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FACULDADES INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS – FUNORTE CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL CLAUDINEI RODRIGUES DE QUEIROZ PAULA AQUINO ESCOBAR SUZYANNY DIAS GUSMÃO DESENVOLVIMENTO DE ARGAMASSA COM ADIÇÃO DA FIBRA DE BANANEIRA PARA O COMBATE DE PATOLOGIAS (FISSURAS) MONTES CLAROS – MG 2019 CLAUDINEI RODRIGUES DE QUEIROZ PAULA AQUINO ESCOBAR SUZYANNY DIAS GUSMÃO DESENVOLVIMENTO DE ARGAMASSA COM ADIÇÃO DA FIBRA DE BANANEIRA PARA O COMBATE DE PATOLOGIAS (FISSURAS) Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do curso de Graduação em Engenharia Civil das Faculdades Integradas do Norte de Minas – FUNORTE, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Área de concentração: Construção Civil Orientador: Esp. Suzyanny Dias Gusmão MONTES CLAROS – MG 2019 RESUMO Introdução: A preocupação com o meio ambiente tem aumentado significativamente, e com isso a construção civil vem buscando novas maneiras de aprimorar o uso de materiais ecologicamente corretos, como forma de minimizar a degradação do meio ambiente e explorar os recursos naturais de forma consciente. A argamassas de reboco com o uso de fibra de bananeira tem como vantagens a utilização de uma matéria orgânica bastante disponível na atualidade (a bananeira) por ser umas das frutas mais consumidas no Brasil. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo melhorar as características básicas das argamassas de reboco com sentido de evitar a sua fissuração, com a inclusão de fibras de bananeiras. O uso de fibras beneficia o comportamento pós-fissuração da argamassa e concreto funciona como ponte de transferência de tensões. Por sua vez, as fibras, quando adicionadas à mistura, poderão contribuir para o aumento da capacidade resistente, da capacidade de deformação e da tenacidade. Metodologia: A pesquisa será aplicada de forma transversal, de caráter exploratório quantitativo. A argamassa será produzida no Laboratório de Resistência dos Materiais– FUNORTE, com traço pré-definido de 1:2. Será introduzida a fibra de bananeira gradativamente em substituição do agregado miúdo; sua homogeneização será realizada com auxílio de betoneira; em seguida, serão confeccionados corpos de prova que serão adequadamente armazenados e posteriormente submetidos a testes de compressão, tração e flexão. Os resultados obtidos serão analisados e comparados com as argamassas já disponíveis no mercado. Projeto será submetido ao Comitê de Ética analise para aprovação e validação da proposta. Palavras-chave: Argamassa. Fibras de bananeira. Meio ambiente. Fissuras SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 5 1.1 Objetivos ......................................................................................................................................... 9 1.1.1 Objetivo geral .............................................................................................................................. 9 1.1.2 Objetivos específicos ................................................................................................................. 9 1.2 justificativa ....................................................................................................................................... 9 2 METODOLOGIA PROPOSTA ...................................................................................................... 10 2.1 Caracterizações do projeto ........................................................................................................ 10 2.2.Segmentos de clientes ................................................................................................................ 11 2.3.Recursos-chave para a elaboração do Projeto / Proposta de Valor.................................... 11 2.4 Procedimentos para execução do Projeto / Atividades-Chave ............................................ 11 2.4.1.Teste de Resistência à Compressão ......................................................................... 12 2.4.2.Absorção da água e Índices de Vazios ..................................................................... 12 2.6 Parcerias ....................................................................................................................................... 13 2.7 Estrutura de custos ...................................................................................................................... 14 2.8 Validação do problema ............................................................................................................... 14 3 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ................................................................................................ 