente: Luísa Magalhães Araújo Semestre: 5º Discentes: Jean dos Santos Alves Junior, Marcelo Santos Costa Filho, Víctor Breno de Amorim Ribeiro e Wellison Junior Macena Rocha. Métodos de Evapotranspiração Método de Thornthwaite O método de Thornthwaite é bastante utilizado para fins climáticos. Esse método foi desenvolvido para condições de clima úmido, já para regiões de clima seco apresenta um resultado aproximado para ETP (Evapotranspiração Potencial), tornando-se uma limitação. Foi baseado pela relação entre os dados de evapotranspiração média mensal e pela temperatura do ar. Sendo a primeira, com uma condição padrão de 12h de fotoperíodo, para um mês de 30 dias e a última como uma variável independente. O método de Thornthwaite é dada pela seguinte equação: ETPp = 16 �10 𝑇𝑇𝑇𝑇 𝐼𝐼 � 𝑎𝑎 𝑇𝑇𝑇𝑇 > 0 º𝐶𝐶 a = 6,75 × 10−7 ∙ 𝐼𝐼3 − 7,71 × 10−5 ∙ 𝐼𝐼2 + 1,7912 × 10−2 ∙ 𝐼𝐼 + 0,49239 𝐼𝐼 = �(0,2𝑇𝑇𝑇𝑇)1,514 12 𝐼𝐼=1 𝑇𝑇𝑇𝑇 > 0 º𝐶𝐶 Sendo: Ti = temperatura média mensal (ºC), o subscrito “i” representa determinado mês do ano; I e a = índices de calor da região. Para realizar uma estimativa da evapotranspiração potencial mensal (ETP, mm/ mês) para um mês qualquer é necessário aplicar um fator de correção, como pode se observar a seguir: 𝐸𝐸𝑇𝑇𝐸𝐸 = 𝐸𝐸𝑇𝑇𝐸𝐸𝐸𝐸 ∙ 𝑁𝑁 12 ∙ 𝑁𝑁𝑁𝑁 30 Sendo: N = fotoperíodo médio mensal; ND = número de dias do período analisado. Método de Hargreaves-Samani O método de Hargreaves-Samani foi desenvolvido para regiões de clima seco. Baseando-se na temperatura média do ar e na amplitude térmica, sendo seus dados obtidos por meio do lisímetro, com gramado. Uma de suas vantagens é que pode ser aplicado em regiões de clima áridos e semiáridos, como por exemplo no nordeste e sudeste. Esse método não se aplica no clima úmido. Hargreaves-Samani propôs na sua equação a estimativa de evapotranspiração em função da temperatura e da radiação extraterreste, como podemos ver na equação a seguir: 𝐸𝐸𝑇𝑇𝑜𝑜 = 0,0023 ∙ 𝑄𝑄𝑜𝑜 ∙ (𝑇𝑇𝑚𝑚𝑎𝑎𝑚𝑚 − 𝑇𝑇𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚)0,5 ∙ (𝑇𝑇𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 + 17,8) ∙ 𝑁𝑁𝑁𝑁𝐸𝐸 Sendo: 𝑄𝑄𝑜𝑜 = Irradiância solar extraterrestre (𝑚𝑚𝑚𝑚/𝑑𝑑𝑇𝑇𝑑𝑑); 𝑇𝑇𝑚𝑚á𝑚𝑚= temperatura máxima (ºC); 𝑇𝑇𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = temperatura mínima (ºC); 𝑇𝑇𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = temperatura média diária (ºC); NDP = número de dias do período analisado. Já para regiões onde o Tmáx e Tmin são diretamente dependentes da altitude, Hargreaves-Samani propuseram que ETo, se desse pela seguinte equação: 𝐸𝐸𝑇𝑇𝑜𝑜 = 𝑄𝑄𝑜𝑜 ∙ [0,348 − 5 × 10−5 ∙ ℎ] ∙ [1 − 0,0002 ∙ ℎ]0,5 Onde h = é a altitude (m). Em locais próximos ao nível do mar, em que “h” é próximo de 0, a equação se reduz a 𝐸𝐸𝑇𝑇𝑜𝑜 = 0,348 ∙ 𝑄𝑄𝑜𝑜 . Em áreas onde o Tmáx e Tmin são constantes, eles propuseram um coeficiente (Kr) que varia com a altitude e com o total de chuva no período. Dada pela seguinte equação: 𝐸𝐸𝑇𝑇𝑜𝑜 = 𝐾𝐾𝑟𝑟 ∙ 𝑄𝑄𝑜𝑜 O coeficiente “Kr” sofre três variações de valores médios semanais: Kr = 0,36 (para semanas sem chuvas); Kr = 0,33 (para semanas com total de chuvas <50mm); Kr= 0,29 (para semanas com total de chuvas >50mm). Método de Penman-Monteith O método de Penman-Monteith é destaque, pois apresenta um melhor desempenho quando se aplica em distintos tipos de climas, em comparação aos outros métodos. Por este motivo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) recomenda sua utilização como modelo padrão para estimar a ETo, porém, para utilizar esse método é necessário ter conhecimento de várias variáveis meteorológicas, que nem sempre podemos encontrar em algumas localidades. Sendo assim se torna mais adequada por representar influência da componente do balanço de energia e da componente aerodinâmica, sendo representada pela seguinte equação: 𝐸𝐸𝑇𝑇𝑜𝑜 = 0,408 ∙ ∆ ∙ (𝑅𝑅𝑅𝑅 − 𝐺𝐺) + 𝛾𝛾 ∙ 900 ∙ 𝑈𝑈2 ∙ (𝑒𝑒𝑠𝑠−𝑒𝑒𝑎𝑎)𝑇𝑇 + 273 ∆ + 𝛾𝛾 ∙ (1 + 0,34 ∙ 𝑈𝑈2) ∆ = declividade da curva de pressão de vapor em relação à temperatura (kPaºC); Rn = é o saldo de radiação diário (𝑀𝑀𝑀𝑀𝑚𝑚−2𝑑𝑑𝑇𝑇𝑑𝑑−1); G = é o fluxo total diário de calor no solo (𝑀𝑀𝑀𝑀𝑚𝑚−2𝑑𝑑𝑇𝑇𝑑𝑑−1); 𝛾𝛾 = coeficiente psicrométrico (𝑘𝑘𝐸𝐸𝑑𝑑º𝐶𝐶−1); 𝑈𝑈2 = velocidade do vento a 2 m de altura (𝑚𝑚𝑚𝑚−1); 𝑒𝑒𝑠𝑠= pressão de saturação de vapor (kPa); 𝑒𝑒𝑎𝑎= pressão atual de vapor (kPa); T = temperatura média do ar (ºC). Quanto aos valores de "Rn", "G", "𝑈𝑈2" e "T" eles serão medidos na estação meteorológica, já os valores de "∆", "𝛾𝛾", "𝑒𝑒𝑠𝑠" e "𝑒𝑒𝑎𝑎" necessita-se calcular. Para se calcular "∆" é pela seguinte expressão: ∆ = 4089 �0,6108 ∙ 𝑒𝑒𝑒𝑒𝐸𝐸 � 17,27 ∙ 𝑇𝑇𝑇𝑇 + 237,3�� (𝑇𝑇 + 237,3)2 Sendo, exp à base do logaritmo natural “e” (2,71828) elevado ao valor que está entre parêntesis. O coeficiente "𝛾𝛾” é calculado pela expressão: 𝛾𝛾 = 0,665 × 10−3 ∙ 𝐸𝐸𝑑𝑑𝑃𝑃𝑚𝑚 Onde, Patm é a pressão atmosférica local (kPa) que, por sua vez, pode ser calculada com base na altitude do local (h) estudado: Patm = 101,3 ∙ � 293 − 0,0062 ∙ ℎ 293 � 5,26 Sendo, “h” a altitude do local (m). A variação entre "𝑒𝑒𝑠𝑠" e "𝑒𝑒𝑎𝑎" é chamado de déficit de saturação. Esses valores podem ser calculados da seguinte forma: 𝑒𝑒𝑠𝑠 = 0,6108 ∙ 𝑒𝑒𝑒𝑒𝐸𝐸 � 17,27 ∙ 𝑇𝑇 𝑇𝑇 + 237,3 � 𝑒𝑒𝑎𝑎 = � 𝑒𝑒𝑠𝑠 ∙ 𝑈𝑈𝑅𝑅 100 � Onde, UR é a umidade relativa média do ar (%), sendo fornecida pela estação meteorológica. Referências: Agroclimatologia, Evapotranspiração. 2011. Disponível em: <https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/68/o/aula8_Evapotranspiracao.pdf>. Acesso em: 05 de maio de 2020. CONCEIÇÃO, Marco Antônio Fonseca. Roteiro de cálculo da evapotranspiração de referência pelo método de Penman Monteith-FAO. 2006. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPUV/8815/1/cir065.pdf>. Acesso em 16 de maio de 2020. Estimativa da Evapotranspiração. 2016. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2196021/mod_resource/content/1/CA P11Estimativa%20da%20Evapotranspira%C3%A7%C3%A3o.pdf>. Acesso em: 06 de maio de 2020. PORTO, Rubem La Laina, FILHO, Kamel Zahed. Evapotranspiração. 2003. Disponível em: <https://pt.scribd.com/document/400812465/ApostEvapot-pdf>. Acesso em: 13 de maio de 2020. SYPERRECK, Vera Lucia Greco, KLOSOWSKI, Elcio Silvério, GRECO, Marcelo, FURLANETTO, Cleber. Avaliação de desempenho de métodos para estimativas de evapotranspiração de referência para a região de Palotina, Estado do Paraná. 2008. Disponível em:< https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807- 86212008000500001>. Acesso em: 07 de maio de 2020. VALLORY, Natan Didoné. Avaliação comparativa da evapotranspiração de referência em três localidades no estado do Rio de Janeiro por meio de diferentes métodos empíricos. 2015. Disponivel em: <http://www.florestaemadeira.ufes.br/sites/florestaemadeira.ufes.br/files/field/an exo/tcc_natan_didone_vallory.pdf>. Acesso em 15 de maio de 2020. https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/68/o/aula8_Evapotranspiracao.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPUV/8815/1/cir065.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2196021/mod_resource/content/1/CAP11Estimativa%20da%20Evapotranspira%C3%A7%C3%A3o.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2196021/mod_resource/content/1/CAP11Estimativa%20da%20Evapotranspira%C3%A7%C3%A3o.pdf https://pt.scribd.com/document/400812465/ApostEvapot-pdf https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-86212008000500001https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1807-86212008000500001 http://www.florestaemadeira.ufes.br/sites/florestaemadeira.ufes.br/files/field/anexo/tcc_natan_didone_vallory.pdf http://www.florestaemadeira.ufes.br/sites/florestaemadeira.ufes.br/files/field/anexo/tcc_natan_didone_vallory.pdf
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