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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE APUCARANA/PR CRISTIANO, menor, solteiro, representado pela sua genitora, sra. MARGARIDA, brasileira, solteira, trabalhadora rural, portadora do documento de identidade RG nº XX.XXX.XXX-X, inscrita no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, domiciliada e residente no município de Londrina/PR, por intermédio de seu bastante procurador signatário, conforme instrumento de procuração anexo, portador da inscrição profissional OAB, vem, perante Vossa Excelência, com todo o acatamento e respeito, com fundamento no art. 528 do Código de Processo Civil, propor CUMPRIMENTO DE SENTENÇA DE ALIMENTOS PELO RITO DE PRISÃO Em face de FRANCISCO, brasileiro, casado, empresário, portador do documento de identidade RG nº XX.XXX.XXX-X, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, domiciliado e residente no município de Londrina/PR, pelos motivos de fato e de direito a seguir deduzidos. I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA A exequente declara para todos os fins de direito e sob as penas da lei, que não tem condições de arcar com as despesas inerentes ao presente processo, sem prejuízo do seu sustento e de sua família, necessitando portando da Gratuidade da Justiça, nos termo dos artigos 98 e 99 da Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil). II - DOS FATOS A representante do menor na data xx/xx/xxxx, propôs ação de alimentos gravídicos com o pedido de tutela provisória de urgência, nesta mesma vara, em face do genitor do menor, no qual foi concedido a tutela, obrigando o genitor a prestar alimentos no valor mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais), pedindo ainda que os alimentos gravídicos fossem convertidos em pensão alimentícia, após o nascimento da criança. A sentença julgou procedente o pedido e como não houve recurso do réu, ocorreu o trânsito em julgado da sentença. Ocorre que, já se passaram dois meses desde o nascimento do menor, e o réu está o mesmo período de tempo sem pagar os devidos valores de pensão, alegando que estava obrigado ao pagamento somente durante o período de gestação, sendo que claramente a pensão alimentícia se tornou obrigatória a partir do nascimento de Cristiano, sendo o genitor obrigado, devido à sentença procedente, a pagar os mesmos valores mensais, ao qual foi condenado. Acontece que a genitora encontra-se em difícil situação, já que está prestes a ser despejada do imóvel no qual reside e não tem condições de prover as necessidades quais Cristiano necessita. Por isso, Cristiano necessita da pensão alimentícia, esta que seu genitor, o réu em questão, ficou obrigado pela justiça, de prover ao mesmo. III – DOS DIREITOS DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA QUE RECONHEÇA A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PRESTAR ALIMENTOS https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/lei-13105-15 De acordo com o art. 528 do CPC/15, a pedido do exequente, o juiz deverá intimar o executado, sendo que este deve efetuar o pagamento dos valores em débito, no prazo de 3 (três) dias, tendo esse que provar que o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo: “Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.” DO PROTESTO DO PRONUNCIAMENTO JUDICIAL E DA DECRETAÇÃO DA PRISÃO Segundo o § 1º do mesmo art. 528 do CPC, caso o executado no prazo ao qual ficou estipulado, não prove o pagamento dos valores devidos ou não justifique a impossibilidade da efetuação do pagamento, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial. E caso o executado não prove o pagamento ou não apresente a justificativa, o juiz, além do protesto do pronunciamento judicial, pode também decretar a prisão do executado, pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses, como se verifica no § 3º do mesmo artigo: “§1º Caso o executado, no prazo referido no caput, não efetue o pagamento, não prove que o efetuou ou não apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 517. §3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.” Além disso, a omissão do executado em pagar os alimentos, ofende a dignidade da pessoa humana, o qual está contido na Constituição Federal no artigo 1º, inciso III. Visando a melhor qualidade de vida do menor, percebe-se que o não pagamento da pensão alimentícia, obsta a possibilidade do menor em ter uma melhor qualidade de vida ou ao menos uma condição básica para a sua subsistência. IV – DOS PEDIDOS Ante o exposto, pede-se que seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE a presente ação, para tanto requer: a) A concessão da JUSTIÇA GRATUITA, nos termos do art. 98 do CPC; b) Que o executado seja intimado a pagar as pensões em atraso e as que se vencerem no curso do processo; c) Caso decorrido o prazo o executado não pague, requer que Vossa Excelência decrete a prisão do executado, com base no artigo 528, § 7o do CPC; d) Que o Ministério Público seja intimado para atuar no feito, conforme o artigo 178, inciso II do CPC; e) A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, § 2º, do CPC. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, principalmente prova documental, oral e pericial. Dá-se a presente causa o valor de R$ XXXXX,XX Nestes termos, pede-se o deferimento. Apucarana/PR, XXXXXX de XXXX. Advogado OAB Assinado digitalmente
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