16 REFERENCIAS .................................................................................................................................. 17 APENDICE B- TCI .............................................................................................................................. 20 1.INTRODUÇÃO É de notar que, a utilização de materiais compósitos cresceu em diversidade, podendo ser encontrados em várias aplicações na construção civil (FIGUEIREDO, 2000). O reboco, como dito na NBR 13529 (ABNT, 2013) - Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas — Terminologia, é uma etapa de grande importância na construção, pois é a parte onde se fica mais exposto e mais visível como acabamento final. Uma pequena camada de revestimento utilizada para emboço a fim de cobri-lo, proporcionando uma superfície lisa e uniforme que permita receber o revestimento de decoração ou o próprio no acabamento final. A argamassa de revestimento conforme a NBR 13529 (ABNT,2013) - Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas — Terminologia, “trata se uma mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água, com a utilização de aditivos ou não”. De acordo com Ramalho e Corrêa (2003), a resistência à compressão da argamassa não é tão significativa para a resistência das paredes. O mais importante é que ela possua plasticidade, característica que permite a distribuição mais uniforme das tensões entre uma unidade e outra. Patologia, de acordo com os dicionários, é a par te da Medicina que estuda as doenças. Também as edificações podem apresentar defeitos comparáveis a doenças: rachaduras, manchas, descolamentos, deformações, rupturas, etc. Por isso convencionou-se e chamar de Patologia das edificações ao estudo sistemático desses defeitos (VERÇOZA, 1991) Segundo Silva (2007), fissuras e trincas em revestimentos de argamassa podem ser causadas pelos seguintes fatores: movimentações higroscópicas, movimentações térmicas, deformações de estruturas, recalques de fundação, retração de produtos à base de cimento, alterações químicas dos materiais. Bauer (2008) também cita a abertura de vãos, como janelas e portas, como um fator que pode ocasionar esta manifestação. De acordo com Ramalho (2003), a resistência à compressão da argamassa não é tão significativa para a resistência das paredes. O mais importante é que ela possua plasticidade, característica que permite a distribuição mais uniforme das tensões entre uma unidade e outra. O aparecimento de fissuras em argamassas de revestimentos é devido à variação térmica nos elementos que compõe a argamassa, por ser composto de materiais que deforma com temperaturas diferentes, tendem a aparecer movimentações diferenciadas que surge devido junção de materiais com coeficientes de dilatação térmica diferentes, por exposição a diferentes teores decalor como do sol em determinadas horas do dia. Conhecidas como fissuras superficiais essas patologias são pequenas rachaduras no reboco pouco visível, sendo percebidas quando a contato com água, sendo fácil a sua visualização geralmente com um aspecto de mapa ou pés de galinha, esse tipo de fissuras não e relacionada com problemas na estruturas, mas sim com processos naturais da argamassa e com o processo natural de absorção de água dos materiais compostos pela argamassa, pelo método de execução, na maioria das vezes no de desempeno do reboco executado ainda com argamassa ainda muito úmida (RECENA, 2011 p.188). Pode-se associar a reduzida capacidade de resistência à tração do concreto à sua grande dificuldade de interromper a propagação das fissuras quando é submetido a este tipo de esforço. Isso ocorre quando a direção de propagação das fissuras é transversal à direção principal de tensão, a área disponível para suporte de carga é reduzida, causando aumento das tensões presentes nas extremidades das fissuras. Esse comprometimento da resistência é muito maior quando o esforço é de tração do que em compressão. Logo, a ruptura na tração é causada por algumas fissuras que se unem e não por numerosas fissuras, como ocorre quando o concreto é comprimido (MEHTA; MONTEIRO, 2008) Essas fissuras, segundo Holanda Jr. (2002), desenvolvem-se preferencialmente em direção vertical ou diagonal, apresentando variação da abertura ao longo do comprimento. Com crescimento da população trouxe um aquecimento da construção civil para atender a demanda da população, mas com os curtos prazos de execução, muitas adaptações e feita trazendo futuras patologias, e muitas dessas adaptações são feitas com materiais não renováveis que com grande escassez na natureza, com isso a necessidade de usar recursos sustentáveis com simetria aos tradicionais (SARTOR, 2017.) De acordo com Vieira (2009) o Brasil ocupa