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Morfologia Bacteriana Bactérias são células procariontes (células simples) desprovidas por organelas envoltas por membra- nas. As bactérias são monomórfi- cas (tem uma forma característi- cas) e são transparentes, então para melhor visualização, é neces- sário fazer coloração. A técnica de coloração de GRAM é a melhor técnica para colorir bac- térias, sendo roxo e rosa. É respon- sável por classificar maioria das bactérias em GRAM positivas (roxo) e negativas (rosa). Ela nos permite ver a forma da bactéria, se ela é es- féricas (cocos) ou cilíndrica (basto- netes ou bacilos). Características morfotin- toriais (Forma e cor da bactéria). Quando enfileirados (cocos ou bacilos em cadeia), em pares (diplococos ou diplobacilos gram negativos/positi- vos). Parede Celular A parede celular é corada com a coloração de gram. Gram positiva: Camada espessa composta de peptideoglicano, res- ponsável por toda sua rigidez e ma- nutenção, tendo ela várias cama- das. Também é composta de pro- teínas e ácidos. Sua parede consegue reter a colo- ração roxa e o álcool não consegue retirar pois sua camada de pepti- deoglicano é muito espessa. Gram negativa: apresenta fina ca- mada de peptideoglicano que se encontra entre uma membrana ex- terna e a membrana plasmática. Entre essas membranas existe um espaço, chamado de periplasma ou espaço periplasmático. Inicialmente recebe a coloração roxa, porém, quando trata-se com álcool acetano, a camada de pep- tideoglicano por ser muito fina, não consegue segurar essa cor, sendo ela removida. Com o corante final, torna-se rosa, da cor do corante final (fucsina) Micoplasmas não têm parede celu- lar (mycoplasma pneumoniae, mycoplasma hominis, ureaplasma urealyticum). Membrana Citoplas- mática É uma membrana lipoproteica que separa o conteúdo interno e ex- terno da bactéria. Confere a per- meabilidade seletiva. Tem funções de transporte de substância, pro- dução de ATP, biossíntese, duplica- ção de DNA, secreção de enzimas hidrolíticas, etc. Capsula Não são todas as bactérias que apresentam capsulas. É composta por substâncias poliméricas que se depositam externamente a parede celular. Sua função é o escape das defesas do hospedeiro, ou seja, elas conseguem escapar da fagocitose pelas células do hospedeiro, garan- tindo uma maior capacidade inva- siva da mesma. É composta por substâncias que garante características pegajosas, tendo maior aderência a superfí- cies e outras bactérias. Flagelos Apenas algumas bactérias tem esse filamento proteico e longo. Tem a função de movimentar as bactérias. Fímbrias, Pili ou Pelos São filamentos proteicos curtos muito numerosos. Tem como prin- cipal função a aderência nas su- perfícies ou outras bactérias. Funcionam como condutores de material genético através do pro- cesso de conjugação, onde uma bactéria entra em contato com a outra, que se dá através da fimbria. Essas bactérias trocam informa- ções genéticas uma com as outras. Podem ter a finalidade de serem re- ceptores de bacteriófagos (vírus que infectam as bactérias, ade- rindo a elas). Nucleóide – DNA Bac- teriano O DNA cromossômico (carrega as informações genéticas essenciais das bactérias) se encontra no nu- cleoide da bactéria. Plasmídeos Pequenas moléculas circulares de DNA extracromossomal (indepen- dentes do DNA cromossômico), ou seja carregam informações adicio- nais a bactéria. Ex: Fator R – plasmídeo que carrega a informação de resistência a anti- microbianos. Ribossomos Responsáveis pela síntese proteica. Apresenta duas subunidades (30S e 50S). Esporos Bacterianos Algumas bactérias são capazes de formar esporos, são a forma de re- sistência da bactéria. Ex: quando algumas bactérias es- tão em ambientes favoráveis, se di- videm, porém as vezes se encon- tram em ambientes não favoráveis, onde ao invés de se reproduzirem, formam esporos pegando o que é essencial para sua sobrevivência (isola seu DNA cromossômico, al- guns ribossomos, proteínas, enzi- mas, RNA) crescendo uma mem- brana plasmática envolvendo seus materiais essenciais, formando uma capa protetora rígida. Esse es- poro é liberado no ambiente, onde a bactéria é capaz de viver por muito tempo naquele meio. EX: Clostridium tetani (tétano) é uma bactéria que vive no solo, for- madora de esporo. Quando a pes- soa se fere em um prego ou ma- deira, essa bactéria entra no orga- nismo da pessoa, encontrado con- dições favoráveis a sua sobrevivên- cia, onde deixa de ser esporo e volta para sua vegetativa, se reprodu- zindo e culminando o tétano. Fonte: Microbiologia – Trabulsi
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