o terceiro lugar na produção de banana perdendo apenas para a Índia e China, e o norte de Santa Catarina se destaca por ser o terceiro maior produtor nacional de banana. A bananeira após dar o fruto e o filhote (outra bananeira que produzirá fruto) é cortada e deixada na plantação, levando um tempo considerável para degradar e assim adubar a terra. Para não ocorrer à proliferação de fungos, devido à grande umidade do local, o pseudocaule pode ser aproveitado para retirar as fibras (BALZER, 2007) As fibras de bananeira são retiradas do pseudocaule, podendo ser extraídos até cinco tipos diferentes de fibras. Muitas destas fibras são utilizadas para artesanato, mas também vem sendo empregadas em setores industriais como o moveleiro, o automotivo e construção civil (HOLBER e HOUSTON 2006). Como afirma Nery, Santos, José (2018): A fibra de bananeira, extraída do pseudocaule da bananeira, tem sido estudada como reforço polimérico, podendo tornar-se uma alternativa promissora. Apresenta como vantagem o baixo custo, baixa densidade, fonte abundante, menor abrasividade, não tóxicas, rápida renovação e totalmente biodegradável. As fibras naturais são provenientes de fontes renováveis e possuem propriedades mecânicas que podem aumentar as propriedades dos polímeros com elas aditivados (ISHIZAKI, 2006). Imagem 1: Processo de extração da fibra de bananeira https://www.unifesp.br/reitoria/dci/entreteses/item/2863-convenio-viabiliza- desenvolvimento-de-calcados-sustentaveis Uma descrição de sustentabilidade é a capacidade de o planeta terra conseguir sustentar de forma ecológica os seus conterrâneos, partindo pelo consumo de produtos com certificado de sustentabilidade, nem sempre os produtos tem realmente ligação com sustentabilidade, muitos desses produtos tem selos de ecologia mas na verdade é uma forma de pessoas mal intencionadas usando de má fé, abusando de pessoas desinformadas em relação a sustentabilidade, em relação a construção civil ainda e pouco usado materiais com certificados de sustentabilidade, pois consiste em materiais de valor econômico mais elevado do que o convencional, portanto as construtores tendem a continuar a utilizar materiais e métodos construtivos tradicionais (BOFF, 2017). O uso de fibras nas argamassas beneficia o comportamento pós- fissuração do reboco e funciona como ponte de transferência de tensões. As fibras quando adicionadas à argamassa, podem contribuir para o aumento da capacidade resistente, da capacidade de deformação e da tenacidade do reboco. Desta forma, a argamassa que apresentava uma fratura frágil pode apresentar uma fratura quase dúctil (Veiga, 1998). A avaliação da eficiência das fibras em reduzir a retração plástica e, por conseguinte as fissuras, tem sido realizada através de ensaios de retração livre e de retração restringida. É necessário salientar que a redução da retração livre não é necessariamente indicadora da redução global da tendência de fissuração. Nos compósitos endurecidos a sensibilidade à fissuração é função das deformações devido á retração e da melhoria da tenacidade devido à incorporação das fibras (BENTUR 1990) https://www.unifesp.br/reitoria/dci/entreteses/item/2863-convenio-viabiliza-desenvolvimento-de-calcados-sustentaveis https://www.unifesp.br/reitoria/dci/entreteses/item/2863-convenio-viabiliza-desenvolvimento-de-calcados-sustentaveis O interesse no uso de fibras vegetais cresceu significativamente nos últimos anos, devido a suas aplicações no uso como agentes de reforços em compósitos poliméricos, e seu grande potencial na substituição de fibras inorgânicas, como a fibra de vidro. As fibras vegetais trazem como benefícios o fato de proverem de fontes renováveis, sua biodegradação, atoxidade, menor densidade e abrasividade quando comparadas as fibras inorgânicas. (Zimmermann, Turella. al. 2014). Segundo Abreu (2017), a produção de bananas (bananicultura) tem crescido muito no território brasileiro. Em 2016 a produção de banana teve um crescimento, com mais de 20.290,6 toneladas de banana, valor mais alto que em 2015. Por cada cacho de banana produzido equivale a um pseudocaule da bananeira deixado sobre o terreno como resíduo. Atualmente a empresa trabalha com 2800 pequenos produtores que se dedicam ao cultivo da Banana da Madeira, sendo a maior produção da Ilha, que ronda as 18 mil toneladas por ano e são distribuídos por cerca de 615 hectares. Imagem 2: Produção de banana FONTE:www.jornaldanoticia.com.br/noticia_select.php?id=15756#.XchQvVdKjIU A produção de derivados de fibras da bananeira começa após o trabalho da colheita do cacho e limpeza, dando origem a um subproduto da cultura da banana. Normalmente este subproduto é deixado sobre o terreno agrícola e atua como um adubo natural, com o objetivo de preservar e recuperar a fertilidade do solo para uma nova plantação. Mas como as bananas são cultivadas durante todo o ano, acaba por provocar um excesso de resíduos agrícolas deixados sobre o terreno, pois cada bananeira só produz um cacho de bananas e depois morre. Como tal este resíduo pode e deve ser aproveitado, transformado e reutilizado como uma matéria para um outro tipo de valorização, pois até ao momento tem sido usado mais como decorativo e não como matéria-prima, além de ser uma matéria de custo zero. Com isso a produção de uma argamassa utilizando essa matéria prima, como aditivo pra combater patologias na argamassa, assim produzindo um material do intuito de características sustentáveis e ecológicas, além disso, diminuir a matéria orgânica nas plantações de bananicultura. (ABREU, 2017) 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo geral Confeccionar uma argamassa de forma sustentável utilizando a fibra de bananeira como agregado no combate a fissuras. 1.1.2 Objetivos específicos Caracterizar as argamassas reforçadas através dos seguintes ensaios: Retenção de água; Resistênciaà tração na flexão; Resistência à compressão; Absorção de água por imersão - massa especifica e índice de vazios; Mostrar a influência da fibra nas propriedades das argamassas. 1.2 justificativa As fibras naturais têm ganhado cada vez mais espaço na indústria da moda de da indústria têxtil e aos poucos também vem sendo empregadas na construção civil, como por exemplo, a fibra de bananeira que tem sua utilização bem baixa em comparação com a quantidade de plantio espalhado pelo território brasileiro, hoje o Brasil tem a banana como a 2º fruta mais produzida, sendo que apenas 2% dos resíduos são utilizados. A bananeira é vista como adubo natural para o solo, já que após a sua colheita o mesmo descartado, provocando um grande acúmulo de resido agrícola, gerando um problema ambiental. As fibras orgânicas como a de bananeiras, há muito tempo já vem sendo estudado por suas grandes vantagens, tornando-se assim uma opção promissora, pois fonte abundante, baixo custo, biodegradável e de rápida renovação, são inúmeros os benefícios na utilização das fibras. Atualmente grande parte dos problemas patológicos existentes na construção civil estão relacionados aos materiais que são empregados nas edificações. Devido a isto, tornou-se cada vez mais necessários estudos que contribuam de forma significativa para um maior conhecimento das propriedades físicas e mecânicas destes materiais, e consequentemente uma melhor aplicação e desempenho dos mesmos. Uma das alternativas que estamos oferecendo é o desenvolvimento de uma a argamassa confeccionada com adição de fibra de bananeira. A fibras são introduzidas nas argamassas como um refeço polimérico para combater as fissuras, trazendo assim uma segurança e economia e sustentabilidade para os consumidores e empresas do ramo da construção civil, que fazem uso de argamassa já disponíveis no mercado que não tem a fibra de bananeira na sua composição. Com a expansão tecnológica e escassez de recursos naturais, levando assim uma preocupação com as futuras gerações, como o progresso é inevitável e necessário, a substituição de matérias com métodos ecologicamente correto vem ganhando espaço cada vez mais frequente, com o intuito de amenizar os impactos na natureza causados pela utilização de formo inconsciente de nossos recursos naturais. 2 METODOLOGIA PROPOSTA 2.1 Caracterizações do projeto O presente trabalho é de natureza experimental, quantitativa, como propósito analisar a viabilidade da argamassa de reboco com a adição da fibra de bananeira. A análise dos dados será realizada através de teste realizados em laboratório. A argamassa será confeccionada como agregado a fibra de bananeira, produzida pela empresa Argamaf Revestimentos. Para realização do projeto será utilizado o traço 1:2 (areia, cimento) e mais fibra de bananeira, a argamassa recebera diferentes proporções volumétricas de fibras. Para as mesmas matrizes cimentícias com o objetivo de avaliar a eficiência das fibras orgânicas, em reduzir a retração plástica e por consequência a fissuração. Esse produto será destinado para construções na execução de revestimentos de reboco. Os resultados obtidos serão analisados e apresentados através de gráficos. A pesquisa tem uma grande importância por se tratar de um produto ecologicamente correto, e que tem características distintos como; Capacidade de combater a fissuras no reboco provenientes de grande variação térmica. Alta resistência a ação exposta e sol e chuva. Grande capacidade de impermeabilização. Baixo custo benefício. Produto a partir de materiais naturais. E por se um produto de fácil manuseio, por ser um produto pré-fabricado necessitando somente o acréscimo de água no local da execução da obra, trazendo assim uma rapidez no processo de execução do reboco. 2.2.Segmentos de clientes A argamassa que será produzida pela empresa Argamaf Revestimentos tem como objetivo alcançar todos os tipos de consumidores, por se tratar de um produto de procedimento executivo. Com isso conseguiremos atender desde empreiteiras de grande porte e consumidores em potencial. Entre o público alvo teremos os deposito de materiais de construção que irá ter um papel fundamental na compra e revenda da argamassa chegando assim ao cliente final. 2.3.Recursos-chave para a elaboração do Projeto / Proposta de Valor Os recursos chaves para a elaboração do projeto no caso a argamassa de fibra de bananeira visando a utilização de recursos naturais. Para a produção da argamassa serão utilizados os seguintes equipamentos: Betoneira 150 litros; Balde com capacidade para 18 litros; Colher de pedreiro; Enxada; Estufa e Prensa Pavitest para ensaios de compressão; Fôrma para produção dos corpos de prova cilindros (10x10cm) Estufa e Prensa Pavitest para ensaios de compressão; Pá; Peneira. Materiais: Areia lavada; Água Cimento Portland CP V-ARI; Fibra de bananeira 2.4 Procedimentos para execução do Projeto / Atividades-Chave O procedimento de execução da argamassa se enquadra no procedimento da argamassa convencional, modificando somente a proporção dos agregados. Segundo a NBR 7200: 1988, o traço deverá ser definido em projeto. Para a produção da argamassa será usado o traço (1:2), e os corpos de prova serão confeccionados em cilindros (10x10cm). Para a realização do estudo serão produzidos 5 corpos de provas para cada porcentagem de adição da fibra de bananeira, sendo que todos serão submetidos ao ensaio de compressão, A realização da mistura dos materiais ser realizada através de betoneira, seguindo a metodologia do estudo proposto. Os corpos de provas serão moldados e adensados de forma mecânica, para a eliminação dos espaços vazios, os mesmos serão cobertos com papeis úmidos e acondicionados de forma regular por 24 horas. Serão colocados em um tanque com água para melhor realização da cura. A confecção, e análise das amostras serão realizados no Laboratório de Resistência dos Materiais, das Faculdades Integradas do Norte de Minas - FUNORTE. 2.4.1.Teste de Resistência à Compressão Para os testes de resistência a compressão será utilizado como referência as normas NBR 15270-3: 2005. • Corpos de prova cilíndricos, sendo (10x10cm) (para moldagem de 10 amostras). • Prensa Pavitest para ensaios de compressão disposta no laboratório das Faculdades Integradas Do Norte De Minas - FUNORTE. O teste de compressão será realizado em prensa universal, onde os blocos serão submetidos a esforços e a própria prensa fornecerá os valores necessários para a realização da análise dos resultados. Na análise de absorção de água, será analisada a quantidade de água que cada corpo de prova será capaz de absorver e serão comparados com os índices permitidos por norma. 2.4.2.Absorção da água e Índices de Vazios Para analisar a absorção da água e os índices de vazios dos corpos de prova utilizaremos a norma NBR 15270-3: 2005. • Balança com resolução de até 5g disposta nas Faculdades Integradas do Norte de Minas –FUNORTE; • Estufa com temperatura ajustável a (105 ± 5) º C das Faculdades Integradas do Norte de Minas – FUNORTE; • 10 moldes de corpos de prova cilíndricos (10x10cm). O processo é bem simples e rápido. O traço que será utilizado na confecção da argamassa está no quadro a seguir: Quadro 1: traços para argamassa. Aplicação Cimento Areia Fibra de bananeira Reboco externo 1 2 0.25 Reboco interno 1 2 0,5 Fonte: próprios autores (2019). A imagem a seguir e possível analisar o procedimento de execução da argamassa. Imagem 3. Processo de execução. Próprios autores (2019). Após serem analisados e estudados todos os resultados, a próxima etapa será a confecção da embalagem de 20kg do produto. 2.5 Fontes de Receita A argamassa produzida pela empresa Argamaf Revestimentosserá distribuída em depósitos e comércios de materiais de construções através de representantes credenciados pela a própria empresa com as informações especificas do produto. As formas de pagamento referente ao fornecimento do produto em pequenas, médias e grandes escalas, para os depósitos e comércios de materiais de construção, poderão ser realizadas através de; depósitos, transferências bancarias, cartão de créditos. De maneira que não haja um grande aumento no valor do produto para consumidor final. Os mesmos terão total liberdade para escolher de que maneira vão receber dos seus clientes. 2.6 Parcerias Para viabilidade do produto será necessário o apoio: Faculdades Integradas do Norte de Minas – Laboratório para produção e testes a serem realizados; Será feita parcerias depósitos de materiais de construção para o fornecimento do cimento e areia. Será feita também uma parceria com produtores de plantio de bananicultura para o fornecimento do caule da bananeira para extração da fibra. 2.7 Estrutura de custos Quadro 2 – Estrutura de custos. Descrição Quantidade Valor unitário ($) Total ($) Transportadora 01 2,00/km 2,00 Alimentação 10 10,00 100,00 Banner 01 45,00 45,00 Encadernação 05 2,00 10,00 Transporte 50 2,85 142,50 Cimento 01 20,00 20,00 Betoneira* 1 - - Areia 3 4,5 13,50 Caule de bananeira 3 10,00 30,00 Agua* - - - Xerox 100 0,10 10,00 Impressão 25 0,50 12,50 Total 385,00 Fonte: Mercado local, 2019. Fonte de recursos: Próprios autores Obs: (*) itens que serão fornecidos pelo laboratório das Faculdades Integradas do Norte de Minas – FUNORTE. 2.8 Validação do problema Para validação, será feito um estudo de viabilidade do produto para fundamentação e desenvolvimento sustentável do projeto, tendo como análise a demanda de produtos sustentáveis na construção civil. A argamassa com a fibra de bananeira, será verificado e validado por meio de experimento em laboratório onde serão utilizados corpos de prova de argamassa e testes de compressão flexão e absorção de água conforme normativas da ABNT. Para validação comercial da argamassa será utilizada uma pesquisa de campo com clientes em potencial. Será aplicado um questionário, elaborado pelos próprios pesquisadores para a obtenção de coletas de dados. Serão aplicados em 10 moradias, na região de Montes Claros- MG. Os mesmos serão submetidos ao questionário de maneira isolada com um horário marcado visando opinar sobre a eficiência da argamassa com fibra de bananeira produzida e da sua inserção no mercado. A pesquisa relativa à aplicação dos questionários será realizada somente após o trabalho será submetido à aprovação do Comitê de Ética CEP-CONEP das Faculdade Integradas do Norte de Minas – FUNORTE, conforme resolução 466/12. Para a realização desta pesquisa será utilizado TCLE (Termo de consentimento livre e esclarecido para participação em pesquisa) termo a ser assinado pelo voluntário da pesquisa confirmando o esclarecimento sobre os objetivos, sigilo e todas orientações referentes a pesquisa. Como toda pesquisa oferece riscos, nesta pesquisa os riscos podem se apresentar como: constrangimento, incômodo no momento da pesquisa, desconforto com relação ao tempo de duração da entrevista, quebra de sigilo. Tais riscos devem ser minimizados: com questionários contendo 10 perguntas com duração máxima de 30 minutos, será respondido de modo individual, somente os pesquisadores terão acesso aos questionários e dados da entrevista. As devolutivas dos resultados serão encaminhadas para os participantes através do contato pessoal, através de e-mail. 3 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO Quadro 1 – Cronograma do projeto referente ao ano de 2019 e 2020. Etapas Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Definição da proposta de negócio X X X Entrega da versão final da proposta de negócio X Qualificação da proposta de negócio X Comitê de Ética em Pesquisa X X Validação do problema X Análise ou interpretação dos dados/prototipag em ou fluxo de atividades X X X Desenvolvimento da escrita do TCC II X X Revisão ortográfica X Defesa do TCC e apresentação do protótipo ou fluxo de atividades X X Envio do relatório final ao CEP X Fonte: Dados da pesquisa REFERENCIAS ABREU, Odília Josefina Fernandes. Utilização da fibra de bananeira para a produção de embalagens ecológicas: (Mestrado em design industrial e de produto). Portugal, 2017. 156 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13529 (ABNT, 2013): Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas — Terminologia. BAUER, Luiz Alfredo Falcão. Materiais de Construção: Técnicos e Científicos. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, v. 2, 2008. BENTUR, A, Mindess S. Fibre reinforced cmentitious composites: UK: Elsevier Applied Science. 1990. 449 p. BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o que é - o que não é. 5. ed. Rio de Janeiro. Vozes, 2017. 200 p. FIGUEIREDO, A. D. Concreto com fibras de aço: Boletim Técnico da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo BT/PCC/260, ISSN 0103-9830. São Paulo, 2000. 69 p. HOLANDA JR, O.G. Influência de recalques em edifícios de alvenaria estrutural: Tese (Doutorado em Engenharia Civil). Universidade de São Paulo, São Carlos, f. 242, 2008. HOLBERY, J; HOUSTON, D. Natural-fibre-reinforced polymer composites in automotive applications: J. Miner. Met. Mater. Soc., f. 58, 80–86. 2006. ISHIZAKI, M. H. et al. Caracterização Mecânica e Morfológica de Compósitos de Polipropileno e Fibras de Coco Verde: Influência do Teor de Fibra e das Condições de Mistura. Rio de Janeiro, 2006. 182 p. MEHTA, P. K; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: microestrutura, propriedades e materiais. São Paulo: IBRACON, 2008. NERY, Tatiana Barreto Roch; SANTOS, Zora Ionara Gama dos; MAMEDE, José Nádia. Desenvolvimento e caracterização de biocompósitos de polihidroxibutirato e fibra de bananeira. Matéria (Rio J.), Rio de Janeiro, v. 23, 06 dezembro 2018. RAMALHO, M.A.; CORRÊA, M.R.S. Projetos de edifícios de alvenaria estrutural. São Paulo: Pini, 2003. RECENA, Fernando Antonio Piazza. Conhecendo argamassa: 2° Ed. Atual.Porto Alegre, 2011. 188 p. Disponível em: Acesso em: 30 Set. 2019. SATAR, Andressa Schittler. Identificação das patologias internas de um edifício residencial do município de Alegrete RS: Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pampa, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharela em Engenharia Civil. Alegrete, 2017. SILVA, A. F. Manifestações patológicas em fachadas com revestimentos argamassados: Estudo de caso em edifícios em Florianópolis: Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina. 2007. VEIGA, Maria do Rosário. Comportamento de argamassas de revestimento de paredes. Estudo da sua resistência à fendilhação. 1998. VERÇOZA, E. J. Patologia das Edificações. Porto Alegre: Sagra, f. 7, 1991. VIEIRA, L. M. “Banana”: in: EPAGRI/CEPA (2009).http://cepa.epagri.sc.gov.br/Informativos_agropecuarios/banana/ Banana_310709.pdf., 2009. ZIMMERMANN, Matheus V. G. Influência do Tratamento Químico da Fibra de Bananeira em Compósitos de Poli (etileno-co-acetato de vinila) com e sem Agente de Expansão: Associação Brasileira de Polímeros São Paulo; Polímeros: Ciência e Tecnologia. São Paulo, v. 24, f. 58-64, 2014. APÊNDICE A - Questionário para entrevista 1. Qual sua avaliação acercada proposta do produto Bom Outros Regular Ruim 2. O Sr. (a) já utilizou em algum momento argamassa?Sim Não Outros 3. E como foi a experiência na utilização da argamassa? Bom Outros Regular Ruim 4. Voltaria usa-la de novo? Sim Não Outros 5. Em sua residência tem alguma fissura Sim Não Outros 6. Já ouviu falar de argamassa com fibra de bananeira ou com outras fibras? Sim Não Outros 7. Você usaria uma argamassa com fibra de bananeira Sim Não Outros 8. Acredita na viabilidade deste produto aumentar a qualidade de sua obra e ajudar a natureza? Sim Não Outros Montes Claros, ____ de ______________de 2020 APENDICE B- TCI TCI - TERMO DE CONCORDÂNCIADA INSTITUIÇÃO Montes Claros, ____ de ______________de 2019. Ao Comitê de Ética em Pesquisa da FUNORTE- CEP-FUNORTE A/c. Prof. Dr. Claudio Janes, dos Reis Coordenador do CEP-FUNORTE Autorização para realização de pesquisa Eu, _____________________ responsável da empresa ____________________________________,venho por meio desta informar ao CEP-FUNORTE que autorizo a pesquisadora professora Suzyanny Dias Gusmão e seus orientandos Claudinei Rodrigues de Queiroz e Paula Aquino Escobar das Faculdades Integradas do Norte de Minas – FUNORTE, a realizar/desenvolver a pesquisa intitulada ARGAMASSA COM ADIÇÃO DA FIBRA DE BANANEIRA PARA O COMBATE DE PATOLOGIAS (FISSURAS), após a aprovação da referida pesquisa pelo sistema CEP/CONEP. Declaro conhecer e cumprir as Resoluções Éticas Brasileiras, em especial a resolução CNS 466/12. Esta instituição está ciente de suas corresponsabilidades como instituição coparticipante do presente projeto de pesquisa, e de seu compromisso no resguardo da segurança e bem-estar dos participantes de pesquisa nela recrutados, dispondo de infraestrutura necessária para a garantia de tal segurança e bem-estar. Sabemos que nosso produto poderá, a qualquer fase desta pesquisa, retirar esse consentimento. Também foi garantido, pelo (a) pesquisador (a) acima mencionado (a), o sigilo e assegurada à privacidade quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. Concordamos que os resultados deste estudo poderão ser apresentados por escrito ou oralmente em congressos e/ou revistas científicas, de maneira totalmente anônima. Colocamo- nos à disposição para qualquer dúvida que se faça necessária. ____________________________________________________________ Nome do responsável da empresa ______________________________________________________________ Assinatura do responsável e Carimbo da empresa APÊNDICE C – TCLE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA PARTICIPAÇÃO EM PESQUISA Título da pesquisa: ARGAMASSA COM FIBRA DE FIBRA DE BANANEIRA NO COMBATE A FISSURAS. Instituição promotora: FACULDADES INTEGRADAS DO NORTE DE MINAS - FUNORTE Pesquisador responsável: Suzyanny Dias Gusmão Endereço e Telefone: Rua São Sebastião, 127 – Cidade Nova – Montes Claros – MG – (38)99937-5934 Caro Participante: Gostaríamos de convidá-lo a participar como voluntário da pesquisa intitulada ARGAMAF E REVESTIMENTOS- ARGAMASSA COM FIBRA BANANEIRA NO COMBATE A FISSURAS, que se refere a um projeto de Trabalho de Conclusão de Curso dos acadêmicos Claudinei Rodrigues de Queiroz e Paula Aquino Escobar, do curso de Engenharia Civil. O objetivo deste estudo é saber o nível de aceitação da proposta de uma argamassa com fibra de bananeira no ramo da construção civil. Os resultados contribuirão para a validação da proposta e influenciará na execução da mesma. Sua forma de participação consiste em responder um questionário elaborado pelos acadêmicos, o qual contém 8 (oito) perguntas com 3 (três) possíveis respostas, relacionadas a utilização de argamassa sem adição da fibra de bananeira e com a adição da mesma. A qualquer momento, se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você terá direito a indenização e caso tenha algum gasto relacionado à pesquisa, terá seu ressarcimento. No entanto, não será cobrado valor algum para a execução desta pesquisa, não haverá gastos e não estão previstos ressarcimentos ou indenizações. Considerando que toda pesquisa oferece algum tipo de risco, nesta pesquisa o risco pode ser avaliado como: risco de quebra de sigilo, risco de constrangimento, incomodo no momento da pesquisa, o pesquisador estará do lado do entrevistado para esclarecer todas as dúvidas e agilizar o processo de preenchimento do questionário. Tais riscos serão minimizados da seguinte forma: ao entrevistado serão assegurados o sigilo e anonimato dos dados coletados, assim como constrangimentos, o uso da imagem, e as entrevistas serão feitas individualmente e em um local reservado. Caso o entrevistado não queira mais participar poderá durante a execução da entrevista se retirar do processo. São esperados os seguintes benefícios da sua participação: Sua opinião será de grande valor para o desenvolvimento da argamassa com a fibra de bananeira, um produto que poderá melhorar ambiência de edificações e contribuirá para o meio ambiente através da reutilização material orgânico. Você terá acesso ao resultado dessa pesquisa da seguinte forma: via e-mail, encaminhado pelos autores da pesquisa. Gostaríamos de deixar claro que sua participação é voluntária e que poderá recusar-se a participar ou retirar o seu consentimento, ou ainda descontinuar sua participação se assim o preferir, sem penalização alguma ou sem prejuízo ao seu cuidado. Seu nome não será utilizado em qualquer fase da pesquisa, o que garante seu anonimato, e a divulgação dos resultados será feita de forma a não identificar os participantes. Este termo foi elaborado em duas vias, o qual deverá ser assinado ao seu término por você e pelo pesquisador responsável, ficando uma via retida com o pesquisador responsável/pessoa por ele delegada. Você ficará com uma via original deste termo e em caso de dúvida(s) e outros esclarecimentos sobre esta pesquisa, bem como seus resultados você poderá entrar em contato com o pesquisador principal Suzyanny Dias Gusmão, Rua São Sebastião 127 Cidade Nova, telefone: (38) 9 9937 5934. Se houver dúvidas sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da FUNORTE na Av. Osmane Barbosa, 11.111 Bairro JK, Montes Claros - MG, telefone: (38) 2101-9280 ou e-mail: comitedeetica@funorte.edu.br. O comitê de ética é um órgão criado para proceder a análise ética de projetos de pesquisa envolvendo seres humanos no Brasil. Este processo é baseado em uma série de normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Desde já, agradecemos sua atenção e participação e colocamo-nos à disposição para maiores informações. CONSENTIMENTO Eu __________________________________________________ confirmo que Claudinei Rodrigues de Queiroz e Paula Aquino Escobar explicaram-me os objetivos desta pesquisa, bem como a forma da minha participação. As alternativas para minha participação também foram discutidas. Eu li e compreendi este Termo de Consentimento, portanto, eu concordo em dar meu consentimento para participar como voluntário desta pesquisa. Montes Claros/MG, _____, de_______________ de 20_____. ____________________________________________________________ (Assinatura do participante da pesquisa) Eu, ___________________________________________obtive de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido do participante da pesquisa ou representante legal para a participação na pesquisa. ____________________________________________ (Assinatura do membro da equipe que apresentar o TCLE) ____________________________________________ (Identificação e assinatura do pesquisadorresponsável)
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